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EXERCÍCIOS

1.Conte as silabas poéticas dos versos assinalados e dê todas as classificações possíveis para as
rimas encontradas nas seguintes estrofes:
1)”Pe/que/no/ grão /cal/mo e/ le/ve A 7
que o/ rei/ guar/dou/ no/ pai/ol/ B 7
por/ den/tro al/vu/ra/ de/ ne/ve A 7
por/ fo/ra/ ca/chos /de /sol/. B 7

POSIÇÃO= alternadas
VALOR
Leve neve ricas classes gramaticais diferentes
Paiol sol pobres classes gramaticais iguais
SOM perfeitas
TOM
Leve e neve graves
Paiol e sol agudas

O vento penteia a trança


do trigal cheio de espiga
em surdina uma cantiga
um murmurar de criança.’ (Lacy Osório)

R.: Esse poema tem versos de ____7_______silabas, portanto é heptassílabo ou redondilha maior

2)” Não/ Cho/res,/ meu/ fi/lho: 5 A


— Não/ Cho/res/, que a/ vi/da 5 B
É/ lu/ta/ re/nhi/da: 5 B
Viver é lutar. C
— A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes e bravos
Só pode exaltar.” (G. Dias)
Som: renhida vida - perfeitos
vida lutar - imperfeitos
tom: graves
valor: ricas
Posição mista
R.: Essa estrofe tem versos de ____5_____ sílabas, portanto é pentassílabo ou redondilha menor

3)” — A/mo/-te/ co/mo um/ bu/cho/, sim/ples/men/te A 10


De um/ a/mor/ sem/ mis/té/rio e/ sem/ vir/tu/deB 10
Com/ um/ de/se/jo/ ma/ci/ço e/ per/ma/nen/te.A

- E/ de a/mar/ as/sim,/ mui/to /e a/mi/ú/de B


È / que um/ dia /em/ teu/ cor/po/ de/ re/pen/te A
Hei de morrer de amar mais do que pude. B (V.. de Morais)
Posição: Alternadas
Som: perfeitos
Tom:simplesmente permanente repente - graves
Amiúde pude virtude - graves
Valor: pobres - simplesmente permanente repente
Ricas- Amiúde pude virtude
R.: Esse soneto tem versos de ______ sílabas, portanto é _________________.

4)” —A/mou/ da/que/la /vez/ co/mo/ se/ fo/sse a/ úl/ti/ma A


Bei/jou/ su/a/ mu/lher/ co/mo/ se/ fos/se a/ ú/nica B
E/ ca/da/ fi/lho/ seu/ co/mo/ se/ fo/sse o/ pró/digo C
E atravessou a rua com seu passo bêbado D
Subiu a construção como se fosse sólido.” C (C. B. de Holanda)
Posição:Mistas
Som: imperfeitos: única - ´última - bêbado
Perfeitos:sólido – pródigo
Tom:todas proparoxítonas - esdrúxulas

R. : Esse poema tem versos de ______12____sílabas, portanto é dodecassílabo ou alexadrino

EXERCÍCIOS
Enquanto morrem as rosas...
Manuel Bandeira
Mo rre a tar de . E rra no ar a di vi na fra gãn cia. A
Fo ra, a mor ti ça luz dos crê pus cu los ar de B
Nas ar vo res, no o ce ano e no a zul da dis tân cia A
Mo rre a tarde...B

Morrem as rosas. Minhas pálpebras se molham


No pranto das desesperanças dolorosas
Sobre a mesa, pétala a pétala, se esfolham.
Morrem as rosas...

Morre o teu sonho?... Neste instante o pensamento


Acabrunha o meu ser como um pesar medonho.
Ah, por que temo assim? Dize: neste momento
Morre o teu sonho?...

Em relação ao texto acima, quanto à forma, pode-se dizer que o mesmo é:


a. ( ) Um soneto com rimas alternadas — abab — em todas as estrofes.
b. ( ) Um poema lírico composto por três estrofes, versos decassílabos e rimas intercaladas.
c. (X ) Um poema lírico composto por três quartetos, apresentando rimas alternadas — abab - em todas
as estrofes.
d. ( ) Um soneto, aos moldes camonianos.
e. ( ) Um poema lírico, de métrica constante (todos os versos são dodecassílabos) e rimas emparelhadas.

1) Numere as duas colunas:


(1) Versificação (2) Verso (3) Estrofe (4) Poema
(5) Metro (6) Escansão (7) Rima (8) Ritmo
.
( 3 ) É um agrupamento de versos.
( 5 ) É a medida do verso (quantidade de sílabas métricas.)
( 7 ) É a identidade ou semelhança de sons no final ou interior dos versos.
( 1 ) É a arte de fazer versos.
( 8 ) É a sucessão alternada de sons tônicos ou átonos, repetidos com intervalos regulares, resultando numa
cadência agradável.
( 2 ) É a unidade rítmica de un poema.Corresponde a uma linha de
( 6 ) É a contagem das sílabas poéticas, que diferem das sílabas gramaticais.
( 4 )É o agrupamento de estrofes ou versos.

2) Classifique as rimas quanto à disposição:


a) Que rumor é esse na mata. A
Por que se alarma a natureza? B
Ai ... É a motosserra que mata, A
Cortante, oxigênio e beleza. B
(C. D. de Andrade) alternadas

b)Pode, em redor de ti, tudo se aniquilar: A


- Tudo renascerá cantando ao teu olhar, A
Tudo, mares e céus, árvores, montanhas, B
Porque a vida perpétua arde em tuas entranhas. B
emparelhadas

c) Sorriu-me a vida pressurosa.A


Colhi a rosa em primavera;B
Mas da ilusão feriu-me a dor C
E esse amor se fez quimera B
mista
d)Já toda a terra adormece.A
Sai um soluço da flor;B
Rompe de tudo um rumor,B
Leve como o de uma prece. A
interpoladas

3-Agora, analise este poema de Carlos Drummond de Andrade:

E agora, José?

a/ fes/taa/ca/bou/,A você que faz vermos, cuspir já não pode.


a/ luz/ a/pa/gou/,A que ama, protesta?
o/ po/vo/ su/mi/u B E agora, José? A noite esfriou,
a/ noi/tees/fri/ou/,A o dia não veio,
e agora, José?C Está sem mulher, não veio a utopia
e agora, você?D está sem discurso, e tudo acabou
está sem carinho, e tudo fugiu
Você que é sem nome, já não pode beber, e tudo mofou.
que zomba dos outros, já não pode fumar, e agora, José?

a) Número de sílabas: 5
b)Classificação:pentassílabo ou redondilha menor
c) Nº de versos de cada estrofe: 5 6 e 7
d) Classificação: quintilha sextilha septilha
e) Rimas: Posição:mista
valor: acabou apagou esfriou - pobres
sons: perfeito
Tom: agudas
4-Vejamos agora esse fragmento do “Navio Negreiro”, de Castro Alves:
“Au/ri/ver/de/ pen/dão/ da/ mi/nha/ te/rra, A
Que a/ bri/sa/ do/ Bra/sil/ bei/ja e/ ba/lan/ça, B
Estandarte que a luz do sol encerra A
E as promessas divinas da esperança.B..

Tu, que da liberdade após a guerra A


Foste hasteada dos heróis na lança, B
Antes te houvessem roto na batalhaC,
Que servires a um povo de mortalha.”C

a) Número se sílabas: 10
b) Classificação: decassílabo ou heroico
c) Nº de versos de cada estrofe:8
d) Classificação: oitava
e) Rimas: Posição: alternadas
valor: terra – encerra ricas
balança – esperança pobres
sons:perfeitos
Tom: graves
Leia atentamente a poesia a seguir, de Olavo Bilac, para as questões a ela referentes:
PÁTRIA
Pátria, latejo em ti, no teu lenho, por onde A
Circulo! e sou perfume, e sombra, e sol, e orvalho B
E, em seiva, ao teu clamor a minha voz responde, A
E subo do teu cerne ao céu de galho em galho. B

Dos teus liquens, dos teus cipós, da tua fronde, A


Do ninho que gorjeia em teu doce agasalho, B
Do fruto a amadurar que em teu seio se esconde, A
De ti, — re bento em luz e em cânticos me espalho! B

Vivo, choro em teu pranto; e, em teus dias felizes, C


No alto, como uma flor, em ti, pompeio e exulto! D
E eu, morto, — sendo tu cheia de cicatrizes, C
Tu golpeada e insultada, — eu tremerei sepulto: D
E os meus ossos no chão, como as tuas raízes, C
Se estorcerão de dor, sofrendo o golpe e o insulto! D
(Olavo Bilac)

5- Complete as lacunas:
a)Sendo um poema de forma fixa, um soneto, ele apresenta duas estrofe de quatro vermos, os quartetos e
duas de três versas, os tercetos
b)Cada verso tem 10 sílabas que se chamam, assim, decassílabos
c)As rimas dos dois quartetos, por sua posição, apresentam-se
d)Quanto a semelhança dos sons, as rimas são perfeitas
e)Quanto ao valor, temos rimas: ricas – onde/ responde – fronde/esconde - agasalho/espalho
pobres – orvalho/galho – raízes-/cicatrizes – sepulto/exulto/insulto

Exercício de versificação respondido

Exercícios Sobre Noções de Versificação


1. Assinale a alternativa em que o primeiro verso é um decassílabo sáfico.
a) fruto, depois de ser semente humilde e flor, / Na alta árvore nutriz da vida, amadureço.
b) A dor de quem recorda os tempos idos / Fere como um punhal envenenado
c) Já a lágrima triste choraram teus filhos. / Teus filhos que choram tão grande tardança
d) Índio gigante adormecerá um dia. / Junto aos Andes por terra era prostrado.
e) N.D.R.

2. Assinale a alternativa que contém verso alexandrino.


a) Sabíamos que durava, gloriosa e intacta a lua.
b) Quero a alegria de um barco voltando.
c) Eu não sei se tudo era pra mim desejo
d) Ó meu ódio, meu ódio majestoso
e) N.D.R.

3. CANÇÃO AMIGA
Eu preparo uma canção Dois carinhos se procuram
Em que minha mãe se reconheça, Minha vida, nossa vida
Todas as mães se reconheçam Formam um só diamente.
E que fale com dois olhos Aprendi novas palavras
Caminho por uma rua E tornei outro mais belas.
Que passa em muitos países Eu preparo um canção
Se não me vêem, eu vejo Que faça acordar os homens
E saúdo velhos amigos E adormecer as crianças.
Eu distribuo um segredo (Carlos Drummond de Andrade)
Como quem ama ou sorri

Observando a métrica do texto proposto, conclui-se que predominam versos:


a) hexassílabos b) octossílabos c) decassílabos d) heptassílabos
e) eneassílabos

4.
“De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encanto mais meu pensamento”.
(Soneto da Felicidade – Vinícius de Morais)
Sendo a primeira estrofe de um soneto, o texto acima
a) é obrigatoriamente de quatro versos.
b) pode ser de três ou quatro versos
c) poderia ter sido escrito em intuir liberdade quanto ao número de versos
d) necessita de outra estrofe de quatro versos para terminar a poesia
e) necessita de outras estrofes de três versos para terminar a poesia.
5. No texto acima o:
a) primeiro verso é esdrúxulo b) segundo verso é branco c) terceiro verso é livre
d) terceiro verso é agudo e) quarto verso é grave

6. Na estrofe acima há:


a) Quatro versos alexandrinos graves; b) Quatro versos alexandrinos agudo
c) Quatro versos alexandrinos trimétricos; d) Quatro versos de onze ou treze sílabas;
e) Temos versos decassílabos

7. Faça a escansão dos versos e diga a classificação dos mesmos:


a) “Estou deitado sobre minha mala”
b) “Ah! Quem há de exprimir, alma imponente e escrava” (Olavo Bilac)
c) “A nuvem guarda o pranto” (Alphonsus de Guimaraens)
d) “Tu choraste em presença da morte” (G. Dias)
e) “Vagueio campos noturnos” (Ferreira Gullar)
f) “Não sei quem seja o autor” (B. Tigre)
g) “e a boca é um pedaço de qualquer tecido vermelho.” (Manuel de Fonseca)
h) Quero a alegria de um barco voltando.
i) “Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto” (V. Moraes)
j) “Brilhava o sol, quente e a ma”
k) “Amou daquela vez como se fosse a última” (Chico Buarque)

GABARITO

1. B
2. E
3. D
4. A
5. E
6. E
7.

a) Es|tou | dei|ta|do | so|bre| mi|nha| ma|la – decassílabo

b) “Ah!/ Quem/ há/ de ex/pri/mir/,al/ma im/po/nen/te e es/cra/va” (Olavo Bilac) – 12 sílabas poéticas.
Alexandrino

c) “A| nu|vem| guar|da o| pran|to” (Alphonsus de Guimaraens) – hexassílabo

d) “Tu| cho|ras|te em| pre|sen|ça| da| mor|te” (G. Dias) – eneassílabo

e) “Va/gueio/ cam/pos/ no/tur/nos” (Ferreira Gullar) – hexassílabo

f) “Não/ sei/ quem/ se/ja o au/tor” (B. Tigre) – pentassílabo ou redondilha menor

g) “e a/ bo/ca é um/ pe/da/co/ de/ qual/quer/ te/ci/do/ ver/me/lho.” (Manuel de Fonseca) livre

h) Que/ro a a/le/gri/a/ de um/ bar/co/ vol/tan/do. – decassílabo


“Na/tes,/ e/ com/ tal/ ze/lo, e/ sem/pre, e/ tan/to” (V. Moraes) – decassílabo

i) “Bri/lha/va o /sol,/ quen/te e a/ma” – hecassílabo

j) “A/mou/ da/que/la/ vez/ co/mo/ se/ Fo/sse a úl/tima” (Chico Buarque) – hendecassílabo

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