Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.

Identificador de Cores para Deficientes Visuais -

CORAUDITIVA
Color Identifier for the Visually Impaired - CORAUDITIVA

Paulo Sérgio Gomes1 orcid.org/0000-0003-1156-5595

Feitosa, M. A. F. 2

1,2
Escola Politécnica de Pernambuco, Universidade de Pernambuco, Recife, Brasil,

E-mail do autor principal: Paulo Sérgio paulosergiogomes@yahoo.com.br

Resumo

Este trabalho aborda uma solução para as pessoas que não conseguem distinguir as cores dos
objetos, ele é uma alternativa de baixo custo mas eficiente, é com este intuito que foi projetado um
equipamento composto por um micro controlador arduino UNO, conectado a um sensor de cor RGB
TCS3200 e um modulo MP3 DFPlayer mini usando memória microSD de 32Gb.
O equipamento ler a cor do objeto no padrão RGB através do sensor de cor, os valores obtidos são
usados para identificação de uma cor cadastrada no seu banco de dados através do algoritmo de
aproximação, logo o registro identificado é enviado para a execução em forma de áudio pelo DFPlayer
mini.
O sistema possibilitará o uso do sentido auditivo para suprir a deficiência do sentido visual, já que
para isto não se consegui com nenhum dos outros sentidos, e assim proporcionando a autonomia e
aumento da autoestima do indivíduo.

Palavras-Chave: Independência do Deficiente visual; Compensação entre sentidos humanos;

Arduino; DFPlayer; TCS3200; Englobamento volumétrico; Filtro Infravermelho;

Abstract

This work addresses a solution for people who can not distinguish colors from objects, it is a low cost
but efficient alternative, it is for this purpose that an equipment was designed consisting of a
microcontroller UNO, connected to a color sensor RGB TCS3200 and a mini DFPlayer MP3 module
using 32GB microSD memory.
The equipment read the color of the object in the RGB standard through the color sensor, the values
obtained are used to identify a color registered in its database through the approximation algorithm,
so the identified record is sent to the execution in the form of by the DFPlayer mini..
The system will allow the use of the auditory sense to overcome the deficiency of the visual sense,
since this was not achieved with any of the other senses, and thus providing autonomy and increased
self-esteem of the individual.

Key-words: Independence of the Visually impaired; Compensation between human senses; Arduino;
DFPlayer; TCS3200; Volumetric coupling; Infrared filter;.

1 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
 Identificador de Cores para Deficientes Visuais - CORAUDITIVO

1 Introdução 2.2 Objetivo

A partir da problemática elencada
A cegueira, deficiência visual ou perda visual, é a
anteriormente, é que se propõe um sistema para
perda ou diminuição grave e irreversível da função
suprir a limitação do deficiente visual. O protótipo
visual, que não é corrigível com lentes ou cirurgias e
proposto aqui é um equipamento que habilita o
que interfere com as tarefas do cotidiano, como
sentido auditivo a suprir a deficiência visual em
conduzir um veículo, ler, socializar-se ou deslocar-se
reconhecer cores, acabando assim com a dependência
a pé pelas ruas [1].
do auxílio de terceiros, e aumentando sua autonomia
Em 2015 haviam 940 milhões de pessoas em todo em tarefas que exijam a distinção do espectro de cor
o mundo com algum grau de perda visual.[2] Entre dos objetos.
estas, haviam 246 milhões com déficit de visão e 39
milhões com cegueira.[3] Segundo o IBGE em sua
pesquisa nacional de saúde feita em 2013, no Brasil 2.3 Justificativa
temos 3,6% da população com deficiência visual.[4]

No censo demográfico de 2000, foi visto que 48,1%
dos casos declarados de portadores de deficiência
eram deficiência visual, e entre estes 16,5 milhões de
pessoas com deficiência visual 159.824 são
portadores de cegueira total. [5]
Na ausência de um dos cinco sentidos, como é a
perda do canal de informação visual nos cegos, o
corpo tenta compensar dando maior ênfase a outras
modalidades sensoriais. [6] O tato por exemplo, é o
sentido mais usado pelos deficientes visuais para
obter a percepção tridimensional dos objetos, como é
o caso da interpretação dos símbolos em braile, ou
mesmo para fazer um escaneamento em três
dimensões dos objetos, assim a pessoa vai pelo toque
criando mentalmente a imagem do objeto acessado.
O equipamento proposto irá reconhecer a cor do
objeto e a comunicará em forma de áudio à pessoa
deficiente visual, seja ela cega ou até mesmo um
daltônico.
Com este equipamento o deficiente terá um apoio
tecnológico, que tornará seu sentido auditivo
capacitado para executar a tarefa de reconhecimento
de cores dos objetos.
A pessoa auxiliada por este sistema proposto terá,
mais autonomia nas tarefas cotidianas e assim
aumentara sua mobilidade, pois, como o equipamento
é portátil, ele pode ser usado em qualquer local, logo
com o seu uso contínuo será encontrado inúmeras
utilidades para o seu auxilio diário.

3 Protótipo Proposto – CorAuditiva

2 Descrição do Problema O CorAuditiva é uma solução acessível e de baixo
custo baseado em componentes de fácil acesso no
Através do texto de introdução, vemos a grande
mercado de tecnologias, e também se fazendo uso de
dimensão do grupo de pessoas com deficiência visual,
peças obtidas através de reciclagem de eletrônicos de
apesar de muitas de suas limitações serem superadas
uso geral, que normalmente são descartadas no lixo.
com o uso de outro sentido, para a ausência de
Sua alimentação elétrica é feita por uma bateria
percepção visão de cores não existe outro sentido que
recarregável portátil tipo power bank, Figura 17, que
possa fazer compensação, tendo que recorrer a ajuda
lhe trará autonomia tornando-o portátil, Figura 15.
de outras pessoas para efetuar tarefas simples, como
Assim teremos um sistema confiável a um baixo
distinguir objetos com cores diferentes, ou mesmo
custo.
cédulas de dinheiro de valores diferentes.

2.1 Motivação

Tendo em vista a incapacidade do deficiente visual

em distinguir cores, e não tendo como compensar por
meio de seus outros sentidos esta limitação, é que se
faz necessário viabilizar caminhos alternativos com o
auxílio da tecnologia atual para solucionar seu Figura 17: Power bank (carregador portátil).
problema. Fonte: O Autor (2019).

2
 Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

Este projeto é baseado em, um sistema embarcado E por fim extraindo a raiz quadrada da variância,
montado sobre uma placa micro controladora arduino chegamos ao desvio padrão amostral em torno da
Uno, no qual através de comunicação com um sensor média das medições, Equação (3).
leitor de cores RGB TSC3200, será coletado os valores
𝑛
de 0 à 255 de vermelho, verde e azul da superfície do 1
objeto, estas três coordenadas são usadas para uma 𝑆 = √𝑆 2 = √ ∑(𝑥𝑖 − 𝑋)2
𝑛−1
1
busca por aproximação no banco de dados de cores
cadastradas, o cadastro mais aproximado é
(3)
selecionado e enviado um comando para o modulo
MP3 DFPlayer mini executar o arquivo de áudio com o Em posse dos dados obtidos nas Equação (1) e
nome desta cor, mas caso nenhuma cor seja Equação (3), foi construída uma planilha com os dados
localizada nas proximidades destas coordenadas, será obtidos nos ensaios com a cor padrão branca, Figura
analisado a cor predominante naquela superfície e 1, e com base na curva gaussiana padrão, Figura 2,
comunicada também por áudio, e no caso de os podemos garantir que o nosso “i” sendo mais ou
valores lidos forem acima de um valor máximo menos 10, o nosso intervalo de confiança será de
tolerado, o sistema entenderá que não possui objeto 99,7%, Figura 1.
na frente do seu sensor e solicitará a aproximação do
mesmo.
Dados de 30 ensaios da cor Branca
Como pode haver variações nas leituras das cores,
devido a tolerância de leitura do sensor, foi
implementado na lógica deste sistema uma tolerância
para o valor das cores lidas, este valor é de mais ou
menos 10 em cada eixo de cor RGB, que equivale a
3,92% na faixa de 0 a 256, Figura 10, do valor
cadastrado daquela cor, ou seja, se o valor obtido pelo
sensor variar 10 pontos do valor padrão daquela cor,
o programa entende esta variação como tolerável.

Esta tolerância foi obtida após 30 ensaios com a

cor branca, Figura1, onde foi variado as horas do dia
para abranger as variações de luminosidade incidente Figura 1: Dados estatísticas da cor branca.
no local da simulação, e com isto captar o máximo de Fonte: O Autor (2019).
variações possíveis, aproximando assim o campo de
provas para o mais realístico possível.

Após a obtenção dos dados das amostras, foi

calculado o valor médio deste conjunto finito de 𝑛
medições, Equação (1), Figura 1.
𝑛
1
𝑋= ∑𝑥𝑛
𝑛
1

(1)

Em seguida, através do valor médio foi calculado a

variância S² desta população de finitas amostras,
Equação (2), Figura1.
𝑛
𝑛 1
𝑆2 = ( ) 𝜎2 = ∑(𝑥𝑖 − 𝑋)2
𝑛−1 𝑛−1
1
Figura 2: Distribuição Gaussiana (ou normal).
(2) Fonte: sites.google.com/site/diogoroberto (2019).

3 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
 Identificador de Cores para Deficientes Visuais - CORAUDITIVO
Mas no caso em que o programa não localizar o
ponto lido dentro destas faixas cadastradas, se fez
necessário uma estratégia de aproximação, pois a
memória do dispositivo é limitada e as possibilidades
de combinações de 3 variáveis, indo cada uma de 0 a
255, que possibilita um total de 16.581.375
possibilidades.
Para resolver isto, foi implementado uma solução
de englobamento volumétrica, isto é, como possui 3
coordenadas que são vermelho, verde e azul, pode-se
entender este dado de cor como um ponto cartesiano
(x, y, z), assim como existe uma tolerância nestes
valores se cria um volume, no qual para o programa,
um ponto interno neste volume será interpretado
como a cor cadastrada com a sua tolerância.
Se um ponto não está dentro de um volume
conhecido, os volumes devem crescer até que um
destes englobem este ponto em questão, para isto foi
criado uma variável “X” na lógica, que é aumentado
até que aconteça o englobamento do ponto lido ou
atinja o valor máximo de X=50, que significa uma
aproximação de 19,6% no valor de cada eixo (R, G,
B), então neste caso é finalizado o englobamento para
não ocorrer um erro muito grande na identificação da
cor procurada.
No caso de um englobamento malsucedido, a
lógica do sistema inicia um processo de comparação
entre as cores encontradas na superfície do objeto, e
irá informar ao usuário a cor predominante na mesma.
4 Hardware
O modelo de equipamento apresentado neste
trabalho utilizou como plataforma de processamento
uma placa de Arduino Uno R3 com micro controlador
de 8bits ATmega328p, com 2KB de RAM e 32KB de
memória flash para armazenamento, Figura 3, [8].
A placa Arduino Uno é responsável por centralizar
as tarefas propostas do protótipo, ele possui o banco
de dados das cores cadastradas, e toda a lógica
envolvida em todas as etapas do processo, através de
comandos enviados ao sensor RGB, e ao modulo de
som, em seguida o micro controlador recebe
informações e toma decisões para executar as suas
atribuições.
4
Figura 3: Arduino Uno R3 ATmega328p.
Fonte: www.store.arduino.cc (2019).
No protótipo foi usado um modulo sensor de cor
baseado no sistema de cores RGB, este possui 64
fotodiodos divididos em quatro grupos, que são: 16
fotodiodos com filtro de luz vermelha; 16 fotodiodos
com filtro de luz verde; 16 fotodiodos com filtro de luz
azul e 16 sem filtros [9]. Este modulo recebe do
arduino a seleção de um dos grupos de fotodiodos
pelos pinos S2 e S3, e após captar os dados de cor do
objeto posicionado em sua frente, retorna à
informação solicitada usando o pino OUT, esta
mensagem recebe a modulação em frequência.
Para proteção contra contatos entre as unidades e
a placa do arduino uno, foi confeccionada um caixa
sob medida em impressora 3D com dimensões
adequadas para fixação da mesma sem impedir o livre
acesso dos cabos conectados.
5 Testes
Durante os testes inicias do protótipo, foram
detectadas variações que inviabilizavam o projeto, e
através de ensaios e analises da ficha de dados do
modulo usado, foi visto que ele é mais sensível a luz
infravermelha do que à luz visível, como pode ser visto
na Figura 5, levando-se em conta que o limite
do espectro visível varia de pessoa para pessoa, mas
no geral os olhos dos seres humanos se limitam a
faixa entre 350nm a 700nm dos comprimentos de
ondas para a luz visível [10].
Para contornar as interferências da luz
infravermelho na leitura do sensor de cor, foi
necessário adicionar um filtro infravermelho ao
sistema, Figura 7, mas para não aumentar o custo da
montagem, o que iria de encontro ao intuído da
proposta apresentada, foi feito uma reciclagem de um
filtro infravermelho, Figura 6.
 Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y
Com o implemento do filtro I.R. foi ceifada a faixa
indesejada de sensibilidade do sensor à luz I.R.,
Figura 18, a qual alterava os valores das leituras.
Figura 4: Modulo Sensor de Cor RGB.
Fonte: www.electronicwings.com (2019).
Figura 5: Resposta Espectral do Fotodiodo em RGB.
Fonte: www.electronicwings.com (2019).
Figura 18: Faixa Espectral I.R. do TCS5200
Fonte: Autor (2019).
5 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
Figura 6: Filtro Infravermelho de Webcam Philips.
Fonte: O Autor (2019).
Após estudos de soluções possíveis para a
interferência da luz I.R. nas leituras do sensor,
Figura 5, foi analisado as opções de soluções
viáveis e foi visto como melhor opção a adaptação
de um filtro na superfície do sensor, Figura 7.
Figura 7: Filtro Infravermelho de Webcam Philips
posicionado sobre placa de fotodiodos do TCS3200.
Fonte: O Autor (2019).
5.1 Software
Nesta etapa, a partir da IDE do Arduino.cc
instalada em um notebook, pode-se programar a
placa do Arduino Uno R3, esta possui linguagem de
programação baseada na linguagem C. Foi seguido os
seguintes passos: Conectado o arduino ao PC através
da porta USB; Selecionada na IDE a placa Arduino
Uno; Habilitado a porta de comunicação COM4 para a
comunicação entre eles, instalado a biblioteca da
DFPlayer Mini da DFRobot [13]. Após estabelecer a
conexão entre os módulos foi desenvolvido o código,
compilado e descarregado na placa do Arduino Uno.
Foi utilizado a lógica como apoio ao circuito físico,
Figura 10, pois através da lógica criada e carregada
no Arduino, foi gerada uma porta serial nos pinos 6 e
 Identificador de Cores para Deficientes Visuais - CORAUDITIVO

7, para comunicação serial com a placa periférica de
som.
Após os ensaios foram efetuadas modificações e
adequações na lógica para atingir os objetivos
propostos.
O fluxograma da lógica do sistema, Figura 10,
mostra a execução de cada etapa do algoritmo de
reconhecimento de cor, que vai inicialmente tentar
com os dados lidos pelo sensor RGB achar um registro
em seu banco de dados exatamente igual, caso não
possua, adiciona uma tolerância de 3,92% a nova
busca ainda garantindo a faixa de confiança de 99,7%,
caso ainda não consiga faz o englobamento até
19,6%, e em último caso informa a cor RGB
predominante como resposta a busca, Figura 10.

Figura 10: Fluxograma do código de detecção de cor.

Fonte: O Autor (2019).

6
 Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y

4 Montagem do Protótipo
A montagem do protótipo foi executada em duas
etapas, que foi a montagem física e posteriormente a
lógica, para a primeira etapa foi necessário
inicialmente estabelecer a comunicação entre o
conjunto de placas periféricas com a placa que
centraliza o processamento e o controle do fluxo de
dados no sistema.

Entre os módulos do projeto, foi usado inicialmente

um modulo de MP3 MP3-TF-16P, Figura 8, para
executar os áudios referentes as cores detectadas
pelo sistema, porém não foi possível se estabelecer
uma comunicação serial entre o Arduino e este, por
não termos bibliotecas compatíveis entre eles, e
serem muito escarças as informações sobre este
modulo, assim foi feita a substituição do mesmo por
um modulo DFPlayer mini, Figura 9, no qual foi
utilizado uma memória microSD de 32Gb formatada
em fat32 e com os arquivos de sons no formato MP3,
ainda foi instalado um driver USB para utilização de
pen driver diretamente no modulo, tudo conforme
orientação da ficha de dados deste modulo, desta
forma foi obtido êxito na comunicação serial com o
microcontrolador e se teve a execução dos sons
referentes as cores.
Figura 9: Modulo DFPlayer Mini.
Fonte: www.dfrobot.com (2019).
4.1 Montagem Física
As interligações entre o arduino e modulo DFPlayer
mini foram feitas usando um resistor de 1 kohms
entre o terminal RX do periférico e o TX da placa
microcontroladora, Figura 11, a adição deste resistor
evita ruídos no áudio ao se energizar o sistema.
Foi conectado um mini autofalante aos terminais
SPK1 e SPK2 da placa responsável pela execução do
som, Figura 11.

Figura 11: Arduino interligado ao DFPlayer Mini.

Fonte: www.dfrobot.com (2019).
Figura 8: Modulo MP3-TF-16P.
Fonte: www.instructables.com (2019).

7 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
 Identificador de Cores para Deficientes Visuais - CORAUDITIVO

Na interligação entre o Arduino e o modulo

TCS3200, foram efetuadas as conexões de
alimentação elétrica do modulo, foi interligado o canal
de seleção das três cores do sistema RGB através dos
pinos 11 e 12 conectados aos pinos S2 e S3, também
a seleção de nível percentual de sinal de resposta de
cor lida nos pinos 8 e 9 aos S0 e S1, e por fim o 10 ao
OUT que é o sinal de resposta de cor. Figura 12.

Figura 19: Case impresso em 3d para sensor RGB.

Fonte: O Autor (2019)

O circuito completo foi acomodado em uma caixa de

papelão por ser um material isolante, Figura 14.

Figura 12: Arduino interligado ao TCS3200.

Fonte: www.dfrobot.com (2019).

Por fim o circuito completo recebeu um botão para

comandar a leitura, Figura 13, assim completou-se a
montagem do protótipo como se pode ver na Figura
13.

Figura 14: Protótipo completo já montado.

Fonte: O Autor (2019).

A acomodação interna necessitou de um furo na caixa

para que o sensor de leitura de cor conseguisse captar
a imagem externa, Figura 14.

O case do arduino, feito em impressora 3D com as

Figura 13: Circuito Completo do Projeto.
Fonte: O Autor (2019)
dimensões exatas da sua placa, nos deu uma grande
vantagem na acomodação interna do protótipo, pois
eliminamos as possibilidades de contatos acidentais
entre os fios de interligação entre as placas, Figura
15.

Foi impresso em impressora 3d um case para o

sensor RGB, Figura 19, com este foi criado um
ambiente isolado de interferências luminosas externas
na hora da medição, e fornecendo uma proteção
contrachoques mecânicos ao sensor.

8
 Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada (2017) vol:pp.x-pp.y
Figura 15: Protótipo completo vista interna.
Fonte: O Autor (2019).
Foram cadastradas 60 cores padrões no sistema, e
esta quantidade se deve a limitação imposta pela
memória do arduino, estas cores foram agrupadas e
assim confeccionado um conjunto de paletas modelos
de cores cadastradas, Figura 16.
Foi usado um modelo bastante comum em modelos
de cores profissionais, tendo em vista a agilidade na
busca de cores e facilidade em separar uma
determinada com para ser lida, assim resultando em
uma réplica dos modelos profissionais de paletas de
cores.
Figura 16: Paleta padrão de Cores para teste.
Fonte: O Autor (2019).
5. Conclusões
Finalizada a concepção do projeto, a sua
montagem com programação e seu comissionamento,
foi iniciado seus testes com deficientes visuais, e
conclui-se empiricamente que este protótipo atingiu o
9 DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3
proposito ao qual foi criado, que é habilitar o sentido
auditivo a suprir a deficiência visual em reconhecer
cores.
A velocidade de resposta deste protótipo superou
as expectativas nas análises empíricas nos testes em
campo.
Foi visto que ao habilitar uma pessoa
deficiente a efetuar uma tarefa sem a ajude de
terceiros, além de trazer autonomia vem junto
satisfação pessoal e prazer ao conseguir superar uma
limitação que causava frustação e sensação de
incapacidade física.
Cumpriu-se a proposta inicial de ser um
equipamento de baixo custo e de fácil acesso, por ter
sido usado soluções simples como: uso de partes
recicladas de lixo eletrônico doméstico, como é o caso
do mini autofalante, filtro de infravermelho, o botão
liga-desliga, carregador portátil power bank e a caixa
de acomodação geral.
Caso o leitor queira ver o sistema em
funcionamento, pode acessar o vídeo disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=ds9h2f9ZDlQ&t
=67s.
Em pesquisas futuras o sistema pode e deve ser
miniaturizado, para dar mais portabilidade ou
implementado em software para smartphone.
Também poderá ser usado como base para novos
avanços e criações com base em seus fundamentos
teóricos e práticos, assim como ao longo do tempo os
usuários deste equipamento, devem com suas
experiências no uso fornecer dados suficientes para
novas versões aprimoradas em suas experiências.
Referências
[1] WIKIPEDIA. Deficiência visual. , 2019.
Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Deficiência_visual>.
Acesso em: 31 jan. 2019.
[2] GBD 2015 Disease and Injury Incidence
and Prevalence, Collaborators. (8 de outubro de
2016). «Global, regional, and national incidence,
prevalence, and years lived with disability for 310
diseases and injuries, 1990-2015: a systematic
analysis for the Global Burden of Disease Study
2015.». Lancet. 388 (10053): 1545-
1602. PMID 27733282.
[3] «Visual impairment and blindness Fact Sheet
N°282». Agosto de 2014. Consultado em 23 de
 Identificador de Cores para Deficientes Visuais - CORAUDITIVO

maio de 2015. Cópia arquivada em 12 de maio de

2015.

[4] IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde., 2013.

Disponível em:
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros
/liv94522.pdf>. Acessado em 31 de Janeiro de
2019.

[5] IBGE. Senso Demográfico Brasileiro., 2000.

Disponível em:
<https://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/notic
ias/08052002tabulacao.shtm> Acessado em 31 de
janeiro de 2019.

[6] MELO, Fabiana. Quando Falta a Visão.

Disponível em:
<https://www.webartigos.com/artigos/quando-
falta-a-visao/77761>. Acesso em: 31 de janeiro de
2019

[7] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS. NBR 10520. Informação e
documentação: Citações em documentos -
Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

[8] ARDUINO uno rec3. , 2019. Disponível em:

<http://store.arduino.cc/usa/arduino-uno-
rev3>. Acesso em: 31 jan. 2019.

[9] AMS. Tcs3200 . , 2019. Disponível em:

<http://www.electronicwings.com/components/tc
s3200-colour-sensor-module>. Acesso em: 31 jan.
2019.

[10] CAVALHEIRO, Carlos. Espectro visível. ,

2019. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/fisica/espectro-
visivel/>. Acesso em: 31 jan. 2019.

[11] MYBOTIC. Tutorial of mp3-tf-16p. , 2019.

Disponível em:
<http://www.instructables.com/id/Tutorial-of-
MP3-TF-16P/>. Acesso em: 31 jan. 2019.

[12] DFROBOT. Dfplayer mini sku. , 2019.

Disponível em:
<http://dfrobot.com/wiki/index.php/DFPlayer_Min
i_SKU:DFR0299>. Acesso em: 31 jan. 2019.

[13] ARDUINOECIA. Como usar o módulo mp3

dfplayer mini. , 2017. Disponível em:
<http://www.arduinoecia.com.br/2017/10/modul
o-mp3-dfplayer-mini-dfrobot-arduino.html>.
Acesso em: 31 jan. 2019.

10