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MANEJO

DE PASTAGENS
Módulo 3

1
2018 - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
2018 - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

1a. Edição - 2018


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Denise Baptaglin Montagner
Fernando Paim Costa
Manuel Claudio Motta Macedo
Mariana de Aragao Pereira
Rodrigo Amorim Barbosa
Valeria Pacheco Euclides

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Sumário
Módulo 3 – Viabilidade econômica de sistemas
de produção de pastos 04

• Aula 1: Pastagem no custo de produção da pecuária 05


• Aula 2: Consequências econômicas do manejo de pastagens 11

Atividade de aprendizagem 19

Conclusão 20

Referências 21

3
Módulo 3
Viabilidade econômica de
sistemas de produção de pastos

A pecuária de corte é uma atividade complexa, cujos resultados técnicos e econômicos resultam
da interação de inúmeros fatores de produção. A forma de combinar esses fatores e o nível de sua
utilização, por sua vez, exigem tratamento mais equilibrado do negócio da pecuária de corte, o que
implica analisá-lo sob o enfoque sistêmico, tratando as partes sem perder de vista o todo no qual
estão inseridas. Nesse contexto, um dos mais importantes componentes do sistema é a pastagem,
base da alimentação dos bovinos de corte no Brasil. Confira as aulas do último módulo:

Aula 1: Pastagem no custo de produção da pecuária


Nesta aula, você compreenderá os custos fixos e variáveis
associados às pastagens perenes e anuais, à formação e à
manutenção de pastagens, conhecerá o custo relativo des-
sa demanda dentro do custo total de produção de carne e
as implicações da tomada de decisão no horizonte tempo-
ral do planejamento.

Aula 2: Consequências econômicas do manejo de pastagens


Para finalizar o curso, você verá como classificar os trade-
-offs entre a formação de pasto e a necessidade de manu-
tenção, e como comparar resultados econômicos associa-
dos a diferentes níveis de adubação de manutenção.

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Aula 1: Pastagem no custo
de produção da pecuária
As pastagens no custo de produção de carne

A importância da pastagem é comprovada por sua participação no custo total de produção da pecuária
de corte, como demonstram alguns números extraídos de planilhas que retratam sistemas de produ-
ção de ciclo completo — cria, recria e engorda —, em uso na região dos Cerrados (dados de COSTA et
al., 2005, e de CORRÊA et al, 2009, atualizados para preços médios do período 2006-2015).

Em sistemas de baixo uso de insumos com 1.600 hectares de pastagens, com taxa de lotação mé-
dia anual de 0,60 UA/ha, formados por vacas aneloradas e touros da raça Nelore, usando suple-
mentação mineral durante o ano inteiro e apresentando taxa de natalidade de 60%, com abate de
machos com 42 meses e 240 hectares roçados por ano, o investimento na formação da pastagem
corresponde a aproximadamente 35% do custo total, não incluindo o valor da terra nua.
Já em sistemas mais intensivos com a mesma área de pastagem, adubada para um suporte médio
anual de 1,1 UA/ha, mesmo padrão racial do gado, com suplementação mineral proteica na ração
para machos em engorda, com taxa de natalidade de 80%, abate de machos com 30 meses e 320
hectares roçados por ano, o investimento na pastagem corresponde a 17%, praticamente a metade,
mas mesmo assim altamente relevante.

Nesse contexto, entender a natureza econômica da pastagem é fundamental para tratá-la adequa-
damente no planejamento e no controle da atividade pecuária. É preciso, em primeiro lugar, classifi-
cá-la quanto à origem e à vida útil. Quanto à origem, as pastagens podem ser nativas ou cultivadas.

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Nativas
As pastagens nativas, como recurso natural, são um bem
gratuito, embora sua propriedade privada implique custos
de oportunidade referentes à terra em que se assentam.
Sob a perspectiva da economia do meio ambiente, custos
sociais podem ser atribuídos à sua exploração. Além disso,
práticas de manejo que visem à sua melhoria podem gerar
desembolsos, o que obviamente deve ser incluído no custo
de produção.

Cultivadas
Nas pastagens cultivadas predominam as espécies forra-
geiras perenes, com destaque para os gêneros Brachiaria e
Panicum, mas há também o plantio de pastos anuais, como
o azevém no Sul do país.

Essas não são apenas questões conceituais, pois têm efeito prático na for-
ma de computar custos e indicadores de desempenho econômico.

Já quanto à vida útil, elas podem ser anuais, o que representa uma imobilização resultante de inves-
timento que durará vários anos, ou perenes, que exigem desembolsos cujo resultado se esgota no
horizonte do “ano pecuário”. Dada a ampla predominância das pastagens perenes, será esse o tema
abordado daqui em diante.

A formação ou a recuperação de uma pastagem perene é, de fato, um investimento, uma vez que
este gerará frutos ao longo de diversos ciclos de produção. Essa condição é determinante de uma
série de atributos, comentados a seguir.

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Custo de formação ou reforma
Tanto a formação como a reforma da pastagem podem ser executadas seguindo diversos ca-
minhos, conforme o estado dos recursos e o processo técnico escolhido, o que redundará no
maior ou menor uso de equipamentos e insumos. Cada caminho apresenta um custo especí-
fico com muitas possibilidades e investimentos associados. É importante ressaltar que o pro-
cesso usado na formação ou reforma tem implicações diretas na produtividade da pastagem,
em sua curva de produção e em sua vida útil.

Vida útil
Como qualquer outro bem de capital, a pastagem tem uma vida útil, ao fim da qual precisa
ser reposta ou substituída. A obtenção desse número é mais simples para outros itens imo-
bilizados na atividade pecuária, como construções, máquinas e equipamentos, podendo se
consultar publicações que apresentam tabelas bastante completas. No caso da pastagem,
porém, é difícil achar um dado concreto, devido às inúmeras situações exis-tentes, resultado
das combinações entre tipos de solos, espécies forrageiras, processos de forma-ção/recupe-
ração e práticas de manejo adotadas. Apesar dessa complexidade, alguns parâmetros podem
ser en-contrados na literatura. Frank (1978), tratando da dura-ção dos bens na agropecuária
argentina, na qual predo-minam as pastagens de clima temperado, atribuiu seis anos para
“pradeiras permanentes”. Arruda (1982) esta-beleceu como 15 anos o ciclo de vida de uma
pastagem do Brasil Central. Costa et al. (1986), para calcularem o custo de produção da arro-
ba de boi gordo, consideraram 10 anos. Questionados sobre a idade média das pasta-gens à
época de sua recuperação, produtores de Mato Grosso do Sul entrevistados por Costa (2000)
apresen-taram como resposta uma média de 10 anos. Em traba-lhos mais recentes, uma vida
útil de até 20 anos tem sido considerada em estimativas de custo de produção.

Valor residual
Também este conceito é de difícil operacionalização quando aplicado ao caso da pastagem. Em
que situação esta apresenta valor residual igual a zero? Mesmo pastagens extremamente de-
gradadas produzem alguma forragem, capaz de suportar o pastejo de bovinos e, portanto, de
produzir algum valor econômico. Como essa discussão é extremamente intricada, envolvendo
o também complicado conceito de “degradação”, usualmente considera-se um valor residual
igual a zero ao final da vida útil da pastagem.

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Custos fixos e variáveis associados às pastagens

Como afirmado anteriormente, a formação e a recuperação de pastagens perenes, predominantes


no Brasil, podem ser classificadas como um investimento, pois exigem grande aporte de capital,
ao que se segue um longo período de exploração. Além desse investimento inicial, a pastagem in-
corre em custos de manutenção, que podem variar desde um pequeno gasto anual, quando estes
englobam apenas trabalhos elementares, como a roçada, até gastos significativos, decorrentes de
práticas como adubação.

O investimento, categorizado como custo fixo, implica calcularem-se depreciação e juros sobre o
capital imobilizado. Já a manutenção pode ser vista como um gasto variável, e nos dois sistemas
descritos no item anterior representa os seguintes percentuais do custo total. Clique nas caixas
para saber mais.

Sem adubação Com adubação

1,3% no sistema mais intensivo. A manutenção da pastagem


alcança 25% do custo total.

Esses números demonstram o grande impacto financeiro de práticas como a adubação da pasta-
gem, reforçando a necessidade de se subsidiar tal decisão com análises criteriosas.

Vale comentar que as pastagens nativas podem receber melhorias, como a semeadura de azevém
e adubação no Sul, aumentando os custos variáveis. Esses casos específicos requerem análise de
acordo com suas particularidades.

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Calculando o custo da pastagem: critérios e justificativas
Ao calcular o custo da pastagem cabe, em primeiro lugar, definir o critério básico a utilizar. O mais fácil
de compreender é aquele que considera depreciação e juros calculados sobre o custo de formação
ou recuperação do pasto. Um segundo critério usa o conceito de “custo de oportunidade”: onera-se
a pastagem com o valor que o produtor, proprietário do recurso, está deixando de receber por não a
arrendar a terceiros. Nesse caso, toma-se o valor de arrendamento vigente no mercado da região.

Usando o valor de aluguel da pastagem

O uso do valor de arrendamento é um procedimento expedito. No Brasil Central, é prática comum


o arrendamento de pasto cobrado como 10% a 15%, variação que se deve a diferenças na qua-
lidade e na localização da pastagem, e na categoria animal a utilizá-la, do valor da arroba do boi
gordo, por cabeça e por mês. Esse critério, porém, apresenta um sério inconveniente: o custo da
pastagem, e consequentemente o custo total de produção, torna se dependente direto do preço
do boi gordo. Assim, em períodos de recuperação de preço do gado, o custo da pastagem sobe
automaticamente, o que não faz sentido.

Uma alternativa para contornar esse problema é computar o valor de aluguel do pasto usando a
matemática financeira e o conceito de “custo anual uniforme equivalente de um ativo”. O valor daí
obtido corresponde ao “aluguel” que o dono do bem deveria receber e aplicar todos os anos até o
fim da vida desse bem. Clique nas abas para ver por quê.

1. Para ter os recursos necessários para substituir o bem por um novo ao fim de sua vida
útil (se houver um valor residual, este será abatido).

2. Receber os juros que ganharia se o valor inicial do bem tivesse sido aplicado no mer-
cado financeiro.

Para calcular o custo anual uniforme equivalente, pode ser usada a função “pagamento” da planilha
Excel, o que torna essa tarefa bastante fácil. Se houver interesse em expressar separadamente os
componentes depreciação e juros embutidos no aluguel calculado, pode se usar o artifício de zerar
a taxa de juros (requerida pela função PGTO), obtendo-se assim a depreciação. Os juros equivalem à
diferença entre o valor do aluguel e a depreciação.

Cabe ainda comentar outra questão que exige certo arbítrio. O arrendatário de pasto naturalmente
usa as benfeitorias a ele associadas, como cercas que dividem as invernadas, cochos de sal, aguadas e
curral, sem qualquer ônus. Parece coerente, portanto, desconsiderar a depreciação e os juros relativos
a esses itens quando se opta por usar tal critério na determinação do custo de produção.

Calculando depreciação e juros


O critério para calcular depreciação e juros é mais trabalhoso, exigindo muitos cálculos, mas em con-
trapartida produz números de mais fácil entendimento. O ponto de partida é determinar o custo de
formação ou reforma da pastagem por hectare. Para isso, é preciso definir primeiramente o processo
utilizado, já que eles são inúmeros. Para simplificar, podem se classificar os processos de recuperação
em três grandes grupos: sistema convencional com baixo nível de insumos; sistema convencional com
alto nível de insumos e sistema integrado com agricultura.

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O cálculo da depreciação é geralmente feito por meio da fórmula Dep = ( Vi - Vr ) / VU.

Vi = Valor Inicial
Vr = Valor Residual
Vu = Vida Útil

Essa forma de calcular depreciação é a mais simples, chamada linear, não havendo necessidade de
usar fórmulas mais complexas.

Quanto aos juros, considera-se inadequado aplicar juros sobre o custo integral de uma pastagem re-
cém-formada, já que esta vai perdendo valor ao longo de sua vida útil. Por isso, toma-se o valor médio
entre o valor inicial e o residual, sobre o qual se aplica uma taxa de juros real, equivalente ao período
de um ano. Geralmente, essa taxa oscila entre 6% e 12%, e depende das oportunidades de aplicação
financeira disponíveis ao produtor que está investindo na pastagem.

Despesas com as pastagens


Como referido anteriormente, essas despesas apresentam grande variação, dependendo do nível tec-
nológico empregado. Geralmente, as roçadas são necessárias e têm baixo custo; adubações já impli-
cam despesas consideráveis. Seja qual for o montante gasto, a manutenção da pastagem entra de
maneira direta no cálculo do custo de produção da pecuária, como um componente do custo variável,
ao lado da suplementação mineral, da mão de obra, dos produtos veterinários etc.

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Aula 2: Consequências econômicas
do manejo de pastagens

É inquestionável a importância das pastagens para a produção brasileira de carne e leite. Não
obstante, sua formação e seu manejo continuam sendo grandes pontos de estrangulamento da
produção, conforme as dificuldades a eles associados. A consequência tem sido a degradação das
pastagens Brasil afora, em maior ou menor escala, com perdas econômicas para o setor produtivo.
As principais causas de degradação comumente relatadas na literatura são a escolha errônea da
forrageira, as falhas no plantio e no estabelecimento da pastagem, o manejo inadequado, a baixa ou
nula reposição de nutrientes, a superlotação dos pastos ou ainda fatores indutores externos, como
o baixo preço da terra.

Sendo a pastagem e sua manutenção importantes componentes na composição dos custos de


produção de carne, é imprescindível a compreensão das consequências econômicas da tomada
de decisão do produtor quanto ao manejo dos pastos visando ao ajuste da capacidade de supor-
te e do nível de produção. Costa e Reehman (1999), por exemplo, observaram que o fenômeno
do superpastejo, que levava à degradação das pastagens no Brasil Central, estava associado ao
objetivo dos pecuaristas de possuir alto valor em gado para mitigação de riscos econômicos as-
sociados à inflação da época. Nos dias atuais, com inflação sob controle, essa justificativa não se
sustenta tecnicamente, apesar de muitos ainda o fazerem.

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Formação e manutenção das pastagens:
existe um ótimo econômico nessa relação?
Uma boa formação de pastagem garante parte do sucesso na exploração e na ampliação de sua vida
útil. Para tanto, são precisos planejamento e a consecução de alguns passos essenciais para asse-
gurar a qualidade da formação. Uma pastagem bem formada garantirá um stand de plantas dese-
jado, que futuramente definirá sua capacidade de suporte e, por conseguinte, o nível de produção
do sistema. Dado que seu benefício se estende no longo prazo, a formação da pastagem assume
características de um investimento econômico, isto é, possui valores inicial e final e vida útil prede-
terminados (pelos coeficientes técnicos empregados durante a fase de estabelecimento). Logo, é
possível o cálculo de sua depreciação, associada à perda natural do vigor da pastagem se nenhuma
intervenção adicional for feita, e de outros parâmetros de investimento, por exemplo, valor presen-
te líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) etc.
Figura 1. Representação gráfica da evolução do processo de degradação
de pastagens cultivadas (Fonte: Macedo, 2001).

Na prática, a formação da pastagem é vista por muitos produtores como uma despesa que deve
ser minimizada. Contudo, sem a devida atenção às receitas a serem potencialmente geradas por
uma pastagem bem formada, a análise dos retornos fica prejudicada, o que pode levar o produtor
à conclusão equivocada de cortar gastos. Isso gerará, no longo prazo, a degradação da pastagem,
com consequências negativas para o desempenho técnico-econômico da pecuária.

A manutenção da pastagem, por sua vez, é função direta da qualidade da formação, bem como do
nível de produção pretendido na área. Logo, uma pastagem bem formada, a princípio, requer me-
nor manutenção que uma pastagem malformada. Esta última provavelmente incorrerá em gastos
adicionais para minimizar os problemas da malformação, tais como replantio de áreas, adubação de
manutenção mais expressiva e, eventualmente, uma recuperação. A condução do pasto, tanto da fase
agronômica (adubação de manutenção, controle de ervas daninhas etc.) como da fase zootécnica (por
exemplo, manejo do pastejo, ganho de peso animal etc.), também determina a longevidade da pasta-
gem e a necessidade, ou não, de sua recuperação ou reforma futura. Diante disso, ficam configurados
os “trade-offs” (relações de compensações) entre formação e manutenção de pastagens, conforme
ilustrado a seguir. A imagem apresenta relações de compensação entre F-M-R que se dão ao longo do
tempo, considerando apenas os aspectos agronômicos. Clique nas imagens para ver mais.

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Figura 2. Gangorra econômica FMR: trade-offs entre formação (F),
manutenção (M) e renovação/recuperação (R) das pastagens.

t0= momento “t” na formação, recuperação ou reforma da pastagem.

t(1+n)= horizonte temporal das pastagens sob manejo.

Gangorra econômica FMR: trade-offs entre formação (F),


manutenção (M) e renovação/recuperação (R) das pastagens.
Fonte: preparado pela autora.
RS / ha

RS / ha

RS / ha
F/ R
M
F/ R M
F/ R
M

t0 t(1+n) t(anos) t0 t(1+n) t(anos) t0 t(1+n) t(anos)

A B C
Sugere que um investimento Visualiza-se uma situação de Apresenta a situação já descrita
adequado (R$/ha) na fase de médio nível tecnológico, com anteriormente, na qual uma má-
formação (F) da pastagem (t0), formação (F) e manutenção -formação cria necessidade de
seguindo as recomendações (M) em níveis basais e que, por manutenções mais frequentes ou
técnicas, leva a uma menor consequência, determinarão mais intensas, aumentando os
necessidade de manutenção níveis de produção de carne gastos com esses processos. Por
(M). Essa mesma ilustração, não muito elevados. Se bem outro lado, essa mesma ilustração
vista da direita para a esquer- manejada, e com taxas de pode ser interpretada, da direita
da, sugere que uma baixa lotação reduzidas, essa pasta- para a esquerda, como uma situa-
manutenção da pastagem (M) gem pode, teoricamente, ser ção em que os gastos com manu-
pode elevar a demanda para perenizada, sem contudo dar tenção (M) são mais elevados e,
uma recuperação ou renova- como certos os retornos eco- por isso, há menos necessidade
ção do pasto (R) (especialmen- nômicos. de uma futura recuperação ou
te com altas taxas de lotação), reforma do pasto (R), mantendo-o
induzindo a gastos futuros. perene, porém persistindo as
deficiências decorrentes da for-
mação.

Considerando que o nível de produção desejado é outro fator determinante


no estabelecimento do ponto de equilíbrio FMR, vale a regra: quanto maior
a expectativa de produção, maior a necessidade da manutenção das pas-
tagens e do ajuste de lotação. Este deve ser feito à medida da capacidade
de suporte demonstrada da pastagem e usando artifícios, como a régua de
manejo para o estabelecimento do momento ideal de entrada e saída de
animais na área. Normalmente, esse tipo de manejo não incorre em custos
adicionais, o que favorece seus retornos econômicos.

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Diante da dinâmica apresentada e dos desafios postos ao manejo das pastagens, torna-se difícil a
determinação de um ponto ótimo de equilíbrio da “gangorra econômica FMR”. Análises econômicas
específicas devem ser, então, realizadas considerando os seguintes fatores.

1. Estimativa de custos de formação (CF) da pastagem, incluindo todos os insumos e


serviços e a vida útil (VU).

2. Estimativa de custos de manutenção (CM) das pastagens, incluindo todos os insumos


e serviços.

3. Produção estimada de carne por hectare (@/ha) e valor de mercado da arroba (R$/@).

4. Custo (implícito) de não se realizar nenhuma intervenção no sistema.

De forma prática e simplificada, a inequação a ser analisada é representada pelo cálculo a seguir.

(CF/VU) + CM anual < R

CF = custo de formação
VU = vida útil estimada da pastagem
CM = custo de manutenção anual
R = receita esperada (dada pela produção estimada de carne, em arrobas, multiplicada pelo preço
de mercado, mesmo que não haja venda)

Essa inequação é aplicável em qualquer situação de decisão, feitos os devidos ajustes, e idealmente
analisada para um horizonte de tempo de 5 a 10 anos, para evitar uma análise muito pontual.

Por exemplo, suponha uma pastagem de oito anos (t = 8), cujos custos de formação já
tenham sido absorvidos (CFt=8 = 0), e para a qual se deseja analisar a viabilidade de rea-
lizar apenas o controle de pragas, mas não a adubação. Nesse caso, o CM será o custo da
roçada, e a receita será estimada, a preços atuais, a partir da produção esperada de carne,
que será decrescente nos anos subsequentes. Provavelmente, uma renovação/reforma
será necessária no futuro, e esse custo também deve ser computado. Se a reforma de
pasto for uma opção, a mesma inequação se aplica, agora incluindo os investimentos e a
manutenção programada, bem como o novo patamar de receitas. Os resultados podem
ser comparados para fins de decisão. O aplicativo Gerenpec, desenvolvido pela Embrapa
Gado de Corte e disponível para download gratuito, pode ser usado para calcular o impacto
dessa e de outras intervenções no sistema produtivo, já que permite o planejamento e a
apuração de resultados técnico-econômicos em um horizonte de 10 anos.

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Outra análise que pode ser realizada é a relação entre benefício e custo, que mostra o retorno eco-
nômico para cada real despendido, e é calculada dividindo-se a receita anual esperada (R) pelos cus-
tos anuais incorridos (manutenção (M) e a parcela anual correspondente ao investimento (CF/VU)).
Se o resultado for maior que 1, o benefício superará o custo e a estratégia será economicamente
viável; se for menor que 1, o custo será maior que a receita e a estratégia deverá ser revista ou ana-
lisada em um contexto mais amplo, no qual ainda se possa justificar, por exemplo, excesso de gado
na propriedade, que necessite ser realocado para evitar venda em momento inadequado. Pode-se
ainda realizar uma análise de investimento completa a partir da elaboração de um fluxo de caixa
com n anos, ao qual se aplica uma taxa de desconto para calcular o VPL, a TIR e outros parâmetros.

Para que o produtor seja capaz de compreender as consequências econô-


micas de sua tomada de decisão em formar, recuperar ou reformar pasta-
gens, deve analisar a condição atual da pastagem, verificando as expecta-
tivas de resultados técnico-econômicos caso tudo seja mantido como está.

Esse resultado servirá de referência para a decisão de alterar ou não alterar algo no sistema pro-
dutivo ou, ainda, para identificar as perdas econômicas assumidas ao se optar pela manutenção da
condição atual, por exemplo, o uso de áreas maiores para comportar o gado em vez de área reduzida
com maior capacidade de suporte, o que inviabilizaria o arrendamento de áreas para terceiros. Em
seguida, deve-se passar à análise das alternativas.

1. Boa formação com adubação anual

2. Boa formação sem adubação anual

3. Recuperação com adubação de manutenção

4. Recuperação em sistema ILP

Para cada alternativa aplicável, é preciso realizar a análise entre benefício e custo, e ainda com-
parar à situação-referência (atual). É importante lembrar que os benefícios dos investimentos em
pastagem no tempo “t0” serão usufruídos no longo prazo, quando a produção for comercializada
(tempo t1+n). Nesse caso, além do preço da arroba no mercado spot também chamado de mercado
disponível, mercado físico ou mercado pronto, abrange operações na bolsa de mercadorias com

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transações em que a entrega da mercadoria é imediata e o pagamento é à vista.), é recomendável
analisar as receitas também com base no mercado futuro (e, se possível, utilizar-se dessa ferra-
menta de controle de risco) para verificar se as margens potenciais serão suficientes para cobrir os
custos incorridos dadas as estimativas de produção de carne. Caso não sejam, é importante fazer
ajustes nas estratégias do negócio, como trabalhar com animais mais erados e próximos do abate
para aproximar as receitas do momento atual, ou ainda considerar a suplementação alimentar com
a mesma finalidade, por exemplo.

É importante relembrar que diversos estudos apontam que a alimentação baseada em forrageiras
é, em geral, mais barata do que a suplementação, que deve se restringir ao uso estratégico na maio-
ria dos sistemas produtivos brasileiros.

Que respostas econômicas esperar dos investimentos em pastagens?


Para discutir esse assunto, é importante introduzir o conceito da Lei dos Rendimentos Decrescentes
(LRD), que explica a produção das forrageiras conforme os níveis de adubação aos quais são subme-
tidas e outros aspectos econômicos associados. A LRD estabelece que, quando unidades adicionais
de um insumo variável, por exemplo, adubo, ração etc., são aplicadas, mantendo-se fixos os demais
insumos, o produto marginal eventualmente cairá. O que isso significa? Que as respostas ao insumo
aumentarão a taxas decrescentes, atingindo um ponto ótimo econômico (0) e caindo a partir daí.

Note que no gráfico a seguir a quantidade produzida continua aumentando após o ponto ótimo
econômico, porém de forma menos ótima economicamente, tendo se em conta o aumento dos
custos relativos para cada unidade adicional de insumo. Por dedução, extrai-se uma regra simples:
quando se atinge o teto de produção, o máximo retorno econômico ocorreu em algum momento an-
terior. Para produtores que possuem histórico de controle do nível do uso de insumos e respectivas
produções, não é tão difícil encontrar o ponto ótimo econômico; os que não o têm precisam usar
recomendações técnicas e opinião de especialistas para definir o nível ideal.

Figura 3. Curva de produção, sendo q a quantidade produzida conforme o aumento no insumo x;


PMe, o produto médio; PMg, o produto marginal e 0, o ponto ótimo econômico.

1 O produto marginal é a mudança na quantidade física total de um produto em resposta a uma mudança na quantidade de insumo. Esse
indicador é usado na identificação do nível ótimo econômico de insumo a se empregar (OLSON, 2011).

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A tabela a seguir ilustra numericamente a LRD para um hectare de milho, cuja lógica é replicável para pas-
tagens e outros processos semelhantes, por exemplo, suplementação animal.

Tabela 1. Função de produção da adubação nitrogenada em milho (1 ha)*.

*Produt. = produtividade (kg/ha); Produto Total (kg) = adicional produzido em relação à produção-referência (que nesse caso foi 8.743 kg/ha);
Produto Médio (kg) = produto total dividido pelo respectivo nível de adubação (nesse exemplo, vai de 0 a 9); Produto Marginal (kg) = mudança entre
as produtividades, conforme se adiciona mais um nível de adubação (ex. do nível 1 para o nível 2, a produtividade aumentou 941 kg).

Como se nota, a produtividade máxima é obtida quando a adubação nitrogenada atingiu o nível sete.
Contudo, dadas as relações de preços de insumos e produtos, o ótimo econômico se dá no nível quatro,
quando a lucratividade atinge seu pico. A partir daí, tem-se aumentos na quantidade produzida, porém a
custos adicionais cada vez maiores, o que, eventualmente, reduz a lucratividade a patamar inferior ao que
se obteria com adubação zero.

Os resultados econômicos da recuperação da pastagem sem preparo de solo, mas com e sem adubação
de manutenção de 1995 a 2001, são explorados por Kichel et al. (2002). Apesar dos valores monetários
defasados, as conclusões sobre essa prática ainda se aplicam:

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1. Uma pastagem que recebe adubação inicial, mas não a manutenção anual, tem redu-
ção média de 8% ao ano da taxa de lotação.

2. Enquanto uma pastagem mantida sem adubação teve margem bruta (MB) de 1,5 @/
ha, aquela que recebeu adubo anualmente obteve MB de 6,3 @/ha, o que a preços atuais
(1 @ boi gordo = R$ 132,00) equivale a uma diferença de R$ 633,60/ha.

3. A recuperação e a manutenção da pastagem aumentaram sua produtividade em 227%


e a lucratividade em 322%.

4. Para cada real gasto no ano, obteve-se um retorno de R$ 1,94, a preços da época.

Os exemplos aqui apresentados sugerem que os investimentos em formação, manutenção e reforma/


recuperação de pastagem acarretam, em geral, retornos econômicos ao produtor rural. O nível ótimo de
adubação, apesar das dificuldades metodológicas, assegura bons retornos econômicos e menores riscos
ao produtor, se comparado com níveis excessivamente altos.

O acompanhamento contínuo dos preços do boi no mercado futuro e dos


insumos no mercado spot ajudará o produtor a identificar o momento ideal
de compra de insumos para melhorar as margens econômicas da pecuária.

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Atividade de aprendizagem

Chegou o momento de responder algumas questões relacionadas ao conteúdo estudado neste mó-
dulo. Não se esqueça de também realizar a atividade no seu ambiente virtual de aprendizagem.

1. Assinale a alternativa correta:


a) No cálculo do custo de produção da carne bovina, é sempre necessário computar a depreciação da pastagem.
b) A depreciação equivale ao valor a ser pago ao banco para quitação de financiamento, caso essa seja a
fonte do recurso usado na formação do pasto.
c) A depreciação da pastagem é calculada em sua forma mais simples, dividindo o resultado da subtração
do valor inicial menos valor residual pela vida útil.
d) Juros sobre o capital só são incluídos nos cálculos de custos quando o produtor financia em banco a
formação ou a recuperação da pastagem.

2. Sobre a natureza econômica das pastagens, são verdadeiras as afirmações a seguir, exceto
qual alternativa:
a) A formação da pastagem perene pode ser tratada como investimento devido a seu longo período de utilização.
b) Se a análise de uma estratégia de manutenção resultou em uma relação entre benefício e custo de
0,89, essa estratégia é economicamente viável.
c) O nível de produção de carne desejado e os preços futuros da arroba de boi são critérios a serem consi-
derados na análise da viabilidade econômica da estratégia de manutenção das pastagens.
d) Mudanças no manejo da pastagem (por exemplo, ajuste de carga animal) são, em geral, mais eco-
nomicamente interessantes do que mudanças nas variáveis agronômicas (adubação, controle de ervas
daninhas etc.) e devem ser priorizadas dentro do sistema de produção.

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Conclusão
Ao longo deste curso, você teve acesso a diversos conteúdos e, com seu esforço, agora é capaz de
responder às perguntas de quando começou seus estudos:

• Você sabe quais são os ganhos produtivos ao manejar o pasto corretamente?


• Identifica os benefícios da atividade e os resultados que ela pode gerar para o negócio?

Com todo esse aprendizado, você compreendeu as vantagens de um manejo bem realizado e viu o
que é necessário para alcançá-las.

O solo é imprescindível para o sucesso da produção, pois ele é a base para a germinação
saudável e o crescimento de pastagens nutritivas, por isso conhecer suas características
e planejar seu uso é fundamental.

Considerar a vocação natural das terras e também sua capacidade de suportar as interfe-
rências humanas é uma atitude que garante a sustentabilidade da produção agropecuária.
Por falar em sustentabilidade, o uso de práticas de manejo adequadas promove uma pro-
dução sustentável tanto econômica como ambientalmente, pois, além de garantirem pro-
dutividades compensadoras, essas práticas minimizam a degradação do meio ambiente,
dando aos recursos naturais a possibilidade de se manter ou de se recuperar.

A produção animal em pasto é um sistema que depende de fatores ligados ao clima, ao


solo, à planta e ao animal. A infraestrutura da propriedade e a adoção de técnicas, como o
uso de fertilizantes ou a suplementação alimentar, também interferem na eficiência desse
sistema. Portanto, esses são fatores fundamentais para o alcance de níveis de produtivi-
dade mais elevados.

Estamos falando de um sistema que sustenta atividades complexas, cujos resultados téc-
nicos e econômicos resultam da interação de inúmeros fatores de produção.

Se seu negócio é pecuária de corte, fique atento para a combinação e o nível de utilização
desses fatores, pois essa é uma atividade que exige um equilíbrio maior. Para isso, é ne-
cessária uma análise sob o enfoque sistêmico, tratando as partes sem perder de vista o
todo no qual estão inseridas. Nesse contexto, um dos mais importantes componentes do
sistema é a pastagem, base da alimentação dos bovinos de corte no Brasil.

Para finalizar o curso, responda à pesquisa de satisfação que está dispo-


nível no Ambiente de Estudos.

Se tiver qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail monitoria@senar.org.br ou ligue gratuita-
mente para 0800-642-7070, de segunda a sexta-feira, das 8 h às 18 h, horário de Brasília.

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