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PROJETO E DIMENSIONAMENTO

DE ESTRUTURAS METÁLICAS

UNIDADE 1.0 - PROPRIEDADES


DOS MATERIAIS

Profº MSc. Valdi Henrique Spohr

Agosto/2018
Aço como material estrutural
2

 O aço pode ser definido como uma liga metálica


composta principalmente de ferro e de pequena
quantidades de carbono (0,002% até 2%, sendo
que na construção civil o teor fica entre0,18% e
0,25%).
 Preparo das matérias-primas (coqueria e
sinterização);
 Produção do gusa (alto-forno);
 Produção do aço (aciaria);
 Conformação mecânica (laminação).
Produção do Aço
3

 O aço é produzido, basicamente, a partir de minério de ferro,


carvão e cal.

Fonte: www.acobrasil.org.br
Vantagens Desvantagens
4

 Alta resistência do  Segundo Bellei (2003) a


material nos diversos principal desvantagem que
estados de tensão pode se destacar é que os
(tração, compressão, elementos de aço carbono
flexão e etc); é suscetível a corrosão, o
que requer que eles sejam
 Tem-se a possibilidade de
cobertos com uma camada
desmontar as estruturas de tinta, ou seja, deve-se
e posteriormente montá- empregar um outro
las em outro local; método para proteção.
 Também podem ser
reaproveitados os
materiais que ficarem em
estoque, ou mesmo as
sobras de obra.
Propriedades Mecânicas do Aço
5
Estrutural
Diagrama Tensão-Deformação
Propriedades Mecânicas do Aço
6
Estrutural
 Para efeito de cálculo devem ser adotados, para os
aços aqui relacionados, os seguintes valores de
propriedades mecânicas:
 a) módulo de elasticidade, Ea = 200 000 MPa;
 b) coeficiente de Poisson, νa = 0,3;
 c) módulo de elasticidade transversal, G = 77 000 MPa;
 d) coeficiente de dilatação térmica, βa = 1,2 × 10-5 °C-1;
 e) massa específica, ρa = 7 850 kg/m3.
Propriedades Mecânicas do Aço
7
Estrutural
 Elasticidade – é a capacidade do material de
voltar à forma original
 Plasticidade – é a deformação permanente
provocada por tensão igual
 Ductilidade – é a capacidade dos materiais de
se deformar plasticamente
 Fragilidade – é o oposto da ductilidade
Aços Estruturais de especificação ASTM comumente usados no Brasil

8
Perfis Estruturais
9

 Os perfis laminados no Brasil são


fabricados baseados na série americana
de perfis I metálico chamado Wide
Flange. Por esta razão as bitolas
laminadas desta série têm a quantificação
W na frente do seu nome

 Vídeo CBCA
 http://www.cbca-acobrasil.org.br/
Perfis Laminados (NBR 8800)
10

 Código Literal, altura (mm), peso (kg/m)


 I 203 x 27,3 - perfil I, com 203 mm de altura e 27,3 quilogramas por metro.
 L 50 x 50 x 3 - cantoneira de abas iguais (50 mm) e espessura 3 mm.
Perfis Soldados (NBR 8800)
11

 Obtidos pelo corte, composição e soldagem de chapas


planas de aço, permitindo grande variedade de formas e
dimensões de seções.

 Nomenclatura:
VS – vigas soldadas, 2<d/bf<4
CVS – vigas e pilares, 1<d/bf<1,5
CS – pilares, d/bf=1
Perfi Soldado
12
Perfis Formados a Frio (NBR 14762/2001)
13

 São perfis obtidos pelos


processos de dobramento
a frio de chapas de aço.
São dobradas as chapas
com espessuras a partir de
0,4mm, tendo como limite
estabelecido por norma
8mm.
 São designados como:

 Tipo, altura, aba, dobra,


espessura.
Perfis Tubulares
14

 Podem ser de dois tipos: sem costura, obtidos pelo


processo de extrusão e os com costura, obtidos pelo
processo de calandragem ou pela prensagem das
chapas, com soldagem da costura.
Elementos mistos
15

 É a associação do aço (que resiste bem à tração) com o


concreto (que resiste bem à compressão) obtendo uma
peça composta, com a melhor performance de cada
elemento.
Viga Mista
Pilar Misto
Definições dos elementos estruturais em aço

16
Utilização arquitetônica de
17
estruturas de aço
 Edifícios de Andares Múltiplos em aço

 Residências

 Coberturas metálicas

 Edificações industriais

 Torres metálicas

 Obras de artes e pontes


RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR
18

Fonte: www.gerdau.com.br - Tipologias para Estruturas Metálicas


HABITAÇÃO COLETIVA
19

Fonte: www.gerdau.com.br - Tipologias para Estruturas Metálicas


Galpões

20 Fonte: www.gerdau.com.br - Tipologias para Estruturas Metálicas


HOSPITAIS

21 Fonte: www.gerdau.com.br - Tipologias para Estruturas Metálicas


EDIFÍCIOS COMERCIAIS

22 Fonte: www.gerdau.com.br - Tipologias para Estruturas Metálicas


EDIFICIOS ALTOS

23 Fonte: www.gerdau.com.br - Tipologias para Estruturas Metálicas


Referências normativas
24

 NACIONAIS
 ABNT – NBR 8800/2008 – Projeto e Execução de
estruturas de aço de edifícios.
 ABNT NBR 6120:1980, Cargas para o cálculo de
estruturas de edificações
 ABNT NBR 6123:1988, Forças devidas ao vento em
edificações
 ABNT NBR 8681:2003, Ações e segurança nas
estruturas
 ABNT NBR 14762:2010, Dimensionamento de
estruturas de aço constituídas por perfis formados a
frio
PROJETO E DIMENSIONAMENTO
DE ESTRUTURAS METÁLICAS

UNIDADE 2.0 – AÇÕES E


SEGURANÇA EM ESTRUTURAS
METÁLICAS

Profº MSc. Valdi Henrique Spohr

Agosto/2018
2.1 Bases para o dimensionamento nos
estados limites
2

 No projeto de uma estrutura, seja ela de


concreto armado, aço, madeira ou qualquer
outro material, independentemente de sua
complexidade arquitetônica ou estrutural,
deve-se exigir que a mesma desempenhe as
funções para que foi concebida com
eficiência, aliando economia, durabilidade e
segurança estrutural.
2.1.1 Estados Limites Últimos (ELU)
3

 No projeto, usualmente caracterizados por:


 a) perda do equilíbrio, global ou parcial, admitida a
estrutura como um corpo rígido;
 b) ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais;
 c) transformação da estrutura, no todo ou em parte, em
sistema hipostático;
 d) instabilidade por deformação;
 e) instabilidade dinâmica.

Onde,
𝑅𝑑 ≥ 𝑆𝑑
𝑅𝑑 representa os valores de cálculo dos correspondentes esforços resistentes;
𝑆𝑑 representa os valores de cálculo dos esforços atuantes.
2.1.2 Estados Limites de Serviço (ELS)
4

 No período de vida da estrutura, usualmente são


caracterizados por:
 a) danos ligeiros ou localizados, que comprometam o aspecto estético
da construção ou a durabilidade da estrutura;
 b) deformações excessivas que afetem a utilização normal da
construção ou seu aspecto estético;
 c) vibração excessiva ou desconfortável.

𝑆𝑠𝑒𝑟 ≤ 𝑆𝑙𝑖𝑚
Onde,
𝑆𝑠𝑒𝑟 representa os valores dos efeitos estruturais de interesse obtidos com
base nas combinações de serviço das ações;
𝑆𝑙𝑖𝑚 representa os valores-limites adotados para esses efeitos (deslocamentos máximos).
2.2 Classificação das Ações
5

 Para o estabelecimento das regras de combinação das


ações, estas são classificadas segundo sua
variabilidade no tempo em três categorias:
 2.2.1 Ações Permanentes
 a) ações permanentes diretas: os pesos próprios dos
elementos da construção, incluindo-se o peso próprio da
estrutura e de todos os elementos construtivos
permanentes, os pesos dos equipamentos fixos,
empuxos devidos ao peso próprio de terras não
removíveis e de outras ações permanentes sobre elas
aplicadas;
 b) ações permanentes indiretas: protensão, recalques
de apoio e retração dos materiais.
2.2 Classificação das Ações
6

 2.2.2 Ações Variáveis


 A NBR 8800/2008 define as ações variáveis como
aquelas que apresentam variações significativas
durante a vida útil da construção como, por exemplo,
sobrecarga em pisos e coberturas, equipamentos,
divisórias, móveis, ação do vento e variação de
temperatura.
 2.2.3 Ações Excepcionais
 Em relação às ações excepcionais, a NBR 8800
descreve como ações de duração extremamente curta
e probabilidade muito baixa de ocorrência durante a
vida da construção, como explosões, choques de
veículos, incêndios, enchentes e sismos excepcionais.
7
Tabela 1 – Valores dos coeficientes de ponderação das ações.
Fonte: NBR 8800 (2008, p.18)
8
2.3.4 Carregamentos
9

 O carregamento é especificado pelo conjunto das


ações que têm probabilidade não desprezível de
atuarem simultaneamente sobre uma estrutura,
durante um período de tempo.
 Em cada tipo de carregamento as ações devem ser
combinadas de diferentes maneiras, a fim de que
possam ser determinados os efeitos mais
desfavoráveis para a estrutura. Devem ser
estabelecidas tantas combinações de ações quantas
forem necessárias para que a segurança seja
verificada em relação a todos os possíveis estados
limites da estrutura.
2.4 Combinações das Ações (NBR
8800/2008)
10

 Combinações últimas normais (ELU)


 Combinações últimas especiais (ELU)

 Combinações últimas excepcionais (ELU)

11
2.4 Combinações das Ações (NBR 8800/2008)
12

 Combinações de serviço (ELS)


 Combinações quase permanentes de serviço

 Combinações freqüentes de serviço

 Combinações raras de serviço


Combinações de ações
Exemplo 1: Ref: Notas de aula Prof. Jorge Hijjar
13
Combinações de ações
Exemplo 2: Ref: Notas de aula Prof. Jorge Hijjar
14
2.5 Coeficientes de ponderação das
resistências no estado-limite último (ELU)
15

 A NBR 8800 (2008) define os valores dos


coeficientes de ponderação das resistências
do aço estrutural, do concreto e do aço das
armaduras.
 No caso do aço estrutural, são definidos dois
coeficientes
 O primeiro para estados-limites últimos
relacionados a escoamento, flambagem e
instabilidade, e o segundo é relacionado à
ruptura.
De acordo com a NBR 8800 (2008), os limites estabelecidos
para os estados-limites de serviço (ELS) não necessitam de
minoração, portanto, γm = 1,00.

16
Tabela 4 - Deslocamentos limites em estruturas metálicas (NBR 8800/2008)

17
Ler o anexo B da NBR 8800/2008
18

 Prescrições complementares sobre as


ações causadas pelo uso e ocupação
AÇÃO DO VENTO NAS ESTRUTURAS
19

 Vento pode ser definido como o movimento de uma massa


de ar devido às variações de temperatura e pressão.
Terminologia:
Barlavento: Região de onde
sopra o vento, em relação à
edificação.
Sobrepressão: Pressão
efetiva acima da pressão
atmosférica de referência (sinal
positivo).
Sotavento: Região oposta
àquela de onde sopra o vento,
em relação à edificação.
Sucção: Pressão efetiva
abaixo da pressão atmosférica
de referência (sinal negativo).
Determinação das forças estáticas
devidas ao Vento
20

a) a velocidade básica do vento, Vo, adequada ao local


onde a estrutura será construída;
b) a velocidade básica do vento é multiplicada pelos
fatores S1, S2 e S3 para ser obtida a velocidade
característica do vento, Vk, para a parte da edificação
em consideração

c) a velocidade característica do vento permite


determinar a pressão dinâmica pela expressão:

sendo: q em N/m2 e Vk em m/s


 Coeficientes de pressão
 Como a força do vento depende da diferença de
pressão nas faces opostas da parte da edificação
21

Onde:

• Coeficientes de força
– A força global do vento sobre uma edificação ou parte
dela. A componente da força global na direção do
vento, força de arrasto Fa é obtida por:

Onde:
Isopletas da velocidade básica Vo (m/s)

Vo = velocidade
de uma rajada
de 3 s, excedida
em média uma
vez em 50 anos,
a 10 m acima do
terreno, em
campo aberto e
plano.

22
Fator topográfico, S1
23

 Leva em consideração as variações do


relevo do terreno e é determinado do
seguinte modo:
 a) terreno plano ou fracamente
acidentado: S = 1,0;
1

 b) taludes e morros:
Rugosidade do terreno, dimensões da
edificação e altura sobre o terreno, S2
24

Classe Descrição
A Maior dimensão da superficíe frontal menor ou igual a 20,00m
B Maior dimensão da superficíe frontal entre 20,00 e 50,00m
C Maior dimensão da superficíe frontal que 50,00m

Definição de categorias de terreno


Segundo a NBR6123/1988
Categoria Descrição do ambiente
I mar calmo, lagos, rios, pântanos
II campos de aviação, fazenda
casas de campo, fazendas com muros, subúrbios,com altura média dos
III
obstáculos de 3,00m
cidades pequenas, subúrbios densamente construídos, áreas industriais
IV desenvolvidas, com muros, subúrbios, com altura média dos obstáculos de
10,00m
florestas com árvores altas, centros de grandes cidades, com altura média
V
igual ou superior a 25,00m
Tabela dos Parâmetros meteorológicos

25
O fator S2 usado no cálculo da velocidade do vento em
uma altura z acima do nível geral do terreno é obtido
pela expressão:
26

𝑧 𝑝
𝑆2 = 𝑏𝐹𝑟 ( )
10
sendo que, o fator de rajada Fr é sempre o
correspondente à categoria II.

Sabendo a classe e a categoria podemos encontrar os


valores de substituição da fórmula na Tabela a seguir.
27
Fator estatístico, S3
28

Valores mínimos do fator estatístico 𝑺𝟑


Segundo a NBR6123/1988
Grupo Descrição 𝑺𝟑
Edificação cuja a ruína total ou parcial pode afetar a segurança
ou possibilidade de socorro de pessoas após uma tempestade
1 1,10
destrutiva (hospitais, quartéis de bombeiros e de forças de
segurança, centrais de comunicação, etc.)
Edificação para hotéis e residências. Edificação para comércio
2 1,00
e indústria com alto fator de ocupação
Edificações e instalações industriais com baixo fator de
3 0,95
ocupação (depósito, silos, construções rurais, etc.)
4 Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.) 0,88
Edificações temporárias. Estruturas dos grupos 1 a 3 durante a
5 0,83
construção.
ACIDENTES CAUSADOS PELO VENTO
29

Joaquim Blessmann

VENTO x ENGENHARIA ESTRUTURAL


Para a engenharia estrutural interessam ventos
“destrutivos”, capazes de ocasionar danos em estruturas
e/ou elementos construtivos, denominados de ventos
fortes.
Ventos densos na costa da Florida, permitindo a visualização de sua
30 trajetória em torno dos edifícios.
31
32
Exercício: Dada a cobertura abaixo (telhado praticamente horizontal) com
dimensões 9 x 30 m, carregar a treliça do eixo B, para efeito de
dimensionamento e de verificação de flecha

Dados da obra:
Peso da telha: 0,05kN/m²
Peso próprio da estrutura 0,1 kN/m²
Sobrecarga: 0,25 kN/m²
Altura total = 6,00 m
Velocidade Básica Vo=40 m/s
Terreno plano
33
Edificação para comércio
Projeto e Dimensionamento de Estruturas Metálicas -
EXERCÍCIO 2.1
Professor: VALDI HENRIQUE SPOHR

Dados Geométricos
b = 9,00 m
a = 30,00 m
h = 6,00 m
d = 6,00 m

Velocidade do vento
Vo = 40,00 m/s
Fator Topográfico (S1)
Terreno plano ou fracamente acidentado
S1 = 1,00
34
Fator de Rugosidade (S2) Fator Estático (S3)
Categoria IV Grupo 2
Classe B S3 = 1,00
Parâmetros retirados da
Tabela 2 da NBR6123/88
que relaciona Categoria e Velocidade Característica de
Classe Vento
Vk = Vo * S1 * S2 * S3
b = 0,85 Vk = 40,00 * 1,00 * 0,78 * 1,00
Fr = 0,98 Vk = 31,26 m/s
p = 0,13
S2 = b * Fr *(z/10)P Pressão Dinâmica
S2 = 0,85 * 0,98 *(6,00/10)P q = 0,613 * Vk²
S2 = 0,78 q = 0,613 * 31,26²
35 q = 0,60 kN/m²
Tabela 5 - Coeficientes de pressão e de forma, externos, para telhados com
duas águas, simétricos, em edificações de planta retangular

36
37
Coeficiente de pressão externa
Para uma edificação retangular, verificam-se a altura (h), a largura (b) e
comprimento (a) da edificação. Assim:
Relação altura/largura:
h/b = 6/9 = 0,66  0,66 > ½

Conforme Tabela 5 – NBR6123/88 e Adotando para a pressão interna:


Cpi 1 = 0,20
Cpi 2 = -0,30

38
Esforços Resultantes:
Vento 0° - Cpi = 0,20
FV0,1 = FV0,2 = (Cpe-Cpi).q.Ae = (-1,00-0,20).0,60.6,00 = -4,31 kN/m

39
Vento 90° - Cpi = 0,20
FV90,1 = (-0,80-0,20).0,60.6,00 = -3,59kN/m
FV90,2 = (-0,60-0,20).0,60.6,00 = -2,88kN/m

Ações permanentes na Cobertura


FG1,k = 0,1 kN/m² x 6m = 0,6 kN/m
FG2,k = 0,05 kN/m² x 6m = 0,3 kN/m

Ação acidental na Cobertura:


40 FQ,k = 0,25kN/m² x 6m = 1,5kN/m
Combinações para Estados Limites Últimos:

Fd1 = 1,25.FG1,k + 1,35.FG2,k + 1,5.FQ,k = 1,25.0,6+1,35.0,3+1,5.1,5


= 3,41 kN/m

Fd2 = 1,0.FG1,k + 1,0.FG2,k + 1,4. FV,k = 1,0.0,6+1,0.0,3+1,4.(-4,31)


= -5,13 kN/m

Combinações para Estados Limites de Serviço:

Fs1 = FG1,k + FG2,k + 2x FQ,k = 0,6+0,3+0,6.1,5 = 1,8 kN/m

Fs2 = FG1,k + FG2,k + 1 x FV,k = 0,6+0,3+0,3.(-4,31) = -0,40 kN/m

41
Tabela 4 - Coeficientes de pressão e de forma, externos, para paredes de edificações de planta retangular

42
43
PROJETO E
DIMENSIONAMENTO DE
ESTRUTURAS METÁLICAS

UNIDADE 3.0 - LIGAÇÕES

Agosto/2018
ESTRUTURAS DE AÇO
2

As ligações em  LIGAÇÃO É A UNIÃO ENTRE


estruturas DOIS ELEMENTOS OU PEÇAS
metálicas podem DE UMA ESTRUTURA DE AÇO
ser:
SOLDADAS
 EM GERAL AS MAIS USADAS
SÃO:
PARAFUSADAS  Viga-Viga; Viga-Pilar; Pilar-Pilar;
Pilar-Fundação; Pilar-Tirante; Pilar-
MISTAS Cantoneira e Viga-Cantoneira.
EXEMPLOS DE LIGAÇÕES
3

Ligação parafusada Ligação soldada


VIGA-VIGA PILAR-PILAR
VIGA-PILAR

Ligação parafusada
VIGA-PILAR
EXEMPLOS DE LIGAÇÕES
4

Ligação
PILAR-PILAR Ligação
Ligação
PILAR-TIRANTE
PILAR-FUNDAÇÃO
EXEMPLOS DE LIGAÇÕES
5

Ligação Ligação
PILAR-CANTONEIRA VIGA-CANTONEIRA
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
6

 Os parafusos utilizados nas construções


metálicas são normalmente o comum (sendo
o mais utilizado o ASTM A-307) e os de alta
resistência (especialmente o ASTM A-325 e o
ASTM A-490).

 Entretanto, permite-se o uso de parafusos


comuns ISO 898-1 Classe 4.6 e parafusos de
alta resistência ISO 4016 Classe 8.8 e ISO
4016 Classe 10.9
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
7

VANTAGENS DESVANTAGENS

 Permitem montagens  Áreas líquidas –


mais rápidas e de
inspeção fácil; redução da resistência;
 Permitem  Necessidade de pré-
desmontagens para montagem;
alteração e reparo;
 Economia de energia;
 Dificuldade para
 Menor MDO (não modificações.
qualificada);
 Boa resposta à fadiga.
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
8
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
9
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
10

 Materiais usados em parafusos (NBR8800/2008)


LIGAÇÕES PARAFUSADAS
11

 Classificação quanto à solicitação:


 TRAÇÃO

 CISALHAMENTO
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
12

LIGAÇÕES DE CISALHAMENTO
 Ligações por contato:  Ligações por atrito:
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
13

LIGAÇÕES POR CONTATO


 Cisalhamento  Cisalhamento duplo
simples
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
14

 Força resistente de cálculo - Tração


 A força de tração resistente de cálculo de um
parafuso tracionado ou de uma barra redonda
rosqueada tracionada
é dada por:
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
15

 Força resistente de cálculo - Cisalhamento


 A força de cisalhamento resistente de cálculo de
um parafuso ou barra redonda rosqueada é, por plano
de corte, igual a:

 Obs.: para parafusos de alta resistência e barras redondas


rosqueadas, quando o plano de corte passa pela rosca e
para parafusos comuns em qualquer situação
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
16

 Tração e cisalhamento combinados


 Quando ocorrer a ação simultânea de tração e
cisalhamento, deve ser atendida a seguinte equação
de interação:

 Onde,
é a força de tração solicitante de cálculo por parafuso ou
barra redonda rosqueada;
é a força de cisalhamento solicitante de cálculo no plano
considerado do parafuso ou barra redonda rosqueada;
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
17

 Dimensões máximas de furos para


parafusos e barras redondas rosqueadas
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
18

 Distância mínima de um furo às bordas


 A distância do centro de um furo-padrão a qualquer
borda de uma parte ligada não pode ser inferior ao
valor indicado na Tabela:
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
19

 Espaçamento mínimo entre furos


A distância entre centros de furos-padrão,
alargados ou alongados, não pode ser inferior
a 3xdb, sendo db o diâmetro do parafuso ou
barra redonda rosqueada.
 Além desse requisito, a distância livre entre
as bordas de dois furos consecutivos não
pode ser inferior a db.
LIGAÇÕES PARAFUSADAS – Exercício 1
20

 Calcular a quantidade de parafusos de uma ligação


entre duas chapas (laminadas) com b=200mm e
solicitadas por uma carga acidental de 240 kN de
tração. Usar parafusos A-325 d=3/4”. Dimensionar a
ligação “por contato”.
LIGAÇÕES PARAFUSADAS – Exercício 2
21

 Verificar o diâmetro necessário dos parafusos, para uma


força axial de tração de 265kN (65kN peso próprio da
estrutura e 200kN sobrecarga). Usar parafusos A-307
(diâmetros de acordo com a tabela do próximo slide).
Dimensionar a ligação “por contato”.
PARAFUSOS COMUNS ASTM-A307
22

Fonte: www.superpar.com.br/normas/parafusos/index.php
LIGAÇÕES PARAFUSADAS – Exercício 3
23

 Verificar o diâmetro necessário dos parafusos com


os carregamentos e geometria do exercício anterior
e usando parafusos A-325.
PARAFUSO PARA ESTRUTURA - ASTM
A325
24

Fonte: http://www.ciser.com.br/destaques/parafusos-para-estruturas-metalicas
LIGAÇÕES PARAFUSADAS – Exercício 4
25

 Determinar o diâmetro necessário dos dois


chumbadores, usados para ancorar a base de um pilar
metálico. Sabemos que atuam simultaneamente uma
carga de vertical de tração de 12tf e horizontal de 5tf,
ambas oriundas do carregamento do vento. Usar
chumbador ASTM A36 (fu=400MPa).
LIGAÇÕES SOLDADAS
26

 “A solda é um tipo de união por coalescência


do material, obtida por fusão das partes
adjacentes”.
 Os principais tipos de cordões de solda
utilizados na ligação são os de filete e os de
entalhe de penetração total ou parcial
LIGAÇÕES SOLDADAS
27

vantagens desvantagens

 Economia de material (área  Grande consumo de


bruta = área líquida); energia elétrica na
 Ligações “mais rígidas”; montagem;
 Facilidade para corrigir ou  Maior tempo de
efetuar modificações nos montagem da estrutura;
desenhos das peças;
 Quantidade menor de peças
 Dificuldade na
= menor tempo de detalhe desmontagem;
fabricação e montagem;  Controle de qualidade da
 Melhor acabamento; solda;
 Fadiga (maior tempo de
analise em relação as
parafusadas);
PROCESSOS DE SOLDAGEM
28

 Arco Elétrico com Eletrodo revestido:


 mais empregados na indústria da construção, a
fusão do aço é provocada pelo calor produzido por
um arco voltaico entre um eletrodo tubular e o aço
a soldar, havendo deposição do material do
eletrodo.
https://www.youtube.com
• Solda por arco (elétrico) submerso /watch?v=v8ovLeqYeqI
PROCESSOS DE SOLDAGEM
32
CLASSIFICAÇÃO DAS SOLDAS
33

 Quanto à posição do material de solda em


relação ao material base
 Compatibilidade do metal-base/metal da solda – NBR8800

34
LIMITAÇÕES
35

 Soldas de entalhe – NBR8800


LIMITAÇÕES
36

 Soldas de filete – NBR8800


 Tamanho mínimo da perna de uma solda de filete
RESISTÊNCIA DO MATERIAL DA
SOLDA
37
CÁLCULO DE SOLDA POR ENTALHE
38
CÁLCULO DE SOLDA POR ENTALHE
39
CÁLCULO DE SOLDA POR ENTALHE
40

 RESISTÊNCIA DE CÁLCULO
CÁLCULO DE SOLDA DE FILETE
41
CÁLCULO DE SOLDA DE FILETE
42

 Resistências de cálculo
LIGAÇÕES SOLDAS
43

 EXERCÍCIO:
 1) Determinar o tamanho e o comprimento do
filete de solda necessário para fixar as chapas
das figura. Usando eletrodo E-70 e processo de
solda manual. #=8mm (espessura da chapa);
b=10cm
 Filete = (Maximo e mínimo)
 Aw = 50 KN
 Fw,sd =
 Lw =
EXERCÍCIO 2
44

 Uma placa de aço 12 mm, sujeita à tração axial de 40


kN, está ligada a uma outra placa 12 mm em aço,
formando uma ligação em T. Dimensionar a solda de
filete, usando eletrodo E60, aço ASTM A36, e que a
solicitação é acidental.
EXERCÍCIO 3
45

 Dimensionar, usando os dados do exercício anterior,


para solda de entalhe.
EXERCÍCIO 4
46

 Qual o comprimento e espessura da solda de filete a ser


utilizada na ligação abaixo? Considerar eletrodo E60,
aço A36 e que a solicitação é acidental.
PROJETO E
DIMENSIONAMENTO DE
ESTRUTURAS METÁLICAS

UNIDADE 4.0 - BARRAS


TRACIONADAS
Profº MSc. Valdi Henrique Spohr

Agosto/2018
Barras prismáticas submetidas à
força axial de tração
 No dimensionamento, deve ser atendida a
condição:
𝑁𝑡,𝑆𝑑 ≤ 𝑁𝑡,𝑅𝑑
Sendo,
𝑁𝑡,𝑆𝑑 é a força axial de tração solicitante de cálculo;
𝑁𝑡,𝑅𝑑 é a força axial de tração resistente de cálculo.

Obs.: Devem ainda ser observadas as considerações


estabelecidas à limitação da esbeltez.
𝐿
𝜆= 𝜆𝑙𝑖𝑚 ≤ 300
𝑟𝑚𝑖𝑛
Força de tração axial resistente de
cálculo
 é o menor dos valores obtidos, considerando-se os
estados-limites últimos de escoamento da seção bruta
e ruptura da seção líquida:
a) para escoamento da seção bruta:
𝐴𝑔 𝑓𝑦
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
b) para ruptura da seção líquida:
𝐴𝑒 𝑓𝑢
Onde: 𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎2
𝐴𝑔 é a área bruta da seção transversal da barra;
𝐴𝑒 é a área líquida efetiva da seção transversal da barra;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço;
𝑓𝑢 é a resistência à ruptura do aço;
𝛾𝑎1 é o coeficiente de ponderação relacionado com o escoamento, flambagem e instabili
𝛾𝑎2 é o coeficiente de ponderação relacionado à ruptura.
Área líquida efetiva: Ae

A área líquida efetiva de uma barra é dada


por:
Onde: An é a área líquida da barra
Ct é um coeficiente de
redução da área líquida
An, de uma barra é a soma dos produtos da
espessura pela largura líquida de cada
elemento, calculada como segue:

a) em ligações parafusadas, a largura dos furos deve


ser considerada 2,0 mm maior que a dimensão
máxima desses furos, perpendicular à direção da
força aplicada
Sendo: s e g, respectivamente,
os espaçamentos longitudinal e
transversal (gabarito) entre esses
dois furos.

b) no caso de uma série de furos distribuídos


transversalmente ao eixo da barra, em diagonal a
esse eixo ou em ziguezague, a largura líquida
dessa parte da barra deve ser calculada
deduzindo-se da largura bruta a soma das larguras
de todos os furos em cadeia, e somando-se para
cada linha ligando dois furos a quantidade
s²/(4g)
c) a largura líquida crítica daquela parte da barra
será obtida pela cadeia de furos que produza a
menor das larguras líquidas, para as diferentes
possibilidades de linhas de ruptura;
Coeficiente de redução da área líquida:
Ct

 a) quando a força de tração for transmitida


diretamente para cada um dos elementos da seção
transversal da barra, por soldas ou parafusos:

 b) quando a força de tração for transmitida somente


por soldas transversais:

Onde:
Ac é a área da seção transversal dos elementos conectados;
 c) nas barras com seções transversais abertas, quando a força
de tração for transmitida por parafusos ou por soldas para alguns
(não todos) elementos da seção transversal (devendo, no
entanto, ser usado 0,6 ≤ Ct ≤ 0,9):

onde:
ec é a excentricidade da ligação, igual à distância do centro
geométrico da seção da barra, G, ao plano de cisalhamento da
ligação

lc é o comprimento efetivo da ligação (esse comprimento, nas


ligações soldadas, é igual ao comprimento da solda na direção da
força axial; nas ligações parafusadas é igual a distância do primeiro
ao último parafuso da linha de furação com maior número de
parafusos, na direção da força axial)
 d) nas chapas planas, quando a força de tração for
transmitida somente por soldas longitudinais ao longo de
ambas as suas bordas,
Limitação do índice de esbeltez

 Recomenda-se que o índice de esbeltez das barras


tracionadas, tomado como a maior relação entre o
comprimento destravado e o raio de giração
correspondente (l/r), excetuando-se tirantes de barras
redondas pré-tensionadas ou outras barras que tenham
sido montadas com pré-tensão, não supere 300.
Exercício 1
Verificar a resistência da cantoneira L102x12,7 Aço A36, para uma força
axial de tração de 315kN (G=65kN peso próprio da estrutura e Q=250kN
sobrecarga). Comprimento do elemento 5,0 m considerar ligação
parafusada nas extremidades. Verificar índice de esbeltez.

 Propriedades geométricas
Ag=24,19 cm²
ry=3,10 cm
rz=1,98 cm
dp=1,9 cm
B=10,2 cm
lc=3x7,5 cm
L=500 cm
ta=1,27 cm
ec=3,0 cm
Exercício 2
Verificar se a cantoneira L2”x1/8” em Aço ASTM A36, atende aos esforços
na diagonal. Considerar ligação com 3 parafusos de ½” em cada
extremidade. Sabemos que atuam simultaneamente uma carga de vertical
CP=20kN (carga permanente) e horizontal CV=50kN (vento).
CP CP

CV

Detalhe da ligação
3m

2,5 m
Exercício 3
Verificar a resistência do WT 155x26 de aço ASTM A572
Grau 50, para uma força axial de tração de 630kN,
(G=130kN e Q=500kN). O elemento tem comprimento de
5,5m. Supor que a chapa de ligação e a solda estão ok.

 Propriedades geométricas
 Ag=33,5 cm²
 ry=3,91 cm
 d=15,85 cm
 bf=16,7 cm
 L=550 cm
 tx=0,76 cm
 Lc=40,0 cm
 ec=3,30 cm
PROJETO E
DIMENSIONAMENTO DE
ESTRUTURAS METÁLICAS

UNIDADE 5.0 – BARRAS


COMPRIMIDAS

Profº MSc. Valdi Henrique Spohr


Agosto/2018
ELEMENTOS COMPRIMIDOS
2

 Barras prismáticas submetidas à força axial


de compressão
 Nodimensionamento, deve ser atendida a
condição:
𝑁𝑐,𝑆𝑑 ≤ 𝑁𝑐,𝑅𝑑
Onde,
𝑁𝑐,𝑆𝑑 é a força axial de compressão solicitante de cálculo;
𝑁𝑐,𝑅𝑑 é a força axial de compressão resistente de cálculo;

Obs.: devem ainda ser observadas as condições


estabelecidas à limitação da esbeltez.
Força axial resistente de cálculo
3

A força axial de compressão resistente de cálculo


de uma barra, associada aos estados-limites
últimos de instabilidade por flexão, por torção ou
flexo-torção e de flambagem local, deve ser
determinada pela expressão:
𝜒𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1

 Onde:
𝜒 é o fator de redução associado à resistência à compressão;
𝑄 é o fator de redução total associado à flambagem local;
𝐴𝑔 é a área bruta da seção transversal da barra;
Fator de redução χ
4

 O fator de redução associado à resistência à


compressão, é dado por:

 O índice de esbeltez reduzido, λ0, é dado por:


Onde:
Ne é a força axial de flambagem
elástica
O valor de χ pode ser também obtido da Figura, para
os casos em que λ0 não supere 3,0.
5
Valores da força axial de
6
flambagem elástica
 Seções com dupla simetria ou simétricas em
relação a um ponto

(flambagem por flexão)

(flambagem por torção)


Tabela 4 - Coeficiente de flambagem por flexão
de elementos isolados. NBR 8800 (2008)
7
Flambagem local de barras
axialmente comprimidas Q
8

 As barras submetidas à força axial de


compressão, nas quais todos os
elementos componentes da seção
transversal possuem relações entre
largura e espessura (relações b/t ) que
não superam os valores de (b/t)lim, têm
o fator de redução total Q igual a 1,00.

 Elementos que fazem parte das seções transversais usuais


são classificados em:
AA (duas bordas vinculadas)
AL (uma borda vinculada e outra livre)
Tabela 2 - Valores de ( b/t )lim - NBR
8800 (2008)
9
Tabela 2 - Valores de ( b/t )lim - continuação

10
Elementos comprimidos AA
11

 O fator de redução Qa das seções transversais com


elementos comprimidos AA, cuja relação entre largura e
espessura ultrapassa os valores indicados na Tabela 2:

Onde: ca é um coeficiente, igual a 0,38 tubulares retangulares


e 0,34 para todos os outros elementos e σ é a tensão = fy
Elementos comprimidos AL
12

 O fator de redução Qs das seções transversais com


elementos comprimidos AL, cuja relação entre largura e
espessura ultrapassa os valores indicados na Tabela 2:
a) elementos do Grupo 4 da Tabela
Elementos comprimidos AL
13

b) elementos do Grupo 5 da Tabela


Limitação do índice de esbeltez
 O índice de esbeltez das barras comprimidas
λ=KL/r, não deve ser superior a 200.

 Onde:
 K é o coeficiente de flambagem
 L é o comprimento destravado

14  r é o raio de giração
Tabela 2 - Perfis laminados
(fonte: Aço-Minas)
15

DESIGNAÇÃO MASSA ÁREA ALT. ALMA MESAS EIXO X - X EIXO Y - Y


ASTM m A d tw h tf bf Ix Wx rx Zx Iy Wy ry Zy
2 4 3 3 4 3 3
mm x kg/m kg/m cm mm mm mm mm mm cm cm cm cm cm cm cm cm
W 150 x 22,5 22,7 29,0 152 5,8 139 6,6 152 1229 161,7 6,51 179,6 387 50,9 3,65 77,9
W 150 x 29,8 30,2 38,5 157 6,6 138 9,3 153 1739 221,5 6,72 247,5 556 72,6 3,80 110,8
W 150 x 37,1 37,5 47,8 162 8,1 139 11,6 154 2244 277,0 6,85 313,5 707 91,8 3,84 140,4
W 200 x 35,9 35,9 45,7 201 6,2 181 10,2 165 3437 342,0 8,67 379,2 764 92,6 4,09 141,0
W 200 x 46,1 46,0 58,6 203 7,2 181 11,0 203 4543 447,6 8,81 495,3 1535 151,2 5,12 229,5
HP 200 x 53,0 53,5 68,1 204 11,3 181 11,3 207 4977 488,0 8,55 551,3 1673 161,7 4,96 248,6
HP 250 x 62,0 62,5 79,6 246 10,5 225 10,7 256 8728 709,6 10,47 790,5 2995 234,0 6,13 357,8
W 250 x 73,0 72,8 92,7 253 8,6 225 14,2 254 11257 889,9 11,02 983,3 3880 305,5 6,47 463,1
W 250 x 80,0 80,0 101,9 256 9,4 225 15,6 255 12550 980,5 11,10 1088,7 4313 338,3 6,51 513,1
HP 250 x 85,0 85,2 108,5 254 14,4 225 14,4 260 12280 966,9 10,64 1093,2 4225 325,0 6,24 499,6
W 250 x 89,0 89,4 113,9 260 10,7 225 17,3 256 14237 1095,1 11,18 1224,4 4841 378,2 6,52 574,3
HP 310 x 79,0 78,5 100,0 299 11,0 277 11,0 306 16316 1091,3 12,77 1210,1 5258 343,7 7,25 525,4
HP 310 x 93,0 93,5 119,2 303 13,1 277 13,1 308 19682 1299,1 12,85 1450,3 6387 414,7 7,32 635,5
W 310 x 97,0 97,0 123,6 308 9,9 277 15,4 305 22284 1447,0 13,43 1594,2 7286 477,8 7,68 725,0
W 310 x 107,0 107,1 136,4 311 10,9 277 17,0 306 24839 1597,3 13,49 1768,2 8123 530,9 7,72 806,1
HP310x110,0 110,7 141,0 308 15,4 277 15,5 310 23703 1539,1 12,97 1730,6 7707 497,3 7,39 763,7
W 310 x 117,0 117,7 149,9 314 11,9 277 18,7 307 27563 1755,6 13,56 1952,6 9024 587,9 7,76 893,1
HP310x125,0 124,8 159,0 312 17,4 277 17,4 312 27076 1735,6 13,05 1963,3 8823 565,6 7,45 870,6
W 360 x 110,0 110,4 140,6 360 11,4 320 19,9 256 33155 1841,9 15,36 2059,3 5570 435,2 6,29 664,5
W 360 x 122,0 121,9 155,3 363 13,0 320 21,7 257 36599 2016,5 15,35 2269,8 6147 478,4 6,29 732,4
Tabela 3 - Pré-dimensionamento de Pilares perfis
laminados (Aço A572 Grau 50) - Fonte: Aço-Minas

16

Capacidade de Carga do
Pilar em toneladas (tf)
ELEMENTOS COMPRIMIDOS – Exercício 1
17

 Selecionar um perfil tipo W de aço ASTM A572 G50


para uma força axial de compressão de 1600 kN, sendo
400 kN de ações permanentes(peso próprio) e 1200 kN
de ações variáveis(sobrecarga). O elemento tem
comprimento de 6,0m e ambas as extremidades
rotuladas.

L
ELEMENTOS COMPRIMIDOS – Exercício 2
18

 Dimensionar o pilar da figura abaixo em CP+CA


aço ASTM A36 com base nos perfis da
tabela 5, para uma força axial de
compressão total de 690 kN (CP=90 kN
e CA=600 kN).
 O elemento tem comprimento de 5,50m,
ambas as extremidades rotuladas e
travadas lateralmente no meio.
PROJETO E
DIMENSIONAMENTO DE
ESTRUTURAS METÁLICAS

UNIDADE 6.0 - FLEXÃO

Agosto/2018
No dimensionamento das vigas deve-se
verificar os seguintes estados limites:
2

 Instabilidade global (FLT);


 Instabilidade local (FLM e
FLA);
 Resistência ao
cisalhamento;
 Deformação máxima.

Flambagem lateral com


torção da viga (FLT)

(FLM e FLA) Deslocamentos verticais a serem


considerados
Instabilidade global (FLT) ou Flambagem lateral
com torção
3
VERIFICAÇÕES DE RESISTÊNCIA
4

 No dimensionamento das barras submetidas a


momento fletor e força cortante, devem ser
atendidas as seguintes condições:

𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀𝑅𝑑  Onde:


𝑀𝑆𝑑 é o momento fletor solicitante de cálculo;
𝑀𝑅𝑑 é o momento fletor resistente de cálculo;

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑 𝑉𝑆𝑑 é a força cortante solicitante de cálculo;


𝑉𝑅𝑑 é a força cortante resistente de cálculo.
FLAMBAGEM LATERAL (FLT)
5

 A mesa comprimida da viga pode flambar na


direção mais fraca.
 Parâmetro de esbeltez em Y:

Lb é o comprimento não-travado da viga

Sendo:
O momento fletor resistente de cálculo para o estado limite
de flambagem lateral com torção (FLT) é dado para:
6

 Vigas curtas

 Vigas intermediárias

 Vigas longas
Onde:

𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑓𝑦

𝑀𝑟 = 𝑊. 0,7. 𝑓𝑦

 é o momento de inércia à torção uniforme do perfil


 é a constante de empenamento do perfil
 é o fator de modificação do diagrama de momento fletor não
7
uniforme, podendo-se adotar conservativamente = 1,0
DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR NAS
BARRAS (Cb)
8

 Para balanços com extremidade livre sem contenção


lateral e para barras submetidas à flexão composta,
deve ser tomado igual a Cb=1,0

Pontos de contraventamento
lateral
MOMENTO FLETOR (FLA e FLM)

𝑀𝑝𝑙
 Para seção compacta,
𝑀𝑅𝑑 = 𝛾 , para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝑎𝑙

𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = 𝛾 𝑎𝑙
, para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝

 Para seção não-compacta, 𝑝𝑎𝑟𝑎, 𝜆𝑝 ≤ 𝜆 ≤ 𝜆𝑟

 Sendo: 𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑓𝑦 e 𝑀𝑟 = 𝑊. 0,7. 𝑓𝑦


9
TABELA 1 - Relações largura/espessura para vigas

 Onde:
10
MOMENTO FLETOR
11
RESISTENTE

 Onde:
𝑀𝑝𝑙 é o momento fletor de plastificação da seção transversal;
𝑀𝑟 é o momento fletor correspondente ao início do escoamento;
𝜆𝑎1 é o coeficiente de ponderação relacionado ao escoamento, flambagem e instabilidade;
𝜆 é o parâmetro de esbeltez da seção transversal;
𝜆𝑝 é o parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação;
𝜆𝑟 é o parâmetro de esbeltez correspondente ao inicio do escoamento;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço;
𝑍 é o modulo de resistência plástico;
ESFORÇO CORTANTE
12

 Seções I, H e U fletidas em relação ao eixo


perpendicular à alma
𝑉𝑝𝑙
Para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 : 𝑉𝑟𝑑 = 𝛾
𝑎1

𝜆 𝑝 𝑉𝑝𝑙
Para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 : 𝑉𝑟𝑑 = 𝜆 𝛾𝑎 1

𝜆 𝑝 2 𝑉𝑝𝑙
Para 𝜆 > 𝜆𝑟 : 𝑉𝑟𝑑 = 1,24 𝜆 𝛾𝑎 1

Sendo que,
ℎ 𝑘𝑣 𝐸 𝑘𝑣 . 𝐸
𝜆= 𝜆𝑝 = 1,10 𝜆𝑟 = 1,37.
𝑡𝑤 𝑓𝑦 𝑓𝑦
 Conforme a NBR 8800 (2008), a força cortante de
plastificação da alma por cisalhamento é dada pela equação:
13 𝑉𝑝𝑙 = 0,60 𝐴𝑤 𝑓𝑦
Sendo,
𝐴𝑤 é a área efetiva de cisalhamento encontrada em 𝐴𝑤 = 𝑑 𝑡𝑤
𝑑 é a altura total da seção transversal;
ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO
14

1. Determinação dos esforços solicitantes de


cálculo;
2. Pré-dimensionamento do perfil a ser usado;
3. Determinação do momento fletor resistente
de cálculo;
4. Determinação da força cortante resistente de
cálculo;
5. Verificação do deslocamento máximo para
combinação freqüente de serviço.
TABELA 1 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE VIGAS – CARGA DISTRIBUÍDA W(tf) –
FONTE:AÇOMINAS

15
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
(DEFORMAÇÃO)
16

 Para vigas bi-apoiadas com carga distribuídas:


5. 𝑄. 𝐿4
𝛿 𝑙𝑖𝑚 =
384. 𝐸. 𝐼

 Sendo: Limite de deformação NBR8800


(2008)
 L/350

 Então:
PRÉ-DIMENSIONAMENTO PELA DEFORMAÇÃO
𝐿
 Limite de deformação vigas de pisos 𝛿𝑙𝑖𝑚 =
350
17
Regra prática:
18

 A fim de se evitar problemas de vibração


excessiva em vigas de piso adotar sempre a
altura da viga na relação L/20 (vão livre
dividido por 20)
 Exemplo: para uma viga com vão livre de
5,0m adotar Altura viga > 500/20 = 25 cm.
Exercício 1
19

Selecionar um perfil laminado tipo W de aço ASTM A572


Grau 50, para uma viga de piso simplesmente apoiada com
um vão de 11m. A carga uniforme Q=16kN/m é composta de
ações permanentes CP=6 kN/m e ações variáveis SC=10
kN/m. Supor a viga contida lateralmente pela laje.
Exercício 2
20

 Dimensionar pela NBR 8800/2008 a viga


abaixo em aço ASTM A36 com base nos perfis
da tabela 1, para uma carregamento
transversal permanente de 10 kN/m e
acidental de 20 kN/m. O elemento tem
comprimento de 7,00 m.

Q (kN/m)
Exercício 3
21

 Verificar a viga com sobrecarga uniformemente distribuída de


3,5kN/m, com perfil VE 400x49, bi-apoiada com 9,00 m de
vão livre, em aço ASTM A36, sem contenção lateral (apenas
contida nos apoios).
 Dados:
 h = 381 mm
 Wx = 871 cm³
 Lx = 900 cm
 rt = 5,25 cm
 Ag = 62,20 cm²
 Ix=17416 cm4
 Iy=1267 cm4
 It=15 cm4
 Cw=482886 cm6
FLEXO-COMPRESSÃO
22
Para situação simultânea de força axial de tração ou
compressão e de momentos fletores, deve ser obedecida
a limitação fornecida pelas expressões de iteração abaixo:
23

Onde:
Exemplo
24

 Verificar o perfil sugerido, W 310x44.5 de aço ASTM


A36, para um pilar bi-rotulado com os seguintes
carregamentos:
 força axial de compressão de 50 kN (carga peso da estrutura
metálica)
 Carga do vento distribuída no sentido do plano da alma do perfil
de 12 kN/m.
 O Pilar tem comprimento de 6,00 m, e NÃO está contido
lateralmente.
 Propriedades geométricas da seção:

DESIGNAÇÃO MASSA ÁREA ALT. ALMA MESAS EIXO X - X EIXO Y - Y Propriedades da Torção
ASTM m A d tw h tf bf Ix Wx rx Zx Iy Wy ry Zy rT IT Cw
2 4 3 3 4 3
mm x kg/m kg/m cm mm mm mm mm mm cm cm cm cm cm cm cm cm3 cm cm4 cm6

W 310 x 44,5 44,9 57,2 313 6,6 291 11,2 166 9997 638,8 13,22 712,8 855 103,0 3,87 158,0 4,41 19,90 194433

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