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INTRODUÇÃO
Neste cenário encontra-se o projetista, cuja missão é atender aos anseios sociais, em
meio a emergentes avanços tecnológicos e à necessidade ímpar de racionalização, questões
estas singulares na competitiva estrutura econômica estabelecida.
Isto posto, é oportuno supor que o projetista necessite de informações básicas relativas
a modernas metodologias de dimensionamento, às inovações tecnológicas, assim como dos
princípios teóricos que sustentam tanto o convencional quanto o novo.
Inserido nesse contexto, este Texto Técnico, cujo tema central é o Sistema Predial de
Esgoto Sanitário (SPES), propõe-se a abordar, em nível de informações básicas, diversos
temas pertinentes ao referido sistema. Desta forma, inicialmente é apresentado o SPES no
referente a sua função, seus requisitos de desempenho e sua constituição básica. Os dois itens
seguintes, 3 e 4, apresentam noções teóricas sobre escoamento dos esgotos e os respectivos
fenômenos associados. No item 5, são classificados os SPES. Seguem os itens 6 e 7, os quais
apresentam, respectivamente, o projeto e o dimensionamento, enquanto que o item 8 completa
o texto, abordando componentes e materiais afins. Anexos acompanham o texto, ilustrando e
exemplificando tópicos diversos.
1
2. APRESENTAÇÃO DOS SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
(SPES)
d) deverá haver uma separação absoluta em relação ao sistema predial de águas pluviais.
2
2.2 Constituição
b) Ventilação.
3
Onde:
CGD: caixa de gordura dupla; CI: caixa de inspeção;
RS: ralo seco; R: ralo seco;
CV: coluna de ventilação;
Figura 1: Esquema geral do SPES.
Fonte: Macintyre, 1996.
4
2.2.2 Componentes
a) Aparelhos Sanitários
5
As caixas sifonadas recebem o esgoto de vários ramais de descarga, encaminhando-os
para o tubo de queda, através de um ramal de esgoto (estas definições são apresentadas a
seguir)
6
c) Tubulações
d) Conexões
7
Os desvios na horizontal das tubulações do sistema de esgoto sanitário devem ser
efetuados com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°. Em função disso, as conexões
disponíveis no mercado possibilitavam desvios a 45° ou a 90° (vertical ou horizontal).
Atualmente, dispõe-se de algumas conexões que permitem desvios em ângulos variáveis,
sempre inferiores a 45°, tal como a representada na Figura 7. Este tipo de conexão evita o
aquecimento de tubos para a obtenção de desvios.
Figura 7: Curvar.
e) Caixas de Gordura
8
Figura 9: Caixa de gordura em argamassa.
f) Dispositivos de Inspeção
São elementos complementares, através dos quais tem-se acesso ao interior do sistema,
de maneira a possibilitar inspeções e desobstruções eventuais. A caixa de inspeção e as
conexões com uma das derivações com um plug ou com um cap são dispositivos de inspeção
bastante usados. A Figura 10 ilustra uma junção simples com um plug.
9
A Figura 11 mostra uma caixa de inspeção em argamassa e a Figura 12 mostra uma
caixa de inspeção pré-fabricada, em material plástico.
11
Figura 13: Componentes do subsistema de ventilação.
12
Figura 14: Trechos horizontais.
A distância ao longo do eixo do tubo de queda, entre o ramal mais a jusante que está
contribuindo (de cima para baixo) e o ponto onde o escoamento atinge a velocidade terminal é
denominado comprimento terminal. Este comprimento é relativamente curto, situando-se
normalmente entre 3,0 e 4,0 m.
13
Figura 16: Perfil de distribuição de velocidades.
O escoamento do esgoto nas tubulações horizontais deve ser a conduto livre e nos
trechos verticais deve ser anular, uma vez que deve ser evitado o desenvolvimento de cargas
hidrostáticas no interior das tubulações, conforme WILY; EATON (1965). Estas restrições
também podem evitar distúrbios excessivos das pressões pneumáticas no interior do sistema,
que podem ter origem nos fenômenos de auto-sifonagem, sifonagem induzida e sobrepressão,
de acordo com a AMERICAN SOCIETY OF PLUMBING ENGINEERS (ASPE, 1991).
A auto-sifonagem atua sobre um fecho hídrico quando através deste ocorre uma
descarga. Nesta situação, desenvolve-se uma depressão a jusante do fecho hídrico, o qual
poderá ser rompido, dependendo da magnitude desta depressão. A figura 17 ilustra o
desenvolvimento deste fenômeno.
b) inicio do escoamento
14
c) estabelecimento da pressão negativa do
escoamento
15
Figura 18: Sifonagem induzida.
Fonte: Graça, 1985.
16
4.2.2 Ações Independentes do Escoamento
17
Nota: Vê = velocidade do vento.
Figura 21: Efeito do vento em terminais do tubo de queda.
Fonte: Graça, 1985.
18
5. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Esta tipologia, conforme Figura 23, diferencia-se da tipologia anterior apenas pelo fato
de não apresentar ramais de ventilação, isto é, a ventilação secundária consta somente de uma
colunas conectadas ao tubo de queda.
19
Figura 22: SPES com ventilação através do tubo primário, coluna e ramais de ventilação.
Figura 23: SPES com ventilação através do tubo ventilador primário e coluna de ventilação.
20
Figura 24: SPES apenas com ventilação primária.
• válvulas de admissão de ar
• sifões auto-ventilados
a)Válvulas de Admissão de Ar
21
As válvulas de topo de tubo de queda possuem dimensões maiores em relação às para
ramais e são instaladas de forma a evitar a perfuração dos telhados para a passagem de
ventilação. a Figura 25 ilustra uma válvula para topo de tubo de queda.
As válvulas para ramais podem ser instaladas no topo do tubo de queda, porém, para a
instalação no tubo de queda há limitações a serem observadas quanto a somatória das
Unidades de Contribuição de Hunter (UHCs) e do diâmetro do tubo de queda. A Figura 26
apresenta a estrutura da válvula para ramais. A Figura 27 apresenta os posicionamentos
possíveis das válvulas.
22
Figura 27: Posicionamento das válvulas.
Fonte: Catálogo da Studor.
23
b) Sifões Auto-Ventilados
24
Figura 30: Conexões do sistema “Sovent”.
Fonte: Fernandes, 1993.
A Figura 31 ilustra o detalhe da bacia sanitária com caixa acoplada, reservatório com
sifão e diafragma. O nível a indica o limite de reservação de águas residuais oriunda de
diversos aparelhos sanitários. A Figura 32 demonstra o funcionamento do referido sistema.
25
Figura 31: Componentes do sistema Gustavsberg.
Fonte: Graça, 1985.
Atingido o nível a, na seguinte descarga o sifão b é preenchido de esgoto, a ponto de gerar uma auto-
sifonagem no reservatório.
26
A ação de auto-sifonagem esvazia o reservatório; na seqüência, mais ar é succionado, ventilando
desta forma o sistema.
1º) concepção;
2º) dimensionamento;
27
Concebido o SPES e definida uma configuração, procede-se o dimensionamento do
mesmo, onde as dimensões obtidas deverão atender às solicitações previstas. Concluído o
dimensionamento do sistema, elabora-se o projeto para a produção, o qual consta de
simbologia utilizada, representações gráficas e um conjunto de documentos. A representação
gráfica deve conter, basicamente, o seguinte:
- detalhes específicos.
a) memorial descritivo;
b) memória de cálculo;
c) especificações técnicas;
d) quantificação; e,
e) orçamentação.
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Na seqüência realiza-se a quantificação e a orçamentação dos componentes do sistema.
O projeto “as built”, por fim, registrará aqueles detalhes executivos que não seguiram o
projeto de produção visando-se, assim, ter o registro fiel do sistema instalado.
a) Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por desconectores, os quais podem
atender apenas um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de um mesmo ambiente.
b) As caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta dos despejos de conjuntos de
aparelhos sanitários (lavatórios, bidês, chuveiros) de um mesmo ambiente, além de águas
provenientes de lavagens de pisos; neste caso as caixas sifonadas devem ser providas de
grelhas. Quanto às bacias sanitárias, as mesmas já são providas internamente de um
desconector, devendo, assim, ser ligadas diretamente ao tubo de queda (Figura 33).
29
Figura 33: Bacia sanitária ligada diretamente ao tubo de queda
Fonte: Belinazo, 1993.
c) Devem ser previstos dispositivos de inspeção nos ramais de descarga de pias de cozinha e
máquina de lavar louças (ver Figura 34).
30
Figura 34: Dispositivos de inspeção nos ramais de descarga das pias de cozinha
e Máquina de Lavar Roupas.
d) Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único alinhamento.
Quando necessários, os desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou
inferior a 90º, de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de 45º.
e) Para edifícios de dois ou mais andares, quando os tubos de queda recebem efluentes
contendo detergentes geradores de espuma, pelo menos uma das seguintes soluções, a fim de
evitar o retorno de espuma para os ambientes sanitários, deve ser adotada:
31
- o trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas com ventilação
secundária, com comprimento igual a 40 diâmetros, a partir da ligação da base da
coluna com o tubo de queda ou ramal de esgoto.
f) Para pias de cozinha e máquinas de lavar louças, devem ser previstos tubos de queda
especiais com ventilação primária; estes tubos devem descarregar em uma caixa de gordura
coletiva.
i) O interior das tubulações deve ser sempre acessível através de dispositivos de inspeção.
32
- deve elevar-se verticalmente pelo menos 0,30 m acima da cobertura; todavia,
quando esta atender outros fins além de simples cobertura, a elevação vertical
deve ser, no mínimo, de 2,00 m (ver Figura 36); não sendo conveniente o referido
prolongamento, pode ser usado um barrilete de ventilação.
m) O projeto do subsistema de ventilação deve ser feito de modo a impedir o acesso de esgoto
sanitário ao interior do mesmo.
n) O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que
possível, instalados em uma única prumada.
o) Todo o desconector deve ser ventilado. A distância máxima de um desconector até o ponto
onde o tubo ventilador que o serve está conectado consta na Tabela 1.
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Diâmetro nominal Distância
do ramal de máxima
descarga DN (m)
40 1,00
50 1,20
75 1,80
100 2,40
- diâmetro uniforme;
q) Quando não for conveniente o prolongamento de cada tubo ventilador até acima da
cobertura, pode ser usado um barrilete de ventilação.
- quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser executada por meio de
junção a 45°;
- quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser executada acima do eixo da
tubulação, elevando-se o tubo ventilador de uma distância de até 0,15 m, ou mais,
acima do nível de transbordamento da água do mais alto dos aparelhos sanitários
por ele ventilados, antes de ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-se o que se
segue:
• a ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de tê 90° ou junção 45°,
com a derivação instalada em ângulo, de preferência, entre 45° e 90° em relação
ao tubo de esgoto, conforme a Figura 37;
1
Entende-se por nível de transbordamento da água do mais alto dos aparelhos sanitários aquele referente aos
aparelhos sanitários com seus desconectores ligados a tubulação de esgoto primário (bacias sanitárias, pias de
cozinha, tanques de lavar, etc) excluindo-se aparelhos sanitários que despejem em ralos sifonados de piso. Não
devem ser considerados como pontos mais altos de transbordamento as grelhas dos ralos sifonados de piso,
quando o ramal a ser ventilado serve também para outros aparelhos não ligados diretamente aos mesmos.
34
• quando não houver espaço vertical para a solução apresentada no item acima,
podem ser adotados ângulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por
junção 45° ao respectivo ramal de esgoto e com seu trecho inicial instalado em
aclive mínimo de 2%;
s) Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária ligada diretamente
ao tubo de queda, o tubo de queda pode ser ventilado imediatamente abaixo da ligação do
ramal da bacia sanitária (ver Figura 38).
u) Bacias sanitárias instaladas em bateria devem ser ventiladas por um tubo ventilador de
circuito ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre a última e a
penúltima bacia sanitária, conforme a Figura 40. Deve ser previsto um tubo ventilador
suplementar a cada grupo de, no máximo, oito bacias sanitárias, contadas a partir da mais
próxima ao tubo de queda.
35
Figura 37: Ligação de ramal de ventilação.
36
Figura 39: Dispensa de ventilação de ramal de descarga de bacia sanitária.
37
7. DIMENSIONAMENTO
a) Tubulações
- Ramais de Descarga:
- Ramais de esgoto:
Neste caso, deve ser utilizada a Tabela 4. Recomenda-se ainda, com relação às
declividades mínimas:
- Tubos de Queda
Os tubos de queda devem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme a
Tabela 5.
I) quando o desvio formar ângulo inferior a 45º com a vertical, o tubo de queda é
dimensionado pela Tabela 5;
II) quando o desvio formar ângulo superior a 45º com a vertical, deve-se dimensionar:
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• a parte do tubo de queda acima do desvio como um tubo de queda independente,
com base no número de unidades Hunter de contribuição dos aparelhos acima do
desvio, de acordo com a Tabela 5; e a parte horizontal do desvio de acordo com a
Tabela 6, uma vez que, neste caso, o trecho é tratado como subcoletor;
• a parte do tubo de queda abaixo do desvio com base no número de unidades Hunter
de contribuição de todos os parelhos que descarregam neste tubo de queda, de
acordo com a Tabela 5, não podendo o diâmetro adotado, neste caso, ser menor do
que o da parte horizontal. Ver a figura 33, a qual ilustra a geometria dos desvios e
opções de ventilação.
O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC
conforme a Tabela 6. O coletor predial deve ter, no mínimo, um DN igual a 100.
39
No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais,
deve ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória
do número de unidades Hunter de contribuição. Nos demais casos, devem ser considerados
todos os aparelhos contribuintes para o cálculo do número de UHC.
40
Tabela 3: Unidades de Hunter de contribuição para
aparelhos não relacionados na Tabela 2.
Diâmetro nominal mínimo Número de unidades de
do ramal de descarga Hunter de contribuição
(DN) (UHC)
40 2
50 3
75 5
100 6
Fonte: ABNT, 1999.
Número máximo de
Diâmetro nominal do tubo Unidades de Hunter de
(DN) Contribuição
(UHC)
40 3
50 6
75 20
100 160
Fonte: ABNT, 1999.
41
Tabela 6: Dimensionamento de subcoletores e coletor predial.
b) Desconectores
II) apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele
conectado.
No caso das caixas sifonadas especiais, o fecho hídrico deve ter altura mínima de 0,20
m; as mesmas devem ser fechadas hermeticamente com tampa facilmente removível e o
orifício de saída deve ter o diâmetro nominal, de no mínimo 75.
42
c) Dispositivos Complementares
- para a coleta de apenas uma pia de cozinha pode ser usada a caixa de gordura
pequena;
- para a coleta de uma ou mais cozinhas deve ser usada, pelo menos, a caixa de
gordura simples;
- para a coleta de duas a doze cozinhas deve ser usada, pelo menos, a caixa de
gordura dupla;
43
V = 2N + 20
Onde:
N - número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura
V - volume em litros
b) Dispositivos de Inspeção
c) Instalação de Recalque
44
Quanto ao dimensionamento da caixa coletora, a mesma deve ter a sua capacidade
calculada de modo a evitar a freqüência exagerada de partidas e paradas das bombas por um
volume insuficiente, bem como a ocorrência de estado séptico por um volume exagerado.
O volume útil da caixa coletora (Vu), ou seja, o volume compreendido entre o nível
máximo e o nível mínimo de operação da caixa (faixa de operação da bomba), pode ser
determinado através da seguinte expressão:
Qxt
Vu = ---------------
4
Onde:
O tempo de detenção do esgoto na caixa coletora (d) pode ser determinado a partir da
seguinte equação:
Vt
d = ----------
q
Onde:
As tubulações de sucção devem ser uma para cada bomba e possuir diâmetro uniforme
e nunca inferior aos das tubulações de recalque. Já as tubulações de recalque devem atingir
45
um nível superior ao da rede de maneira que impossibilite o refluxo dos esgotos, devendo ser
providas de dispositivos para este fim.
É recomendável que a capacidade da bomba seja considerada como sendo igual a duas
vezes a vazão afluente de esgotos sanitários e que o intervalo entre duas partidas consecutivas
do motor não seja inferior a 10 minutos, no sentido de se preservar os equipamentos
eletromecânicos de freqüentes esforços de partida.
46
Tabela 10: Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação
Diâmetro
Número de
nominal do Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação
Unidades
tubo de queda
Hunter de
ou do ramal de
Contribuição 40 50 75 100 150 200 250 300
esgoto
(UHC) Comprimento permitido (m)
(DN)
40 8 46 -- -- -- -- -- -- --
40 10 30 -- -- -- -- -- -- --
50 12 23 61 -- -- -- -- -- --
50 20 15 46 -- -- -- -- -- --
75 10 13 46 317 -- -- -- -- --
75 21 10 33 247 -- -- -- -- --
75 53 8 29 207 -- -- -- -- --
75 102 8 26 189 -- -- -- -- --
100 43 -- 11 76 299 -- -- -- --
100 140 -- 8 61 229 -- -- -- --
100 320 -- 7 52 195 -- -- -- --
100 530 -- 6 46 177 -- -- -- --
150 500 -- -- 10 40 305 -- -- --
150 1100 -- -- 8 31 238 -- -- --
150 2000 -- -- 7 26 201 -- -- --
150 2900 -- -- 6 23 183 -- -- --
200 1800 -- -- -- 10 73 286 -- --
200 3400 -- -- -- 7 57 219 -- --
200 5600 -- -- -- 6 49 186 -- --
200 7600 -- -- -- 5 43 171 -- --
250 4000 -- -- -- -- 24 94 293 --
250 7200 -- -- -- -- 18 73 225 --
250 11000 -- -- -- -- 16 60 192 --
250 15000 -- -- -- -- 14 55 174 --
300 7300 -- -- -- -- 9 37 116 287
300 13000 -- -- -- -- 7 29 90 219
300 20000 -- -- -- -- 6 24 76 186
300 26000 -- -- -- -- 5 22 70 152
Fonte: ABNT, 1999.
47
7.2 Dimensionamento Racional
a) Vazão de Projeto
Uma postura adequada para determinar a vazão de projeto é considerá-la como função
da simultaneidade de uso e da tipologia dos aparelhos sanitários. Há diversos métodos
probabilísticos desenvolvidos para determinar a simultaneidade de uso, muitos deles baseados
nas distribuições normal, binomial e multionomial. Entre estes métodos, pode-se citar os
trabalhos de Hunter, Webster, Courtney, Konen e Murakawa, conforme GONÇALVES
(1986). Este autor também desenvolveu um modelo probabilístico o qual é aberto para a
entrada de diversos dados específicos da realidade de cada projeto. É importante também
salientar que tais métodos estatísticos permitem ao projetista estabelecer qual o nível de
confiança que o mesmo deseja trabalhar. Quanto ao levantamento da tipologia dos aparelhos
sanitários, mais especificamente as bacias sanitárias, cresce em importância a escolhas de
bacias eficientes mas de reduzido consumo de água, conforme ROCHA (1992).
48
b) Equacionamento
Onde:
dtq = diâmetro interno do tubo de queda, em m;
Qtq = vazão de projeto no tubo de queda, em l/s;
1/3
n = coeficiente de Manning, em s/m ;
to = taxa de ocupação de água durante o escoamento no tubo de queda.
to = Se / Stq (02)
Onde:
Se = área da seção transversal da coroa circular por onde escoa a água no tubo de queda;
Stq = área da seção transversal do tubo de queda
49
Onde:
Vt = velocidade terminal, em m/s;
dtq = diâmetro interno do tubo de queda, em mm.
Com relação à vazão de projeto, a mesma pode ser obtida através das diversas
metodologias citadas no item 3.4. Utilizando-se, por exemplo, a distribuição binomial, a qual
foi incorporada no texto da NBR-8160 conforme ILHA; SANTOS (1994), tem-se a seguinte
formulação básica:
N
Qtq = ∑ (mi ∗ qi ) (04)
1
Onde:
Qtq = a vazão de projeto no trecho considerado (l/s);
i = índice representativo do tipo de aparelho sanitário;
N = número de tipos de aparelhos sanitários no trecho considerado;
mi = número de aparelhos sanitários do tipo i a serem considerados em uso simultâneo,
entre J aparelhos instalados, para um dado fator de falha;
J = número de aparelhos sanitários do tipo i instalados no trecho considerado;
qi = vazão unitária do aparelho sanitário do tipo i (l/s).
Onde:
de = diâmetro do trecho considerado, em m;
n = coeficiente de Manning, em s/m1/3 ;
Qe = vazão no trecho considerado, em l/s;
I = declividade do trecho considerado em m/m.
50
A vazão em cada trecho, no caso do ramal de descarga, será dada por:
Qe = qi (06)
N
Qe = ∑ (mi ∗ qi ) (07)
1
Onde:
N = número de tipos de aparelhos sanitários no trecho considerado;
mi = número de aparelhos sanitários do tipo i a serem considerados em uso, simultâneo, para
um dado fator de falha;
qi = vazão de contribuição do aparelho sanitário do tipo i.
Qe = Qtq (08)
N
Qe = ∑ (mi ∗ qi ) (09)
1
Tr = γ Rh I ≥ 1,0 Pa (10)
Onde:
Rh = raio hidráulico, em m;
Tr = tensão trativa, em Pa;
γ = peso específico, em N/m2 .
51
b.2) Dimensionamento do Subsistema de Ventilação
Onde:
Qar = vazão de ar que escoa pelo núcleo de ar no tubo de queda, em l/s;
c = coeficiente adimensional;
Qtq = vazão de projeto no tubo de queda, em l/s.
Onde:
Dv = diâmetro da tubulação de ventilação, em mm;
Lv = comprimento da tubulação de ventilação, em mm;
f = coeficiente de perda de carga distribuída, adimensional;
Qar’ = vazão de ar na tubulação de ventilação, em l/s.
Onde
Qar = neste caso é a vazão de ar na coluna de ventilação, sendo obtida em l / min.
52
Caso a ventilação secundária seja composta por dispositivos de ventilação, serão
necessárias as especificações dos fabricantes, de acordo com FERNANDES (1993).
Onde :
Ha,i = perda de altura do fecho hídrico admissível para o desconector i (mm);
Hr,i = perda de altura do fecho hídrico provocada por auto-sifonagem (mm);
Da,s = depressão admissível no sistema (N/m2);
Dr = depressão máxima provocada pelos efeitos de sifonagem induzida, tiragem térmica e
ação do vento e das variações da pressão ambiental (N/m2);
Sa,s = sobrepressão admissível no sistema (N/m2);
Sr = sobrepressão máxima no sistema ( N/m2).
53
8. MATERIAIS E COMPONENTES DO SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO
SANITÁRIO
Existem duas séries de tubos de PVC: Série normal (tubos com parede de menor
espessura) e série reforçada (tubos com parede de espessura maior).
b) o referido material não deve ser exposto a temperaturas recomendadas pelos fabricantes.
8.1.3 Fibrocimento
54
8.1.4 Ferro Fundido
Exemplos de aparelhos sanitários, cuja função básica é a coleta das águas servidas são:
bacia sanitária, lavatório, banheira, mictório, etc. Há também equipamentos como a máquina
de lavar roupas, a máquina de lavar pratos, entre outros.
55
Torneira de acionamento automático com o pé.
56
9. BIBLIOGRAFIA
ASPE. Vents & Venting. ASPE DATA BOOK. Chapter 1, USA, 1988.
57
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO (MPO). Metas mobilizadoras
nacionais. PROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE
(PBQP).SECRETARIA DE POLÍTICA URBANA (SEPURB). Brasília. Julho, 1998.
58