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B3L JO 18 11

Joi\NAL 0 FFICIAL
DA

Maçonaria Brazilcira.
PUBLICAÇÃO MENSAL,

Redaotor em Chefe, o Gr.'. Secret/. Ger/. da Ord/.

N.° 3. - 2.° ANNO.

BÍW:«<
tço

Or.-. do Rio de Janeiro.


TYPOGRAPHIA DO GR.'. OR.-. DO BRAZIL.
Valle do Lavradio 53 K. V.-

1873 (Es. V.\)


Boletim
DO

GRANDE ORIENTE DO BRAZIL


AO VALLE DO LAVRADIO.

JwmI Oficial da fitaç.*. Brasileira.

Itònt. Jtarxo 1873 U Mm

Secção Dogmática.

Os poderes exorbitantes da actualidade.


Lá está aquelle de quem se disse também:
O meu reino é do céo, não é da terra.
E ahi estão outros, egoístas e revoltosos, que querião o rei-
nado da occasião, o mando, o poder, a supremacia.
Lá está a igreja abalada em sua santíssima missão.
E aqui, fora delia, está a sociedade legal e pacifica estreme-
cida em suas bases, desautorisada em seus preceitos, volvida o
bruico cios ambiciosos e dos secliciosos.
São dous poderes que se. igualão, duas tremendas revoltas
contra a fé e contra a lei.
No meio destas duas monstruosas phalanges que lutão em
guerra aberta, ergue-se a humanidade doutrinada que pensa e
que sente, e que a todo custo quer salvar a idéa de Deus e a
idéa da humanidade culta e caducada.
A Maçonaria, a nobre instituição dos séculos, que é a arca
que salvou as icléas do bem e do justo no meio de cruentas re-
voluções, contempla a desordem do século, mede-lhe a sua ex-
j5 ^OLETI/Vl
DO
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!

Grande Oriente do Brazil


AO VALLE DO LAVRADIO.

Maç.-. Brazileira, publicado por ordem


O Jornal Official da
Oriente, conterá artigos originaes dogmáticos, rechos
do Grande inatena U >gisiir
maçonieas estrangeiras a
escolhidos de revistas
os extraetos das wta do Or,. Orientee^do
ti,a decretada, ocor er
um noticiário do que de mais importante
Corpos Superiores, do Circulo,
nas diversas Potências maçonieas, a correspondência
resumo em francez das noticias de cada numero,
bem como um
estrangeiros.
para intelligencia dos Maçons todos^ os lhv.
são franqueadas a
As paginas do %aie±im
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que desejarem
devendo ser sujeitos ao juizo da Com.-, de Redacçao.
J&aLetLm. será enviado gratuitamente as
Um exemplar do
DDig/. da Ord.-., a cada Loj.-. do Circulo, ás Potências
GGr.-.
Maçonieas aluadas e aos Redactores dos jornaes.
um anno, de Dezembro cie
A assignatura é obrigatória por
de 1873, em uma só prestação adiantada.
1872 a Dezembro paga
Corte e Nictherohy.
Anno (12 números) GijOOO

Províncias (Registrado).
'.
Anno (12 números). . 7#000
Numero avulso líjOOO

assignatura varia conforme a


Para os paizes estrangeiros a
importância dos portes do correio.
redacçao e remessa do importo das
Toda a correspondência de
serão dirigidas ao Redactor em Chefe, Gr/. Secret..
assignaturas
Ger/. da Ordem, á
Sua do Lavradio M 58 K.
— 178 —

tensão e trabalha, trabalha activamentc para salvar as sagradas


tradições da fé e os frutos abençoados das idéas adiantadas.
Ella attende ainda ao eterno fiat lux da creação, devassa ar-
canos, desvenda a cegueira do entendimento, illumina os câini-
nhos escuros da vida e dá ao mundo por meio de seus obreiros
actos da mais acrisolada piedade e da mais singela abnegação.
Os ignorantes que a pressentem a denominão mysteriosa.
Os máos a appellidão de cabalistica,
Os ambiciosos mal intencionados a considerão como sociedade
secreta sediciosa.
E comtudo em seus mysterios está a grandeza de suas vir-
tudes.
Suas pacificas ceremonias, consagradas só a tudo que e ho-
nesto e é pio, despertão rivalidades no vulgo ignorante.
Menos do que nunca a humanidade inquieta, curiosa preoccu-
pada e cubiçosa da actualidade, tolera o segredo ou o silencio
nos actos generosos humanos.
Desde que a publicação se não apodera do facto e o calca
em columna de jornaes, desde que o olho indiscreto do esbirro
policial não devassa a vida intima da honestidade congregada,
não se tolera, não se aceita uma reunião de homens
que não
dizem o porque, longe das vistas profanas, se occupão só do bem.
É porisso que Roma, cuja. política clerical mundana de mais,
se arrogou a si a luta desabrida contra tudo que é
justo, põe
de lado a verdade do que espiou e soube da Maçonaria, e a
condemna.
Condemna-a porque a achou aberta a todas as idéas livres e
generosas.
Condemna-a porque teme a coherencia e a honestidade em
congregações humanas.
Condemna-a porque ahi estão os guardas da verdade de secu-
los e que a não querem nem alterada, nem
profanada.
Ao senhor de Roma escapou a vassalagem do mundo christão
e adiantado. O seu poder mundano desappareceu, e então, nas
extorsões do desespero e da ira excommunga e condemna a tudo
e a todos, ,e tão longe vai em sua cegueira que até descobre na
santíssima humildade nazarena, na divina democracia do Filho de
Deus, na modesta divina criança de Bethlem viso de aristocracia e
de feudo.
- 179 —

O erro confunde o espirito, e á decepção o desvaira.


E o mundo está contemplando nesse velho
que fora respeita
vel por virtudes e talentos, a caducidade do chefe espiritual
prompto sempre, de raio em punho, a fulminar excoinmunhões e'
injurias.
O inundo catholico olha pasmado para a Cidade Eterna e
em
lugar de receber delia luz e unção, só lhe vem imprecações
anathemas e fileiras de ignorantes armados da mais repugnante
intolerância. &
Em pleno século de adiantamento, no qual se comprehende
melhor a família e a humanidade, onde se santifica o trabalho
por meio da interpretação das sciencias, é triste ver-se esta luta
tenaz e antipattiica que o lazarismo sustenta vilipendiando a hu-
manidade e mentindo á consciência.
O inundo catholico não comprehende como tão facilmente se
conspureão as santas doutrinas do Evangelho.
E comtudo é verdade que leigos audaciosos e venaes tomão
parte neste combate dado em pleno século á verdade e á reli-
gião.
Contamos no numero dos janisaros ultramontanos doutores,
legisladores e muitos outros. Temos professores que prestão
inteira, cega, estúpida adhesão áquellc materialismo brutal do
ultramontanismo.
Ainda ha pouco vociferava um doutor no meio de homens
sérios e graves:
E idiota e de má fé aquelle que crê que se possa ser catholico
e maçou ao mesmo tempo! „
E áquelles homens graves e pensadores não erguerão um
enérgico protesto contra a apostrophe do mentecapto que assim
se exprimia.
E porque o não íizerão?
Não lhes faltava coragem e convicções profundas; mas aquel-
Ia indolência maléfica que prejudica tanto a humanidade, guardou
o mais reprovável silencio, sorrindo-se apenas maliciosamente
para o reverendo de casaca que acabava de fallar.
Triste espectaculo se ha dado e se dá nessas respeitáveis
reuniões onde a lei congrega os homens competentes e doutos,
quando se trata de questões desta ordem.
É necessário que um homem que se diz culto haja abjurado
— 180
todos os dotes de sua razão e todas as aspirações de sua con-
siencia para vir de casaca sustentar os horrores da
prepotência
da sotaina ultramontana.
É porisso que no presente artigo tratamos de averiguar
quaes
os poderes exorbitantes da actualidade.
Convém e muito assignalal-os, cstudal-os, medir-lhes as forças
e preparar a Maçonaria para a luta que será tremenda.
Já que a humanidade só tem na livre Maçonaria o seu
e o molde de suas santas aspirações, seja ella a romeira pharol
do
progresso e vá collocar no porvir o marco entre o erro e a ver-
dade, para que as sociedades advertidas não confundão como
até aqui poderes exorbitantes com poderes autorisados lei
de Deus e pela lei dos homens. pela
O momento é critico.
A convulsão social e religiosa abala as fibras intimas- das
so-
ciedades.
De um lado está a communa, horrível, incrível, tremenda
hvida, coberta de sangue e de cinzas; - de outro
lado está
Roma, que quiz, que quer avassallar o mundo, amuada
a um
canto, odienta, tonante, cheia de anathemas e de iinprecações
E acima de tudo paira o espirito sublime, calmo
e luminoso
da divindade dos Evangelhos, que se não comprehende
ou que
se não segue. l
Parece que a humanidade desvairada na communa
accende bra-
zeiros na praça publica, á feição inquisitorial,
e requeima abi o
coração das grandes virtudes cívicas, trincal-o entre den-
já que
tes fora processo mais longo entre os enfraquecidos
dos vociferadores eternos e eternamente esfaimados maxilares
E parece também que a grey ultramontana
accêsa em raiva
sonha restabelecer as fogueiras onde com
lenha vil se quei-
mava a flor do christianismo, vilmente avassallado
e selvagem poderio dos Familiares do Santo ao grosseiro

**estes t r e s ^ de h—a
arma tremenda de poder exorbitante;

S m :-"erar
Officio. Fora uma
querem revivel-a e òm

Roma não quer a Maçonaria

u„!a;r™ma(,: sr.a comesa* * * ^*»»».«-.


Não; porque Roma não procede de boa fé.
— 181 -

Não; porque Roma falta á humildade cbristã


que lhe foi en-
sinada.
Não; porque Roma profana a humildade do christianismo
e
nos quer dar o Divino Mestre, o cordeiro da
paz c da brandüra
como Senhor feudal da nobreza de sua Família. '
A Maçonaria só aceita Roma, a verdadeiramente catholica
e
não quer Roma a cabalisticamcntc política. Esta Roma será dos
bispos injustos e dos máos padres; dos catholicos não é e nunca
o será.
Sim, nós catholicos c maçons também, obreiros da luz c do
bem, assim pensamos e assim sentimos. E
por Deus, que é o
Arbitro-Supremo de todos os seres, havemos de vencer'cm nosso
propósito, honesta c pacificamente.
Contra as vossas armas traiçoeiras, communistas e ultramon-
tanos, oppômos as nossas com lealdade no campo aberto a todas
as liberdades.
Ao vosso petróleo incendiado, ás vossas estúpidas
greves e ás
vossas excommunhões oppômos a discussão franca c a
propa-
ganda maçonica, que é a justiça, a rectidão e a verdade.
Não tendes probidade em vossos actos; não discutis, injuriais
e calunmiaes; não quereis o trabalho honesto, nem sois de ho-
nestas aspirações: a propriedade c o poder vos fascinão;
quereis
cabedaes estorquidos á mão armada e um poder exorbitante
que
vos avassalle a humanidade para saciardes vossas desmesuradas
e satânicas ambições.
E nós, o velho e pacifico povo de Salomão, nós os christãos
do Evangelho, nós só queremos o bem e só ambicionamos a rec-
tidão no trabalho e a probidade em todos os nossos actos so-
ciaes. Não fazemos política social, nem tão pouco política reli-
giosa; satisfaz-nos a architectura do templo da heneficencia e da
piedade.
Nenhum século nos pôde jamais aceusar, porque fomos justos
e modestos.
Nenhum tropeço creamos jamais, nem ao Estado nem á Igreja.
Amantes da tolerância e seus seguidores, vimos bater á porta
de nossos templos a democracia honesta, a aristocracia hon-
rada, reis e príncipes, guerreiros e humildes romeiros de Jeru-
salem, e todos aquelles que sentem que a vida é mais alguma
cousa do que a materialidade do movimento e dos sentidos.
— 182
Papas c prelados íizcrão parte de nossa instituição, c ainda
hoje elles comprehendem como são santas e elevadas as doutri-
nas da Maçonaria entre os povos christãos.
Os communistas querem que sejamos carbonarios; os ultramon-
tanos inventarão a palavra impiedade para nos ser lançada
do
alto da cadeira de S. Pedro.
E esses dous poderes que se tocão e se assemelhão
rerem ser exorbitantes, não terão o poder nem de apagar por que-
ne-
nhum dos nossos symbolos que mareão a cultura c o
das sociedades modernas, cultura e progresso progresso
que a Maçonaria
lhes deu por mãos de nossos antepassados,
que lutarão contra o
exclusivismo e a barbaria em favor da humanidade avassallada
a
pesado feudo e obscuro fanatismo.
A Maçonaria ao entrar neste novo século levantou o véo
encobria a verdade; fez a luz; e deixou ver á humanidade que
este
porvir que a discussão e os costumes cada vez mais sublevão e
sanecionão.
E agora que está assentada a pedra
que serve de fundamento
ao templo social esclarecido, querem esses vândalos fazer
incur-
soes em nossas phalanges civilisadas e tolerantes.
Caro lhes custará a experiência; o mundo os comtemplae
seus defensores officiosos; sua inferioridade de meios aos
ficará cs-
quecida em um futuro que está próximo; e o mundo desassom-
brado poderá conjurar e destruir todos os
poderes exorbitantes
que conspureão a civilisação e a vida moral da família

S.\ F.\ U.\


Domine sakumfac regem, dizião os antigos
das instituições d'outros tempos; Domine salva e leaes servidores
zemos nos do intimo de nossos corações. fac latomiam, di-
Este grito solto do
fundo de nossas almas e que foi o funesto
presagio de persegui-
PerS5eS n5°, V°'Verá mais; í*l™ o" destinos da
frt2 t
Franco-maçonana assim hão mister; dizendo os destinos da
q?erem°& dizer os destinos da sociedade
ti!Tf'°mml
hespanhola que ha de ser conduzida ao caminho
da perfeição
— 183 -

pela vivíssima luz que se reflete dos modestos retiros dos ho-
mens que mais tem sido calumniados.
A Franco-maçonaria, instituição geralmente mal conhecida, uni-
versalmente calumniada c systcmaticamente desfigurada por aquel-
les que, conhecendo seu incontestável poderio, temião sua pre-
sença, tem de cumprir actualmente na Hespanha uma grande
missão quanto ao seu objecto, santa por seus resultados e des-
interessada e pura em vista de sua divisa.
Saúde! dulcissima palavra que o Maçon pronuncia ao estreitar
em seus braços um irmão, desejo constante e nobre da Maçona-
ria que busca salvar a sociedade dos horrorosos estragos que a
diferença da escola, da seita, da casta, da cor, da linguagem e
até mesmo da fortuna de continuo tem engendrado no mundo,
enchendo a historia de paginas que intitulão-se: a guerra dos
escravos, a invasão dos bárbaros, a jacqaeria franceza, a guerra
dos albigenses, a guerra da reforma, o assassinato dos brancos em
S. Domingos (Haiti) e a guerra franco-prussiana; e de nomes
como Spartaco, Carlos-o-Máo, Domingos de Gusmão, Ignacio de
Loyola e Toussaint Louverture. .
Factos e homens, homens e factos para os quaes e com quem
a Maçonaria não se envolveu, ainda que já existisse, porque não
era chegada a hora de cumprir sua missão.
Hoje porém, todas as vezes que a Maçonaria pronuncia esta
palavra, a distancia e as clissençoes extinguem-se e diminuem, e
vemos todos os homens que no mundo activo da vida social pro-
movião crua guerra, estreitarem-se com effusão fraternal, effusão
que muitas vezes a própria consangüinidade não sabe inspirar:
extinguindo pois as clissençoes, diminuindo as distancias, cada
vez mais nos approximamcs ao verdadeiro fim da pobre espécie
humana e com orgulho podemos dizer: Saúde!
Se ha paiz na Europa que necessite de uma organisação ro-
busta e completamente isempta de cálculos inconfessáveis é de
certo a nossa desventurada Hespanha, tão freqüente quão impia-
mente envolvida em lutas civis, discórdias internas e continuas
dissenções de povoações com povoaçoes, de famílias com fami-
lias, e de irmãos com irmãos.
Porém a Maçonaria com sua organisação cheia de modes-
tia, de humildade e de prudência; a Maçonaria inspirando-se
na Igualdade, filha legitima da Liberdade que é a fonte inexgo-
2
— 184 —
tavel e o manancial puríssimo da fraternidade,
nho da paz aos que atrabilariamente separando-se ensinará o cami-
umversal querem com sua intolerância e da concola
cem sua irracS t
transigência alcançar o accordo
geral , a harmonia un,v5
A Maçonana pregando o amor ao trabalho
do aos desherdados de hoje sua verdadeira e assim assignahn
msp.rando os hábitos da virtude, da economia, heranl dStó
lo respeito ás opiniões alheias, realisará do amor á Si
todos os homens honrados da Hespanha a grande reúnão h
na Hespanha e7unt
verso inteiro e com orgulho legitimo dirá:
Saúde: paz aos homens de boa vontade!
é " f01'Ça raaterÍal a a ^nária emprega
mas
ma?Z sim a/f!° 1ue
com
força incontestável da idéa, da conveção
tr: % tT*es,es ^a m« *»•**>"
^ SMaS emPrezas' tornando-as tão
c da r>'

robultas \ Zl ^
* ÍnaU"Ít0S eSfor«os d° »bs«»'»« "
mda m*v„7c ?' ^ ÍmiM>tel,tes l»era"te • **¦
rada cota d rnat" ei' n™*"
'" e'la t<an SaM<1° revestir ^s obras.
A fo« da Maçonana
M1 consiste na verdade de suas accões
JL Ia a

«gos e modemonccZd^,:T e
Mg"
As maiores épocas da historia são

sara: s ^r: ™e «" aquellas em que se reais

poSr erP l côm o^r ? proM,emas s°daes ^^ •


her, a cldiío da JL " ^^r a educa^° da ma-
i&taTò^fa^SS.e mmá^« "a escravidão, e
ri0teC0"?ÍC0 que ,em "*•
desses terrfveis ca actsZ I «^
maneira dos InS^" ° ^ S°da1' *
é'S tf* q"C ™ S"aS
taç5eS mysteriosas asso 5 e agi"
esteSjô com sua incandescente
lava paizes inteiros. ^ehsao
As sociedades conhecidas nunca
se oceunárão rlP «r„ * •
,uao necessário, trahalho, raz3o
«neZTotaa coteS
— 185 —

e contrariadas morrem no dia seguinte de seu nascimento, por serem


obra de um só, o pensamento individual e o esforço pessoal.
As obras, porém, da Maçonaria achão-se revestidas de força
que é a duração, solidez, estabilidade e resistência, porque são o
frueto da colectividade numerosa e disciplinada, mas humilde e
desconhecida, porque sua missão é de paz e humildade, e em
nada necessita de gloria e vaidade. Revestem-se dos caracteres
da força, porque não são meros ensaios, são o resultado de
profundas experiências, de penosos e conscenciosos exames, de
profundas comparações e de estudos desapaixonados;
Trabalhando para a espécie humana, o indivíduo pouco nella
representa e em nada influe nos estudos e no animo da Maço-
naria.
Somos innumeraveis como as estrellas que Abrahão não pôde
contar e como nossas obras não são as obras cie um Macon mas
sim cia Maçonaria, ellas adquirem uma potência, cujo logarithimo
não encontra-se em taboa alguma. Uma instituição pois que se
funda em taes bases como as que servem de sustentaculo á nossa
e que produz obras como as que o gênero humano deve á Ma-
çonaria, pócle dizer-se que tem a força comsigo e summa for-
ça mesmo em suas mais ignotas emanações, porém a mais incon-
testavel de todas as forças que ella possue é a força cio amor
universal e a força de praticar o bem.
A Maçonaria emprega esta palavra em toda a saudação maço-
nica, afim de lembrar ao Maçou que elle olvidando-se cie sua
pequenhez e das misérias humanas, só tendo em vista o futuro,
deve com força de vontade constante, com energia, valor firme e
sereno, como quem está certo de sua obra, vencer suas paixões
e contribuir para a nobre empreza do aperfeiçoamento cia espe-
cie humana.
A Maçonaria sabe que trabalha em bem da saucle geral e mo-
ral, sabe que tem em si a força, que lhe falta pois para alcan-
çar seu desideratum ?
União. Tomai um homem robustíssimo, um homem que possa
com um peso de cem kilogrammas, dizei-lhe que de uma só vez
arranque as ermas de um cavallo e ficai certo que o não fará.
Eis o resultado da união. Os corpos maçonicos cada um de
per si contão com um numero limitado de OObiv., mas o numero
dos citados corpos espalhados pela superfície da terra é infinito.
— 186 —
A união de todos é a mesma dentro de
concMes, visto como derivão-so do um certas e determinai
mesmo tron o temo
mesmo d,stactivo, folião a mesma linguagem,
fim unem-se para a mesma obra, e tendem ao melo

*?Z 'j£K como


r" fhomm! "°is * &2*
tre elles umao? e havendo-a como não
querem o mesmo sto T

serão fortes? e como


* Sa'W a SMfedllde aCtUal Í0S "»'«
ÍSS. P«8»S quo
dÍZem °S m°U™*™ PPliticos. Saúde,
r£?%l.'¥Mh
torça, Umao, dizem os maçons. As
obras dos políticos anezir
todas tem a ephemera duração da
crysalida, as obras nomn
dos maçons são eternas como o GraJe
Eepíito qu as an ma
com seu divino sopro. mma
Os homens que em todos os tempos
têm sido calumnhcln,
pela mais pérfida malevolencia, saudão-se com estas
o esperada, Saúde. Força, União: os !!Í
J» homens que temsido
apresentados pelos sectários do obscurantismo
dores da sociedade humana contestão como os dcsln
taes calum as por eZ

• g\, °S laÇ°S da familia' "a0 encontrarão


S lor „i ™

Unidos pois por tão doce laço, fortíssimos


"", "»
n Ttrathrr' f a°S clamores da ecalumnia,
aa **« aS por nossa união

lfWM f Td°S indiíferentes


mumtientes
as invenções da malevo encia e invencíveis
nmnto
e contrariedades, saudemoea"7,™!VST
Ções
hados pela superfície da terra, dizendo ^
lhes: "
/Sawcfe, i^rpa, União!
/

Pertuza, gr.: 30.:


(Del Boletin Oficial dei Gr.-. Or.-. de Espana.)
— 187 —

• ~
Eleições

As eleições são uma das operações mais delicadas e transcen-


dentes da instituição maçonica.
Nestes actos os IIiv. devem empregar o maior discernimento,
cautela e circumspecção; indagar e escrupulosamente perserutar as
condições, qualidades e a intelligencia maçonica dos que compõem
a Officina, afim de poderem escolher os que julgarem mais aptos
para o desempenho dos cargos que lhes forem commettidos.
Das eleições dependem o engrandecimento e o brilhantismo de
uma corporação maçonica, ou a sua decadência e mina; pelo que
os membros de uma Loj.-. devem escolher os cargos para os homens
e não os homens para os cargos, e não attender simplesmente ás
circumstancias profanas e transitórias de um indivíduo para revés-
til-o com os títulos e dignidades, sem estarem intimamente con-
vencidos, que esse indivíduo possue real e positivamente as qua-
lidades esseneiaes e indispensáveis para cumprir com religiosa
exactidâo e honra o cargo que lhe foi confiado.
As faltas dos eleitos repercutem com justiça sobre os eleitores
se aquelles não cumprem com seus deveres, se não zelão pela con-
gregação que os honorifieoii com elevados cargos e mando, ou
se são inaptos a exercel-os; estes por si próprios denuncião-se
ao mundo maçonico como inhabeis para eleger ou como mercê-
narios vassallos e imbecis contempladores. Kude por certo é
esta linguagem, é porém a brusca franqueza da verdade que não
teme argumentos sophisücos que destruão suas asserçoes.
Tratando-se de eleições, devemos com preferencia fixar nossa
attenção sobre a de Ven.\ M.\, primeira Dignid.'. de umaLpj.-.,
antes porém de descrevermos suas condições reflexionemos um
pouco.
Quem são os Wen.\ MM.', das OOff.\ Symb.'. ou os PPresid.'.
de qualquer das corporações do nosso Or.-.? Serão porventura
indivíduos que a arraigada e incorrigivel estupidez do antigo
mundo nos designão com as pomposas e rediculas denominações
de títulos e jerarchias baseadas unicamente no sangue e no nas-
cimento? Não, graças ao Sob.-. Arch.\ do Univ.'., a culta e jus-
ticeira America não reconhece mais como jerarchias e títulos de
— 188
nobreza, senão os que o homem adquire seus esforços e vir
tudes. por á vu""
™ <lmm„SC1' °S YVcn/- MM/- "aS m»m^ *>
Jrôr•"?'
nosso üi..? Sao aquelles maçons
que por seus Ilr/. forâo
gados serem os mais dignos e os mais virtuosos iul
Triste e terrível deve ser o experimentar uma
Haja pois cautela, previsão e o maior critério decepção i
nas
brando-nos que se nossa Subi/. Ord/. é tolerante,eleições íem-
ahi está o

utzzres sanm
mundo profano, ahi estão os nossos
prompt o s a juigar c cens,,rar *•*»°
gratuitos antagonistas, como

°S síi0 responsáveis pelas faltas dos


eeitos? Íem0':
e]lf Sao por certo, ?leitores
e só lia a circunstancia attcnuante de
que, quando as apparencias são enganosas, só Deus é infallwel.
Da Colmena Masonica
— 189

Secção Official.

Actos do Sap.*. Gr/. M.\ Gr.-. Cornv. da Ordem.


10 de Março. — Sancciona a elevação ao gráo 33 dos 111.-. Ilr/.
32 J. L. de Magalhães, J. A. Fajardo, A. M. de Siqueira e G.
A. B. Corrêa de Sá.

Grande Oriente do Brazil.


EXTRACTO DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 22 DE MARÇO DE 1873.
Presidência do Sap.-. Ir.\ Visconde do Rio-Branco,
Gr.\ M.i. Gr.\ Com.\ da Ordem.
Achando-se presentes 112 membros, foi aberta a sessão, lida
e approvada a acta da antecedente.
* O Gr.'. Or/. ficou inteirado da communicaçao dirigida
"Esperança,, pela
Aug/. Loj/. Cap/. participando ao Gr/. Or/. o fal-
lecimento do 111.-. Ir.-. Antônio dos Santos Magalhães, seu 2.°
Vig/. e Arth/. do seu Subi/. Cap/., devendo prestar-se-lhe as
devidas honras.
Ficou também inteirado das seguintes communicações:
l.a Do Delegado das Alagoas, agradecendo a sua nomeação e
promettendo o seu concurso leal em bem do nosso Circulo.
2.a Do Delegado de Pernambuco, noticiando os factos oceorri-
cios naquella província por oceasiao da ultima dissidência.
3.a Da Aug.*. Loj/. Cap.'. " Conciliação „ narrando as oceur-
rendas havidas em seu seio e apresentando a sua adhesao ao
Gr/. Or/. do Brazil.
4.a Do Ptesp.'. Ir.#. J. A. Ferreira da Gama, pedindo o con-
curso dos membros do Gr.'. Or/. a favor do seu collegio.
5.a Do Resp/. Ir.\ Francisco Pinheiro Bastos, oferecendo os
seus serviços como pharmaceutico homoeopatha e os medicamen-
tos aos IIr.\ que fossem atacados da epidemia reinante. (Vide
noticiário interno.)
6.a Da Aug. Loj.'. Cap.'. "Virtude e Bondade,,, ao Gr.', de
Maceió, congratulando o Gr/. Or/. pela nomeação do Delegado
das Alagoas.
— 190 —
7." Da Aug.-. Loj.-. Cap.-. «Luz e Ordem,,, ao Or.-. de Porto-
Alegre, declarando que em sua sessão de 23 de Novembro findo
resolveu, por unanimidade de votos, continuar a
prestar obedien-
cia ao Gr.-. Or.-. do Brazil.
8." Do Rcsp-v. Ir.-. Dr. Joaquim Augusto de Camargo, Vcn •
da Aug.-. Loj.-. Cap.-. " Amizade „, ao Or.-. de S. Paulo,' dccla-
rando que a mesma Loj.*. reconheceu e adhcrio ao Gr.-. Or.-.
do
Brazil, ao Lavradio, como único legal e verdadeiro no Império
e
que a mesma Off.v resolvera crear a Gr.-. Off.\ provincial na
forma do decreto do 1." de Setembro de 1865.
O Gr.-. Or.-. resolveu conceder a pensão mensal de 15§000
ao Ir.-. M. S. Maia, para oceorrer ás suas necessidades.
Forão approvados os seguintes pareceres:
1.° Da Commissâo de Finanças, approvando as contas e balam
cete do Resp-v. Ir.-. Thezoureiro adjunto, ao 4 •
trimestre de 1872. pertencentes
2.» Da mesma commissâo, approvando a concessão da
cação de 300§000 ao Ir.-. H. N. pelos serviços gratifi-
que tem prestado
na grande thezouraria.
3.» Da Commissâo Central, deferindo o
" União e Progresso pedido das AAugv LLoj •
„, ao Or.-. da Victoria, " União Fraternal „,
ao Or.-. de Barbacena e " Philantropia Guarapuavana
de Guarapuava, em referencia á dispensa do „, ao Or.-.
pagamento das ¦
cios grãos a que forão elevados os seus membros jóias
installadores.
*icou adiado o parecer da Commissâo de Finanças
iudeferindo
o pedido do Ir.-. J. G. R.
Tratando-se da questão maçonico-ultramontana
em I ernambuco e lido o respectivo que se agita
parecer da 111.-. Com • Cen-
trah no qual 0pina que o Gr.-. Or.-. do Brazil,
ooo. br M.-. Gr.-. Com.-., aguarde a decisão confiando'no seu
do Governo Im-
penal a tal respeito, enviando ao mesmo Sap.\ Ir • Gr • M • •
Um.-, as representações que forão remettidas Gr
ao Gr.-. Or.-'.; afini
t0me <*e que são dignas; fizerão
bSfnM- &|P^
Uhantes taos os HU,. Hr.-. Dr. j. P.
da Si, ^zembM-
P6' ^ M' A' & C" BranCante e ° &&
Gr M r r "' SCnd° *
ap"r°Vad° »"™™me»te o
mLmb'p^cer
191

Muito Pod.'. Supr.\ Conselho,


ASSEMBLÉA DO 1.° DE MARÇO DE 1873.

Presidência do Pod.\ Ir.\ 33.\ Antônio Alvares Pereira Coruja,


liepres.'. Partr. do Sob.\ Gr.\ M.\ Gr.\ Cornr. da Ordem.

Achando-se presentes 9 membros effectivos e 7 honorários, foi


aberta a sessão, sendo lida c approvada a acta da antecedente.
Forão juramentados no Subi/, gráo 33 os PPod/. Ilr/. J. C.
de Almeida e J. Hartwig; e como membro honorário o Pod/. Ir/.
F. G. de A. Guimarães.
O Supr/. Cons/. sanccionou as seguintes resoluções da Sap/.
Gr/. Loj/.:
l.a Approvando a installação, filiação e regularisação da Loj/.
" Esperança e Porvir „, ao Or/. de Manáos, provincia do Ama-
zonas.
2.a Approvando a creação da Loj/. de Adopção " Perseve-
rança „, ao Or/. de Ouro-Preto, provincia de Minas Geraes.
3.a Concedendo á Loj.-. " Fidelidade e Firmeza,,, ao Or.'. de
Porto-Alegre, provincia de S. Pedro do Sul, a faculdade de re-
erguer as suas abatidas columnas.
4." Approvando a installação, filiação e regularisação do Sub.\
Cap.-. "Alycléa,,, ao Or/. do Giv. Pod.-. Central.
Forão elevados ao gráo 33 os II11.\ Ilr.*. 32 J. A. Fajardo, J.
M. de Siqueira, J. L. de Magalhães e C. A. B. C. de Sá.
Foi approvaclo membro honorário do Supr.'. Cons.-. o Pod.-.
Ir.-. Dr. Miguel Maria de Noronha Feital.
O Sap.-. Ir.-. Presicl.-., em nome do Sob.-. Giv. Com.-., apre-
sentou ao Supr.-. Cons.-. as palavras — semestral e annua.
192

Grande loja Central.


SESSÃO N. 218 de 17 DE MARÇO DE 1873,
E.\ V.-.
Presidência do Pod.: e Bi.'. Ir.: 33.: Antônio
Alvares Pereira
Coruja, Yen.\ de Honra.

Achando-se presentes 158 membros, foi aberta a


e approvada a acta da sessão antecedente ' lida sessão
Approvárão-se as eleições geraes o presente anno maçou/
para
5873 das AAug/ LLoj/. Silencio, Commercio, União
Confratermdade Maçonica, Grêmio Philantropico, Escôsseza
zade e Philan ropia Guarapuavana; e dos SSubl/. Perfeita kÚ
e Grêmio Philantropico. Pedrou CCap/. II
Approvou-se a installação, filiação e regularisação •
Prov/. Asylo da Paz, ao Or/. do Gr/. Pod/. da Loj
Cérit/. J"'
Approvou-se a eleição parcial do cargo de Repres/. •
Loj/. Concórdia do Uruguay. da Aug
&"'
Sanccionárao-se as elevações ao 18 conferidas a diversos
gr/.
de seus OObr/. pelos SSubl/. CCap/. Phenix
bro taor ao Trabalho, Silencio, ConfraternidadeDons de Dezem
feita Amizade, Amor da Pátria, Dezoito de Maçonica, Per-
Virtude, Concórdia Segunda, Estrella do Julho, Ampa o da
Rio, Esperança União
e ta ti^S. "e DeZembr°' C01"merCÍ0' *"** Be»e'«^
a,™™S sráos caI>itola™ Versos OObr.-.
AAt*u!"M,,! * das
^ ° Pr°greSS°' e Phil^ropia Gua-
rapua™
S°1Ídtar a° Sa"-- Glv- 0r" a
mói8"!.?11"86 ^™™ i» Paga-
CaVtUlareS a q»e bm° *»*» dhferên-
1 OOb dT a?°S
«orna,, O*

mm r^or---as —^ * "„g,.
^::^^u^^

'Í * AmiZade' e COntmuou ° adia™»to


do parecer da ti
-ro^trde^r^r^3 a <**¦*

â
— 193 -

Adiou-sc a solicitação da Aug/. Loj/. Symb/. Alydéa em re-


ferencia á concessão de vários gráos capitulares, salvo á dita
Aug/. Loj/. a usufruir a graça concedida pelo Decreto do Sap/.
Gr/. Or/. de 21 de Dezembro de 1872, E.\ V.-., caso seja sua
solicitação deferida.
Ficou inteirada:
l.° De terem as AAug/. LLoj/. União e Progresso e Philan-
tropia Guarapuavana sido regularisaclas, esta em 16 de Dezem-
bro do anno findo e aquella em 9 de Janeiro do corrente anno.
2.° De ter a Aug/. Loj/. Industria e Caridade eleito para o <*
cargo de seu Rep/. o R/. Ir/. José Pinto Bessa.
3.° De terem-se filiado na Aug/. Loj/. Industria e Caridade
o R.\ Ir/. 33/. Luigi Raspantini, e na Aug/. Loj/. Confraterni-
dade Maçonica os RR/. Ilr/. do gr/. 18/., João de Almeida
Rocha, José Joaquim Gonçalves da Costa, Galdino José Mendes
e José Domingues Sabariz.
4.° De ter a Aug/. Loj/. Concórdia Segunda empossado seus
DDig/. e OOff/.
5.° De ter a Aug. Loj/. Santa Fé concedido quite e placet
ao seu Obr/. João Fernandes Vianna.
Recebeu com muito especial agrado a communicação cia Aug/.
Loj/. Lealdade protestando sua firme aclhesão ao Gr/. Or/. do
Brazil, ao Vai/, do Lavradio.
Forão juramentados e tomarão assento na Gr/. Loj/. Cent/.
os RR/. Ilr/. capitão Antônio Alvares Pereira Coruja Júnior e
João Baptista Garcia na qualidade de DDep/., este da Aug/.
Loj/. Concórdia Segunda e aquelle da Aug/. Loj/. Estrella do
Occiclente, e vários outros RR/. Ilr/. como encartados no gr/,
cie Gr/. El/. Kad/. Subi/.
194

Or/. Cap/. Ger.\ dos Bitos Azues.


SESSÃO N. 206 DE 21 DE MARÇO DE 1873.
Pm.\ do Sap.-. Ir.: Antônio Alvares Pereira Coruja, Repres.-.
Part •
do Gr.'. M.: e Yen.-, de Honra do Gr.-. Cap.-. Ger.-.
dos Rilos
Azues.

Estando presentes 35 membros, foi aberta a sessão, lida


e
approvada a acta da sessão antecedente.
Forão approvadas as eleições geraes
para o presente anno
maçon.-. 5873 das AAug.-. LLoj.\ '< Caridade, Luz Brazileira
e
Commercio e Artes „ e dos SSubl.-. CCap.-. « Francs Hiramites
Commercio e Artes, e Caridade e União.

Sanccionou-se as filiações livres conferidas
" Caridade e União pela Aug.\ Loj.-.
„ aos seus OObiv. os RR.-. Hr.-. CC.-. RR •
•JMK*. Joaquim Pedro da Silva Júnior e
Joaquim Ovidio Saraiva
de Carvalho.
Ficou inteirado de ter o Sap.\, de conformidade com
a au-
tonsação que lhe foi concedida
pelo Gr.-. Cap.-., sanccionado
as elevações ao gráo 7.-. (Bit.-. M.\) e ao 12- (Bit-
gráo
Adonh.-.) conferidas pelos Subi.-. CCap.-. «Imparcialidade,
Amor
da Ordem, Amizade Fraternal, Luz Brazileira, Caridade,
Cari-
dade e União, Commercio e Artes, Igualdade e
Beneficência,
Redempção e Asylo da Prudência „ a vários de
seus membros.
Nomeou-se para membro da 111.-. Com.-, de Beneficência
o R.\
ir.-. Antônio José Salgado Guimarães, visto ter
desistido de tal
cargo o R,\ Ir.-. Manoel Joaquim de Oliveira
195

Secção Histórica.

Maconaria unida do Brazil.


Chegamos á ultima parte da farçá representada pelo chefe be-
nedictino e seus apaniguados. Não sujeitando-se os maçons do
Lavradio ao desempenho do triste papel que delles se exigia,
com quebra da própria dignidade, vimos o chefe benedictino e
seu Gr/. Secret/. açodadamente terminar as eleições em seu
antigo templo, á rua dos Benedictinos, afim de serem inconti-
nente empossadas as novas dignidades do circulo soi-disant unido.
Critério e lealdade jamais se virão em um conselheiro repu-
blicano.
Na eminência em que se collocou o chefe benedictino era, na
verdade, para se fazer temido pelos que não dispõem de sua
audácia.
O seu ponto capital era tirar, por qualquer forma, uma vin-
gança do Gr.-. Mest.-. do Lavradio, ao mesmo tempo presidente
do conselho de ministros.
Eleito, pois, ainda que com os 42 votos de maçons indevida-
mente qualificados, o seu primeiro acto foi baixar um decreto
excommungando o nobre Visconde do Rio-Branco e a todo o cir-
culo que o acompanhou.
Oh! que sublime momento não seria aquelle em que o chefe
benedictino, extasiado de sua própria soberania, leu o seu famoso
decreto!
Como não ficaria elle suffocado naquelles assomos de cólera,
que são só delle, na occasião da leitura de peça tão original!
Para os seus seria esse decreto motivo de júbilo e admiração.
Para nós outros, porém, semelhante peça importa a manifes-
tação de sentimentos baixos que só podem germinar no coração
de um homem que symbolisa candura e-lealdade.
Deixando de parte as considerações que acabamos de fazer,
entremos na analyse do supracitado decreto.
y*

- 196 —

O circulo do Lavradio era reconhecido por grande numero de


potências maçonicas, como era também o circulo dos benedicti-
nos, bem que por um numero inferior.
Estabelecidas as primeiras bases para a fusão dos dous circu-
los, e deixando esta de realisar-se quando não tinhão sido ainda
eleitas todas as clignidades, é lógico que as cousas voltarião ao
seu antigo estado, como se absolutamente nada se tivesse dado.
O chefe benedictino, que por meio de promessas havia conse-
guido (como não resta hoje a menor duvida) introduzir a traição
no circulo do Lavradio, não devia retroceder no caminho qué
previamente traçara.
É assim que o vimos, depois de derrotado na primeira eleição
(a despeito dos seus 42 votos), aparentar que se conformava
com o resultado havido, bem que não fosse moral, ao passo que
occultamente insinuava a annullação da eleição, o que ainda
traiçoeiramente se fez.
Nestas circumstancias, desfeito o pacto, por parte da quasi
unanimidade dos membros do Or/. do Lavradio, como explicar-
se a insistência do circulo benedictino em conservar o pomposo
titulo de Oriente Unido?
Quando se tem passado 15 ou 16 membros apenas do Oriente
do Lavradio para o circulo benedictino pode-se dizer que a união
se fez ?
Quando se vê todas as Lojas, que fazião parte do poder cen-
¦

trai, conservarem-se fieis ao circulo do Lavradio, pócle-se cons-


cienciosainente escrever que um pequeno grupo desordeiro sus-
tenta o nobre Visconde do Rio-Branco ?
Causa lastima vêr o estado de aviltamento a que tocarão o
chefe benedictino e o seu Gr.'. Secretario!
Nos é inquestionavelmente penoso entreter uma discussão tão
desagradável com aquelles que, embora de nós separados, toda-
via jurarão defender os mesmos principios.
Mas que procedimento deveremos ter, em face da calumnia,
da mentira, da argúcia e da cavilação, armas essas que diária e
tão habilmente manejão os irmãos benedictinos!
O desejo de illudir a boa fé de irmãos incautos, que nas pro-
vincias ignorão o que se passa entre nós, é tal que o seu Gr.'.
Secret.'., no noticiário interno de seu boletim de Janeiro do cor-
rente anno, á pag. 65, escreveu: " A's dezesete officinas que
— 197

adherirão ao Gr.'. Or.'. Un.*., tendo outr'ora pertencido ao



extincto Gr.*. Or.*. do Brazil, ao Vai.', do Lavradio, temos de
accrescentar mais cinco, o que eleva o numero a vinte e três! „
Em que escola aprendeu o Gr.'. Seciv. do pseudo Or.'. Unido
a sommar 17 e 5 — 23?
Sem a menor duvida foi na mesma escola que apregoa a ex-
tineção do circulo do Lavradio.
Não devemos entretanto deixar passar sem reparo a asquerosa
falsidade de haverem adherido ao supposto circulo unido algu-
e
mas lojas ao poder central do Lavradio, quando é publico
retira-
notório que apenas alguns membros de uma ou outra se
dos
rão, indo levantar lojas com a mesma denominação ao Or.'.
benedictinos.
D'ahi se vê que só de um cérebro doente pelas decepções por
havia passado podia partir o art. l.° do já referido de-
que
creto. .
ai-
Nem se diga que somos levados por despeito, visto como
das que têm visitado ultimamente esta
guns maçons províncias,
corte, são os próprios a reconhecer que no circulo dirigido pelo
chefe benedictíno existirá tudo menos a verdadeira maçonaria.
e da
É jocoso o art. 2.° que declara fora da lei, da protecção
maçonica o nobre Visconde do Rio-Branco e os de-
communhâo
mais maçons que o acompanharão.
É crivei que o chefe benedictíno comprehendesse, mesmo por
maçons
um momento, que o nobre Visconde do Rio-Branco e os
o acompanharão descessem é, possibilidade de lhe mendigar
que
em qualquer oceasião protecção?
Eisum teneatis! .
nntor-
Se nos achássemos em um outro paiz, e onde só por
mações tivéssemos conhecimento dos distinetos, nobres, elevados
le-
e generosos sentimentos que formão o terno coração do chefe
nedictino, poderíamos nisso acreditar.
Rio de Janeiro, onde todos felizmente nos co-
Mas aqui no
nhecemos, não conserve o chefe benedictíno semelhantes velleida-
des, porquanto só serviráõ para mais demonstrar o alto critério
de que costuma S. S. revestir todos os seus actos.
Se o Or.'. Un.'. não se achava ainda reconhecido por nenhuma
maçonica estrangeira, a decência e a modéstia não per-
potência de
mittião que o Gr.*. Mestre Unido se arrogasse a competência
— 198 —

considerar illegaes e nullos todos os actos praticados pelos po-


deres legítimos do Lavradio.
O art. 3.° contém um tal dislate que prova exuberantemente
que o chefe beneditino, na occasião em que o escreveu, sonhava
com os jesuítas e ultramontanos.
Basta considerar que maçons velhos e de rija tempera, como
o Resp/. Ir/. Antônio Alvares Pereira Coruja, resignarão os lu-
gares para que tinhão sido eleitos no pseudo Or/. Un/,, agra-
decendo assim os favores do chefe benedictino, para que este se
convença de que nos maçons do Lavradio existe ainda a precisa
dignidade para repellir as extravagantes insinuações que contém
o art. 3.° cio referido decreto.
Ao art. 4.° responderão com o mais soberano desprezo as Of-
ficinas do poder central, visto como nenhuma só deixou a sua
antiga bandeira para seguir o novo pendão hasteado por um
conselheiro republicano e seus apaniguados.
O art. 5.° nem merece as honras de uma ligeira critica. De-
clarando que serão considerados de nenhum effeito quaesquer
contas que prestar o Gr/. Thes/. do Or/. do Lavradio ao sup-
posto núcleo de maçons que se intitula Gr/. Or/. do Lavradio,
o mesmo Gr/. Thes/., caracter illibado e probo, aliás amigo do
chefe benedictino, reconhecendo a improcedencia de semelhante
acto, deu-lhe como única resposta a certeza de se conservar fiel
ao Or/. do Lavradio que continuou em seu inteiro vigor.
Eis, pois, ao que ficou reduzido o bombástico decreto do con-
servador, liberal histórico, progressista de hontem, republicano
de hoje, Conselheiro de S. M. o Imperador, e advogado do Con-
selho de Estado de hontem, de hoje e de amanhã, segundo se
deprehende de seus próprios boletins.
C Ti
Março de 1873.
« DECRETO.
" Art. l.° É irrito, nullo e de nenhum
effeito tudo quanto o
Ir.-. Visconde do Rio-Branco e o grupo desordeiro que o sus-
tenta fizerão para o restabelecimento do extincto Gr/. Or/. do
Lavradio.
" Art. 2.° É declarado fora da lei,
da protecção e da com-
munhão maç/. o Ir/. Visconde do Rio-Branco, e bem assim os
demais MMaç/. fautores da desunião da Maç/.
— 199

« Art 3.° São illegaes e de nenhum cffeito todos os actos


núcleo de MMaç/. que se arroga o titulo de
Praticados pelo
Or- do Lavradio; c irregulares e nullos todos os ggr/.,
Gr- os MMaç/. os
maç/. que conceder, c que
honras e privilégios
serão considerados irregulares e fora da commimhao
aceitarem
da«°Art' de tlous mezes
4 • As OOff/. e CCap/. que, no prazo
corte e Nictheroy, e de seis mezes para as das pro-
nara as da
a contar da data deste Dccr/., não prestarem obechen-
vindas, contrario mani-
Oriente Unido do Brazil, e pelo
cia ao Grande
acto que adherem á revolta operada e
estarem por qualquer serão conside-
a esse ajuntamento criminoso,
prestão obediência do do Gr..
radas suspensas, irregulares e eliminadas quad/.
Or • TTnido
«'Art 5>0 Serão consideradas de nenhum efíeito quaesquer
o Gr/. Thes/. do extincto Or/. do Lavradio prestar
contas que
de MMaç, q«e se inütula Gr, Or, e —;
líse Xcleo
não lhe serão atoadas quaesquer somma qu poi
bem eomo a d i gem, f em
ou dos que
ordem da referida parcialidade, o mesmo
como só ao Gr/. Or, Unido devera
dispendidas, .isto
as suas contas conforme o que se acha de-
Gr/. Thes/. prestar
Cre«ao'Gr• tenha entendido,
Secr• Ger/. da Ord/. assim o
cópia do presente Decr/ a
execute e faça executar, remettendo a todos os
do Brazil, e bem assim
todas as AAugv. OOff/.
PPod/. MMaç/. do Univ.'.
« Dado e traçado no Grande Oriente Unido do Biazil, aos
mez de Setembro de 1872 (éra vulgar).
23 dias do
« Joaquim Saldanha Marinho, 33:.
Gr.-. Mest.-. Gr.-. Comm.-. da Ord.-.
« Sob.-.

« Dr. Alexandrino Freire do Amaral, 33:.


»
« Gr/. Secr.'. Ger.-. da Ord/.
- 200

Secção de Correspondência.

Ordo ab Ghao.
(timbre.)
SUPREMO CONSELHO DA BÉLGICA.
Sup.*. Cons.-., aos 21 dias do 9.° mez 5872.
Aos SSob.-. GGr:. llnsp.-. GGer.-., ás PPot.-. MMaçon:. nossas
aluadas e aos Corpos de nossa jurisdicção.

CCaris/. e 1111/. Ilr/.—Temos o favor de communicar-vos que


o Sup.*. Cons/. da Bélgica em assembléa do 20.° dia do corrente
mez elevou á alta dignidade cie seu Pocl/. Sob/. Gr/. Com/, o
M.t0 111/. Ir/. Renard (Bruno), Tenente-General, Ajudante de
Campo do Rei e Inspector Geral das guardas cívicas do Reino.
Este 111/. Ir/, empossar-se-ha em a assembléa que deve ef-
fectuar-se no dia 30 do corrente.
Recebei, CCaris/. e 1111/. Ilr/., nossas fraternaes saudações
pelos n.\ m.\ q.\ v:. s.\ c.\
(Assignados) C. Boorickx, 33:., Lug/. Ten/.
L. Riche, 33:., Secret/. Ger/.
(Sello do Sup.*. Cons.'.)

Ordo ab Ghao.
(timbre.)
SUPREMO CONSELHO DA BÉLGICA.
Sup.-. Cons.-., aos 6 dias do 10." mez 5872.
Aos SSob.-. GGr.-. IInsp.-. GGer.-., ás PPot.\ MMaçon.-. nossas
atuadas e aos Corpos de nossa jurisdicção.

CCaris/. e II11/. Ilr/.— Temos o favor de coinmunicar-vos que


o Ir/. Renard, nosso Sob/. Gr.-. Com.-., Gr/. M.\ do Rit.\, foi
solemnemente empossado nas altas funcções do dito cargo no
dia 30 do 9.° mez lindo.
— 173 —

Secret/., Francisco José de Passos Guimarães, C.\ R.\ $¦/


Thez/., Antônio José Ferreira Monteiro, 30/.

CAP.'. UNIÃO DEMOCRATA, ao Vallc de Ouro-Preto


Arth/., João Antônio da Silva, 32/.
l.o Vig/., Manoel Rodrigues Fernandes, 30/.
o,.° Vig.'., Francisco Teixeira do Amaral, 30/.
Orad.'., José Euphrosino Ferreira de Brito, C.\ R/. $/.
Secret/., Frederico Luiz José, 30/.
Thez.-., Albino de Almeida Porto, C.\ R.\ &.*.

«5ísGa33Q)Q>3Q)Qes^
m -

Bulletin pour TÉtranger

dans le
Quiconque seul à seul réfléchit sur ce qui se passe
morne mouvement antipathique pour les uns et d'attente pour les
nutres qui, dans ce moment, trouble notre paix sociale, n'ose pas
demander si les législateurs du pays, dans leur haute mission,
s'endorment sur les faits d'un clergé étranger qui envahit Tem-
pire et le met dans des convulsions de conscience.
II y a de plus que nous nous trouvons tous lés jours tête-à-
tête avec des ultramontains à paletot, irréprochablement habillés
selon le syllabus, et habilement reprochant toutes les idées, tou-
tes les opinions, toutes les institutions.
II devient Ia mode de voir des lazaristes, de leur parler, de
les visiter et d'avoir 1'apparence d'appartenir à leur intimité. Si
ce n'est qu'une mode, nous en sommes bien, parce que son
règne passera; mais si 1'habitude prend, si le lazarisme nous
reste comme une lourde couche noire sur notre ciei bleu, nous
en regretterons ia trouvaille, et le goút perverti de ceux qui le
protègent. J
Si notre habituelle indolence nous mène à croiser les bras de-
vant 1'insolente croisade lazariste, nous en sommes mal; et il
est certain qu'il nous attend une révolution cruelle et dure con-
tre ce pouvoir détestable des mauvais prêtres déchus en Europe.
Si Ia prudence est le caractéristique des administrateurs du
pays, nous leurs conseillons de mettre main forte dans ces af-
faires des prélats qui portent attente au pouvoir civil.
Les conséquences de ces haines religieuses sont malheureuse-
ment trop connues. L'histoire de tous les temps nous en dit
assez. Que ce beau et jeune pays, qui admet toutes les subli-
mes libertes, poursuive dans sa noble carrière de civilisation et
de tolérance.
Notre institution contemple avec surprise ce qui se passe
dans les dioceses du Brésil; et aussi le trop de patience qu'on
met à. éclaircir ces questions épiscopales contre notre Ordre, ad-
mis et accepté dans 1'Empire dès son indépendance.
— 203 —

et
Que le gouvcraement imperial y preto peü d'attention,
nous aurons le malheur de commencer à sentir les inconvénients
de ce pouvoir clériçal intolérant dans Ia famille même. La
femme portera en silence une certaine méfiance du mari qui est
franc-maçon; les filies s'écarteront de leur pèrc, parce que leur
confessem-, leur guide d'âme et de conscience, leur aura debite
Tout ceei se pas-
quelques leçons contre Ia franc-maçonnerie.
será comme une convulsion interne, dont les résultats sont faci-
les de prévoir.
Ce pouvoir vilain qui saisit brutalement Ia conscience des gens
cc qui, comme un oiseau de proie, plane sur Ia
pieuses, pouvoir
famille, sur les faibles et les trop scrupuleux, doit trouver dans
les sociétés véritablement chrétiennes des obstacles invincibles,
une barrière solide contre son invasion. Les laisser librement
agir dans leur petite guerre d'infamie, c'est une lâcheté, c'est
un crime de lèse-société.
— Par nos réfutations solides et consciencieuses le monde
franc-maçonnique qui nous lit aura pu comprendre 1'acte néces-
saire de notre séparation d'un fragment de notre corps, qui
n'est pas recommendable par son irrégularité et de folies aspi-
N'ayant besoin de défense dans nos actes, nous ne
rations. pas
faisons que nous expliquei-, faisant Ia lumière dans les obscuri-
tés de compréhension, rendus encore plus épaisses à force d'ha-
une
bitude de ne lire qu'un nom, de ne se correspondre qu'avec
seule et cléterminée individualité. t .
Le monde indolent se trompe: comme le monde, notre ms ti tu-
tion marche aussi. Les noms n'y sont pour rien: c'est dans les
idées et leur prógrès que se basent Ia civilisation et rutilite de

Et c'est maintenant 1'occasion d'évoquer les Gr:. Log,-. d'An-


et dTrlande, leur demandant le moyen de ne pas consen-
gleterre
tír am dissidences, quand elles ne sont qu'un tnbut necessaire
de 1'esprit de congrégation dhommes. ;
Et que ces Gr.-. Log.-. ne se contentent pas de nous repondre
¦¦¦

II aurait danger d'en pressentir un


$ toujours: non possumus. y
de Ia tyrannie en fait de liberte de Ia pensee.
peu papale Corps res-
Mais cette grande injustice ne será pas faite à ces
espérons posseder
pectables, que nous vénérons et dont nous
Ia confiance et Ia reconnaissance.
— 204 —

Non possumus ne será pas dit à ceux, comme nous, qui nous
rendons dignes par nos actes et nos idées de progrès de posse-
der 1'amitié et Ia confraternité du vénérable craft d'Anglcterre
et dlrlande. ün respectable Fr.\, issu de ces (ir.-. Log.\, est
dans ce moment-ci dans notre ville, et averti de Ia vérité de
notre conduite nous rendra justice pleine et entière.
Parce qu'il faut que le monde entier sacbe bien, que Ia franc-
maçonneric au Brasil, qui, jusqu'ici n'était qu'un corps de faible
vie, a repris toute 1'activité, toute Ia force de cette digne Insti-
tution.
Nous avons retrempé nos forces dans une activité louable, et
notre Gr.'. MahV. nous donne 1'exemple de Ia prudence Ia plus
digne de 1'homme, et de Ia tenacité Ia plus recommendable chez
ceux qui sont chargés de Tépandre Ia lümière dans les sociétés
; obscurcies par les idées des deux pouvoirs exorbitants de Vac-
k tualité.
A tous ceux qui nous lisent nous recommandons Ia lccture de
notre article qui est une étucle sur ces deux pouvoirs, et qu'on
: trouvera à Ia section ãogmatique.
Nous combattons les excès, les exorbitances, 1'égoísme, Ia
cupidité, Ia tyrannie, le despotisme et Ia licence dans le pouvoir.
Nous voulons Ia vérité et Ia justice.
Nous voulons 1'éducation telle qu'elle doit etre, et rinstruction,
qui est Ia vie de 1'esprit et le garde de Pliumanité qui marche.
Car Téducation telle qu'on nous Ia donne, et rinstruction telle
qu'on nous Ia fait, a, sans doute, chez tous les peuples une fâ-
cheuse infiuence dans Ia vie sociale et aussi dans le développe-
ment physique de rhomme.
Puisque, comme dit Longfellow, Ia vie est — eamest and real
—rendons-la sérieuse et réelle.
L'enfant est encore malheureusement un jouet, un objet d'amours
insensés et stupicles.
La filie est généralement une petite poupée, à Ia portée des
gens du monde, qui s'habille et se íneut selou des conventions
ridicules du higli life.
On ne les aime pas; on les gâte. On ne les guide pas; on
les nourrit contre toutcs les règles. On ne les conseille pas;
on les laisse faire selon leur caprice.
L'enfant d^aujourdliui est moins garanti que les plantes pré-
- 205 —
é

férees. Celles-ci on les fait pousser suivant des rcgles invaria-


bles. Celui-là pousse selou sou caprice, celui de sa gouvérnante
stupide, et ses parents par tròp occupés de leurs réceptions et
do leurs aftaircs. L'enfant dans Ia famille est sans doute de-
venu uu objet secondaire.
Voilà Ia sourcc do Ia fàtuité, de Ia volubilité, du manque de
caractère, de Ia colore facile et de tontos les misérables faritai-
sies que nous déplorons dans nos sociétés.
La phrase expressivo et eloqüente de Michelet en vient, sans
doute: Le caractère, le bon sens sont rares, lesprit est vulgaire.
Ccs paroles sages étaient lancées à un peuple qui fait rire le
monde et lui âpprênd 1'usage du calembourg et dos bons móis!
Sans doute une triste mission chez un peuple civilisé.
Cest vrai que ceei était dit á un peuple qui a poétisé les
Vieux Garçons —Les Femmes de marbre — M.n° Thérèse et toute
Ia corruption possible chez les hommes.
Encorc deruièrement sc présenta à Ia curiosité blasée des lec-
teurs et lectrices de Franco le fameux Ilomme-Femme qui devait
agacer cette curiosité demi-morte.
La France eníière Pa lu; le monde l'a lu aüssi.
Et de tout ceei s'en suit que notre race latine, malheureuse-
ment, entre les mains de sou représentant—le peuple français
-s'aPproche de plus ou plus de 1'âge ou les desvergimdores
d'Espague avaient le privilège de courir Ia voie publique a Ia
chasse de ses victimes.
Savez-vous cPoú vous vient Ia possibilite de votre Homme-
Femme ?
De 1'éclucation que vous donncz à vos enfants par le moyen
de vos bonnes, de vos pensionnats et de vos moeurs.
Cuirassez vos fils contre Ia pourriture de vos cafés chantants,
de vos clubs et de vos bals publies.
Donnez plus d'instruction et moins cPamusements.
Érigez plus cPécoles et moins de théãtres.
Mais conservez les hôpitaux, assainissez-les et donnez-leur un
de religion les qui sont nomhreux dans
peu pour que pauvres,
vos riches sociétés, aient un lit pour les misères des épidéimes
de vos villes encoinbrées et une prière pour le bon Dieu qui
leur permet Ia mort tranquille et juste.
Cest de notre compétence cie revenir sur ces idées qui font

¦
— 206 -

le tour du monde. On en parle partout. On les discute. Nous


ne consiste pas à
y avons aussi notre part, puisque notre tache
penser tout bas.
— Notre premicre tênue du Gr/. Or/. du Br/, eut lieu le
22 Mars.
Le concours des FFr/. fut extraordinaire. La curiosité agaçait
tous les esprits: on voulait savoir oii on en était à 1'égard des
affaires religieuses de Pernambuco.
Notre Souv/. et três Ch/. Gr.-. Mait.\ était à l'autel. En
eífet nulle autre tênue depuis les clernières fut si pleine d'intérêt
et de gravite que celle-là.
Outre des affaires complexos à charge du Secretariai, des ex-
de notre
plications furent demandées dans des termes dignes
Institution, auxquelles le Gr/. Maít/. répondit cVune manière ca-
thégorique.
Nous n'avons nul droit de punir, nul droit d'être durs envers
les affaires de 1'État. La loi y est pour notre garantie; mais
cette loi exige des démarches sérieuses et réguíièrès. Ce tfest,
certes, pas permis de dite à Ia loi, de dire à 1'État: nous ne
voiãons pas.
Au point de notre civilisation, ayant égard aux rapports de
notre société avec 1'Église, il nous faut de Ia prudence et de Ia
justice pour porter coup legal aux débordements du pouvoir
clérical.
Nous avons admis Rome à notre pacte social; et Rome y est,
selon Ia loi, armée de pieds en cap contre Ia société qu'elle se
plait à classifier de secrète; mais qu'elle n'oublie pas que ces
actes solennels sont sujets au placet imperial.
Le pouvoir civil y pourvoit; et dans ce moment-ci il suit ré-
gulièrement son droit de recours à Ia couronne. La justice ne
se fera pas attendre. II est à nous, gens honnêtes et raisonna-
bles, de savoir attendre prudemment Ia décision certaine en no-
tre faveur.
Jusque-là il ne faut pas faire d'injustices, et encore moins
mal juger ceux qui sont chargés de Ia défense de nos lois et
de Ia défense et dignité de notre Ordre Souverain.
Qu'on ne se trompe pas aux discussions vulgaires de quelques
législateurs ultramontains par^caprice, qui, dans leur inconvénient
langage, prouvent qulls ne sont que des tartufes à habit noir,
— 207 —

et aussi à noires intentions. Ils ne font que jouer le role


cVinvalides dans ce pays oü Ia grande nature expressive nous
déploie à chaque page les charmes du progrès et Ia beauté de
Ia vraie religion d'amour et de tolérance.
Ce peuple franc-maçonnique, que le pouvoir romain feint ne
tolérer, est exactement celui qui rehausse les vertus chré-
pas
tiennes en les admettant toutes; il chasse le mal, Ferreur, le
trafic qu'on veut ti toute force introduire dans nos rangs ca-
tholiques.
Nous avons aussi le droit sacré de llhonnêteté qui se revolte
contre rimpositioh absurde et despotique de quelques evoques
impruclents et irrétiéchis.
Soyons pour notre part, tolérants et réfléchis; n'agissons
brusquement, d'autant plus que Ia loi nous montre le
jamais
chemin loyal et régulier de notre procès contre ceux qui nous
oppriment.
Et puisque nous ne prétendons pas détruire Ia société, mais
1'éclairer, ayant soiu que nos actions ne se présentent pas comme
celles des hableurs communistes, ou des maladroits étourdis.
Laissons aux dissidents de notre Ordre le langage vulgaire et
démesuré, les longs discours qui mettent tous et tout à feu et
à fer, et surtout rinconvénience des représentations incapables
et mal adressées.
Nous sommes-là, fermes et silencieux, au poste oü nos pères
nous confièrent Ia franc-inaçonnerie. D'une manière digne de
nous nous Ia sauverons des griffes iiltramontaines: Ia loi et les
idées généreuses sont de notre côté.
Sachons attendre; mais sachons combattre franc-maçonnique-
ment, c'est-à-dire, avec décence et avec amour à Ia vérité et à
Ia légalité en toutes nos actions.
Parce que nous autres cbrétiens nous respectons Ia loi et
nous vénérons 1'Évangile; donc notre conscience est tranquille et
notre cause est juste.
Demandez à ceux qui étaient captifs si nous n'aimons pas Ia
liberte de nos semblables en détruisant dans Taffranchissement
leurs fers de cantivité!
Demandez à ceux qui avaient faim et soif si jamais nous leur
avons refusé l'eau et le pain du corps!
Demandez aux malheureux poursuivis par Ia misère si toujours
5
¦¦:¦»¦¦. '
,'.' .

- 208 -

nos bras et nos coeurs n'étaient pas ouverts pour les embrasser et
Ips consoler!
Demandez aux orphelins et aux veuves si toujours nos portes
n'étaient pas grandement ouvertes pour les fairc entrer jusqu'à
autels, ou il a un grand dépôt de caresses, de bontés, de
nos y
conseils, de protection et d'aumônes!
Demandez aux invalides et aux malades si nous ne consolons
et si nous n'allons pas à côté de leurs lits leur offrir nos
pas
services et notre piété!
Et si nous avons toute cette richesse pour rhomme necessi-
toutes
teux, si nous avons des larmes pour toutes les peines et
les douleurs, pourquoi n'aurions nous pas un peu de compassion
tous ceux qui errent sans savoir ce qitils font, et un peu
pour
de patience pour souffrir les coups que nous portent les envieux
de notre grave et sainte mission?
Ils en veulent à nos mystères. Mais nos mystères ne sont
et chrétiens: la main gaúche ignore ce que donne la
que généreux
droite. .
Est-ce de Yimpiété de suivre la parole pieuse de 1'EvangileV
Est-ce à une telle Institution que Rome en veut?
Cest possible qu'il y ait là, en Italie, une association ou des
sociétés quelconques qui, sous le nom franc-maçonnique, abri-
tent des idées politiques; nous avons ici la parèille sous le titre
orient uni des benedictinos. Ce qui est certain et juste
grand
d'affirmer, c'est qu'au Brésil l'Institution franc-maçonnique, celle
Vai.', du
qui a pour véritable centre le Gr.-. Or.-. du Br.-, à la
Lavradio, garde toutes ses saintes doctrines, toutes ses fins
pieuses, toutes les libéralités et les libertes des idées généreuses
et dignes, et tout ceei sous 1'empire brillant et pur de la tolé-
rance la mieux comprise.
209

Secção Noticiosa

Revista Estrangeira.
da Loj.-. «Clemente Amitié,,,
Franca.-^ sessões magnas
Dezembro de 1872 e 2 de Janeiro do cor-
oÊS m 11 de ura numeroso audttono
«nt ato o Ir.-. Massol orou perante
c^urp ns nrincipios da moral independente.
S°o e^ da
do Ir.-. Bouttevffle
ZSZ era memória e Acc.-., foi maugmado
Tni- «Mutualité,, do Rit.-. Esc. Ànf.
Loj . ™al"e" cemiteri0 de Mont-Parnasse.
"0Et da obra intitulada La «»W
I • W not «r e autor

ultramontano e as syrapatlnas un,


to! eternas do partido
~£2Z££Z
individnos de todas **£.
representantes do povo, V^^^^^e ntara» a
arlistas e estudantes cora suas presença ojtornem^^
>"a sa *rn pu
consideração que u ^
bondoso, cuja memória ia perpetuai,
Jlâ™f nessa occasiao pelo Ir,
discurso foi pronunciado
Loj.'. " Mutuahte ,^ yaugirard, ceie-
Bagnaux, Ven.'. da Oi de Vaug
1 Loj.-. «Les Zélés Philantropeso
no dia 18 de Janeiro, sob .;«£*» :t*í*À*
toou meio ££de
Allonier,seuVen.-., a festa solsticial por
Maçonico. ,.. d tar as crianças de
Nesta solemnidade a Loj.. resoiveuobv-^ouqualquer «
ambos os sexos, fflhos de qualquer~£*£*»*mJ ^
eoratanto que seja provada a dipl0.
Ma,-., Bei,"M!_rata
A cada criança assim ^P™. 0 seu nome.
do prata com
com
ma de pergaminho e uma medalha
Depois da festo houve Vf'tlonS ao °"- de
Le.Pító'
Cosmopol^-
A Loj.'. "La Clemente Amitie ulene>
de Ja»erro s.Mjre
celebrou no dia 18 sessão ^ ^
bourgeois, a festa solsticial. Nesta
— 210 -

Ilr.-. Duhamel, Ferdeuil, Poulle e Vienot, membros do Cons.-. da


Ord/., medalhas e diplomas honoríficos.
Os Ilr.-. Famelard Thevelin e Nivert, membros da Loj.-., fo-
rao mimoseados com varias prendas como recompensa de seus
serviços.
A Loj.-. "La Cosmopolite„, ao Or.*. de Vichy, dirigio a todas
as suas co-irmãs a seguinte circular; " Caríssimos Ilr.-. —A
Loj.*. " La Cosmopolite de Vichy-les-Bains „, em plena actividade
de trabalhos desde a sua installação effectuada ha três annos,
aspira ser durante a estação dos banhos o centro de reunião
dos Maçons dos dous hemispherios. Auxiliada por grande parte
dos membros do Conselho da Ord.-. do Gr.-. Or.-. de França e
por seus correspondentes das LLoj.\ da Hespanha, da Inglaterra
e da America, que são seus membros honorários, ella tem ten-
tado, aproveitando-se da situação da mais importante das cidades
thermaes de França, o estabelecer este centro de reunião. Para
alcançar tal fim quer erigir um Templo digno de seu nome e
destino e dedical-o á Maçoiv. universal. Seus recursos, não
sendo sufficientes, visto como ella desejava fazer desse Templo
um asylo gratuito para os Maçons enfermos que tenhão de re-
correr ás águas de Vichy em busca de saúde, vê-se compellida,
tanto para a construcção do Templo, como para auxilio dos be-
neficios que se propõe a prestar, a solicitar os donativos das
LLoj.-. francezas e estrangeiras. La "Cosmopolite de Vichy,,
não^ é somente a Loj.-. da localidade onde funcciona; ella é e
será a Loj.-. de todos os lugares onde a Maçon.-. tem espar-
gido sua lei de Fraternidade e Beneficência, o que pôde ser
testemunhado pelos visitantes de todas as partes do mundo,
que ella tem tido a honra de receber, e por sua excepcional
situação cabe-lhe a missão de ser um dos laços da Maçou.-,
universal.
" Ella é independente e
" Tornando-se o quer a Liberdade.
ponto de reunião de todos os Maçons do
globo, ella proclama a Igualdade.
Desejando praticar o bem, ella cumpre o
_« preceito da Frater-
nidade.
¦* Em razão do que ella dirige-se aos Maçons
e lhes diz:
Vinde a mim e ajudai-me. Auxiliai-me a construir o nosso
Tem-
pio, que será o vosso, em beneficio dos que soffrem; e assim
— 211 -

obrando, lembrai-vos que pondes em pratica os princípios que


sao nossa Fé, nosso Laço e nosso Futuro.
" As subscripções devem ser dirigidas ao Ir.*. Saugère, agent-
voyer à Vichy (Allier). „
As LLoj/. de Bordeaux tencionão effectuar uma sessão fúnebre
em commemoraçâo de todos os seus membros que fallecerão de-
pois de 1870.
O celebre artista dramático, o nosso Ir/. Bouyer, á quem a
Maçon/. é devedora de ver sua doutrina posta em scena no
theatro francez de Nice representando a comedia composta pelos
nossos Ilr/. Ch. e Aug. Beaumont, foi extrema e calorosamente
applaudido, sendo-lhe oífertado duas magníficas coroas de folhas
de carvalho de ouro e uma riquíssima palma.

Itália. — Começou a publicar-se em Milão um jornal maçon/.


com o titulo La Luce echo de Ia Constituante maçonnique. Seu
reclactor é o Ir/. Dobelli.

Utoma. — A Loj/. "Roma e Constituente,, elegeu no dia 29 de


Dezembro do anno findo os seguintes DDigv. para o anno
de 1873:
Ven/., Nino De-Ancireis.
l.° Vig.\, Francesco Bennicelli.
2.° Vig.\, Cario Santambrogio.
Orad/., Antônio Petroechi.
Secret/., Luigi Martoglio.
Thes/., Settimio Parboni.

'Piacenza. — A Loj/. "Roma Nuava,,, composta dos mais


distinctos habitantes dessa cidade, tem, grangeado uma influencia
immensa.

Fossola. — Installou-se nesse Or.'. uma Loj.-. com o seguinte


titulo clistinctivo "Mazzini Risorta,,.
— 212 —

Zivomo.—k Loj/. "Cario Bini,, procedeu no dia 30 de De-


zembro á eleição de seus DDig/. para o corrente anno maçon.-.
5873.
Ven/., Ugo Bettini.
1.° Vig/., Angiolo Menici.
2.° Vig/., Antônio Rosellini.
Orad.-., Temistocle Patrizi.
Secret.-., Tommaso Ciotti.
Thes.-., Leopoldo Stocchi.

Arezzo. — k Loj.-. "Cairoli,, desse Or.-. cada vez mais tem


augmentado em numero de adeptos e mais influencia tem ad-
quirido.

Camerino. — k Loj.-. "Valle dei Chiento,, em nada tem des-


merecido das nobres tradições da Loj.-. sua base.

DDig.-. da Loj/. "Libere Torri,, para


Tolve.- Forão eleitos
o corrente anno maçon/. 5873 os RR.'. Ilr/.:
Ven.-., Rocco Salbitani.
l.« Vig.-., Pasquale D'Auria.
2.° Vig.-., Michele Biscione.
Orad.*., Giuseppe Cavallo.
Secret/., Lorenzo Predone.
Thes/., Multia Nicola.

Inglaterra. — A Gr.-. Loj/. de Inglaterra effectuou no dia 4


de Dezembro do anno findo a sua sessão trimestral. Foi presi-
dida pelo seu Gr.-. M.\ Ô Marquez de Ripon, servindo de 1.» Gr.'.
Vigv. o lord Tenterden, de 2.° Gr.-. Vig.-. o coronel Lowry
Cole. O numero dos Ilr.-. presentes foi immenso. A Gr/. Loj.*.
foi aberta segundo o ritual, oecupando o cargo de Gr/. Secret.'.
o Ir/. John Hervey.
O Gr/. M.\ solicitou das LLoj.-. a mais escrupulosa circums-
pecção na admissão de profanos.
— 213
No-
A Gr'. Loj.*. Prov.'. de Durham reunio-se no dia 12 de
sob a presidência do seu Gr.*. M.\ o Ir.-. Faweett. Es-
vembro
tiverão presentes 140 membros.
dar 50 libras esterlinas ao Instituto maçonico de
Deliberou
52 ao de meninas, 25 ao dos velhos e 25 ao das viu-_
meninos, _
vas dos maçons. _
de "Curwcn,,.
uma Loj.-. com o titulo
Installou-se em Harrington
• é o Ir.-. Alfred Curwen. A ceremonia da consagra-
Seu Ven
foi pelo Ir.-. WhiUvell, Dep/. do Gr.'. M/. Prov.-.
ção presidida
de Cumberland e Westmoreland. da distri-
Em Dublim houve uma grande festa por oceasião
aos alumnos da escola maçon.'. dos orphãos.
buicao dos prêmios
Ir/. Duque de Leinster, Gr.'. M.-. da Irlanda.
Foi'presidida pelo
\
—-

e Irlanda. -A Gr.-. Loj.-. da Escossia reunio-se


Escossia DDig.-.
do anno findo e elegeu como seus
no dia 2 de Dezembro
os RR.'. Hr.-.:
Gr.-. M.\, o Conde de Rosslyn.
Gr.-. M.\ Adj.-., o Conde de Dalhousie.
Dep.\ do Giv. M.-., Shaw Stewart.
1.° Gr.-. Vig.*., o coronel Campbell.
2.» Gr/. Vig.'., o Conde de Kellie.
Gr.-. Thes.-., Samuel Hay.
Gr.-. Secret.-., Alexandre Stewart.
Gr' Capei/., John Laurie.
maçonico de meninas procedeu no dia 38 de m-
O Instituto real Wentwo
de seu Secret.-., sendo eleito, o Ir.:
vembro á eleição uma
«Surrey Masonic Hall Gompany
Installou-se com o titulo n n e a
2,000 libras esterlinas, cujo
sociedade com o capital de as LLoj..
construcção cie um Templo maçon.-. onde funccionem
da parte meridional de Londres.

Henrique (Duque de Cia-


Tlymoulh.-O Príncipe Guilherme
9 de Março de 1786 na Loj.-. n. 86, ao
rence) iniciou-se em
0l0 de 1790
Üuque Twellington iniciou-se em 7 de Dezembro
da qual era Ven..
na Loj.-. n. 494, ao Or.'. de Irun (Irlanda),

m.
K
- 214 —

seu irmão William Ellioíf. Pouco tempo depois cie sua iniciação
esta Loj/. foi trasladada para Dublim.

'Portugal. — A Cr.-. Loj.-. do Gr.'. Or.*. Lusif. Unido resol-


veu, por proposta do seu Gr/. Secret/. o Ir/. Henrique Prostes,
dirigir um voto de louvor ao Ir/. Cavour, Gr/. M/. do Gr/.
Or/. de Hespanha, pelo liberal e humanitário projecto aprescn-
taclo ao parlamento sobre a emancipação dos escravos em Porto-
Rico.

Slockolmo. — Gustavo, Rei da Suécia, foi iniciado em 24 de


Setembro de 1793 na Gr/. Loj/. de Stockolmo.

Alaska. — Em Ipsilon existe um Maç/., que julgamos ser o


decano da Maç/. Chama-se Russé e conta 115 annos.
Por uma graça especial foi iniciado aos 18 annos em uma
Loj/. das fronteiras cia Pérsia, É por conseguinte maçon ha
97 annos.
Ainda que debilitado pela velhice, professa dedicada vocação á
nossa Subi/. Orei/.
Saademos o venerando ancião pela trip.\ bat;.!-

Ustados- Unidos. — No incêndio de Chicago ficarão complc-


tamente destruiclas 17 LLoj/., 2 CCap/., 1 Cons/. e mais
6 Templos do Rit/. Esc/. A perda material da Maçon/, em tão
lamentável suecesso calcula-se em 90,000 clollars. Apezar dessa
adversidade, o ardor maçon/. dos nossos Ilr/. americanos não
arrefeceu. A Com/, maçon/. de soecorros clistribuio mais de
80,000 dollars.
A instituição dos "Odd-Fellows„, que muitos confundem com
a Maçon.-. pela sua analogia, conta nos Estados-Unidos 3,195
LLoj.-. com perto de 250,000 associados. Esta instituição pos-
sue um capital de 50 milhões de clollars.
Existe em Ohio uma sociedade clericaí com o titulo de "So-
ciedade anti-secreta,,, a qual attribue a Maçon/. e aos maçons os
crimes e os vicios os mais nefandos. Seu fanatismo patentêa-se
- 215 -

até nos actos religiosos, a ponto cie aconselharem o extermínio


dos maçons por' meio cio assassinato. Um de seus fanáticos
membros incendiou um Templo maçonieo.

Tensrylvania.—O general Jorge Washington foi eleito Gr/.


M.\ Ger.\ da Maçon/. em Janeiro de 1780 pela Gr.'. Loj/. da
Pensylvania, a qual, em commeinoração de tal eleição, mandou
cunhar uma medalha de prata que ainda hoje pôde ser vista na
mencionada Gr.-. Loj.-., ao Or.-. de Philadelphia.

Chile. — A Maçon.-. progride neste paiz. O numero de LLoj.\


augmenta e activamente trabalhão em fundar escolas publicas
gratuitas.
Republica ?Domimc<hM. — k Gr.-. Loj.-. Symb.-. do Gr.-.
Or.-. N.-. da Repubica Dominicana elegeu no dia 21 de Dezem-
bro do anno findo seus GGr.-. DDigv. e OOff.\ para o anno de
1873, E.\ V.-., os quaes forão empossados no dia 28 do mesmo
mez. Forão eleitos:
Gr/. M.\, Domingo Rodriguez, 33/.
Dep.'. do Gr.*. M.\, Noel Henriquez, 33.-.
l.° Gr.-. Vigv., Dionisio Camarena, 32.'.
2.» Gr.-. Vigv., Juan de Ia Cruz Alfonseca, 3,*.
Gr.-. Orad.-., Santiago Geraldino, 30.-.
. Gr.-. Secret.-., José de J. Castro, 33.-.

2enerlfe.-^à Loj.-. "Teide,, foi proferido por uma Ir.-,


nossa, cujo nome heróico é Caridade, um brilhante discurso, do
extrahiinos o seguinte trecho: " Causa-me summa dôr não
qual
vêr entre vós outros seres de meu sexo. As mulheres também
têm uma missão honrosa a cumprir no mundo maçonieo; cum-
pre-lhes velar á cabeceira do infeliz enfermo e cuidar dos hino-
centes orphãos, e como tal seus serviços são mui proveitosos.
Iniciai pois vossas filhas, vossas esposas, e não as desprezeis
de
por serem fracas e humildes, lembrando-vos de que o grão
areia que ellas podem trazer para ajuda do templo que se erige
á Gl.-. do Gr.-. Arclv. do Un.-. não deve ser menosprezado. „
6 ./
/
— 216

Noticiário Interno.
•4-

PROFANO " A REFORMA „.— Este Journal pour


O JORNAL
todas as capadoçagens e que se apropriou de
rire, que advoga
todas as rasteira de que usou o seu folhetinista quando pequeno,
e gordo e rochunchudo, vem de novo
e mesmo quando grande
de estylo rasteiro ao nosso macarronismo ou linguagem.
manias o dicterio e chocarrice, e que deveras
Ha destas para
fazem rir a gente.
assalariado;
Aqui -Sr folhetinista capadocio, não ha escnptor
lá, seu arraial, os ha por demais assalariados.
mas por pelo
demais, deveras para escrever-se o que a
Dizemos por porque
diariamente, para jogar os disparates como faz,
Reforma escreve
fazer de ignorância em linguagem e má fé em apre-
para praça
o capadocio
ciação, qualquer pequeno salário deveria contentar
pscrintor
Mas este paiz é um seio de Abrahão para todas as incapaci-
hilariantes e todas as possibilidades rasteiras de um
dades para
jornalista.
Vá-se entretendo comnosco, vá fazendo o triste papel de vos
como não ser, que teremos a cautela e pa-
apresentar podemos
e
ciência de lhe ir castigando os assomos da ousadia estudada paga.
As suas portuguezagens vão servindo de thema crescente a
este que lhe dá estas noticias.

ACTIVIDADE DE NOSSAS OFFICINAS. - Apezar da alta


temperatura que nos opprime desde | mez de Janeiro, apezar
da peste que dizima esta cidade, nossas LLoj.'. coiitinuão seus
labores semanaes com aquella actividade digna de obreiros da
paz e da caridade.
E como a morte e a miséria nunca enlutárâo tanto esta cida-
de como nestes três mezes, lá estavão os pios companheiros dos
soffrem, nelles, prevendo as suas necessidades e
que pensando
consultando-se sobre os meios de levar o pão e o óbolo á casa
dos orphãos abandonados e das famílias desconsoladas.
217

'da
tantas lagrimas, tanta melancholia por abi a demandarem
Ha
Cruz, que urgia que os humildes obreiros do honesto
os pés
e da desconhecida beneficência se congregassem para
trabalho
fim tão importante e serio.
isto, é nobre e justo, venhão os baldões, venhao
Feito que
venha a excommunbão ultramontanos dar brilho e realce
injurias,
não desdenhão uma coroa de espinhos no meio das
áquelles que
arraiadas de diademas de ouro e rubins.
pompas é aquelle
Ha uma humildade que engrandece magestosamente,
apodos dos encarrega-
do que se cala perante as injustiças e vis
dos de fazer mal seja lá como fôr.

OR.-. no dia 22 do corrente. - Foi grande a


SESSÃO DO GR/.
de RR.'. II.'. e de magna importância essa brilhante
concurrencia
nosso Sob.-, e Caro Gr.-. Mest,- Depois
reunião presidida pelo appro-
foi considerável, depois da
da leitura do expediente, que
vários das CCom.-., passou a assumpto que
vação de pareceres
havia despertado altamente a curiosidade maçomca. un-
O acto de um bispo do norte do Império, assignalado por
interdicto a irmandades que contão em seu seio, quasi
prudente era e e o
em sua totalidade, membros de nossa Instituição,
e particular, e portanto en-
thema da discussão diária, publica
nosso templo augusto, e ahi recebia esclaie-
trára ás portas de
discussão animada, vigorosa, mas calma e
cimento e offerecia
não entra o escândalo nem
Para dentro daquellas columnas bis-
Actos emanados de
tão pouco a dura intolerância. ^mens
ou não, elevem passar pelo cadinho da in*»*^J^™
pós analysa, e a cultura os
desprevenida e elevada os commenta e
condemna ou reprova. .a mu. .; .
Maçonaria a maldição calculada e
Arrojou-se contra a
e maçons arremessou o episco-
ria aviltante. Contra catholicos
pado de Pernambuco injustíssimo interdicto.
Se foi ou não precipitado e duro, sua »«fj;»«
da cabala ou propaganda tem a consciência
é que nestas cousas
o acto depois de o
ti ZTgÍ: Or,. reunido considero»
historiado e commentado, e o condemnou,
haver luminosamente
! 'vi
- 218 -

deplorando o papel menos digno que o prelado cie Pernambuco


representara.
Temos leis respeitáveis que nos regem, e temos também, por
lei, deveres e obediência a guardar para com os chefes de nossa
crença religiosa; e se não temos nem deveres, nem obediências
a observar, temos, ao menos, aquillo que se exige de qualquer
homem de bem, — a cortezia e a polidez em todos os nossos
actos, para que a discussão não se torne invectiva, grosseira ou
disparatada imposição, mas o resultado do culto raciocínio e da
comprehensão dos deveres.
Não queremos ser nem ultramontanos, nem communistas; aspi-
ramos os foros de homens justos e livres, que se não prestão
nem á contenda odiosa, nem ás declarações virulentas e au-
dazes.
Jamais vimos o nosso Sob/, e caro Gr/. Mest/. tão elevado
em suas luminosas apreciações respeitosas, nem tão inspirado
em sua posição maçonica.
Levou o convencimento a todas as consciências; e perante a
sua voz autorisada calárão-se algumas pequenas velleidades de
desforço e represália.
Com elle nós esperamos que se fará justiça á instituição civil
violentada, e á nossa Instituição menos bem avaliada.
Está na consciência de todos o que nós somos e o que recla-
mamos da humanidade e do Estado.
Não iremos accender o facho da revolta na praça publica, por-
que nos disserão: non possumus!
Não levaremos o brandão incendiado ao palácio episcopal,
porque não se presta nossa consciência e nossa razão á revolta
brutal.
Não argumentaremos como grosseiros reclamantes, porque
nenhum homem, segundo as nossas doutrinas, pôde ser entre
seus semelhantes autocrata e impor suas idéas, ou menos cortez
quando a lei lhe faculta o recurso á coroa, sem duvida meio sa-
grado e autorisado para reprimir excessos de um prelado.
Se pois, por direito, são nossas essas armas permittidas, para
que a revolta absurda, para que o frenesi na representação,
para que a injuria na discussão?
Não imitemos o ultramontanismo intolerante e ousado; sejamos
coherentes e sejamos prudentes, para podermos conservar a esta
— 210 —

—a
nossa Soberana Instituição a honra que sempre lhe coube
de ser honesta, livre, tolerante, culta e pia.

O JORNALISMO PROFANO.—Desde que no nosso corpo ma-


çonico se derão as dissidências (pie lastimamos, e para as quaes
nós, os homens do Lavradio, em nada contribuímos, para que
tudo se profanasse, e para tornar o perjúrio mais eloqüente, re-
correu-se ás columnas do jornalismo profano, e abi em artigui-
nhos semsaborões, apoucados e chocarreiros, que só provão a
falta de coragem e de razão de seus autores, pretende-se man-
char reputações firmadas e nomes caros á nossa Ordem.
É uma mania que tem suas épocas epidêmicas. É um gráo
de demência produzido pelo caracter odiento ou pela nauseabunda
cabala.
Ninguém indaga se se pôde passar por indiscreto ou leviano.
Ninguém pensa nas conseqüências da diatribe ou do epigramma
estúpido.
O Diário do Rio de Janeiro tem sido ultimamente o asylo
desses publicistas escuros e anonymos, que mesmo ninguém pôde
comprehender o que querem e para que vêm a lume.
A Reforma deu ex-caihedra o exemplo dessa semsaboria trua-
nesca (termo que é seu predilecto) e com o que pretende fazer
rir a população do Pão de Janeiro que a não lê.
Fora melhor que a Reforma se atirasse aos que fazem poli-
tica, e nos deixasse a nós que seguíssemos o nosso caminho, de
certo bem differente do seu.
Nós caminhamos para o inundo das idéas generosas, e a
Reforma faz a romaria até chegar á sua Mecca, onde lhe luzem
os cabedaes dos seus grandes prophetas.
Vá por abi, embora; nós cá, vamos por outro rumo.
E se lhe não agradarem estas observações, contente-se em
não serem feitas com a mesma acrimonia do seu estylo do
folhetim, ao domingo.
Já lhe promettemos que havemos de lhe castigar sempre os
assomos de sua altivez, e o faremos com inalterável serenidade,
sem comtudo imitar o seu vocabulário de discortezia truã e rasteira.
- 220 —

. PROGRESSO DA MAÇONARIA NO BRAZIL.—Jamais teve a


nossa Instituição época- tão brilhante e tão animada como a pre-
sente. De todas as províncias temos constante e regularmente
noticias de LLoj.\ adormecidas que despertão ao som do ma-
lhete, guiado por mestres intelligentes e dedicados, ou então de
novas OOff.'. que se vão creando sob os auspícios de respeita-
veis Ilr.-. provectos e diligentes.
Nesta vida maçonica, neste movimento de hoje, podem nossos
inimigos ou aquelles que nos não conhecem avaliar o que vale
a nossa Subi.'. Ord.-. perante a civSisação e o progresso das
liberdades humanas.
Lastimamos do fundo d'alma, nós os maçons catholicos do
Brazil, que injustas apreciações da Cúria Romana nos contem no
numero dos secretos carbonarios ou profanos conspiradores que lhe
movem guerra.
Ê possivel que acerca do poder temporal tenhamos nossas opi-
niões respeitáveis e justas; mas disto, que é razoável, á odiosa
imposição vai grande distancia.
do catholico a obediência; mas o que delle se não
Quer-se
deve exigir é a vassallagem, que torna mentecapto o homem, e
o prende n'um repulsivo grilhão de heresias e sacrilégios.
A doutrina de Nosso Senhor Jesus Christo, que veneramos e
adoramos, não nos conduz á vassallagem, nem á cegueira da
obediência passiva; é um céo de liberdade aberto no campo hu-
milde que encerra os arraiaes dos obreiros da verdade, que ado-
rão a Deus e prezão a virtude.
Nossas mais nos disserão, e são ellas mestras sagradas: que
a humildade do Nazareno é a magestade de todos os dons e de
todas as qualidades.

Disserão-nos: que essa humildade nos faz fortes—bons
compassivos—prudentes — livres — dignos e apreciados por nos-
sos semelhantes.
Disserão-nos: que a soberba, a vaidade, o egoísmo e o máo
caracter nos tornão escravos vis de todas as paixões e de todos
os sentidos.
Ensinárão-nos a respeitar o Evangelho e a seguil-o; e agora,
depois de termos feito uma educação, depois de havermos arrai-
uma fé, querem anathematisarem-nos porque seguimos a
gado ¦
Lei escripta dos Mestres da Christandade. • ,
221

c impõem; mas não nos explicão para nos convencer


Mandão
theorias novas e extraordinárias com que o ultramontanismo
das
deschristianisar o Christianismo, excommungando a Ma-
pretende
a instituição a mais pacifica, mais tolerante e mais
çonaria,
cliristã que os séculos nos concederão.
ser bom catholico e bom maçon ao mesmo
Póde-se, pois,
nesta possibilidade,
tempo, é deve-se ser; e os que não crêem
ou são idiotas ou consummadamente homens de fé.
de certo, e
O ultramontanismo de Roma tem seus propagandistas pagos
manutenidos por toda a parte. homens
razão vemos abi, por essas ruas, tantos
Eis a por que
feios de casaca, leigos, com ares de clérigos.
taes é pertencem indubitavelmente a uma sociedade
Estes que
secreta, onde tudo é negro e inconfessável.
-
A estes, pois, e não a nós anathema sit.

NO RIO DE JANEIRO.-Ha annos


ÉPOCA CALAMITOSA
uma época tão calamitosa como a que se
que não atravessamos
conta de Janeiro até hoje. .
deno-
intensamente quente, e os dias de Janeiro
Fora o verão
minados —o verarmo— demasiadamente numerosos.
alta, fez apparecer neste soo
A temperatura, conservando-se dos
fataes, decidindo da vida
febres de máo caracter, insidiosas,
doentes em horas, ou em dous ou três dias. _
ano -
de aiiecçoes
A' febre amarella juntou-se um complexo
do systema nervoso que tornao a medi-
mães e de perturbações
cina, as mais das vezes, impotente ou inerte. - e conhecidos
Este typo complexo, fora dos limites estudados
as condições anti-hygiemcas de uma
tem por causa, sem duvida, de
agglomera um numero superior
cidade tropical, na qual se a
ventiladas e mal accomodadas
. habitantes, cujas casas são mal
ha descorado até hoje,
A' esta causa, que a municipalidade
defeitos do systema de esgotos da cidade.
juntão-se todos os esgoto poi meio
O plano inclinado que leva as matérias de
muitos lugares do interior da ei-
de canos ao mar é nullo em
escoamento possível, ain
dade. Não tendo essas matérias

\
m
i
- 222 —
t

demorão, ahi se condensão, ahi mais se decompõem, e quando


as condições physicas da pressão o solicitão, fazem erupção
através do subsolo, e empestão ruas e casas.
Além disso, não cremos que a limpeza domestica seja geral-
mente seguida. O maior numero cie habitantes desta agglome-
radissima cidade não comprehende os perigos a que se expõe
por falta de ventilação, por alimentação viciosa e irregular, c
maximamente por falta de limpeza corporal e das roupas.
Segue-se a isto o uso immoderado de bebidas fermentadas, a
exposição imprudente ao sol, o abuso do sexo, a cubiça sem li-
mites, e a miséria voluntária a que se cleclicão os ambiciosos c
^viciosamente econômicos.
Ensina-se a ler, a escrever, a vestir-se, a conversar, a repre-
sentfir um papel qualquer social; mas o que se não ensina ao
povo é a hygiene que todo o mundo deve conhecer.
'
A hygiene é o conjuncto de todas as theorias da própria con-
servação; objecto caro e altamente considerado pelas modernas
sociedades cultas.
Saber como dormir, comer, beber, banhar-se, vestir-se e tra-
balhar, é sem duvida muito mais urgente do que saber ler,
escrever e contar.
Quem conhece a hygiene que regula essas necessidades torna-
se sensato, e aquelle que é sensato sente a necessidade da ins-
trucção. Educado, pois, e instruído, pode ser um chefe de fami-
lia proveitoso á humanidade, e útil á pátria e á familia.
Não nos limitemos só a dar a esmola e o amparo; fallemos
aos poderes do Estado em favor deste povo mal accoinmodado
em suas habitações, sem ar e sem luz, e, o que mais é, sem
actividacle e sem saber como viver em um clima tropical; no
qual epidemias devastadoras clizimão a vida nacional e a vida
de todas as forças humanas que concorrem ao trabalho que en-
grandece e enriquece este grande e bello Império de Santa Cruz.

ESTRELLA DO NORTE.—Foi uma festa esplendida a posse


da nova administração deste luzeiro do Lavradio.
Presidio á sessão solenme um dos venerandos decanos de
nosso circulo, o Resp.*. e 111.'. Ir.-. A. A. Pereira Coruja, cujo
— 223 -

caracter e cuja dedicação igualao á benevolência e á affeição que


dispensa a todos que tem a fortuna de o ter como amigo, pois
como Iiv. affectuoso e dedicado, todos possuem em seu co-
que,
ração um asylo certo e seguro.
O 111.'. Iiv. Dr. J. M. da Silva Parânlios, Yeneravel empos-
sado, com aquella delicada c cortez admiração que professa por
caracteres respeitáveis, recusou-se a empunhar o malhete nessa
sessão solicitando do Resp/. Ir/. Coruja o dirigir esses trabalhos.
A mocidade respeitosa, que cede, á lacedemonia, seus direitos á
velhice veneravel e culta, junta á cultura do coração, á gênero-
sidade da alma, a comprehensão sublime dos déveres maçonicos.
Todos nós conhecemos naquelle vulto venerando do nosso
Resp/. Ir.. Coruja a velhice provecta, loquaz e cheia de erudi-
que chama á ordem e ao trabalho os obreiros em quem o
ção,
fogo sagrado da mocidade encandeçe o raciocínio ou o discurso.
Todos o ouvem com respeito, ainda mesmo que a gravidade do
mestre pareça oppressiva. Por tal arte comprehende seus altos
deveres, por tal forma executa suas obrigações, que a ordem,
sob seu malhete, jamais foi alterada.
O joven e illustre Veneravel, que assim cedeu o passo ao pro-
vecto e perfeito Mestre, elevou-se no espirito dos que lhe ap-
plaudião a modéstia.
Fora essa uma noite festiva e cheia de enthusiasmo maçonico.
A Aug.-. Off/., que regorgitava de Ilr/. de todas as cathego-
rias e qualidades, fora abrilhantada com a eloqüência do 111.-. e
ítesp.'. Ir/. Dr. Gusmão Lobo, que nessa noite fazia ouvir a
elevação da sua palavra e a correcção esmerada de sua phrase
escolhida entre as perfeições da oratória. Os nossos caros e
IIll/. Ilr/. Drs. Costa Brancante, Joaquim Pedro e outros sauclá-
rão, em nome de suas officinas, o brilhante acto a que assistião,
em peças de architectura, onde, a par da erudição, se admirava
o talento brilhante que as apresentava.
A todos esses IIll.-. e RResp.-. Ilr/. nossas mais amigáveis
saudações; e que sua presença em todas as nossas reuniões re-
sempre ao mundo, nos não comprehende, que o Circulo
pita que
do Lavradio, consolidado como está, jamais se extinguira.
Estavão presentes mais de 800 maçons, e entre esses bons e
leaes amigos e Ilr/. reinou sempre a mais perfeita concórdia e
harmonia.
7
224 -

Ao 111/ e Resp/. Ven/. da Estrella do Norte três vezes sau-


damos e lhe damos o osculo fraternal de intima satisfação.

AMPARO DA VIRTUDE. Esta Aug/. e Resp/. Off/. recebeu


em seu seio e nella filiárão-se doze membros dissidentes do circulo
benedictino, que buscão, depois das illusões por que passarão, o
asylo do único, verdadeiro e autorisado Circulo Maçonico do
Brasil, que é o Cr/. Or/., ao Vai/, do Lavradio.

ALYDÉA.- Teve esta Resp/. Off/. sua festa de posse êsplen-


dida e concorrida.
Ha épocas na vida das instituições que as marca a esperança
de futuro melhor, e então cada obreiro concorre com o seu con-
tingente precioso para que não seja uma illusão o que o mere-
cimento incontestável do actual 111/. Veneravel promette no porvir.
É assim que nossa vida maçonica será uma realidade e uma
que zomba dos arremeços de inimigos entranhados, des-
potência
traidores de tudo que a amizade sincera e as qualidades gene-
rosas têm intimamente ligado.
É assim que faremos a saneta e justa propaganda, para. a qual
nos assiste tanto direito e liberdade, como aos ineptos e mal in-
tencionados a crua guerra que nos movem, pelo facto simplis-
sinio de constituirmos uma sociedade secreta, como elles a deno-
ínmao.
IV

O que é secreto na castidade e na decência da vida social, é


fora de toda a duvida respeitável e digno de louvor.
rir-.- 1H A' maçonaria, que é casta e decente, não arrancarão o véo
que encobre ás vistas profanas os actos de suas virtudes pudi-
cas. Não se rasga desvergonhadamante um véo que o Evange-
lho lançou sobre as virtudes christãs, sem que os guardas do
templo, como um só homem se opponhão a tal sacrilégio. Não
se rompem sellos que os séculos appuzerão a uma instituição
sabida pura do seio de suas-melhores intenções e dos seus mais
honestos actos, sem que os encarregados de velar pela dignidade
e integridade de uma tal ordem se ergão e discutão tenazmente
em favor de seus sagrados direitos.
— 325

entra em uma nova phasc de sua existência maço-


A Álydêa no muito que
o Circulo todo a contempla esperançado
nica, e
nromettem os seus obreiros. _
a Ahjdêa com grande satisfação e cheios de espe-
Saudámos o porvir com
rança em seus trabalhos futuros. Caminhe ella para
c o Supr/. Árch/. do Univ.-. a ampare e engrandeça!
confiança;

DO PIO.—lia festas singelas, cujo cunho de mo-


ESTRELLA a
muito alto em favor do merecimento daquelles que
destia falia
fazem no seio da família. .....
exhibmoo
Off-. Estrella do Rio esteve neste caso,
A Resp- festiva
no altar do sen templo, e dando á reunião
flores singelas e
eloqüentes provas do amor maçonico que
de seus obreiros
consagrado á nossa Instituição. ovaçoes
aprimorado que desprende galas e ganha
O discurso consciência,
a oratória simples, em que a
tem tanto mérito quanto a subli-
senso expõem em phrase modesta
a probidade e o bom
midade dos mysterios de nossa Ordem. e sm-
Como a natureza, o homem e as sociedades tem galas
têm louvores e saudações hunnl-
gelezas, têm luz e crepúsculo,
aos seus melhores, aos seus compa-
des a dar em homenagem
nheiros e aos seus amigos. JJ^n
d es se espmto
Mais do que nunca carece hoje a nossa Ordem
e desse critério que dao foiça, para
regular de classe grande az piaça
amparar os ousados golpes da inépcia assalanada, que
onde a Lei congrega os que a mterpietao
da intolerância ahi
ou modificão. _ ^««eíà
emp ta o
a
Em longos discursos, onde o hzarismo da phrase
havemos com espanto ouv d e es
idéa e opprime a reflexão, estagas
últimos días, a absurdeza no meio de citações
jogada enUe o
fofa e. medíocre
e inconvenientes, levantando questão o asem-
naturalismo e anti-naturalismo. É para nos de fe que
apenas só para fazer jus ao salauo
sador entrou na contenda est^ a
inconveniência de que
romano, tal era a ira, tal era a
PTc°omprehendemos ser mentecapto e no-
o quanto se pôde
mem de má fé ao mesmo tempo.
- 226 —

Porque essas consciências estão mortas á força de cogitar no


erro que convém á conservação de suas materialissimas aspi-
rações.
A congregação dos sensatos obreiros da Alydéa tomará a si
também a contestação grave e vigorosa a todas essas phrases
chocarreiras lançadas contra a nossa séria, tolerante e tolerada
Instituição.
Aquelles miseráveis da intelligencia e da boa fé que não sa-
bem ser coherentes, nem probos, devem calar-se perante a calma
attitude de nossas fileiras catholicas, que o são deveras e sem
salário.

OS LASTIMÁVEIS DISCURSADORES CONTRA A MAÇONA-


PJA.—Convinha que o nosso corpo maçonico freqüentasse mais
os lugares profanos onde se discorre á larga contra a nossa
Instituição e em favor da catechese lazarista.
Ficava-se, ao menos, sabendo os tristes resultados do suftragio
nacional em favor de entidades que pedem posições elevadas, e
para as quaes os não talhou nem a intelligencia livre, nem o
bom senso.
Atravessamos uma época digna de lastima e cheia de illusoes.
A casaca confunde-se com a sotaina vulgar dos esbirros romã-
nos; e o cidadão do Brazil, americano e eminentemente catholico,
serve de pasto aquelles malaventurados ultramontanos, raivosos
e accesos de vingança por verem escapar-se-lhes das mãos o
interessante poder temporal.
Seus discursos desconchavados e preparados de antemão, suas
idéas bebidas nos mais estultos e aparvalhados autores de hoje

I e de hontem, não conseguirão um átomo sequer na potência ca-


hida que pretendem reerguer. É uni poder reduzido ao pó do
nada. *
A Lei passou-lhe por cima a rasoura da justiça, e ahi se ficou
— apenas só, tradição histórica.
Se a alta eloqüência dos melhores gênios lhes não valeria hoje
na contenda, muito menos lhes pôde valer a caturragem cheia
de velleidades de espirito dos pugnadores do ultramontanismo
que se abrigão por toda a parte, levando a sua palavra de passe.
Saião esses senhores julgadores da Maçonaria a campo franco
e aberto a todas as contendas, deixem a covarde posição sua
— 227 —

inviolável, que lhes provaremos de quantas inepcias e de quantos


crassos erros se tornão echo.
E fique-lhes aqui dito e advertido que este nosso órgão ma-
çonico não foi, não é e nunca será instrumento de cabala dè
ninguém; são paginas estas de tolerância e de analyse, onde
com o rigor da verdade ou enunciamos doutrinas sãs castigando
erros, ou combatemos o fanatismo de todo o gênero, por ser
uma perversão das sociedades cultas de hoje.
Advertimos com toda a severidade que cabe á nossa missão
independente e philosophica, para que deste Boletim ninguém se
sirva como arma política para combater este ou aquelle vulto
da alta administração do paiz, que acatamos e respeitamos: estas
paginas não têm entrada nas officinas da cabala; só servem á
Maçonaria que franca e lealmente luta contra*o erro em geral.
Desnecessário fora este aviso, se por acaso os espíritos clissi-
dentes em tudo tivessem a elevação que ordena a lealdade e a
cortezia máxima em todas as questões de partido.
Deixem-nos no nosso templo quietos, e oecupem-se de cousas
profanas, que são as de sua competência.

INVERDADES DO JORNAL - A FAMÍLIA „. — Esta folha


transcreveu uma publicação fofa, mas injuriosa de um dos jor-
naes diários, com as iniciaes A. C. B. para que alguém despre-
venido as traduza a seu malicioso sabor pelo nome de um dos
nossos mais RResp/. e caros Ilr/., cuja importância em nosso
Circulo está na altura de seu merecimento, e que é o nosso 111/.
Gr/. Orador.
Ora aquellas iniciaes que podem querer annunciar: Algum ca-
padocio benedictino (traducção na portuguezagem da Reforma)
forão abi sem duvida collocadas por mão de indivíduo dissidente,
que sem duvida é o autor da tal publicação, e julgou inventada
a pólvora por meio das taes iniciaes.
Ha mascaras, porém, que nunca encobrem assaz a face do mal
intencionado; atravez das fenclas dos olhos e da boca vê-se a
verdade e sente-se a calumnia mascarada.
Nós arrancamos porém essa mascara, e vemos e nossos ami-
gos também a figura em cheio do inventor da publicação e das
— 228 —

ninguém será tão boçal ou ingênuo que as vá in-


iniciaes, que
terpretar como o malévolo autor intentou.
benedictmos
Nós o dissemos já tantas vezes que os dissidentes
das tricas e das pequenas agulhadas pela imprensa
são homens
profana.
. Mas todos se achão de sobreaviso.
legitimo; que
A Famüia tem interesse em escolher esse filho
em seu seio, que o acaricie, que lhe dê vulto, por-
o agasalhe
fora delia, foi apenas só um pequeno míinejo tri-
que se nasceu
quento e infeliz. Salteaâores.
Spiegelberg! ich kenne dich! diz Schiller nos seus
E nós dizemos ao A. C. B.:
— Eu te conheço; oh! sim, eu te conheço; mas os teus manejos
não vingão. *

PARA O ESTRANGEIRO. - Uma parte


O NOSSO BOLETIM
desta publicação é consagrada aquelles maçons estrangeiros que
não comprehendem o portuguez.
É escripta em francez, com licença da Reforma, que e autori-
dade nesta matéria á franceza.
Ora o que abi consignamos é o que lealmente sabemos, pen-
samos e temos por dever annunciar ao mundo.
É possivel que ás vezes, com um pouco de humorismo, pre-
tendamos occultar nossa dôr ná presença de erros e desvios.
Rindo, castigão-se os costumes: é epigraphe adaptada pelo jorna-
lismo do século.
A avidez enfastia o leitor.
A constante severidade é antipathica e dá idéa de humor
atrabilario.
Sahimos pois da norma seguida por alguns, e encaminhamos
o nosso discurso pela senda da exposição risonha; e se apou-
cado é elle em idéas luminosas, nem por isso deixa de ter o
cunho do escriptor respeitoso e cortez.
E já que temos de dizer para fora aquillo de que nos enver-
em casa, seja isso feito de uma forma que encubra a
gonhamos
má impressão que produz o facto ou o escândalo.
Eis porque preferimos o humorismo na exposição.
Houve alguém, abi onde era menos próprio haver um tal inju-
— 229

ousou, com o nosso Boletim em punho, exclamar com


riador que
furor *
está; aqui está o que se diz contra a autoridade venerava
Aqui
mie acatamos! . , n
assim exclamava não comprchendera o que havia lido,
Quem lh'o tra-
não chamara em auxilio a Reforma para
ou ao menos
düzir em outra
suecedidos em Pernambuco, como
Os fados públicos
estão sujeitos á analyse ou ao commento de
qualquer parte,
qualquer que os queira avaliar. - que rompera em in.prc-
Dissemos que o povo se amotinara
a autoridade fanática que o despojava de seus di-
cações contra —que parecia pre-
reitos—è dissemos também em tom de gracejo
tender arrancar-lhe as bellas barbas. moral,
Isto nós é o dissemos, sob nossa responsabilidade
que
do respeito que devemos a todas as autoridades
sem prejuízo
O não estar nos bicos de nossa penna,
constituídas. que parece
esteja santamente aninhado em nossa consciência;
c possível que homens;
e nisto, no sentimento de respeito e consideração por
cm ninguém, não admittnnos que so
não conhecemos privilégios
sejão os umeos competentes
certos e determinados professores
para a exhibição de taes sentimentos. semi .
a
A esse que levou na algibeira o nosso Boletim para
damos o conselho de lêl-o sempre e deco-
discussão vebeiiièrite,
nèlle lição e doutrina que servem a homens
rabo, porque ha J
assaltos do fanatismo lepug-
probidade e que os arma contra os escreve esta
nante; ficando sabendo esse professor, que quem
deveras do berço, de educação de
linhas é maçon e é catholico nacui.
• • • • ~Vv e„ /l>cie /.nvií-qn p
t em
tm nada—em
nau
princípios, de convicção çoiaçap,
lhe cede o passo em sua fé.

conhecimento de todos os mem-


ACÇlO MERITORIA.-Para üo ii..,
bros do nosso Circulo e como satisfação aos desejos
ao Gr/. Or/. tio mw •
publicamos a prancha que foi endereçada
aos homens. , Ao Grande Oriente
«Gloria á Deus. Paz e Liberdade
do Brazil, ao Valle do Lavradio. Respeito e Adhesao.
°$«™™J\^
« Resp,. Ir.-. Gr.-. Secr,.-0 abaixo assignado,
e Resp,. Off,. Dezoito de Julho, em face do tetnco quadro que piesen
— 230 —

ciamos, motivado pelos terríveis flagellos—varíola e febre amarella,—


do Império, vem fiel ao jura-
que estão assolando a hospitaleira capital
mento de nossa Subl.\ Ord.*. cumprir o seu mais sancto dever, a pri-
meira uncção christã—a caridade.
« Na qualidade de proprietário da botica liomoeppathica, estabele-
cida no prédio sito á rua de S. José n. 55, onde dá consultas médicas
das 9 ás 12 horas da manhã, o distincto medico Dr. José Antônio No-
gueira de Barros, também nosso Resp.-. Ir.-., venho offerecer, com o
espontâneo e caridoso consentimento do referido medico, consultas e
medicamentos grátis a todos os RResp/. IIr.\ do nosso Circ. que se-
jão indigentes.
« Certo de que será bem acolhido este espontâneo e sincero offere-
cimento, espero que o fareis communicar ás Lojas, para que seus mem-
bros se dirijâo o mais breve possível ao lugar indicado.
« Feito em lugar coberto, aos 8 dias do mez de Fevereiro de 1873,
E.\ V.\ — Francisco Pinheiro Bastos, »

Administrações de LLoj/. e CCap.-. para o presente


anno maçon/. 5873.

LOJ/. COMMERCIO, ao Or/. do Gr/. Pod/. Cent/.—Ven/.,


Antônio Barroso de Almeida Júnior, 32/.
Io Vig.\, José Luiz da Costa Nogueira, 32/.
2o Vig/., Victorino Joaquim Alves Mourão, 31/.
Oracl/., Theodoro Fiel de Souza Lobo, 32/.
Secret/., Claudino Antônio Gonçalves, 31/.
Thes/., José Luiz Ferreira Fontes, 30/.

LOJ/. CONFRATERNIDADE MAÇONICA, ao Or/. do Gr/.


Pod/. Cent/. — Ven/., Agostinho José de Araújo, 30/.
Io Vig/., Antônio Carlos César, C/. R.\ ^/.
2o Vig/., Tristao Augusto Pimentel, C.\ R.\ *$</,
Orad/., Rogério Garcia San Roman, 3/.
Secret/., João Manoel Salgueiro, 3/.
Thes/., Manoel Antônio Furtado, C.\ R.\ *jj*.\

LOJ/. UNIÃO ESCOSSEZA, ao Or/. do Gr/. Pod/. Cent/.


Ven/., Manoel Ferreira do Nascimento, 30/.
231

Vig.-., Pedro Gonçalves Teimo Leite, 32.\


1».
2o. Vig/., Antônio Luiz de Souza. (V. R/. fv.
Orad:!, Duarte de Abreu Guimarães, 14.'.
Silva. 9:.
Secret:'., Luiz Antunes de Oliveira e
Thes:.', Vidal de Oliveira Fontes, 30.-.

GRÊMIO PlIILANTROPICO, ao Or.-. do Gr:. Pód:.


LOJ.-.
33.-.
Oent.'.—Ven.'., Francisco José da Rocha.
1», Vig.-., Luiz Carlos Freire de Souza, 30.-.
o.' Vi« • Alexandre Aftbnso da Rocha Sattamini, 3.-.
Orad:., Ângelo de Bittencourt, 30/.
Secret/., Carlos Augusto da Silva Pinheiro. 30.-.
Thes/., Daniel Francisco Lisboa, C.\ R.\ ^/.

AMIZADE, ao Or.-. do Gr:. Pod:. Cent..


LOJ.-. PERFEITA
-Ven.-., Tenente-Coroncl Dr.Francisco José Cardoso Jumor, 33..
1.» Vig.-., Carlos Antônio Petra de Barros, 32.*.
Joaquim Dias Alves de Mello, C.\ R:. *:.
2.» Vig.'.,
Orad.-., Joaquim Álvaro Pereira, 30:.
Secret.-., Thomé Bento do Rego, C.'. R:. #•"•
Thes.-., Bernardino José de Sá, 30.-.

Or.-. do Gr.-. Pod:. Cent.', Ven/.. José


LOJ.-. SILENCIO, ao
Antônio Fajardo, 33/.
l.o Vig/., Antônio Martins de Siqueira, 33:.
2.° Vig:., Francisco Marinho Bastos, 30:.
Orad:., José Jacintho de Lima, C.\ R:. #:•
Secret:., José do Carmo Braga, C:. R,\ HK'-
Thes:., José Francisco de Carvalho Vieira, 30:.

ao Or:. do Gr:. Pod:. Cent.


LOJ:. COMMERCIO E ARTES,
-Ven:., Antônio Pedro Carreira de Seixas, C:. Rv. +. •
1.» Vig:., José Antônio Silves Pereira, C,\ R:. *.•.
2.» Vig:., Marcellino José da Silva, C:. R:. %.'•
4
m
¦
— fii 0 £

Theodoro Fiel de Souza Lobo, C.\ R.\ «f».'.


Orad.-.,
>$.:
Secret.'., Antônio José Coelho da Costa, C.\ R/.
Thes.-., José Luiz da Costa Nogueira, C.\ R,\ rfc.N

LOJ.'. LUZ BRAZILEIRA, ao Or/. do Gr;. Pod.-. Cent/.—


Moreira, C.\ R.\ kf.-.
Ven/., Jorge José
l.° Vig.-., José Antônio Fajardo, C.\ R.\ "ji*.
2.° Vigv., Antônio Martins de Siqueira, C.\ R.\ ^.:
Orad.-., Bento Martins Siqueira, C.\ R,\ E.\
Secret.-., Leonardo Antônio Ferreira, C.\ R,\ í.\
Thes.*., Ângelo Maria Lourenço, C.-. R.\ 5.-.

LOJ.-. CARIDADE, ao Or.-. do Gr/. Pod/. Cent/.-Ven/.,


Antônio Joaquim cia Silva Peres, C.\ K,\ í.\
l.° Vig/., Guilherme Cândido rinheiro, C/. R.\ í.%
2.0 Vig.*., Anselmo José Barbeito, 6.'.
Orad/., José Ferreira Gutheres Sobrinho, 3/.
Secret/., Henrique Baptista Tavares, 3/.
Thes.-., José Antônio Gonçalves Guimarães, 3/.

LOJ/. PHILANTROPIA GUARAPUAVANA, ao Or/. de Gua-


rapuava (Paraná).—Ven/., Eugênio de Santa Maria, C/. R/. fr/
1.° Vig/., Francisco de Paula Pletliz, 3.'.
2.° Vig/., Cândido Marques de Azevedo Porto, 3/.
Orad/., Dr. Gustavo Marcondes de Albuquerque, 3/.
Secret/., Zacharias Caetano Coelho do Amaral, 3/.
Thes/., Joaquim Àyres cie Araújo Jacques, 3.'.

CAP/. GRÊMIO PHILANTROPICO, ao Vai/, do Gr/. Pod/.


Cent/.— Arth/., Francisco Gonçalves Pereira Duarte, 30/.
l.° Vig/., Ângelo de Bittencourt, 30/.
2,° Vig/., Manoel José Dias Braga, 30/.
Orad/., Luiz Carlos Freire de Souza, 30/.
Secret/., Antônio Gomes Pimentel, 30/.
Thes/., Carlos Augusto cia Silva Pinheiro, 30/.
233 -

II, ao Vai/, do Gr/. Pod.-. Cent/. — Arth/.,


CAP/. PED^O
¦Prisco Guedes de Araújo Guimarães, 33/.
Francisco
i » Vi"-.'., D"'- Antônio de Paula Freitas, C/. 11/. Ç.\
o'° \V.'., Antônio Ignacio de Mesquita Neves, 30/.
R/. í.\
Orad/-, Dr. Antônio José Ribeiro, C/,
Manoel Alves Querubino da Silva Penna, 32/.
Secret.'.,
Thes/., José Francisco Ribeiro, C/. R.\ 5/.

COMMERCIO E ARTES, ao Vai/, do Gr/. Pod/. Cent/.


CAP/-
.Sapientis/., Ignacio Coelho de Almeida, C/. R/. |/. •?..
i o vi<>- • Antônio Pedro Carreira de Seixas, C.\ R/.
2.° Vig/., Manoel Antônio Pereira, C/, R.\ t/.
Francisco Ignacio de Souza Albernaz, C.\ R/. $/.
Orad/., -S/.
José Coelho da Costa. C/. R/.
Secret'/'., Antônio -5/.
Thes/., José Luiz da Costa Nogueira, C.\ R/.

E UNIÃO, ao Vai/, do Gr/. Pod/. Cent/.


CAP/. CARIDADE
•Sapientis/., Joaquim Apollinavio de Azevedo, C/,R/. tf.'.
l.° Vig/., Claudino Antônio Gonçalves, C/. R/. í.*.
2.° Vig/., José Henrique Castro Gomes, O/. R/- í.'.
Orad/., José Pedro das Neves, C/. R/. É.\
Secret/., José Fernandes Antunes Praga, C.\ R/. tf/-
Thes/. João Antônio Rodrigues, C/. R/. tf.1-

Cent/
CAP/. FRANCS-HIRAMLTES, ao Vai/, do Gr/. Pod/.
Sapientis/., José do Carmo e Oliveira, C.\ R/. í/.
l.° Vig/., Jean Cazeaux, C/. R.'. í/.
2.« Vig.-., Káhn Joseph, C.-. R/. í/.
Orad/., Clément (Jean F. Alexandre), C.\ R/.•&%
Secret/., Springaux (Jean Claude), C/. R/. 5.'.
Thes., Caumattes (Valéry), C/. R/. 5/.

1
:;s'
234

EXPEDIENTE.
.5!'-

A Grande Secretaria Geral da Ordem, ao Valle do Lavradio


11. 53 K. acha-se aberta diariamente, das 9 ás 2 horas.

O Sob.'. Gr.-. M.-. Ga'. Com.-, da Ordem despacha todos os


dias, devendo as petições ou requerimentos serem entregues na
Gr.*. Secret.*. Ger.*.

O Gr.-. Secret/. Ger.-. da Ordem attende a todos os Maçons


o na Gr.'. Secret,'. Ger.-., á 1 hora da tarde de
que procurarem,
todos os dias úteis.

Todas as noticias ou informações que tenhão de ser publica-


das no Boletim Official devem ser dirigidas ao Eedactor em
chefe, rua do Lavradio n. 53 K.

Nous prions tous les rédacteurs auxquels nous envoyons notre


Butietin de vouloir blen nous remettrc en échange régulièremenl leurs
journaux.
Adresse du Secretariai : — Rua do Lavradio n. 53 K.
Rio de Janeiro. — Brésil.

Typ. do G-rande Oriente, ao Valle do Lavradio 53 K.

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