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das Instalações
Segundo as
III
Titulo:
Autor:
Local e data:
IV
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
Índice
Índice
NOTA DE ABERTURA IX
PREFÁCIO........... XI
1. ASPETOS GERAIS ............................................................................................................................ 1
1.1 Generalidades .............................................................................................................................................................. 1
2. VERIFICAÇÃO INICIAL ....................................................................................................................... 7
2.1 Generalidades .............................................................................................................................................................. 7
2.2 Procedimento de verificação das instalações ..................................................................................................... 8
2.2.1 Inspeção visual ............................................................................................................................................ 9
2.2.2 Ensaios e medições................................................................................................................................... 11
3. VERIFICAÇÃO APÓS A ENTRADA EM FUNCIONAMENTO E DURANTE A EXPLORAÇÃO ........................................ 17
3.1 Generalidades ............................................................................................................................................................ 17
3.2 Procedimento de verificação das instalações ................................................................................................... 19
3.2.1 Inspeção visual .......................................................................................................................................... 20
3.2.2 Ensaios e medições................................................................................................................................... 22
4. ENSAIOS E MEDIÇÕES .................................................................................................................... 25
4.1 Generalidades ............................................................................................................................................................ 25
4.2 Verificação da continuidade dos condutores de proteção e das ligações equipotenciais ................... 27
4.2.1 Generalidades ............................................................................................................................................ 27
4.2.2 Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 28
4.3 Medição da resistência de isolamento da instalação elétrica ...................................................................... 33
4.3.1 Generalidades ............................................................................................................................................ 33
4.3.2 Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 39
4.4 Ensaio de proteção por separação de circuitos ................................................................................................ 44
4.4.1 Generalidades ............................................................................................................................................ 44
4.4.2 Procedimento de ensaio ......................................................................................................................... 44
V
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
Índice
4.5 Medição da resistência de isolamento dos elementos dos pavimentos e demais elementos da
construção . 45
4.5.1 Generalidades ............................................................................................................................................ 45
4.5.2 Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 45
4.6 Verificação das condições de proteção por corte automático da alimentação....................................... 51
4.6.1 Generalidades ............................................................................................................................................ 51
4.6.2 Esquema TT – Neutro à terra ................................................................................................................. 56
4.6.3 Esquema TN – Terra pelo neutro .......................................................................................................... 58
4.6.4 Esquema IT - Neutro isolado ou impedante ...................................................................................... 61
4.7 Verificação do funcionamento dos dispositivos diferenciais ....................................................................... 64
4.7.1 Generalidades ............................................................................................................................................ 64
4.7.2 Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 64
4.7.3 Tempo e corrente diferencial estipulada dos dispositivos diferenciais ..................................... 69
4.8 Medição da resistência do elétrodo de terra..................................................................................................... 71
4.8.1 Generalidades ............................................................................................................................................ 71
4.8.2 Medição com elétrodos de terra auxiliares (método volt-amperimétrico) .............................. 73
4.8.3 Medição sem elétrodos de terra auxiliares (método bipolar)....................................................... 75
4.8.4 Impedância da malha de defeito .......................................................................................................... 76
4.8.5 Medição da resistência dos elétrodos de terra nos grupos geradores....................................... 76
4.8.5.1 Generalidades ................................................................................................................................. 76
4.8.5.2 Elétrodos de terra eletricamente distintos ............................................................................. 81
4.8.5.3 Elétrodos de terra comuns .......................................................................................................... 81
4.9 Medição da impedância da malha de defeito .................................................................................................. 82
4.9.1 Generalidades ............................................................................................................................................ 82
4.9.2 Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 95
4.10..........Medição da resistência dos condutores de proteção ..................................................................... 99
4.11..........Ensaio de polaridade............................................................................................................................. 101
4.11.1 Generalidades ..........................................................................................................................................101
4.11.2 Procedimento de ensaio .......................................................................................................................101
4.12..........Ensaio dielétrico ..................................................................................................................................... 101
4.12.1 Generalidades ..........................................................................................................................................101
4.12.2 Procedimento de ensaio .......................................................................................................................102
VI
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
Índice
VII
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
Nota de Abertura
NOTA DE ABERTURA
A presente obra não substitui a consulta dos regulamentos e normas técnicas nela
referenciadas, uma vez que, apesar de todo o esforço do autor na sua elaboração, é suscetível de
conter imprecisões e omissões, além de poder não abranger todos os aspetos relevantes da
temática tratada.
A realização da presente obra teve como principal elemento bibliográfico, as Regras Técnicas
das Instalações Elétricas de Baixa Tensão, 1ª Edição Anotada – Volume I, II e III, coedição da
Direção Geral de Geologia e Energia (DGGE) e da Associação Certificadora de Instalações
Elétricas (CERTIEL), Dezembro de 2006, ISBN: DGGE-978-972-8268-37-4; CERTIEL-978-972-
95180-4-1.
IX
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
Prefácio
PREFÁCIO
É com muita honra que prefacio o livro Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação,
Manutenção e Exploração das Instalações, Segundo as Regras Técnicas das Instalações Elétricas
de Baixa Tensão, do Engenheiro António Augusto Araújo Gomes.
São várias as atividades desenvolvidas pelo autor nos assuntos relacionados com as Instalações
Elétricas, algumas em estreita colaboração comigo. Quero destacar a competência que coloca
na lecionação de unidades curriculares relacionadas com o Projeto de Instalações Elétricas, na
organização e moderação de palestras, seminários e conferências e, fundamentalmente, no seu
envolvimento em Projetos Eletrotécnicos de grandes dimensões.
XI
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
Prefácio
Com este livro, o autor pretende dar um contributo a todos os profissionais desta área da
engenharia eletrotécnica, especialmente para os responsáveis por projeto, execução e
exploração de instalações elétricas. Assenta fundamentalmente em assuntos relacionados com
a inspeção das instalações elétricas, os ensaios e medições que são necessários efetuar para
validarem a qualidade da instalação elétrica, assim como as principais técnicas de manutenção e
exploração das instalações.
Neste livro, o autor dá particular destaque às medidas de proteção de pessoas por corte
automático da alimentação, devidamente enquadradas com os diferentes esquemas de ligação
à terra possíveis de serem adotados nas instalações elétricas. O autor analisa com algum detalhe
os diferentes ensaios e medições necessários efetuar nas instalações, nos diferentes métodos de
proteção, de forma que a segurança das pessoas fique garantida.
Também neste âmbito este livro é importante, pois o autor baseado na sua experiência
pedagógica enquadra os diferentes assuntos nas RTIEBT de uma forma clara, facilitando a leitura
e a sua interpretação.
XII
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
1. Aspetos Gerais
1. Aspetos gerais
1.1 Generalidades
1
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
1. Aspetos Gerais
2
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
1. Aspetos Gerais
A definição das instalações elétricas que carecem Decreto-Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936)
Aprova o Regulamento de Licenças para Instalações
de projeto de licenciamento encontra-se vertida Elétricas.
no Decreto-Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de
Decreto-Lei n.º 517/80, de 31 de Outubro
1936), com as alterações introduzidas pelo Estabelece normas a observar na elaboração dos
projetos das instalações elétricas de serviço
Decreto-Lei n.º 517/80, de 31 de Outubro, Decreto-
particular. Define responsabilidades e classifica estas
Lei n.º 272/92, de 3 de Dezembro e instalações; inclui algumas disposições sobre a
atividade dos técnicos responsáveis por instalações
posteriormente pelo Decreto-Lei n.º 101/2007, de
elétricas de serviço particular.
2 de Abril.
Decreto-Lei n.º 272/92, de 3 de Dezembro
Aprova as normas relativas ao funcionamento das
Associações Inspetoras de Instalações Elétricas, que
passarão a exercer as competências até então
atribuídas aos Distribuidores Públicos, no que se
refere à aprovação de projetos e sua fiscalização.
Mas mesmo não sendo legalmente exigido o projeto de licenciamento, para um conjunto
muito significativo de instalações elétricas, é recomendável que para essas instalações seja
realizado um projeto de execução.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
1. Aspetos Gerais
Assim, as instalações elétricas, antes da sua entrada em serviço, devem ser objeto de uma
verificação de forma a garantir que as mesmas se encontram executadas de acordo com as
boas regras da arte, em conformidade com o respetivo projeto de licenciamento e/ou
execução e os regulamentos e demais legislação aplicáveis.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
1. Aspetos Gerais
Esta informação encontra-se vertida no Decreto- Decreto-Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936)
Aprova o Regulamento de Licenças para Instalações
Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936), com as Elétricas.
alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º
Decreto-Lei n.º 517/80, de 31 de Outubro
517/80, de 31 de Outubro, Decreto-Lei n.º 272/92, Estabelece normas a observar na elaboração dos
projetos das instalações elétricas de serviço
de 3 de Dezembro e posteriormente pelo Decreto-
particular. Define responsabilidades e classifica estas
Lei n.º 101/2007, de 2 de Abril. instalações; inclui algumas disposições sobre a
atividade dos técnicos responsáveis por instalações
Mesmo para as instalações que por lei não elétricas de serviço particular.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
2. Verificação Inicial
2. Verificação inicial
2.1 Generalidades
A verificação das instalações elétricas após a sua execução e antes da sua entrada em
funcionamento é uma garantia de segurança para os utilizadores das instalações do
cumprimento, durante a sua execução, do estipulado no projeto de instalações elétricas (caso
o mesmo exista) e da observância e cumprimento de todos os aspetos regulamentares e da
boa arte na sua execução.
Neste sentido, todas as instalações elétricas deverão ser objeto de verificação durante a sua
execução, na medida do que for possível e, após a sua conclusão, antes da sua entrada em
funcionamento.
execução ou após a sua conclusão, mas antes da Regras Técnicas das Instalações Elétricas de
Baixa Tensão
sua entrada em serviço, assim como por ocasião
Definem um conjunto de normas de instalação e de
de modificações importantes, devam ser segurança a observar nas instalações elétricas de
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
2. Verificação Inicial
medida do possível, que as regras técnicas foram Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de Dezembro
A verificação inicial das instalações elétricas deverá Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro
Aprova e publica as Regras Técnicas de Instalações
contemplar duas etapas distintas e Elétricas de Baixa Tensão.
complementares:
IEC 60364
Instalações elétricas de edifícios
inspeção visual; Parte 6 - Verificação e manutenção das instalações
Secção 61 - Verificação inicial
Para a eficaz realização da verificação inicial das instalações é fundamental que os técnicos
responsáveis estejam na posse da documentação completa e atualizada da instalação (telas
finais) e dos equipamentos adequados às medições a realizar.
Durante a realização destes procedimentos, devem ser tomadas precauções que garantam a
segurança dos técnicos e evitem danos às instalações e equipamentos instalados nas
mesmas.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
2. Verificação Inicial
o material e a instalação em geral não apresentam nenhum dano visível que possa
afetar a segurança;
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
2. Verificação Inicial
Condutor nú
Condutor que não possui qualquer isolamento
exterior.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
2. Verificação Inicial
a eventualidade dos isolamentos dos condutores terem sofrido danos por tração, por
exemplo, resultando daí diminuição da sua espessura útil ou apresentando golpes ou
outros defeitos, implicando redução do nível de segurança.
A inspeção visual deve, por razões de segurança, ser realizada antes da realização de
qualquer ensaio ou medição e feita com toda a instalação previamente sem tensão.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
2. Verificação Inicial
A verificação por meio de ensaios e medições deve incluir, quando aplicáveis, pelo menos, os
ensaios e medições a seguir referidos, os quais devem ser realizados preferencialmente pela
ordem indicada:
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
2. Verificação Inicial
1 - Condutor de proteção;
2 - Condutor da ligação equipotencial principal;
3 - Condutor de terra;
4 - Condutor de equipotencialidade suplementar;
A - Canalização metálica principal de água;
C - Elemento condutor;
L - Terminal principal de terra;
M - Massa;
T - Elétrodo de terra.
Elétrodo de Terra
Corpo condutor ou conjunto de corpos condutores em contacto íntimo com o solo, garantindo uma ligação elétrica com este.
Massa
Parte condutora de um equipamento elétrico suscetível de ser tocada, em regra, isolada das partes ativas mas podendo ficar em tensão em
caso de defeito. Não se consideram como massas, as partes condutoras dos equipamentos que apenas possam ficar em tensão por meio de
massas, em caso de defeito.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
2. Verificação Inicial
Terra
Massa condutora da Terra, cujo potencial elétrico é, em cada ponto, considerado, por convenção, igual a zero.
Condutor de Terra
Condutor de proteção que permite ligar o terminal principal de terra ao elétrodo de terra.
Ligação equipotencial
Ligação elétrica destinada a colocar ao mesmo potencial, ou a potenciais aproximadamente iguais, massas e elementos condutores.
Podem distinguir-se:
a) a ligação equipotencial principal;
b) as ligações equipotenciais suplementares;
c) as ligações equipotenciais locais não ligadas à terra.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
2. Verificação Inicial
separação elétrica;
f) ensaio de polaridade;
g) ensaio dielétrico;
h) ensaios funcionais;
i) proteção contra os efeitos térmicos; As Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa
Tensão referem que os procedimentos de realização
dos ensaios e medições de proteção contra os efeitos
j) quedas de tensão. térmicos e de quedas de tensão ainda se encontram
em estudo, sendo objeto de definição futura.
Se um dos referidos ensaios e medições conduzir a um resultado não aceitável, esse ensaio
ou medição, bem como os que o precederam e cujos resultados possam ter sido
influenciados pelo ensaio ou medição em causa, deve ser repetido após ter sido eliminado o
defeito.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração
3.1 Generalidades
Tendo em consideração que, por um lado, a dinâmica imposta na utilização dos edifícios, por
questões de utilização, funcionalidade, conforto, segurança, eficiência energética ou outras,
se traduz muitas vezes na necessidade de proceder a alteração nas instalações e que, por
outro lado, com o passar do tempo e com a utilização dos edifícios é natural que se vá
verificando o envelhecimento e ou o degradar de características das instalações, materiais e
equipamentos, além da realização da referida verificação inicial antes da entrada em
funcionamento é fundamental que as instalações após a entrada em funcionamento e
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração
durante a sua exploração sejam objeto de verificações periódicas que possam garantir que as
mesmas mantêm as condições de qualidade, funcionalidade e, fundamentalmente, de
segurança durante todo o tempo de vida útil das mesmas.
O corpo legal aplicável às instalações elétricas de baixa tensão, impõe que um número muito
significativo de instalações careçam de técnico responsável pela exploração e outras que,
embora não carecendo de técnico responsável pela exploração, necessitam de realização de
uma vistoria anual.
Esta informação encontra-se vertida no Decreto- Decreto-Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936)
Aprova o Regulamento de Licenças para Instalações
Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936), com as Elétricas.
alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º
Decreto-Lei n.º 517/80, de 31 de Outubro
517/80, de 31 de Outubro, Decreto-Lei n.º 272/92, Estabelece normas a observar na elaboração dos
projetos das instalações elétricas de serviço
de 3 de Dezembro e posteriormente pelo Decreto-
particular. Define responsabilidades e classifica estas
Lei n.º 101/2007, de 2 de Abril. instalações; inclui algumas disposições sobre a
atividade dos técnicos responsáveis por instalações
elétricas de serviço particular.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração
Verifica-se, contudo, que existem ainda um conjunto ainda muito significativo de instalações
não enquadradas no parágrafo anterior e que não carecem de técnico responsável pela
exploração ou da realização obrigatória de uma vistoria anual.
Contudo, por motivos de segurança das pessoas, dos bens e das próprias instalações é
recomendável, que todas as instalações, sem exceção, sejam objeto de verificações
periódicas, de modo a garantirem que durante o seu tempo de vida útil apresentam
condições de exploração e segurança equivalentes àquelas verificadas aquando da sua
entrada em funcionamento.
Medição
Conjunto de operações que têm por objetivo
determinar o valor de uma grandeza.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração
pecuários, etc.) não podem ser aplicados Aparelho cuja função é a de interromper, por fusão
de um ou mais dos seus elementos concebidos e
fusíveis na proteção de circuitos contra as calibrados para esse efeito, o circuito no qual está
sobreintensidades exceto na alimentação inserido, cortando a corrente quando esta
ultrapassar, num tempo suficiente, um dado valor.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração
de quadros ou de equipamentos de
elevada potência e na proteção de
equipamentos de sinalização e de
medição.
Contacto indireto
Contacto de pessoas ou de animais com massas que
fiquem em tensão em consequência de um defeito de
isolamento.
b) o controlo dos dispositivos de conexão dos Será suficiente verificar que as ligações não estão
desapertadas e que não aquecem demasiado.
condutores;
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração
Dos ensaios e medições salienta-se a particular atenção para, entre outros, realizar:
b) a verificação da eficácia das medidas de 4.6 Verificação das condições de proteção por
corte automático da alimentação
proteção contra os contactos indiretos por (Página 51)
corte automático da alimentação.
Nas instalações com o esquema de ligação à terra TN e IT, caso não tenham sido efetuadas
modificações na instalação suscetíveis de fazer variar o valor da impedância da malha de
defeito, não é exigida a realização dessa medição.
Nessas verificações, é suficiente comprovar que a resistência entre qualquer massa e o ponto
mais próximo da ligação equipotencial principal não varia de modo significativo em relação a
medições anteriores.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração
A escolha do Esquema de Ligação à Terra condiciona as medidas de proteção de pessoas contra os contactos indiretos.
Codificação:
- Primeira letra – Situação da alimentação em relação à terra
T – Ligação direta de um ponto à terra
I – Isolamento de todas as partes ativas em relação à terra, ou ligação de um ponto à terra por meio de uma impedância
- Segunda letra – Situação das massas da instalação em relação à terra
T – Massas ligadas diretamente à terra, independentemente da eventual ligação à terra de um ponto da alimentação
N – Ligação elétrica das massas ao ponto de alimentação ligado à terra
- Disposição do condutor neutro e do condutor de proteção
S - Função de neutro e de proteção garantidas por condutores distintos (Condutor N e Condutor PE – Caso do esquema TN-S)
C – Função de neutro e de proteção combinadas num único condutor (Condutor PEN – Caso do esquema TN-C)
C-S – Função de neutro e proteção combinados num único condutor (condutor PEN) na parte inicial da instalação e separadas
(condutor N e condutor PE) a partir desse ponto, para jusante.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração
TT - Solução mais simples no estudo e - Possibilidade de aumento de custos para prevenção de disparos intempestivos
na instalação; e seletividade de diferenciais.
- Não necessita de vigilância
permanente em exploração (apenas
controlo periódico do
funcionamento dos dispositivos
diferenciais).
TN - O esquema TN-C pode representar - A economia na instalação será, por vezes, compensada por despesas
uma economia para a instalação suplementares de estudo e de exploração.
(menos um condutor e um pólo de - A verificação das condições de segurança dever ser efetuada aquando do
aparelhagem). estudo, através de cálculos e, obrigatoriamente, na colocação em serviço por
meio de medidas. Esta verificação é a única garantia de funcionamento tanto
na exploração como após qualquer intervenção (modificação, extensão) da
instalação.
- Necessita de pessoal de manutenção competente.
- Acentua os riscos de incêndio devido às fortes correntes de defeito.
IT - Solução que assegura a melhor - Necessita de pessoal de manutenção para a vigilância em exploração.
continuidade de serviço em - A verificação das condições de proteção do 2º defeito deve ser efetuada
exploração. durante o estudo, por cálculos e, obrigatoriamente, na colocação em serviço
pela realização de medidas.
- Aumento de custos de inclusão de equipamentos suplementares de controlo e
segurança.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4. Ensaios e Medições
4.1 Generalidades
tensão: Medição
Conjunto de operações que têm por objetivo
determinar o valor de uma grandeza.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
ensaio de polaridade;
ensaio dielétrico;
ensaios funcionais.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4.2.1 Generalidades
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Este ensaio destina-se a comprovar as condições É conveniente obter dos fabricantes dos
equipamentos elétricos dotados de componentes
de proteção correspondentes às medidas que eletrónicos o conjunto das medidas a respeitar
usem o corte automático da alimentação e durante o ensaio de continuidade para evitar a
destruição desses componentes. Devem, ainda, ser
considera-se satisfatório quando o dispositivo
tomadas as necessárias precauções para que a
utilizado no ensaio der uma indicação correta e corrente usada neste ensaio seja compatível com os
riscos de incêndio ou de explosão existentes em cada
estável.
local.
Dependendo das características físicas da instalação este ensaio pode na prática ser realizado
de duas formas distintas, cada uma das quais com as suas vantagens e limitações.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Método 1
- um valor baixo indica que o ensaio Dever-se-á atender às caraterísticas das instalações,
comprimento, secção e material da alma condutora,
teve um resultado positivo; para estimar o valor da resistência das mesmas.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Método 2
Este método tem uma aplicabilidade reduzida, sendo apenas exequível em instalações de
pequenas dimensões, devido exigir a ligação entre o aparelho de medida e o barramento de
terra do quadro elétrico de início do circuito, o que para a maioria das instalações, dadas as
distâncias a considerar, torna-se impraticável.
Dado que o ensaio de continuidade mede resistências muito baixas, a resistência dos cabos
de ensaio deve ser compensada.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Este método de ensaio pode também ser utilizado na verificação dos condutores de proteção
e ligações suplementares.
1º Um terminal do aparelho de medida (em escala óhmica reduzida) deve estar ligado
através de uma ligação auxiliar ao barramento de terra da instalação.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4.3.1 Generalidades
Contacto direto
Contacto de pessoas ou de animais com partes
ativas, entendendo-se por "animais" os domésticos e
os de criação.
Contacto indireto
Contacto de pessoas ou de animais com massas que
fiquem em tensão em consequência de um defeito de
isolamento, entendendo-se por "animais" os
domésticos e os de criação.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
materiais.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
A tensão de defeito, dependendo do valor das grandezas em jogo, poderá atingir valores
suscetíveis de originar risco elétrico e consequentes danos para as pessoas.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Assim, para garantir que os níveis de isolamentos da instalação elétrica se encontram dentro
dos níveis exigidos regulamentarmente, é necessário realizar o ensaio de medição da
resistência de isolamento da instalação elétrica devendo ser medida entre cada condutor
ativo (fases e neutro) ou grupo completo deles e a terra.
Deverá também ser realizado, sempre que possível, entre os condutores ativos.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
As medições devem ser efetuadas com a No que respeita aos aparelhos de utilização, é
necessário garantir que a sua resistência de
instalação sem tensão, ou seja, com o aparelho de isolamento não é inferior ao valor indicado na
corte geral na posição de desligado e, em regra, respetiva norma, podendo, na ausência de indicação
desse valor, considerar-se 0,5 MΩ.
com os aparelhos recetores desligados.
Quando, na instalação, existirem dispositivos
eletrónicos, apenas deve ser feita a medição entre os
Todos os fusíveis devem ser mantidos nos seus
condutores ativos (fases e o neutro) ligados entre si e
lugares, os disjuntores devem estar fechados e os a terra, de modo a evitar a deterioração que poderia
interruptores do circuito final também devem ocorrer nos dispositivos eletrónicos se não fosse feita
a referida ligação entre os condutores ativos durante
estar fechados. a medição da resistência de isolamento.
37
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
38
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4. Ensaios e Medições
Quando a resistência de um dos grupos for inferior ao valor indicado na tabela 1, deve ser
medida a resistência de cada um dos circuitos desse grupo para identificar o(s) circuito(s)
responsável(eis) por aquele baixo valor.
Quando houver circuitos (ou partes de circuitos) que sejam desligados por meio de
dispositivos atuando por mínimo de tensão (por exemplo, atuando por meio de contactores),
as resistências de isolamento desses circuitos (ou dessas partes de circuitos) devem ser
medidas separadamente, de forma a garantir-se que todos os troços do circuito são medidos.
Para os cabos de aquecimento embebidos nos Isto é, 250 000 Ω para os elementos de aquecimento a
uma tensão estipulada de 230 V e 400 000 Ω para os
elementos da construção, os valores obtidos após
de 400 V.
a sua colocação no betão não devem ser inferiores
a 1 000 Ω/V de tensão estipulada e por elemento
de aquecimento, com o mínimo de 250 000 Ω.
39
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
- não existem ligações entre neutro e terra, Estas precauções aplicam-se principalmente para
testes entre condutores ativos, tais como fase-neutro.
isto é, todos os equipamentos que tenham
risco de avaria com a tensão de ensaio
devem ser desligados dos circuitos, tais
como equipamentos eletrónicos,
luminárias de descarga, etc;
Para minimizar o tempo de realização do ensaio, os condutores de fase e neutro deverão estar
interligados através dos barramentos.
40
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
41
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Através do aparelho de teste de resistência de isolamento ajustado para uma tensão de ensaio
conforme indicada na tabela 1 a resistência de isolamento será medida entre condutores
ativos (fase(s)/neutro).
42
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
43
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4.4.1 Generalidades
separação elétrica.
A separação entre as partes ativas dos circuitos de 4.3 Medição da resistência de isolamento da
instalação elétrica
tensões reduzidas de segurança, tensão reduzida (Página 33)
de proteção e com separação elétrica, e as partes
ativas de outros circuitos e da terra deve ser
verificada por meio da medição da resistência de
isolamento, devendo os resultados obtidos
obedecer ao indicado na tabela 4.
44
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4.5.1 Generalidades
Quando for necessário cumprir as condições de São exemplos de elementos da construção: paredes,
tetos, pavimentos.
proteção por recurso a locais não condutores,
devem ser efetuadas, num mesmo local, no
mínimo, três medições da resistência de
isolamento dos elementos dos pavimentos e
demais elementos da construção.
Uma dessas medições deve ser feita a cerca de um metro de um elemento condutor
acessível, situado nesse local, devendo as outras duas medições ser feitas a distâncias
superiores a um metro.
Estas medições devem ser repetidas para cada uma das superfícies importantes desse local.
Tal como descrito para o ensaio de medição da 4.3 Medição da resistência de isolamento da
instalação elétrica
resistência de isolamento, as medições da (Página 33)
resistência de isolamento dos elementos da
construção devem ser feitas em corrente contínua,
45
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Cada uma das referidas partes é munida de um apoio flexível que garante, quando carregada,
a existência de um contacto direto e franco com a superfície a ensaiar, exercido sobre uma
área com cerca de 900 mm², devendo a resistência de cada uma dessas partes ser inferior a
5000Ω.
46
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Antes de se efetuarem as medições, a zona a ensaiar deve ser molhada ou coberta por um
tecido humedecido.
Durante a realização das medições, deve ser aplicada ao tripé uma força de valor igual a:
47
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Em caso de contestação dos valores obtidos, deve ser usado o elétrodo de medição 1, como
elétrodo de referência.
Trata-se de um elétrodo de medição constituído por uma placa metálica quadrada, com 250
mm de lado, conforme figura 8.
250 mm
Para garantir um melhor contacto, deverá ainda ser colocado um papel ou uma tela hidrófila,
quadrada, com 270 mm de lado, que deve ser molhada e, seguidamente, enxuta e colocada
entre a placa e a superfície a ensaiar.
Durante a realização das medições, deve ser aplicada ao elétrodo uma força de valor igual a:
48
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
49
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Se em algum ponto a resistência for inferior aos valores indicados, as paredes e pisos devem
ser considerados, do ponto de vista da proteção contra choques elétricos, como elementos
condutores.
50
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4.6.1 Generalidades
Qualquer defeito que surja num equipamento elétrico origina a circulação de uma corrente
que deve ser interrompida num tempo compatível com a segurança das pessoas. A medida
de proteção por corte automático da alimentação baseia-se na associação das condições
seguintes:
51
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Para assegurar o corte da alimentação deve existir um dispositivo de proteção que separe
automaticamente da alimentação o circuito ou o equipamento quando surgir um defeito
entre uma parte ativa e uma massa.
Esta medida de proteção contra os contactos Tensão limite convencional de contacto ( UL)
Valor máximo da tensão de contacto que é
indiretos destina-se a impedir que, entre partes admissível poder manter-se indefinidamente em
condutoras simultaneamente acessíveis, possam condições especificadas de influências externas.
Em certos textos regulamentares, esta tensão é
manter-se, durante um tempo suficiente para criar
designada por "tensão limite de segurança"
riscos de efeitos fisiopatológicos perigosos para as
pessoas, tensões de contacto presumidas
superiores às tensões limites convencionais de
contacto.
52
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Os valores das tensões limites convencionais de contacto, para instalações com condições
gerais de humidade, são os seguintes:
53
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
≤50 5 5
75 0,60 5
90 0,45 5
120 0,34 5
150 0,27 1
220 0,17 0,40
280 0,12 0,30
350 0,08 0,20
500 0,04 0,10
Os valores indicados neste quadro são válidos nas condições seguintes:
a) locais secos ou húmidos;
b) corrente percorrendo o corpo humano entre as duas mãos e os dois pés;
c) corrente limitada pela presença de calçado ou pela resistência do solo.
Os valores indicados na coluna (a) aplicam-se à corrente alternada, de frequência compreendida entre 15 Hz e
1 000 Hz e à corrente contínua não lisa. Os valores indicados na coluna (b) aplicam-se à corrente contínua lisa.
Os valores das tensões limites convencionais de contacto (UL), para instalações com
condições de contacto ou humidade mais severos, são os seguintes:
54
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
A eficácia das medidas de proteção contra os contactos indiretos por corte automático da
alimentação deve ser verificada, consoante o esquema das ligações à terra, por meio de um
dos processos indicados nas secções seguintes.
55
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4.6.2.1. Generalidades
56
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Os valores máximos da resistência de terra das massas, que condicionam a seleção dos
dispositivos diferenciais a prever para as instalações elétricas, são impostos pelo requisito de
garantia de que as tensões limites convencionais de contacto, 50 V ou 25 V, definidas em
função da classificação dos locais das instalações quanto às influências externas, não são
excedidas.
Valor máximo da
Corrente diferencial estipulada máxima do resistência de terra
dispositivo diferencial
(Ω)
(I∆N)
UL=50V UL=25V
20 A 2,5 1,25
10 A 5 2,5
Baixa sensibilidade 5A 10 5
3A 16,5 8,25
1A 50 25
500 mA 100 50
Média sensibilidade 300 mA 166 83
100 mA 500 250
30 mA 1 665 832
Alta sensibilidade 12 mA 4 165 2 082
6 mA 8 330 4 165
57
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
No esquema de ligação à terra TN, a verificação da eficácia das medidas de proteção deve
incluir:
58
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Se for necessário, deverá ser também 4.8 Medição da resistência do elétrodo de terra
(Página 71)
realizada a medição da resistência do
elétrodo de terra global (RB).
59
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
(V) (s)
120 0,35
230 0,2
277 0,2
400, 480 0,05
(1)
580 0,02
Uo Tensão entre fase e neutro
(1)
Quando este tempo de corte não puder ser garantido, é necessário adotar outras medidas
de proteção, como por exemplo, ligações equipotenciais suplementares
A referida corrente mínima pode ser determinada por cálculo se os condutores ativos
e o condutor de proteção estiverem instalados na proximidade imediata uns dos
outros, sem interposição de elementos ferromagnéticos.
60
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
No entanto, essa verificação pode ser feita 4.10 Medição da resistência dos condutores de
proteção
medindo, de acordo com o indicado no (Página 99)
parágrafo 4.10 - Medição da resistência
dos condutores de proteção, a resistência
dos condutores de proteção entre a massa
em causa e o ponto mais próximo da
ligação equipotencial principal.
No esquema de ligação à terra IT, a verificação da Não é necessário medir a corrente resultante de um
primeiro defeito se todas as massas da instalação
eficácia das medidas de proteção deve incluir o estiverem ligadas ao elétrodo de terra da
cálculo ou a medição da corrente, no caso de alimentação dessa instalação, quando a instalação
estiver ligada à terra por meio de uma impedância.
ocorrência de um primeiro defeito.
Apenas deve ser medida a corrente de defeito no caso
de não serem conhecidos todos os parâmetros
Quando ocorrer um segundo defeito que
necessários para o seu cálculo.
transforme a instalação em condições análogas às
Durante a realização das medições da corrente de
que se aplicam para o esquema TT, as verificações defeito, devem ser tomadas precauções para evitar os
devem ser realizadas segundo o indicado para o perigos resultantes de um segundo defeito.
61
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Quando ocorrer um segundo defeito que No esquema de ligação à terra TN, para a medição da
impedância da malha de defeito, é necessário
transforme a instalação em condições análogas às estabelecer, na origem da instalação, uma ligação de
que se aplicam para o esquema TN, as verificações impedância desprezável entre o ponto neutro da
alimentação e o condutor de proteção.
devem ser realizadas segundo o indicado para o
esquema de ligação à terra TN, tendo em conta os
aspetos seguintes:
62
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
63
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4.7.1 Generalidades
em ensaio) e as massas.
64
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
No início do ensaio, a resistência variável (Rp) deve estar no seu valor máximo e a corrente
deve ser aumentada por redução da mesma.
O valor da corrente que provoca o funcionamento do dispositivo diferencial (I∆) não deve ser
superior ao valor da corrente diferencial estipulada (I∆n).
65
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
No início do ensaio, a resistência variável (Rp) deve estar no seu valor máximo e a corrente
deve ser aumentada por redução da mesma.
O valor da corrente que provoca o funcionamento do dispositivo diferencial (I∆) não deve ser
superior ao valor da corrente diferencial estipulada (I∆n).
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Na figura 12 está esquematizado o princípio em que se baseia este método, onde como se
pode verificar necessita de um elétrodo de terra auxiliar.
67
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
No início do ensaio, esta resistência variável (Rp) deve estar no seu valor máximo e a corrente
deve ser aumentada por redução da mesma, devendo ser medido o valor da tensão U entre
as massas e o elétrodo de terra auxiliar independente.
O valor da corrente que provoca o funcionamento do dispositivo diferencial (I∆) não deve ser
superior ao valor da corrente diferencial estipulada (I∆n).
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
• Tempo de funcionamento
nomeadamente as normas IEC 60755, EN 61008 e Parte 2: Secção 1 - Aplicabilidade das regras gerais
dos interruptores diferenciais funcionalmente
EN 61009. independentes da tensão da alimentação
EN 61009
Acessórios elétricos - Disjuntores diferenciais, com
proteção contra as sobreintensidades incorporada,
para instalações domésticas e análogas
Parte 1: Regras gerais
Parte 2: Secção 1 - Aplicabilidade das regras gerais
dos disjuntores diferenciais funcionalmente
independentes da tensão da alimentação.
69
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
70
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4.8.1 Generalidades
Antes de se proceder ao ensaio, o cabo de ligação à terra deve ser desligado do Terminal
Principal de Terra (TPT) da instalação.
Este procedimento exige que a instalação seja completamente desligada, pois deixará de ter
terra das massas.
71
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
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4. Ensaios e Medições
O princípio de funcionamento deste método, que utiliza dois elétrodos de terra auxiliares,
está esquematizado na figura 13.
A Amperímetro
V Voltímetro
Rp Resistência variável
T Elétrodo de terra a medir, desligado de quaisquer fontes de alimentação
T1 e T 2 Elétrodos de terra auxiliares
73
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Consiste em fazer circular uma corrente alternada de intensidade constante entre o elétrodo
de terra a medir (T) e um outro elétrodo de terra auxiliar de corrente (T1), colocado a uma
distância tal que as superfícies de influência dos dois elétrodos não se intercetem.
O elétrodo de terra auxiliar de tensão (T2), que pode ser feito a partir de uma vareta metálica
espetada no solo, deve ser colocado a meio caminho entre o elétrodo de terra a medir (T) e o
elétrodo de terra auxiliar de corrente (T1), medindo-se a queda de tensão entre T e T2.
Desde que exista garantia de que não há influência entre os três elétrodos de terra, o
quociente entre a corrente aplicada entre T e T1 e a queda de tensão medida entre T e T2 é
igual à resistência de terra do elétrodo T.
Para que não exista influência entre os elétrodos de terra, os elétrodos de terra auxiliares de
tensão (T2) e de corrente (T1) devem ser colocados o mais afastados possível do elétrodo de
terra a medir (T), bem como serem afastados de elementos estranhos condutores.
Considera-se uma distância aceitável quando ao afastar o elétrodo de terra auxiliar de tensão
(T2) do elétrodo de terra a medir (T) não provocar variações significativas no valor medido.
Em regra pode ser considerada uma distância de 10 m para o elétrodo de terra auxiliar mais
próximo, o de tensão (T2), e 20 m para o elétrodo de terra auxiliar mais afastado, o de
corrente (T1).
A fim de confirmar que o valor assim obtido é correto, devem ser feitas duas outras medições,
deslocando o elétrodo de terra auxiliar de tensão (T2) de cerca de 6 m, para um e para o outro
lado da sua posição inicial.
Se os três resultados obtidos forem da mesma ordem de grandeza, o valor pretendido será a
média destes.
74
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Caso contrário, a distância entre o elétrodo de terra a medir (T) e o elétrodo de terra auxiliar
mais afastado, o de corrente (T1) deve ser aumentada e os três ensaios devem ser repetidos.
Quando a corrente utilizada para a medição for à A resistência interna deverá ser no mínimo, 200 Ω/V.
Deve haver uma separação galvânica entre a fonte de corrente utilizada na medição e a rede
de distribuição, por exemplo, por meio de um transformador com dois enrolamentos
separados.
Dadas as condicionantes físicas que possam ser Nos casos em que se mede a resistência do contacto
do elétrodo de terra utilizando o neutro da rede de
colocadas à realização da medição do valor da distribuição é importante garantir que a segurança
resistência de terra, através do método de está salvaguardada. Note-se que na ligação do
aparelho de medição ao neutro, poderá haver
medição do valor da resistência de terra com
contacto infortuito com uma fase em tensão
elétrodos de terra auxiliares (método volt- próxima. Por outro lado, o neutro também poderá
estar em tensão.
amperimétrico), a medição pode ser realizada
Do ponto de vista da implementação do ensaio, deve
através do método de medição sem elétrodos de
ser considerado o afastamento devido do armário ou
terra auxiliares (método Bipolar), sendo, para estas Posto de Transformação da rede de distribuição, para
situações, este método regulamentarmente aceite que estes não estejam na zona de influência do
elétrodo de terra a medir. O valor recolhido
para verificação das instalações elétricas de baixa contempla a resistência do elétrodo de terra, a
tensão. resistência dos condutores de interligação e a
resistência da terra de neutro do posto de
transformação.
75
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Para garantir a verificação das condições de proteção das pessoas nas instalações elétricas,
deve sempre ser considerado que a medição recolhida com a utilização deste método
contempla o valor do elétrodo de terra que se pretende medir, mais o valor da resistência do
condutor de interligação, mais o valor da resistência do contacto com a terra, sendo que a
medida será sempre superior ao valor real da resistência do elétrodo de terra da instalação.
4.8.5.1 Generalidades
76
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Deste modo, com vista à obtenção do valor da resistência dos elétrodos de terra, sempre que
a instalação possuir dois elétrodos, impõe-se a necessidade de antes aferir o valor da
resistência de qualquer um deles, confirmar a sua independência.
A independência dos elétrodos de terra poder ser testada através de um de três métodos.
a) Método 1
Recorrendo a dois elétrodos de terra auxiliares, um de corrente (T1) e outro de tensão (T2), o
aparelho de medida garantirá a passagem de uma corrente entre um dos elétrodos das
massas ou de alimentação a testar (por exemplo o elétrodo de terra das massas T) e o já
mencionado elétrodo T1.
77
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
A Amperímetro
VT Voltímetro
VP Voltímetro
Rp Resistência variável
T Elétrodo de terra das massas
P Elétrodo de terra da alimentação
T1 e T 2 Elétrodos de terra auxiliares (T1 de corrente e T2 de tensão)
78
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
b) Método 2
Para concluir acerca da resistividade do solo, poder-se-á proceder à sua medição ou ter como
referência os valores típicos de resistividade dos terrenos de acordo com a sua natureza,
indicados nas Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
A tabela 13 indica os valores da resistividade dos terrenos de acordo com a sua natureza.
79
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
80
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
c) Método 3
Caso os elétrodos de terra sejam distintos, será necessário proceder à medição da resistência
de terra da alimentação e das massas a realizar conforme descrito anteriormente.
Neste caso, o valor máximo da resistência de terra, a considerar para fins de verificação do
cumprimento da tensão limite convencional de contacto, será a soma algébrica dos valores
da resistência dos elétrodos das massas e da alimentação, devido à malha de defeito
produzida.
Caso sejam terras confundidas (terra única) então só haverá lugar a um ensaio de medição do
valor da resistência de terra, a realizar conforme descrito anteriormente.
81
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
4.9.1 Generalidades
Esse tempo depende do esquema de ligação à terra utilizado e do valor da tensão nominal
entre fase e terra da instalação (U0).
Os tempos de corte máximos para o esquema de ligação à terra TN, para as tensões limites
convencionais de contacto de 50 V e 25 V, estão indicados nas tabelas 8 (página 59) e 9
(página 60), respetivamente.
82
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Os tempos de corte máximos para o esquema de ligação à terra IT (segundo defeito), para as
tensões limites convencionais de contacto de 50 V e 25 V, estão indicados nas tabelas 10 e 11
(página 63), respetivamente.
83
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Em regra, a soma das resistências dos elétrodos de terra das massas (RA) e da alimentação
(RB) é muito superior à impedância dos outros elementos da malha, pelo que a impedância
total da malha é praticamente igual a (RA+RB).
No esquema de ligação à terra TT, podem ser utilizados como dispositivos de proteção:
84
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Assim, pode-se verificar que a utilização de dispositivos de proteção por máximo de corrente
obriga a que os elétrodos de terra das massas tenham resistências muito baixas.
Valores de resistência do elétrodo de terra das massas tão baixos como os indicados na tabela
14 são, na prática, dificilmente conseguidos e, por outro lado, não é possível garanti-los ao
longo do tempo, atendendo à variação destas resistências, nomeadamente, com as
condições de humidade.
Por este facto, a proteção de pessoas contra os contactos indiretos nas instalações realizadas
segundo o esquema TT, não é, em regra, garantida por dispositivos de proteção por máximo
de corrente.
85
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
87
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
As características dos dispositivos de proteção e as impedâncias dos circuitos devem ser tais
que, se se produzir, em qualquer ponto, um defeito de impedância desprezável entre um
condutor de fase e o condutor de proteção ou uma massa, o corte automático seja efetuado
num tempo não inferior ao valor especificado para que se verifique a condição seguinte:
I∆n);
b) dispositivos diferenciais.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
amperes;
(I∆n).
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Figura 18 – Malha de defeito para num esquema de ligação à terra IT isolado da terra
90
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Figura 19 – Malha de defeito num esquema IT com o neutro ligado à terra por meio de uma
impedância (Z) e em que os elétrodos de terra da alimentação (RB) e das massas (RA) estão
separados
Assim, nesta situação, a dispensa do corte é justificada pela limitação da tensão de contacto
na massa, (de valor igual a RAxId), que não deve ser superior ao limite convencional.
91
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
UL= 50 V
Instalações com condições gerais de humidade
UL= 25 V
Instalações com condições de contacto ou
humidade mais severas
No esquema IT, quando ocorrer um primeiro defeito de isolamento, a corrente de defeito tem
um valor tão reduzido que a tensão de contacto daí resultante não é perigosa (de valor
inferior à tensão limite convencional de contacto UL).
Isto permite evitar o corte ao primeiro defeito e manter a exploração da instalação. Para tal, é
importante que o defeito seja assinalado, rapidamente identificado e eliminado, pois, caso
contrário, a instalação passaria a funcionar em esquema TN ou em esquema TT.
Se surgisse um segundo defeito antes que o primeiro tivesse sido eliminado perder-se-iam as
vantagens do esquema IT, dado que, nesta situação, o corte é obrigatório.
Se o primeiro defeito não for eliminado e se ocorrer um segundo defeito de isolamento que
afete uma outra fase, estabelece-se uma corrente de duplo defeito (que é uma corrente de
curto-circuito entre fases ou entre fase e neutro) que embora tendo uma intensidade inferior
à de uma corrente de curto-circuito, pois afeta dois circuitos, poderá originar perigo para os
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4. Ensaios e Medições
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4. Ensaios e Medições
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4. Ensaios e Medições
O equipamento mede o valor da tensão antes e durante o tempo em que a corrente circula
no circuito. A diferença entre os dois é o valor da queda de tensão no circuito ensaiado. O
quociente entre a queda de tensão verificada e o valor da corrente injetada no circuito dá o
valor da impedância da malha de defeito.
Quando for necessário proceder-se à medição da Os métodos a seguir descritos, que são dados a título
de exemplo, dão valores aproximados, dado que não
impedância da malha de defeito no esquema TN têm em conta as componentes vetoriais das tensões,
podem ser utilizados os métodos a seguir isto é, as condições que existem no momento em que
ocorre o defeito à terra. A precisão desta medição é,
descritos.
no entanto, considerada como aceitável desde que a
reactância do circuito seja desprezável.
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4. Ensaios e Medições
Este método consiste em medir a tensão entre uma fase e a terra, com e sem uma resistência
de carga variável (R).
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4. Ensaios e Medições
Nota:
A diferença entre as tensões U1 e U2 deve ser
significativa.
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4. Ensaios e Medições
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4. Ensaios e Medições
Este procedimento de verificação consiste em medir o valor da resistência entre cada uma
das massas da instalação e o ponto mais próximo da ligação equipotencial principal.
Recomenda-se que essa medição seja feita a uma tensão que, em vazio, esteja compreendida
entre 4 V e 24 V (em corrente alternada ou em corrente contínua) e com uma corrente não
inferior a 0,2 A.
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4. Ensaios e Medições
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4. Ensaios e Medições
4.11.1 Generalidades
Existem diversas formas de realizar o ensaio de 4.2 Verificação da continuidade dos condutores
de proteção e das ligações equipotenciais
polaridade, nomeadamente através do recurso a (Página 27)
multímetros e do ensaio de continuidade.
No entanto, o procedimento mais simples é o da inspeção visual tendo por base a coloração
dos condutores.
4.12.1 Generalidades
Este ensaio deve ser realizado nos equipamentos construídos e montados no local da obra.
Para os conjuntos montados no local, e na falta de ensaio dielétrico, a verificação deve ser
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
4. Ensaios e Medições
Enquanto as Regras Técnicas das Instalações Este teste não deverá ser realizado para locais com
risco de incêndio ou explosão.
Elétricas de Baixa Tensão não especificarem o tipo
de ensaio a realizar para os equipamentos
construídos no local, (que não satisfaçam a uma
Norma própria), o ensaio dielétrico pode ser
realizado pelo método a seguir descrito.
A rigidez dielétrica das instalações elétricas deve ser tal que, com os equipamentos de
utilização desligados, a instalação resista, durante 1 minuto, a uma tensão de ensaio,
expressa em volts, tendo como mínimo 1500 V, em 50 Hz, dada pela expressão:
Este ensaio realizar-se-á para cada um dos condutores, em relação à terra e entre condutores.
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4. Ensaios e Medições
4.13.1 Generalidades
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5. Manutenção e Exploração das Instalações
5.1.1 Generalidades
manutenção, ser usadas as medidas de segurança Para certos equipamentos, deve ser comprovada a
ausência de tensão aos seus terminais de
adequadas ao tipo de operações a realizar. alimentação, nomeadamente, quando for de recear a
possibilidade de realimentação por meio de um outro
circuito.
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5. Manutenção e Exploração das Instalações
No decorrer das ações de manutenção, todas as instalações ou partes das instalações, que
representem perigo potencial para a segurança das pessoas e das próprias instalações devem
ser, imediatamente, colocadas sem tensão e apenas devem ser ligadas após terem sido feitas
as necessárias reparações.
Durante a manutenção das instalações deverá ser dedicada uma atenção especial aos
seguintes aspetos:
c) o estado dos cabos flexíveis que alimentem aparelhos móveis, bem como os
seus dispositivos de ligação;
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5. Manutenção e Exploração das Instalações
5.2.1 Generalidades
Na utilização das instalações não deve tocar-se, sem necessidade, em quaisquer condutores
elétricos, peças ou equipamentos desprotegidos, nem manejar, sem tomar os devidos
cuidados, objetos que possam provocar contactos com elementos em tensão.
Pessoas qualificadas
Pessoas possuindo conhecimentos técnicos ou
experiência suficiente que lhes permita evitar os
perigos que possam advir da eletricidade.
Classificação quanto à competência das pessoas
como BA5 (RTIEBT).
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5. Manutenção e Exploração das Instalações
Os trabalhos nas instalações devem ser realizados, em regra, fora de tensão e por pessoas
qualificadas ou instruídas, depois de o responsável pela condução desses trabalhos ter
procedido ao corte da corrente ou ter recebido comunicação de pessoa idónea que garanta
ter sido realizado esse corte.
Não é admissível iniciar os trabalhos por prévia combinação de hora, pois este procedimento
pode originar acidentes devido ao desacerto dos relógios, ao engano nas horas ou a uma
incorreta estimação do tempo necessário para executar a manobra de corte.
Também não é admissível iniciar os trabalhos por simples falta de tensão uma vez que esta
pode resultar não de uma ação intencional, mas de um incidente na instalação e a tensão
poder surgir após a resolução desse incidente.
Se a comunicação referida anteriormente for via rádio, telefone ou telemóvel, quem a receber
deve repeti-la, demonstrando que a compreendeu.
Antes de iniciar os trabalhos deve ser comprovada a efetiva ausência de tensão por meio de
dispositivos adequados. Deve, ainda, verificar-se se na proximidade da zona onde vão
decorrer os trabalhos há condutores ou peças em tensão e, em caso afirmativo, devem tomar
se as precauções adequadas.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
5. Manutenção e Exploração das Instalações
Devem ser tomadas as medidas adequadas para evitar que possam ser religados de forma
inadvertida os dispositivos de corte ou de proteção acessíveis e por meio dos quais foi
eliminada a tensão, como por exemplo o bloqueio, por meio de cadeados ou de fechaduras,
dos dispositivos de corte ou de proteção e a colocação de placas ou de letreiros de aviso com
a indicação “NÃO LIGAR - TRABALHOS”, os quais devem ser mantidos até ao final dos
trabalhos.
Quando não houver certeza de que foi desligada a parte da instalação afetada pelos
trabalhos, estes só poderão ser realizados como se a instalação estivesse em tensão e de
acordo com as regras para os trabalhos em tensão.
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
5. Manutenção e Exploração das Instalações
Os trabalhos nas instalações podem ser realizados Não são considerados trabalhos em tensão as
simples manipulações de aparelhos construídos
em tensão quando, por motivos de serviço, não for especialmente para serem manobrados em tensão
conveniente cortar a tensão.
a) rigoroso cumprimento das regras e das condições próprias para este tipo de
trabalhos, as quais devem ter sido elaboradas de forma a prevenir os riscos daí
resultantes para a segurança das pessoas e dos bens (incluindo a própria instalação);
b) realização dos trabalhos apenas por pessoas qualificadas para este tipo de trabalhos;
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
5. Manutenção e Exploração das Instalações
Para garantir a continuidade de serviço, as instalações São exemplo desses acessórios, os fusíveis,
punhos saca fusíveis, fontes de luz
elétricas, cuja importância o justifique, devem ser auxiliares.
dotadas com os equipamentos de reserva e com os
acessórios suscetíveis de virem a ser necessários durante
a exploração.
Nos locais afetos a serviços elétricos devem ser afixados, em locais apropriados, as instruções
aprovadas oficialmente, para os primeiros socorros a prestar em caso de acidentes pessoais
produzidos pela corrente elétrica
Recomenda-se que:
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Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações.
5. Manutenção e Exploração das Instalações
- uma caixa contendo sal de cozinha destinado a ser deitado sobre a zona
atingida, depois de lavada abundantemente com água corrente, em caso de
derrame do eletrólito sobre a pele ou sobre o vestuário.
- uma caixa contendo areia para ser deitada sobre o eletrólito, em caso de
derrame deste sobre o pavimento.
Quando a realização de quaisquer trabalhos puder pôr em risco a segurança das pessoas que
os executam devido à proximidade de outras instalações, elétricas ou não, ou pôr em perigo
ou causar perturbações a essas mesmas instalações, as entidades interessadas devem tomar,
de comum acordo as precauções convenientes.
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Lista de Tabelas
Lista de Tabelas
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Lista de Figuras
Lista de Figuras
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