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https://www.portalsaofrancisco.com.br/saude/doencas-transmitidas-pelo-solo
Tétano
O bacilo do tétano pode ser encontrado sob a forma de esporo (uma forma
resistente do micróbio) nos mais variados ambiente: poeira, pregos
enferrujados, latas, água suja, galhos, espinhos e no solo, principalmente quando
tratado com adubo animal, pois esse bacilo está presente nas fezes dos animais
domésticos e do homem.
A profilaxia do tétano depende, portanto, da melhoria do padrão de vida das
camadas mais pobres da população. Depende também da eficiência dos
programas de vacinação. A vacina contra o tétano está associada às da difteria e
da coqueluche (vacina tríplice). Se o indivíduo não tiver sido vacinado, deve-se
usar soro antitetânico e antibióticos, prescritos pelo médico. Posteriormente será
aplicada a vacina.
Amarelão – Ancilostomose
É uma doença típica de regiões de solo quente e úmido. Entre outros sintomas,
provoca uma forte anemia, que diminui a capacidade de trabalho dos indivíduos
afetados.
Esses ovos contaminam o solo e dão origem às larvas, que penetrarão pelos pés
de outros indivíduos, infestando-os. Desse modo, a doença vai passando de uma
pessoa para outra.
O tratamento dos doentes deve ser feito com vermífugos, associados a uma dieta
rica e mesmo a antinômicos, já que a perda de ferro é muito expressiva.
Esquistossomose – Barriga-d’água
É o nome popular para uma doença que deixa a pessoa com uma barriga enorme.
Esquistossomose é a outra denominação para esse mal. No Brasil, a barriga-
d’água é provocada pelo Schistosoma mansoni, verme achatado (platelminto)
que entra pela pele (pés e pernas), aloja-se no fígado, alimenta-se de sangue e
chega a ter um centímetro.
O verme passa por várias fases. Ele começa como ovo, vira uma larva ao cair em
rio ou lagoa, transforma-se em cercaria dentro de um caramujo e chega à fase
adulta no corpo humano, seu hospedeiro definitivo. A cartone é uma droga que
mata o verme. Ela é, porém muito tóxica ao organismo.
Os prejuízos causados pelo verme não se limitam a sua espoliativa, isto é, a sua
capacidade de desviar os nutrientes do indivíduo doente para seu próprio
consumo.
A obstrução do sistema porta causa problemas circulatórios que, por sua vez,
acarretam a congestão e o edema das paredes do intestino, e do estômago, bem
como perda de parte do plasma para a cavidade abdominal (barriga-d’água).
Os helmintos são doenças transmitidas pelo solo e estão entre as infecções mais comuns
em todo o mundo e afetam as comunidades mais pobres e mais necessitados. Eles são
transmitidos por ovos presentes nas fezes humanas, que por sua vez contaminam o solo
em áreas onde o saneamento é deficiente.
As últimas estimativas indicam que mais de 880 milhões de crianças estão precisando
de tratamento para estes parasitas.
OMS intervenções de controle baseiam-se na administração periódica de anti-
helmínticos para grupos de pessoas em situação de risco, apoiados pela necessidade de
melhorias em saneamento e educação em saúde.
Morbidade e sintomas
Infecções concomitantes com outras espécies de parasitas são freqüentes e podem ter
efeitos adicionais sobre o estado nutricional e patologia do órgão.
Fonte: www.who.int
Sintomas: ás vezes a pessoa não sente nada, outras vezes chega a ter febre e
outros sintomas. Em casos mais graves pode até causar cegueira e atacar o
sistema nervoso.
Prevenção: evitar o consumo de carne malcozida; evitar beijar gatos e lavar as
mãos depois do contato com animais de estimação.
2.4 Ascaridíase:
Doença causada pelo verme conhecido como áscaris ou lombriga.
Duas espécies mais comuns de tênia são: Taenia solium (presente em carne de
porco) e Taenia saginata (presente em carne de boi).
https://www.tuasaude.com/doencas-transmitidas-pelo-solo/
5. Tungíase
A tungíase é uma parasitose mais conhecida como bicho-de-pé, também chamado
de bicho-de-areia ou bicho-de-porco, provocada pelas fêmeas grávidas de uma
espécie de pulga, chamada de Tunga penetrans, que costuma habitar solos que
contêm terra ou areia.
Ela surge como uma ou várias lesões, em forma de pequenos caroços de cor
marrom escura, que causa bastante coceira e, se inflamar, pode provocar dor e
vermelhidão no local. Esta infecção costuma afetar pessoas que andam descalças,
por isso, a principal forma de prevenção é preferir andar calçado, principalmente
em solos arenosos. Veja mais sobre como identificar, prevenir e tratar o bicho-de-
pé.
O que fazer: O tratamento é feito com a retirada do parasita no posto de saúde
com material esterilizado e, em alguns casos, podem ser indicados vermífugos,
como Tiabendazol e Ivermectina.
6. Esporotricose
A esporotricose é uma doença provocada pelo fungo Sporothrix schenckii, que
habita a natureza e está presente em locais como solo, plantas, palha, espinhos ou
madeira. Ela é também conhecida como "doença do jardineiro", pois é comum
afetar estes profissionais, assim como agricultores e outros trabalhadores que
entram em contato com plantas e solo contaminados.
Geralmente, esta infecção atinge apenas a pele e o tecido subcutâneo, em que se
formam pequenos caroços na pele, que podem crescer e formarem úlceras. No
entanto, em alguns casos, o fungo pode se espalhar para outros locais do corpo,
especialmente se a imunidade estiver comprometida, atingindo ossos,
articulações, pulmões ou sistema nervoso.
O que fazer: Em caso de esporotricose, é recomendado fazer uso de remédios
antifúngicos, como o Itraconazol, por exemplo, por 3 a 6 meses de acordo com a
recomendação do médico. É importante que o tratamento não seja interrompido
sem recomendação, mesmo que não existam mais sintomas, pois caso contrário
pode estimular mecanismos de resistência dos fungos e, assim, tornar o
tratamento da doença mais complicado.
7. Paracoccidioidomicose
A paracoccidioidomicose é uma doença infecciosa causada pela inalação dos
esporos do fungo Paracoccidioides brasiliensis, que vive no solo e em plantações,
sendo, por isso, mais comum de acontecer em agricultores e moderadores de
áreas rurais.
A paracoccidioidomicose pode afetar diversas partes do corpo, e costuma provocar
sinais e sintomas como febre, perda de peso, fraqueza, lesões na pele e mucosas,
falta de ar ou aumento de gânglios linfáticos pelo corpo.
O que fazer: O tratamento para a paracoccidioidomicose pode ser feito em casa
com o uso de comprimidos de antifúngicos que devem ser usados conforme a
indicação do médico, podendo ser recomendado Itraconazol, Fluconazol ou
Voriconazol, por exemplo. Além disso, é recomendado evitar fumar e consumir
bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Além da paracoccidioidomicose, outras doenças fúngicas podem ser adquiridas
pela inalação de partículas de fungos, como a blastomicose ou coccidioidomicose,
por exemplo. Saiba tudo sobre a coccidioidomicose.
Como evitar as doenças transmitidas pelo solo
Para evitar as doenças transmitidas pelo solo é importante não andar descalço,
evitar o consumo de alimentos e água possivelmente contaminadas e investir na
melhora das condições de saneamento básico.
Além disso, é importante ter atenção à lavagem das mãos, principalmente as
crianças, que podem colocar a mão suja na boca ou nos olhos e, assim, favorecer
o desenvolvimento de doenças. Por isso, é importante lavar bem as mãos sempre
antes e após ir ao banheiro e ter contato com animais.
https://blog.jacto.com.br/doencas-do-solo/
O solo é um elemento essencial para a agricultura. Ele é a base de todo o trabalho e, por
isso, é fundamental dar a ele o devido cuidado. Afinal, sua qualidade impacta diretamente
na produtividade da safra. Por outro lado, a falta de um manejo adequado pode gerar uma
doença do solo, que poderia comprometer toda a produção.
Para evitar isso, leia este artigo que apontará as principais pragas e doenças do solo. Saiba
também quais são as melhores práticas para prevenir esses problemas, especialmente nas
lavouras de cana, milho, soja e café!
O pior é que, no geral, após a contaminação, o patógeno continua presente no solo por
longo tempo. Assim, sua remoção nem sempre é fácil. Por isso, a prevenção é sempre o
melhor caminho. Mas antes de focar nas soluções, vamos conhecer um pouco mais sobre
as doenças do solo.
Pragas do solo
Aqui, destacamos os insetos que danificam as plantas, quer estejam em sua fase adulta,
quer enquanto larvas.
Causa grandes danos em curto período a lavouras de amendoim, feijão, milho, soja, trigo e
arroz. As larvas atacam o colo da planta, impedindo seu crescimento. A planta murcha e
morre.
As fêmeas cavam um pequeno orifício na haste da planta para colocar seus ovos. Então, a
larva se desenvolve no interior do caule. No mês de março, ela desce para o solo, onde
ficam encasuladas até outubro, entrando na fase de pupa, que dura umas 3 ou 4 semanas.
Por fim, em novembro, completam seu ciclo biológico, tornando-se adultas e emergindo
do solo.
Como o inseto raspa a haste da planta, enfraquecendo seus tecidos de suporte, elas podem
se quebrar facilmente em ocorrências de chuvas ou vento, reduzindo seu potencial
produtivo.
Coró da soja (Phyllophaga cuyabana)
Também conhecido como larva de besouro, ele vive no solo e consome as raízes de
diversos tipos de lavouras, como feijão, morango, milho, soja e hortaliças de uma forma
geral. Com isso, a planta pode não se desenvolver ou, dependendo do seu estágio, ter
sua produtividade comprometida.
Depois que se espalha, sua remoção é muito difícil, mesmo com o uso de defensivos. Uma
das recomendações é a adoção de adubo verde, como a crotalária, que pode ser plantada
antes de outras culturas. A larva se alimenta das suas raízes e morre antes de atacar a
próxima plantação.
Pode ser observada em qualquer região produtora de café do mundo. Ela ataca o fruto
independentemente do estágio de maturação, mesmo que já esteja seco. Como resultado,
há a perda de peso e de qualidade do grão. Os grãos ficam furados em uma quantidade
proporcional ao nível de infestação da praga, fazendo o café perder seu valor comercial.
Doenças fúngicas
Como o nome sugere, o patógeno aqui são os fungos, organismos muitas vezes
microscópicos e, como parasitas, prendem-se a animais e vegetais para extrair seu
alimento. Com isso, podem provocar doenças e deformações em outros seres vivos. Veja
alguns que acometem as principais culturas.
Ataca principalmente a soja. Ela permanece no solo e causa a morte das plantas mais
jovens. As vagens da soja ficam escurecidas e retorcidas, podem cair e têm o seu número
fortemente reduzido. O mesmo pode ocorrer com as sementes.
Doença atinge a cana-de-açúcar, entre outras culturas. Por meio de aberturas naturais ou
machucados na planta, o fungo entra e coloniza a planta. Se o solo estiver contaminado, o
tolete de plantio se torna a porta de entrada para o organismo. Como consequência,
percebe-se uma baixa germinação na lavoura e a morte de novos brotos.
É claro que as pragas e doenças do solo não se restringem a essas aqui mencionadas. Cada
cultura vai ter ocorrências mais comuns. No entanto, existem práticas que ajudam a reduzir
substancialmente o impacto desses problemas. Veja só.
Como prevenir e remediar as doenças do solo?
Existem diversos defensivos que combatem patógenos espalhados na lavoura. No entanto,
essa é uma medida para remediar um dano já instalado que representará custos adicionais,
além de exigir muito cuidados para manter a segurança alimentar. Assim, para evitar a
proliferação de doenças do solo, as ações precisam ser tomadas antes do plantio, ainda na
fase de planejamento. Considere as principais práticas.
Rotação de culturas
A monocultura é uma das causas do desenvolvimento de pragas e doenças nas lavouras. A
diversidade gera um equilíbrio natural que preserva a interação entre os diversos
organismos do ambiente. Nesse contexto, muitos adotam um sistema de rotação de
culturas — umas das principais práticas do plantio direto.
Por exemplo, ao substituir um cultivar que serve de alimento para uma determinada praga
por outro tipo de plantação, o vetor de doenças tende a enfraquecer ou, até mesmo,
desaparecer. Além disso, a rotação de culturas ajuda a estrutura do solo, repõe nutrientes e
fortalece as plantas para resistir a doenças.
Preparo do solo
Alguns fatores relativos ao próprio solo podem favorecer o aparecimento e
desenvolvimento de patógenos, como altas temperaturas e umidade. Por isso, antes do
plantio, trate solos mal drenados, compactos e com desequilibro nos nutrientes.
Gostou da ideia de usar a tecnologia no campo? Então, saiba mais sobre o que é agricultura
de precisão!
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A época de semeadura da soja se aproxima e é hora de deixar tudo preparado: máquinas reguladas,
insumos à disposição e muito cuidado com as doenças de solo. Isso mesmo. Os cuidados para evitar
ou minimizar os efeitos das doenças incluem a conservação do solo e o processo de semeadura. E
para a obtenção de produtividades elevadas, é fundamental que a implantação e desenvolvimento
inicial da lavoura ocorram de forma adequada. Solos mal conservados ou em condições inadequadas
(compactados, mal drenados, com baixa atividade microbiana e pobres em nutrientes) aumentam as
chances de ocorrência de doenças provocadas por microrganismos. Ao contrário, solos bem
manejados são geralmente supressivos a doenças. Algumas doenças muito comuns na soja e
altamente favorecidas pelo manejo inadequado do solo, são comentadas a seguir.
Solos mal conservados predispõem as plantas a diversas outras doenças além das comentadas acima.
Por exemplo, as doenças de final de ciclo (DFCs – mancha parda e crestamento foliar) são mais
comuns em solos com baixos teores de nutrientes. Mesmo que o solo não seja pobre em nutrientes, a
limitação no desenvolvimento radicular devido a problemas na estrutura do solo leva a deficiências
nutricionais nas plantas. No caso de nematoides, os sintomas reflexos (secundários) na parte aérea
das plantas (folha carijó, subdesenvolvimento) muitas vezes não são percebidos quando o solo está
bem manejado. Esses exemplos mostram que o cuidado com a estrutura e composição do solo pode
fazer com que muitas doenças não atinjam o limiar de dano, quando a doença ocorre mas não
provoca redução na produtividade.
Assim, a manutenção de boas condições físicas, químicas e biológicas nos solos agrícolas, aliado à
observância da melhor época de semeadura, constitui-se em um cuidado fundamental para a
sustentabilidade e a lucratividade das lavouras. Além das condições químicas, que o produtor já está
acostumado a conferir, outros cuidados para uma boa gestão do solo estão relacionados abaixo:
Conservação do solo, que pode ser alcançada por meio da redução da erosão e aumento de
cobertura vegetal;
Conservação da matéria orgânica do solo, que inclui a redução do preparo do solo, a aplicação
de adubos orgânicos de origem vegetal ou animal, o aumento da diversidade de espécies
cultivadas e o aumento do aporte de carbono ao solo;
Atenuação de estresses provocados no solo, que requer otimizar o preparo, evitar operações
agrícolas em solo com umidade inadequada, reduzir o trânsito de máquinas e favorecer a
manutenção de resíduos vegetais na superfície do solo;
Redução do uso de insumos tóxicos aos organismos do solo, o que inclui o manejo integrado
de pragas, doenças e plantas daninhas (proporcionando o emprego racional de pesticidas), o
emprego de cultivares resistentes a pragas e doenças, a rotação de culturas e o uso de plantas
de cobertura do solo.
Com esses cuidados, alguns mais pontuais e outros que devem ser trabalhados a longo prazo, faz
mais sentido desejarmos uma boa safra a todos!
Alexandre Dinnys Roese (Analista - Fitopatologia)
Embrapa Agropecuária Oeste
Sede da Embrapa
Sendo natural ele serve como fonte principal de nutrientes para as plantas, que são
usadas como fonte de alimentação pelos animais e seres humanos. O plantio é
realizado há milhares de anos, contribuindo com a alimentação e ainda uma grande
fonte de renda por meio do comércio dos produtos que se cultiva.
Cada tipo de composição do solo vem a interferir diretamente no cultivo das plantas, já
que a quantidade de substâncias contidas no solo reflete na agricultura. Todos aqueles
solos abastados de nutrientes têm enorme fertilidade, o que se apresenta de forma
positiva para o plantio. Enquanto que os solos que são pobres em substâncias precisam
de adaptações corretas para que se faça a plantação.
Por isso, diversas técnicas agrícolas passaram a ser desenvolvidas para modificar o
solo e deixá-lo adequado às plantações. Determinadas medidas precisam ser tomadas
antes de se fazer o plantio e, entre as técnicas mais usadas na plantação estão a
apreciação da composição da terra, da aragem, drenagem do solo, irrigação do plantio,
adubação, uso dos agrotóxicos, e ainda outros.
O solo já tem sido objeto de estudo por vários anos, especialmente para saber quanto
a sua fertilidade. A nutrição das plantas que é conseguida a partir do contato com o solo
é algo de grande importância. Em razão disso é feita uma enormidade de atividades que
possuem como foco principal avaliar o quão fértil é o solo e ainda sua possível
capacidade de interação com a planta.
a) Existem diversas fases que são analisadas para se avaliar os tipos de solos. Existe
o solo chamado de natural, que não contém nenhuma forma de fertilizante em sua
composição e, em muitas situações não há a necessidade de se acrescentar qualquer
tipo de nutriente.
O termo fertilidade atual faz referência ao solo que passou por algum tipo de alteração
causada pelo homem. Nessas situações é preciso verificar qual a planta que será
cultivada e ainda qual a sua precisão de nutrientes.
A poluição dos solos é um problema cada vez mais importante e que acontece de muitas
maneiras. A única forma da combate-la é aumentar a disponibilidade de informações a respeito
e promover a gestão sustentável da terra. “É preciso intensificar a colaboração global na busca
de provas científicas confiáveis para que se mude a forma de plantar e o uso dos agrotóxicos”,
disse Ronald Vargas, secretário geral da Aliança Mundial pelo Solo.
A assembleia da Aliança Mundial pelo Solo é uma plataforma neutra e multi participe para
discutir os temas globais em relação aos solos e busca agrupar conhecimentos sobre boas
práticas de manejo, “além de estimular medidas para manter os solos saudáveis para que sigam
garantindo os serviços ambientais que garantem alimentos para todos”, disse Maria Helena
Semedo, diretora geral adjunta da FAO.
A Assembleia realizada no final de junho aprovou novas iniciativas para facilitar a troca de
informações sobre solo, a criação da Rede Global de Laboratórios de Solos, que deverá
coordenar e criar modelos de medição para uso entre todos os países, a Rede Internacional e
Solos Negros, que pretende melhorar o conhecimento sobre os solos agrícolas mais férteis, que
também são conhecidos por seu alto conteúdo de carbono.
Cerca de um terço dos solos do mundo estão contaminados, devido principalmente a práticas
insustentáveis de gestão. Além disso bilhões de toneladas de terra se perdem a cada ano na
agricultura e uma das causas principais é a poluição por agrotóxicos e pelo manejo ineficiente
do solo. Em alguns países cerca de um quito de todas as terras cultiváveis estão comprometidas
com contaminações diversas.
Contaminação do solo significa a presença na terra de substâncias químicas que estão fora de
lugar ou em concentrações superiores às normais, por ação de mineração, atividades industriais
ou má gestão das águas.
A FAO alerta que em alguns casos as contaminações se estendem por grandes áreas por conta
das chuvas e dos ventos. Os insumos agrícolas, como os fertilizantes, os herbicidas e os
pesticidas, incluindo os antibióticos que são encontrados nos estercos dos animais, são
importantes contaminantes que provocam problemas também por conta de suas fórmulas que
são constantemente alteradas.
“A contaminação dos solos é um risco traiçoeiro porque é mais difícil de ser observada do que
outros processos de degradação, como a erosão. Os perigos estão, também, em como os
contaminantes reagem com os elementos já presentes no solo e a velocidade com que esses
contaminantes penetram nos ecossistemas”, alerta o documento da FAO. Segundo a
organização, a diversidade de contaminantes e tipos de solos, assim como as formas que agem,
fazem com que os estudos para determinar os riscos sejam especialmente difíceis e caros.
Solos Negros
A nova rede internacional de solos negros define como negros aqueles que contém ao menos
25 centímetros de húmus e com uma taxa de carbono orgânico superior a dois por cento.
Segundo essa definição estão em um território de 916 milhões de hectares e cobrem 7% da
superfície do planeta.
Cerca de 25% dos solos negros são do tipo clássico, com um metro de húmus, e se encontram
em regiões de plantios de cereais da Europa Oriental e Ásia Central, além de antigas pradarias
da América do Norte, disse o informe da FAO. São considerados solos de extrema importância
para a segurança alimentar da humanidade. A Rede Internacional de Solos Negros tem como
missão a conservação da produtividade a longo prazo desses solos através da colaboração
técnica e intercâmbio de conhecimentos.
há de se ter atenção com seu uso, já que grande parte deles é sintético, podendo
apresentar risco aos seres humanos e às plantas.
Por isso, somente é recomendada sua aplicação por indicação de um profissional da
área, como, por exemplo, um engenheiro agrônomo.
b) Para que haja um desenvolvimento completo da planta, além de contar com um solo
fértil, é preciso que a terra seja própria para que a planta possa desenvolver e fixar bem
suas raízes. A luz do sol, a temperatura, e a quantidade certa de água devem ser
oferecidas em quantidade suficiente para que a cultura possa se desenvolver
adequadamente. Um solo fértil é somente uma das partes necessárias para que se
obtenha um sadio plantio.
Por exemplo, podemos citar um fator que intervém bastante na qualidade e aparência
do solo, como a erosão, sendo uma das alterações mais preocupantes do mesmo. Esse
tipo de processo é feito a partir do deslocamento de solo através dos rios, das chuvas
ou ainda dos constantes ventos, arrastando as partículas do solo para as regiões mais
baixas do terreno.
Por isso, a desertificação e a erosão, aliadas a demais modificações do solo podem ser
conseguida por fatores naturais, ou ainda através da ação do homem, que pode até não
agir diretamente, mas por meio de muitas ações acaba aceleramento todo esse
processo de desnutrição do solo.
Fonte: www.culturamix.com
DESMATAR OU REAPROVEITAR ÁREAS
Recentemente em um simpósio (Abril 2016) sobre solo e agronegócio, fiquei perplexo ao ver em
“número” o tamanho de áreas que podem ser reutilizadas se “conscientemente” o homem parar
com o avanço do desmate para criar novas áreas e fazer as devidas correções nestas áreas.
Segue a informação:
Brasil e seus desafios - O Brasil tem 236 milhões de hectares agricultáveis, onde mais de 100
milhões de hectares de áreas de produção agropecuária estão em algum estágio de degradação,
ou seja, aproximadamente 50% da área total agricultável nacional. (Unisafeconsultoria)
Compreender o assunto
O solo é um dos elementos naturais mais importantes, uma vez que todos os seres vivos estão
sobre ele. Todo sustento humano é retirado desse recurso. Ao degradar-se, o solo perde sua
capacidade de produção. O termo degradação do solo é meio amplo, mais consiste em tudo
aquilo que está relacionado com a destruição do solo, por exemplo, a erosão, o
empobrecimento do solo, a contaminação e a desertificação é considerado um dos problemas
mais graves decorrentes da degradação do solo.
Esgotamento dos solos: o crescente aumento das erosões é resultado da forma equivocada de
plantio desenvolvida por muitos agricultores ao longo do território brasileiro, isso tem
transformado grandes áreas produtivas em solos inférteis.
Lixiviação: termo usado para designar um processo que ocorre quando as águas da chuva
realizam uma espécie de “lavagem” do solo, retirando um elevado percentual de nutrientes,
tornando-o menos fértil. Em decorrência desse fato, faz-se necessária a aplicação cada vez maior
de fertilizantes.
Laterização: é um processo que acontece em lugares nos quais predominam duas estações bem
definidas (seca e chuvosa). Essa característica favorece a concentração de hidróxido de ferro e
alumínio no solo. A concentração desses minerais forma a laterita, que torna difícil o manejo do
solo em virtude do surgimento de uma ferrugem por cima dele, deixando-o mais duro.
Existem vários fatores que iniciam vários dos processos de degradação. Estes fatores podem ser
naturais ou antropogênicos. Fatores naturais incluem o clima, a vegetação, material de origem,
relevo e hidrologia. Entre os fatores antropogênicos importantes encontramos a população, o
uso da terra, e o desenvolvimento de estradas, canais, e o complexo industrial.
Compactação
A habilidade das plantas para explorar o solo e obter nutrientes e água está relacionada à
estrutura das suas raízes. E a distribuição das raízes no perfil do solo está relacionada às
condições físicas e químicas do solo, que podem ser manipuladas através do manejo. Porém
quando o manejo do solo ocorre de forma inadequada gera o problema da compactação. Para
obter a condição ideal na camada superficial do solo são usadas máquinas pesadas. E o tráfego
desses veículos faz com que as características químicas e principalmente as características físicas
da camada mais superficial do solo sejam alteradas devido à pressão As consequências negativas
desse processo de compactação do solo são: diminuição da troca gasosa; limitação do
movimento dos nutrientes no solo; diminuição da taxa de infiltração de água; aumento da
erosão hídrica.
Os sintomas de solos compactados são a formação de poças nas depressões do terreno; erosão
hídrica com o impacto das gotas de chuva que podem levar à formação de sulcos e voçorocas;
necessidade de maior potência das máquinas para preparar o solo; plantas com raízes
superficiais e malformadas; demora na emergência das plântulas; padrão irregular de
crescimento das plantas; e folhas com coloração não característica.
Erosão
A erosão é a destruição do solo e seu deslocamento, pelo movimento de agentes físicos (água
da chuva, vento, gelo, ondas, gravidade). O tipo mais comum de erosão, e mais diretamente
associado à agricultura, é a erosão hídrica causada pela água da chuva. A erosão, além de
destruir a estrutura do solo, também causa o assoreamento, que é o acúmulo de partículas do
solo nos leitos dos rios e lagos. Vamos compreender porque a agricultura extensiva pode estar
diretamente associada à erosão. A superfície dos solos usados na agricultura era naturalmente
coberta pela vegetação típica do local. Se, no local, havia muita vegetação e de tipos variados, o
impacto da chuva era atenuado, porque a velocidade da água diminuía com os obstáculos (as
diversas estruturas das plantas que formavam degraus). Além disto, os variados tipos de raízes
davam sustentação mecânica ao terreno. O uso de técnicas agrícolas inadequadas, que
promovem o desflorestamento de áreas extensas para ser ocupadas por plantações alteram as
características da vegetação natural e podem interferir nos fatores de absorção de água pelo
solo. A agricultura extensiva e mal planejada é, portanto, mais um fator de erosão hídrica.
Outros fatores de erosão hídrica são desmatamento para a extração de madeira, pecuária e a
urbanização. A primeira ação da chuva nos solos sem cobertura vegetal se dá pelo impacto das
gotas de chuva, que desagregam os torrões do solo e levam o material mais fino para longe. A
força do impacto das gotas de chuva também diminui a porosidade do solo, o que é chamado
de selagem. A selagem aumenta o fluxo superficial da água e a erosão. A erosão pode ocorrer
com o transporte uniforme das partículas pelas águas pluviais ou com a formação de canais
definidos, que podem se tornar voçorocas. Mas as voçorocas também podem ser formadas
devido à ação das águas subterrâneas. É necessário considerar as características físicas dos
terrenos (tipo de solo, declive, hidrografia); o regime de chuvas da região e a cobertura vegetal
de modo a preservar os solos da erosão hídrica.
Queimadas
As queimadas são uma técnica agrícola muito antiga e muito usada para preparar o solo para
agricultura. Normalmente é eficiente, rápida e de baixo custo, quando comparada a outras
técnicas agrícolas. No entanto, as queimadas geram também muitos prejuízos e riscos. As
queimadas intencionais para fins agrícolas e as queimadas acidentais causadas por negligência
são muito prejudiciais ao ambiente. Sua recorrência devido à ação do ser humano elimina
extensas coberturas florestais, inclusive de reservas ambientais. As queimadas têm
consequências também para o próprio solo, uma vez que eliminam bactérias e outros
microrganismos que compõem a microfauna do solo.
Adubação verde - Adubação verde significa cultivar algumas plantas que depois serão
incorporadas ao solo, através da decomposição. Isso enriquece os solos com os minerais que as
plantas cultivadas necessitam para seu bom desenvolvimento. A adubação verde evita ainda o
desenvolvimento de ervas daninhas. As plantas cultivadas para adubação verde são geralmente
as leguminosas e outras plantas associadas às bactérias fixadoras de nitrogênio. As plantas
utilizadas na adubação verde evitam que as gotas de chuva caiam diretamente sobre o solo.
Com isso evitam a erosão e o lixivia mento. O lixivia mento consiste na lavagem do solo pelas
águas das chuvas de enxurradas, que levam os minerais dissolvidos no solo para outros terrenos
e para os rios, lagos e águas subterrâneas. Portanto, o solo tratado com adubação verde fica
mais rico em nutrientes, especialmente em nitrogênio, menos suscetível à erosão, ao lixivia
mento e às pragas.
Plantação em curvas de nível - Curva de nível é uma linha imaginária que une os pontos de
mesma altitude de uma região. O plantio em níveis cria obstáculos à descida das águas de
enxurradas, o que diminui a velocidade de arraste das partículas do solo e aumenta a infiltração
da água no terreno.
FINALIZANDO
"Cabe ao homem compreender que o solo fértil onde tudo que se planta dá, pode secar. Que o
chão que dá frutos e flores pode dar ervas daninhas. Que a caça se dispersa e a terra da fartura
pode se transformar na terra da penúria e da destruição. O homem precisa entender que de sua
boa convivência com a natureza depende sua subsistência e que a destruição da natureza é sua
própria destruição, pois a sua essência é a natureza, a sua origem e o seu fim".