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Nos Estados Unidos da América (EUA), a atuação do psicólogo no hospital

geral ocorreu após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945)1. No Brasil em


1954 Matilde Neder, instalou um Serviço de Psicologia Hospitalar no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O primeiro curso de
Psicologia Hospitalar do país foi oferecido pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, em 1976, sob responsabilidade de Bellkiss W. R. Lamosa. Em 1979, Regina
D’Aquino cria, em Brasília, um trabalho junto a pacientes terminais, tornando-se um
dos grandes marcos da atuação frente à morte e suas implicações. Desde o ano 2000, a
Psicologia Hospitalar foi reconhecida como uma especialidade pelo Conselho Federal
de Psicologia2.

Os tratamentos de saúde provocam fragilidade emocional e psíquica muito


grande e quando falamos em tratamentos longos e internações (curtas ou demoradas) as
fragilidades são ainda mais evidentes. Temos também pessoas que sofrem mutilações,
que são privados definitivamente de movimentos, que jamais poderão retomar a sua
rotina diária. Somado a isso, temos os medicamentos com suas reações adversas –
alguns provocam alterações no humor, e no Sistema Nervoso Central. Além do paciente
e suas várias dificuldades, há os parentes, familiares e amigos que acompanham o
doente, e precisam de suporte psicológico e a própria equipe médica que também
precisa de suporte e ajuda profissional.

Diante destas necessidades a Psicologia Hospitalar visa fornecer a ajuda


necessária para que pacientes e parentes consigam superar os momentos difíceis,
possam vencer as dificuldades inerentes aos tratamentos, obtenham ajuda caso
necessitem ressignificar suas vidas, reordenar suas rotinas e precisem reencontrar
sentido em suas vidas quando sofrem alguma mutilação ou tenham que conviver com
qualquer tipo de limitação.

Assim, a Psicologia Hospitalar, apesar de tardia em seu início, prova-se de


grande valia e ajuda no atendimento ao trio – pacientes, familiares e equipe médica.
Será sempre bom e melhor poder contar com a ajuda de um profissional num momento
difícil como é o que cerca a doença, tratamentos e tragédias que levam ao internamento
e consequentes mudanças definitivas na rotina da vida.

1- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2016000400573
2- https://psicoterapiaepsicologia.webnode.com.br/products/historico-da-psicologia-
hospitalar/

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