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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

MÓDULO 7

Instrumental e Técnicas de Medidas


Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

INSTRUMENTAL E TÉCNICAS DE MEDIDA

OBJETIVO

Através do estudo deste capítulo o leitor deve tornar-se apto a:

1. Descrever a finalidade dos diversos instrumentos;


2. Explicar o funcionamento (operação) dos diversos instrumentos;
3. Explicar as precauções no uso de cada instrumento;
4. Indicar, no caso de instrumentos de mesma finalidade, as vantagens e desvantagens de cada
tipo;
5. Identificar o instrumento mais adequado para efetuar determinadas medições;
6. Efetuar medições com os diversos instrumentos;
7. Utilizar corretamente a Resolução do CONMETRO nº 01/82, de 27 de abril de 1982;
8. Efetuar conversões de unidades de medida, com arredondamento correto dos valores
numéricos.

1 INTRODUÇÃO

Um dos mais significativos índices de progresso, todos os ramos de atividade humana, é a


perfeição dos processos metrológicos que neles se empregam. Principalmente no domínio da
técnica, a metrologia é de importância transcendental.
O sucessivo aumento de produção e a melhoria de qualidade requerem um ininterrupto
desenvolvimento e aperfeiçoamento na técnica de medição; quanto maiores são as exigências
com referência a qualidade e ao rendimento, maiores são as necessidades de aparatos,
ferramentas de medição e elementos capazes.

Na tomada de quaisquer medidas, devem ser considerados três elementos fundamentais: o


método, o instrumento e o operador. O operador é, talvez, dos três, o mais importante. É ela a
parte inteligente na apreciação das medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a
precisão conseguida. Um bom operador, servindo-se de instrumento menos precisos, consegue
melhores resultados do que um operador inábil com excelentes instrumentos.

Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza, ter iniciativa para
adaptar às circunstâncias o método mais aconselhável e possuir conhecimentos suficientes
para interpretar os resultados encontrados. Cabe ao inspetor de soldagem, por muito maiores
razões, dominar a técnica e os instrumentos de medição. Por isso é importante que ao tratar de
instrumental e técnica de medidas, o INSPETOR DE SOLDAGEM tenha sempre em mente as
normas gerais e recomendações que seguem.

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NORMAS GERAIS DE MEDIÇÃO

1 – Tranqüilidade.
2 – Limpeza.
3 – Cuidado.
4 – Paciência.
5 – Senso de responsabilidade
6 – Sensibilidade.
7 – Finalidade de medida.
8 – Instrumento adequado.
9 – Domínio sobre o instrumento.

RECOMENDAÇÕES

Evitar

1 – Choques, quedas, arranhões, oxidação e sujeira nos instrumentos.


2 – Misturar instrumentos.
3 – Cargas excessivas no uso; medir provocando atrito entre a peça e o instrumento.
4 – Medir peças cuja temperatura esteja fora da temperatura de referência.
5 – Medir peças sem importância com instrumentos caros.

Cuidados

1 – Sempre que possível usar proteção de madeira, borracha ou feltro, para apoiar os
instrumentos.
2 – sempre que possível, deixar a peça atingir a temperatura ambiente antes de tocá-la com o
instrumento de medição. No presente módulo abordaremos instrumentos e técnicas de medidas
de interesse imediato do INSPETOR DE SOLDAGEM.

2 PIRÔMETRO DE CONTATO:

Os pirômetros de contato são instrumentos destinados a medir temperaturas de superfícies.


Constituem-se de um indicador de temperatura e um sensor. Em soldagem utilizada para
verificar temperaturas de pré-aquecimento, interpasse e de pós-aquecimento. Operam
mediante o contato físico do sensor com a superfície cuja temperatura se quer medir. O sensor,
que pode ser um termístor ou um termopar, tem os seus terminais ligados no indicador de
temperatura, digital ou de ponteiro. A energia necessária ao funcionamento do pirômetro
normalmente é oriunda de pilhas comuns ou de baterias recarregáveis.

Como as temperaturas de trabalho situam-se numa faixa bastante ampla e cada sensor atua
em um intervalo menor e determinado de temperaturas, o mesmo, a depender as
necessidades, pode ser destacado ou conectado ao indicador de temperatura. Assim, com um
único indicador de temperatura e vários sensores, conseguimos medir temperaturas desde,
50ºC até 1.400ºC.

Operação: para verificarmos a temperatura de um material, promovemos o contato do sensor


com o material e aguardamos a estabilização da leitura no indicador de temperatura. Obtemos
assim, através de uma indicação direta, a temperatura do material.

Apesar de simples, a operação de um pirômetro de contato demanda as seguintes precauções:

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A) Verificar se o tipo de sensor que vai ser utilizado é aquele para o qual o aparelho foi
calibrado. Os indicadores de temperatura são previamente calibrados para um único tipo de
sensor, fato este registrado no próprio indicador de temperatura. Assim, um indicador calibrado
para um termopar cromel-alumel só pode ser utilizado com termopar e cabos em cromel-alumel.

B) Observar que alguns pirômetros de contato possuem um mecanismo de compensação para


a temperatura ambiente. Estes tem, no interior do indicador de temperatura, um termômetro
adicional que indica a temperatura ambiente. Neste caso, o aparelho deve ser calibrado antes
de ser usado. Durante a calibração o sensor na deve estar em contato com nenhum material.
Os pirômetros de contato com indicadores digitais não necessitam de correção para a
temperatura ambiente.

C) Cuidar para que a faixa de temperatura do sensor não seja ultrapassada, o que poderá
danificá-lo.

D) Observar atentamente qual a unidade de medida do indicador de temperatura: º ou ºF.


Vantagens do uso dos pirômetros de contato:
- Precisão muito boa ao fim a que se destina: 2% ou menos do total da escala de leitura.
- ausência do risco de contaminação da peça a ser soldada, nenhum material é depositado
sobre o metal de base.

Como desvantagens citamos:


- Os pirômetros de contato com indicadores de ponteiros devem ser ajustados para cada
posição de trabalho. Apresentam variações para as posições horizontal e vertical.
- Por serem eletrônicos, são instrumentos bastante delicados, principalmente aqueles com
indicação por ponteiro.
- Seu custo é elevado, restringindo a sua utilização a situações onde métodos mais baratos são
desaconselháveis. São também utilizados para verificações desses métodos.

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APLICAÇÕES

O pirômetro de contato portátil, mostrado na figura ao lado, é indicado para medição de


temperaturas em barras, cilindros calandras, prensas, massas plásticas, borrachas e outros.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

- Galvanômetro de classe de precisão 1,5% da escala total.


- Escata dupla Standard: 20-300ºC
20-600ºC
- Calibração para termoelemento de ferro constata. Comprimento da escala: 80 mm
- Comprimento de cabo flexível: 750 mm
- Peso: 1,000 Kg.

TERMOELEMENTOS RECAMBIÁVEIS

Modelo A

Elemento de medição em forma de fita, para medição de temperaturas em rolos, eixos,


tubulações, calandras, cilindros e outras superfícies curvas.

Modelo B

Elemento de dois pinos para medição de temperaturas em superfícies metálicas de metais não
ferrosos, tais como lingotes e barras de alumínio e latão.

Modelo C

Elemento de encosto para medição de temperatura em superfície plana, tais como prensas,
moldes e ferramentas.

Modelo D

Elemento em forma de agulha para medição de temperatura em massas plásticas, borrachas e


materiais pastosos.

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3 LÁPIS DE FUSÃO:

São instrumentos destinados a verificar a temperatura de materiais utilizando a propriedade de


que cada substância apresenta um ponto de fusão único e característico. Além dos lápis de
fusão, existem ainda tintas, pastilhas e papeletas indicadoras de temperatura. São fabricados
para as mais variadas temperaturas. Em soldagem são utilizados para o controle de
temperaturas de pré-aquecimento, interpasse e pós-aquecimento.

Operação:

1º Caso:

Para se determinar a temperatura de uma superfície, sobre a mesma traçamos linhas com
diversos lápis de fusão, cada lápis funde-se a uma temperatura diferente e conhecida. Num
determinado instante, a temperatura da superfície será:

- maior que a temperatura de fusão do lápis de maior ponto de fusão que se funde.
- Menor que a temperatura de fusão do lápis de ponto de fusão logo acima do anterior, o qual
não se funde.

2º Caso:

Se soubermos a temperatura que o material deve atingir, o que é o caso mais comum em
soldagem, temos dois métodos a seguir:

Método A

Ao longo do aquecimento e em determinados espaços de tempo, risca-se a superfície, com o


lápis de fusão deixando uma marca seca (como de giz); ao ser atingida a uma temperatura
especificada para o lápis usado, este deixa uma marca líquida.

Modelo B

Outro método para determinação de temperaturas quando em aquecimentos relativamente


rápidos a altas temperaturas consiste no seguinte:
- Marca-se a peça com o lápis de fusão apropriado antes do início do aquecimento, e em
seguida promove-se o aquecimento pela superfície oposta àquela marcada.
- Quando a temperatura indicada é atingida, a marca se liquefaz.
- se a superfície é muito lisa para ser riscada, existem produtos que devem ser passados sobre
a mesma, enquanto fria, para facilitar a elaboração do risco.
- Alguns lápis, ao invés de fundirem-se a uma determinada temperatura, mudam de cor quando
a temperatura é atingida.

Durante a soldagem a faixa de temperatura admissível é conhecida. Para o seu controle,


usamos dói lápis de fusão: um com a temperatura mínima permitida ou imediatamente acima
desta e outro com a temperatura máxima ou imediatamente abaixo desta: os dois lápis devem
ser usados conjuntamente como indicado no exemplo abaixo. (Ver exemplo A da fig12. 2).

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Seja, por exemplo, o controle da temperatura de pré-aquecimento de uma junta a ser soldada.

No procedimento de soldagem, qualificado, está especificada uma temperatura mínima de pré-


aquecimento de 150ºC numa faixa de 50 mm para cada lado do eixo da solda e uma
temperatura máxima interpasse de 250ºC. Tomamos dois lápis de fusão. Um que se funde a
150ºC e outro a 250ºC. Perpendicularmente à solda, traçamos dois riscos abrangendo uma
região até aproximadamente 70 mm para cada lado da solda.

Durante o pré-aquecimento haverá um momento em que o lápis de menor temperatura se


liquefaz, pelo menos numa extensão de 50 mm. Podemos aí garantir que a região do metal de
base, cuja temperatura queremos controlar, encontra-se, no mínimo a 150ºC. Como o lápis de
maior temperatura (250ºC) não fundiu, sabemos também que a temperatura do metal de base é
inferior a 250ºC. Para determinar a temperatura de uma superfície utilizam-se vários lápis de
fusão.

VANTAGENS

- Boa precisão: ± 1%, segundo os fabricantes.


- Custo relativamente baixo.
- Não requer maiores cuidados com o manuseio; mesmo quebrado pode ser usado.

DESVANTAGENS

- Como o material do lápis de fusão é depositado sobre o metal a ser soldado, existe o risco de
contaminação do metal de base. Esse aspecto contra indica o uso do lápis de fusão para
soldagem de determinados materiais.
- Não se pode usar lápis se a superfície estiver coberta por uma camada isolante.

VERIFICAR SEMPRE A UNIDADE DE TEMPERATURA A QUE SE REFERE O LÁPIS


DE FUSÃO: ºC OU ºF.

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FIGURA 12.2

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4 MEDIDORES E REGISTRADORES DE TEMPERATURAS, TERMOPARES:

TERMOPARES

O funcionamento dos termopares baseia-se na diferença de potencial criada pela diferença de


temperatura entre suas extremidades, ou seja; se as extremidades de fios de metais
dissimilares existir uma diferença de temperatura entre esta junção e aquela na outra
extremidade dos fios, cria-se uma diferença de potencial (tensão) entre as duas junções. Esta
diferença de potencial entre as junções muda quando varia a diferença de temperatura.

Por calibração apropriada, as leituras de tensão podem ser traduzidas em leitura de


temperatura. Estas leituras serão válidas somente se os fios forem do mesmo material que o
usado na calibração do medidor ou registrador. Junto à escala do medidor ou registrador
geralmente está indicado o tipo de termopar para o qual a escala está calibrada. As duas
combinações de fios mais usadas são Ferro-Constantan e Cromel-Alumel. Os termopares de
Ferro-Constantan não podem ser usados acima de 760ºC (1400ºF), enquanto que o de Cromel-
Alumel pode ser usado até 1260ºC (230ºF).

O termopar de cromel-alumel é usado na maioria das aplicações que envolvem aquecimento


por resistência elétrica. Os termopares estão normalmente disponíveis em duas formas, uma
fabricada e pronta para uso e a outra, em peças que são montadas. A forma fabricada, que
geralmente tem cerca de 60 cm de comprimento, tem os fios d termopar separados e
eletricamente isolados um do outro e cobertos com um revestimento de aço inoxidável ou de
liga de níquel-cromo-ferro. As extremidades dos dois fios são equipadas com obturadores de
segurança que tornam impossível conectá-los de modo incorreto aos fios conjugados do par de
extensão, desde que estes últimos também tenham tais obturadores.

Os termopares podem também ser completados a qualquer comprimento desejado, passando-


se os dois fios através de dois isoladores de cerâmica, que os separam, porém ainda permitem
uma ótima flexibilidade. O fio de cromel (não-magnético) é positivo e deve ser conectado ao
condutor positivo do registrador. O fio de alumel (magnético) é negativo e deve ser conectado
ao condutor negativo do registrador. No Ferro-Constantan o fio positivo é o ferro (magnético) e
o negativo (revestimento vermelho) é o constantan.

Como se vê, em cada caso apenas um dos fios é magnético o que faz que eles sejam
facilmente distinguíveis com o auxílio de um imã. Se eles forem invertidos, o ponteiro do
registrador indicará na escala uma leitura incorreta. Junto à escala de temperatura geralmente
está indicado o tipo de termopar para o qual a escala está calibrada. Se for indicado tipo J ou
Ferro-Constantan, deve ser utilizado um termopar e fio de compensação até a caixa de controle
deste material; o mesmo vale se a indicação for tipo K ou Cromel-Alumel.

Os fios dos termopares são disponíveis em diversas bitolas. Quanto mais fino o fio, mais rápida
será a resposta às variações de temperatura, porém mais curta será a vida útil. A bitola de fio
comumente usado no tratamento térmico localizado é Nº 20 American Wire Gage (AWG). São
necessários fios mais grossos para uso em fornos, onde se requer uma vida útil mais
longa.Para o aquecimento local, contudo, onde um termopar é geralmente usado uma só vez,
os fios mais grossos não oferecem vantagem e custam mais.

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A extremidade quente do termopar deve estar em contato direto com a superfície da peça ou
deve ser mantido à mesma temperatura, pela inserção dentro de um cabeçote ou terminal de
conexão, soldado à peça. Estes terminais são comumente pedaços curtos de tubos de pequeno
diâmetro, tal como 6,3 mm (¼”). Se for usado um terminal deste tipo, o termopar é torcido e
introduzido no mesmo. A seguir, a parte externa do terminal é martelada, para assegurar bom
contato do fio ao terminal (ver fig. 12.3). Não é de boa prática soldar fios de termopares à
superfície de uma peça, usando-se metal de adição, pois a composição da junção é assim
alterada.

Se a junção do lado quente for feita torcendo-se junto os dois fios, a temperatura que é lida é a
da última torcedura. Se esta última torcedura estiver fora do terminal, sua temperatura pode
muito bem ser mais baixa que a verdadeira. De modo semelhante, se os fios tocarem a peça
após saírem da junção, a temperatura lida pelo registrador pode não ser aquela que existe na
peça na região à qual está ligado o terminal. Portanto, os fios do termopar devem estar
separados um do outro e da superfície da peça, pelo uso de materiais isolantes.

Quando forem usadas bobinas de resistência ou outras fontes de calor radiante, elas estarão a
uma temperatura consideravelmente acima daquela da peça, a qual elas estão aquecendo. Se
a junção quente dos fios do termopar não estiver isolada do calor irradiado em direção a elas
pelas bobinas de resistência, ela dará uma leitura mais alta que a verdadeira. Por outro lado,
em qualquer método de aquecimento, os fios do termopar podem fornecer uma leitura mais
baixa que a verdadeira se saírem diretamente a partir da peça. Isto é devido ao calor que é
conduzido, afastando-se da junção quente, pelos fios do termopar. Esta condição pode ser
evitada, fazendo-se com que os fios do termopar corram ao longo da superfície da peça por
pelo menos alguns centímetros, antes de saírem do isolamento na superfície da peça.

Podem também ocorrer erros se não for usado um fio da mesma composição, em toda a
extensão, desde a junção quente até a junção fria. Assim, os fios de extensão que ligam o
termopar ao registrador devem ser do mesmo material que os fios do termopar aos quais estão
ligados. Deve-se tomar cuidado para não invertê-los em um ponto de conexão. Embora os
termopares sejam normalmente bastante duráveis para uso em campo, eles devem ser
manuseados com muito cuidado. Respingos de solda ou escória retida entre os dois fios
conduzirão as falsas indicações de temperatura. Termopares fortemente empenados ou
parcialmente quebrados também darão como resultado erros de medição.

Há dois métodos de controle disponíveis para a operação de tratamento térmico: automático e


manual. Os controladores automáticos são conectados tanto aos termopares como à fonte de
alimentação (externa, tal como uma máquina de soldagem ou interna). Um controlador
automático contém contadores de tempo e relés, que podem ligar e desligar a energia. Antes do
início da operação de tratamento térmico, o tempo de retenção da temperatura de tratamento
térmico, a velocidade de aquecimento e a velocidade ou taxa de resfriamento podem ser
ajustados no controlador. A seguir, à medida que a operação de tratamento térmico prossegue,
o controlador reage à tensão proveniente dos termopares e ativa ou desativa a energia, para
manter o ciclo pré-programado de tratamento térmico. O custo de um controlador automático
varia, dependendo do tipo e da capacidade.

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REGISTRADORES DE TEMPERATURA

Registradores são instrumentos eletrônicos que indicam a um tempo programado a temperatura


de um termopar, a qual é impressa em uma fita de papel, que tracionada por um motor, avança
a uma velocidade estabelecida. Um único registrador pode registrar o resultado de vários
termopares, sendo os pontos referentes a cada termopar impressos em uma cor diferente.

Os registradores são normalmente utilizados em soldagem para os registro de tratamento


térmico.

O registrador de temperatura apresenta um registro de curva tempo X temperatura, através de


pontos próximos, que praticamente formam uma linha contínua.

Devem ser tomadas as seguintes precauções no uso dos registradores:


- O registrador deve ser periodicamente aferido: de 6 em 6 meses por exemplo:
- Verificar em que unidade o registrador opera: ºF ou ºC.
- Para uma interpretação correta dos resultados (registros), verificar qual a velocidade de
avanço de fita de registro. Esta velocidade indicará os tempos de aquecimento, patamar e
tempo de resfriamento.

Alguns aparelhos, ao invés de avançar o papel, deslocam as penas, montadas sobre uma
régua móvel.

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VANTAGENS

- Fica um registro das condições térmicas a que foi submetida à peça, permitindo detectar
falhas no tratamento térmico.
- Permite o controle e registro de mais de um termopar ao mesmo tempo.

DESVANTAGENS

- Instrumento muito caro.


- Bastante frágil.

MEDIDORES DE TEMPERATURA

Os medidores de temperatura são instrumentos semelhantes aos registradores. Podem


também indicar a temperatura em mais de um termopar. São digitais ou com ponteiro, estes
últimos com a desvantagem de serem mais frágeis.
Os cuidados para a instalação dos termopares são os mesmos dos registradores.

VANTAGENS

São aparelhos mais baratos que os registradores.

DESVANTAGENS

Ao final de um ciclo térmico nenhum registro ficou.

5 GABARITOS:

GABARITOS são dispositivos fabricados pelo usuário para verificar a conformidade do serviço
com as normas de projeto, quando os instrumentos convencionais não atendem às
necessidades. São muitas vezes fabricados em eucatex ou similiar para serem leves e fáceis de
manusear. São freqüentemente utilizados para verificações de embicamentos em chapas de
vasos e tanques, alinhamentos de tubulação, etc.

Na verificação de embicamentos de tanques utilizamos um gabarito que consiste em um trecho


com a mesma curvatura de projeto do casco ou costado. Encostamos o gabarito nas chapas
para constatarmos as deformações e seu valores. Deve-se tomar todo cuidado para que este
gabarito fique perpendicular à chapa e sobre a mesma circunferência. (Figura 12.5).

Para verificarmos o alinhamento vertical de chapas do costado de tanques ou alinhamento de


tubulações, utilizamos uma régua de grandes dimensões. Apoiamos a régua de ambos os lados
da solda de tal modo que esta fique próxima ao meio da régua. Devemos cuidar para que as
informações não sejam incorretas devido ao reforço da sola. Para tanto colocamos calços de
espessura igual a do reforço da solda ou fazermos um dente na régua (figura 12.6). no caso de
tubulações não devemos esquecer de fazer a verificação ao longo de todo perímetro, pois a
tubulação pode estar alinhada em um plano e desalinhada noutro.

Os gabaritos devem ser utilizados antes da soldagem para verificarmos se as contrações da


solda não introduziram deformações além das permitidas pelas normas e códigos.

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Além dos citados, podem ser criados gabaritos para muitos outros casos, como, por exemplo,
para a verificação da ovalização de tubos soldados (com costura).

VANTAGENS

- Dão bons resultados, desde que fabricados corretamente.


- É um processo bastante rápido de verificação.

DESVANTAGENS

- Só devem ser utilizados em verificações repetitivas.


- Devem ser fabricados com grande precisão.

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6 INSTRUMENTOS ESPECIAIS PARA CHANFROS E SOLDAS:

São instrumentos semelhantes a calibres “passa – não passa”. Podem ser fabricados pelo
usuário e destinam-se a simplificar verificações nos chanfros e soldas.

Um exemplo deste instrumento é o verificador de reforço de solda. Como a verificação com os


instrumentos convencionais é difícil, é útil valermos-nos do verificador. Se conhecermos a
dimensão do reforço máximo de uma solda o instrumento deve ser conforme mostrado na figura
12.7, e ser fabricado de aço, latão, alumínio ou outro metal. Podemos fazer verificações para
qualquer reforço. É interessante, para evitarmos trocas, puncionarmos o verificador
identificando-o a qual dimensão é aplicável.

Para verificação da abertura da raiz devemos, preferencialmente, utilizar peças cilíndricas com
o diâmetro da abertura. (figura 12.8).

Para os chanfros podemos utilizar uma espécie de gabarito do chanfro que verifica o ângulo, a
abertura da raiz e o nariz do chanfro ao mesmo tempo (figura 12.9). Como este instrumento é
plano deve-se cuidar para que fique perpendicular ao chanfro e às peças a serem soldadas.

Além dos instrumentos fabricados pelo usuário, existem ainda os instrumentos especiais
disponíveis no mercado. São instrumentos simples e bastante práticos, sendo que alguns
permitam a verificação de mais de uma dimensão em apenas uma operação. Já possuem
gravado no seu corpo as dimensões a que se aplicam e/ ou escalas graduadas para a leitura.

As figuras 12.10, 12.11, 12.12 e 12.13 mostram alguns destes instrumentos e sua
aplicabilidade.

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VANTAGENS

- É um método bastante rápido para verificação.


- Apresentam bons resultados.
- Quando fabricados pelos usuários em dimensões específicas para o serviço, eliminam erros
de leitura.

DESVANTAGENS

- Quando fabricados pelo usuário demandam tempo para fabricação e muitas vezes possuem
somente uma aplicação.

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7 RÉGUA GRADUADA:

É o instrumento mais simples e elementar utilizado para medição em oficinas. Utilizados para
medidas lineares, quando não há exigência de grande precisão. Para que seja completa e
tenha caráter universal, deverá ter graduação de sistema métrico e do sistema inglês.

Sistema Métrico
Graduação em milímetros (mm), 1mm =__1__ m
1000
Sistema Inglês
Graduação em polegadas (“), 1” = __1__ pé
12

A régua graduada ou escala é constituída de aço, tendo sua graduação inicial situada na
extremidade esquerda. É fabricada em diversos comprimentos: 5 “ (152,4 mm), 12”(304,8).

Tipos que podem ser encontrados

- Régua de encosto interno.


- Régua de profundidade.
- Régua de encosto externo.

Características da Boa Régua Graduada

1 – Ser preferencialmente de aço inox.


2 – Ter uniformidade na graduação.
3 – Apresentar traços bem finos, profundos e salientes em preto.

Cuidados

1 – Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.


2 – Evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre.
3 – Limpá-lo após o uso, para remover o suor e a sujeira.
4 – Aplicar-lhe ligeira camada de benzeno, antes de guardá-la.

GRADUAÇÕES DA ESCALA

SISTEMA INGLÊS COMUM

( “ ) , 1” = uma polegada
Representações da polegada ( in ) , 1 in = uma potegada
( inch ), palavra inglesa que significa POLEGADA

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As graduações da escala são feitas dividindo-se a polegada em 2, 4, 8 e 16 partes iguais,


existindo em alguns casos especiais com 32 divisões (figs. 12.15, 12.16, 12.17, 12.18 e 12.19).

GRADUAÇÕES DA ESCALA

SISTEMA MÉTRICO DECIMAL


1 METRO = 10 DECÍMETROS
1m = 10 dm
1 DECÍMETRO = 10 CENTÍMETROS
1 dm = 10 cm
1 CENTÍMETRO = 10 MILÍMETROS
1 cm = 10 mm

8 TRENA:

O mais elementar instrumento de medição utilizado em caldeiraria é a trena graduada. É usada


para tomar medidas lineares, quando não há exigência de grande precisão. Para que seja
completa e tenha caráter universal, deverá ter graduações do sistema métrico e do sistema
inglês.

Sistema Métrico
Graduação em milímetros (mm), 1 mm = ___1___m
1000

Sistema Inglês
Graduação em polegadas (“), 1” = __1__ pé
12

A trena graduada é construída de aço, tendo sua graduação situada na extremidade esquerda.
É fabricada em diversos comprimentos: 2 m, 3 m, 5 m, 10 m, 20 m, 30 m etc...

As trenas de pequeno comprimento apresentam, em sua extremidade, um gancho que permite


medições com um único operador, isto é, sem a necessidade de um elemento auxiliar. As de
maior comprimento possuem um elo em sua extremidade.

Algumas trenas possuem o zero um pouco deslocado de sua extremidade. Nestes casos
devemos cuidar para que o ponto zero coincida com a extremidade da peça que se quer medir.

A trena graduada apresenta-se em vários tipos. As figuras 12.24 e 12.25 mostram um modelo
de trena convexa e outra plana. A convexidade destina-se a dotar a trena de maior rigidez, de
modo a permitir, de modo a permitir medidas na vertical, de baixo para cima.

CARACTERÍSTICAS DA BOA TRENA GRADUADA


1 – A trena deve ser de aço; trenas de fibra não devem ser utilizadas.
2 – Ter graduação uniforme.
3 – apresentar traços bem finos e salientes.

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CONSERVAÇÃO
1 – Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.
2 – Evitar dobrá-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre.
3 – Limpe-a após o uso, para remover a sujeira.

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9 PAQUÍMETRO:

O paquímetro é utilizado para a medição de peças, quando a quantidade não justifica um


instrumental específico e a precisão requerida não é superior a 0,02 mm,
1” e 0,001” (figura 12.44).
128

É um instrumento finamente acabado, com as superfícies planas e polidas. O cursor é ajustado


à régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um mínimo de folga. Geralmente
é construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se a 20ºC.

A escala é graduada em milímetros e polegadas, podendo a polegada ser fracionária (ex:


1”/128) ou decimal (ex: 0,001”). O cursor é provido de uma escala que define a precisão da
leitura, chamada nônio ou vernier, que se desloca em relação à escala da régua e indica o valor
da dimensão tomada.

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CÁLCULO DA PRECISÃO (SENSIBILIDADE) DO PAQUÍMETRO

Para se calcular a precisão (também chamada sensibilidade) dos paquímetros, divide-se o


menor valor da escala principal (escala fixa), pelo número de divisões da escala móvel (nônio).

A precisão se obtém, pois, com a fórmula:

a =e
n a = precisão
e = menor valor da escala principal (escala fixa)
n = número de divisões de nônio

Exemplo:

e = 1mm
n = 20 divisões
a = 1mm = 0,05mm
20

OBSERVAÇÃO

1) O cálculo da precisão obtido pela divisão ao menor valor da escala principal pelo número de
divisões do nônio, é aplicado a todo e qualquer instrumento de medição possuidor de nônio, é
aplicado a todo e qualquer instrumento de medição possuidor de nônio, tais como: paquímetros,
goniômetros de precisão, etc.

2) Normalmente, para maior facilidade do inspetor, a precisão do paquímetro já vem gravada


neste (ver fig. 12.44).

USO DO PAQUÍMETRO

a) No Sistema Internacional de unidades.

Cada traço da escala fixa corresponde a um múltiplo do milímetro.

O valor de cada traço da escala fixa é igual a 1 mm. Se deslocarmos o cursor do paquímetro
até que o zero do nônio coincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1
mm, no segundo traço 2 mm, no terceiro traço 3 mm, no décimo sétimo traço 17 mm, e sim
sucessivamente.

De acordo com a procedência do paquímetro e o seu tipo, podemos ter diferentes precisões,
isto é, o nônio com número de divisões diferentes. Tem-se normalmente o nônio com 10, 20 e
50 divisões, o que corresponde a uma precisão de

1 mm = 0,1 mm, 1 mm = 0,05 mm e 1 mm = 0,02 mm respectivamente.


10 20 50

25
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

Para se efetuar uma leitura, conta-se o número de intervalos das escala fixa ultrapassados pelo
zero do nônio e a seguir, conta-se o número de intervalos do nônio que transcorreram até o
ponto onde um de seus traços coincidiu com um dos traços da escala fixa.

Exemplo:

Vemos que o 10º intervalo da escala fixa foi ultrapassado pelo zero do nônio, portanto a leitura
da escala fixa é 10.

No nônio, até o traço que coincidiu com o traço da escala fixa existem 4 intervalos, cada um dos
quais é igual a 0,02 mm; portanto a leitura do nônio é 0,08.

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

b) No Sistema Inglês Decimal

O uso do paquímetro é idêntico ao uso para o Sistema Internacional de Unidades.

Tem-se apenas que determinar os valores correspondentes a cada intervalo da escala fixa e a
cada intervalo do nônio.

Por exemplo, o valor de cada intervalo é 0,025” pois no intervalo de 1” temos 40 intervalos ( 1” +
40 = 0,025”).

Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o zero do nônio coincida com o primeiro traço
da escala, a leitura será 0,025, no segundo traço 0,050”, no terceiro traço 0,075” no décimo
traço 0,250” e assim sucessivamente.

Podemos também neste sistema ter nônio diferentes precisões. Por exemplo, se a menor
divisão da escala fixa é 0,025” e o nônio possui 25 divisões a precisão será de 0,025“ = 0,001”.
25

c) No Sistema Inglês Comum

O uso do paquímetro é idêntico aos demais sistemas anteriores descritos.

A característica deste sistema é que os valores de medida são expressos na forma de frações
de polegada.

Assim, por exemplo, teremos para a escala fixa e para o nônio as seguintes graduações.

A escala fixa apresenta valores de:

1 “ , 1 “ (= 2 “ ), 3 “ , 1 “ (= 4 “ ), 5 “ , 3 “ (= 6 “ )
16 8 16 16 4 16 16 8 16

O nônio apresenta os valores de:

1 “ , 1 “ (= 2 “ ), 3 “ , 1 “ (= 4 “ ), 5 “ , 3 “ (= 6 “ ), 7 “ e 1 “ (= 8 “ )
128 64 128 128 32 128 128 64 128 128 16 128

Exemplo:

A escala fixa apresenta os valores de:

Leitura da escala fixa = 6“


16
Leitura do nônio 1“
128

Leitura da medida 6 “ + 1 = 49 “
16 128 128

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

Erros de leitura de paquímetros: São causados por dois fatores:

a) paralaxe;
b) pressão de medição.

PARALAXE

O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem uma espessura mínima a. Assim, os
traços do nônio TN são mais elevados que os traços da régua TM (fig. 12.40).

Se colocarmos o paquímetro perpendicularmente à nossa vista teremos superpostos os traços


TN e TM, que correspondem a uma leitura correta (fig. 12.41). Caso contrário, teremos uma
leitura incorreta, pois o traço TN coincidirá não com o traço TM mas sim com o traço TM’ (fig.
12.41).

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

PRESSÃO DE MEDIÇÃO

É a pressão necessária para se vencer o atrito do cursor sobre a régua, mais a pressão de
contato com a peça por medir. Em virtude do cursor sobre a régua, que é compensado pela
mola F (fig. 12.42), a pressão pode resultar numa inclinação do cursor em relação à
perpendicular à régua. (fig. 12.43). Por outro lado, um cursar muito duro elimina completamente
a sensibilidade do operador, o que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador regular a
mola, adaptando o instrumento à sua mão.

ERROS DE MEDIÇÃO

Estão classificados em erros de influências objetivas e de influências subjetivas.

a) DE INFLUENCIAS OBJETIVAS: São aqueles motivados pelo instrumento:


- erros de planicidade;
- erros de paralelismo;
- erros da divisão da régua;
- erros da divisão do nônio;
- erros da colocação em zero.

b) DE INFLUENCIA SUBJETIVAS: São aqueles causados pelo operador (erros de leitura).

Observação: Os fabricantes de instrumentos de medição fornecem tabelas de erros


admissíveis, obedecendo às normas existentes, de acordo com a precisão do instrumento.

PRECAUSÕES NO USO DOS PAQUÍMETROS:

- Não pressionar demasiadamente os encostos ou garras do paquímetro contra a superfície


da peça medida, (pressão excessiva leva ao erro de medição).
- Fazer a leitura da medida com o paquímetro aplicado à peça.
- Manter o paquímetro sempre limpo e acondicionado em estojos próprios.
- Antes do uso, com o paquímetro totalmente fechado, verificar se não há folga entre seus
encostos ou garras.
- Guardar o paquímetro c/ folga entre os bicos.

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

10 GONIÔMETRO:

Unidades de Medição Angular.

A técnica da medição não visa somente a descobrir o valor de trajetos, de distâncias ou de


diâmetros, mas se ocupa também da medição de ângulos.

Sistema Sexagesimal

O sistema que divide o círculo em 360 graus, e o grau em minutos e segundos, é chamado
sistema sexagesimal. É este o sistema freqüentemente utilizado em mecânica e caldeiraria. A
unidade do ângulo é o grau O grau divide-se em 60 minutos, e o minuto divide-se em 60
segundos. Os símbolos usados são: grau (º), minuto (‘) e segundo (“).

Exemplo: 54º 31’, 12” lê-se: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.

Observação

Para somarmos ou subtrairmos graus, devemos colocar as unidades iguais sob as outras.

Exemplo: 90º - 25º 12’ =

A primeira operação por fazer é converter 90º em graus e minutos.


Sabendo que 1º = 60’, teremos:

90º = 89º 60’ 89º 60’


89º 60’ - 25º 12’ = 64º 48’ - 25º 12’
64º 48’

Devemos operar da mesma forma, quando temos as unidades graus, minutos e segundos.

Exemplo: 90º - 10º 15’ 20” =

Convertendo 90º em graus, minutos e segundos, teremos:

90º = 89º 59’ 60”

89º 59’ 60” - 10º 15’ 20” = 79º 44’ 40”

89º 59’ 60”


10º 15’ 20”
79º 44’ 40”

O goniômetro é um instrumento que serve para medir ou verificar ângulos. Em soldagem é


utilizado para verificar ângulos de chanfros.

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Tipos e Usos

Para usos comuns em casos de medidas angulares que na exijam extremo rigor, o instrumento
indicado é o goniômetro simples ( transferidor de grau). A figura 12.47 mostra dois tipos de
goniômetro simples bem como dá exemplos de diferentes medições de ângulos, mostrando
várias posições da lâmina.

Divisão Angular

Em todo tipo de goniômetro, o ângulo reto (90º) apresenta 90 divisões, de 1º.

Leitura do Goniômetro

A precisão de leitura é sempre igual à metade da menor divisão da escala, nas fig. 12.45 e
12.46 a menor divisão é igual a 1º, portanto podemos fazer leituras com precisão de 0,5º (ou
30’).

Lê-se os graus inteiros na graduação do disco fixo indicados pelo traço 0 de referência e
aproxima-se a leitura para a posição mais próxima dentro da precisão de 0,5º.

Note-se que não há sentido em fazer leituras com precisão superior a 0,5º (por exemplo, 24,6º).

Precauções no Uso dos Goniômetros:

- Mantê-los sempre limpo e acondicionado em estojos próprios.


- Fazer a leitura do ângulo sempre com o goniômetro aplicado à peça.

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11 VOLTÍMETROS E AMPERÍMETROS PARA CORRENTES ALTERNADA E CONTÍNUA:

Amperímetro

A imensidade de uma corrente elétrica é a medida do número de elétrons que passam por uma
seção de um condutor na unidade de tempo. A unidade de medida de intensidade da corrente é
o ampére (A). O aparelho usado para medir a intensidade da corrente elétrica chama-se
Amperímetro.

A escala de um amperímetro indica a corrente que o mesmo pode medir. Ela é normalmente
dividida em intervalo iguais. Medidas de correntes maiores que o maior valor da escala poderão
causar sérias avarias ao aparelho. Assim, se um amperímetro tem uma escala 0-500 ampéres
ele só é capaz de medir correntes que não excedam 500 ampéres. Uma corrente maior
danificará o instrumento.

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

Embora a escala de um amperímetro seja de 0-500 A, sua escala utilizável (fig. 12.48) será de
aproximadamente 20 – 48ª. Isso porque quando o amperímetro indicar uma corrente de 500
ampéres, a corrente poderá ser bem maior que 500ª. Daí a leitura máxima utilizável deve ser
um pouco menor que a graduação máxima da escala. Por outro lado, uma corrente muito
pequena não deslocará o ponteiro de modo a permitir uma leitura precisa. As melhores leituras
são aquelas feitas no centro da escala.

A leitura do medidor deve ser sempre feita frente a frente com o mostrador. Uma leitura feita de
lado pode ocasionar um erro (erro de paralaxe), muitas vezes maior que um divisÃo inteira da
escala (fig 12.48). A adição do erro de paralaxe à imprecisão de construção do aparelho pode
conduzir a resultados não satisfatórios.

Quando o ponteiro do medidor se localizar entre duas divisões da escala, normalmente torna-se
a divisão mais próxima com leitura. Se desejarmos um resultado mais aproximado, estimamos a
posição do ponteiro entre as duas divisões dentro de uma precisão igual à metade da divisão e
somamos a deflexão adicional à leitura inferior. Esse processo de estimar a posição do ponteiro
é chamado de interpolação.

No caso de amperímetros portáteis, não podemos usá-los indistintamente na posição horizontal


ou vertical. A posição do aparelho afetará a precisão da medida devido a detalhes mecânicos
de construção. Normalmente os amperímetros de painel – utilizados em máquinas de solda,
são ajustados e calibrados para serem utilizados na posição vertical.

Não devemos ainda nos esquecer de verificar a ajustagem do zero do medidor. Essa ajustagem
serve para colocar o ponteiro do medidor exatamente sobre o zero, quando não houver
nenhuma corrente. Essa ajustagem é feita com uma pequena chave de parafuso e deve ser
verificada todas as vezes que vamos utilizar o amperímetro, principalmente se for mudada sua
posição. E recomendado, antes do uso e periodicamente submeter os amperímetros a uma
calibração.

Voltímetro

Os equipamentos elétricos são projetados para operar com uma certa intensidade de corrente,
e poderão sofrer danos se a corrente exceder esse limite. Para essa corrente existir e produzir
trabalho nos equipamentos é necessária à presença de uma força eletro mortiz ou tensão para
provocá-la. O valor dessa tensão determina a intensidade da corrente. Uma tensão elevada
produzirá uma corrente muito intensa, enquanto que um tensão baixa não produzirá corrente
suficiente.

A unidade de tensão é o volt, e o aparelho utilizado para medir tensão é o voltímetro. Sobre o
voltímetro valem todas as observações feitas sobre o amperímetro.

Em soldagem, a tensão (voltagem) e intensidade da corrente (amperagem) são parâmetros


importantes, tanto que fazem parte do procedimento de soldagem. Valores incorretos de tensão
ou intensidade de corrente podem resultar em defeitos na solda.

Muitas máquinas de solda possuem voltímetro e amperímetro a ela incorporados principalmente


no caso de processos mais sofisticados (TIG, MIG, etc..). A leitura, com precisão requer todos
cuidados anteriormente relacionados. Específica e resumidamente, são eles:

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

- evitar erros de paralaxe; quando a superfície do medidor apresentar uma faixa espelhada,
devemos fazer a leitura numa posição tal que o ponteiro esteia superposto à sua imagem.
- manter o mostrador limpo para evitar erros de leituras devido a má visualização.
- verificar se a escala do medidor é adequada, usando sempre sua faixa utilizável.
- verificar se o aparelho é adequado par o tipo de corrente existente: corrente contínua (CC ou
DC) ou corrente alternada (AC ou CA).
- verificar se o medidor esta com o zero ajustado e calibrado.

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12 MANÔMETROS E REGULADORES DE PRESSÃO

MANÔMETROS:

Os manômetros são instrumentos que medem a pressão e podem ser divididos em três grupos:

1º - Instrumentos que medem, equilibrando a pressão contra uma pressão conhecida.


Exemplo: Tubos U e colunas.

2º - Instrumentos que medem a pressão por deformação elástica.


Exemplo: Bourdon e Espiral.

3º - Instrumentos que medem a pressão através de alteração de propriedades físicas.


Exemplo: Cristal piezo – elétrico.

Dos grupos citados acima, os de maior aplicação na área de inspetor de soldagem são aqueles
que medem a pressão por deformação elástica, mais notadamente os manômetros tipo
“Bourdon”.

Operação

O Bourdon, ou tubo de bourdon é um tubo de parede delgada, que foi amoldado em dois lados
diametralmente opostos, de modo que um cone transversal do mesmo apresenta uma forma
alíptica ou oval. Uma vez feito isso, é dobrado de modo que forme um arco com uma das
extremidades fechada.

Quando se aplica uma pressão, ao lado aberto do tubo, este tende a restabelecer sua forma de
seção transversal circular original, fazendo sem que o tubo tenda a endireitar-se, e ao fazê-lo,
seu extremo livre se move o suficiente para atuar um came e um pinhão dentados, os quais,
tem como objeto amplificar o movimento do tubo.

No pinhão dentado está montado o ponteiro, de modo que qualquer movimento do tubo produz
um deslocamento correspondente ao ponteiro.

Em alguns manômetros, o came e pinhão dentados são substituídos por um came de


extremidade lisa que atua no ponteiro através de um pinhão de rosca helicoidal.

Aplicação

Normalmente usado em coletores (“manifolds”) ou conjugado com outros instrumentos, para


controle de operações de oxi-corte e soldagem.

Precauções no uso dos manômetros

Para garantir a durabilidade, não ultrapassar a 2/3 da pressão total indicada na escala.
Pressões acima da indicada para o instrumento causam deflexões exageradas do Bourdon,
danificando o manômetro.
Precisão: ± 1% da indicação máxima da escala.

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REGUALDORES DE PRESSÃO

Os reguladores de pressão são instrumentos que atuam de forma a reduzir a pressão de saída
de cilindros de gás, a níveis ótimos de trabalho, permitindo um controle preciso da operação de
oxi-corte ou soldagem.

Os reguladores podem ser de um ou mais estágios, dependendo da precisão necessária na


saída do regulador. Geralmente são usados os reguladores de um e dois estágios.

Regulador de pressão de um estágio. É composto basicamente de dois manômetros e um


redutor de pressão. O primeiro manômetro indica a pressão de entrada do regulador e o
segundo a pressão de saída.

Este tipo de regulador é geralmente aplicado no controle de operadores de oxi-corte, que não
são muito afetadas por flutuação na pressão de saída.

Regulador de pressão de dois estágios

Este tipo de regulador difere do anterior pelo fato de proporcionar uma dupla redução da
pressão. No primeiro estágio à entrada do regulador, a pressão é reduzida para um nível
intermediário, e no segundo estágio, a pressão ou vazão, é regulada manualmente pelo
operador ao nível desejado.

É composto de dois redutores de pressão e dois manômetros e um medidor de vazão.

Este tipo de regulador é o mais indicado para operações de soldagem com gás de proteção,
pelo fato de permitir um contraste mais preciso da pressão ou vazão de saída do gás.

Precauções no uso de reguladores:


- As mesmas recomendadas para os monômetros.

Características e Dados Operacionais

Pressão Manômetro Pressão Manômetro Vazão


Gás Máxima de de entrada Máxima de de saída Máxima
Entrada (kgf/cm²) Saída (kgf/cm²) (m³/h)
(kgf/cm²) (kgf/cm²)
Oxigênio 185 280 3,5 7 67
185 280 10 28 81
Acetileno 25 28 1 2,5 33
Argônio 185 280 5 ** *
Gás 100 280 5 ** *
Carbônico
Hidrogênio 150 280 4,5 7 268

** 302 / min.
** Medidor de Vazão

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13 UNIDADES DE MEDIDA

Como “Anexo 1” deste módulo encontra-se a Resolução do CONMETRO nº 01/82, de 27 de


abril de 1982, que regulamenta a utilização de unidades de medida no Brasil e que portanto,
deve ser conhecido em sua íntegra.

É conveniente ressaltar que, mesmo que os instrumentos de medida que indiquem resultados
em unidades diferentes das exigidas por este decreto, é necessário exprimir, nos relatórios ou
trabalhos, os resultados nas unidades aprovadas pelo mesmo decreto.

14 ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

Algarismos significativos são algarismos que expressam um valor de aproximação de uma


medida, cujo erro máximo por falta ou excesso, seja igual a meia unidade de sua ordem
decimal.

O erro máximo de aproximação está sempre associado à precisão requerida para a medida a
ser executada e à escala do instrumento a ser utilizado.

Por exemplo:

Utilizando-se uma escala graduada em milímetros executa-se a medição abaixo:

Analisando-se esta medição, obtém-se um valor absolutamente correto que é 49 mm e mais um


outro valor duvidoso, que é obtido através de uma avaliação da escala.

Este segundo valor (decimal) é da ordem de 0.5 pois não há nenhum significado estabelecer-se
outro valor com precisão superior à menor divisão da escala, que é de 1 mm. Como o valor da
medição está entre dois valores exatos, e mais próximos da metade da divisão, pode-se afirmar
que o resultado é 49,5 mm. Com a análise acima, obtém se uma nova definição para
algarismos significativos.

Algarismos significativos de uma medida são aqueles que sabemos serem corretos mais o
primeiro duvidoso. (Observando-se o erro máximo de meia unidade de sua ordem decimal)”.

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

Quando se exprime o valor de uma medida, este deve ter um número de algarismos
significativos tal, que traduza a sua precisão. Por exemplo, o valor de uma medida obtida
através de um paquímetro é de 4 mm. Este valor pode ser 4; 4,0; 4,000, dependendo da
precisão do instrumento. Se este paquímetro possui uma precisão de 0,02 mm, o valor da
medida deve ser expresso com o mesmo número de algarismos significativos dados pela
precisão do instrumento. No caso acima, 4,00.

Observações:

a) Zeros à esquerda de um número, com finalidade de fixar a posição da vírgula, não são
significativos.

Exemplo: 0,034 tem 2 algarismos significativos.

b) Zeros à direita, ou entre outros algarismos, são significativos.

Exemplo:

3,26 = 3 algarismos significativos


3,0 = 2 algarismos significativos
3,06 = 3 algarismos significativos

c) Algarismos significativos não dependem do número de casas decimais.

Exemplos:

3,45 m = 3 algarismos significativos


35,4 x 10³ m = 3 algarismos significativos
3,48 x 10³ m = 3 algarismos significativos
0,308 x 10ˉ6 m = 3 algarismos significativos

15 OPERAÇÕES COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS – REGRAS

A norma ASTM E – 380 estabelece as seguintes regras:

a) Adição e Subtração

Para somar ou subtrair com algarismos significativos, primeiramente arredonda-se os números


de modo que fiquem com um algarismo significativo a mais, para a direita, do que aquele que
exprime menor precisão, e executa-se normalmente a operação. O resultado deve então ser
arredondado de modo que fique com os algarismos significativos daquele que exprime a menor
precisão”.

Exemplo:

Adição: 30,00 + 21, 5322 Subtração: 3,256 – 0,70


30,00 3,256
+21,532 -0,70
51,532 2,556
Resposta: 51,53 Resposta: 2,56

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

b) Multiplicação e Divisão

Na multiplicação e na divisão o produto ou quociente não deve conter mais algarismos


significativos do que aqueles contidos no número com menor quantidade de algarismos
significativos entre os usados na multiplicação ou divisão”.

Exemplo:

Multiplicação:

9,42 x 3,3 = 31
3,27 x 4,25 = 13,9

Divisão:

6,82 ÷ 5,4 = 1,3


76,91 ÷ 4,2 = 18

16 CONVERSÃO DE UNIDADES E ARREDONDAMENTO

Conversão de Unidades

Quando se converte unidades deve-se manter a correspondência da precisão original com um


dado número de algarismos significativos. Ou seja, o resultado de uma conversão deve ter um
número de algarismos significativos que represente a ordem da grandeza da unidade a que se
está convertendo, sem que se altere a precisão original.

O procedimento correto de se proceder à conversão, é a multiplicação ou divisão do valor que


se quer converter por um fator de conversão exato, e então arredondar (quando necessário) o
resultado da multiplicação ou divisão, para o número correto de algarismos significativos,
conforme regras já estabelecidas.

Por exemplo:

Para converter 0,328 pol. Para mm temos:


0,328 x 25,4 = 8,3312 mm.Utilizando a regra de multiplicação com algarismos significativos
teremos que 0,328 x 25,4 = 8,33 mm.

IMPORTANTE

“NÃO SE DEVE NUNCA ARREDONDAR O FATOR DE CONVERSÃO E/ OU VALORES DE


MEDIDAS QUE SE QUER CONVERTER, POIS HAVERIA UMA REDUÇÃO DA PRECISÃO”.

Para se obter as regras de arredondamento na numeração decimal ver norma ABNT NB-87
(ANEXO 2).

Para conversão, com arredondamento, de polegadas para milímetros de dimensões com


tolerâncias ver norma ABNT NB-91 (ANEXO3).

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

Tabela 12.1 – Conversão de Unidades de Medidas

Para converter de Para Multiplique por


Atmosfera técnica Kgf/cm² 1,000 000 x 10ˉ³
Atmosfera física Kgf/cm² 1,01325
Btu – (britsh Thermal Unit) J 1,055056 x 10³
Btu kWh 2,930711 x 104
Btu Kcal 2,520000 x 10ˉ¹
Btu/h HP 3,931000 x 10ˉ4
Btu/h W 2,930711 x 10ˉ¹
Caloria Btu 3,968300 x 10ˉ³
Caloria Kwh 1,163000 x 10ˉ6
Caloria J 4,186800
Centímetro Pé 3,280839 x 10ˉ¹
Centímetro Polegada 0,393700
Grau Celsius Grau Fahrenheit (ºC x 9 ) + 32
5
Grau Celsius Grau Klevin (ºC + 273,3)
Grau Fahrenheit Grau Celsius (ºF x – 32) 5
9
HP Btu/min 4,24242 x 10
HP Cv 1,013900
HP Kcal/h 6,412000 x 10²
HP kW 0,7460000
Joule / segundo W 1,000 000
Libra força / polegada² Atmosfera 6,412000 x 10ˉ²
Libra força / polegada² Kgf/cm² 7,030600 x 10²
Litro Galão 2,641700 x 10ˉ¹
Metro Pé 3,280839
Metro Polegada 2,937 x 10
Metro cúbico Pé cúbico 3,53147 x 10
Milímetro Polegada 3,937000 x 10ˉ²
Pascal Kgf/cm² 9,806500 x 10ˉ6
Pascal Kgf/cm² 9,806500 x 10ˉ8
Polegada Cm 2,540000
Polegada M 2,540000 x 10ˉ²
Pé M 3,04800 x 10ˉ¹
Pé cúbico por minuto I/s 4,719475 x 10ˉ¹
Quilograma Libra 2,204600
Quilocaloria Btu 3,962500
Quilowatt – hora Btu 3,412114 x 10³
Quilowatt – hora Cal 8,598450 x 10²
Quilowatt – hora Kcal 8568450 x 10ˉ¹
Quilowatt – hora J 3,600000 x 106

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

EXEMPLOS DE CONVERSÃO DE UNIDADES

Exercício 1 – Transforme 50º F em ºC

Da tabela obtemos:

(º F – 32) x – 5 = (50 – 32) x 5 = 18 x 5 = 10ºC


9 9

Exercício 2 – Transforme 25 kgf/cm² para M Pa

De pascal para kgf/cm² multiplicamos por 9,806500 x 10ˉ6 , conforme a tabela.

De kgf/cm² para pascal dividimos por 9,806500 x 10ˉ6

25 = 25 x 10 = 2,549329 x 10
9, 806500 x 10ˉ 9,806500

logo 25 kgf/cm² = 2,5 x 10 6 pascal arredondando-se para o número correto de algarismos


significativos.

Como o prefixo mega significa 106


25 kgf/cm² = 2,5 M Pa

Exercício 3 – Transforme 3 mm para metros


3 mm = 3 x 10ˉ³ m = 0,003 m

Exercício 4 – Transforme 5/8”em milímetros


De polegada para milímetro multiplicamos por 25,4, conforme a tabela

5” = 0,625”
8

0,625 x 25,4 = 15,875 mm

Arredondando para o número próprio de algarismos significativos = 15,9 mm

Exercício 5 – Transforme 1 3/4” em milímetros


Trata-se de um número misto. Inicialmente, transformamo-lo em uma fração imprópria e a
seguir, operamos como no exercício 4.

1 3 = 1 x 4 + 3 = 7” = 1,75”
4 4 4

1,75 x 25,4 = 44,45. Utilizando-se a regra de arredondamento temos 44,4 mm.

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

QUADRO GERAL DE UNIDADES DE MEDIDA

Anexo a Resolução do CONMETRO nº 01/82, de 27 de abril de 1982. Este Quadro Geral de


Unidades (CGU) contém:

1 – Prescrições sobre o Sistema Internacional de Unidades


2 – Prescrições sobre outras unidades
3 – Prescrições gerais

Tabela I – Prefixos SI
Tabela II – Unidades do Sistema Internacional de Unidades
Tabela III – Outras unidades aceitas para uso com o Sistema Inernacional de Unidades
Tabela IV – Outras unidades, fora do Sistema Internacional de Unidades, admitidas
temporariamente.

Nota: São empregadas as seguintes siglas e abreviaturas:

CGPM – Conferência Geral de Pesos e Medidas (precedida pelo número de ordem e


Seguida pelo ano de sua realização).
QGU - Quadro Geral de Unidades
SI - Sistema Internacional de Unidades
Unidades SI – unidade compreendida no Sistema Internacional de Unidades.

1. SISTEMA INERNACIONAL DE UNIDADES

O Sistema Internacional de Unidades, ratificado pela 11ª CGPM / 190 e atualizado até a 16ª
CGPM / 1979, compreende:

a) sete unidades de base:

Unidade Símbolo Grandeza


Metro m comprimento
Quilograma kg massa
Segundo s tempo
Ampére A corrente elétrica
Kelvin K temperatura termodinâmica
Mol mol quantidade de matéria
Candela cd intensidade luminosa

b) duas unidades suplementares:

Unidade Símbolo Grandeza


Radiano rad ângulo plano
Esterradiano sr ângulo sólido

c) unidades derivadas, deduzidas direta ou indiretamente das unidades de base e


suplementares;
d) os múltiplos e submúltiplos decimais das unidades acima, cujos nomes são formados pelo
em prego dos prefixos SI da tabela I.

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2. OUTRAS UNIDADES

2.1 As unidades fora do SI admitida no QGU são de duas espécies;


a) unidades aceitas para uso com o SI, isoladamente ou combinadas entre si e/ ou com
unidade: SI, sem restrição de prazo ( ver tabela III);
b) unidades admitidas temporariamente (ver tabela IV).

É abolido o emprego das unidades CGS, exceto as que estão compreendidas no SI e as


mencionadas na tabela IV.

3. PRESCRIÇÕES GERAIS

3.1 - Grafia dos nomes de unidades

3.1.1. Quando escritos por extenso, os nomes de unidades começam por letra maiúscula,
mesmo quando tem o nome de uma cientista (por exemplo, ampére, kelvin, Newton etc.),
exceto o grau Celsius.

3.1.2. Na expressão do valo numérico de uma grandeza, a respectiva unidade pode ser escrita
por extenso ou representada pelo seu símbolo (por exemplo, quilo-volts por milímetro ou kV/
mm), não sendo admitidas combinações de partes escritas por extensas partes expressas por
símbolo.

3.2. Plural dos nomes de unidades


Quando os nomes de unidades são escritos ou pronunciados por extenso, a formação do plural
obedece às seguintes regras básicas:
a) os prefixos SI são sempre invariáveis;
b) os nomes de unidades recebem a letra “s” no final de cada palavra, exceto nos casos da
alínea “c”

1 – Quando são palavras simples. Por exemplo, ampéres, candelas, curies, farads, grays,
joules, kelvins, quilogramas, parsecs, roetgens, volts, webers etc;

2 – Quando são palavras compostas em que o elemento complementar de um nome de


unidade não é ligado a este por hífen. Por exemplo, metros quadrados, milhas marítimas,
unidades astrômicas etc.;

3 – Quando são termos compostos por multiplicação, em que os componentes podem variar
independentemente um do outro, por exemplo, ampéres-horas, newtons-metros, ohms-metros,
pascals-segundos, watts-horas etc;

Nota: segundo esta regra, e a menos que o nome da unidade entre no uso vulgar, o plural não
desfigura o nome que a unidade tem no singular (por exemplo, becquerels, decibels, henrys,
mols, pascals etc), nÃo se aplicando aos nomes de unidades certas regras usuais de formação
do plural de palavras.
c) os nomes ou partes dos nomes de unidades não recebem a letra “s” no final.

1 – quando terminam pelas letras s, x ou z. Por exemplo,siemens, lux, hertz etc.;


2 – quando correspondem ao denominador de unidades compostas por divisão. Por exemplo,
quilômetros por hora, lumens por watt, watts por esterradiano etc.;

44
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3 – quando, em palavras compostas, sã elementos complementares de nomes de unidades e


ligados a estes por hífen ou preposição. Por exemplo, anos-luz, elétrons-volts, quilogramas-
força, unidades (unificadas) de massa atômica etc.

3.3 Grafia dos símbolos de unidades

3.3.1. A grafia dos símbolos de unidades obedece às seguintes regras básicas:


a) os símbolos são invariáveis, não sendo admitido colocar, após o símbolo do watt é sempre
W, qualquer que seja o tipo de potência a que se refira: mecânica, elétrica, térmica, acústica
etc.;
b) os prefixos SI nunca são justapostos num mesmo símbolo. Por exemplo, unidades como
GWh, nm, pF etc., nÃo devem ser substituídas por expressões em que se justaponham,
respectivamente, os prefixos mega e quilo, mili e micro e micro etc.;
c) os prefixos SI podem coexistir num símbolo composto cor multiplicação ou divisão. Por
exemplo, kN.cm, kΩ.cm, kV/ μs, μw/ cm² etc.;
d) os símbolos de uma mesma unidade podem coexistir num símbolo composto por divisão. Por
exemplo, Ω.mm² / m, kWh/h etc.;
e) os símbolos são escritos no mesmo alinhamento do número a que se refere, e não como
expoente ou índice. São exceções, os símbolos das unidades não SI de ângulo plano
(º ‘ “), os expoentes dos símbolos que têm expoente, o sinal º do símbolo do grau Celsius e os
símbolos que têm divisão indicada por traço de tração horizontal;
f) o símbolo de uma unidade composta por multiplicação pode ser formado pela justaposição
dos símbolos componentes e que não cause ambigüidade (VA, kWh etc.), ou mediante a
colocação de um ponto entre os símbolos componentes, na base da linha ou meia altura (N.m
ou N-m, m.sˉ¹ ou m-sˉ¹ etc.);
g) o símbolo de uma unidade que contém divisão pode ser formado por uma qualquer das três
maneiras exemplificadas a seguir:

W/ (sr.m²), W.srˉ¹. mˉ², W


Sr.m²

Não devendo ser empregada esta última forma quando o símbolo, escrito em duas linhas
diferentes, puder causar confusão.

3.3.2. Quando um símbolo com prefixo tem expoente, deve-se entender que esse expoente
afeta o conjunto prefixo-unidade, como se esse conjunto estivesse entre parênteses. Por
exemplo:
dm³ = 10ˉ³ m³
mm³ = 10ˉ9 m³

3.4. Grafia dos números

As prescrições desta seção não se aplicam aos números que não representam quantidades
(por exemplo, numeração de elementos em seqüência, código de identificação, datas, números
de telefones etc.).

3.4.1. Para separar a parte inteira da parte decimal de um número, é empregada sempre uma
vírgula; quando o valor absoluto do número é menor do que 1, coloca-se 0 à esquerda da
vírgula.

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3.4.2. Os números que representam quantias em dinheiro, ou quantidades de mercadorias,


bens ou serviços em documentos para efeitos fiscais, jurídicos e/ ou comerciais, devem ser
escritos com os algarismos separados em grupos de três, a contar da vírgula para a esquerda e
para a direita, com pontos separando esses grupos entre si.

Nos demais casos, é recomendado que os algarismos da parte inteira e os da parte decimal
dos números sejam separados em grupos de três, a contar da vírgula para a esquerda e para a
direita, com pequenos espaços entre esses grupos (por exemplo, em trabalhos de caráter
técnico, ou científico), mas é também admitido que os algarismos da parte inteira e os da parte
decimal sejam escritos seguidamente (isto é, sem separação em grupos).

3.4.3. Para exprimir números sem escrever ou pronunciar todos os seus algarismos:

a) para números que representam quantias em dinheiro, ou quantidades de mercadorias, bens


ou serviços, são empregadas de uma maneira geral as palavras:

mil = 10³ = 1.000


milhão = 106 = 1.000.000
bilhão = 109 = 1.000.000.000
trilhão = 1012 = 1.000.000.000.000

podendo ser opcionalmente empregados os prefixos SI ou os fatores decimais da tabela I, em


casos especiais (por exemplo, em cabeçalhos de tabelas);

b) para trabalhos de caráter técnico ou científico, é recomendado o emprego ao prefixos SI ou


fatores decimais da tabela I.

3.5. Espaçamento entre número e símbolo

O espaçamento entre um número e o símbolo de unidade correspondente deve atender a


conveniência de cada caso. Assim, por exemplo:

a) em frase de textos correntes, é dado normalmente o espaçamento correspondente, a uma ou


a meia letra, mas nÃo se deve dar espaçamento quando há possibilidades de fraude;
b) em colunas de tabelas, é facultado utilizar espaçamentos diversos entre os números e os
símbolos das unidades correspondentes.

3.6. Pronúncia dos múltiplos e submúltiplos decimais das unidades.

Na forma oral, os nomes dos múltiplos decimais das unidades são pronunciados por extenso,
prevalecendo a sílaba tônica da unidade.

As palavras quilômetros, decímetro, centímetro e milímetro, consagradas pelo uso com o


acento tônico deslocado para o prefixo, são as únicas exceções a esta regra; assim sendo, os
outros múltiplos e submúltiplos decimais do metro devem ser pronunciados com o acento tônico
na penúltima sílaba (me), por exemplo, megametro, micrometro (distinto de micrômetro,
instrumento de medição), nanômetro, etc.

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3.7. Grandezas expressas por valores relativos

É aceitável exprimir, quando conveniente, os valores de certas grandezas em relação a um


valor determinado da mesma grandeza tomado como referência, na forma de fração ou
percentagem. Tais são, dentre outras, a massa específica, a massa atômica ou molecular, a
condutividade etc.

TABELA I – PREFIXOS SI

Nome Símbolo Fator pelo qual a unidade é multiplicada


Exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000
Peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000
Terá T 1012 = 1 000 000 000 000
Giga G 109 = 1 000 000 000
Mega M 106 = 1 000 000
Quilo k 103 = 1 000
Hecto h 102 = 100
Deca da 10
Deci d 10-1 = 0,1
Centi c 10-2 = 0,01
Mili m 10-3 = 0,001
Micro μ 10-6 = 0,000 001
Nano n 10-9 = 0,000 000 001
Pico p 10-12= 0, 000 000 000 001
Femto f 10-15= 0,000 000 000 000 001
Atto a 10-18= 0,000 000 000 000 000 001

Observações:

1) Por motivos históricos, o nome da unidade SI de massa contém um prefixo:


excepcionalmente e por convenção, os múltiplos e submúltiplo dessa unidade são formados
pela adjunção de outros prefixos SI à palavra grama e ao símbolo g.
2) Os prefixos desta Tabela podem ser também empregados com unidades que não pertencem
ao SI
3) Sobre os símbolos de unidades que tem prefixo e expoente ver 3.3.2.
4) As grafias tento e ato serão admitidos em obras sem caráter técnico.

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TABELA 11 – UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES

Além dos exemplos de unidades derivadas sem nomes especiais que constam desta Tabela,
estão também compreendidas no SI todas as unidades derivadas que se formarem mediante
combinações adequadas de unidades SI.

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição OBSERVAÇÕES
UNIDADES GEOMÉTRICAS E MECÂNICAS
Cumprimento igual a 1 650 763,
73 comprimentos de onda, no Unidade base
vácuo da radiação Definição
Comprimento Metro m correspondente à transição entre ratificada pela 11ª
os níveis 2p10 e 5d5 do átomo
CGPM / 1960
de criptônio 86.

Metro Área de um quadrado cujo lado


Área Quadrado m² tem 1 metro de comprimento
Volume Metro Volume de um cubo cuja aresta
Cúbico m³ tem 1 metro de comprimento.
Ângulo central que subtende um
Ângulo Radiano Rad arco de círculo de comprimento
Plano igual ao do respectivo raio.
Ângulo sólido que, tendo vértice
Ângulo esterradiano sr no centro de uma esfera,
Sólido subtende na superfície da mesma
uma área igual ao quadrado do
raio da esfera.
Duração de 9 192 631 770
períodos de radiação Unidade de base
Tempo segundo s correspondente à transição entre definição
os dois nevei hiperfinos do estado ratificada pela 13ª
fundamental do átomo de césio
CGPM/ 1967.
133.
Freqüência hertz Hz Freqüência de um fenômeno
periódico cujo período é de 1
segundo.
Velocidade Metro por Velocidade de um móvel que, em
segundo m/s movimento uniforme, percorre a
distância de 1 metro em 1
segundo.
Velocidade Radiano Velocidade angular de um móvel
angular Por Rad/s que, em movimento de rotação
segundo uniforme, descreve 1 radiano em
1 segundo.

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UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição OBSERVAÇÕES
UNIDADES GEOMÉTRICAS E MECÂNICAS
Aceleração de um móvel em
Metro por movimento retilíneo
Aceleração segundo, por m/s² uniformemente variado, cuja
segundo velocidade varia de 1 metro
por segundo em 1 segundo.
Aceleração angular de um
móvel em movimento de
Aceleração Radiano por rotação uniformemente
angular segundo, por Rad/s² variado, cuja velocidade
segundo angular varia de 1 radiano por
segundo em 1 segundo.
1) Unidade de base –
definição ratificada
pela 3ª CGPM/ 1901.
Massa Quilograma Kg Massa do protótipo 2) Esse protótipo é
internacional do quilograma conservado no
Bureau Internacional
de Pesos e Medidas,
em Sevres, França.
Massa específica de um corpo
Massa Quilograma homogêneo, em que um
específica por metro Kg/m³ volume igual a 1 metro cúbico
cúbico contém massa igual a 1
quilograma.
Fluxo de massa de um material Esta grandeza é
que, em regime permanente designada pelo nome
através de uma superfície do material cujo
Vazão Metro cúbico m³/s determinada, escoa a massa escoamento está
por segundo de 1 quilograma do material sendo considerado
em 1 segundo (por exemplo, fluxo de
vapor).
Fluxo de massa de um material Esta grandeza é
que, em regime permanente designada pelo nome
Fluxo de Quilograma através de uma superfície do material cujo
massa por segundo Kg/s determinada, escoa a massa escoamento está
de 1 quilograma do material sendo considerado
em 1 segundo. (por exemplo, fluxo de
vapor).
Momento de inércia, em
Momento de Quilograma Kg. m² relação a um eixo, de um
inércia metro ponto material de massa igual
quadrado a 1 quilograma, distante 1
metro do eixo
Quilograma Momento linear de um corpo Esta grandeza é
Momento metro por Kg.m/s de massa igual a 1 quilograma, também chamada
linear segundo que se desloca com velocidade quantidade de
de 1 metro por segundo. movimento angular.

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UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição OBSERVAÇÕES
UNIDADES GEOMÉTRICAS E MECÂNICAS
Momento angular, em relação a
Quilograma – um eixo, de um corpo que gira em Esta grandeza é
Momento metro torno desse eixo com velocidade também chamada
angular quadrado por Kg.m²/s angular uniforme de 1 radiano por quantidade de
segundo segundo, e cujo momento de movimento angular.
inércia, em relação ao mesmo
eixo, é de 1 quilograma-metro
quadrado.
3) Unidade de base –
definição ratificada
pela 14ª
CGPM/1971.
4) Quando se
Quantidade de matéria de um utilizam mol, as
sistema que contém tantas entidades
Quantidade mol mol entidades elementares quantos elementares devem
de matéria são ao átomos contidos em 0,012 ser especificadas,
quilogramas de carbono 12. podendo ser átomos,
moléculas, íons,
elétrons ou outras
partículas, bem como
agrupamentos
especificados de tais
partículas.
Força que comunica à massa de
Força Newton N 1 quilograma a aceleração de 1
metro por segundo, por segundo.
Momento de
uma força Newton - N–m
Torque metro
Pressão exercida por uma força Pascal é também
de 1 newton, uniformemente unidade de tensão
detribuída sobre uma superfície mecânica (tração,
Pressão pascal Pa plana de 1 metro quadrado de compressão,
área, perpendicular à direção da cisalhamento, tensão
força. tangencial e suas
combinações.
Viscosidade dinâmica de um
fluído que se escoa de forma tal
que sua velocidade varia de 1
Viscosidade Pascal - Pa-s metro por segundo, por metro de
dinâmica segundo afastamento na direção
perpendicular ao plano de
deslizamento, quando a tensão
tangencial ao longo desse plano é
constante e igual a 1 pascal.

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição OBSERVAÇÕES
UNIDADES GEOMÉTRICAS E MECÂNICAS
Trabalho realizado por uma
Trabalho, força constante de 1 newton,
Energia, Joule J que desloca seu ponto de
Quantidade de aplicação de 1 metro na sua
calor direção.
Potência desenvolvida
Potência, quando se realiza, de
Fluxo de Watt W maneira contínua e uniforme,
energia o trabalho de 1 joule em 1
segundo.
Densidade de um fluxo de
energia uniforme de 1 watt,
Densidade de Watt por através de uma superfície
fluxo de metro W/m² plana de 1 metro quadrado
energia quadrado de área, perpendicular à
direção de propagação da
energia.

UNIDADES ELÉTRICAS E MAGNÉTICAS

Para as unidades elétricas e magnéticas, o SI é um sistema de unidades racionalizado, para o


qual foi definido o valor da constante magnética.

Μo = 4п x 10ˉ7 henry por metro

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição OBSERVAÇÕES
Corrente elétrica invariável, que
mantida em dois condutores 1) Unidade de base,
retilíneos, paralelos, de definição ratificada pela
comprimento infinito e de área 9ª CGPM/ 1948.
de seção transversal 2) O ampére é também
Corrente Ampére A desprezível e situados no unidade de força
elétrica vácuo a 1 metro de distância magneto-mortiz; se
um do outro, produz entre houver possibilidade de
esses condutores uma força confusão, poderá ser
igual a 2x 10ˉ7 newton, por chamado ampére-
metro de comprimento espira, porém sem
desses condutores. alternar o símbolo A
Carga elétrica que atravessa
Carga elétrica em 1 segundo, uma seção
(quantidade e Coulomb C transversal de um condutor
eletricidade) percorrido por uma corrente
invariável de 1 ampére.

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição OBSERVAÇÕES
Tensão elétrica Tensão elétrica entre os
diferença de terminais de um elemento
força potencial, Volt V passivo de circuito, que dissipa
força eletro- a potência de 1 watt quando
motriz percorrido por uma corrente
invariável de 1 ampére
Gradiente de potencial A intensidade de
Gradiente de uniforme que se verifica em campo elétrico pode
potencial, Volt por meio homogêneo e isótropo, ser também expressa
intensidade de metro V/m quando é de 1 volt, a diferença em newtons por
campo elétrico de potencial entre dois planos Coulomb.
equipotenciais situados a 1
metro de distância um do outro.
Resistência elétrica de um O ohm é também
elemento passivo de circuito unidade de
que é percorrido por uma impedância e de
Resistência ohm Ω corrente invariável de 1 restância em
elétrica ampére, quando uma tensão elementos de circuito
elétrica constante de 1 volt é percorridos por
aplicada aos seus terminais. corrente alternada.
Resistividade de um material
homogêneo e isótropo, do qual
um cubo com 1 metro de aresta
Resistividade Ohm-metro Ω.m apresenta uma resistência
elétrica de 1 ohm entre faces
opostas.
Condutância de um elemento O siemens é também
passivo de circuito cuja unidade de
resistência elétrica é de ohm. admitância e de
Condutância Siemens S susceptância em
elementos de circuito
percorridos por
corrente alternada.
Siemens Condutividade de um material
Condutividade por metro S/m homogêneo e isótropo cuja
resistividade é de 1 ohm-metro.
Capacitância de um elemento
Capacitância Farad F passivo de circuito entre cujos
terminais a tensão elétrica varia
uniformemente à razão de 1.

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Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

UNIDADES
Grandeza Nome Símbolo Definições OBSERVAÇÕES
Ampére por segundo
Potência aparente de um
circuito percorrido por uma
Potência aparente Volt- VA corrente alternada senoidal
ampére com valor eficaz de 1 ampére,
sob uma tensão elétrica com
valor eficaz de 1 volt.
Potência reativa de um circuito
percorrido por uma corrente
alternada senoidal com valor
Potência reativa var var eficaz de 1 ampére, sob uma
tensão elétrica com valor eficaz
de 1 volt, de Π/2 radianos em
relação à corrente.
Indução magnética uniforme
que produz uma força
constante d 1 newton por metro
de um condutor retilíneo
Indução magnética Tesla T situado no vácuo e percorrido
por uma corrente invariável de
1 ampére, sendo
perpendiculares entre si as
direções da indução magnética,
da força e da corrente.
Fluxo magnético uniforme
através de uma superfície
Fluxo magnético weber Wb plana de área igual a 1 metro
quadrado, perpendicular a
direção de uma indução
magnética uniforme de 1 tesla.
Intensidade de um campo
magnético uniforme, criado por
uma corrente invariável de 1
ampére, que percorre um
condutor retilíneo, de
Intensidade de Ampére A/m comprimento infinito e de área
campo magnético por metro de seção transversal
desprezível, em qualquer ponto
de uma superfície cilíndrica de
diretriz circular com 1 metro de
circunferência e que tem como
eixo o referido

53
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definições OBSERVAÇÕES
Condutor.
Relutância de um elemento
de circuito magnético, no
Relutância Ampére por A/Wb qual uma força
weber magnetomotriz invariável
de 1 ampére produz um
fluxo magnético de 1
weber.
UNIDADES TÉRMICAS
Temperatura Fração 1/273, 16 da 1) Kelvin é unidade de
termodinâmica Kelvin K temperatura termodinâmica base-definição
do ponto tríplice da água. ratificada pela 13ª
CGPM/ 1967.
Intervalo de temperatura 2) Kelvin e grau Celsius
unitário igual a 1 kelvin, são também unidades
Temperaturas Grau Celsius ºC numa escala de de intervalo de
Celsius temperaturas em que o temperaturas.
ponto 0 coincide com 3) t (em graus Celsius)
273,12 kelvins. = T (em Kelvins) –
273,15.
Gradiente de Kelvin por K/m Intervalo de temperatura
temperatura metro uniforme que se verifica em
um meio homogêneo e
isótropo, quando é de 1
kelvin a diferença de
temperatura entre dois
planos isotérmicos situados
à distância de 1 metro um
do outro.
Capacidade Joule por J/K Capacidade térmica de um
térmica Kelvin sistema homogêneo e
isótropo, cuja temperatura
aumenta de kelvin quando
se lhe adiciona 1 joule de
quantidade de calor.
Calor específico Joule por J/(kg.K) Calor específico de uma
quilograma e substância cuja
por kelvin temperatura aumenta de 1
kelvin quando se lhe
adiciona 1 joule de
quantidade de calor por
quilograma de sua massa.

54
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição OBSERVAÇÕES
Condutividade térmica de um
material homogêneo e
isótropo, no qual se verifica
Condutividade Watts por um gradiente de temperatura
térmica metro e por W(m.K) uniforme de 1 kelvin por
Kelvin metro, quando existe um
fluxo de calor constante com
densidade de 1 watt por
metro quadrado.
UNIDADES ÓPTICAS
Intensidade candela Cd Intensidade luminosa, numa
Luminosa direção dada, dw uma fonte
que emite um radiação
monocromática de freqüência
540 x 1012 hertz e cuja
intensidade energética
naquela direção é 1/683
watt por esterradiano.
Fluxo luminoso lúmen ℓm Fluxo liminoso emitido por
uma fonte puntiforme e
invariável de 1 candela, de
mesmo valor em todas as
direções, no interior de um
ângulo sólido de 1
esterradiano.
Iluminamento lux ℓx Iluminamento de uma
superfície plana de 1 metro
quadrado de área, sobre a
qual incide
perpendicularmente um fluxo
de 1 lúmem, uniformemente
distribuído.
Luminância Candela Cd/m² Luminância de uma fonte
por metro com 1 metro quadrado de
quadrado área e com intensidade
luminosa de 1 candela
Exitância luminosa Lúmen por ℓm/m² Exitância luminosa de uma Esta grandeza era
metro superfície plana de 1 metro denominada
quadrado quadrado de área, que emite “elimitância
uniformemente um fluxo luminosa”.
luminoso de 1 lúmen.

55
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição OBSERVAÇÕES
Exposição Exposição (Excitação)
luminosa Lux-segundo ℓx.s luminosa de uma
excitação superfície com
luminosa iluminamento de 1 lux,
durante 1 segundo.
Eficiência Lúmen por watt ℓm/W Eficiência luminosa de
luminosa uma fonte que consome
1 watt para cada lúmen
emitido.
Número de onda 1 por metro mˉ¹ Número de onda de uma
radiação monocromática
cujo comprimento de
onda é igual a 1 metro.
Intensidade Watt por W/sr Intensidade energética,
energética esterradiano de mesmo valor em todas
as direções, de uma fonte
que emite um fluxo de
energia uniforme de 1
watt, no interior de um
ângulo sólido de 1
esterradiano.
Luminância Watt por W(sr.m2) Luminância energética,
energética esterradiano e em uma direção
por metro determinada, de uma
quadrado fonte superficial de
intensidade energética
igual, por metro quadrado
de sua área projetada
sobre um plano
perpendicular a direção
considerada.
Convergência Dioptria di Convergência de um
sistema óptico com
distância focal de 1
metro, no meio
considerado.
UNIDADES DE RADIOATIVIDADE
Atividade Bcquerel Bq Atividade de um material
radioativo no qual se
produz uma
desintegração nuclear por
segundo.

56
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição OBSERVAÇÕES
Exposição Coulomb por C/kg Exposição a uma
quilograma radiação X ou grama,
tal que carga total dos
íons de mesmo sinal
produzidos em 1
quilograma de ar,
quando todos os
elétrons liberados por
fótons são
completamente detidos
no ar, é de 1 Coulomb
em valor absoluto.
Dose absorvida Gray Gy Dose de radiação
ionizante absorvida
uniformemente por uma
porção de matéria, à
razão de 1 joule por
quilograma de sua
massa.
Equivalente de sievert Sv Equivalente de dose de Nome especial para
dose uma radiação igual a 1 a unidade Sv de
joule por quilograma equivalente de dose
adotado pela 16ª
CGPM/1979.

TABELA III – OUTRAS UNIDADES ACEITAS PARA USO COM O SI, SEM RESTRIÇÃO DE
PRAZO

São implicitamente incluídas nesta Tabela, outras unidades de comprimento e de tempo


estabelecidas pela Astronomia para seu próprio campo de aplicação, a as outras unidades de
tempos usuais de calendário civil.

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição Valor em Observações
unidades SI
Valor adotado
Comprimento Unidade UA Distância média da 149 600 x 106 pela União
astronômica terra ao sol. Astronômica
Internacional.
Comprimento do A União
raio de um círculo Astronômica
no qual o ângulo Internacional
parsec pc central de 1 3.0857 x 1016m adota como
segundo subtende exato valor 1
uma corrida igual a pc = 206 265
1 unidade UA
astronômica.

57
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição Valor em Observações
unidades SI
Volume Litro ℓ Volume igual a 1 0,001m³ A título
L decímetro cúbico excepcional a 16ª
CGPM/1979
adotou os dois
símbolos ℓ(letra
minúscula) e L
(letra maiúscula)
como símbolos
utilizáveis pra o
litro. O símbolo L
será sempre que
as máquinas de
impressão não
apresentem
distinção entre o
algarismo um e a
letra minúscula e
que tal
coincidência
acarrete
probabilidade de
confusão.
Ângulo plano Grau º Ângulo plano igual à 180 /‫ ת‬rad
fração 1/360 do
ângulo central de um
círculo completo.
Minuto ‘ Ângulo plano igual à 10.800/‫ ת‬rad
fração 1/60 de 1
minuto.
Segundo “ Ângulo plano igual à 648.000/‫ ת‬rad
fração 1/60 de 1
minuto.
Intervalo de oitava Intervalo de duas O número de
freqüências freqüências cuja oitavas de um
relação é igual a 2. intervalo de
freqüências é
igual ao logaritmo
de base 2 da
relação entre as
freqüências
extremas do
intervalo.

58
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição Valor em Obsrvações
unidades SI
Unidade Massa igual à fração 1,660 57 x 10ˉ27
Massa (unificad u 1/12da massa de um kg
a) de átomo de carbono (aproximadament
massa 12. e)
atômica
tonelada t Massa igual a 1000
quilogramas
Minuto Min Intervalo de tempo 60s
Tempo igual a 60 segundos
Hora H Intervalo de tempo 3 600s
igual a 60 minutos
dia D Intervalo de tempo 86 400s
igual a 24 horas
Velocidade Rotação rpm Velocidade angular
angular por de um móvel que, em
minuto movimento de
rotação uniforme a 30/‫ ת‬rad/s
partir de uma posição
após 1 minuto.
Energia Elétron- eV Energia adquirida por
volt um elétron ao
atravessar, no vácuo,
uma diferença de 1.602 19 x 10ˉ19
potencial igual a 1 J
volt.
Nível de decibel dB Divisão de uma
potencia escala logarítima N = 10
cujos valores são 10 Log10 P/P0 dB
vezes o logarítimo
decimal da relação
entre o valor de
potência
considerado, em um
valor de potência
especificado, tomado
como referência e
expresso na mesma
unidade.
Divisão de uma
escala logarítima
cujos valores são os
logaritmos N= loge V1 / V2
Decremento neper Np neperianos da Np
logarítmico relação entre dois Ou N= loge I1/ I 2
valores de tensões
elétricas, ou entre
dois valores de
correntes elétricas.

59
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

TABELA IV – OUTRAS UNIDADES FORA DO SI ADMITIDAS TEMPORARIAMENTE


Nome da unidade Símbolo Valor em unidades SI Observações

angstron A 10ˉ¹º m Este valor é o que foi


*atmosfera Atm 101 325 Pa adotado pela 5ª
bar bar 105 Pa Conferência
barn b 10ˉ28 m² Internacional sobre as
*caloria cal 4,1868 J Propriedades do
Vapor, Londres, 1956.

*cavalo-vapor cv 735,5 W
Curie Ci 3,7 x 10¹º Bq Aproximadamente
Gal Gal 0,01m/s²
*Gauss Gs 10ˉ4 T Velocidade igual a 1
hectare Há 104 m² milha marítima por
*qulograma-força kgf 9,806 65 N hora.
*milímetro de mercúrio mmHg 133,322 Pa
milha marítima 1.852 m
nó (1852/3600)m/s Não confundir esta
unidade com o
“quilate”da escala
numérica
*quilate 2 x 10ˉ4 kg convencional do teor
em ouro das ligas de
ouro.

0,01 Gy O rem é uma unidade


rad 2,58 x 10ˉ4 C/kg especial empregada
roetgen R 1 rem = 1 cSv = 10ˉ² em radioproteção para
rem rem Sv exprimir o equivalente
de dose.

* A evitar e a substituir pela unidade SI correspondente

NOTAS REMISSIVAS

DECRETO nº 63.233, de 12 de setembro de 1968.

Aprova o Quadro Geral das Unidades de Medida.

DECRETO-LEI nº 240, de 28 de fevereiro de 1967.

Parágrafo Único do Art. 9º - Manda atualizar o Quadro Geral das Unidades de Medida,
adotando as modificações propostas pelas conferências Gerais de Pesos e Medidas, Mediante
Decreto do Exmo. Sr. Presidente da República, conforme proposta do Instituto nacional de
Pesos e Medidas.

DECRETO-LEI nº 81.621, de 03 de maio de 1978.

60
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

Art. 1º - Fica aprovado o anexo Quadro Geral de Unidades de Medida, baseado nas
Resoluções, Recomendações e Declarações das Conferências Gerais de Pesos e Medidas,
realizadas por força de Conversão Internacional do Metro, de 1875.

NB-87
Regras de Arredondamento na Numeração Decimal
Norma Brasileira

1. OBJETIVO

1.1 – ESTA Norma tem por fim estabelecer as regras de arredondamento na Numeração
Decimal.

2. REGRAS DE ARREDONDAMENTO

2.1 – Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é


inferior a 5, o último algarismo a ser conservado permanecerá sem modificação.

Ex.: 1,333 3 arredondado à 1ª decimal tomar-se-á: 1,3.

2.2 – Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é


superior a 5, ou, sendo 5, for seguido de no mínimo um algarismo diferente de zero, o último
algarismo a ser conservado deverá ser aumentado de uma unidade.

Ex.: 1,6666 arredondado à 1ª decimal tornar-se-á: 1,7; 4,850 5 arredondado à, 1ª decimal


tornar-se-á: 4,9.

2.3 – Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é um 5


seguido de zeros, dever-se-á arredondar o algarismo a ser conservado, para o algarismo par
mais próximo. Conseqüentemente, o último algarismo a ser retido, se for ímpar, aumenta-se
uma unidade:

Ex.: 4,550 O arredondamento à 1ª decimal tomar-se-á: 4,6

2.4 – Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último a ser conservado é um 5 seguido


de zeros, se for par o algarismo a ser conservado, ele permanecerá sem modificação.

Ex.: 4,850 O arredondado à 1ª decimal tomar-se-á: 4,8.

61
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

NB-91

Conversão, com Arredondamento, de Polegadas em Milímetros, de Dimensões com


Tolerâncias

Norma Brasileira

1. OBJETIVO

1.1 – Esta Norma tem por fim estabelecer os métodos com arredondamento das dimensões em
polegadas, com tolerâncias, para milímetros, de maneira a ficar assegurada a correspondência
das tolerâncias, em particular no caso de intercambialidade das peças.

2. GENERALIDADES

2.1 – O uso do fator de conversão 1 pol. = 25,4 mm (exatamente), geralmente produz valores
que contêm mais algarismos decimais que o necessário para a precisão desejada. Torna-se
assim necessário arredondar esses valores a um número de decimais com o valor do campo de
tolerância original.

2.2 – A aplicação das regras ao arredondamento, dadas na tabela I garantirá, mesmo nos casos
extremos mais desfavoráveis, que nenhum dos dois limites resultantes excederá de 2,5% o
valor da tolerância original.

2.2.1 – No método A, o qual tem aplicação geral, o arredondamento é efetuado até o valor
redondo mais próximo, de maneira que, em média, as tolerâncias convertidas permanecem
estatisticamente idênticas às tolerâncias originais.

Os limites convertidos por esse método são considerados aceitáveis para a intercambialidade e
serem de base para o controle.

2.2.2 – No método B, o arredondamento é feito sistematicamente para dentro do campo de


tolerância de maneira que em média as tolerâncias convertidas são mais estreitas.

Conseqüentemente esse método será empregado somente quando os limites originais devem
ser rigorosamente respeitados (por exemplo, quando as peças são controladas por calibradores
fixos).

3. CONVERSÃO

3.1 – Método A (Regra Geral).


Converter separadamente o limite superior e o limite inferior, conforme a norma NB-59 e
arredondar os resultados obtidos de acordo com a NB-87, conservando o número de decimais
indicado na Tabela anexa.

3.2 – Método B (Regra especial).


Este método é análogo ao método A, exceto quanto ao arredondamento que é efetuado para o
interior do campo de tolerância (isto é, para o mais próximo valor inferior ao caso do limite
superior e para o mais próximo valor superior no caso do limite inferior). Portanto o
arredondamento nem sempre é efetuado para o valor redondo mais próximo.

62
Curso de Inspetor de soldagem - Instrumental e técnicas de medidas

O método B deve ser empregado somente quando os limites originais devem ser
absolutamente respeitados (particularmente quando as peças devem ser inspecionadas por
meio de calibradores originais).

TABELA I

Decimais a serem conservadas em função da tolerância original.

Tolerância original (pol.) Decimais a serem conservadas


No mínimo igual a: Inferior a: (mm)
0,000.01 0,000.1 0,000.01
0,000.1 0,001 0,000.1
0,001 0,01 0,001
0,01 0,1 0,01
0,1 1 0,1

Exemplo:
Seja uma dimensão expressa em polegadas como segue:

1,950 ± 0,016

A conversão dos dois limites para milímetros dá:

49,1236 e 49,9364

Como a tolerância é igual a 0,032 pol. E fica assim entre 0,01 e 0,1 pol. É necessário
empregando o método A arredondar esses valores ao mais próximo 0,01 mm. Os valores a
serem empregados em milímetros são pois :

49,12 e 49,94

Arredondando para o interior da tolerância, de acordo com o método B, dará os limites 49,13
mm e 49,93 mm, isto é, a tolerância reduzida para 0,80 mm em vez de 0,82 mm, como dado
pelo método A.

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