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Apresentação das Entidades da Umbanda

"Forma e apresentação dos Espíritos na Umbanda"

Ao penetrarmos neste assunto, sabemos, de antemão, que vamos contrariar uma grande
parte do movimento umbandista, ainda aferrada a antigas visões, porém, nosso objetivo é
separar o joio do trigo, pela estranha confusão que o fanatismo, irmão do feiticismo, faz
das Formas ou Roupagens Fluídicas que os Orixás, Guias e Protetores usam nosso
movimento UMBANDISTA.

Não devemos, em absoluto, aceitar as descrições fantásticas que "videntes", intoxicados


de animismo, fazem de supostas entidades Alguns vêem Oguns Japoneses, Mongóis,
Tibetanos e até Romanos, de couraças, espadas ou cimitarras flamejantes, quando não é
um "Xangô" chinês, na aparência de um velho mandarim...Outras vezes, afirmam que
Oxossi é um jovem hindu ou italiano, de cabelos semicompridos, com um manto púrpura
ou um homem de cor morena-jambo, com uma faixa na cinta e três flechas enfiadas no
corpo, tal e qual o modelo fabricado pelos fabricantes de santo.

A umbanda é a Lei regida por princípios e regras em harmonia que não podemos alterar
pela simples vontade; todos os que conscientemente, tentaram alterá-la, sofreram
diferentes dissabores.

Repetimos e afirmamos: a Umbanda é o movimento do Círculo Inicial do Triângulo e


este, é o Ternário ou a Tríade, que exterioriza suas vibrações através das Três Formas
ordenadas pela Lei, que são místicas, pois simbolizam:

A pureza, que nega o vício, o egoísmo e a ambição;


A simplicidade, que é o oposto da vaidade, do luxo e da ostentação;
A humildade, que encerra os Princípios do amor, do sacrifício, e da paciência, ou seja, a
negação do poder temporal...

As três formas que simbolizam estas virtudes são as de Crianças, Caboclos e Pretos-
Velhos, que ainda traduzem: o Princípio ou Nascer, o Meio ou a Plenitude da Força e a
Velhice ou o Descanso, isto é a consciência em calma, o abandono das coisas materiais...
O esquecimento do ilusório para o começo da realidade.

No entanto, o Espírito, o nosso eu Real, jamais revelou, nem revelará, a sua verdadeira
essência e "forma", compreenda-se bem, sua "forma-essencial".

Ele externa sua consciência, seu livre arbítrio, por sua alma, pelo corpo mental, que
engendra os elementos para a formação do denominado Corpo Astral ou Perispírito, que é
uma "forma durável", fixa, podemos dizer.

Tentaremos então explicar, que o espírito não tem Pátria, porém, conserva em si ou forma
a sua alma pelos caracteres psíquicos de vários renascimentos, em diferentes Pátrias.

No, entretanto, o conjunto desses caracteres psíquicos experimentais contribui para


formar a sua personalidade moral e mental, influindo decisivamente na "forma" de seu
corpo astral e mesmo na física quando encarnado.
Poderá, pelo resgate, elevar-se ou evoluir tanto, espiritualmente, que sua imediata
condição estando de tal forma purificada, anula completamente os caracteres pessoais de
sua última encarnação, e o seu corpo astral pode tomar uma "forma etérica" que apaga,
em aparência, aquela que caracterizou esta passagem pelo "mundo da forma humana".

Assim, devemos concluir que existe maior quantidade de formas astrais feias, baixas, de
aspectos brutais, reveladoras do atraso mental de seus ocupantes espirituais, do que
formas belas que expressam a LUZ, a consciência evolutiva.

Os ocupantes das formas que revelam um Karma limpo, uma iluminação interior, é que
são chamados a cumprir missão na Lei de Umbanda, e por seus conhecimentos e
afinidades, são ordenados em uma das Três Formas já citadas... Velando assim suas
próprias vestimentas karmânicas.

Esta metamorfose é comum aos que tomam a função de Orixás ou Guias que assim
procedem, escolhendo por afinidade uma dessas formas em que muito sofreram e
evoluíram numa encarnação passada.

Para os que estão classificados como Protetores, em quase maioria, não se faz
necessário essa transformação, porque conservam ainda uma das três formas em seus
corpos astrais, quais sejam:
CABOCLOS, CRIANÇAS e PRETOS-VELHOS.

Saibam todos que tudo isso não é mera concepção nossa; obedece a lógica, ao estudo e a
experiência, verificadas em centenas de aparelhos (médiuns), através das respostas de
suas entidades sobre o assunto.

Senão, vejamos na mais simples e clara das provas: perguntem, através de um bom
aparelho (médium) que não seja do qualificado de "consciente" a qualquer Guia, quer de
Xangô, Ogum, Orixalá, Yemanjá, etc, se ele é japonês, chinês, inglês ou italiano...
Na certa responderá que não, pois, no momento, está ordenado por uma dessas vibrações
ou linhas, e dirá, por exemplo: sou um ogum, orixá e caboclo ou dirá, Caboclo X da
Falange de Ogum Yara, Ogum Megê ou Ogum de Lei, etc...
Se forem entidades que se apresentam como Crianças, responderão, por exemplo: sou
Yariri, orixá da vibração ou linha de Yori, ou então, sou "X" da falange de Yariri, Doum
ou Ori, etc. Perguntem, ainda, a um que se apresente como Preto-Velho, e ele dirá que
é Pai "X", por afinidade, um Congo, um Angola, um Cambinda, etc. Da Vibração de
Yorimá, ou da Falange de um Pai-Arruda, Pai-Guiné, Pai-Tomé que são orixás, isto
é, chefiam Legião ou Falange.

Como poderão compreender, tudo gira e se expressa nas Três Formas, ou seja, na Tríade,
que, por analogia, é o reflexo da Trilogia Sagrada, o Ternário Humano, sintetizado na
Unidade que é a manifestação de DEUS.

"O número três reina por toda parte no Universo" disse ZOROASTRO, e este Universo é
Tríplice em suas três esferas concêntricas; o Mundo Natural, o Mundo Humano, e o Mundo
Divino. Até no homem são três as partes que o formam: Corpo, Alma, Espírito. Porque foi
da combinação de Três Forças Primordiais (Espírito, Alma, Matéria) que surgiu a forma
dos seres que povoam os Universos dentro do Cosmo, limitado e ilimitado em si mesmo.

Ainda é a força sagrada do número três que forma os cultos trinitários. Exemplos: na Índia
com BRAHMA, VISNU e SHIVA; a própria unidade do cristianismo com o PAI, o FILHO
e o ESPÍRITO SANTO; no EGITO é OSÍRIS, ÍRIS e Hórus; na CHINA, é BRAHMA,
SHIVA e BUDA; na PÉRSIA de ZOROASTRO, era OZMUD, ARIHMAN e MITRA; na
primitiva GERMÂNIA, era VOTAM, FRIGA e DINAR; os ORFÍCOS, na Grécia, apelidavam
de ZEUS, DEMÉTER e DIONISIUS; na antiga CANAAM era BAAL, ASTARTÈ e
ADONIS ECHEMUN... E os CABIRAS, povos de inconcebível Antigüidade, regiam seus
mistérios de forma trinitária, com EA (pai), ISTAR (mãe) e TAMUZ (filho) e por fim
vamos chegar à Umbanda com IAMBY(ZAMBY) YEMANJÁ e ORIXALÁ (ou OXALÁ).

Citamos tudo isso, para que possa conceber, com provas comparadas, que as formas na
Umbanda de Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos, obedecem a uma Lei. Não é simples
imaginação de A ou B. Segue o mistério do número três... É a confirmação de uma trilogia
religiosa.

Quando à chamada apresentação desses Espíritos, cremos ter ficado patente que o fazem
sempre e invariavelmente dentro dessas três roupagens fluídicas como Orixás, Guias e
grande percentagem dos que chamamos de Protetores, porque, parte destes, não
necessita dessa adaptação, por já conservarem como próprias.

Nesta altura, faz-se necessário uma elucidação: sabemos, pelos ensinamentos dos
Orixás, que essa Lei, essa Umbanda, é vivente em outros países, talvez não definida
ainda com este nome, porém, os princípios e regras serão os mesmos. Quanto às "formas"
são ou poderão ser as três que simbolizem, nestes países, os mesmos qualificativos que
os nossos, ou sejam os mesmos no Brasil (Pureza, Simplicidade e Humildade).

Agora por suas apresentações nos aparelhos (médium) devemos compreender como:
características tríplices das manifestações chamadas incorporativas, que se externam:

Pelas flexões fisionômicas, vocais e psíquicas;


Pelo ponto cantado ou prece;
Pelos sinais riscados, ou pontos de pemba;
E essas características, salvo situações especiais, são inalteráveis em qualquer aparelhos,
cujo Dom real o qualifique como Inconsciente (totalmente dirigido) ou Semi-Inconsciente
(parcialmente dirigido).

Então vamos passar a identificar, de um modo geral, os sinais exteriores, os fluídos


atuantes e as tendências principais dos Orixás, Guias e Protetores, através de suas
"máquinas transmissoras"
pelas Vibrações ou Linhas, em número de SETE:

LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ


Estas Entidades usam roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações.
Não fumam, mesmo no grau de Protetores, e não gostam de ser solicitadas sem um
motivo imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela
cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros, com uma sensação
de friagem pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar.
A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. O
movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no
corpo.
Falam calmos, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a cabeça
do aparelho (médium), ora baixa ora semi levantada...
Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente
escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "chefia de cabeça" e quase nunca uma
função auxiliar efetiva (um dos Orixás Chefes, senão o mais antigo, é o Caboclo
Urubatão; o autor, em seu eterno "peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve
momentos de verdadeira "agonia mental" quando era obrigado a cumprimentar
"aparelhos" com "encosto" de Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser aquela
entidade. Esta "agonia" era por ver as tremendas falhas da "representação", vistas e
sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a "cena" divertidos e irônicos).
Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a mediunidade de um ou
outro em excelente estado mental, e moral.
Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de grande beleza: dão
a Flecha, Chave e Raiz.
As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam, consultam pouco
e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre auxiliares.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE YEMANJÁ


Fazem sentir seus fluídos de ligação pela cabeça, braços e joelhos.
Balançam o corpo do aparelho (médium) suavemente, levantando os braços em sentido
horizontal, flexionando e tremulando as mãos, arfando um pouco o tórax, pela elevação
respiratória e balançando a cabeça; tomam o controle do médium. Não dão gemidos
lancinantes nem fazem corrupios com um copo de água seguro pelas mãos no alto da
cabeça como se estivessem em exibição circense.
Gostam, isso sim, de trabalhar com água salgada ou de mar, fixando vibrações, porém
serenos sem encenações.
Suas preces cantadas ou "pontos" tem o ritmo triste, falam sempre no mar e em Orixás
de sua linha.
Seus pontos riscados são de contornos longos e dão a Flecha, a Chave e a Raiz...

LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORI


Essas entidades, altamente evoluídas, externam pela máquina física, maneiras e vozes
infantis, mas de modo sereno, às vezes apenas um pouco vivas. Nunca essas ridicularias,
onde certos "cavalos", usando e abusando do chamado Dom "consciente", expelem seus
subconscientes atulhados de superstições e vícios de origens, com gritos e
"representações fúteis".
Atiram seus fluídos sacudindo ligeiramente os braços e as pernas e tomam rapidamente o
aparelho pelo mental.
Gostam quando no plano de Protetores, de sentar no chão e comer coisas doces, mas
sem desmandos.
Dão consultas profundas e são os únicos que adiantam algumas provações que ainda
temos que passar, se insistirmos nisso. Tornamos a lembrar, isso, apenas se estiverem em
aparelhos (médiuns) de excelente grau mediúnico.
Suas preces cantadas falam muito em Papai e Mamãe do Céu e em mantos sagrados. São
melodias alegres, umas vezes, tristes, e não esses ritmos estilizados que é comum
ouvirmos.
Seus pontos riscados são curtos e bastante cruzados pela Flecha, Chave e Raiz...

LINHA OU VIBRAÇÃO DE XANGÔ


Essas entidades usam a forma de Caboclos, e se entrosam no Corpo Astral de maneira
semibrusca, refletindo-se em arrancos no físico; suas vibrações atingem logo o consciente
do aparelho (médium), forçando-o do tórax a cabeça, em movimentos de meia rotação e
pela insuflação de suas veias do pescoço, com aceleração pronunciada do ritmo cardíaco,
na respiração ofegante, até normalizarem seu domínio físico.
Emitem não um urro histérico alucinado que traduzem como "KA-Ô", acentuando as
sílabas, e sim uma espécie de som silvado, da garganta para os lábios, que parece
externar o ruído de uma cachoeira ou de um surdo trovejar...
Não gostam de falar muito. Seus pontos cantados são sérias invocações, de imagens
fortes e podem ser cantados em vozes baixas.
Seus pontos de pemba ou sinais riscados fixam o mistério da Flecha, Chave e da Raiz.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE OGUM


Têm a forma de Caboclos. Estas entidades vibram também com força sobre o Corpo
Astral, fixando seus fluídos pelas costas e cabeças, precipitam a respiração e tomam o
controle do físico, quando o alteram para um porte desempenado. Geralmente dão uma
espécie de "brado" que, num bom aparelho, se entende bem as duas sílabas da palavra
OG-UM, como invocação à Vibração que o ordena.
Jamais esses brados podem ser confundidos com certos "uivos e latidos" que se escutam
em "alguns" lugares, em pessoas que se dizem mediunizadas (incorporadas), com esgar e
olhos injetados de vermelho, que indicam bebida alcoólica ou autosugestão.
Esses espíritos gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante
e em todas suas atitudes demonstram vivacidade. Suas preces cantadas ou pontos
traduzem invocações para a luta da fé, demandas, etc.
Seus pontos riscados são semicurvos e revelam a força da Lei de Pemba pela Flecha,
Chave e Raiz.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE OXOSSI


Têm a forma de Caboclos; os Orixás, Guias e Protetores são suaves em suas
apresentações ou incorporações. Jogam seus fluídos pelas pernas, com tremores e ligeiras
flexões das mesmas (nesta altura daremos um alerta aos irmãos de todos os graus que
forem aparelhos em função de chefia: é de proporção assustadora que se observa na
maioria dos aparelhos que diz incorporar caboclos, principalmente de Oxossi, um vício
ou uma propensão oriunda do subconsciente, fortemente influenciado por "conhecimentos
externos", em simularem um aleijão da perna, geralmente a esquerda, como se todos os
espíritos, na forma de caboclos, fossem ou tivessem sido defeituosos da dita perna. Um
Orixá de luz, um Guia evoluído, não conserva em sua forma astral, essa mazela, que
deixou através do resgate purificador dos erros que geraram aquela encarnação, que ficou
apenas como experiência de uma fase escura de seu passado... talvez que, um ou outro,
no grau de Protetores, por necessidade de seu próprio KARMA, conserve essa
conseqüência, mas daí generalizar o hábito, não passa de infantilidade, ou então, acham
que devem conservar uma perna flexionada, conforme a tem a imagem de S. Sebastião,
supondo que todos os caboclos são seus enviados e obrigados a manter a mesma
postura...)
Assim, como vínhamos dizendo, essas entidades fluem suavemente pela cabeça até a
posse total ou parcial.
Falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e
trabalhos.
Suas preces cantadas traduzem beleza nas imagens e na música: são invocações,
geralmente tristes, as forças da Espiritualidade e da Natureza.
Os pontos riscados são de sinais elegantes, pela Flecha, Chave e Raiz.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE YORIMÁ


Essas entidades são verdadeiros magos, senhores da experiência e do conhecimento em
toda espécie de magia. São os Orixás-Velhos da Lei de Umbanda - São donos dos
mistérios da "Pemba" nos sinais riscados, da natureza e da Alma Humana.
Têm a forma de pretos-velhos e se apresentando humildemente, falando um pouco
embrulhado, mas, sendo necessário, usam a linguagem correta do aparelho (médium) ou
do consulente.
Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo, sempre numa
ação de fixação e eliminação, através de sua fumaça.
Falam compassados e pensando bem no que dizem. Raríssimamente assumem chefia de
cabeça, mas invariavelmente são os auxiliares dos outros Guias, ou seja, o "braço-
direito".
Seus fluídos são fortes, porque fazem questão de "pegar bem" o aparelho (médium).
Começam suas vibrações fluídicas de chegada, sacudindo com certa violência a cabeça.
Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores, com a posse do
aparelho, conservando-o sempre curvado.
Seus fluídos de presença vem como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e
emitem um resmungado da garganta aos lábios, quando se consideram firmes na
incorporação.
Os pontos cantados são os mais tristes entre todos e revela um ritmo compassado,
dolente, melancólico; traduzem verdadeiras preces de humildade.
Os pontos riscados obedecem a uma série de sinais entrelaçados, às vezes reto, outros
em ângulo. Temos encontrados neles, semelhantes a certas letras dos alfabetos primitivos
ou templários e dão logo os três sinais riscados expressivos da Flecha, Chave e Raiz.
Outrossim: nas "formas" de pretos e pretas velhas, existem os que se apresentam, por
afinidade, como um angola, um cambinda, um congo, etc, e costumam até conservar em
sua "forma astral", certa reprodução de características que identificavam chefia, função,
etc, entre os povos da raça negra, muito comum entre os que são qualificados como
Protetores.
Estas afinidades também são semelhantes nos espíritos que têm a forma de caboclos,
comum aos que possuem ainda o evolutivo de protetores.
Quanto à "forma" ser nova ou velha, não altera a essência da coisa, pois no fundo, é o
mesmo.
Essas são, em síntese, a "milonga" das Três Formas em suas apresentações na UMBANDA.
Somente os SETE ORIXÁS principais de cada linha são não incorporantes... Porém, já o
dissemos algumas vezes, excepcionalmente, conferem suas vibrações diretas sobre UM ou
no máximo SETE aparelhos (médiuns), quando, dos espaços siderais, eles observam a Lei
sendo chafurdada e confundida na idolatria, como o está sendo nos tempos presentes...
Certa maioria continua "reverenciando" estátuas a granel, de bruxos e bruxas e de
supostas representações de EXU com serpentes, ferrão, cornos, capas pretas ou
vermelhas do suposto DIABO da MITOLOGIA...
Tudo isso, em crescendo assustador e deprimente, pois que, já são existentes em dezenas
e dezenas de "terreiros", sendo cultuados com "comes e bebes...".
E é então que essas vibrações diretas se fazem ouvir através das vozes dos pequeninos
que se tornam grandes, quando se trata de recompor as VERDADES PERDIDAS que
refletem a própria LEI do VERBO.

Obs: Este Capítulo, pertence à Portentosa obra UMBANDA de TODOS NÓS, terceira Edição de 1969, escrita
pelo Grande Mestre e profundo conhecedor dos MISTÉRIOS de UMBANDA, W.W. da MATTA e SILVA.
Vejam, caros irmãos, a quantos anos foi escrita esta obra que continua atualizadissíma. Nós não poderíamos
nos furtar de colocar este capítulo, para discernimento e estudo de nossos irmãos, que tanto anseiam por
conhecimento e luz, esperando ter contribuído um pouco, levando estes conhecimentos a todos os irmãos.
Se algum irmão, desejar estudar, aconselhamos se for possível as obras de W.W. da Matta e Silva, que se
encontram para vender, assim como de seu discípulo F. Rivas Netto, assim como outros.
Agradecemos a leitura destas páginas e esperamos que muitos possam tirar proveito, pedindo a OXALÁ, que
ilumine todos os nossos passos, derramando sobre nós a sua Luz Divina.

O que é Orixá, o guia e o médium?


O Orixá é doador do poder, o guia é o manipulador das energias potencializadas, e o
médium é o ativador de todo um processo mágico que, quando ativado, abre uma
comunicação energética com aquele ponto de forças onde consagrou seu objeto portador
de poderes mágicos.

Aonde atuam os Orixás em um processo magístico?


Muitos são os Orixás que atuam junto a um médium de alto potencial magista. Mas só
um é seu regente natural, desde que em um reino elementar o médium viveu. O Orixá
responsável por essa encarnação atua num sentido onde o médium ainda está evoluindo,
e não nos seus sete sentidos, o que só é possível ao Orixá regente.

Quando se ganha de entidades algum elemento de seu trabalho, devo usá-lo?


Todos devemos usar um talismã, ou mandala, pois o mesmo fortemente magnetizado, por
quem saiba fazê-lo e com determinado propósito (na lei) será de inestimável ajuda, e a
tarefa do caminho ou senda é árdua, e qualquer ajuda é sempre bem vinda.

O que são as entidades?


São as intérpretes, ou melhor, executoras dos pensamentos do Senhor Olorum, através
dos sete Orixás, e pelo verbo plasmam o pensamento na matéria. A força do verbo
dentro da lei age condensando-a, criando formas e arcabouços para as manifestações
individuais da vida.

O que é linha dos nagôs?


Composta relativamente por espíritos de pouca luz (ignorantes).
Propensos a práticas não recomendáveis, vivendo praticamente nas trevas da ignorância.
Suas falanges são denominadas Gangas.

O que é a linha mista?


Composta de espíritos de várias estirpes, prontos para praticarem atos não recomendáveis
quando solicitados, provocando coisas ruins.
O que é a linha malei?
Dizem que é comandada por exu Rei, trazendo sempre um tridente e uma espada. Os
desta linha são especialistas em vigor masculino e feminino.

Que são caboclos quimbandeiros?


São caboclos comandados pelo exu Pantera, são índios, caboclos e bugres. Quando
solicitamos na Umbanda, praticam a caridade atendendo, sempre as boas ordens e
determinações.

O que é a linha do oriente?


Neste agrupamento reúnem-se os grandes mestres da ciência oculta, e toda a legião de
sábios que se direcionam aos estudos da cartomancia, astrologia, terapias, holísticas, etc.
Estão também sob sua influência, os grandes médicos curadores do espaço, manobrando
as legiões de Hindus, Incas Chineses, Mulçumanos, Mongóis, Egípcios, Astecas, Esquimós,
etc. São chamados na nomenclatura teosofista de Nirmanakaxas.

O que é linha Yorimá?


É a linha de força espiritual, sob a qual se situam os espíritos que podem exercer uma
ação geral sobre os encarnados.
É a faixa vibratória que acolhe os magos da experiência, da sabedoria. É o mestrado da
magia, envolvendo os aspectos da terapêutica natural, astral e oculta. São os senhores do
cabalismo pela ação das rezas de força. Na Umbanda apresentam-se como pretos
velhos.

O que é linha Yori?


É o agrupamento de entidades que se apresentam e se manifestam na forma de
crianças. O termo criança é aqui usado no sentido iniciativo, isto é, aquele que nasce de
novo, ou melhor, renascerá para a vida do espírito depois de iniciado. Que morreu para a
vida material e nasceu para a vida espiritual. Segundo a lei do verbo, essa linha de forças
reflete e traduz o princípio da ação na humanidade, ou no mundo da forma.
Pelo aspecto moral, este princípio controla a lei da reencarnação, sendo estas entidades,
as únicas capazes de alterar o Karma de um indivíduo.

Quem é Nanã Buruquê?


Conhecida como a mãe de Obaluaiê. Considerada a mais antiga das divindades da água.
Atua sob as águas dos lagos e da lama dos pântanos. Sincretizada como SANT’ANA. Nanã
ceifa pelo final de nossas vidas. Ponderada, possessiva, intransigente. Facilita a
transposição da ponte que existe entre a vida e a morte. Data comemorativa: 26 de julho.
Salubá Nanã. Cor: roxa.

Algumas coisas sobre o Sr Omulu.


Orixá que chefia a falange dos mortos, mas não no sentido distante, de muito tempo,
pois é, por ser uma divindade da terra (ligada), que procede a purificação material dos
corpos, através de suas vibrações especiais, como que surdas e melancólicas que ajudam
a despir o envoltório grosseiro do físico sujeito a vicissitudes e à morte.
Dizem que encaminha a alma dos recém falecidos e delas absorve os fluidos que se
exalam da substância material, daí sua ligação aos cemitérios; é uma entidade (Orixá)
que protege; é uma porta que se abre nos trabalhos para desfazer magias maléficas,
porém exigindo muito conhecimento e segurança dos que trabalham no seu campo
vibratório. Ainda é conhecido com os nomes de Xapanã, Atotô, Omulu, Babalu,
Obaluaiê. É sincretizado com São Lázaro.
Obaluaiê = rei dono da terra.
Omulu = filho do senhor.

O que é um encosto?
Espírito de pessoa morta que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não,
prejudicando-a com suas vibrações negativas.

Que são espíritos obsessores?


Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam de pessoas, dando-lhes
idéias mórbidas, fazendo-as se sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.

O que é falange?
Grupamento de seres espirituais que trabalham dentro de determinada corrente vibratória.
A falange é a subdivisão de uma legião. Sete legiões formam uma linha.

O que é legião?
Exército de seres espirituais. Semelhantes às falanges. Sete falanges formam uma legião.
São isentos da lei da reencarnação.

O que é uma linha?


Faixa vibratória dentro da grande corrente vibratória espiritual universal, correspondente a
um elemento da natureza, representada e dominada por uma energia cósmica (Orixá).
Uma linha é formada por 7 legiões, uma legião por 7 falanges e as falanges são formadas
por exércitos de seres espirituais.

O que é o povo da encruza?


Legião ou conjunto de exus machos e fêmeas.

O que é o povo do cemitério?


Legião ou conjunto de seres espirituais, comandados por exus, que dominam o cemitério,
cujo chefe máximo é o Sr Omulu (Obaluaiê).

O que são quiumbas?


Espíritos atrasados. São os obsessores que se apossam dos humanos, dando-lhes idéias
de doenças, suicídios, males, etc.
São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos elevados de caboclos, pretos.
São geralmente vigiados e controlados por exus, por estarem em um último plano
espiritual na hierarquia. Vagam num campo energético sem haver encontrado seu lugar.
Utilizados para realizações de malefícios. Só os ajudamos se os amamos. Passam pelo
processo de exunização. Sim amigos, os tão controvertidos e tão mal explicados quiumbas
estão sendo envolvidos pelo mistério natural Exu, que vão atraindo-os e redirecionando-
os.
O que são as danças dos Orixás e entidades?
É o modo de cada filho dançar, quando incorporado. É uma das coisas que identifica a
entidade. De um modo geral, Oxossi e caboclos dançam imitando um caçador; Ogum
imitando o movimento de luta com espadas; Oxumarê com movimentos ondulantes;
Oxum, corpo vibrando para um lado e outro, braços dobrados no cotovelo, abrindo para
os lados; Xangô, um braço subindo, dobrado no cotovelo, até a altura do ombro,
enquanto o outro se desdobra e vai para baixo, alternadamente; Iansã, braços na altura
dos ombros, estendidos para frente subindo e descendo alternadamente com movimentos
tremidos nas mãos; Omulu, curvado, com movimentos lentos; Almas, braço direito
esticado para o alto, punhos fechados com o dedo indicador apontando; Ibeji, braços
dobrando alternadamente, levantando a mão com os dedos fechados e o indicador
estendido, corpo virado para um lado e outro; Preto Velho, curvados, apoiando a mão
sobre os joelhos, as pernas flexionadas; Exus fazem movimentos rápidos e
descontrolados, enquanto as fêmeas Exus dançam dengosamente, segurando a saia.

O que são os peles vermelhas?


Legião formada pelas diversas falanges de entidades americanas da linha de Oxossi,
chefiada pelo Senhor Águia Branca.

O que é um exu?
Exu é um mistério da criação, assentado à esquerda dos seres, pelo próprio divino
criador Olorum.

Exu (a vista do meu ponto).


Não anda na luz, continua um personagem soturno, durão, meio amoral e sem nenhum
compromisso com o politicamente correto.
É um velho herói ou um guerreiro, às vezes, aposentado, fora de circulação, às vezes,
completamente esquecido nas entranhas de seu ponto de força, nas trevas.
Sim, ele é um cavaleiro das trevas, e, de repente, é obrigado a voltar à ativa, em um
mundo dominado pela violência. Muitas vezes querem se passar por ele (inventam-lhe
auréolas de anjos)... Só falta querer que brilhe...
Mas nosso cavaleiro ou guerreiro é um personagem durão e obcecado no combate ao
crime (energético), sem, é claro, aquelas barreiras éticas.
Não lhe deram forma, mas ele é o cavaleiro das trevas com muito conteúdo, e revoluciona
a trajetória de quem cruza seu caminho, sem barreiras.
Desde que ele apareceu, o mundo não é mais o mesmo.
O resultado foi demolidor e fascinante. Ao lado de um ritmo vertiginoso, o uso de sua
silhueta ofereceu um visual muito mais sombrio do que é, violento e mal humorado que,
às vezes, é mal utilizado. O cavaleiro não tem frescuras e não se alinha com certezas, não
tem parceiros e foge de agentes repugnantes. Muitos o imaginam herói e não o admitem
a ranger os dentes.
Com nosso cavaleiro tudo pode acontecer, sua trajetória tem sido sempre marcada pela
independência, em pouca interferência, pois é um cavaleiro mágico.
Não tem medo de parecer louco, não passa pelo tempo tentando representar papéis,
muito menos papéis que escolheram para ele. Diz e fala em voz alta, muitas vezes,
falando com ele mesmo, mas com certeza conversa muito com seu fictício coração.
Sua loucura, muitas vezes, é um disfarce, ousa buscar informações e consegue recebê-las.
Tem medo, já traiu e já mentiu, e também já perdeu a fé no futuro.
Um cavaleiro das trevas também trilha caminhos que não era dele, e já sofreu por coisas
pequenas e sem importância.
Muitas vezes disse sim, quando deveria dizer não, e também já feriu a quem muito
amava. Mas, nem por isso deixou de ser cavaleiro, o cavaleiro em busca da luz. Isto
porque, em seu caminho, inclui o respeito por tudo que é pequeno e sutil. Conhece
sempre o momento de tomar atitudes necessárias mesmo que com sua espada, sua capa,
seu capuz, já tenha atuado diversas vezes, sempre prestará atenção na maneira de como
usá-los novamente.
Ele aprendeu que quando o aprendiz está consciente de suas necessidades, termina sendo
mais inteligente que o sábio distraído.
Um cavaleiro das trevas acumula amor, pois isto significa sorte, acumular ódio significa
calamidade.
Aprendeu a conhecer e reconhecer a porta dos problemas, pois quando termina algo,
deixando-a aberta, esta canaliza energias para que as tragédias surjam.
Ele sabe que combate nada tem a ver com briga.
Por isto, nosso cavaleiro das trevas é o nosso cavaleiro da luz, e, nunca esqueça que um
cavaleiro das trevas reflete o íntimo de seu médium, pois é especular. Ele pode dançar nas
encruzilhadas enquanto caminha para o seu trabalho, pode olhar nos olhos de um
desconhecido e falar de amor à primeira vista, defende idéias que podem parecer
ridículas, mas são nelas que o mesmo acredita.
Vive um dia diferente do outro, não teme o choro e nem o riso.
Quando percebe que está no limite de sua resistência, sai do combate, sem culpar-se por
ter feito uma ou duas loucuras inesperadas.
Esta é à vista do meu ponto, sobre o grande cavaleiro das trevas, que na verdade é o que
de melhor a lei maior nos deu para o combate do mal.
Ribas Omulubá de Ogum 39°

O que é um Ibeji?
São giras das vibrações infantis (crianças). A exteriorização da mediunidade é
apresentada nesta gira sempre em atitudes infantis e molecas. Devemos ter em mente,
que todos já fomos crianças, tanto os humildes como os ricos, os intelectuais, os de pouco
conhecimentos, os sábios e os ignorantes. Existindo falanges de caboclos, pretos, é
óbvio que também haja falange de crianças. O fato, entretanto, é que uma gira de
criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja
realizada em dias festivos, e, às vezes, não conseguimos conter os risos diante das
palavras e atitudes que as crianças tomam. Esta falange, estando em constante trabalho
de descarga fluídica, afastando os espíritos malignos, é uma das poucas falanges que
consegue dominar a magia.
Embora brinquem, dancem e cantem, exigem respeito, pois atrás dessa vibração infantil,
se escondem espíritos de extraordinário conhecimento.
São chamados também de erês (nome dado pelos nagôs aos Orixás-meninos).

O que significa as roupagens-fluídicas com que os espíritos se apresentam? Ou


seja, a tríade, criança-caboclo-preto velho?
CRIANÇA: o princípio do nascer, ou a pureza que nega o vício, o egoísmo e a ambição.
CABOCLO: o meio, ou a plenitude da força, que representa a simplicidade - que é o
oposto da vaidade, do luxo e da ostentação.
PRETO-VELHO: a velhice ou descanso, que representa a humildade, que encerra os
princípios do amor, do sacrifício e da paciência, ou seja, a negação do poder temporal.
O que é um guia?
Espírito que alcançou a devida luz para prestar caridade e que procura, na maioria das
vezes, um médium de princípios morais elevados, para que possa, por intermédio desse,
cumprir sua missão.

Qual a origem dos Orixás?


Para se entender o culto aos Orixás, é necessário entender o significado da própria
palavra Orixá.
Segundo lendas africanas contadas pelas nações Yorubá, Nagô, Kêtu, Bantu e Angola:
Orixá é a força da natureza divinizada. São seres que vieram de Orumpara, o espaço
sagrado da terra, com o objetivo de prepará-la para os humanos.
Na época, seu corpo era físico, e, por algum tempo, viveram entre os homens e depois
voltaram para Orun, deixando instruções de como deveriam ser cultuados futuramente.
Quando aqui chegaram à terra virgem lhes deu muito trabalho, inclusive de preparar o ar
com vegetações, para que fosse possível a sobrevivência humana.
A palavra Orixá no Brasil é utilizada, para designar qualquer divindade Yorubá.
Na África existem mais de 200 Orixás, contudo, na vinda dos escravos para o Brasil,
grande parte dessa cultura se perdeu.
Atualmente o número de Orixás populares no país de reduz a dezesseis, sendo apenas 12
os mais cultuados – Obá, Logum Edé, Osain, raramente se manifestam nas festas e
rituais, o culto a esses Orixás ainda estão em ascensão.
Suas histórias são fascinantes, com muitos registros em diversas nações diferentes.
Realmente são seres encantados.

O que é vodu?
Nome genérico das divindades Jêje, correspondente a Orixá do nagô.

Quem é Oxumarê?
Orixá do arco-íris, encarregado de suprir orun, com água. No Brasil é considerado um
Orixá hermafrodita, porém na Nigéria é cultuado como Orixá masculino.

Quais as cores dos Orixás?


Oxalá – branca
Ogum – vermelha e branca
Oxossi – verde e branca
Xangô – marrom e branca
Yemanjá – azul e branca
Oxum – amarelo claro
Iansã - amarelo ouro e branco
Ori do Oriente – amarela e branca
Yori – rosa, azul e branca.
Nanã – roxa.

Existe alguma ligação dos Orixás, já que são cósmicos, com os planetas?

No planeta Terra a tradição cósmica (Umbanda) é velada pelos 7 espíritos planetários, os


quais se responsabilizam pela ideação e formação planetária.
Os espíritos planetários, que a raça vermelha denominou Orixás, são os Senhores da Luz,
na verdade, são guardiões da luz planetária, que recebem-nos dos dirigentes do sistema
solar. Os 7 espíritos planetários que velam pelos destinos e evolução do planeta são
oriundos de outros planetas do próprio sistema solar relativo ao planeta Terra, e, nunca
encarnaram no plano físico-denso. Assim temos representantes dos planetas: Marte,
Júpiter, Saturno, Vênus, Urano, Netuno. Estes planetas são pontes vibracionais que se
relacionam com os Orixás:
Oxalá – Urano (Sol)
Yemanjá – Netuno (Lua)
Yori – Mercúrio
Xangô – Júpiter
Ogum – Marte
Oxossi – Vênus
Yorimá – Saturno
Por isso observar alinhamento de planetas, e, por conseguinte, perceber o que se passa
com a nossa querida Terra.

OBS: o planeta Plutão, o mais distante do sol, por analogia, pode ser relacionado
diretamente com os Exus indiferenciados, que também nunca encarnaram no planeta. É o
caso especifico de Orixás como:
Alaxirô, Nugó, Issoxô, Ognax, Amiroy, Yroi e Aynamei que compõem a coroa de defesa
planetária. A lógica é evidente, pois, Urano, Netuno, Plutão, seriam respectivamente: o pai
(Oxalá), a mãe (Yemanjá) e o filho ou 3º elemento (Exu).
A terra estaria sob o comando de todos os planetas, sendo assim, o planeta das almas. É
claro chegaremos a uma óbvia conclusão: o grau consciencial dos seres espirituais do
planeta Terra é extremamente baixo, por conseqüência, o karma do planeta é
essencialmente probatório e a lei kármicas existe porque o eu inferior é diferente do eu
superior.

O que é capangueiro?
Termo usado no sentido de companheiro...
Ex: os caboclos rompe-mato e sete flechas são capangueiros de jurema. Amigo.

O que é chefe de falange?


Entidade espiritual muito evoluída, já livre de reencarnações, que serve como guia a um
conjunto de espíritos também evoluídos e vibrantes em uma mesma corrente espiritual
afim, orientando-os no auxílio aos outros seres menos evoluídos, tanto desencarnados
como em condição humana. Representa a força e o poder do Orixá dessa linha ou
corrente vibratória.

Qual a ação dos espíritos na natureza?


A causa primária é a vontade de Deus. Os espíritos são os agentes dessa vontade. Agem
sobre os elementos para agitar, falar mal e dirigir. Presidem os fenômenos.
Utilizam para isto legiões de espíritos nos vários graus da escala.
Uns mandam, outros obedecem. Produzem grandes fenômenos: tempestades, furacões,
etc. Atuam nesta área com a ajuda dos elementais.

Qual a missão dos espíritos?


São as mais variadas possíveis, sempre objetivadas ao bem. Podem desempenhá-las
também como encarnados (Chico Xavier), pois quer como espíritos, ou homens, são
incumbidos de auxiliar a humanidade.
Geralmente é o espírito que pede a missão. A importância está em reação com a
capacidade de elevação.
Não existe uma lei geral de reencarnação; tudo é extremamente individual.
Anda em capa de letrado muito asno disfarçado.

Como os Orixás e entidades conseguem captar os pedidos de milhares de filhos


que os cultuam?
Orixás e entidades são cercados por telas refletoras, que captam tudo o que acontece
na faixa vibratória onde estão localizados os domínios que regem.
Assim tudo o que acontecer em outros domínios localizados dentro da mesma faixa
vibratória é captado imediatamente. As telas refletoras captam tudo, o tempo todo. E
durante todo o tempo. Delas se serve o divino Olorum, para ouvir todos os seus filhos e
as suas criaturas, pois ele é a própria emanação divina que as forma.

Como é, e por que a gira de crianças?


Para melhor compreensão do tema, devemos ter ciência, que toda entidade vinculada
com a corrente de Umbanda, é altamente gabaritada para auxiliar teus irmãos de
retaguarda, sejam os seres espirituais no plano astral ou carnal.
Portanto, devemos repensar sobre o conceito que temos sobre entidades que vestem a
roupagem fluídica ou mística de crianças.
Todo ser espiritual, quando desencarna, em geral, continua no plano astral, usando a
vestimenta de sua última personalidade terrena, todavia na dependência de seu grau
consciencial, pode usar a vestimenta-personalidade que melhor lhe aprouver.
Após isto, poderemos entender como estas portentosas e não menos luminosas entidades,
se adaptam quando vêm ver seus filhos de fé, em plena crosta terrestre. Assim
apresentam-se como crianças, para auxiliar as crianças espirituais que somos, para não
ferir nossos pequenos graus conscienciais.
São mentores superiores, que têm a mercê de serem veículos de pureza espiritual.
Atuam no emotivo dos filhos. Incrementam-lhes os germens do puro e verdadeiro amor
universal, mesmo que para isto se mimetizem em crianças recém desencarnadas. Estão
sob auspícios de YORI – a potência reinante na luz, atuam nos médiuns alterando-lhes
sensivelmente suas vozes, não de forma aberrante, pois são senhores do verbo, de toda
doutrina mântrica como já vimos no triângulo.
Seu verbo puro interfere efetivamente no campo emocional (organismo astral) dos
consulentes, subtraindo-lhes a inconstância, a labilidade emotiva, a falta de serenidade e
paz interior. Através de sua forma peculiar, incrementa-lhes o bom ânimo, a serenidade e
a paz interior, tudo feito de forma suave, temperada com muita alegria, trazendo ao
consulente verdadeira felicidade.
Atuam no sentimento, no amor, que, às vezes, encontram-se eclipsado, mas que eles com
muita propriedade sabem como lhes mudar a freqüência, substituindo-a por de maior
potencial. Procuram minimizar ou neutralizar os focos originais mórbidos que no
organismo se consolidam em doenças.
Podem dar consultas profundas e procuram atuar também nos seus comparsas, nas suas
companhias de ordem astral que podem estar lhes vampirizando.
São devidos aos seus profundos dotes no amor universal, magos brancos, capaz de
neutralizar a magia negra e suas deletérias vibrações que muitas vezes acompanham os
filhos de fé. Após isto peçamos que as crianças nos abençoem e fortaleçam nosso coração
para o bem e para luz.

O que é a gira de caboclos?


Caboclos, o meio – (a juventude – maturidade) independente de serem entidades
autênticas ou não, os caboclos, nos primeiros graus de hierarquia, apresentam-se como
índios ou mestiços (devido à miscigenação racial).
Geralmente apresentam-se como seres da pura raça vermelha que em nada se parece
com os indígenas atuais do Brasil ou de qualquer lugar do planeta.
Geralmente são chefes de legião, são verdadeiros mediadores divinos, que em setores filo-
religiosos são denominados anjos, arcanjos, avatares, kirmakaias, etc.
Os chefes de falanges e chefes de sub-falange foram grandes condutores, patriarcas da
raça vermelha, mas que estruturaram por cima, a futura raça. Também se apresentam
com vestimentas sutilíssima dos primeiros vermelhos da Lemuria ou Atlântida.
Depois disto, poderemos entender melhor a processo de adaptação dessas entidades,
por estes terreiros do Brasil afora.
Sim, apresentam-se como caboclos, como aborígines e mesmo seus sub-planos que
realmente guardam a vestimenta de índios brasileiros.
Independente da vibração a qual pertencem os caboclos são de Oxalá, Oxossi, Ogum,
Xangô e Yemanjá, e são veículos da fortaleza e simplicidade.
Quanto à atuação mediúnica, alteram sensivelmente o porte, a postura física de seus
veículos, mas nunca prejudicam a estética, jamais descambando para anomalias.
Ao contrário, se apresentam sempre de forma positiva e dão um brado ou silvo sóbrios,
que são verdadeiros apelos ocultos, secretos que movimentam sucessivas energias e
clichês vibracionais dos reinos da natureza, dos elementares superiores.
São mestres da lei de pemba, e na postura física, que ora alteram para esta ou aquela
forma, tudo visando o equilíbrio vibracional de seus médiuns, e mesmo dos consulentes,
através da doutrina yântrica.
Suas palavras ou posturas interferem preferencialmente sobre a aura do consulente
subtraindo-lhes a falta de integração que os leva à inércia, à inação. Subtraem-lhes tais
mazelas, sem falar de larvas, pré-vírus, pré-bactérias, e outros elementos etéreos que, se
não forem neutralizados, produzirão distúrbios seríssimos na economia orgânica,
provocando o surgimento de doenças vazias.
Dinamizam o magnetismo, os processos da ação inteligente, elevando-os a patamares de
atividade e coragem necessárias para enfrentar os embates da própria vida.
Suas consultas sempre são certeiras, trazendo tranqüilidade e confiança aos que os
ouvem nas consultas, neutralizam o aparecimento de doenças, ou mesmo curam, quando
podem, moléstias do sistema nervosas central, digestivas, cardíacas, funcionais,
ansiedades várias, e, distúrbio da condução, seja sanguínea, linfática ou
elétrica/magnética.
É importante a atuação deles nas obsessões ou nas companhias astrais negativas
adquiridas. Fazem verdadeiras terapias nos planos visíveis (dos encarnados) e invisível
(desencarnados).
Seus raios poderosos invadem terreiros, seus médiuns, e assistentes, potencializando-os,
fortalecendo-os, auxiliando-os na árdua tarefa de combate a inércia, as sombras da
preguiça, do desânimo e da destruição.
Saravá a todos os Caboclos, senhores da fortaleza e da simplicidade.

Como é a gira de Preto-Velho?


Antes de falarmos de pretos, queremos reafirmar que o espírito sopra onde quer, isto
quer dizer que entidades espirituais de Umbanda já encarnaram em todas as raças
raízes, sendo, portanto, espíritos com vasta experiência em todas. Todavia, por injunções
kármicas ou para melhor serem aceitos, se radicam nesta ou naquela forma de
apresentação.
Com os pretos velhos, vamos encontrar, por dentro dos graus, seres espirituais que
tiveram tarefas importantes em suas raças originais.
Assim teremos, pretos da raça vermelha, pretos da raça negra, pretos da raça amarela
e pretos da raça branca, mas que no processo de adaptação por dentro do movimento
umbandista da atualidade, usam a vestimenta preto velho.
Seus sub planos, realmente foram escravos, não somente na raça negra, mas em todas,
em várias épocas, nos diversos locais do planeta. A maioria também guarda sua última
vestimenta, que foi como um ser da raça negra, em plena escravatura no Brasil.
As entidades espirituais de Yorimá, no grau de guias, são seres fantásticos no astral
superior. Usam a vestimenta que melhor lhe aprouver e incorporam quando encontram
ambiente próprio e médium ajustado; moral e afinizado vibratoriamente com a sua
corrente. Os emissários de Yorimá são veículos da sabedoria e humildade, próprio de
quem já alcançou o domínio de si mesmo. Atuam com maior intensidade no organismo
mental, o qual é o centro da vontade, da inteligência, do intelecto. Fazem uma verdadeira
atuação neste organismo, proporcionando maior lucidez na elaboração das idéias
concretas e abstratas, atuando em porções superiores e inferiores.
Quando da atuação mediúnica, alteram o porte de seus médiuns, fazendo-os curvarem e
trabalhando sentados. Jamais tomam posições grotescas. Profundos conhecedores e
manipuladores da alta magia, onde são ímpares seus desempenhos, são assim,
conhecedores pormenores, em causas da doutrina tântrica.

Preto velho é a lei – A palavra reinante da lei. Seus pontos cantados são verdadeiras
preces e possuem mantras poderosíssimos.
Seus mantras adaptam-se a Yantras e a corrente tântrica que vem via Kundalini, que ativa
vigorosamente todo o complexo dos núcleos de forças (chacras) trazendo a pureza e a
sabedoria. Suas consultas são profundas, sérias em suas conclusões, trazendo alívio e
confiança aos que os ouvem. Podem ou não usar o elemento ígneo eólico em forma de
cachimbos ou palheiros, como se utilizam de voláteis, líquidos ou erva que têm poderosos
influxos de radiação, neutralizadores de cargas negativas, larvas mentais, vírus e
bactérias, que têm como substrato, matéria mental anômala pesada e irrefletiva.
As ervas mais usadas são: arruda, guiné, folha de bananeira, ramos de café, estas
ervas podem atuar neutralizando doenças mentais de difícil diagnóstico e cura, como
doenças infecto–contagiosas e todas as oriundas de anomalias renais (nefrites – nefroses
– tumores), prostáticas e útero ovarianas (miomas-cistos etc).
Não podemos deixar de citar também as suas atuações nas obsessões e até mesmo,
possessões. São mestres da sabedoria, sabendo usar não apenas as palavras, mas
persuadem através de fortes imagens e da inquebrantável paciência e amor enobrecido,
anulam os trabalhos mais implicados e bem elaborados por poderosos magos das sombras
e das trevas, não só no plano físico, mas principalmente na origem, no plano astral.
Atuam no raio lilás.
Seus raios poderosos influenciam todos os terreiros, seus médiuns e seus consulentes
que, na dependência da simplicidade e sintonia, os captam mais ou menos. Esses raios
combatem a luxúria, as indecisões, os atos criminosos etc. Só nos bastidores de um
terreiro para explicar todas essas nuanças.
No término, nosso saravá a Zâmbi, pela benção de permitir em nossa jornada, rumo à luz
e à sabedoria, a benção de um preto velho.
Enquanto no planeta Terra não predominar o reino da paz e do amor, que prevaleça a
justiça... Portanto!

O que vem a ser um mentor espiritual?


Independente do grau hierárquico, seguindo os processos kármicos, é um título outorgado
a quem tenha prestado relevantes serviços ao planeta a aos seus semelhantes, sendo,
pois, um ser espiritual de transcendental experiência nas cides planetárias, tanto no plano
astral como no físico.

O que é visagem?
Materialização incompleta de um espírito (aparição).

O que é engira ou gira?


Engira ou gira tem o mesmo significado.
Cerimônia ritual, com cânticos e danças, geralmente girando em círculo (ou não). Termo
de influência Angolana-Congo = "njilá".

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