Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo Abstract
Objetivo: Este estudo teve como objetivo verificar a rela- Objective: The aim of this study was to verify the relation-
ção entre gravidade da asma e valores de espirometria em ship between asthma clinical severity and pulmonary function
crianças e adolescentes asmáticos. testing (PFT) in asthmatic children and adolescents.
Método : Foi realizado estudo retrospectivo com pacientes Method: Asthmatic children and adolescents were submit-
asmáticos submetidos a espirometria, em aparelho Collins GS ted to PFT, using Collins GS 4G PFT System, according to Pul-
4G PFT, de acordo com os critérios estabelecidos pelas Diretri- monary Function Guidelines (2002). Physical examination and
zes para Teste de Função Pulmonar (2002). A partir de dados a detailed medical history were performed in order to determi-
de anamnese e exame físico foi determinada a classificação clí- ne their asthma severity category (GINA 1995). Data were
nica da asma (GINA 1995). Os dados foram analisados por analyzed by means of parametric and non-parametric ANOVA
meio de teste ANOVA paramétrico e não paramétrico. tests.
Resultados: Um total de 234 pacientes foi incluído no estu- Results: A total of 234 patients (142 males) were enrolled,
do, com mediana de idade de 10,3 anos (5 a 18 anos), 142 pa- and their mean age was 10.3 years (5-18 years). Mild persis-
cientes (60%) eram do sexo masculino. A asma foi classificada tent asthma was observed in 114 (48,7%) subjects, mean pre-
como de leve intensidade em 114 pacientes (48,7%), com mé- dicted FEV1 110,2 ± 20,6%; moderate asthma in 101
dia de VEF1 de 110,2±20,6% do previsto. Asma moderada (43,1%), mean FEV1 103,6 ± 23,7%; and severe asthma in 19
persistente foi encontrada em 101 (43,1%) pacientes, com (8,1%), mean FEV1 88,4 ± 24,1%. Asthma severity was not
VEF1 médio de 103,6±23,7% do previsto. Asma grave foi ob- related to airway obstruction. We found a significant associa-
servada em 19 (8,1%) pacientes, e nestes a média de VEF1 tion between asthma severity (moderate and severe) and im-
previsto era 88,4±24,1%. Houve tendência não significativa à provement in FEV1 after administration of a short-acting bron-
associação entre grau de obstrução das vias aéreas (VEF1) e chodilator (r=-0,41).
gravidade da asma. Houve associação significativa entre a gra- Conclusions: In this group, baseline FEV1 was not associa-
vidade da asma (moderada ou grave) e resposta broncodilata- ted with severity of asthma, but response to short-acting beta2
dora após administração de beta-2 agonista por via inalatória agonist was present in moderate and severe cases. Post-bron-
(r=-0,41). chodilator response might be a marker of asthma severity.
Conclusão : Neste grupo de pacientes, os valores de VEF1
basal não estavam associados à gravidade da asma, porém
houve associação com a resposta broncodilatadora nas formas
moderada e grave. A resposta broncodilatadora pode ser um
indicador da gravidade da asma.
Rev. bras. alerg. imunopatol. 2007; 30(1):27-31 espirome- Rev. bras. alerg. imunopatol. 2007; 30(1):27-31 spirome-
tria, asma, criança, adolescente. try, asthma, children, adolescence.
1. Pós-Graduanda em Saúde da Criança e do Adolescente, Uni- avaliados, com orientação das metas de controle e indivi-
2.
versidade Federal do Paraná (FPR).
Professor Doutor, Titular de Pediatria, UFPR.
dualização do tratamento . A classificação da asma é fun-
1
3. Médico do Serviço de Alergia, Imunologia e Pneumologia Pe- damental para que sejam realizados o tratamento e acom-
diátrica, UFPR. panhamento adequados, e tem sido periodicamente revisa-
4. Especialista em Alergia e Mestre em Pediatria pela UFPR da . A graduação da asma em intermitente, persistente
1,2
5. Professor Adjunto, Departamento de Clínica Médica, UFPR. leve, persistente moderada ou persistente grave está base-
Serviço de Alergia, Imunologia e Pneumologia do Departamento de ada em critérios clínicos (freqüência de sintomas durante o
Pediatria do Hospital de Clínicas da UFPR, Curitiba, PR, Brasil. dia, freqüência de sintomas noturnos e limitação de ativi-
Artigo submetido em 04.01.2007, aceito em 16.02.2007.
dade física) e critérios espirométricos .
1,3,4
27
28 Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 30, Nº 1, 2007 Acurácia da espirometria na asma
mente devido à sua objetividade e reprodutibilidade, po- as Diretrizes para Teste de Função Pulmonar segundo a
dendo inclusive estar associado ao risco de futuras exacer- American Thoracic Society (ATS). Os exames espirométri-
bações de crises agudas de asma . Deve-se analisar tam-
5
cos foram efetuados utilizando-se o espirômetro selado em
bém a resposta após administração de broncodilatador água Collins Survey Plus®, com calibração verificada dia-
(salbutamol 400mcg) inalado para caracterizar a reversibi- riamente .
14
sultar em tratamento inadequado da doença, se levados VEF1/CVF foi calculada a partir dos valores obtidos de cada
em conta apenas os aspectos clínicos . Nesses casos, a es-
7
paciente. A resposta broncodilatadora foi demonstrada por
pirometria é um importante recurso para se estabelecer o variações de VEF1 após administração de 400 mcg de sal-
diagnóstico, avaliar a gravidade e dar início ao tratamento butamol em aerossol com espaçador valvulado. A resposta
indicado . 8
broncodilatadora foi considerada positiva quando, a partir
Os valores espirométricos nem sempre estão associados de uma espirometria normal, houve aumento de 10% ou
à classificação clínica da asma em crianças . As medidas de
9
mais de VEF1 em relação ao valor basal após inalação de
função pulmonar, sintomas e qualidade de vida podem se broncodilatador; na presença de distúrbio ventilatório obs-
correlacionar pouco entre si, pois os valores de função pul- trutivo, a prova broncodilatadora foi considerada positiva,
monar representam informação independente e pontual no quando houve variação absoluta de VEF1 de 200 mL ou
tempo . Contudo, a medida da função pulmonar na infân-
10
mais e incremento superior a 7% de VEF1, em relação ao
cia pode auxiliar no diagnóstico precoce de doença obstru- valor previsto, após a inalação do broncodilatador . 6
Tabela 1 - Número de pacientes e valores de Volume expiratório forçado em um segundo (VEF1) em percentual do previsto (média ± DP) e do
Índice de Tiffeneau (VEF1/CVF) de acordo com a classificação da gravidade da asma.
Classificação n (%) VEF1% VEF1/CVF
A média dos valores percentuais de VEF1 basal dos pa- 80% e >80% do previsto), observou-se maior ocorrência
cientes com asma intermitente ou persistente leve foi de valores abaixo de 80% do previsto nos pacientes com
110,2%, asma persistente moderada 103,6% e asma per- asma persistente grave (gráfico 1). Houve uma tendência,
sistente grave 88,4% (tabela 1). Ao se estratificar os valo- embora não significativa, de associação entre o grau de
res percentuais de VEF1 basal em três faixas (<60%, 60- obstrução das vias aéreas (VEF1) e gravidade da asma.
Acurácia da espirometria na asma Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 30, Nº 1, 2007 29
Gráfico 1 -Distribuição dos casos pela gravidade em relação ao tente ou persistente leve (p>0,005). Ao se comparar a du-
VEF1% basal. ração da doença com os valores percentuais de VEF1 basal,
no grupo com até dois anos de doença, o valor médio de
VEF1 percentual basal foi de 118%, enquanto que naqueles
com mais de oito anos de doença o VEF1 foi de 99%.
1
80
1
60 VEF1<60%
VEF1 60-80%
0
40 VEF1>80%
80
0
20
%RBD
70
60
p = 0,0017
0
0
50
Leve Moderada Grave
40 RBD ausente
n=114 n=101 n=19
RBD presente
30
20
ve, em relação aos pacientes com asma intermitente ou Leve Moderada Grave
601 VEF1/CVF<60%
relação entre classificação clínica da asma e valores obti-
400
VEF1/CVF 60-80%
dos de VEF1 em um grupo de 59 crianças e adolescentes
brasileiros asmáticos . Medidas isoladas de VEF1 têm pou-
VEF1/CVF>80%
20
200
co valor para determinar a gravidade da asma, especial-
00 mente em pacientes recebendo medicação de controle, ao
Leve Moderada Grave
p< 0,05
passo que o Índice de Tiffeneau é útil se avaliado repetida-
n=114 n=101 n=19 mente ao longo do tratamento . 21
73,7% dos pacientes apresentaram resposta broncodilata- pacientes com asma persistente moderada e grave tiveram
dora positiva (r=-0,41). Nos casos de asma intermitente médias de VEF1/CVF abaixo de 90%, o que demonstra ha-
ou persistente leve houve 40,4% de resposta broncodilata- ver nesses grupos um grau leve de obstrução das vias aé-
dora positiva, e 54,5% dos casos de asma persistente mo- reas. Poucos estudos avaliaram relação ente classificação
derada (gráfico 3). de asma e índice de Tiffeneau. Bacharier et al encontraram
Para avaliar a relação entre a duração dos sintomas da índices reduzidos de VEF1/CVF nos três grupos de asmáti-
asma e sua classificação clínica, o tempo de doença foi es- cos, com média de 81,9% para os asmáticos leves , en- 2
tratificado em faixas com intervalos de dois anos. No grupo quanto no presente estudo encontrou-se média de índice
de pacientes com até dois anos de duração da doença de Tiffeneau de 91,9% no grupo com asma persistente
(n=16) não houve nenhum caso de asma persistente grave grave. Ao estudar a gravidade da asma em 2728 crianças,
e 56% tinham asma intermitente ou persistente leve. No Paull et al concluíram que o índice de Tiffeneau mostrou
grupo com seis a oito anos de evolução da asma (n=54), maior acurácia para classificação da gravidade da asma,
11% tinham asma persistente grave e 35% asma intermi- quando comparado a valores de VEF1, naquele grupo . 22
30 Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 30, Nº 1, 2007 Acurácia da espirometria na asma
Embora a resposta broncodilatadora não esteja prevista Uma das possíveis razões para crianças asmáticas, mes-
como um parâmetro para classificação da asma, houve mo aquelas com doença grave, apresentarem valores nor-
maior freqüência de resposta positiva em pacientes asmá- mais de espirometria, é o fato de que a asma é uma doen-
ticos graves (p<0,005). Nos asmáticos graves, mais de ça lentamente progressiva, já que nos adultos asmáticos é
70% dos pacientes apresentaram resposta positiva bem claro o declínio progressivo de VEF1 . Paul et al atri-
32
(p<0,005), o que faz da prova broncodilatadora um bom buem as diferenças no comprometimento da função pulmo-
parâmetro para classificação clínica da asma neste estudo. nar, nos grupos de crianças e adultos asmáticos, aos níveis
Verini et al encontraram maior prevalência de resposta das vias aéreas afetadas e ao grau de seu comprometi-
broncodilatadora positiva em pacientes com asma modera- mento nos dois grupos. As crianças têm maior comprome-
da quando comparados a pacientes com asma leve. Os au- timento de pequenas vias aéreas, ao passo que no adulto
tores sugerem que a resposta broncodilatadora após salbu- as vias aéreas intermediárias e de grosso calibre estão
tamol inalatório correlaciona-se melhor à classificação clíni- mais afetadas . Valores de VEF1 significativamente reduzi-
22
ciada a critérios clínicos, contribui para confirmar o diag- Neste estudo, a presença de resposta broncodilatadora
nóstico de asma, porém não há estudos de sensibilidade e mostrou ser um bom parâmetro para a classificação clínica
especificidade da prova broncodilatadora em crianças . 24
da asma. Observaram-se valores normais de VEF1 e VEF1/
Em relação à duração da doença, não se observou asso- CVF, mesmo naqueles portadores de asma persistente mo-
ciação significativa entre tempo de doença e classificação derada ou grave. O fenômeno de redução da função pul-
clínica da asma ou entre tempo de doença e valores de monar ao longo do tempo, demonstrando presença de do-
VEF1 percentual basal. Em caso clínico apresentado por ença obstrutiva, parece acometer uma parte das crianças
Covar et al houve queda progressiva de VEF1 percentual asmáticas estudadas.
predito ao longo de cinco anos de evolução de asma grave Johannessen et al ao determinar novos valores de refe-
em uma adolescente de 13 anos de idade, apesar do trata- rência em provas de função pulmonar após uso de bronco-
mento adequado. Os autores afirmam que a progressão da dilatadores em 2235 pacientes, demonstrou que ocorre
asma e perda da função pulmonar ocorrem, em alguns pa- queda da resposta broncodilatadora ao longo do tempo. Os
cientes, independentemente do uso de altas doses de corti- autores enfatizam a importância de se revisar periodica-
costeróide inalado, o que sugere haver outros fatores e mente os valores utilizados como referência em espirome-
mecanismos envolvidos neste fenômeno . No estudo 25
tria, que devem ser adequados à população estudada, bem
START (Inhaled Steroid Treatment as Regular Therapy in como à faixa etária .
34
Early Asthma) foram acompanhadas crianças com asma O fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% da CVF
leve em uso de corticóide inalatório, por três anos, e tam- (FEF25-75%) é parâmetro sensível para avaliação da gra-
bém houve queda dos valores percentuais preditos de vidade da doença e obstrução das vias aéreas periféricas.
VEF1 ao longo do tempo em todas as faixas etárias . No 26
As alterações de FEF25-75% podem ocorrer precocemente
estudo CAMP, que incluiu tratamento e controle de um na asma .35
grande grupo de crianças asmáticas, foi avaliada função Estudos recentes mostram a importância de outros exa-
pulmonar. A maioria dos pacientes com perda progressiva mes complementares no diagnóstico de asma, além da es-
de função pulmonar não apresentavam evidência clínica de pirometria, tais como medida de óxido nítrico exalado e
doença grave, durante o período de quatro anos. Os auto- contagem de eosinófilos no escarro, que ainda não estão
res sugerem que não há associação absoluta entre sinto- disponíveis rotineiramente em nosso meio, mas já são bas-
mas de asma e função pulmonar ao longo do tempo . 27,28
tante utilizados em estudos clínicos .36
Bumbacea et al compararam um grupo com obstrução crô- A espirometria permanece sendo um exame comple-
nica ao fluxo aéreo a um grupo com função pulmonar nor- mentar acessível e que deve ser realizado sempre que pos-
mal, e o grupo com VEF1 baixo tinha doença de mais longa sível, para monitorização da doença e de seu tratamento
duração . 29
em crianças e adolescentes.
Stout et al avaliaram dois coortes (n=540) de crianças
asmáticas de oito a onze anos de idade e observaram que Referências
cerca de 32% dos pacientes teriam sua doença reclassifica-
da para uma categoria mais grave se fossem levados em 1. Naspitz CK, Holanda MA, Solé D. I Consenso Brasileiro no Ma-
conta os valores de função pulmonar (VEF1 e pico de fluxo nejo da Asma, 1ª ed, São Paulo, 1994.
expiratório) além dos parâmetros clínicos, porém os auto- 2. Bacharier LB, Strunk RC, Mauger D, White D, Lemanske Jr RF,
res avaliaram apenas crianças asmáticas instáveis clinica- Sorkness CA. Classifying asthma severity in children: mis-
mente, com pelo menos uma internação e duas idas ao match between symptoms, medication use, and lung function.
Am J Respir Crit Care Med 2004;170:426-432.
serviço de emergência por asma nos seis meses prévios ao 3. Backer KM, Brand DA, Hen J. Classifying asthma: disagree-
estudo, portanto, esses dados não podem ser generaliza- ment among specialists. Chest 2003;124:2156-2163.
dos para toda a população de crianças asmáticas . 30
4. National Heart Lung and Blood Institute. Global Initiative for
Ao estudar a função pulmonar de 301 crianças com as- Asthma (GINA). Global strategy for asthma management and
ma leve ou moderada, com idade de 5 a 17 anos, em uso prevention. NHLBI/VVHO workshop report. National Institutes
regular de corticosteróide inalado, De Jong et al encontra- of Health, Bethesda 1995. NHLBI publication number 95-3659.
ram valores médios de VEF1 acima de 100% no grupo com 5. Fuhlbridge AL, Weiss ST, Kuntz KM, Paltiel AD. Forced expira-
tory volume in 1 second percentage improves the classification
doença estável. Entretanto, o VEF1 foi consideravelmente of severity among children with asthma. Pediatrics 2006;118:
menor no grupo de 48 pacientes instáveis clinicamente, em 347-355.
média 77,9%. Neste grupo, 48% das crianças obtiveram 6. Diretrizes para teste de função pulmonar. J Pneumol 2002;28
resposta broncodilatadora positiva, com aumento de (Supl 3):S1-S238.
17,3% do VEF1, contra 10% do grupo de crianças estáveis, 7. Teeter JG, Bleecker ER. Relationship between airway obstruc-
as quais apresentaram 5,7% de variação do VEF1 pós tion and respiratory symptoms in adult asthmatics. Chest
broncodilatador. Os autores questionam o uso de valores 1998;113:272-277.
8. Larsen GL, Kang JKB, Guilbert T, Morgan W. Assessing respira-
espirométricos, especialmente VEF1, como critério de clas- tory function in young children: developmental considerations.
sificação da asma em estudos clínicos na população pediá- J Allergy Clin Immunol 2005;115:657-666.
trica .
31
Acurácia da espirometria na asma Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 30, Nº 1, 2007 31
9. Li JT, Oppenheimer J, Bernstein L, Nicklas RA. Attaining opti- 25. Covar RA, Cool CC, Szefler MD. Progression of asthma in child-
mal asthma control: a practice parameter. J Allergy Clin Im- hood. J Allergy Clin Immunol 2005;115:700-707.
munol 2005;116:S3-11. 26. Pauwels Ra, Pedersen S, Busse WW. Early intervention with
10. Schatz M, Sorkness CA, Li JT, Marcus P, Murray JJ, Nathan RA, budesonide in mild persistent asthma: a randomized, double-
et al. Asthma control test: reliability, validity, and responsive- blind trial. Lancet 2003;362:1071-1076.
ness in patients not previously followed by asthma specialists. 27. Covar RA, Spahn JD, Murphy JR, Szefler SJ. Progression of
J Allergy Clin Immunol 2006;117:549-556. asthma measured by lung function in the childhood asthma
11. Apter AJ, Szefler SJ. Advances in adult and pediatric asthma. J management program. Am J Respir Crit Care Med 2004;170:
Allergy Clin Immunol 2006;117:512-518. 234-241.
12. Moy ML, Israel E, Weiss ST, Juniper EF, Dube L, Drazen JM. 28. The Childhood Asthma Management Program (CAMP): design,
Clinical predictors of health-related quality of life depend on rationale, and methods: The Childhood Asthma Management
asthma severity. Am J Respir Crit Care Med 2001;163:924- Program Research Group. Control Clin Trials 1999;20:91-120.
929. 29. Bumbacea D, Campbell D, Nguyen L, Carr D, Barnes PJ, Robin-
13. Bye MR, Kerstein D, Barsh E. The importance of spirometry in son D. Parameters associated with persistent airflow obstruc-
the assessment of childhood asthma. Am J Dis Child 1992; tion in chronic severe asthma. Eur Respir J 2004;24:122-128.
146:977-978. 30. Stout JW, Visness CM, Enright P, Lamm C, Shapiro G, Gan VN
14. American Thoracic Society Board of Directors. Standardization et al The classification of asthma severity in children: the con-
of spirometry: 1994 update: statement of the American Thora- tribution of pulmonary function testing. Arch Pediatr Adolesc
cic Society. Am J Respir Crit Care Med 1995:152:1107-1136. Med 2006;160:844-850.
15. Polgar G, Promadhat V. Pulmonary function testing in children: 31. De Jong AB, Brouwer AFJ, Roorda RJ, Brand PLP. Normal lung
standards and techniques. Philadelphia: W. B. Saunders; 1971. function in children with mild to moderate persistent asthma
16. Roorda RJ, Gerritsen J, van Aalderen WM, Schouten JP, Velt- well controlled by inhaled corticosteroids. J Allergy Clin Immu-
man JC, Weiss MD et al Follow-up of asthma from childhood to nol 2006;118:280-282.
adulthood: influence of potential childhood risk factors on the 32. Spahn JD, Cherniack R, Paull K, Gelfand EW. Is forced expira-
outcome of pulmonary function and bronchial responsiveness tory volume in one second the best measure of severity in
in adulthood. J Allergy Clin Immunol 1994;93:575-584. childhood asthma? Am J Respir Crit Care Med 2004;169:784-
17. Shingo S, Zhang J, Reiss TF. Correlation of airway obstruction 786.
and patient-reported endpoints in clinical studies. Eur Respir J 33. Rasmussen F, Taylor DR, Flannery EM, Cowan JO, Greene JM,
2001;17:220-224. Herbison GF et al Risk factors for airway remodeling in asthma
18. Fuhlbrigge AL, Kitch BT, Paltiel AD, Kuntz KM, Neumann PJ, manifested by a low postbronchodilator FEV1/vital capacity ra-
Dockery DW et al FEV1 is associated with risk of asthma at- tio: a longitudinal population study from childhood to adult-
tacks in pediatric population. J Allergy Clin Immunol 2001; hood. Am J Respir Crit Care Med 2002;165:1480-1488.
107:61-67. 34. Johannessen A, Lehman S, Omenaas ER, Eide GE, Bakke PS,
19. Verini M, Rossi N, Dalfino T, Verrotti A, Di Gioacchino M, Chia- Gulsvik A. Post-bronchodilator spirometry reference values in
relli F. Lack of correlation between clinical patterns of asthma adults and implications for disease management. Am J Resp
and airway obstruction. Allergy Asthma Proc 2001;22:297- Crit Care Med 2006;173:1316-1325.
302. 35. Dela Bianca AC, Carvalho PC, Nobre AG, Wandalsen GF, Mallozi
20. Nakaie CM, Rozov T, Manissadjian A. A comparative study of MC, Naspitz CK et al Avaliação espirométrica de crianças e
clinical score and lung function tests in the classification of as- adolescentes asmáticos acompanhados em ambulatório espe-
thma by severity of disease. Rev Hosp Clin Fac Med Sao Paulo cializado. Rev. bras. alerg. imunopatol. 2005;28:161-165.
1998;53:68-74. 36. Bateman ED. Severity and control of severe asthma. J Allergy
21. Phelan PD, Robertson CF, Olinsky A. The Melbourne Asthma Clin Immunol 2006;117:519-521.
Study: 1964-1999. J Allergy Clin Immunol 2002;109:189-194
22. Paull K, Covar R, Jain N, Gelfand EW, Spahn JD. Do NHLBI
lung function apply to children? A croos-sectional evaluation of
childhood asthma at National Jewish Medical and Research
Center, 1999-2002. Pediatr Pulmonol 2005;39:311-317. Correspondência:
23. Tantisira KG, Fuhlbrigge AL, Tonascia J, Van Natta M, Zeiger Mariana Malucelli
RS, Strunk RC et al Bronchodilation and bronchoconstriction: Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, 2400/902
Predictors of future lung function in childhood asthma. J Aller- 81210-000 - Curitiba - Paraná - Brasil
gy Clin Immunol 2006;117:1264-1271. e-mail: marimalucelli@hotmail.com
24. Dundas I, Mckenzie S. Spirometry in the diagnosis of asthma Fone: 0XX-41-9113.7966 / 41-3352.2399
in children. Curr Opin Pulm Med 2006;12:28-33. Fax: 0XX-41-3352.0351