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INÍCIO
Neste módulo pretende-se que o aluno saiba quais as técnicas criativas de que
dispõe para facilitar as ideias ao longo da construção das mensagens
publicitárias.
Objetivos de Aprendizagem
Conteúdos Módulo 6:
A criação publicitária não pode estar sujeita a regras que partilhem a criatividade
nem que obedeça a teoremas, no entanto, há princípios gerais a observar na
elaboração de uma campanha publicitária e nos métodos a seguir.
Há um princípio fundamental a reter: a responsabilidade pela qualidade da criação
publicitária deve ser partilhada, tanto pelo anunciante, como pela agência. Não se
devem confundir os papéis entre si.
Não podemos confundir a criação em si. A arte é um gesto gratuito, dá para ver,
pensar, sentir, mas não tenta convencer o indivíduo a alterar comportamentos
tendentes à compra. A criação publicitária é orientada. Tem objetivos
específicos e normalmente comerciais. Ela insere-se num quadro, do briefing
criativo, que limita o seu alcance.
Neste sentido temos de encontrar uma ideia o mais original possível e com o
máximo impacto. Isto é, o desafio proposto ao criativo da agência de
publicidade é que, ao sair do briefing, se depare com uma folha branca.
O Que é notável nos criativos de uma agência é o seu espírito rigoroso e
estruturado.
Os grandes criativos possuem uma lógica implacável. Quando recebem o
briefing, pesam cada palavra. Se o briefing está mal escrito, se tem
incoerências, se tem indicações contraditórias, um bom criativo aborda e
questiona a equipa-estratégia e comercial para perceber o que está realmente
no briefing.
Processo Criativo:
Técnicas Criativas
Brainstorming
O brainstorming (literalmente: “tempestade de ideias”), mais que uma técnica de
dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade
criativa de um indivíduo ou de um grupo – criatividade em equipa – colocando-a a
serviço de objetivos pré-determinados.
Dos diversos outros métodos, a técnica de brainstorming propõe que um grupo de
pessoas, de duas até dez pessoas, se reúnam e se utilizem das diferenças nos
seus pensamentos e ideias para que possam chegar a um denominador comum
eficaz e com qualidade, gerando assim ideias inovadoras que levem o projeto
adiante.
Etapas de um brainstorming:
• Definição do tema;
• Escolha de uma equipa;
• Definir o tipo de brainstorming;
• Geração da ideia;
• Seleção da ideia;
• Encontrar a solução.
Tipos de brainstorming:
Brainstorming Estruturado: A cada rodada cada membro deve dar uma ideia
sobre o tema escolhido. Podem ser definidas em função do tempo quantas
rodadas serão feitas ou ainda deixar que o brainstorming prossiga até que todos
não tenham mais ideias para apresentar. Esse brainstorming tem uma vantagem
pois evita que os membros mais comunicativos predominem sobre os mais
quietos.
Linhas de Direção:
Requisitar novas ideias aos participantes pela ordem pela qual estes levantam a sua mão. Apenas uma
ideia deve ser sugerida em cada momento.
Composição do grupo:
A maioria dos grupos de brainstorming é constituída por três elementos:
• O líder.
• Os membros.
• Um secretário.
Devem ser escolhidas pessoas que tenham alguma experiência com o problema
em causa. É necessário não misturar os chefes com os trabalhadores. Devem
escolher-se pessoas que estejam no mesmo patamar da hierarquia na
organização. A maioria das pessoas não se consegue libertar nem ser
suficientemente criativo diante do seu chefe.
O líder de grupo deve ser familiar com o processo de brainstorming e ter
facilidade em manter-se relaxado, e numa atmosfera descontraída.
O secretário deve ter facilidade na escrita rápida. Este vai ter que tomar nota de
uma numerosa lista de ideias que vão ser geradas. As ideias não têm,
necessariamente, de ser escritas exatamente da mesma forma que são ditas. O
nome da pessoa que sugere as ideias não deve ser anotado, já que o anonimato
encoraja a liberdade de expressão.
Nível de dificuldade: 1
Objectivos: Desenvolver um determinado tema para facilitar a discussão do mesmo.
Pessoas: 10 a 15 pax, 1 ou 2 animadores
Material: folha de papel grande; qualquer coisa para escrever
Duração: 10 minutos + 10 minutos
Concretização:
A partir de um tema dado, os participantes devem dizer, num curto espaço de
tempo, tudo o que lhe passa na cabeça, sem se censurar, sem julgar o outros e
sem fazer comentários. As intervenções são feitas espontaneamente, sem ordem,
desde que todos tenham qualquer coisa a dizer. Isto permite transmitir as ideias e
criatividade de cada um.
EX:
Tudo deve ser anotado no papel. O exercício terminará quando as ideias
terminarem ou quando o animador achar que tem ideias suficientes no placard.
Em seguida o grupo avalia o trabalho e faz um comentário às coisas anotadas.
Também é possível fazer o exercício por escrito, isto é, cada um anota num
minuto a maior quantidade de palavras que conseguir relacionar com o tema.
Tema:
O propósito de uma sessão de brainstorming é o trabalho em grupo na
identificação de um problema, e encontrar, através de uma intervenção
participativa, a melhor decisão para um plano de Acão que o solucione um
problema.
Pré-requisitos:
Regras básicas:
• O moderador orienta cada sessão;
• O moderador pede sugestões aos participantes;
• Críticas de sugestões alheias não são permitidas;
• Todas as sugestões devem ser escritas no quadro (mesmo as estranhas).
1º Procedimento:
Defina o problema
• Peça sugestões relacionadas com o problema mais importante;
• Críticas de sugestões alheias não são permitidas;
• Escreva todos os problemas no quadro;
• Agrupe os problemas mais parecidos ou relacionados e então;
• Reagrupe e liste-os em ordem de prioridade (os mais importantes no topo).
2º Crie o objetivo:
• Peça Inverta a definição do problema (é a solução);
• A solução do problema definido acima é o objetivo;
• Defina o objetiva como a solução do problema;
• Escreva o objetivo no quadro e então;
• Lembre o grupo que foram eles que escolheram o objetivo.
3º Defina o objetivo:
• Explique a diferença entre uma meta e um objetivo;
• O moderador deve estar ciente disso (Veja um objetivo é mensurável e possui
uma data de conclusão).• Peça ao grupo para sugerir objetivos;
• Escreva todas as sugestões no quadro;
• Críticas de sugestões alheias não são permitidas;
• Agrupe os objetivos mais parecidos ou relacionados;
• Reagrupe e liste-os em ordem de prioridade e então;
• Lembre o grupo que foram eles que criaram os objetivos mais importantes.
5º Identifique a estratégia:
• Peça o grupo para sugerir estratégias;
• Escreva todas as sugestões no quadro;
• Críticas de sugestões alheias não são permitidas;
• Agrupe as estratégias mais parecidas ou relacionadas;
• Reagrupe e liste-os em ordem de prioridade (os mais importante em cima);
• Lembre o grupo que foram eles que criaram a lista;
• Escolha a estratégia que está no topo da lista.
Sinética
Um dos métodos do pensamento criativo mais complexos é o da Sinética
(Synectics), desenvolvido por Gordon em 1957, como um aperfeiçoamento do
método brainstorming. Com o objetivo de evitar percursos tradicionais e soluções
imediatas e conhecidas, a Sinética baseia-se em dois tipos de mecanismos
mentais: “transformar o estranho em familiar” e “transformar o familiar em
estranho”.
Para a transformação do estranho (desconhecido ou complexo) em algo familiar e
compreensível, ajudam os seguintes procedimentos:
• Análise (decomposição em partes);
• Síntese (redução em esquemas: mapas ou diagramas fomentam a simplificação);
• Generalização (relacionar com situações concretas e conhecidas).
O mecanismo mais interessante e característico da Sinética, é a transformação do
familiar e conhecido em algo estranho e novo.
Uma observação importante que deve ser feita em relação à Sinética é que só
deve ser aplicada em situações em que o problema se encontre bem definido.
Essa técnica tem pouca ou nenhuma utilidade na identificação de problemas.
Christopher Jones divide o processo em quatro etapas:
Formação do grupo com representantes das mais diferentes áreas, com
conhecimentos vinculados ao projeto em questão. Indicar a essência do problema
e estimular o grupo no uso das analogias.
Estímulos Visuais:
Num mundo em que predominam as imagens e os estímulos visuais, é difícil
aceitar que o sentido mais importante para criar uma marca seja a audição.
O processo de design é baseado sobretudo em operações cognitivas de resolução
de problemas, tais como associação de ideias, isto é combinações, mutações e
analogias. (Rosenman/Gero)
O raciocínio analógico consiste em dois passos chave: A busca ou selecção,
durante a qual os designers procuram inspiração e mapeamento ou aplicação.
Leclercq mostrou que o uso de estímulos visuais ajuda os designers a produzir
mais resultados. Há ainda outras operações cognitivas envolvidas no processo
design que ainda não estão suficientemente investigadas, tais como a atenção
visual e a perceção da cor.
Muitas vezes temos dificuldade de, comunicar visualmente, porque o que nós
criamos, não é o que nós ou os outros realmente veem. Nós criamos o que nós
recordamos e lembramos aquilo a que prestamos atenção, não o que nós vemos.
Uma lição importante do neuro- marketing: quando olhamos para algo, somente a
parte visual do cérebro é ativada; quando ouvimos algo, ativam-se as regiões
relacionadas com os cinco sentidos: visão, olfato, tato, paladar e audição.
É por isso que, quando ouvimos uma música da nossa infância, voltam-nos à
mente tantas recordações visuais. A Harley-Davidson criou um som distinto dos
demais para o arranque do motor, por exemplo.
Outras, como a Apple, compuseram melodias que tocam ao ligar o computador
ou iniciar o sistema; trata-se de melodias muito simples, mas que acabam se
tornando inesquecíveis.
Quando as ouvimos, imediatamente reconhecemos e pensamos na marca
associada.