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anais da gatunagem
O ESTELIONATÁRIO
O brasileiro que enganou um mafioso italiano, políticos panamenhos e Donald Trump
ALLAN DE ABREU
Depois de fugir da Espanha, do Panamá e do Brasil com documentos falsos, Alexandre Nogueira viveu em sete países. “Eu
procuro lugares que não estão tão conectados com o mundo.” CREDITO: JORGE FERNANDEZ_CORTESIA DE LA
PRENSA_REUTERS
M
ais de mil convidados circulavam pelo salão de festas de Mar-a-
Lago, resort luxuoso do bilionário Donald Trump em Palm Beach,
na Flórida. Aquela noite de meados de janeiro de 2008 marcava o
lançamento do projeto Trump Ocean Club, edifício de setenta andares em
forma de vela náutica que seria construído na Cidade do Panamá, com
hotel, apartamentos residenciais, salas comerciais e um cassino.
Dois anos antes, tão logo soube que Khafif estava em Nova York para
fechar uma parceria com a Organização Trump, o brasileiro embarcou às
pressas do Panamá, onde vivia, para os Estados Unidos. Hospedou-se no
mesmo hotel e, no dia seguinte, uma segunda-feira, postou-se no lobby
até que o empresário aparecesse. “Eu vim atrás de você”, disse a Khafif,
ao encontrá-lo pela primeira vez. “Gostaria de oferecer os meus serviços
para cuidar da representação do projeto Trump no Panamá, antes que
qualquer outra imobiliária tome a iniciativa.”
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– Porque é Trump! Desculpe, sei que você é filha dele, mas vocês não
estão dando o devido valor ao nome de Donald Trump. Tem que ser
vendido por pelo menos 220 mil dólares, para começar.
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nome do pai biológico de Alexandre Henrique Ventura Nogueira é
um segredo de família. Quando sua mãe, Lúcia Maria Ventura
Venâncio, estava grávida, engatou namoro com o cirurgião-geral e
obstetra Marcello Nogueira da Silva, vinte anos mais velho e pai de seis
filhos de outros dois relacionamentos. Médico respeitado no Recife e
dono de um hospital particular na cidade, Silva fora, no início dos anos
1960, prefeito de Nazaré da Mata (PE) e aliado do governador Miguel
Arraes. Por isso mesmo, com o golpe militar de 1964, perdeu o emprego
como servidor público estadual, foi preso e torturado. Quando Alexandre
nasceu, em 28 de abril de 1974, Silva o registrou como filho, deu a ele um
dos sobrenomes e, junto com Lúcia Venâncio, duas irmãs: Marcela e
Paloma.
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tentou me abortar”, afirmou. Venâncio nega tudo. “Ele foi criado com
muito amor e carinho. Só que era muito levado.”
A
pesar da aversão que o filho sentia pela mãe, o jovem casal, sem ter
para onde ir, morou dois meses na casa dela. Na época, Alexandre
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Em 1997, o casal foi para Salvador, onde abriu uma loja de produtos
importados. Enquanto ela cuidava da loja – que teve vida curta –, ele se
aventurou no resgate de títulos de capitalização, como os jogos Tele Sena
e Papa-Tudo, que estavam no auge da popularidade e tinham como
garotos-propaganda Silvio Santos e Xuxa, respectivamente. O dono de
uma casa lotérica da capital baiana alertou Nogueira para um possível
filão: poucas pessoas sabiam que, um ano depois de adquiridas, as
cartelas, por serem títulos de capitalização e ao mesmo tempo loteria,
poderiam ser resgatadas pela metade do valor da compra (3 reais, na
época). “No subúrbio, as pessoas mal tinham o que comer, mas debaixo
do colchão guardavam duzentas, trezentas cartelas”, lembrou.
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o desembarcar no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, Nogueira
conheceu uma brasileira recém-chegada de Londres cuja mala se
extraviara. Como precisava retornar à capital britânica, mas não
falava inglês, a mulher propôs a Nogueira pagar a passagem dele em
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da Espanha, a mesma cidade onde Nogueira trabalhara como
maître. Ele reatou contato com o dono do restaurante, o argentino
Ruben Ramón Ocaña, e juntos abriram a Recifemotor, uma loja de
carros de luxo das marcas Ferrari, Lamborghini, BMW e Mercedes-
Benz. Os clientes, a maioria deles empresários, atletas de renome e
políticos espanhóis, escolhiam o modelo nos catálogos e pagavam
adiantado. Os veículos eram encomendados diretamente às fábricas.
Enquanto isso, o argentino cuidava das finanças da loja. A Polícia
Nacional e a Guarda Civil chegaram a investigar a Recifemotor por
lavagem de dinheiro, mas o inquérito acabou arquivado.
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Depois de uma discussão ríspida entre eles, Ocaña viajou para Madri, de
onde telefonou para Nogueira: “Compadre, pegue as suas coisas e vá
embora. Acabou tudo.” No mesmo dia, um grupo de homens armados
com pistolas entrou na loja procurando pelo argentino. “Vamos voltar
amanhã. Se ele não aparecer, começamos cortando a sua orelha.”
– Para Casablanca.
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o Marrocos, Nogueira definiu o novo destino do casal: Panamá. “Li
que era um país em crescimento, cheio de oportunidades”, me disse
o brasileiro.
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essa mesma instituição, da qual fora diretor financeiro. Embora não fosse
judeu, era casado com uma russa-israelense e tinha trânsito fácil entre a
comunidade judaica na Cidade do Panamá.
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tornado a maior imobiliária do Panamá, com setenta funcionários e
escritórios em Miami, Nova York, Toronto, Madri, Bogotá e
Caracas. Clientes estrangeiros chegavam em jatinhos particulares à
Cidade do Panamá, transitavam em limusines com a logomarca da
empresa e eram levados de helicóptero para conhecer as atrações
turísticas do país. Para agregar valor aos imóveis à venda, Nogueira
chegou a fechar parceria com a linha de móveis e decoração de Giorgio
Armani – a assessoria da empresa confirmou as tratativas –, mas o
projeto não foi adiante.
Para lançar o projeto, a Homes fez uma festa de 250 mil dólares para
quinhentos convidados em Moscou. Os planos não prosperaram, mas
permitiram que Nogueira montasse uma lista de potenciais clientes.
“Toda semana eu recebia no aeroporto da Cidade do Panamá uma leva
de investidores russos.” A Homes acabou abrindo um escritório em Kiev,
capital da Ucrânia, chefiado por Igor Anopolskiy, que seria preso em
março de 2007, acusado de tráfico de pessoas em território ucraniano.
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O
homem misterioso era David Helmut Murcia Guzmán, um jovem
milionário que um dia declarou à imprensa que seu maior sonho
era acabar com a fome na Colômbia. Por ser de família pobre e ter
alcançado imenso sucesso empresarial, vivia cercado de aplausos,
sobretudo dos mais humildes. Guzmán era originário de um vilarejo
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O que nenhum dos dois sabia era que tanto a polícia colombiana quanto a
norte-americana investigavam Guzmán por prática de pirâmide
financeira, captação ilegal de recursos e lavagem de dinheiro. Em duas
oportunidades, em agosto e outubro de 2007, a polícia colombiana
apreendeu, da DMG, um total de 4,3 milhões de dólares em espécie
transportados em ônibus. Havia fortes indícios de que o grupo lavava
dinheiro dos maiores cartéis do tráfico do país, num sofisticado esquema
triangular de dólar-cabo. Os cartéis vendiam a cocaína em dólares nos
Estados Unidos e no México, mas precisavam de pesos na Colômbia para
alimentar a produção da coca. Procuravam, então, doleiros, que lhes
entregavam pesos em troca dos dólares no exterior. Feito isso, o doleiro
vendia os dólares para terceiros, como a DMG, que desejava enviar
lucros, em dólares, para os Estados Unidos. Para a DMG, a vantagem dos
doleiros eram as taxas mais baratas do que as do sistema bancário. Após
receber o equivalente em pesos, o doleiro depositava os dólares
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lexandre Nogueira não chegou a ser processado pela Justiça
panamenha no escândalo da DMG. Entretanto, todos os seus bens,
incluindo contas bancárias, foram bloqueados pela Justiça durante o
trâmite da ação penal contra Guzmán por lavagem de dinheiro. “Eu tinha
seis projetos de imóveis em construção, mas os bancos cortaram todos os
financiamentos. Tudo ficou parado.” Nessa época, pipocaram as
primeiras ações penais contra o brasileiro por estelionato. Nogueira
começou a emitir cheques sem fundos e, tanto no Trump Ocean Club
quanto nos demais empreendimentos da Homes, ele vendia mais
apartamentos do que de fato havia nesses edifícios.
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o início de 2009, antes das eleições do futuro presidente do Panamá e do
prefeito da capital do país, Nogueira reuniu-se com um dos
principais articuladores da campanha do candidato Ricardo
Martinelli, o militar Gustavo Pérez de la Ossa, que tivera papel
proeminente na ditadura de Manuel Antonio Noriega, entre 1983 e 1989.
Dono da maior rede de supermercados do país, Martinelli concorria à
Presidência pelo partido liberal Câmbio Democrático (CD), em coligação
com o Partido Panameñista (PPa). Sua principal rival na disputa era
Balbina Herrera, do Partido Revolucionário Democrático (PRD), de
centro-esquerda, então no poder. A disputa foi replicada na capital: pelo
Panameñista concorria o radialista Bosco Vallarino; pelo PRD, Bobby
Velásquez.
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penais em que era acusado de estelionato. Logo após, ele foi algemado e
levado para a sede da Polícia Nacional – só então saberia que a Justiça
havia decretado sua prisão preventiva. No prédio da polícia, porém, o
que era para ser uma cela transformou-se em escritório: o brasileiro tinha
à disposição computador com internet e recebia visitas de quem quisesse,
a qualquer hora. “Pode parecer estranho, mas aqueles foram dias de
muita paz para mim. Eu vinha sendo muito pressionado.” Coincidência
ou não, tão logo Martinelli assumiu a Presidência, a Justiça determinou a
soltura, sob fiança de 1,4 milhão de dólares – a quantia, me disse o
brasileiro, nunca foi paga.
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offshore dele nas Ilhas Turks e Caicos. Depois, o dinheiro era transferido
para contas em bancos panamenhos – parte das operações foi feita em
nome do israelense Alexander Ukstin, um dos pseudônimos dele. Foram
pouco mais de 2 milhões de dólares no período de doze meses. Com o
dinheiro, ele abriu uma nova empresa e tentou retomar os investimentos
imobiliários, agora em regime mais modesto, na periferia da capital
panamenha. “O problema foi que o embaixador na Índia era muito burro
e depositava na offshore a partir da conta bancária oficial da embaixada.
O banco de Turks e Caicos descobriu e, tempos depois, encerrou a minha
conta”, disse.
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E
ncontrei-me com o ex-prefeito Bosco Vallarino num fim de tarde de
agosto deste ano no restaurante El Brasero, um dos mais
tradicionais de Obarrio, porção chique da capital panamenha. O ex-
prefeito estava acompanhado de seu advogado, um sujeito mal-encarado
que, durante a conversa, ficou procurando informações a meu respeito no
celular, não sem antes pedir que a piauí pagasse pela entrevista, o que a
revista se recusou a fazer. Radialista popular na cidade, Vallarino disse
ter conhecido Nogueira quando foi contratado para fazer propaganda da
imobiliária Homes numa tevê local. Pouco antes de se tornar prefeito, os
dois foram vizinhos em um condomínio fechado.
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Nogueira vagou por alguns dias pela América Central até decidir voltar
ao Brasil, no final de 2011. Sua mulher permaneceu algumas semanas no
Panamá para se desfazer da casa e dos automóveis. Ao encontrar num
armário pacotes com cerca de trezentos passaportes de chineses, indianos
e haitianos, herança do esquema dos vistos, ela telefonou ao marido:
– Deixa aí.
U
m parecer contábil apresentado por Catherina Peruzzi à Justiça
brasileira aponta que, no fim de 2011, o marido possuía 3,9 milhões
de dólares em ativos no Panamá. No início do ano seguinte,
Peruzzi e os três filhos juntaram-se a ele no Brasil e mudaram-se para
Americana. Nogueira passou a comprar postos de combustível na região
com parte do capital que tinha no Panamá – cerca de 1,2 milhão de
dólares foram transferidos para suas contas no Brasil. Seis
estabelecimentos formavam a rede JNC (iniciais dos nomes dos filhos):
dois em Americana, um em Paulínia, um em Nova Odessa, um em
Piracicaba e um em Araraquara.
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ogueira começou a enfrentar os primeiros problemas de caixa com
sua rede de postos de combustível no início de 2014. “Eu
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movimentava muito dinheiro, mas ganhava pouco. Vendia 200 mil reais
por dia, mas só tinha 30 mil no caixa, o resto era cartão de crédito ou
débito. E no dia seguinte precisava comprar mais combustível.” A saída
que ele encontrou foi retomar a trajetória de golpes. Passou a atrasar as
parcelas do aluguel da casa onde vivia e do terreno de parte dos postos
de combustível. Também começou a emitir cheques sem fundo. Fumante,
aumentou a cota diária de cigarros para dois maços.
Em março daquele ano, Nogueira comprou seu sexto e último posto por
800 mil reais, parcelado. Em seguida, falsificou um documento da Junta
Comercial em que aparecia como dono do negócio, já com todas as
parcelas quitadas – embora só tivesse pagado duas ou três prestações – e
vendeu o posto por 2 milhões de reais, à vista. A fraude só foi descoberta
dois anos depois, quando o último comprador tentou revender o posto e
descobriu que o estabelecimento não estava em nome de Nogueira. Esse
último passou a ser investigado pela Polícia Civil de São Paulo por
falsificação de documento, inquérito que, em setembro deste ano, seguia
em andamento.
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o início de abril deste ano, consegui uma pista que me levaria até
Nogueira. Quatro meses antes, a atual mulher dele, Heloísa
Geremias Tiburcio, ao solicitar um novo passaporte na embaixada
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Ele disse que viveu em sete países desde que fugiu do Brasil, em 2014.
“Eu procuro países em que eu possa fazer negócios, mas que, de certa
forma, não estão tão conectados com o mundo.” Em um desses destinos,
na Ásia, Nogueira foi detido por seis meses: a polícia local constatou que
ele utilizava documentos falsos, mas, como não descobriram sua
verdadeira identidade, acabou liberado. Quando perguntei se subornou
alguém para deixar a prisão, desconversou. Nogueira me disse ter
retomado o trabalho com compra e venda de madeira e que ganha o
equivalente a 2 mil reais por mês.
Nogueira me confessou que tem mais medo das vítimas que fez em
várias partes do mundo do que da polícia. “Ser preso não é tanto
problema. Eu já levo uma vida de quase prisão. Às vezes penso em me
entregar e ir para a cadeia logo, porque aí poderia tocar minha vida
sossegado, depois. Mas nem sei de tudo que eu sou acusado.” Seu maior
receio é ser assassinado, e ele teme particularmente as pessoas com quem
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se relacionou no Panamá. “Eu sei do que eles são capazes. Tenho muito
mais coisas contra empresários e políticos de lá que eu nunca disse a
ninguém.” Com certeza, ele guarda as informações para alguma ocasião
proveitosa.
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