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Física Aplicada A Radiologia PDF
Física Aplicada A Radiologia PDF
FÍSICA APLICADA A
RADIOLOGIA I
Conceitos Fundamentais.............................................................................................................................................08
1.1. Radiação...................................................................................................................................................................................08
1.2. Energia......................................................................................................................................................................................09
1.3. Ondas.........................................................................................................................................................................................09
1.4. O Átomo....................................................................................................................................................................................10
1.5. Carga Elétrica.........................................................................................................................................................................12
1.5.1. Princípio da Atração e Repulsão........................................................................................................................12
1.6. Radioatividade.......................................................................................................................................................................12
1.7. Classificação das radiações..............................................................................................................................................13
1.7.1. Forma............................................................................................................................................................................13
1.7.2. Origem...........................................................................................................................................................................15
1.7.3. Interação com a matéria.......................................................................................................................................17
1.8. Aplicações das radiações..................................................................................................................................................19
II. OS RAIOS X 23
2.1 Apresentação..........................................................................................................................................................................23
2.2 Produção de raios x.............................................................................................................................................................23
2.2.1. O tubo de raios x...................................................................................................................................................24
2.2.1.1. Catodo......................................................................................................................................................................24
2.2.1.2. Anodo.......................................................................................................................................................................26
2.2.1.3. Ampola de encapsulamento...........................................................................................................................29
2.2.1.4. Cuidados com o tubo.........................................................................................................................................29
2.2.1.5. Valores máximos de operação.......................................................................................................................29
2.2.2. Fases de produção dos raios x.........................................................................................................................30
2.2.3. Tipos de raios x………………………………………………………………………………………………………..….32
2.2.3.1. Raios x característicos………………………………………………………………………………………………..32
2.2.3.2. Raios x de frenagem..........................................................................................................................33
2.3. A produção de calor...........................................................................................................................................33
2.4. Princípio do foco linear....................................................................................................................................33
2.5. Propriedades fundamentais dos raios x....................................................................................................34
2.6. Elementos de um conjunto gerador de raios x.......................................................................................34
2.7. Observações..........................................................................................................................................................35
Conclusão.................................................................................................................................................................................36
3.1. Introdução...............................................................................................................................................................................37
3.2. Absorção de raios x.............................................................................................................................................................38
3.3. Fatores que afetam a absorção de raios x.................................................................................................................38
3.3.1. Espessura.....................................................................................................................................................................38
3.3.2. Densidade....................................................................................................................................................................38
3.3.3. Número atômico (Z)...............................................................................................................................................38
3.3.4. Meios de contraste.................................................................................................................................................38
3.3.5. Kilovoltagem...............................................................................................................................................................39
3.3.6. Filtragem......................................................................................................................................................................40
3.3.6.1. Filtragem inerente............................................................................................................................................40
3.3.6.2. Filtragem adicional ou artificial..................................................................................................................40
4.1. Introdução..............................................................................................................................................................................47
4.2. Efeito no contraste do sujeito.........................................................................................................................................47
4.3. Fontes de radiação dispersa............................................................................................................................................47
4.4. Redução da radiação dispersa........................................................................................................................................47
4.4.1. Limitação do feixe....................................................................................................................................................47
4.4.1.1. Diafragmas de abertura...................................................................................................................................47
4.4.1.2. Cilindros..................................................................................................................................................................48
4.4.1.3. Dispositivos limitadores de abertura variável.......................................................................................48
4.4.2. Dimensões do campo projetado.........................................................................................................................48
4.4.3. Grades............................................................................................................................................................................48
4.4.4. Espaço de ar................................................................................................................................................................49
4.4.5. Compressão.................................................................................................................................................................50
4.4.6. Dispersão invertida.................................................................................................................................................50
4.5. Radiação extra focal...........................................................................................................................................................50
4.6. Ecrans intensificadores fluorescentes........................................................................................................................51
ANEXOS 52
Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao indivíduo a
interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais.
É de fundamental importância que o conhecimento físico seja explicado como um processo
histórico, objeto de contínua transformação e associado às outras formas de expressão e produção
humanas.
É importante também que essa cultura em Física inclua a compreensão do conjunto de
equipamentos e procedimentos, técnicos ou tecnológicos, do cotidiano doméstico, social e profissional.
É preciso rediscutir a Física para possibilitar uma melhor compreensão do mundo e uma
formação para a cidadania mais adequada.
Promover um conhecimento contextualizado e integrado à vida de cada educando.
É de fundamental importância considerar nosso mundo vivencial, sua realidade, os objetos e
fenômenos com que efetivamente lidam, ou os problemas e indagações que movem nossas curiosidades.
O conhecimento da Física deve ser entendido como um meio para a compreensão do
mundo.
A Física deve desenvolver a capacidade de se preocupar com o todo social e com a cidadania. Além
de promover competências necessárias para a avaliação da veracidade de informações ou para a emissão
de opiniões nas quais os aspectos físicos sejam relevantes. Como por exemplo: avaliar relações de
risco/benefício de uma dada técnica de diagnóstico médico ou implicações de um acidente envolvendo
radiações ionizantes.
“Vivemos em um mundo inundado de radiações. Desde o seu instante inicial, este Universo em
que vivemos foi propulsionado por quantidades por quantidades inimagináveis de energia, que geraram
galáxias, estrelas, planetas, luz (...). Estes últimos percorrem o Universo em todas as direções, gerando a
radiação cósmica onipresente”.
As radiações sempre estiveram conosco. Estão aqui neste momento e estarão presentes até os
últimos instantes deste Universo. Somo seres cujas existências foram e continuam sendo moduladas pelas
radiações. A vida como, como nós a conhecemos, não teria sido possível sem elas. Se tivéssemos sido
constituídos organicamente de outra forma, talvez pudéssemos percebê-las como um oceano
multicolorido e sinfônico no qual estamos imersos. Talvez, então pudéssemos ter para com as radiações
uma atitude mais correta – uma atitude de compreensão, de respeito e até mesmo de gratidão, ao invés de
temor.
A utilização efetiva das técnicas de radiodiagnóstico, assim como a interpretação das imagens
produzidas, requer a compreensão de fenômenos físicos envolvidos nos processos de formação da
imagem, pois a habilidade de visualizar estruturas anatômicas específicas ou condições patológicas
depende, não só de características inerentes a cada técnica de radiodiagnóstico em particular, como
também do conjunto de ajustes selecionados no equipamento. A relação entre visibilidade e ajustes de
parâmetros nesses equipamentos é complexa e, freqüentemente, envolve comprometimento e
interdependência dentre os diferentes aspectos da qualidade da imagem.
Apesar dos benefícios incontestes à Medicina, todas as técnicas de radiodiagnóstico podem
representar um risco à saúde, pois os processos de aquisição das imagens sempre envolvem deposição de
alguma forma de energia no corpo do paciente, o que, em alguns casos pode também trazer prejuízos à
saúde de médicos e técnicos em radiologia ou em enfermagem. Os níveis de exposição do paciente aos
raios X de uso médico variam muito e têm forte influência sobre a qualidade da imagem radiográfica. Uma
abordagem da relação entre riscos e os danos à saúde envolve análise de conceitos físicos, grandezas e
unidades de medidas.
Em geral, as estruturas internas e funções do corpo humano não são visíveis. Entretanto, por meio
de diversas tecnologias, podem-se obter imagens através das quais um médico pode detectar condições
anormais, ou ainda, guiar-se em procedimentos terapêuticos invasivo. A imagem radiográfica é uma janela
para o corpo. Nenhum tipo de imagem mostra tudo. Os diversos métodos de radiodiagnóstico nos revelam
diferentes características do corpo humano. Em cada método é necessário se trabalhar com níveis
satisfatórios de qualidade de imagem e de visibilidade das estruturas do corpo. Estes níveis de qualidade e
visibilidade dependem das características do equipamento, da perícia do observador e do compromisso
com fatores tais como a minimização da dose no paciente devida aos raios X ou o tempo de obtenção da
imagem.
(Princípios de Física em Radiodiagnóstico – CBR 2002)
“Hoje teremos aula de Física Radiológica, está preparado? Puxa, não entendi nada do que foi dito
na ultima aula, e você? Acho que peguei alguma coisa, só que não entendo porque temos que ter aulas de
Física, que nos toma tanto tempo, já que temos tantas outras coisas mais importantes para aprender...”
É bem provável que você já tenha ouvido ou mesmo tenha tido este diálogo com algum colega
durante a residência na radiologia. Se é atualmente residente e reticente quanto às aulas, talvez possa ao
final deste texto encarar a Física com outros olhos...
Foi com a disposição de desvendar os mistérios da natureza é que o ser humano ao procurar
respostas e descrever os fenômenos utilizando-se de métodos experimentais construiu um campo de
estudo que se denomina Física (do grego physis, “natureza”). Se caracteriza pela associação entre
observações e métodos experimentais e se utiliza da matemática para descrever quantitativamente os
fenômenos naturais. Não é a Física que é complicada e sim os fenômenos naturais é que são complexos e
exigem a matemática como ferramenta, que muitas vezes, por não dominarmos, nos afasta da
possibilidade de entendermos os fenômenos de uma forma objetiva e quantitativa.
O que é radiação?
De onde vêm?
Como interagem com o meio em que se encontram?
Como fazemos para detectá-las?
Como podemos utiliza-las?
Como se proteger de seus efeitos?
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1.1- RADIAÇÃO
O que é a Radiação?
É possível que o termo RADIAÇÃO, a princípio, pareça um pouco estranho. Com certeza, você já
deve tê-la visto associada a acidentes nucleares, usinas nucleares ou mesmo em filmes de guerra. O que
ocorre é uma confusão de conceitos, ou ainda, tratar-se de um mesmo termo aplicado a coisas diferentes.
O termo IRRADIAR significa lançar de si, emitir, espalhar, projetar. Pode ser aplicado a diversas
situações ou fenômenos diferentes. O Sol irradia luz, calor e ultravioleta.
Já RADIAÇÃO é aquilo que é IRRADIADO por alguma coisa.
Pode ser aplicado às várias formas de luz visíveis e “invisíveis” ou a feixes de partículas
ATÔMICAS.
Radiação é o processo pelo qual uma fonte emite energia que se propaga no espaço.
Segundo o dicionário Aurélio:
“Qualquer dos processos físicos de emissão e propagação de energia, seja por intermédio de
fenômenos ondulatórios, seja por meio de partículas dotadas de energia cinética” ou “Energia que se
propaga de um ponto a outro no espaço vazio ou através de um meio material”.
O termo radiação se usa também para designar a própria energia emitida.
Portanto:
Radiação é energia em
movimento.
Este conceito é geral e inclui as
ondas mecânicas (como o ultra-som ou as
oscilações de um maremoto), ondas
eletromagnéticas ou radiações nucleares
com massa, como veremos mais adiante.
1.3- ONDAS
O conceito de onda é de fundamental importância para a compreensão de uma série de
fenômenos físicos. Em termos formais, onda é o resultado de algum tipo de perturbação que se
propaga.
Por exemplo, no mar, as ondas se formam basicamente
devido à perturbação da água pela atração da Lua e da ação dos
ventos. Se você estiver boiando um pouco além da rebentação,
deve ter percebido que seu corpo alternadamente sobe e desce,
mas na média permanece praticamente no mesmo lugar. O fato de
seu corpo subir e descer significa que existe uma energia
associada à onda (realiza trabalho). Esta energia é transportada
pela onda, sem, entretanto causar um deslocamento líquido final
do meio, no caso, a água. Já no caso da rebentação, outros fatores
interferem com a onda, acarretando um movimento efetivo da
água ou de algum objeto flutuante. A brusca frenagem da onda pelo fundo de areia da praia, faz com que à
parte de cima da onda se projete para frente, literalmente despejando a água.
Quanto à forma, existem basicamente dois tipos de onda: Ondas Mecânicas e Ondas
Eletromagnéticas.
As ondas mecânicas dependem de um meio material para se propagarem, como as ondas do
mar e as ondas sonoras, por exemplo.
As ondas eletromagnéticas não dependem de um meio material, pois correspondem à
propagação de uma perturbação nos campos elétricos e magnéticos. Estes campos podem existir
independentemente de um meio material.
Os elementos fundamentais de uma onda são:
A distância entre dois picos ou dois vales, ou ainda, dois pontos quaisquer equivalentes da
onda, define o que se chama comprimento de onda, representado normalmente pela letra grega LAMBDA
(λ).
O número
de ciclos de sobe e Comprimento de Onda
desce, por unidade
de tempo define a
freqüência da onda,
Crista
medida
normalmente em
Hertz ou ciclos por
segundo e
representada
normalmente pela
letra f. O produto do
comprimento de
onda pela
freqüência da onda Depressão ou Vale
fornece a velocidade
de propagação da
1.4- O ÁTOMO
É a menor porção de matéria
A idéia de que a matéria é formada por partículas muito pequenas e
“indivisíveis”, ou átomos, é muito antiga. Demócrito, que viveu quase 400
anos antes de Cristo, já pensava nessas coisas. Ele propôs um modelo
atômico onde os átomos se encaixavam mais ou menos como as peças de
um Lego. Mas, a verdadeira estrutura do átomo só foi revelada no início do
século XX com o trabalho de Ernest Rutherford.
Obviamente os resultados de Rutherford foram debatidos
exaustivamente até que se chegasse a um quadro de consenso. A idéia que
temos de átomo hoje em dia é o resultado dessas discussões. Um átomo
possui um núcleo que concentra praticamente toda a sua massa, e retém a
carga positiva. O diâmetro de um átomo é cerca de 100 000 vezes o
diâmetro do seu núcleo. O núcleo é circundado por elétrons (na eletrosfera),
que são os portadores de carga negativa. A massa do elétron é igual a 9,
10939× 10−31 kg.
O núcleo é composto por dois tipos de partículas:
Os prótons, e os nêutrons. Os nêutrons não possuem carga elétrica e
portanto não interagem eletricamente com os prótons do núcleo, mas
exercem um papel fundamental na sua estabilidade. Um próton possui uma
carga igual à do elétron, mas de sinal contrário: +1, 602×10−19 C; sua massa
é de 1, 67262×10−27 kg, cerca de 1836 vezes maior do que o elétron. A massa
do nêutron, por sua vez, é muito próxima à do próton:1, 67482×10−27 kg. O
número total de prótons no núcleo é chamado de número atômico, em geral
representado pela letra Z.
Os nêutrons não possuem carga elétrica. Como num átomo o número de prótons é igual ao
número de elétrons, a carga elétrica total do átomo é nula.
De modo geral os corpos são formados por um grande número de átomos. Como a carga de cada
átomo é nula, a carga elétrica total do corpo também será nula e diremos que o corpo está neutro. No
entanto é possível retirar ou acrescentar elétrons de um corpo. Desse modo o corpo estará com um
excesso de prótons ou de elétrons; dizemos que o corpo está eletrizado ou ionizado.
1.5.1. Princípio da atração e repulsão
Dados dois corpos eletrizados, sendo Q1 e Q2 suas cargas elétricas, observamos que:
1. Se Q1 e Q2 tem o mesmo sinal (Figura 1 e Figura 2), existe entre os corpos um par de forças de
repulsão.
2. Se Q1 e Q2 têm sinais opostos (Figura 3), existe entre os corpos um par de forças de atração.
1.6- RADIOATIVIDADE
Núcleos atômicos que espontaneamente emitem partículas
ou energia pura (radiação eletromagnética) são chamados
radioativos.
A radioatividade é um fenômeno natural, mas pode
também ser produzida em laboratório. O fenômeno foi descoberto
em 1896 pelo francês Henri Becquerel e, em 1934, foi produzido
pela primeira vez em laboratório por Irene Curie e Pierre Joliot, que
bombardearam alumínio com partículas alfa emitido pelo polônio, e
produziram o isótopo de fósforo 30P. Irene e Pierre levaram o Nobel
de Química de 1935 pelo seu trabalho. Os pais de Irene, Pierre e
Marie Curie, já haviam sido agraciados com o Nobel de Física de
1903 (com Becquerel), pelo seu trabalho com radioatividade
natural.
A radioatividade é a liberação de energia por um núcleo
excitado.
Esse processo é chamado de decaimento radioativo, e pode
ocorrer basicamente de três modos distintos: por emissão alfa, por
emissão beta ou por emissão gama. Alfa, beta e gama são nomes dados a
tipos de radiação cuja natureza era desconhecida na época em que foram
descobertas.
a) RADIAÇÕES CORPUSCULARES
mv 2
Ec
Onde: 2
m de massa e v de velocidade;
Ec é chamada de energia cinética (de movimento);
Ex:
Elétrons, prótons, nêutrons;
Íons leves e pesados (átomos sem elétrons);
Píons, káons, múons;
Pósitrons, Négatrons, alfa.
α (alfa)
Núcleo instável
β- (négatron)
b) RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS
Você com certeza sabe ou mesmo ouvir falar que o controle remoto de sua TV ou DVD funcionam
por infravermelho. Também já não é mais novidade um microcomputador operado por mouse e teclado
sem fios, ou seja, por infravermelho.
- Mas afinal de contas o que vem a ser esse tal de infravermelho?
- Alguma espécie de raio invisível?
- Exatamente!
O Universo que nos rodeia é banhado por um imenso "oceano" de luzes, das quais nossos olhos
conseguem captar apenas uma pequeníssima fração. Essa pequena fração de radiações que o olho humano
vê, é chamada de luz visível ou apenas luz.
Por esta razão, é mais conveniente chamarmos ao conjunto de todas as “luzes” que não vemos de
RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA. O termo luz fica reservado à pequena parcela de radiação
eletromagnética que conseguimos enxergar.
A radiação eletromagnética é uma forma de energia. Sem ela simplesmente não haveria vida na
Terra.
Outro aspecto importante da radiação eletromagnética é seu caráter ondulatório, isto é, a
radiação eletromagnética é constituída de ondas com componentes elétricos e magnéticos.
Portanto as Radiações Eletromagnéticas:
Não possuem massa;
13 Atribuição / Uso não-comercial / Não a obras derivadas
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São ondas com componentes elétricos e magnéticos;
Nas figuras abaixo, temos uma representação gráfica de uma radiação eletromagnética:
hc
E
Onde:
h é a constante universal chamada constante de Planck e cujo valor é h = 6,63 X 10-34 J.s(Joule x
segundo);
c é a velocidade da LUZ e é o comprimento da onda.
Ao conjunto de todas as radiações eletromagnéticas chamamos de: ESPECTRO
ELETROMAGNÉTICO
Ex:
Rádio e TV
Microondas
Infravermelho (calor)
Luz visível (vermelho ao violeta)
Ultravioleta
Raios X
Raios gama
a) ORIGEM NUCLEAR
Possuem origem no NÚCLEO do átomo instável.
Ex: Radiações alfas, betas, nêutrons e gama.
Obs: Estas radiações são as chamadas RADIOATIVAS, pois são conseqüência do fenômeno da
RADIOATIVIDADE
(Gama)
Núcleo Instável
b) ORIGEM ATÔMICA
Possuem origem na ELETROSFERA atômica devido a transições eletrônicas e/ou colisões entre
partículas carregadas
Ex: Raios X, Ultravioleta, Luz visível, calor,...
a) RADIAÇÕES IONIZANTES
São aquelas radiações que produzem íons na matéria com a qual interagem.
Ex: Raios Gama, RAIOS X, Ultravioleta, Radiações alfas, betas e de nêutrons.
Interação
b) RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES
Estas radiações apenas depositam suas energias no meio, normalmente causando uma excitação
atômico-molecular.
Ex: Todas as demais radiações do espectro eletromagnético.
Radiações em Celulares
Tem havido recentemente especulações de que o uso de telefones celulares possa estimular o
crescimento de tumores cerebrais na região da cabeça próxima à antena.
(Fischetti, M., The Cellular Phone Scare, IEEE Spectrum, 43-47 June 1993)
A maneira mais eficiente de se proteger dessas radiações dos telefones celulares é, sem dúvida, a
instalação, quando possível, de uma antena externa. Ao transferir toda a potência de transmissão para
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essa antena,estrategicamente localizada longe do aparelho, além de propiciar uma comunicação de muito
melhor qualidade, estaremos poupando o usuário de radiações que podem ser perigosas.
Além dessa solução, existe ainda a possibilidade de se usar protetores contra radiação fixa ao
aparelho, que são dispositivos cerâmicos absorvedores de ondas eletromagnéticas.
Há um método, desenvolvido pelo cientista japonês Y. Omura e denominado "Bi-digital O-Ring
test", que é capaz de mostrar uma diminuição considerável (no mínimo 70 %) dos efeitos nocivos ao
homem quando da instalação de uma antena externa no aparelho celular, e que também demonstra a
proteção exercida pelos absorvedores.
Conheça o protetor WaveShield que bloqueia até 97% das radiações.
Links úteis:
USA - FCC - Information on Human Exposure to Radiofrequency Fields from Cellular and PCS
Radio Transmitters
Austrália: Mobile Telephone Communication Antennas: Are They a Health Hazard?
Nova Zelândia - The Electromagnetic Radiation Health Threat
Medical College of Wisconsin - Cellular Phone Antennas and Human Health
Radiografia
Medicina Nuclear
Mamógrafo
Cintilógrafo
Ultra-som
Densitômetro
Tomógrafo
Angiografia
Fonte radioativa
para área industrial
Radiologia
industrial
2.1. APRESENTAÇÃO
Em Novembro de 1895, Wilhelm Conrad RoentgenP, fazendo
experiências com raios catódicos (feixe de elétrons), notou um brilho
em um cartão colocado a pouca distância do tubo. Notou ainda que o
brilho persistia mesmo quando a ampola (tubo) era recoberta com
papel preto e que a intensidade do brilho aumentava à medida que se
aproximava o tubo do cartão. Este cartão possuía em sua superfície
uma substância fosforescente (platino cianeto de bário).
Roentgen concluiu que o aparecimento do brilho era devido a
uma radiação que saia da ampola e que também atravessava o papel
preto. A esta radiação desconhecida, mas de existência comprovada,
Roentgen deu o nome de raios-X, posteriormente conhecido também
por raios Roentgen.
Roentgen constatou também que estes estranhos raios podiam
atravessar materiais densos, em um desses resultados ele pode
visualizar os ossos da mão de sua mulher.
1ª Radiografia
Laboratório de Roentger
2.2.1.1. CATODO
É o pólo (ou eletrodo) negativo do tubo de
raios-X. Dividindo-se em duas partes: Filamento
catódico e capa focalizadora ou copo de foco
(cilindro de Welmelt).
a) Filamento Catódico
Tem forma de espiral, construído em
tungstênio e medindo cerca de 2mm de diâmetro, e 1
ou 2 cm de comprimento. Através dele são
produzidos os elétrons, quando uma corrente atravessa o filamento. Este fenômeno se chama emissão
termiônica. A ionização nos átomos de tungstênio ocorre devida ao calor gerado e os elétrons são
emitidos.
O tungstênio é utilizado porque possui um alto ponto de fusão, suportando altas temperaturas
(cerca de 3.400 °C). Normalmente os filamentos de tungstênio
são acrescidos de 1 a 2% de tório, que aumenta eficientemente
a emissão termiônica e prolonga a vida útil do tubo.
c) Foco Duplo
A maioria dos aparelhos de raios-X diagnóstico, possui
dois filamentos focais, um pequeno e um grande. A escolha de
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um ou outro é feita no seletor de mA, no
painel de controle. O foco menor abrange
uma faixa de 0,3 a 1,0 mm e o foco maior, de Copo de Foco
2,0 a 2,5 mm. Ambos os filamentos estão
inseridos no copo de foco.
O foco menor e associado ao menor
filamento e o maior, ao outro. O foco menor
ou foco fino (2), permite maior resolução da
imagem, mas também, tem limitado a sua
capacidade de carga ficando limitado as
menores cargas . O foco maior ou foco
grosso (1), permite maior carga, mas em
compensação, tem uma imagem de menor
resolução.
Filamento
Catódico
Foco grosso
Foco fino
Catodo
Exemplo de uma
ampola com anodo
giratório
d) Aquecimento do anodo
O anodo giratório permite uma corrente mais alta
pois os elétrons encontram uma maior área de impacto.
Com isso o calor resultante não fica concentrado apenas
em um ponto como no anodo fixo. Fazendo a comparação
de ambos, num tubo com foco de 1mm, temos: no anodo
fixo a área de impacto (alvo) é de aproximadamente 1mm
x 4mm = 4mm².
No anodo rotatório de diâmetro de 7 cm, o raio de
impacto é de aproximadamente 3 cm (30 mm). Sua área
alvo total é aproximadamente 2 x π x 30mm x 4mm =
754mm². Portanto, o anodo rotatório permite o uso de
área uma centena de vezes maior que um anodo fixo, com
mesmo tamanho de foco.
A capacidade de carga é aumentada com o
número de rotações do anodo. Normalmente a
capacidade de rotação é de 3.400 rotações por minuto. Existe anodo de tubos de maior capacidade que
giram a 10.000 rpm.
Depressões no
anodo causadas
por
superaquecimento
Raios X
C A
Raios X
Filtro
2.7. OBSERVAÇÕES
a) A KILOVOLTAGEM – kV:
É a tensão aplicada no tubo;
b) O KILOVOLTPICO (kVp):
É a tensão máxima aplicada no tubo que determina a energia do fóton mais energético em keV
(Kiloeletronvolt) não representa a energia efetiva do feixe que está em torno de 30% a 40% do valor do
kVp;
c) O RETIFICADOR:
Transforma CORRENTE ALTERNADA (CA) em CORRENTE CONTÍNUA (CC);
g) FILTRAGEM
A filtragem do feixe aumenta a energia média do feixe, pois retira radiação com pouco poder de
penetração “raios X moles”.
h) TEMPO DE EXPOSIÇÃO:
Em radiografias, a exposição é iniciada pelo operador do equipamento e terminada depois que se
esgota o tempo selecionado previamente.
Em fluoroscopia, a exposição é iniciada e terminada pelo operador, mas há um indicador do
tempo de exposição acumulado que emite um sinal sonoro após 5 minutos de exposição.
Os temporizadores e botões de controle ajustados pelo operador ativam e desativam a geração de
raios X acionando dispositivos de chaveamento que pertencem, ao circuito primário do gerador.
CONCLUSÃO
3.3.1. ESPESSURA
É uma relação intuitivamente óbvia: um pedaço
de material “grosso” absorve mais radiação X do que um
pedaço “fino” do mesmo material.
3.3.2. DENSIDADE
Elementos mais densos (maior quantidade de
matéria por unidade de volume) absorvem mais que os
menos densos, como por exemplo a água (que absorve
mais) do vapor de água. O estado de agregação dos
átomos do meio favorece esta absorção.
EFEITO NA
IMAGEM
RADIOGRÁFICA
COM O AUMENTO
DO kV
60kV e 50mAs
70kV e 50mAs
80kV e 50mAs
3.3.6.3. OBSERVAÇÕES
1. A maioria das radiações menos energéticas irão somente adicionar-se à dose absorvida
pelo paciente;
2. A filtragem necessária depende fundamentalmente da kilovoltagem aplicada;
3. A inserção de filtros “endurece” o feixe;
4. A filtragem pode ser especificada em termos de equivalente de alumínio, ou seja, em
termos da espessura de alumínio que produziria a mesma filtragem.
3.3.7. COMPOSIÇÃO DO OBJETIVO ANÓDICO
O material que compõe objetivo também influi na absorção.
Na maioria das aplicações médicas são usados objetivos de Tungstênio enquanto que em
Mamógrafos são usados objetivos de Molibdênio (que produzem uma maior porcentagem de radiação de
baixa energia, facilmente absorvidos).
C DO1 DO2
O contraste do sujeito depende dos fatores que afetam a absorção dos Raios X.
3.6.1. MILIAMPERAGEM
Aumentando-se a miliamperagem aumenta-se a intensidade de Raio X sem no entanto afetar o
contraste do sujeito que se mantém com a mesma proporção (ou seja as diversas intensidades de Raios X
que emergem do corpo continuam a manter a mesma relação entre si).
EFEITO NA IMAGEM
RADIOGRÁFICA COM O
AUMENTO DO mAs
70kV
25mAs
70kV
50mAs
70kV
80mAs
3.6.3. KILOVOLTAGEM
Uma mudança na quilovoltagem resulta em uma mudança no poder de penetração dos Raios X,
modificando assim a intensidade total do feixe que incide no paciente e também o contraste do sujeito.
Como já foi dito anteriormente.
3.10. MOVIMENTO
O movimento, tanto das estruturas sendo radiografadas quanto do equipamento de exposição,
contribui para a borrosidade da imagem. Duas regras devem ser seguidas: Imobilizar a parte radiografada
e reduzir o tempo de exposição.
Radiação Primária
Objeto radiografado
Radiação dispersa,
espalhada ou
secundária
Filme
Radiação Transmitida
4.4.1.2. CILINDROS
São tubos metálicos que podem fornecer campos retangulares ou circulares.
A R
X
C
Onde:
X é a largura do campo projetado no chassi;
A é à distância da fonte ao plano do receptor de imagem;
B é a largura da abertura do dispositivo limitador de feixe;
C é a distância entre a fonte e a abertura menor ou de controle do dispositivo limitador de feixe.
Ex: A= 105 cm, B= 10 cm, C= 30 cm. Usando a fórmula, o diâmetro do campo projetado seria:
105 10
X
30
X=35 cm
4.4.3. GRADES
A grade é um dispositivo formado por tiras alternadas de chumbo e material espaçador
radiotransparente (fibra ou alumínio) que é escolhido para ter baixa absorção de Raios X. As tiras de
chumbo absorvem radiação dispersa aleatória enquanto que os espaçadores permitem a passagem do
feixe primário.
As tiras podem ser paralelas entre si (grade paralela) ou anguladas de forma que convertam a um
ponto (grade enfocada). A distância do ponto focal à grade é chamada de distância focal ou foco radial.
4.4.4. ESPAÇO DE AR
Quando o paciente está perto do
receptor de imagem, muita radiação
dispersa será transmitida ao receptor.
Quando o paciente se afasta do receptor, a
quantidade de radiação dispersa que o
atinge é reduzida.
Lembremos que o uso de espaços
de ar implica na ampliação da imagem daí
a necessidade de se usar um filme maior.
A borrosidade geométrica produzida por
uma maior distância entre o objeto e o
chassi pelo espaço de ar, pode ser
compensada pela melhora do contraste do
sujeito devido uma menor dispersão.
4.6.2. INTENSIFICAÇÃO
Como o próprio nome já diz, écrans intensificadores intensificam o efeito fotográfico dos raios X.
Por serem mais espessos e mais absorventes, eles extraem mais fótons de raios X do feixe multiplicando
um quantum em centenas de fótons de luz que são mais facilmente absorvidos pelo filme.
A combinação de fatores permite que a exposição seja reduzida.
As vantagens de se reduzir a exposição são:
Diminuição da borrosidade devido ao movimento do paciente;
Redução da dose absorvida em pacientes e profissionais (por radiação dispersa);
Maio tempo de vida útil para o tubo de Raios X;
Maior flexibilidade na seleção de quilovoltagem o que permite um melhor ajuste do
contraste do sujeito;
Diminuição da borrosidade geométrica.
Chassi 13x18cm e
Chassi 24x30
18x24cm
e 35x35cm
Chassi 30x40cm
Chassi 35x43cm
O kV determina o contraste.
O contraste é responsável pela imagem preta e branca na radiografia, muito contraste significa
uma imagem preta, chamada popularmente de “queimada”, e pouco contraste significa uma imagem
branca; o mAs é responsável pela densidade. Densidade é aquela imagem referente ao contorno da
estrutura do osso, ou seja, numa imagem de um RX de uma perna, o contorno que aparece como sendo dos
músculos e tudo o que não for osso, significa que houve pouca densidade. A densidade é responsável pela
eliminação de partes moles, portanto, se o técnico quiser produzir uma imagem óssea com bastante
detalhe e qualidade, deve colocar mais mAs e menos kV.
O mAs é resultado da multiplicação do valor colocado no comando (a mA), pelo valor colocado no
comando do S (tempo). Se o botão do mA estiver no 200 e o botão do S no 0,25 segundos, o mAs será igual
a 50, se colocar o mA no 500 e o tempo no 0,10, também terei 50 mAs. Esse método é usado para diminuir
o borramento da imagem, ou seja, a imagem não sai tremida. O principio dessa técnica é diminuir o tempo
sem alterar o valor do mAs, pois quando maior o tempo mais chance o paciente tem para se mexer
durante a produção da imagem.
Quando o exame é designado para partes moles – tudo o que não for osso – usa-se pouco mAs e
muito kV, e quando a imagem ideal é a do osso, usa-se pouco kV e muito mAs. Alguns físicos defendem que
o muito uso do mAs, gera uma forte radiação ao paciente. É verdade que a quantidade aumenta, mAs nada
de tão exagerado a ponto de prejudicar a saúde do paciente, e a qualidade de imagem é compensadora.
Ao contrário do que alguns afirmam, a maneira de descobrir a quantidade de kV a ser colocada, é
descoberta por uma ciência, a matemática. Para o cálculo do kV é usada a fórmula:
kV 2e K
K KV 2e
Essa fórmula será mais discutida a frente. Então teremos para RX de tornozelo com espessura = 9
cm. e K = 25, o exemplo:
kV 2e K
kV 9 2 25
kV 18 25
kV 43
O mAs é calculado através de outras fórmulas, cada uma a ser empregada de acordo com a região.
Para descobrir o mAs de exames ortopédicos referentes a extremidades – regiões situadas nas pontas dos
membros. A saber: MMSS: Falanges, mão, punho, antebraço e cotovelo. MMII: Ante-pé, pé, tornozelo e
perna, feitos sem bucky. Deve-se usar o valor do KV dividindo por três, exemplo.:
kV
mAs
3
Para descobrir o valor do mAs para essas extremidades, incluindo o joelho, o crânio, o Hemi tórax,
o ombro, o úmero, a clavícula, esterno e fêmur, usa-se o valor do KV dividindo-o por dois, então temos:
kV mAs
107 1,6
97 3,2
87 6,4
O mesmo é válido para situações similares para outras partes do corpo, em que o aparelho não
proporcionar o uso correto da técnica.
Essa técnica pode também ser usada para melhorar a qualidade da imagem já que aumentando o
mAs, elimina-se as partes moles, obtendo- se mais detalhe do osso.
É necessário prestar atenção na distância real da ampola em relação ao filme. O ponto referente a
um metro no marcador de distância da ampola, geralmente está relacionado à DFoFi da ampola à grade,
portanto quando o chassi fica em cima da mesa, a distância é reduzida geralmente em 1 metro. Nesse caso
é necessário aumentar a distância em aproximadamente 10 cm, para compensar.
O ponto correto de medição da ampola é a aproximadamente 4 cm, acima da sua parte redonda
lateral. Deste local mede-se um metro até a grade, ou até a mesa.
A constante é o valor mais difícil de descobrir. O seu valor depende de adequar os valores obtidos
pedidos na sua fórmula de cálculo. A fórmula é:
K KV 2e
Deve-se conferir:
a. Se o valor do kV está correto;
b. Se o valor do mAs está dentro da relação kV/mAs usada nas fórmula apresentadas acima.
Ex.: Em um exame de mão foi usado 41 kV com 5 mAs. A mão é feita sem bucky, portanto extraído o kV,
deve-se dividir por 3 e achar o valor do mAs, e 41 dividido por 3, obviamente não é 5. Neste caso deve-se
adequar a fórmula aos padrões corretos, o método a ser usado será explicado a frente;
c. Se a DFoFi está correta. No exemplo acima a ampola pode estar a 90 cm. de distância do
chassi, sendo necessário adequar as nossas normas, aumentando a distância e adicionando 4 kV;
d. Se a espessura do paciente está correta. A maneira mais simples de descobrir a constante
é extraindo-a de um exame de coluna lombar em decúbito. Pacientes idosos, principalmente mulheres, são
propensos a terem osteoporose, nesse caso deve-se levar em consideração a perda de cálcio nos ossos, o
que faz com a radiografia saia escura. Para evitar que o exame seja repetido, deve-se abaixar a técnica em
aproximadamente 5% do valor do kV. O mesmo é indicado para pacientes orientais, devido a
característica de sua raça. Em pacientes de cor, segue-se o contrário. O fenômeno não tem nada haver com
a pigmentação da pele e sim com a característica de raça, por serem mais musculosos. Deve-se aumentar a
técnica em 5 kV.
Em paciente com gesso, deve-se aumentar em média 10 kV, devido a densidade acrescentada pelo
gesso. Vale a pena observar se o gesso envolve todo o local a ser radiografado, ou se é só em partes. Em
um Raios-X de tornozelo, a parte posterior normalmente está com gesso, a anterior não.
Radiografias com o cilindro de extensão, deve-se aumentar de 6 a 8 kV, mAs só se o cilindro
estiver encostado na parte a ser radiografada. O cilindro alinha os raios, evitando a radiação dispersa,
diminuindo a intensidade.
De uma radiografia com grade para outra sem grade, diminuir 8 a 10 kV, e vice-versa. A grade tem
uma espessura que requer mais técnica.
Efeito Anódico:
Quanto mais a estrutura estiver próxima ao cátodo, mais concentrado estará a atenuação dos
Raios-X, fazendo com tenha mais penetração no seu lado. A diferença entre um lado e outro é grande,
chegando em quase 50% de diferença, por isso o efeito deve ser usado em exames que a estrutura a ser
examinada tenha o formato cuneiforme - comece fino e termine grosso –. O cátodo fica sempre no lado do
comando do aparelho, e geralmente é identificado com o sinal negativo (-) na saída dos fios na ampola. O
anodo fica na direção da estativa e é identificado com o sinal positivo (+) também na saída dos fios da
ampola. Portanto, quando o exame for de qualquer coluna, o paciente deve sempre ficar com a cabeça em
direção do anodo (na estativa) e os pés no lado do cátodo (no comando), e quando o exame for de quadril,
Podem-se produzir cópias de um filme já radiografado. Para isso basta colocar dentro do chassi,
no lado onde não vai radiação, um filme totalmente velado e revelado (preto), depois outro filme, por cima
deste, virgem, e por último o filme a ser copiado. Depois de fechado, o chassi é levado à mesa de Raios-X e
irradiado com uma técnica de mão. Revelado a imagem copiada estará no positivo, ou seja, fundo branco e
imagem preta, ao contrário do original, de fundo preto e imagem branca.
A técnica pode variar de parelho a aparelho, podendo ser alterada para mais ou menos.
Institui e normatiza as atribuições do Técnico e Tecnólogo em Radiologia na especialidade de radiodiagnóstico nos setores
de diagnóstico por imagem, revoga a Resolução CONTER n.º 39, de 17 de agosto de 1992 e dá outras providências.
O CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, conferidas pela Lei
n.º 7.394, de 29 de outubro de 1985, artigo 16, inciso V do Decreto n.º 92.790, de 17 de junho de 1986 e o artigo 9º, alínea "q" do
Regimento Interno do CONTER.
CONSIDERANDO o disposto no artigo 1º, inciso I da Lei 7.394/85 e artigo 2º, inciso I do Decreto 92.790/86;
CONSIDERANDO que compete exclusivamente ao Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia normatizar sobre o exercício da
profissão dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia;
CONSIDERANDO que no artigo 5º, inciso XIII da Constituição Federal, versa que: "é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer";
CONSIDERANDO o avanço da tecnologia radiológica nos diversos setores de diagnóstico por imagem;
CONSIDERANDO a responsabilidade dos Conselhos Nacional e Regionais de Técnicos em Radiologia perante a sociedade e
instituições como um todo, no que se refere a radioproteção e a qualidade dos serviços oferecidos à comunidade.
CONSIDERANDO que tal exigência visa preservar a sociedade que, submetida ao diagnóstico por imagem nos diversos meios de
execução de exames não se exponha desnecessariamente a qualquer tipo de radiação, objetivando garantir sua saúde e integridade
física, direito fundamental do ser humano que não pode ser relegado a um segundo plano e não pode ser entregue a quem não
detenha conhecimento e habilitação necessária;
CONSIDERANDO o Processo Administrativo CONTER n.º 89/2000 e os trabalhos da Comissão nomeada pela Portaria CONTER n.º
23/2000.
CONSIDERANDO o decidido na II Reunião Plenária Extraordinária, realizada nos dias 26 e 27 de abril de 2001.
RESOLVE:
Art. 1º - Instituir e normatizar as atribuições do Técnico e Tecnólogo em Radiologia na especialidade de radiodiagnóstico, nos
setores de diagnóstico por imagem.
Art. 2º - Compreende-se como setores de diagnóstico por imagem, nas diversas áreas do conhecimento, as especialidades de:
a. radiologia convencional;
b. mamografia;
c. hemodinâmica;
d. tomografia computadorizada;
e. densitometria óssea;
f. radiologia odontológica;
g. ressonância magnética nuclear;
h. ultra-sonografia;
i. litotripsia.
Art. 3º - Compete ao Técnico e Tecnólogo em Radiologia no setor de diagnóstico por imagem realizar procedimentos para geração de
imagem, através de operação dos equipamentos específicos nas especialidades definidas no artigo 2º da presente Resolução.
Art. 4º - Os procedimentos de obtenção de imagem nas unidades de enfermaria, unidades de terapia intensiva, centro cirúrgico e
ainda nas unidades externas ao departamento de diagnóstico por imagem obtidas por meio de equipamentos radiológicos ficam
definidos como especialidade de radiologia convencional.
Art. 5º - Os procedimentos na área de radiologia veterinária ficam também definidos como especialidade de radiologia convencional.
VALDELICE TEODORO
Diretora Presidente do CONTER
ELIAS FONSECA
Diretor Tesoureiro do CONTER
Institui e normatiza as atribuições do Técnico e Tecnólogo em Radiologia na área de Radiologia de Salvaguardas e dá outras
providências.
O CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, conferidas pela Lei
n.º 7.394, de 29 de outubro de 1985, artigo 16, inciso V do Decreto n.º 92.790, de 17 de junho de 1986 e o artigo 9º, alínea "q" do
Regimento Interno do CONTER.
CONSIDERANDO o disposto no artigo 1º, inciso IV da Lei n.º 7.394/85 e artigo 2º, inciso IV do Decreto n.º 92.790/86;
CONSIDERANDO que compete exclusivamente ao Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia normatizar sobre o exercício da
profissão dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia;
CONSIDERANDO que no artigo 5º, inciso XIII da Constituição Federal, versa que: "é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer";
CONSIDERANDO a responsabilidade dos Conselhos Nacional e Regionais de Técnicos me Radiologia perante a sociedade e
instituições como um todo, no que se refere a radioproteção e a qualidade dos serviços oferecidos à comunidade no setor de
radiologia de Salvaguardas;
CONSIDERANDO que tal exigência visa preservar a sociedade que não se exponha desnecessariamente a qualquer tipo de radiação
ionizante, objetivando garantir sua saúde e integridade física, direito fundamental do ser humano que não pode ser relegado a um
segundo plano, sendo entregue a quem não detenha conhecimento e habilitação necessária;
CONSIDERANDO o Processo Administrativo CONTER n.º 89/2000 e os trabalhos da Comissão nomeada pela Portaria CONTER n.º
24/2000.
CONSIDERANDO o decidido na II Reunião Plenária Extraordinária, realizada nos dias 26 e 27 de abril de 2001.
RESOLVE:
Art. 1º - Instituir e normatizar as atribuições exclusivas do Técnico e Tecnólogo em Radiologia na área de Radiologia de
Salvaguardas.
Art. 2º - Compete aos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia na especialidade de Salvaguardas, junto a equipamentos geradores de
imagens radiológicas:
I. acionar e operar o equipamento;
II. executar o protocolo de preparo para início e término da atividade diária do equipamento;
III. fazer o controle de todas as funções do equipamento durante todo o período de operação do mesmo;
IV. cuidar para que as normas de proteção radiológica do equipamento e dos indivíduos sejam atendidas;
Art. 3º - Para obterem registro no Sistema CONTER/CRTRs, os profissionais que executam as Técnicas em Radiologia de
Salvaguardas deverão comprovar que estão habilitados pelo Sistema Educacional Brasileiro, de acordo com a legislação em vigor.
§ 1º - Poderão ser inscritos no Sistema CONTER/CRTRs os profissionais que atualmente exercem as atividades inerentes ao Técnico
em Radiologia em Salvaguardas, que possuam segundo grau completo ou equivalente e comprovem o exercício da função há pelo
menos 3 (três) anos.
§ 2º - Os profissionais que exercem as atividades inerentes aos Técnicos em Radiologia em Salvaguardas, sem registro nos Conselhos
Regionais, poderão ter suas inscrições aceitas, desde que comprovem o previsto no parágrafo anterior.
Art. 4º - Os documentos necessários para comprovação do exercício profissional para o caso dos parágrafos 1º e 2º do artigo
anterior estão relacionados na Instrução Normativa desta Resolução.
VALDELICE TEODORO
Diretora Presidente do CONTER
ELIAS FONSECA
Diretor Tesoureiro do CONTER
O CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, conferidas pela Lei
n.º 7.394, de 29 de outubro de 1985, artigo 16, inciso V do Decreto n.º 92.790, de 17 de junho de 1986 e o artigo 9º, alínea "q" do
Regimento Interno do CONTER.
CONSIDERANDO o disposto no artigo 1º, inciso II da Lei n.º 7.394/85 e artigo 2º, inciso II do Decreto n.º 92.790/86;
CONSIDERANDO que compete exclusivamente ao Conselho Nacional de Técnicos em Rradiologia normatizar sobre o exercício da
profissão dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia;
CONSIDERANDO que no artigo 5º, inciso XIII da Constituição Federal, versa que: "é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer";
CONSIDERANDO o avanço da tecnologia radiológica nos diversos setores da radiologia na área de Radioterapia;
CONSIDERANDO a responsabilidade dos Conselhos Nacional e Regionais de Técnicos em Radiologia perante a sociedade e
instituições como um todo, no que se refere a radioproteção e a qualidade dos serviços oferecidos à comunidade no setor de
radiologia na área de radioterapia;
CONSIDERANDO que tal exigência visa preservar a sociedade, objetivando garantir sua saúde e integridade física, direito
fundamental do ser humano que não pode ser relegado a um segundo plano, sendo entregue a quem não detenha conhecimento e
habilitação necessária;
CONSIDERANDO o Processo Administrativo CONTER n.º 89/2000 e os trabalhos da Comissão nomeada pela Portaria CONTER n.º
23/2000.
CONSIDERANDO o decidido na II Reunião Plenária Extraordinária, realizada nos dias 26 e 27 de abril de 2001.
RESOLVE:
Art. 1º - Instituir e normatizar as atribuições exclusivas do Técnico e Tecnólogo em Radiologia na especialidade de Radioterapia.
Art. 2º -Compete aos São considerados Técnicos e Tecnólogos em Radiologia na especialidade de Radioterapia atuar junto aos
equipamentos emissores de radiação os profissionais que operam emem atividades com:
a. Aceleradores Lineares;
b. Irradiadores com fontes radioativas seladas (coCobalto);
c. Roentgenterapia;
d. Braquioterapia;
e. Radioimplante;
f. Betaterapia;
g. Tratamento de Pterígeo;
h. Simulador com escopia;
i. Planejamento técnico, cheque-filme;
j. Confecção de Máscara ou Bloco de Colimação;
k. Moldagem.
Art. 5º - Compete ao Técnico e Tecnólogo operar com eficiência todos os procedimentos radioterápicos, desenvolvendo suas funções
junto a equipe multidisciplinar, respeitando as atribuições dos demais profissionais.
Art. 6º- Devem o Tecnólogo e o Técnico em Radiologia na especialidade de radioterapia, pautar suas atividades profissionais
observando rigorosa e permanentemente as normas legais de proteção radiológica, bem como o Código de Ética Profissional.
VALDELICE TEODORO
Diretora Presidente do CONTER
ELIAS FONSECA
Diretor Tesoureiro do CONTER
mA0 T
mA T0
mAs mA0 T0
2
T D
2
T0 D0
Exemplo 1 – Vamos supor que o tempo de exposição inicial seja de 2s e a distância seja de
100cm. Que tempo seria necessário para uma distância de 75cm?
2
T D
2
T0 D0
T 75 2
2 100 2
2 5625
T
10000
T 1,125 s
Exemplo 2 – Supondo que o tempo de exposição inicial seja de 0,5s e a distância seja de 1,83m.
Deseja-se diminuir o tempo de exposição para 0,1s. Qual será a nova distância solicitada?
2
T D
2
T0 D0
0,1 D 2
0,5 1,83 2
0,1 3,35
D2
0,5
D2 0,68
D 0,68 0,82
D 82 cm
Exemplo 1 – Vamos supor que são necessários 100mAs para se produzir uma exposição, a uma
distância de 1,83m. Qual a distância necessária para se reduzir a 25mAs?
mAs D2
mAs 0 D02
25 D2
100 1,83 2
2 25 1,83 2
D
100
D2 0,83
D 0,83
D 0,91m
Exemplo 2 – Vamos supor que os fatores normais para uma radiografia da pélvis seja uma
distância de 100cm com mAs de 100. O paciente não pode ser removido para uma mesa, e a altura da
cama permite uma distância máxima de somente 88cm. Qual será o novo mAs necessário?
mAs D2
mAs 0 D02
mAs 88 2
100 100 2
7744 100
mAs
10000
mAs 77 ,4
Mudanças de Quilovoltagem.
Uma mudança na quilovoltagem requer uma
compensação na exposição (mAs ou distância). Entretanto
um aumento na quilovoltagem reduz o contraste do
sujeito. Como é uma relação complexa estes parâmetros
devem ser determinados através da prática.
1. RUECAS, Jesus. Grande Compêndio de Enfermagem São Paulo; Sivadi Editorial, 1998.
2. Livro do CD: Bontrager livro digital 5º edição
3. http://www.odontosites.com.br/Orientando/radiografiapanoramica
4. http://www.fapes.net
5. http://www.apcd.org.br
6. http://ortodontista.odo.br
7. Scaff, Luiz Alberto Malagutti. 1947 – Bases físicas da radiologia: diagnóstico e terapia / Luiz A. M. Scaff –
São Paulo : SARVIER, 1979
8. Fundamentos de Radiografia – Eastman Kodak Company – 1980
Você pode:
1. Copiar, distribuir, exibir e executar a obra
Sob as seguintes condições:
1. Atribuição: Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor;
2. Uso não-comercial: Você não pode utilizar esta obra cm finalidades comerciais;
3. Vedada a criação de obras derivadas: Você não pode alterar, transformar ou criar outra obra com base
nesta;
4. Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para os outros os termos da licença desta
obra;
5. Qualquer uma destas condições pode ser renunciada, desde que Você obtenha a permissão do autor