Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Para Klein, uma hora o desenvolvimento oscila entre posição depressiva e a posição esquizo. Para
Winnicott, a gente tem uma linhagem de maturidade. Então o indivíduo vem da dependência absoluta,
passa para dependência relativa e por último rumo a dependência.
Estados de integração
Não-integração e
Desintegração
Objeto transicional é aquele que faz a passagem, a transição. Tem muito mais coisa aqui.
Para Klein, a criança já nasce tomada por pulsão de morte e seu ego e cindido, para ela isso é uma
coisa inata. Para Winnicott não, ele não acredita em pulsão de morte, o termo mais usado da Klein por
ele vai ser da posição depressiva.
Para ele o individuo já nasce com uma tendência a integração (por isso discorda do termo pulsão de
morte) e a gente só vai se integrar se o ambiente oferecer condições para essa integração. Se oferecer
o cuidado, o manejo, o suporte, estado de confiança para que esse individuo madureça. Se o ambiente
não oferece esse suporte a criança não se desenvolve plenamente.
O primeiro psicanalista a falar de ambiente, Klein fala de seio bom, mas algo subjetivo, ela não fala do
ambiente em si.
A clínica Winnicotiana não é uma clínica de intepretação como da Klein e sim de cuidado. Você
possibilita que o individuo se desenvolva oferecendo o cuidado para ele. Ex do caso da mulher que se
cobre toda.
Primeiro você tem que integrar o ego, por isso o cuidado, para depois interpretar. Para Winnicott so
vai haver desenvolvimento a partir desse estado de confiança.
Para Winniccot o processo de desenvolvimento também é linear, como para Freud (fase oral, anal,
fase fálica...), para ele o bebê nasce totalmente dependente da mãe, depois tem uma dependência
relativa e por último rumo a independência. Por que o ser humano nunca será totalmente
Para ele no início não existe bebe, existe uma fusão (mãe e bebe). O bebe não existe sem a mãe, ele é
totalmente dependente. Essa mãe vai apresentando o mundo para esse bebe, que vai interpretando
e ganhando autonomia.
O bebê precisa de um ambiente que ofereça cuidado suficientemente bons, então ele diz que por mais
que nascemos com uma tendência a integração ao ambiente é necessário nesse processo. Mas tem
pessoa que nasce em um ambiente totalmente ruim e não se desintegra.
Os não integrados, eles têm partes desassociadas, ex os borderline (eles estão no limite entre a psicose
e a neurose)
Só vai desintegrar total quem é não integrado, quem é integrado, recebeu um cuidado suficiente bom
não se desintegrar. Se ele é integrado sofre uma crise, ele vai para o não integrado. (ex adolescente
em vestibular, crise de ansiedade).
Só vai para o desintegrado, quem não integrou. Ou seja, não recebeu um cuidado suficiente do
ambiente, sofre uma crise vai para o não desintegrado. (coringa)
As vezes quando cair para não integrado, vive uma dependência absoluta.
Amadurecimento não é sinônimo de progresso. (ex velhos que querem ser novos). Amadurecer
significa a possibilidade de regredir, para resgatar pontos que ficaram perdidos. (ex criança que ganha
o irmão, aí o bebê começa a falar como neném).
O cara que não está integrando, ele vai se desintegrar perante a qualquer situação.
Tudo no começo para o bebê é criação dele. (eu ganhei esse leite, eu que fiz ele), que é o narcisismo
primário para Freud. É esse bebê precisa passar pela frustação.
Se a criança está no mundo subjetivo dela e no exterior está o objeto. Como que a criança vai realizar
essa passagem para aquilo que ela acha que é, para o que é de verdade?
Existe uma área intermediaria entre os dois, uma área transicional, então nesse momento a
criança escolhe um objeto, um bichinho, um pano, para suportar a frustação, a ausência da
mãe. O objeto transicional representa a mãe. Ele representa essa transição, ele não interno
nem externo, ele faz a passagem, faz a transição. (bebê segurando a fraldinha para amenizar
a saudade da mamãe). Algo, objeto, que faz a gente suporta por exemplo em um momento de
angústia.
Religião na vida adulta é um objeto transicional, porque ela faz essa passagem do interno para
externo.
O objeto não é dado, ele é escolhido pela criança.
Criança que não tem objeto transicional, ela tem fenômeno transicional, que é a mesma coisa, então
ela vai dormir fica mexendo no cabelo, o cantar ao dormir, uma música que ajuda a superar (por
exemplo em fim de relacionamento, a mesma música sempre). É uma passagem do mundo interno
para o mundo externo.
Isso a ajuda na fusão do bebê e a mamãe, agora com objeto e quando criança não tem um objeto ela
criar um fenômeno transicional.
É um objeto ou fenômeno que a criança dar um significado. É usado tal como se fosse a mãe, só se
for uma mãe presente, se não tem, a criança não tem objeto transicional.
O sujeito pode se tornar dependente de um objeto se não tiver essa mãe presente, se tornar parte dele,
aí seria um apoio de ego.
Objeto de fetiche – quando a criança se apega demais ao objeto, é patológico. Exemplo uma pessoa
que madurece, cresce e gasta todo dinheiro com sapato, ela se apega um objeto para suprir a falta que
é emocional.
Lenço que Winnicott deu para paciente. Você sente a presença na ausência. O analista pode ser o
objeto transicional.
Se mãe fica muito tempo ausência, o objeto transicional perde o valor para criança, ela desapega.
O objeto perde valor quando não faz mais sentindo para criança.
Quando a criança não teve esse objeto transicional, ela perde a criatividade, vai ser muito limitada.
FALSO SELF
Quando a criança se adapta muito ao meio, ela deixa de ser ela mesma e assim cria um falso self.
Então tem que descascar esse falso self para aparecer o verdadeiro self.
Falso self é uma defesa do indivíduo, que ao ser ataca pelo ambiente recua e cria um falso self, falso
self tem sempre a função de proteger o verdadeiro. Por exemplo, quando se adaptamos a uma
empresa, nosso verdadeiro self fica protegido, a gente cria uma personalidade falsa.
Agora tem pessoas que assume personalidade falsa para si mesmo e para sempre. Isso deixa a pessoa
doente, pois ela perder contato com ela mesma, e fica dissociada.
Oque diferencia o falso self normal do patológico é o nível de dominação. (EX você está em lugar que
não pode ser você mesmo, você se adapta, tudo bem, mas quando a pessoa vive se adaptando o
tempo todo, ai já é patológica.
Id tem a ver com falso self, a gente não tem como ser a gente mesmo o tempo todo. Falso self não se
sustenta, ele vai se quebrando.
O falso self, ele não pode ser ele mesmo por que ele estava atendendo a uma demanda externa.
Clonica winnicotiana ele trás o sujeito para seu lado autônomo, mudando sua forma de enxerga o
mundo, se liberta.