Você está na página 1de 1

Esculturas e Procuras

Esculpo o poema entre realidade e sonho.


Sou princesa à minha janela abraçada
Contorcendo o corpo em sofrimento medonho.
Um príncipe envolto em capa prateada
Leva-me em rodopio no palco da vida;
Torso o dorso e com a palavra faço amor,
Uma forma de desabrochar por mim sentida
Revelando da busca do vocábulo exato a dor
Alma em-coberta que à arte se oferece
Sentimentos profundos com nuances de cor.
e
Palavra a palavra o poema vai nascendo...
Recorda Artiga a moura encantadora,
O anjo que passou a usar brinco, vivendo
Com a sua transfiguração única e inspiradora
Uma transmutação mui sensual e feminina,
Reflexo(s) do mundo que a todos rodeia...
A palavra esvoaça (qual gentil bailarina!)
Sangra! E Cristo Triunfante devaneia.

Muitos parabéns, Helena Fortunato!


A sua grande sensibilidade e feminilidade transparecem nas suas esculturas que muito
me encantaram e a outras realidades, a outros mundos me levaram.
Marta Oliveira Santos

Póvoa de Varzim, 19 / 11 / 2019

Você também pode gostar