Sempre de olhos no chão Parece com o mundo revoltada Mas não se sabe a razão. Mui sério é seu jovem rosto Com lábios de morango maduro, Ao falar, entreabre-os a contragosto Revelando seu olhar algo obscuro. Sem razão, Mona Lisa lembrei Que sorri com a boca bem fechada... A Ortopóvoa lhe recomendei Onde seria muito bem tratada. Agora passa sem pressa na rua A todos falando com simpatia E seu sorriso é uma fatia de lua Conseguido pela hábil magia Na Clínica Ortopóvoa realizada. Existe uma constante ondulação Num mar revolto de limos e sargaços Que urge acalmar com perfeição Para lanchas navegarem entre abraços Abrindo sorrisos de exaltação.