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Desenho

computacional

Introdução

Normatização em desenho
técnico

Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia – CAMPUS


Train model. Fonte: http://rtrmodels.weebly.com/main-tutorial.html
São Luís
Docente: Arq. MSc. Marina de Miranda Martins
Componente curricular

2
Bibliografia recomendada
 FRENCH, Thomas Ewing; VIERCK, Charles J. Desenho técnico e tecnologia gráfica. 7a. ed.
[s.l.]: Globo, 2002.
 LEAKE, James M.; BORGERSON, Jacob L. Manual de desenho técnico para engenharia:
desenho, modelagem e visualização. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
 MICELI, Maria Teresa. Desenho técnico básico. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2008.
 PRATINI, Edison Ferreira. Do desenho técnico a modelos 3D. Brasília: Universidade de
Brasília, 2014.
 RIBEIRO, Antônio; PERES, Mauro Pedro; IZIDORO, Nacir. Curso de desenho técnico e
AutoCAD. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
 SILVA, Arlindo et al. Desenho técnico moderno. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
 VENDITTI, Marcus Vinicius Ribeiro. Desenho técnico sem prancheta com AutoCAD 2010.
Florianópolis: Visual Books, 2010.
3
Sites recomendados
 Link para download do AutoCAD na versão educacional:
https://www.autodesk.com/education/free-software/autocad

 VENDRAMINI, Roberta. AutoCAD básico aplicado à construção civil:


http://br.construir.arq.br/br/autocad-basico-aplicado-construcao-civil/

 Playlist “AutoCAD 2016 Aplicado à Construção Civil” no YouTube:


https://www.youtube.com/watch?v=UCif5JqwmD0&list=PL9t0ZaF1phAUS6ceREu
HrZdAhK-6irB9u&index=2

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Desenho técnico
• Desenho utilizado para expressar ideias e informações necessárias para
a elaboração de produtos, máquinas e estruturas (diferentemente do
desenho artístico).

5
Fonte: French & Vierck, 2002: 901. Fonte: French & Vierck, 2002: 860.
Desenho técnico para engenharias
• Informações de todos os detalhes de uma peça, máquina ou estrutura.

• Enquanto o desenho artístico pode ser compreendido por qualquer


pessoa, o desenho técnico será mais facilmente interpretado por pessoas
familiarizadas com a linguagem técnica.

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Exemplos de um desenho artístico

Fonte: http://mycargear.com/airplane-pencil-drawing/ 7
Exemplos de um desenho técnico

8
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Concorde
Intrumentos de desenho no papel
MATERIAL BÁSICO

• Escalímetro (régua graduada de perfil triangular) número 1


(com escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125);

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Projeções
Em Geometria, projetar significa obter graficamente por meio de
projeções – sobre um plano, uma tela, um anteparo ou papel – a
representação de uma figura ou um objeto real ou concebido,
situado no espaço tridimensional.

Uma projeção (figura projetada) pode ser obtida das seguintes


maneiras:

• pela projeção (ato • pelo registro da figura sobre um


de projetar) de uma plano de projeção transparente que
“sombra” sobre um está entre o observador e o objeto.
plano além do objeto;
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Projeções cônicas e cilíndricas

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Símbolos gráficos
CONVENÇÕES GRÁFICAS

• Representar um objeto
• Escala reduzida do objeto real
• Blocos
• Único, simples e semelhante ao objeto real

Porta de correr Porta sanfonada Porta de abrir

Paredes – duas linhas paralelas, Muros e meia-parede Desnível


largas e contínuas (cotas em cm)
Fonte: GOMES, 2012:26.
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Símbolos gráficos
CONVENÇÕES GRÁFICAS

Janela alta

Designação de portas
Cota de nível em
Indicação dos acessos e janelas
corte (cotas em mm)
Janela baixa

Beirais do telhado

Marcação dos cortes verticais


Inclinação de telhados

Norte verdadeiro
(cotas em mm) Cota de nível em planta Numeração e títulos
dos desenhos
Fonte: GOMES, 2012:27-30.
13
Símbolos gráficos

Fonte: ABNT NBR 6492, 1994:25 14


(Linhas sucessivamente mais leves e
Símbolos gráficos mais finas indicam o distanciamento
gradual dos elementos do plano de
desenho)

ESPESSURA DE LINHAS

• Uma boa distinção facilita o entendimento do desenho


• Hierarquia de pesos de linhas “leves e pesadas” - profundidade
Fonte: McMorrough, 2014:153
plano mais próximo ao
plano de projeção.

linhas de superfície
corte na linha de solo

Fonte: Ching, 2008.


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Símbolos gráficos
MOBILIÁRIO

Fonte: Montenegro, 2001:68-69


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Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia, define os termos empregados em desenho
técnico)

Tipos de desenho técnico

Quanto ao aspecto geométrico, dividem-se em:

 desenhos projetivos

 desenhos não projetivos;


Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)

Desenho não projetivo:

“desenho não subordinado à correspondência,


por meio de projeção, entre as figuras que
constituem e o que é por ele representado,
compreendendo larga variedade de
representações gráficas”
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
Desenhos não projetivos: diagramas, esquemas, ábacos ou
nomogramas, fluxogramas, organogramas e gráficos
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)

Desenho projetivo:

“resultante de projeções do objeto sobre um ou


mais planos que fazem coincidir com o próprio
desenho, compreendendo vistas ortográficas e
perspectivas”
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
Desenho projetivo:

a) vistas ortográficas: “figuras resultantes de


projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre
planos convenientemente escolhidos, de modo a
representar, com exatidão, a forma do mesmo com
seus detalhes”
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
Desenho projetivo:

b) perspectivas: “figuras resultantes de projeção


cilíndrica ou cônica, sobre um único plano, com a
finalidade de permitir uma percepção mais fácil da
forma do objeto”.
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
Exemplos de utilização do desenho projetivo:

 Projeto e fabricação de máquinas, equipamentos e estruturas nas


indústrias de processo e de manufatura (indústrias mecânica,
aeroespacial, química, farmacêutica, petroquímica, alimentícia, etc.)

Picador de Madeira. Disponível em: http://www.assessortecbrasil.com.br Empanadora para salgados. Disponível em: http://www.incalfer.com.br
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
 Projeto e construção de edificações, com detalhamento elétrico,
hidráulico, elevadores, etc.

Disponível em: http://seeddd.blogspot.com.br/2013/09/sketchup-for-architects-using-layout.html


Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
 Projeto e montagem de unidades de processos, tubulações industriais,
sistemas de tratamento e distribuição de água, sistema de coleta e
tratamento de resíduos

Estação de tratamento de água. Disponível em: http://www.ideu.com.br Sistema de tubulações. Disponível em: http://slideplayer.com.br/slide/378723/
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
 Projeto e construção de rodovias e ferrovias, mostrando detalhes de
corte, aterro, drenagem, pontes, viadutos

South Campus bridge. Disponível em http://repository.up.ac.za/handle/2263/12314 Disponível em: http://degagelavoie.blogspot.com.br/2011/08/rescape-at-summers-end.html


Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
 Representação de relevos topográficos e cartas náuticas

Modelagem de terrenos. Disponível em http://arquiteturacomsketchup.blogspot.com.br/2012/11/modelagem-terrenos-i.html


Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
 Desenvolvimento de produtos industriais

Disponível em http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/index.php/Desenvolvimento_de_Projeto_Modelo_-_Parte_1
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)

 Projeto e construção de móveis e utilitários domésticos

Disponível em:
http://www.archdaily.com/35869/google-sketchup-7-1-now-available/dimensionslayout/ Disponível em http://www.aarquiteta.com.br/curso-layout-2015-sketchup/
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)

 Promoção de vendas com apresentação de ilustrações sobre o produto

Disponível em:
https://br.pinterest.com/pin/566257353126868905
Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
Desenhos projetivos são utilizados em todas as modalidades da
engenharia e da arquitetura, com nomes específicos:

 Desenho mecânico  Desenho arquitetônico

 Desenho de máquinas  Desenho elétrico/eletrônico

 Desenho de estruturas  Desenho de tubulações


Norma ABNT NBR 10647/1989
(Terminologia)
Quanto ao grau de elaboração do desenho técnico:

 Esboço ou croqui (à mão livre)


 Anteprojeto ou desenho preliminar (estágio intermediário)
 Desenho definitivo (modificado e corrigido, com todas as informações necessárias para a
execução do projeto)

Esboço e anteprojeto de cadeira de rodas. Disponível em: http://www.ufjf.br/flavio_gomes/files/2013/05/Aula02.pdf


Norma ABNT NBR 8196/1999 (Desenho técnico -
Emprego de escalas)

A designação completa consiste na palavra “ESCALA”, ou “ESC”, seguida da relação:

Redução Natural Ampliação


 ESCALA 1:1, para escala natural;
1:2 1:1 2:1
 ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1);
 ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1). 1:5 5:1
1:10 10:1

 A escala depende da complexidade do objeto e da finalidade da representação;

 Deve permitir uma interpretação fácil e clara;

 Será parâmetro para a escolha do formato da folha de desenho.


Norma ABNT NBR 8196/1999 (Desenho técnico -
Emprego de escalas)

 A escala geral deve ser indicada na legenda da folha de desenho;


Norma ABNT NBR 8196/1999 (Desenho técnico -
Emprego de escalas)

 Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala
geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem;
4. Norma ABNT NBR 10068/1987 (Folha de
desenho - leiaute e dimensões)
Objetivo
Padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-impressas a serem
aplicadas em todos os desenhos técnicos.
 As folhas de desenhos podem Legenda
ser utilizadas tanto na posição
horizontal como na vertical.  A posição da legenda deve conter a identificação
do desenho (número de registro, título, origem,
etc.); situado no canto inferior direito, tanto nas
folhas posicionadas horizontalmente como
verticalmente.
Comprimento:
 17,8 cm nos formatos A4, A3 e A2
 17,5 cm nos formatos A1 e A0

Fonte: ABNT NBR, 1987: 1-3.


4. Norma ABNT NBR 10068/1987 (Folha de
desenho - leiaute e dimensões)

 O formato da folha recortada


da série "A" é considerado
principal.

Designação Dimensões
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 295 x 420
Semelhança geométrica dos
A4 210 x 297 formatos da série A.
Formatos derivados - Série A.

Fonte: ABNT NBR, 1987: 1-2.


4. Norma ABNT NBR 10068/1987 (Folha de
desenho - leiaute e dimensões)
Margem e quadro

 Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o
espaço para o desenho.
 A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento.
 As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as
dimensões constantes na tabela:

Fonte: ABNT NBR, 1987: 3.


4. Norma ABNT NBR 10068/1987 (Folha de
desenho - leiaute e dimensões)

Marcas de centro Sistema de referência por malhas


 Nas folhas de formatos de série  Permite a fácil localização de detalhes nos
"A" devem ser executadas desenhos, edições, modificações, etc. Letras
quatro marcas de centro no centralizadas maiúsculas ao longo de uma
final das duas linhas de simetria margem e os numerais ao longo da outra.
(horizontal e vertical) da folha.

Fonte: ABNT NBR, 1987: 3.


5. Norma ABNT NBR 10582/1988 (Apresentação
da folha para desenho técnico)
Conteúdo da folha para o desenho
 espaço para desenho;
 espaço para legenda.
 espaço para texto (à direita ou na margem inferior do padrão de desenho);

O espaço para texto deve conter: explanação; instrução; referência; localização da planta de
situação; e tábua de revisão.

Fonte: ABNT NBR, 1988: 1-2.


5. Norma ABNT NBR 10582/1988 (Apresentação
da folha para desenho técnico)

Explanação

Informações necessárias a leitura de desenho:

 símbolos especiais;

 designação;

 abreviaturas; e

 tipos de dimensões.

Fonte: ABNT NBR, 1988: 2-3.


5. Norma ABNT NBR 10582/1988 (Apresentação
da folha para desenho técnico)

Instruções

Informações necessárias a execução do desenho.


Quando há vários desenhos, estas são feitas próximas
a cada um, com as instruções gerais no espaço para
texto.

 lista de material;

 estado de superfície;

 local de montagem e;

 número de peças.
Fonte: ABNT NBR, 1988: 2-3.
5. Norma ABNT NBR 10582/1988 (Apresentação
da folha para desenho técnico)

Referências : informações referentes a outros


desenhos e/ou documentos.

Planta de situação
Localizada de forma que permaneça visível
depois de dobrada a cópia do desenho
conforme padrão A4, com:
 planta esquemática com marcação da área
construída,
 parte da construção, etc.
 a seta norte é indicada

Fonte: ABNT NBR, 1988: 2-3.


5. Norma ABNT NBR 10582/1988 (Apresentação
da folha para desenho técnico)
Tábua de revisão

Registro de correção alteração e/ou acréscimo


no desenho depois de aprovado pela primeira
vez. Contém:
 designação da revisão (nº ou letra que
determina a seqüência da revisão);
 referência da malha (NBR 10068);
 do assunto da revisão;
 assinatura do responsável pela revisão; e
 data da revisão.

Fonte: ABNT NBR, 1988: 2-4.


5. Norma ABNT NBR 10582/1988 (Apresentação
da folha para desenho técnico)
Legenda

Informação, indicação e identificação do desenho.


Deve ser traçada conforme a NBR 10068.

 designação da firma;
 projetista, desenhista ou responsável pelo conteúdo
 local, data e assinatura;
 nome e localização do projeto;
 conteúdo do desenho;
 escala (NBR 8196);
 número do desenho;
 designação da revisão;
 indicação do método de projeção (NBR 10067);
 unidade utilizada no desenho (NBR 10126).
Fonte: ABNT NBR, 1988: 2-4.
5. Norma ABNT NBR 10582/1988 (Apresentação
da folha para desenho técnico)
5. Norma ABNT NBR 10582/1988 (Apresentação
da folha para desenho técnico)
3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
• O desenho técnico é representado na cor preta; outras cores mencionam-se em legenda.
• O objeto deve ser colocado no 1ª diedro.

A – vista frontal
B – vista superior
C – vista lateral esquerda
D – vista lateral direita
E – vista inferior
Rebatimento para a planificação dos planos de projeção. Fonte: ABNT NBR, 1995: 2.
F - vista posterior
3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Escolha das vistas
• Vista principal
A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal,
representando a peça na sua posição de utilização.
• Outras vistas
Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou seções, elas devem ser
selecionadas conforme: menor número de vistas; evitar repetição de detalhes; evitar linhas
tracejadas desnecessárias.

Rebatimento para a planificação dos planos de projeção. Fonte: ABNT NBR, 1995: 4.
3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Determinação do número de vistas
Devem ser executadas tantas vistas quantas forem necessárias à caracterização da forma da
peça, sendo preferíveis vistas, cortes ou seções ao emprego de grande quantidade de linhas
tracejadas.

Vistas especiais
• Vista fora de posição
Não sendo possível ou conveniente representar uma ou mais vistas na posição determinada
pelo método de projeção, pode-se localizá-las em outras posições.
• Vista auxiliar
São projeções parciais, representadas em planos auxiliares
para evitar deformações e facilitar a interpretação.

Vista auxiliar. Fonte: ABNT NBR, 1995: 5.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Detalhes ampliados

Quando a escala utilizada não permite demonstrar detalhe ou cotagem de uma parte da peça,
este é circundado com linha estreita contínua, conforme a NBR 8403, e designado com letra
maiúscula, conforme a NBR 8402.

O detalhe
correspondente é
desenhado em
escala ampliada e
identificada.

Detalhe ampliado. Fonte: ABNT NBR, 1995: 5.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)

Vistas de peças simétricas

As peças simétricas podem ser representadas por


uma parte do todo. As linhas de simetria são
identificadas com dois traços estreitos, curtos e
paralelos, conforme a NBR 8403, traçados
perpendicularmente nas extremidades da linha
de simetria.

Fonte: ABNT NBR, 1995: 7.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Vistas de peças simétricas

 pela metade, quando a linha de simetria  pela quarta parte, quando as linhas de
dividir a vista em duas partes iguais; simetrias dividirem a vista em quatro
partes iguais.

Fonte: ABNT NBR, 1995: 8.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Vistas de peças simétricas Partes adjacentes
A peça adjacente é desenhada por meio de
Outro processo: traçar as linhas da linha estreita-traço-dois pontos, conforme a
peça simétrica um pouco além da linha de NBR 8403. A peça adjacente não deve
simetria, omitindo os traços curtos encobrir a peça desenhada em linha larga,
paralelos mas pode ser encoberta por ela. Estando em
corte, as peças adjacentes não devem ser
hachuradas.

Fonte: ABNT NBR, 1995: 8.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Vistas de peças encurtadas

Na peça longa são representadas somente as partes da peça que contém detalhes. Os
limites das partes retidas
são traçados com linha estreita, conforme a NBR 8403.

Fonte: ABNT NBR, 1995: 9.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Cortes e seções

Hachuras
Os cortes ou seções são evidenciados através de hachuras, conforme a NBR 12298.

Generalidades
 Quando a localização de um plano de
 A disposição dos cortes ou seções segue
corte for clara, não há necessidade de
a mesma disposição das vistas.
indicação da sua posição e identificação.

Fonte: ABNT NBR, 1995: 9.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)

Quando a localização não for clara, ou quando for necessário distinguir entre vários planos de corte,
a posição do plano de corte deve ser indicada por meio de linha estreita-traço-ponto, larga nas
extremidades e na mudança de direção, conforme a NBR 8403. O plano de corte deve ser
identificado por letra maiúscula e o sentido de observação por meio de setas.

Designação nas
proximidades do corte

Fonte: ABNT NBR, 1995: 9.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Nos cortes, no sentido longitudinal, não são hachurados:

 dentes de engrenagem;
 parafusos;
 porcas;
 eixos;
 raios de roda;
 nervuras;
 pinos;
 arruelas;
 contrapinos;
 rebites;
 chavetas;
 volantes;
 manípulos Fonte: ABNT NBR, 1995:10.
3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Corte total Meio-corte

A peça é cortada A metade da representação da peça é


em toda a sua mostrada em corte, permanecendo a
extensão por um outra metade em vista. Este tipo de
plano de corte. corte é peculiar às peças simétricas.

Fonte: ABNT NBR, 1995: 11.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)
Corte parcial

Apenas uma parte da peça é cortada para focalizar um detalhe,


delimitando-se por:

linha contínua
estreita à mão livre;

ou linha estreita em
zigue-zague, conforme
a NBR 8403;

Fonte: ABNT NBR, 1995: 11.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)

Corte em desvio

A peça é cortada em toda a


sua extensão por mais de um
plano de corte, dependendo
da sua forma particular e dos
detalhes a serem mostrados.

Fonte: ABNT NBR, 1995: 11.


3. Norma ABNT NBR 10067/1995 (Princípios
gerais de representação em desenho técnico)

Seções rebatidas dentro ou fora da vista


O contorno da seção deslocada é traçado com linha contínua larga.
A seção deslocada pode ser posicionada:

 próxima à vista e ligada a ela por  numa posição diferente; neste caso, é
meio de linha estreita-traço-ponto, identificada de maneira convencional
conforme a NBR 8403

Fonte: ABNT NBR, 1995: 12.


Norma ABNT NBR 12298/1995 (Representação de
área de corte por meio de hachuras em desenho técnico)

Hachuras

 Linhas ou figuras com o objetivo de representar tipos de materiais em áreas de corte em


desenho técnico.

 Na representação geral, de qualquer material, utiliza-se esta representação:

linhas inclinadas a 45º em


relação às linhas principais do
contorno ou eixos de simetria

 As hachuras devem ser traçadas em linha estreita, conforme a NBR 8403.


Norma ABNT NBR 12298/1995 (Representação de
área de corte por meio de hachuras em desenho técnico)

 As hachuras, em uma mesma peça, são feitas sempre numa mesma direção

As hachuras, nos desenhos de As hachuras devem ser Outras hachuras podem


conjunto, em peças adjacentes, interrompidas quando da ser utilizadas, desde que
devem ser feitas em direções necessidade de se inscrever identificadas.
opostas na área hachurada

concreto madeira

terra
4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)
Objetivo

Esta Norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas


para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes.

Largura de linhas

 A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2.

 As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão, escala e densidade de
linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento:
0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm.

 Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas devem
ser conservadas.
4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Tipos de linhas

Linha Denominação Aplicação geral

A Contínua larga A1 contornos visíveis


A2 arestas visíveis

Fonte: ABNT NBR, 1984: 2-3.


4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Tipos de linhas
Linha Denominação Aplicação geral

B1 linhas de interseção
imaginárias
B Contínua B2 linhas de cotas
estreita B3 linhas auxiliares
B4 linhas de chamadas
B5 hachuras
B6 contornos de seções
rebatidas na própria vista
B7 linhas de centros curtas

Fonte: ABNT NBR, 1984: 2-3.


4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Tipos de linhas

Linha Denominação Aplicação geral

C1 limites de vistas ou
C Contínua cortes parciais ou
estreita à mão interrompidas se o limite
livre não coincidir com linhas
traço e ponto

D Contínua D1 esta linha destina-se a


estreita em desenhos confeccionados
ziguezague por máquinas

Fonte: ABNT NBR, 1984: 2-3.


4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Tipos de linhas

Linha Denominação Aplicação geral

E Tracejada E1 contornos não visíveis


larga
E2 arestas não visíveis

F Tracejada F1 contornos não visíveis


estreita
F2 arestas não visíveis

Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.
Fonte: ABNT NBR, 1984: 2-3.
4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Tipos de linhas

Linha Denominação Aplicação geral

G1 linhas de centro
G Traço e
ponto estreita G2 linhas de simetrias

G3 trajetórias

Fonte: ABNT NBR, 1984: 2-3.


4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Tipos de linhas

Linha Denominação Aplicação geral

H Traço e ponto
estreita, larga nas H1 planos de cortes
extremidades e na
mudança de direção

Fonte: ABNT NBR, 1984: 2-3.


4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Tipos de linhas

Linha Denominação Aplicação geral

J
Traço e J1 Indicação das linhas
ponto largo ou superfícies com
indicação especial

Fonte: ABNT NBR, 1984: 2-3.


4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Tipos de linhas

Linha Denominação Aplicação geral

K1 contornos de peças
adjacentes

K2 posição limite de peças


móveis
K Traço dois
pontos estreita K3 linhas de centro de gravidade

K4 cantos antes da conformação

K5 detalhes situados antes do


plano de corte Fonte: ABNT NBR, 1984: 2-4.
4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Ordem de prioridade de linhas coincidentes

Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, deve-se


observar, em ordem de prioridade:

1. arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A);


2. arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F);
3. superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas
extremidades e na mudança de direção, tipo de linha H);
4. linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G);
5. linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K);
6. linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B).

Fonte: ABNT NBR, 1984: 4-5.


4. Norma ABNT NBR 8403/1984 (Aplicação de
linhas em desenhos – tipos de linhas - larguras das linhas)

Terminação das linhas de chamadas

a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota (Figura 3);

b) com um ponto, se termina dentro do objeto representado (Figura 4);

c) com uma seta, se ela conduz e ou contorna a aresta do objeto


representado (Figura 5).

Fonte: ABNT NBR, 1984: 4-5.


4. Norma ABNT NBR 8402/1994 (Execução de
caracter para escrita em desenho técnico)
4. Norma ABNT NBR 8402/1994 (Execução de
caracter para escrita em desenho técnico)

As letras e algarismos também seguem uma forma definida por norma. Antigamente, as letras
eram desenhadas individualmente com o auxílio de normógrafos e aranhas. Hoje, utiliza-se um
editor de texto para descrever o desenho.
4. Norma ABNT NBR 8402/1994 (Execução de
caracter para escrita em desenho técnico)

 A escrita pode ser vertical ou inclinada a 75° (itálico).


 Observar a proporção e inclinação.
 Recomenda-se o sentido da ilustração para traçar as letras (sentido inverso para canhotos).
 Ao desenhar com o auxilio do computador, como no AutoCAD, o estilo de letra ISO satisfaz a
norma.
 Aplicar mesma largura de linhas para maiúsculas e minúsculas;
 As linhas devem se cruzar ou tocar de forma aproximadamente perpendicular;
 Tem-se como base a altura da letra maiúscula (h);
4. Norma ABNT NBR 8402/1994 (Execução de
caracter para escrita em desenho técnico)

Forma de escrita vertical


Fonte: ABNT NBR, 1994: 3.
4. Norma ABNT NBR 8402/1994 (Execução de
caracter para escrita em desenho técnico)

Forma de escrita inclinada.


Fonte: ABNT NBR, 1994: 3.
4. Norma ABNT NBR 8402/1994 (Execução de
caracter para escrita em desenho técnico)
6. Norma ABNT NBR 10126/1987 (Cotagem em
desenho técnico)
Cotagem

Representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos,


notas e valor numérico numa unidade de medida.

Fonte: ABNT NBR, 1987: 1-3.


6. Norma ABNT NBR 10126/1987 (Cotagem em
desenho técnico)
 O cruzamento das linhas de cota e  A indicação dos limites da linha de cota é feita
auxiliares devem ser evitados, porém, por meio de setas ou traços oblíquos.
se isso ocorrer, as linhas não devem
ser interrompidas no ponto de  A seta é desenhada com linhas curtas formando
cruzamento. ângulos de 15°. A seta pode ser aberta, ou
fechada preenchida;

 O traço oblíquo é desenhado com uma linha


curta e inclinado a 45° (ver Figura 12);

Fonte: ABNT NBR, 1987: 4.


6. Norma ABNT NBR 10126/1987 (Cotagem em
desenho técnico)
 Existem dois métodos de cotagem Método 2: linhas de cotas interrompidas
mas somente um deles deve ser no meio para inscrição da cota.
utilizado num mesmo desenho:

Método 1: cotas acima, no


centro e paralelamente às suas
linhas de cotas;

Fonte: ABNT NBR, 1987: 6.


6. Norma ABNT NBR 10126/1987 (Cotagem em
desenho técnico)
Adaptações

 Sobre o prolongamento da linha de  Sobre o prolongamento horizontal da


cota, quando o espaço for limitado; linha de cota, quando o espaço não
permitir a localização com a interrupção
da linha de cota não horizontal;

Fonte: ABNT NBR, 1987: 6.


6. Norma ABNT NBR 10126/1987 (Cotagem em
desenho técnico)
Adaptações

 Símbolos usados com cotas para mostrar a identificação das formas e melhorar a
interpretação de desenho (os símbolos de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos
quando a forma for claramente indicada).

 : Diâmetro
 ESF: Diâmetro esférico
R: Raio
R ESF: Raio esférico
□ Quadrado

Os símbolos devem preceder à cota

Fonte: ABNT NBR, 1987: 7.


6. Norma ABNT NBR 10126/1987 (Cotagem em
desenho técnico)
Cotagem por elemento de referência

Usada onde o número de cotas da mesma direção se relacionar a um elemento de referência.


Pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.

Cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas uma às outras e espaçadas
suficientemente para escrever a cota:

Fonte: ABNT NBR, 1987: 7-8.


6. Norma ABNT NBR 10126/1987 (Cotagem em
desenho técnico)

Cotagem por elemento de referência

Cotagem aditiva é uma simplificação da


cotagem em paralelo e pode ser
utilizada onde há limitação de espaço e
não haja problema de interpretação.

A origem é localizada num elemento de


referência e as cotas são localizadas na
extremidade da linha auxiliar.

Fonte: ABNT NBR, 1987: 7-8.


6. Norma ABNT NBR 10126/1987 (Cotagem em
desenho técnico)

 Quando os elementos estiverem Cotagem por coordenadas


próximos, quebram-se as linhas
auxiliares para permitir a inscrição da  Pode ser mais prático utilizar uma Tabela
cota no lugar apropriado;

Fonte: ABNT NBR, 1987: 9.


6. Norma ABNT NBR 10126/1987 (Cotagem em
desenho técnico)

Cotagem por coordenadas

 Coordenadas para pontos de intersecção em malhas nos desenhos de localização:

 Coordenadas para pontos arbitrários sem a malha, devem aparecer adjacentes a cada ponto
ou na forma de tabela:

Fonte: ABNT NBR, 1987: 9-10.

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