Você está na página 1de 43

SU

IO

ST
ISS

EN
GEM DE INCLUS
VIA ÃO ROF

TÁV
GER
AÇÃ
OD

EL U
ÃO P

E EM

MA
PREG
OS U
MA VI

VIA
AGEM DE IN

GE
CLUSÃO MAIS DIVISAS PARA O
BRASIL UMA VIAG

M
EM
UALIFICAÇ

DE IN

DE
CLU

IN
SÃO
TU
SÃO Q

RIS CL
MO US
ÃO
CLU

PA PR
RA ES

TO
ER
VA

DO
ÇÃ

S
O
DO

UM
PA
TR

A VI
I

ÔN
IO
CU
LTU
RA
Plano

LU
2007/2010

MA

AGEM DE INCLUSÃ
Nacional

O
de Turismo

M
NVOLVIMENTO

VIAG
E RE

AIS
ES
D

GIO

T
NA
O

U
L UM

RI

S
A VIAGE

EM DE I
TA
LU

S,
MA
UNÇÃO SOCIAL DO TURISMO UM
IS E
SÃO F AV
LU
E INC

MPR
DE INC IAG
EM
EGOS U
MA VIAGEM DE
INC ENT
LUS IM
ÃO ALEC
GES RT
TÃO PA ICIPATIVA FO
RT

NCLUSÃO PROTEÇÃO A
O PA
SOCIAL UMA VIAGEM D

TRIM
LUS
OS
REG
MP

INC
S E
AI

DE

M
EM

AS,
T
IAG

S
URI
4

AV

T
UM

S
Mensagem do Exmo. Senhor Presidente da República

E INCLUSÃO MAI
AL
R

6
TRIBUIÇÃO DE RE
LTU USÃO DIS ND
CU INCL A
Mensagem da Senhora Ministra de Estado do Turismo E
NIO M D
Ô

IN
GE

10
RIM

C
A
PAT
I

L
V

US
O
ÃOD Apresentação

ÃO
VAÇ

EM D
RESER

S
P
SÃO

O
U

CIAL U
L

IAG
INC ICIPATIVA FORTALECI
DE PART

12

AV
MEN
IAGEM D
O
E INCGLEM
TÃ TO

UM

M
S
GE
A USÃO M
DO
O Programa de Aceleração do Crescimento e o Turismo
OS

A
AIS D ÃO

V
VI

IVISA D

T
O
S

18

IAGE
AT
A

U
S PAR LU
UM

R
AOB PAR M DE
INCLUSÃO P C

IS
RASIL RES IN
O E
Diagnóstico

M
EL

M
G
UMA VIAGEM DE INCLUSÃO TURIS VIA ER DE

O
ÁV

D
MA

42
M

IN
V

E IN
NT

U
GE

A
TE AL

T
ÇÃ
A
VI

E
N

C
Gestão Descentralizada do Turismo

R
O

L
O
GI A

US
NO

E
UM

D
46

Ã
R O

O MEIO AMBIE
DE O O

U
SEN NT RISM

M
E
Metas para o Turismo 2007/2010
U
VOLVIM L DO T

A
FUNÇÃO SOCIA
INCLUSÃO

56

VIAG
Macroprogramas e Programas

EM
NT
Sumário UM

D
E

E
A
VI

INC
A

80
L M
GUESÃO
Entidades e Instituições do Conselho Nacional de Turismo

DE I 82

UM
MA

NCLUSÃO QUALIFICAÇÃO PROFISSIO


IS T

AL
Referências Bibliográficas

UR
U

LT
RI

CU
S

O
T

NI
A

Ô
S ESTRANGEIR

ATRIM
P
O DO
ÇÃ
ESERVA
R
SÃOP
LU
INC
OS

DE
UM

A M
VIA OS UMA VIAGEM D
GEM ERAÇÃO DE EMPREG E INCGLEU
DE INCLUSÃO G SÃO M

IA
AIS DI

AV
VISAS
PARA

M
NAL

O BRA

LU
SIL UM
A VIAGEM DE

VE
UM


AV

IA

EN
GE T
MD SUS
E IN
CLUSÃ ENTO
O DESENVOLVIM
ÃO
E INCLUS

P
EM D
AG

ÃO
MA VI

LUS
U
GOS

Q
E

INC
PR uando decidimos criar o Ministério do Tu- na cadeia do turismo interno, com acesso a rotei-
EM

DE
rismo muito pouca gente podia imaginar o ros e pacotes financiados em condições facilitadas

AIS
alcance dessa medida e a importância de e mais em conta.

S, M
GE
tratar o turismo como assunto prioritário de Estado.

VIA

A
Hoje, após quatro anos de existência do Ministério, Homens e mulheres que deram tudo, a vida

ST
A

RI
o turismo brasileiro deu um salto de qualidade, que toda pela família e pelo Brasil, terão assim o direito

M
LU

USÃO MAIS TU
já coloca essa atividade econômica como uma das de desfrutar um pouco mais o País que ajudaram a
RA
principais do País. O turismo, hoje, já é o quinto prin- construir. A alegria de conhecer ao vivo lugares que
CLUSÃO TURISMO P LTU
CU
IN
DE cipal produto na geração de divisas em moeda es- povoaram seu imaginário na infância e na juventude
NIO
GEM trangeira para o Brasil, disputando a quarta posição contribuirá também para elevar as taxas de ocupação
VIA IMÔ
PATR MA com a exportação de automóveis. Os resultados até da rede hoteleira nacional, além de garantir maior
O DO U
agora nos permitem vislumbrar um futuro promissor: estabilidade aos trabalhadores do setor de serviços,
RVAÇÃ
IL
AS

E INCL
RESE BR no ano passado, as 80 principais empresas do setor mesmo fora da alta temporada.
OP
CLUSÃ AO registraram um faturamento de R$ 29,6 bilhões, com
IN EN AR
LVIM TO SUS crescimento de 29% em relação a 2005. O crédito consignado para o turista aposenta-
DE
P

MD
SENVO TEN AS
DE IS do, que pode beneficiar 16 milhões de brasileiros, é
ÃO TÁ DIV

GE
ÃO US VELU IS Além de contribuir para tornar o Brasil mais co- apenas uma das fronteiras de expansão do turismo
MAI CL MA

VIA
S DI N M O nhecido ao olhar estrangeiro, e ao nosso próprio, interno nos próximos anos. Conhecer melhor a bra-
EI
VISA
AV
IACGLUS
Ã
o turismo aciona uma gigantesca engrenagem de silidade que nos explica e nos desafia é um direito

D
S PA

M
RA O SU oportunidades de trabalho e renda em diferentes democrático. A adoção de pacotes diferenciados

M
E
E IN M DE IN
O

E
BRA D
D pontos do nosso território. Em 2006 tivemos um in- com preços promocionais também será estendida a

IAG
SIL U TO
CLUSÃO PRESERV
GEM A
AÇÃO DO PATR
MA V A R gresso recorde de visitantes que gastaram US$ 4,3 trabalhadores e estudantes.

V
O PA
VI IMÔN
IAGEM A
DE INCLUSÃO TURISM

A
bilhões em nosso país. Um salto de quase 12% sobre
S UM IO C

ISSIONAL UM
EGO ULT
DE EMP R UR
AL a receita de 2005 e nada menos que 116% acima do Mas, além de fortalecer o turismo interno, va-
ERA Ç ÃO UM valor apurado em 2002. mos dar continuidade às ações que tanto contri-
U SÃ O G
INCL AV buíram para os bons resultados dos últimos quatro
DE IA
GE Esse desempenho excepcional refletiu-se no movi- anos. A descentralização, a gestão participativa e
M
E mento das companhias aéreas que operam no Brasil. a promoção do Brasil no exterior são fundamen-

G
M

IA
PROF
Mais de 46 milhões e 300 mil passageiros viajaram tais para que o turismo alcance uma posição ainda

V
em vôos regulares e fretados cruzando os céus do mais importante no PIB brasileiro. Potencial para

A
ANGEIROS UM
País, com um crescimento de desembarques superior isso não falta. O século XXI vai ser marcado como

ÇÃO
Mensagem do Exmo. Senhor a 7% nos aeroportos nacionais. o século do desenvolvimento sustentável e da pre-
servação do meio ambiente. O turismo ambiental e
Presidente da República

ICA
DE I O vigor do turismo aumenta nossa responsabili- sustentável tem aqui um potencial no qual poucas
NCL

LIF
USÃ dade de expandir a infra-estrutura brasileira para dar nações do mundo podem se comparar ao Brasil.

UA
O FU sustentação a esse crescimento nos próximos anos. Nossas belezas naturais, rios, florestas, mananciais,
NÇÃ

STR
OQ
OS Para isso temos o PAC, que prevê investimentos da or- praias e montanhas são um atrativo sem concor-
OC

SE
E INCLUSÃ
IAL dem de R$ 504 bilhões até 2010, sendo R$ 6 bilhões rência neste mundo assustado pelo aquecimento
DO

TA
destinados exclusivamente
IS a ampliar e modernizar os global e pela destruição da natureza.
TU R
RIS 20 maiores
S TU aeroportos do País e quatro terminais de
carga, I de modo a melhor atender os turistas locais O sentido profundo deste Plano Nacional do Tu-
A
M

M
e estrangeiros. Com esse aporte de recursos vamos rismo 2007/2010 é a inclusão social. Trata-se de er-

EM D
O

à O
ampliar a capacidade desses aeroportos, garantindo guer pontes entre o povo brasileiro e as esferas de
UM

LUS que possamos receber mais 40 milhões de desembar- governo federal, estadual e municipal, bem como

G
C
AV

V
DESEN OLVIM
IA
ques anuais. da iniciativa privada e do terceiro setor, para cons-
N
O
IAG

V
EI

à E
US truir um lazer que seja também uma visão compar-
A
MD

L
M
EM

NT

C Meu desejo, nos próximos anos, é multiplicar as tilhada da nossa terra, da nossa gente, da nossa
IN U
OR

AGE

IO AMBIENTE oportunidades para que milhões de brasileiros pos- imensa vitalidade econômica, cultural e ambiental.
DE

DE

EG

sam ampliar seu olhar para dentro do Brasil. Sem Trata-se de um importante estímulo para o turis-
INC

A VI
EM

ION

descuidar da divulgação das nossas belezas natu- mo interno, que vai retribuir em empregos, desen-
IAG
LU

UM

rais no exterior, trata-se agora de colocar o lazer volvimento e inclusão social. Não se trata apenas
AL

AV

turístico na cesta de consumo da família brasileira de incentivar um negócio, mas de transformar em


UM
O

O
UM

VI e, com isso, fortalecer o turismo interno. Esse é o cidadania o direito de conhecer o nosso país e a
RN
GE

ME
A

ÃO AG objetivo, por exemplo, da inclusão de aposentados nossa identidade.


ST

TE
L

EM
DO
CIA

IN

LU PA DE
RT ÃO
SO

SÃ ICIP INISCM Ç
OD ATIV L VA
UR USÃO PRESER
O

IST Ã
RIB LUS A FO
RTALECIMENTO DO
T
UIÇÃ C
O DE RENDA IN 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 
NAL
UMA VIAGEM DE INCLU
SÃO

IAGEM

IS
SÃO

TUR
MA

NCLU

DO
DE INCLUSÃO PROTEÇ
IS

DO TURISMO U
RI SOCIAL
TU

O
O MA

TO
ST ÇÃ VIA

LUSÃO SOCIAL UMA VIAGEM DE I


UN turismo no Brasil vive um N momento único. tor econômico. Para o mercado interno, vamos de-
AS ÃO F GEM E
,M US M
AIS E INCL DE As ações
ECI
desenvolvidas pelo Ministério do dicar um olhar e uma atenção muito especiais. Hoje
EMPR D INCL Turismo nos seusTA L
EGOS UMA VIAGEM USÃ F OR quatro anos de existência nós temos uma taxa de ocupação excelente nas altas
O GE fizeram com que o nosso país desse um grande salto temporadas, mas que em alguns casos cai para pa-
STÃO PARTICIPATIVA
de qualidade no mercado internacional. Hoje, o Brasil tamares muito baixos no restante do ano. Governos
é um país respeitado lá fora e está se tornando um e empresariado precisam trabalhar juntos para dar
importante destino turístico do mundo. Esse trabalho mais equilíbrio a esse mercado.

ÃO A
é prioritário. E por isso será consolidado e ampliado.
Mas a principal tarefa do Ministério do Turismo nos Estamos implementando um conjunto de pro-

O PA
próximos quatro anos será a de fortalecer o mercado gramas que, quando estiverem funcionando plena-
TRI interno. Além do grande impacto que isso representa mente, representarão uma nova era para o mercado
MÔ para a economia brasileira, fortalecer o turismo inter- interno. O lançamento de pacotes diferenciados com

INC
NIO
no é um poderoso instrumento para gerar emprego, preços promocionais para que aposentados, traba-
renda e inclusão social. lhadores de baixa renda e estudantes possam com-
HI

DA
S
RIC N prar pacotes turísticos é uma medida, entre tantas
O UM E RE O Plano Nacional de Turismo – PNT 2007/2010 outras, que tem profundo impacto no aquecimento
D
AV
IAGE UIÇÃO – Uma Viagem de Inclusão, que aqui apresenta- do mercado turístico na baixa estação.
M DE INCLUSÃO DISTRIB mos, traz uma série de estratégias e medidas que
vão representar um importante estímulo ao mer- O governo federal está fazendo sua parte como
cado interno. São propostas que abrem as portas indutor do desenvolvimento, como provedor de
do turismo nacional para que todos os brasileiros políticas voltadas para uma melhor qualificação
possam se beneficiar desse mercado. Seja como do nosso trabalhador. Para receber novos clientes,
turista, como empregado, como prestador de como os turistas da melhor idade, nossos aeropor-
serviço, seja como empresário. Seja por meio de tos, hotéis, táxis e restaurantes precisarão contar
cursos de qualificação profissional, da geração de com pessoal preparado para atender esse públi-
novos empregos, da incorporação das camadas de co. Isso tudo representa a abertura de milhares
mais baixa renda como clientes do mercado turísti- de novos postos de trabalho. Mas, para que tudo
Mensagem da SenhorA co, seja pela adoção de políticas segmentadas para funcione da melhor forma possível, vamos precisar
Ministra de Estado do Turismo aposentados, trabalhadores e estudantes. Enfim, que o trade, que sempre foi um aliado do gover-
o turismo interno será estimulado e abrirá novas no, também faça a sua parte, com investimentos e
portas para a inclusão social. políticas tarifárias voltadas para receber esse novo
público de aposentados, trabalhadores e estudan-
AL UMA VIA
ULTUR GE É importante salientar que o caminho de suces- tes na baixa ocupação.
C M so já iniciado na direção de transformar o Brasil em
D
O
NI

um dos destinos mais procurados do mundo será Essa prioridade pela inclusão social, por meio do
EI

NC

reforçado, ampliado e consolidado. Assim como me fortalecimento do mercado interno, é boa para todo
ATRI

LUS

comprometi no meu discurso de posse, o Plano Na- mundo. É boa para o aposentado, que terá facilidade
NCLUSÃO G
EM DE I EST
ÃO PR
DO P

G cional de Turismo 2007/2010 tem o claro objetivo de de viajar e curtir a melhor idade de forma merecida.
VIA ÃO
MA manter e aperfeiçoar todas as iniciativas que já es- É boa para o trabalhador, que poderá propiciar à sua
O SOCIAL DO RISMO U PA
ÃO

TU tavam em curso no Ministério, que foram debatidas família a abertura de novos horizontes que o turis-
OTEÇÃO AO PATRIM

RT

e estabelecidas em comum acordo com o trade, os mo oferece. É boa para os estudantes, que poderão
IC
RV

IPA

E demais setores da Administração Pública Federal, o conhecer os lugares, monumentos, prédios, cidades
ES
TIV

R meio acadêmico, estados e municípios. e manifestações culturais que hoje só conhecem por
OP
A

meio dos livros escolares e dos meios de comunica-


FOR

Fortalecer o mercado interno é um passo aguar- ção. É boa para o trade, que vai ter o mercado in-
TALE

dado por todos. No mundo inteiro, o turismo interno terno aquecido o ano inteiro. É boa para quem está
é a fonte principal de vigor e desempenho desse se- desempregado e poderá ganhar uma oportunidade
Ô

CIMENTO DO TUR
NIO HISTÓRICO

2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 


U
RUTURA UMA VIAG
INFRA-EST EM
de qualificação e renda. E é boa também para o go- um importante papel na educação e na formação LHOR DE
E
verno, que estará, assim, fortalecendo a sua política cultural da sociedade. M I
ÃO

N
de inclusão social.
S

C
LU

LU
Nos próximos quatro anos vamos melhorar a in- NC

I
DE
O setor de turismo, mesmo nos momentos mais fra-estrutura do turismo nacional, definindo e pre-

O SOCI
difíceis que atravessamos recentemente, deu mostras parando 65 destinos turísticos, distribuídos por todo
de vigor e comprometimento com o futuro do Brasil. o território nacional, dentro dos padrões mundiais

AL
Além das estratégias bem definidas nos macropro- de qualidade. Vamos alcançar uma marca histórica

P
TICIPATIVA FORTA

R
gramas do PNT 2007/2010, nossas metas delineiam de 217 milhões de viagens no mercado interno. Isso O PAR

E
à LEC

S
ES T IME

ERVAÇ
claramente que o turismo vai passo a passo ocupando tudo vai gerar 1,7 milhão de empregos e trazer US$ O G NT
à O
a posição que todos sempre aguardaram desse setor: 7,7 bilhões em divisas para o Brasil. O turismo brasi- US

DO
L
o de importante ator na economia nacional, seja pela leiro vai ampliar a oferta de produtos tanto para con- NC

ÃO
I

T
DE

U
sua marcante participação no PIB, seja como forte sumidores de baixa renda, como para a classe média IAGEM DE INCLUS

D
V

I
M A
mercado empregador. e para o turista de renda alta.

OM
S
E UM ÃO

M
G AL
IA

O INT
V N

PR

E
A GIO

IO
E
O Brasil oferece uma incrível variedade de ro- O turismo, sobretudo, vai cumprir sua função so-
M E

SER
R
OU

AM
O

ERNO
teiros. Temos um potencial sem igual no mundo cial. Chegou a vez do turismo de inclusão. Uma in- ISM B T

V
UR IEN EN

A
para o turismo ecológico sustentável, com as nos- clusão na mais ampla acepção da palavra: inclusão DE INCLUSÃO FUNÇÃO SOCIAL DO T IM

Ç
TE
DESENVOLV

ÃO DO MEIO
sas praias, belezas naturais, rios e florestas. Mas de novos clientes para o turismo interno, inclusão

UM
também possuímos roteiros culturais muito ricos de novos destinos, inclusão de novos segmentos

A
que certamente interessam tanto ao turista estran- de turistas, inclusão de mais turistas estrangeiros,

VIAGEM
geiro, como ao turista brasileiro. O nosso acervo inclusão de mais divisas para o Brasil, inclusão de
barroco, as nossas manifestações populares, como novos investimentos, inclusão de novas oportunida-

AM
B
o carnaval, as festas juninas e a festa de Parintins, des de qualificação profissional, inclusão IEde
NTnovos

D
postos de trabalho para o brasileiro. InclusãoEpara

EM
E
além do nosso patrimônio arquitetônico e cultural, UM

INC VIAG

IAG
encantam o turista. Quem viaja busca lazer, mas reduzir as desigualdades regionais e para fazer doA

AV
U
também conhecimento e cultura. O turismo tem Brasil um país de todos.

UM
O

EM

O
M
ISM

AIS
R

DE INCLUSÃO PRESERVAÇÃO
U
TU
DOT
L
R

CIA
ISTAS

SO
NÇÃO
U
OF
ESTRANG


INCLU
DE
M
GE
EIR

A
VI
OS

UM EGOS UMA VIAGEM DE INCLUS

A
DE EMPR

M
AV ÇÃO ÃO MAIS

LU
IAG GERA DIVISAS
DO M

EM DE INCLUSÃO PARA O B

NA
RASIL UMA
VIAGEM D

GIO
EIO

RE
AM

TO
EN
BIE

NT M
EU LVI
MA O
VIAG SENV
EM DE INCLUSÃO DE

 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010


UM

DE IN

S,
A

A
VI

EM

T
AG

IS
C

IAG

UR
LU M D
ESÃ

T
AV
O

S
O
Plano Nacional de Turismo – PNT 2007/2010 Tudo isso vai permitir a entrada de US$ 7,7 bilhões

I
UM

E INCLUSÃO MA
E IN
M
– uma Viagem de Inclusão é um instrumen- em divisas para o Brasil.

AL
IS

CLUSÃO QUALIFICAÇÃO PROFISSIO

UR
to de planejamento e gestão que coloca o
LT

TUR
turismo como indutor do desenvolvimento eCUda ge- O PNT 2007/2010 traduz um trabalho integrado

IS
O
NI é fruto
ração de emprego e renda no País. O Plano de cooperação e participação entre diversos seto-

T
Ô

A
IM

S ESTRANGEIR
do consenso de todos os segmentos
DISTRIB
UIÇÃO DE RE
P ATR turísticos envol- res do governo, da iniciativa privada e do terceiro

EM D
vidos no objetivo comum de
DO transformar a ativida- setor, bem como das instituições com assento no
ÃO ND
CLUS A
de em um importante ÃO
Ç mecanismo de melhoria do Conselho Nacional de Turismo – CNT. O seu proces-
RVA
IN I
E
E
S

IAG
D
E

NC
M Brasil e fazer
PR do turismo um importante indutor da so de construção foi iniciado em 2006 com a elabo-
GE ÃO social. Uma inclusão que pode ser alcançada

LU
S

AV
inclusão ração do documento referencial Turismo no Brasil
LU
A
VI

S
NCpor duas vias: a da produção, por meio da criação

ÃO
OS
I

UM
A 2007/2010, por solicitação do próprio Conselho.

M
DE de novos postos de trabalho, ocupação e renda, e a

AG O U
UM

S
A
DO

S
M

O
VIA E EMPREGOS UMA VIAGEM DE INCLEUS

RIC
D TOmobilizou os quadros

C
CIPATIVA FORTALECIME GEM RAÇÃO ÃO Mdo consumo, com a absorção de novos turistas no Para sua realização, o PNT

IAL U AL UM
DE INCLUSÃO GE A
TI
R AIS DIVinterno. ARTurismo – Secretaria Nacio-

Ó
PA NTO mercado técnicos do Ministério Pdo

VI
IS AS PAR

T
ÃO O

MA

IS
A SM
T DO
O BRAS
TU I
nal de PolíticasRde Turismo, Secretaria Nacional de Pro-
N
S
M

TEÇÃO AO PATRIMÔNIO H
GE IL UMA V O

LU
Ã
A
ÃO O PNT 2007/2010 IAde
avança na perspectiva GEex-
M DE S
LU de Desenvolvimento do Turismo e Embratur,
INCgramas
V

VE
S
IAG

U pansão e fortalecimento do mercado interno, com tendo como referências estudos e pesquisas de insti-


EM CL
AV
IAG IA

EN
IN

especial ênfase na função social do turismo. Mas é tuições acadêmicas do País e consultorias especializa-
EM

GE ST
V
MA
DE

M SU também um compromisso de continuidade das ações das. Reflete ainda a importante contribuição do traba-
D

U
DE
M

AL TO
E IN

INCL
USÃO DESENVOLVIMEN já desenvolvidas pelo Ministério do Turismo e pela lho desenvolvido pela Comissão de Desenvolvimento
GE

ON
C

A
GI

VI Embratur no sentido de consolidar o Brasil como um Regional e Turismo do Senado Federal e da Comissão
L
E

US

A
R

dos principais destinos turísticos mundiais. Além de de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.
ÃO
DE TO UM
SENV LVIMEN ser uma garantia de que as ações iniciadas pelo go-
O
O RISM
DO T
U verno federal terão continuidade. O Plano Nacional de Turismo 2007/2010 também

O PRO
CIAL
ÇÃO SO traduz as contribuições do turismo ao Programa de
EM DE INCLUSÃO FUN
Mais do que uma carta de intenções, é um ins- Aceleração do Crescimento 2007/2010, alinhando as
VIAG

LUSÃ
UMA
trumento de ação estratégica, bem delineada nos
S suas respectivas ações.
Apresentação EGO
seus macroprogramas e nas metas para os próximos
R

INC
EMP
quatro anos. O Plano Nacional de Turismo realiza o
S Fortalecer o turismo interno, promover o turismo

DE
AI
compromisso de apresentar ao País, de forma conso- como fator de desenvolvimento regional, assegurar

M
EM

S,
lidada e sistemática, a Política Nacional de Turismo. o acesso de aposentados, trabalhadores e estudan-

A
IAG

T
RIS
tes a pacotes de viagens em condições facilitadas,

AV

U
O fortalecimento do mercado interno vai per- investir na qualificação profissional e na geração de

T
UM

E INCLUSÃO MAIS
mitir que seja gerado 1,7 milhão de empregos no emprego e renda e assegurar ainda mais condições
AL

R setor até 2010, além de aumentar para 217 milhões para a promoção do Brasil no exterior são algumas
LTU o número de viagens no mercado interno. Os in- das ações que fazem do Plano Nacional do Turismo
CU
ÔNIO vestimentos em infra-estrutura e qualificação pro- 2007/2010 um importante indutor do desenvolvi-
RIM fissional vão permitir a organização de 65 destinos mento e da inclusão social.
O PAT turísticos, distribuídos em todo o território nacional,
ÇÃOD
VA dentro de um padrão internacional de mercado. Junho de 2007.
ESER

EM D
PR
LUSÃO
INC

IAG
DE
ÇÃO DE EMPREGOS UMA VIAGEM D

AV
M
SÃO GERA E INCGLE
IA USÃO
MAIS OS UM
V

DIVIS D
A

AS PA O
UM

RA O RAT
BRAS PA
EL

IL UM SMO
ÁV

A VIAGE RI
M DE INCLUSÃO TU
NT

M TE
DE
INCL SUS
USÃO TO
DESENVOLVIMEN 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 11
AG

IS
EM

MA
INC IAGEM
DE

M SÃO
INC
O

ALUV
AI
M

governo do Presidente Luis Inácio Lula da vimento da atividade turística no País de forma plena.

L
SE

U
MP

S
Silva, entre 2003 e 2006, implementou um EU O crescimento do turismo está intimamente relacio-

Ã
REG

DE
O
T
OS novo modelo de desenvolvimento para o N nado ao crescimento econômico, sendo por este im-
NOV

E
UMA

I
VIAGEM

MB
VIAGEM DE País que combina desenvolvimento econômico com pactado e potencializado de forma intensa.
INCLUSÃO FUNÇ

A
O

ÃO SOCI distribuição de renda e proporciona a inclusão de mi-

DO MEIO
S

AL DO lhões de brasileiros e brasileiras no mercado de traba- O turismo é uma atividade multifacetada que se
D

TUR ESENVO
E

ISM TE D

RNO UMA
STINOS TURÍSTICOS UMA VI

LV lho e na sociedade de consumo. inter-relaciona com diversos segmentos econômicos


O EN IM
UM BI e demanda um complexo conjunto de ações setoriais
M

ÇÃO
A

EN
Como resultado desse modelo, o Brasil reúne hoje para o seu desenvolvimento. Somente por meio de

A
VI

TO
IO
A RE um conjunto de indicadores econômicos e sociais po- uma ação intersetorial integrada nas três esferas da

VA
ME
GI

INTE
Ositivos

GE
NA e apresenta as condições necessárias para um gestão pública e da parceria com a iniciativa privada,

ER
DO
M
L U de aceleração do crescimentoR econômico.

ES
processo conforme a proposta do PAC, os recursos turísticos

DE
MA

MO
IN P

ÃO
CL VIAG sua dependênciaSÃdoO financiamento
“O Brasil reduziu nas diversas regiões do País se transformarão, efeti-
EM DE INCLU

RIS
US

VAÇ
ÃO externo e encontra-se hoje muito menos vulnerável a vamente, em produtos turísticos, propiciando o de-

TU
DO do que no passado recente. Nos

RESER
GE crises internacionais senvolvimento sustentável da atividade, com a valori-
STÃ O
O PA ENT o País ampliou substancialmente sua
últimos anos, zação e a proteção do patrimônio natural e cultural e
AGE

RTICIPA E C IM
FORTALparticipação no comércio internacional e acumulou

IALP
TIVA o respeito às diversidades regionais.
MD

superávits recordes na balança comercial. Esse bom

SOC
EI

desempenho permitiu a acumulação de reservas in- As metas e os macroprogramas e programas do


NC

US
L

ternacionais em níveis também recordes, tornando Plano Nacional de Turismo devem ser entendidos, nes-

ÃO
ÃO
ME

US
possível que o governo brasileiro pagasse suas dívi- se sentido, como parte do Programa de Aceleração do
LH
CL
OR IN das com o Fundo Monetário Internacional e com o Crescimento do Governo Federal, tanto no que se re-
INFR E
A-EST D Clube de Paris.” fere à apropriação dos benefícios decorrentes daquele
RUTURA U VIAGEM
MA programa para o desenvolvimento do turismo no País,
Tendo como referência esse ambiente de esta- quanto nos resultados que a atividade deve proporcio-
bilidade e de perspectiva de expansão da atividade nar para os próximos anos, alinhando a ação setorial
econômica, o governo federal lançou o Programa com a proposta geral de gestão de governo.
O Programa de Aceleração de Aceleração do Crescimento – PAC, que propõe
do Crescimento e o Turismo ações, metas e um amplo conjunto de investimentos O PAC propõe uma parceria entre o setor públi-
em infra-estrutura, bem como medidas de incentivo co e o investidor privado, num processo permanente
aos investimentos privados, aliados a uma busca de de articulação entre os entes federativos. Particular-
melhoria na qualidade do gasto público. mente no que se refere aos investimentos em infra-
estrutura, estes devem se concentrar em três eixos
O PAC objetiva crescimento com desenvolvimento, relacionados à infra-estrutura logística (construção e
capaz de gerar riqueza para todos e não apenas lucro ampliação de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos
para poucos e considera os investimentos em obras e hidrovias); à infra-estrutura energética (geração e
de infra-estrutura instrumentos de universalização dos transmissão de energia elétrica; produção, explora-
benefícios econômicos e sociais para todas as regiões ção e transporte de petróleo; gás natural e combus-
do País. O programa estrutura seis grupos de ações tíveis renováveis); e à infra-estrutura social urbana
relacionadas à infra-estrutura; ao estímulo ao crédito (saneamento, eletrificação, habitação, metrôs, trens
e ao financiamento; à melhora do ambiente de inves- urbanos e infra-estrutura hídrica).
timentos; à desoneração e administração tributária; às
medidas fiscais de longo prazo e à consistência fiscal. Com benefícios diretos sobre o desenvolvimento
do turismo, os investimentos em infra-estrutura do
O enfrentamento desses pontos com ações efe- PAC vão propiciar, em quatro anos, a construção,
tivas que garantam resultados concretos significa a adequação, duplicação e recuperação de 42 mil qui-
consolidação de um ambiente ideal para o desenvol- lômetros de estradas, 2.518 quilômetros de ferrovias;

1 - Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República, Programa de Aceleração do Crescimento – PAC.

2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 13


a ampliação e melhoria de 12 portos e 20 aeropor- de outros benefícios indiretos relacionados à infra- Com relação aos investimentos privados, são es- em diversas categorias de serviços turísticos, com fi-
tos; o abastecimento d’água e coleta de esgoto para estrutura energética e às melhores condições de mo- perados R$ 6,78 bilhões só para novos meios de hos- nanciamentos concedidos pelos bancos federais (Ban-
22,5 milhões de domicílios; a infra-estrutura hídrica radias para quatro milhões de famílias. O PAC prevê pedagem, além de R$ 12,55 bilhões para empreendi- co do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco
para 23,8 milhões de pessoas e; a ampliação e cons- um total de R$ 503,9 bilhões em investimentos para mentos novos, melhoria e ampliação e capital de giro, do Nordeste e Banco da Amazônia) (Tabela 2).
trução de metrôs em quatro cidades turísticas; além o quadriênio (Tabela 1).

Tabela 2
Tabela 1
Investimentos previstos 2007/2010
Investimentos previstos 2007/2010 (em R$ bilhões) Investimentos em promoção externa com recursos do OGU/MTur R$ 689,22 milhões
Infra-estrutura logística 58,3 Investimentos em promoção interna com recursos do OGU/MTur R$ 294,32 milhões
Infra-estrutura energética 274,8 Investimentos em infra-estrutura com recursos do OGU/MTur R$ 5,63 bilhões
Infra-estrutura social e urbana 170,8 Investimentos privados em meios de hospedagem R$ 6,78 bilhões
Total 503,9 Financiamento concedido para o setor privado pelos bancos federais R$ 12,55 bilhões

Ao priorizar o desenvolvimento do turismo no • O turismo é intensivo em mão-de-obra, com im-


País, o governo considera os bons resultados da pactos positivos na redução da violência no País.
Além das ações relativas à infra-estrutura para o Esse conjunto de investimentos e medidas eco-
atividade relacionados principalmente com os se- • O turismo é uma porta de entrada para os jo-
desenvolvimento, o Programa prevê um grupo de nômicas potencializará os resultados do desenvolvi-
guintes fatores: vens com diferentes níveis de qualificação no
medidas de incentivo ao investimento privado que mento do turismo no País de 2007 a 2010. O de-
mercado de trabalho.
deverá também impactar, de forma positiva, o de- senvolvimento da atividade, por sua vez, impactará
• O turismo é um multiplicador do crescimento, • O turismo ajuda a fortalecer a identidade do
senvolvimento do turismo. positivamente a aceleração do crescimento do País,
sempre acima dos índices médios de crescimen- povo e contribui para a paz ao integrar diferen-
• Expansão do crédito, sobretudo do crédito habi- gerando um círculo virtuoso, com benefícios que se
to econômico. tes culturas.
tacional e do crédito de longo prazo para inves- distribuem por toda a sociedade e para todas as re-
timentos em infra-estrutura. giões do Brasil.
• Aperfeiçoamento do marco regulatório e da
qualidade do ambiente de negócios, bem como Entre as contribuições mais expressivas decorren- Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo
a criação do Sistema Brasileiro de Defesa da tes do desenvolvimento do turismo no quadriênio
Concorrência. 2007/2010, que terão uma grande repercussão no O modelo de desenvolvimento proposto pelo go- tabilidade ambiental e ao estabelecimento de uma
• Desoneração tributária combinada com ações desenvolvimento socioeconômico do País, destacam- verno contempla e harmoniza a força e o crescimento parceria mundial para o desenvolvimento.
de modernização e agilização da administração se a geração de US$ 25,3 bilhões em divisas e a cria- do mercado com a distribuição de renda e a redução
tributária, visando reduzir a burocracia e moder- ção de 1,7 milhão de novos empregos e ocupações, das desigualdades, integrando soluções nos campos O comportamento e a prática da atividade de-
nizar e racionalizar a arrecadação de impostos e de acordo com as metas traçadas pelo Plano Nacio- econômico, social, político, cultural e ambiental. Esse vem ser pautados por padrões éticos e obedecer
contribuições. nal de Turismo. projeto traduz uma expectativa de resultados que vá aos princípios gerais contidos no Código Mundial
• Contenção do crescimento do gasto com pessoal além do lucro e da valorização do negócio simples- da Ética no Turismo da Organização Mundial do Tu-
do governo federal e implementação da política O PNT prevê investimentos com recursos mente e priorize o bem-estar social. E o turismo deve rismo. A ação ministerial deve considerar prioritária
de longo prazo para o salário mínimo, com a de- provenientes do Orçamento Geral da União construir caminhos para que possa ser, efetivamente, a proteção de crianças e adolescentes por meio da
finição de regras de reajuste a cada quatro anos. em promoção, interna e externa, da ordem um direito de todos, independentemente de condi- temática de turismo sustentável e infância. O turis-
• Aplicação dos recursos com a manutenção da de R$ 983,54 milhões 2 , além de R$ 5,63 bi- ção social, política, religiosa, cultural e sexual, respei- mo para jovens fortalece a expressão da cidadania
responsabilidade fiscal e a continuidade da re- lhões em infra-estrutura turística. Esses valores tando as diferenças, sob a perspectiva da valorização por meio do conhecimento das riquezas naturais e
dução gradual da relação dívida do setor pú- não incluem os investimentos em infra-estru- do ser humano e de seu ambiente. culturais do Brasil.
blico/PIB. O programa prevê uma redução da tura programados pelos Programas Regionais
carga tributária no montante de aproximada- de Desenvolvimento do Turismo – PRODETUR O turismo pode ser uma importante ferramenta O brasileiro deve ser o principal beneficiado
mente R$ 6,6 bilhões, em 2007, beneficiando e PROECOTUR, com financiamentos do Banco para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do pelo desenvolvimento do turismo no País. Para
os setores de bens de capital, edificação de in- Interamericano de Desenvolvimento – BID e Milênio, particularmente com relação à erradicação isso, é importante aumentar a oferta doméstica
fra-estrutura e construção civil. contrapartida estadual e federal. da extrema pobreza e da fome, à garantia de susten- e a interiorização, para gerar economia de escala

2 - Cotação do dólar de 30/4/2007 (taxa de compra), Banco Central do Brasil.

14 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 15


e escopo e ampliar a participação do turismo no Objetivos Específicos
consumo das famílias. • Garantir a continuidade e o fortalecimento da
Política Nacional do Turismo e da gestão des-
As metas, macroprogramas e programas do Plano centralizada.
Nacional de Turismo 2007/2010 têm como referência • Estruturar os destinos, diversificar a oferta e dar
os princípios orientadores expressos na visão e nos qualidade ao produto turístico brasileiro.
objetivos gerais e específicos apresentados a seguir. • Aumentar a inserção competitiva do produto
turístico no mercado nacional e internacional
Visão e proporcionar condições favoráveis ao investi-
O turismo no Brasil contemplará as diversidades mento e à expansão da iniciativa privada.
regionais, configurando-se pela geração de produ- • Apoiar a recuperação e a adequação da infra-
tos marcados pela brasilidade, proporcionando a estrutura e dos equipamentos nos destinos tu-
expansão do mercado interno e a inserção efetiva rísticos, garantindo a acessibilidade aos porta-
do País no cenário turístico mundial. A criação de dores de necessidades especiais.
emprego e ocupação, a geração e distribuição de • Ampliar e qualificar o mercado de trabalho nas
renda, a redução das desigualdades sociais e regio- diversas atividades que integram a cadeia pro-
nais, a promoção da igualdade de oportunidades, dutiva do turismo.
o respeito ao meio ambiente, a proteção ao patri- • Promover a ampliação e a diversificação do con-
mônio histórico e cultural e a geração de divisas sumo do produto turístico no mercado nacio-
sinalizam o horizonte a ser alcançado pelas ações nal e no mercado internacional, incentivando o
estratégicas indicadas. aumento da taxa de permanência e do gasto
médio do turista.
Objetivos Gerais • Consolidar um sistema de informações turísti-
• Desenvolver o produto turístico brasileiro com cas que possibilite monitorar os impactos so-
qualidade, contemplando nossas diversidades ciais, econômicos e ambientais da atividade,
regionais, culturais e naturais. facilitando a tomada de decisões no setor e
• Promover o turismo com um fator de inclusão promovendo a utilização da tecnologia da in-
social, por meio da geração de trabalho e renda formação como indutora de competitividade.
e pela inclusão da atividade na pauta de consu- • Desenvolver e implementar estratégias relacio-
mo de todos os brasileiros. nadas à logística de transportes articulados, que
• Fomentar a competitividade do produto turísti- viabilizem a integração de regiões e destinos
co brasileiro nos mercados nacional e interna- turísticos e promovam a conexão soberana do
cional e atrair divisas para o País. País com o mundo.

LUSÃO DESENVO
M DE INC LVIM
IAGE EN
V TO
A

UM

SU
ST
L
NA

EN
IO

T
RA O BRASIL UMA VIAGEM DE INC

ISS
A EMPR
ISAS P LUSÃO T , MAIS

OF
IV U RISMO PA ISTAS
IS D UR
MAIS T

PR
A RA TODO SÃO
M S UMA VIAGEM DE INCLU

O
ÃO

ÇÃ
US CA
CL LIFI
UA
IN

Q
SÃO
DE

CL U
EM

DE IN
IAG

EM
VIAG
OS UMA V

UMA
E
16 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010
IENT
B
M
ER
UM

FO
ÃO D
V
A

A
V

A
IA

TIV
ÃO D

CLUS
GEM

PA
I
TIC
O TurismoPAno Contexto Internacional

DE

O
R

IN
PATRIMÔNIO CULTURAL UM
INC
O

DE
ESTÃ

L
ÃO G

M
U
N
CLUSanos

S
N

GE
os
D E I
últimos o turismo se destaca Nesse quadro de crescimento da atividade no

Ã
VIAGEMcomo um dos setores socioeconômicos
O

A
UMA mundo, uma tendência observada ao longo dos últi-

VI
TUR MO

A
RIS mais significativos do mundo, incluindo mos anos é de desconcentração dos fluxos interna-

M
TU
I

U
S
as viagens de negócios, visitas a amigos e familia- cionais de turistas, com a inclusão de novos destinos
DO

L
M

IA
L
O PARA TODOS UMA V

res, viagens por motivações de estudos, religião, nessas rotas. Em 1950, somente 3% das chegadas

C
IA

SO
saúde, eventos esportivos, conferências e expo- internacionais se dirigiram para fora dos 15 principais

C
SO

O
sições, além das tradicionais viagens de férias e países receptores (Europa, Estados Unidos, Canadá

Ã
ÃO

S
INCLU
lazer. Esse quadro é extremamente positivo para e México). Já em 2004, 43% do total de chegadas


A VI

FU
a geração de trabalho e renda, em função da po- internacionais se realizaram fora desses 15 países re-

ÃO
AGE
tencial capacidade de criação de empregos e ocu- ceptores principais. O Quadro 1 apresenta a evolução

US

NDA
pações da atividade. das chegadas de turistas internacionais no período

MD

CL
que vai de 1950 a 2004, para os cinco maiores países

IN

E RE
E IN
IAG

DE
Os dados econômicos internacionais mostram receptores do mundo e para o grupo de países clas-

CL

OD
uma forte relação entre o ambiente econômico e o sificados a partir da 16ª colocação no ranking, entre
EM

US
GE
VIA crescimento do turismo, em todo o mundo. O cresci- os quais se encontra o Brasil.

IÇÃ
DE

ÃO
IN A
CL M mento do PIB potencializa o crescimento do turismo.

IBU
PR
US
ÃO SU

OT
EÇ No período de 1975 a 2000 o turismo cresceu a um Mesmo desconsiderando os resultados insatisfa-

TR
O IS
MA
IS TU MPREG ÃO ritmo médio de 4,4% Danual, enquanto o crescimento tórios para os Estados Unidos da América, em função
RISTAS, MAIS E AO
econômico mundial
O
SÃ médio, medido pelo PIB, foi de dos impactos negativos do atentado de 11 de setem-
PA LU
TR
IMÔ E INC3.
3,5% ao ano bro, os números para o restante do mundo indicam
NIO
HISTÓ GEMD um forte crescimento para os países da Ásia, Pacífico,
RICO UMA VIA As chegadas internacionais de 2006, em todo África e Oriente Médio e para o Brasil6, em particu-
o mundo, foram da ordem de 842 milhões de tu- lar, contra percentuais bem menores de crescimento
ristas, o que significa um crescimento médio anual para a Europa.
Diagnóstico de acima de 6% desde 1950, quando se registrou
um total de 25 milhões de chegadas internacionais. De acordo com a Tabela 3, enquanto as chegadas
O mercado das viagens representou, em 2004, em internacionais em todo o mundo tiveram um cresci-
torno de 30% do total das trocas internacionais de mento da ordem de 56,5%, no período de 1995 a
serviços comerciais, constituindo um dos seus maio- 2006, no Brasil esses números cresceram da ordem
res componentes4. de 150% no mesmo período, não obstante o decrés-
cimo de 2005 para 2006, em função da redução na
No período de 1995 a 2000 o fluxo internacio- oferta de assentos em vôos internacionais decorrente
nal de turistas apresentou um crescimento anual da crise da Varig.
da ordem de 4,8%. Esse crescimento apresentou
um decréscimo nos anos subseqüentes em função Esse é um forte indicador das perspectivas de
da tragédia de 11 de setembro em Nova York e, crescimento para destinos novos, antecipando que
no qüinqüênio 2000/2005, esse crescimento foi da a competição entre regiões para atrair visitantes se
ordem de 3,4%. No período de 1995 a 2005, a intensificará nos próximos anos com o objetivo de
taxa média de crescimento mundial foi da ordem criação de empregos e de desenvolvimento econô-
de 4,1%. Nos últimos anos, porém, houve uma re- mico sustentável e responsável.
cuperação nesse crescimento do fluxo internacio-
nal de turistas no mundo, que registrou um cresci- Novos atores devem entrar na disputa pelas viagens
mento de 5,2% de 2004 para 2005 e de 4,5% de e turismo na escala mundial, provocando uma concor-
2005 para 20065. rência acirrada entre os destinos e os operadores de

3 - OMT, Proyecto de Libro Blanco – Una mirada al futuro del turismo de la mano de la Organización Mundial del Turismo, outubro de 2005.
4 - Ibid.
5 - OMT, Barômetro OMT del Turismo Mundial, Vol. 5, 2007.
6 - Com exceção de 2006, por motivos expostos no decorrer deste trabalho.

2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 19


Quadro 1 – Tendências de Mercado tas, com base numa gestão responsável, que realize trabalho e ocupação e com a ampliação da renda.
um equilíbrio entre os aspectos ambientais, econô- E, pelo lado do consumo, com a inclusão de novas
micos e socioculturais de desenvolvimento susten- parcelas de consumidores em diversas escalas, no
80 tável do turismo. Sem isso, o turismo torna-se vul- ambiente doméstico.
71% nerável e suscetível aos problemas de degradação e
60 fragmentação que, em última instância, significam De acordo com as análises da Organização Mun-
43% sua autodestruição. dial do Turismo, calcula-se ser o turismo interno dez
43% 38% vezes maior7 que o volume de turismo internacional.
40
A prática de uma gestão responsável deverá re- De acordo com a pesquisa sobre o mercado domésti-
33% 33% produzir impactos positivos no que se refere ao tu- co8, esse índice é bem maior para o Brasil, o que apon-
20 rismo interno, propiciando o desenvolvimento da ta para uma perspectiva de consolidação da atividade
25%
3% atividade no mercado doméstico, com benefícios no País, oportunizando a melhoria da qualidade dos
0 por duas vias. Pelo lado da produção e da oferta serviços prestados e contribuindo para o desenvolvi-
1950 1970 1990 2004 da atividade, com a criação de novos postos de mento equilibrado do conjunto da economia.

Cinco maiores 16º em diante

Fonte: Organização Mundial de Turismo.


Resultados do Turismo no Brasil nos Últimos Anos

N
Tabela 3 – Chegadas de Turistas Internacionais (em milhões) o contexto de um ambiente nacional e ções para que o País obtivesse, nos últimos anos,
internacional favorável e como resulta- excelentes resultados em relação a todo o histórico
Δ% Δ%
Período 1995 2003 2004 2005 2006* do do esforço do governo, da priorida- do setor.
2003-06 1995-06
de dada ao turismo e da gestão descentralizada
Mundo 538,0 697,0 766,0 806,0 842,0 20,8 56,5
e compartilhada proposta pelo Plano Nacional No contexto desses resultados positivos e da
Europa 309,0 408,6 425,6 441,0 458,0 12,1 48,2 2003/2007 e executada com apoio do Conselho boa performance apresentada pela atividade nos
Ásia e Pacífico 85,0 114,2 145,4 155,4 167,1 46,3 96,6 Nacional e Fóruns Estaduais e parceiros priva- últimos anos, o segundo semestre de 2006 foi
Américas 109,0 113,1 125,8 133,5 136,6 20,8 25,3 dos, o turismo do Brasil vem batendo recordes afetado em função da crise da Varig e da conse-
América do Sul 12,0 13,7 16,0 18,3 19,6 43,1 63,3 que evidenciam um crescimento acima da mé- qüente redução na oferta de assentos e vôos na-
Brasil 2,0 4,1 4,8 5,4 5,0 22,0 150,0 dia mundial. cionais e internacionais, particularmente no que
se refere à entrada de turistas estrangeiros sem,
África 20,0 30,7 33,3 37,3 40,3 31,3 101,5
A proposta do Programa de Aceleração do Cresci- no entanto, prejudicar a entrada de divisas. Tra-
Oriente Médio 14,0 30,0 35,9 39,2 40,8 36,0 191,4
mento – PAC 2007/2010 do governo federal, ao pro- ta-se de uma área estratégica para o desenvolvi-
Fonte: Organização Mundial de Turismo – OMT 2006 & Anuário Estatístico Embratur. (*) Dado preliminar.
gramar investimentos em infra-estrutura e medidas mento da atividade, seja em relação ao mercado
de incentivo ao investimento privado, desenha um internacional, seja em relação ao mercado inter-
viagens. Aqueles que se adaptarem melhor às orienta- Esta pode se constituir numa importante dimen- cenário dos mais positivos para o desenvolvimento no, demandando ações de curto e médio prazos
ções do mercado e apresentarem, com maior êxito, as são dos esforços a serem empreendidos para redu- do turismo no Brasil para os próximos anos, potencia- para garantia de consolidação e crescimento sus-
características geográficas e a singularidade dos seus zir as desigualdades regionais no plano nacional e lizando os resultados obtidos e propiciando as condi- tentável da atividade.
destinos, relativamente à paisagem, cultura, patrimô- internacional e para promover um ambiente favo- ções necessárias para a consolidação da atividade no
nio e serviços, terão mais sucesso na consolidação da rável ao desenvolvimento, especialmente nas áreas País como um importante vetor de desenvolvimento Gestão do Turismo
atividade. Trata-se de uma chamada de atenção para de comércio e finanças. Significa também uma via econômico e social. A proposta de gestão descentralizada do Plano
os destinos tradicionais e uma oportunidade para os de inclusão do turismo na estratégia de luta contra Nacional de Turismo vem fomentando a consoli-
destinos novos. Isso propiciará, seguramente, um de- a pobreza, vinculando a atividade com os marcos e A execução dos Programas e Ações do Plano dação de uma rede de entidades e instituições,
senvolvimento mundial mais desconcentrado, remo- os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Nacional de Turismo 2003/2007, inseridos no Pla- em todo o território nacional, envolvendo o po-
delando e reconfigurando o processo de globalização no Plurianual de Governo 2004/2007, consideran- der público nas três esferas de governo, a inicia-
e contribuindo para a universalização dos benefícios No entanto, isso só poderá ser realizado para as do a eficiente execução orçamentária do período e tiva privada e o terceiro setor. Esse universo de
do direito ao desenvolvimento para todos. comunidades objeto de recepção dos fluxos de turis- a conjuntura externa favorável, propiciou as condi- agentes relacionados ao turismo tem promovido

7 - OMT, Proyecto de Libro Blanco – Una mirada al futuro del turismo de la mano de la Organización Mundial del Turismo, outubro de 2004.
8 - MTur/FPE, Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil, 2006.

20 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 21


Quadro 2 – Programa de Gestão Descentralizada – Participação das Entidades Privadas / Instituições mercado interno, sem desconsiderar a importância da Da mesma forma, percebe-se uma melhora na
Públicas nos Fóruns / Conselhos Estaduais chegada de turistas estrangeiros, que proporciona a qualidade das viagens domésticas também com rela-
geração de divisas para o País. É o turismo doméstico ção à utilização dos meios de transportes. O uso de
MACRORREGIÃO NORTE que propicia, por meio de ganhos de competitividade, aviões sobe de 10,8% para 12,1% e de ônibus de
UF PÚBLICAS % PRIVADAS % TOTAL a musculatura necessária para a inserção da oferta tu- excursão de 6% para 8%, entre 2001 e 200.
ACRE 21 63,6 12 36,4 33
AMAZONAS 54 65,9 26 34,1 82
rística nacional no mercado internacional.
AMAPÁ 40 57,1 30 42,9 70 É importante destacar, com relação aos resultados
PARÁ 11 37,9 18 62,1 29
RONDÔNIA 10 45,5 12 54,5 22
E o mercado doméstico se mostra com grande po- acima, que essas viagens domésticas não incluem as
RORAIMA 37 71,2 15 28,8 52 tencial para o desenvolvimento do setor no País. Segun- viagens rotineiras realizadas, nem as viagens de excur-
TOCANTINS 12 42,9 16 57,1 28
do dados da pesquisa sobre a Caracterização e o Dimen- são, cuja permanência média é inferior a 24 horas.
TOTAL 185 59,5 131 41,5 316
sionamento do Turismo Doméstico no Brasil9, no ano de
MACRORREGIÃO CENTRO-OESTE 200, foram realizadas 139,9 milhões de viagens do- Desembarques Nacionais
UF PÚBLICAS % PRIVADAS % TOTAL
DISTRITO FEDERAL 20 43,5 26 58,5 46 mésticas. O conceito de viagens domésticas adotado na Nos últimos quatro anos, a utilização do transpor-
GOIÁS 27 48,2 29 51,8 56 pesquisa considera as viagens não rotineiras dentro do te aéreo no Brasil se popularizou e apresentou um
MATO GROSSO 26 54,2 22 45,8 48
M. GROSSO DO SUL 08 17,0 39 83,0 47
território nacional com, no mínimo, um pernoite. crescimento excepcional. De 2003 a 2006 foram re-
TOTAL 81 41,1 116 58,9 197 gistrados 16,7 milhões de desembarques domésti-
Comparando o número de viagens realizadas pe- cos no País, o que significa um aumento de 23% em
MACRORREGIÃO NORDESTE
UF PÚBLICAS % PRIVADAS % TOTAL los domicílios em 200 com os resultados da mesma relação ao quadriênio anterior (1999/2002).
ALAGOAS 75 75,0 25 25,0 100 pesquisa realizada para 2001, registra-se um cresci-
BAHIA 38 46,9 43 53,1 81
CEARÁ 15 31,3 33 68,8 48 mento da ordem de 26,% nas viagens domésticas Em 2006, o desembarque de passageiros de
MARANHÃO 44 78,6 12 21,4 56 realizadas no País no período. vôos nacionais foi de 46,3 milhões, 7,4% acima
PARAÍBA 13 48,1 14 51,9 27 MACRORREGIÃO SUL
PERNAMBUCO 13 37,1 22 62,9 35 UF PÚBLICAS % PRIVADAS % TOTAL do verificado no mesmo período do ano anterior,
PIAUÍ 10 50,0 10 50,0 20 PARANÁ 16 38,1 26 61,9 42 Desse número de viagens domésticas realizadas quando o número de passageiros desembarcados
R. GRANDE DO NORTE 11 31,4 24 68,6 35 R.GRANDE DO SUL 32 42,7 43 57,3 75
SERGIPE 10 50,0 10 50,0 20 SANTA CATARINA 51 67,1 25 32,9 76 no País, 2% dos turistas se hospedaram em hotéis, foi de 43,1 milhões.
TOTAL 229 54,3 193 45,7 422 TOTAL 99 51,3 94 48,7 193 pousadas ou resorts em 200, gerando um total de
PÚBLICAS % PRIVADAS % TOTAL 4,87 milhões de pernoites. Em 2001 o percentual Em 200, os desembarques de vôos nacionais to-
MACRORREGIÃO SUDESTE CONSELHO NACIONAL
UF PÚBLICAS % PRIVADAS % TOTAL DE TURISMO 26 40,0 39 60,0 65 de turistas que se hospedaram em hotéis, pousadas talizaram 43,1 milhões de passageiros, contabilizan-
ESPÍRITO SANTO 17 38,6 27 61,4 44 FÓRUM NACIONAL DE
SECRETÁRIOS E DIRIGENTES 27 100,0 - - 27
e resorts foi da ordem de 22,2%, o que indica um do um crescimento de 17,7%, em relação aos 36,6
MINAS GERAIS 06 26,7 22 73,3 30
ESTADUAIS DO TURISMO aumento na utilização dos meios de hospedagem de milhões de passageiros desembarcados em 2004
RIO DE JANEIRO 18 47,4 20 52,6 38
SÃO PAULO 12 46,2 14 53,8 26 TOTAL GERAL PÚBLICAS % PRIVADAS % TOTAL turismo nos fluxos domésticos. (Quadro 3).
TOTAL 55 39,9 83 60,1 138 BRASIL 702 51,7 656 48,3 1.358

Fonte: MTur.

Quadro 3 – Desembarques Nacionais (em milhões)


a realização de diversos fóruns de discussão e de- para a consolidação do turismo nacional. No conjun-
liberação sobre a Política Nacional do Turismo e to, essa é uma brigada que envolve 1.38 represen-
seus desdobramentos, nas diferentes escalas ter- tantes diretos com 12.000 indiretos, vinculados às 46,3
43,1
ritoriais do País. instituições públicas e entidades privadas relaciona- 36,6
das ao turismo em todo o País. 32,6 33,0
30,7
O Quadro 2 ressalta a dimensão do universo de 26,5 27,7 28,5
atores mobilizados em todas as regiões brasileiras, Esse conjunto de atores deve ter cada vez mais 19,5 21,3
por meio das instituições representativas do turismo, ampliados e fortalecidos seus espaços de discussão 16,8
integrantes do Conselho Nacional de Turismo, do e participação no processo de gestão do desenvolvi-
Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estadu- mento da atividade, em todo o território nacional.
ais de Turismo e dos Fóruns e Conselhos Estaduais
de Turismo nas 27 Unidades da Federação, que vêm Fluxos Turísticos Domésticos 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
participando desse processo da gestão descentraliza- A consolidação, de forma sustentável, da atividade
da, compartilhando experiências e somando esforços turística no Brasil deve resultar do fortalecimento do Fonte: Infraero.

9 - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil, São Paulo, FIPE, 2006.

22 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 23


Geração de Emprego e Renda De acordo com dados da Relação Anual de Infor- mais e informais, o que indica que a meta de geração definida no Plano Nacional de Turismo 2003/2007,
O turismo é uma atividade de importância fun- mações Sociais – RAIS, do Ministério do Trabalho e de 1,2 milhão de empregos e ocupações, até 2007, deverá ser alcançada com segurança.
damental para o crescimento da economia do País Emprego, e considerando as Atividades Característi-
devido não somente a sua contribuição significativa cas do Turismo – ACT, com base em uma matriz que
para o aumento do PIB, como também pela potencial agrega 12 setores da economia, de acordo com meto- Tabela 5 – Número Total de Empregos na Atividade Turística
capacidade de geração de trabalho, ocupação e ren- dologia da OMT12, o mercado formal de trabalho em Formais e Informais (em milhões de pessoas ocupadas)
da, com impactos na melhoria da qualidade de vida turismo no País passou de 1.716 mil pessoas empre-
da população. gadas, em 2002, para 2.013 mil pessoas empregadas, Acumulado 2003/2004/2005/2006
2002 2003 2004 2005 2006 (*)
em 2006, o que representa um crescimento da ordem (pessoas ocupadas)
Segundo a Organização Mundial de Turis- de 17,30% em quatro anos (Tabela 4, Quadro 4). 5,15 5,18 5,48 5,81 6,04 891.000
mo, a atividade é responsável pela geração de 6 Fonte: MTE/RAIS/UnB. (*) O dado de 2006 foi estimado tomando como referência o número de empregos em 31/12/2005, acrescido do saldo do CAGED (adm
– desl) de janeiro a dezembro de 2006.
a 8 por cento 10 do total de empregos no mun- Esse número de empregos gerados no mercado
do. Além disso, é uma das atividades econômi- formal pode ser extrapolado para se chegar a uma
cas que demandam o menor investimento para avaliação do mercado informal, considerando estu-
Quadro 5 – Evolução no Número de Empregos na Atividade Turística – Formais e Informais
a geração de trabalho. Segundo pesquisa recen- dos que indicam uma relação de três empregos totais
(em milhões de pessoas ocupadas)
te da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica para um emprego formal13. Como o setor é intensivo
– FIPE 11, a hotelaria, um segmento intensivo em em mão-de-obra, com predominância de mão-de-
mão-de-obra e com peso importante na ativida- obra informal, a utilização desse multiplicador para 6.200
de turística, demanda em torno de R$ 16.198,60 se avaliar o número de empregos e ocupações ge- 6.000 6,04
de valor da produção da atividade requerida para rados pelo turismo, no mercado formal e informal, 5.800
geração de uma unidade de emprego, valor este conforme a Tabela 5, apresenta um resultado que 5,81
5.600
bem menor do que aquele demandado por outros pode ser considerado conservador. 5.400 5,48
setores econômicos, tais como indústria têxtil (R$ 5.200
27.435,20), construção civil (R$ 28.033,00) e si- Nos anos de 2003 a 2006, foram gerados pela 5.000 5,15 5,18
derurgia (R$ 68.205,90). atividade turística no Brasil 891.000 empregos, for- 4.800
4.600
2002 2003 2004 2005 2006
Tabela 4 – Evolução no Número de Empregos Formais na Atividade Turística (em milhões)

2001 2002 2003 2004 2005 2006


1,50 1,72 1,73 1,83 1,94 2,01
Fonte: MTE/RAIS. (*) Dado preliminar, oriundo do CAGED, que poderá sofrer alterações em função da publicação da RAIS definitiva de 2005.
Novos Produtos de Qualidade trabalho, identificou-se a necessidade de mostrar
O Ministério do Turismo lançou, em abril de ao País os produtos turísticos novos a partir das di-
2004, o Programa de Regionalização do Turismo – retrizes do programa. Nesse momento, o Salão do
Roteiros do Brasil, apresentando ao País uma nova Turismo – Roteiros do Brasil é criado pelo Ministério
Quadro 4 – Evolução no Número de Empregos Formais na Atividade Turística (em milhões)
perspectiva para o turismo brasileiro por meio da do Turismo como uma estratégia para impulsionar
gestão descentralizada, estruturada pelos prin- as ações da regionalização. A primeira edição do
2,5
cípios da flexibilidade, articulação e mobilização. evento, realizada em 2005, apresentou ao País 451
2,01
2 Um dos objetivos do Programa de Regionalização roteiros turísticos, envolvendo 959 municípios em
é a desconcentração da oferta turística brasileira, 134 regiões turísticas.
1,94
1,5 1,83 localizada predominantemente no litoral, propi-
1,72 1,73
1,50 ciando a interiorização da atividade e a inclusão Após a primeira edição do Salão do Turismo, os
1
de novos destinos nos roteiros comercializados no estados e o Distrito Federal perceberam a necessida-
0,5 mercado interno e externo. A regionalização pro- de de reorganizar a oferta turística nacional. A partir
põe a ampliação das ações centradas nas unidades dessa constatação, os órgãos oficiais de turismo das
0 municipais e apresenta ao País, em 2004, o Mapa Unidades da Federação e o MTur realizaram, de 2005
2001 2002 2003 2004 2005 2006 da Regionalização, composto por 219 regiões turís- a 2006, uma série de reuniões, seminários e oficinas
ticas, contemplando 3.203 municípios. Após esse que resultaram na atualização do Mapa da Regiona-

10 - OMT, Proyecto de Libro Blanco – Una mirada al futuro del turismo de la mano de la Organización Mundial del Turismo, outubro de 2004. 13 - De acordo com estudo realizado pelo CET/UnB, segundo Pastore (2005), em 1985 havia um emprego formal para cada 2,7 trabalhadores totais (formais + informais). Em 2002 essa proporção
11 - FIPE, Meios de Hospedagem: Estrutura de Consumo e Impactos na Economia, 2006. subiu de um emprego formal para três trabalhadores totais. Utilizando-se essa relação, pode-se fazer uma estimativa sobre a quantidade total de trabalhadores no turismo, como mostra a
12 - A definição das atividades características do turismo segue as diretrizes da Organização Mundial do Turismo para a construção das contas satélites do Turismo (WTO, 2000a, 2000b) e Tabela 5. Vale ressaltar que se chega a esses valores por uma aproximação, não sendo possível afirmar que esses números refletem integralmente a situação do mercado de trabalho para o turismo.
está de acordo com as definições providas na literatura especializada, conforme Lage e Milone (1991), Lundenberg et al (1995) e Espanha (1996). Assim, estudos específicos sobre o mercado de trabalho para o turismo mostram-se de fundamental importância para diagnosticar a influência do setor em relação à geração de novos empregos.

24 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 25


lização, destacando 200 regiões turísticas e 3.819 municípios) para serem trabalhados com o objetivo de Principais resultados do 2º Salão do Turismo – Ro- voltados ao fortalecimento organizacional e ao em-
municípios (Quadro 6). alcançar o padrão internacional de qualidade. Nessa teiros do Brasil: preendedorismo. Para promover os produtos associa-
segunda edição, o Salão consolidou-se como um mar- • Público: 109,4 mil visitantes. dos ao turismo e escoar a produção, patrocinou-se
A gestão participativa também foi adotada para co do desenvolvimento da atividade turística no País, • Área do evento: 3.844 m2. a participação de artesãos em mais de 10 feiras e
a seleção dos 396 roteiros turísticos (149 regiões e gerando os resultados descritos a seguir. Esses núme- • Feira de roteiros turísticos: apresentação de 396 eventos do setor.
1.027 municípios) apresentados no 2º Salão do Tu- ros estabelecem um novo patamar para a expansão da roteiros (87 com foco no padrão de qualidade
rismo, realizado em 2006. Desses roteiros turísticos, atividade turística, abrindo perspectivas de desenvolvi- internacional). O controle de qualidade dos produtos turísticos
foram selecionados 87 roteiros (116 regiões com 474 mento socioeconômico para diferentes regiões. • Vitrine Brasil: 30,9 mil peças comercializadas do País deve ser realizado por meio da definição de
na Mostra de Artesanato/Casas do Brasil, instrumentos regulatórios que contemplam requi-
3,4 mil pratos comercializados na Mostra sitos mínimos de qualidade e, ainda, por meio do
Quadro 6 – Processo de Regionalização e Roteirização do Programa de Regionalização do Turismo Gastronômica e 77 apresentações, com par- cadastramento e da fiscalização das empresas, em-
ticipação de 1.009 artistas, nas Manifesta- preendimentos, equipamentos e profissionais de tu-
ções Artísticas. rismo. Sob a coordenação do MTur, essas atividades
• Rodadas de Negócios (fonte: pesquisa FGV): vêm sendo executadas, de forma descentralizada,
2004/2005 Valor total de R$ 13,4 milhões em expectativa por meio de convênios com órgãos de turismo es-
116 roteiros visitados
219 regiões turísticas de negócios: taduais em todo o País. No que se refere aos instru-
Elaboração do Plano Cores
3.203 municípios – Rodada Nacional: R$ 8,9 milhões (compra- mentos regulatórios, encontra-se em fase de análise
(Marketing Nacional)
dores/vendedores) – em 12 meses; uma proposta de consolidação das diversas normas
– Rodada Internacional: US$ 34 milhões – em que dispõem sobre a atividade no âmbito federal e
24 meses (R$ 76, milhões)14. estabelece as referências básicas para a regulamen-
• Núcleo do Conhecimento: 8 mil inscritos e 61 tação da atividade.
41 roteiros palestras realizadas.
134 regiões • Missões Promocionais: Entrada de Divisas
99 municípios – Caravana Brasil: 66 participantes, sendo 60 ope- Um resultado que aponta para a performance ex-
radores internacionais da Argentina, Uruguai, Pa- cepcional da atividade turística no mercado interna-
Salão do Turismo – raguai, Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador. cional e que merece destaque, após quatro anos de
Roteiros do Brasil 2005 – Press Trip (visita orientada para jornalistas existência do Ministério do Turismo, é a receita cam-
convidados): 22 jornalistas de 17 estados e bial turística, que contribui para o enriquecimento e
6 jornalistas de Portugal, Argentina, Peru, competitividade do País no contexto internacional.
Chile e Colômbia.
Em 2006, o Brasil alcançou a receita cam-
Ainda no âmbito da qualificação de novos pro- bial turística de US$ 4,32 bilhões, superior em
dutos turísticos, deve ser fomentada e valorizada a 11,78% ao ano de 200 (US$ 3,86 bilhões) (Qua-
produção associada ao turismo, possibilitando o de- dro 7). Em 200, essa receita atingiu o montante
87 roteiros: senvolvimento de atributos que fortaleçam os aspec- de US$ 3,86 bilhões, superior em 19,87% em
padrão internacional tos naturais, culturais e sociais dos destinos turísticos. relação ao ano anterior (US$ 3,22 bilhões). Os
de qualidade Como resultado, ocorre a dinamização econômica quatro primeiros anos deste governo acumulam
das comunidades locais, com a geração de renda e uma receita cambial turística da ordem de US$
trabalho e com a distribuição dos benefícios gerados 13,88 bilhões.
396 roteiros
pelo turismo. É importante salientar que dos produ-
para o mercado
tos associados ao turismo ressurgem, entre outros, Analisando a série histórica mensal, entre janeiro
nacional
2005/2006 as artes, as crenças, os cerimoniais, a linguagem, a de 2003 e dezembro de 2006, observa-se um cres-
200 regiões turísticas Salão do Turismo – moda e o patrimônio arquitetônico, que são restituí- cimento consistente da receita cambial turística e
3.819 municípios Roteiros do Brasil 2006 dos ao cotidiano, transformados em atrativos típicos ainda que, em todos os meses de 2003 a 2006, à
e em roteiros de sabores e fazeres. Nesse sentido, o exceção de setembro de 2006, houve aumento de
Ministério do Turismo apoiou projetos que beneficia- gastos de estrangeiros no Brasil, em relação ao mes-
ram diretamente cerca de 900 artesãos com cursos mo período no ano anterior. Em dezembro de 2006

14 - Cotação a US$ 2.2.

26 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 27


Quadro 7 – Receita Cambial Turística (em milhões US$) Quadro 9 – Comparativo da Despesa e Receita Cambial Mensal – 2005 e 2006 (em milhões US$)

Receitas Despesas

4.316 538 539


554

3.861 486 495 491


473 481
514
468 463
439 453
435
3.222 424 433
413
397 402 397 414
432
400
371 367
360 360 359
341 341 348 344 342 341
2.479 296
327
311
294
328
292 298
319 309
295
326 314
275
1.998 260

1.628 1.810 1.731


1.586
972 1.069
840

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2005 2006

Fonte: Banco Central do Brasil.

Fonte: Banco Central do Brasil. Quadro 10 – Saldo Cambial Líquido do Turismo – 1990 a 2006 (em milhões US$)
351
218

(90)
(293) (338) (398)
(794)
chegou-se ao resultado de US$ 400 milhões no mês 1998, respectivamente. Em 2005 e 2006, mesmo (1.182)
858

(Quadros 8 e 9). com o crescimento expressivo da receita, a balança (1.457) (1.468) (1.448)

(2.084)
comercial apresentou um déficit de US$ 858 milhões (2.420)

O saldo da balança comercial foi positivo em e US$ 1,45 bilhão, respectivamente, em função da
2003 e 2004 (Quadro 10), após mais de 10 anos com estabilidade econômica e da valorização do real em (3.598)

saldos negativos, até 2002. Esses déficits chegaram relação ao dólar, o que motivou muitos brasileiros a (4.377)
(4.146)

a US$ 4,38 bilhões e US$ 4,15 bilhões em 1997 e realizar viagens ao exterior. 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06

Fonte: Banco Central do Brasil.

Quadro 8 – Comparativo da Despesa e Receita Cambial Mensal – 2003 e 2004 (em milhões US$)
Entrada de Turistas Estrangeiros constante até 2005. Em 2006 houve uma dimi-
A entrada de turistas estrangeiros no País, nuição na entrada de turistas estrangeiros no
depois de experimentar uma queda em 2001 e País, em função da redução na oferta de assen-
Receitas Despesas 2002, apresentou uma tendência de recupera- tos em vôos internacionais decorrente da crise
ção e crescimento em 2003, que se manteve da Varig (Tabela 6).

335
308 313 Tabela 6 – Entrada de Turistas no Brasil (número de turistas)
296
289 294 292
279 275
250 255 257
269 Ano
239 236 240 241 248 247 248
231
217 218
229
218
229
207 211
222 220
228 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
203 204 196
194 193 191 181
168 173
157
169
181
169
178 180
2.849.750 4.818.084 5.107.169 5.313.463 4.772.575 3.784.898 4.132.847 4.793.703 5.358.000 5.019.000
139
122
Fonte: DPF/MTur/Embratur.

Em 2005, os desembarques de vôos interna- vôos internacionais, incluindo brasileiros voltan-


Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
cionais atingiram 6,8 milhões de passageiros, do do exterior e turistas estrangeiros, valor este
2003 2004 com um incremento de 11,28%, em relação ao inferior em 5,90% ao total dos desembarques
ano de 2004 (Quadro 11). Em 2006, o País re- no ano de 2005, em decorrência dos motivos já
Fonte: Banco Central do Brasil. cebeu cerca de 6,4 milhões de passageiros de apontados acima.

28 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 29


Quadro 11 – Desembarques Internacionais (em milhões) mos do BID, US$ 40 milhões de contrapartida fede- vimento do turismo na região do cerrado brasileiro,
ral e US$ 60 milhões de contrapartidas estaduais. com apoio do Banco Mundial.
O MTur promoveu a execução do programa com
recursos da contrapartida federal aplicando, em Além de intermediar e apoiar institucionalmente
6,8 2006, o montante de R$ 5 milhões para preparação os financiamentos do PRODETUR, o Ministério do
6,1 6,4
de planos diretores municipais, projetos de fortale- Turismo tem uma ação direta na aplicação com re-
5,5 5,5 5,2 5,4
4,9 5,0 5,0 cimento da gestão em turismo em âmbito estadual cursos do OGU na infra-estrutura turística propria-
4,6
e municipal, projetos executivos de obras, bases car- mente dita. Foram empenhados R$ 736,24 milhões
3,4
tográficas e infra-estrutura. em 2006, incluídos os investimentos em sinalização
turística, recuperação de patrimônio histórico, im-
No que se refere ao PROECOTUR, para a região plantação de pontos náuticos, trechos ferroviários e
da Amazônia Legal, a Fase I, em conclusão, está sen- centros de informações turísticas e excluídos os in-
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 do executada em parceria com o Ministério do Meio vestimentos nos Programas de Desenvolvimento do
Ambiente – MMA. Nessa fase, o MTur repassou re- Turismo – PRODETUR, conforme a Tabela 7.
cursos ao estado do Amazonas para elaboração do
Fonte: Infraero.
Plano Estratégico para o Desenvolvimento Turístico Além desse montante, foi firmado convênio entre
na Região de Parintins. Os três mais importantes o Ministério do Turismo e a Infraero para a ampliação
estudos para subsidiar a Fase II, denominada pelo e modernização da infra-estrutura aeroportuária de
Infra-estrutura de Apoio ao Turismo No que se refere aos PRODETUR NE ll, estão MTur de PRODETUR Norte, estão sendo concluídos. 11 municípios: Brasília, Boa Vista, Fortaleza, Goiâ-
O turismo no País se recente de uma carência de programados investimentos no valor de U$ 400 mi- O PRODETUR Norte terá sua execução coordenada nia, Guarulhos, João Pessoa, Macapá, Rio de Janeiro,
infra-estrutura de apoio que propicie o seu desenvol- lhões, sendo U$ 240 milhões de empréstimos do pelo Ministério do Turismo, apoiado pelo MMA. Salvador, São Paulo e Vitória. O incremento do fluxo
vimento com qualidade e sustentabilidade, particu- BID, e U$ 160 milhões de contrapartida federal, turístico nacional e internacional em níveis acima da
larmente no que se refere à acessibilidade e ao sa- complementadas, onde necessário, por contrapar- Finalmente, o PRODETUR JK, que abrange a Re- média mundial em 2005 foi um dos fatores prepon-
neamento ambiental, não obstante a priorização dos tida estadual. gião Central e Sudeste do País, está sendo iniciado derantes para que o Ministério do Turismo participas-
recursos destinados à atividade nos últimos anos. pela preparação do Plano Estratégico de Desenvol- se diretamente da reestruturação dos aeroportos bra-
O PRODETUR NE II atende os nove estados da Re- vimento do Turismo e pela elaboração de uma Ava- sileiros. Em 2006, foram destinados para essas obras
A infra-estrutura de apoio ao turismo está rela- gião Nordeste e a parte norte dos estados de Minas liação Ambiental Estratégica (AAE) para o desenvol- R$ 350 milhões pelo Ministério do Turismo.
cionada à área de atuação de outros setores da ad- Gerais e Espírito Santo, compreendendo 14 pólos,
ministração pública, demandando uma articulação envolvendo 113 municípios. Até 2006, cinco destes
intersetorial sistemática nas três esferas de governo. estados conseguiram celebrar subempréstimos com
Tabela 7 – Investimento em Infra-Estrutura
Nesse sentido, o PNT deve priorizar uma ação trans- o Banco do Nordeste, instituição internalizadora dos
versal de articulação para a implementação da infra- recursos do BID: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, 2003 2004 2005 2006
estrutura de apoio aos destinos turísticos. Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. O Ministério do EXECUTADO (R$) EXECUTADO (R$) EXECUTADO (R$) EXECUTADO (R$)
Turismo repassou, em 2006, aos 11 estados, incluin- 20.908.857 187.435.717 419.738.000 736.242.017
Os investimentos propostos pelo Programa de do aqueles que ainda não obtiveram recursos do BID, Fonte: SIAFI/STN.
Aceleração do Crescimento promoverão um grande o montante de R$ 26 milhões, a título de contra-
salto de qualidade e avanço para a superação desse partida federal ao programa. Ainda no âmbito do
gargalo, principalmente no que se refere aos investi- PRODETUR NE II, estão sendo realizados os estudos Crédito e Investimento pliação, modernização e instalação de empre-
mentos destinados à infra-estrutura social e urbana e de aperfeiçoamento dos programas regionais visan- Os bancos públicos federais do País (Ban- endimentos turísticos e operações de capital de
à infra-estrutura logística. do ao alívio da pobreza na região, com recursos de co do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, giro. Se comparado a 2003, ano de criação do
doação do Banco Mundial. Banco do Nordeste e Banco da Amazônia), se- Ministério do Turismo, o acréscimo é de 100%.
No âmbito das ações relacionadas à infra-es- gundo levantamento realizado pelo Ministério, Em quatro anos, de 2003 a 2006, foi concedi-
trutura de apoio ao turismo, há que se destacar os O PRODETUR Sul abrange os três estados da Re- concederam R$ 2,2 bilhões em créditos para do o montante de R$ 6,65 bilhões, conforme o
financiamentos concedidos pelo Banco Interameri- gião Sul e o estado do Mato Grosso do Sul, compre- empreendedores do turismo em 2006. O valor Quadro 12.
cano de Desenvolvimento – BID, para os Programas endendo quatro pólos, envolvendo 39 municípios. representa um incremento de 10,5% em rela-
Regionais de Desenvolvimento do Turismo – PRODE- O programa prevê investimentos da ordem de US$ ção a 2005, no volume de recursos direcionados No que se refere aos investimentos privados pro-
TUR, em curso no País. 250 milhões, sendo US$ 150 milhões de emprésti- ao setor para projetos de investimentos em am- gramados para os próximos anos, foram identifica-

30 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 31


dos R$ 3,6 bilhões em projetos do segmento hotelei- Não obstante a perspectiva de ampliação do par- milhões para atender 46 mil pessoas no País, em
ro (Tabela 8), com previsão de conclusão até 2009, o que hoteleiro e os avanços indicados nos créditos con- parceria com estados, municípios, iniciativa privada
que representará um aumento de 26,3 mil unidades cedidos pelos bancos federais, o fomento à atividade e organizações não-governamentais, consolidando
habitacionais na capacidade hospedeira do País, em representa um importante desafio a ser superado para ações desenvolvidas no período 2003–2005.
138 novos empreendimentos. o desenvolvimento pleno do turismo no País.
Para incrementar a competitividade do turismo
brasileiro, também foi priorizada a certificação de
pessoas de turismo de aventura e de sustentabilidade
Quadro 12 – Financiamento para o Turismo – Bancos Públicos Federais – 2003 a 2006 (R$ bilhões)
de meios de hospedagem, tendo sido desenvolvidas
19 normas brasileiras em 2006. e dos principais atributos de exportação do País no
2,5 exterior. O símbolo está sendo incorporado a todo
2,186 O Programa de Alimento Seguro no Turismo, em programa de promoção, divulgação e apoio à comer-
1,979
2 parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sa- cialização dos produtos, serviços e destinos turísticos
nitária – ANVISA e a Associação Brasileira de Bares, brasileiros no mercado internacional.
1,5 1,396
Restaurantes e Similares – ABRASEL, qualificou 5.632
1,094
1 manipuladores de alimentos e atendeu 662 empre- A partir de 2003, o MTur adotou a estraté-
sas. Foram apoiados também diversos projetos vol- gia de divulgar o País no exterior, ampliando a
0,5 tados à formação de jovens para o turismo, tendo participação em feiras e eventos internacionais.
como meta alcançar 140 mil alunos de escolas públi- Em 2005, foi lançada a Agenda de Promoção Co-
0
cas e 11 mil jovens trabalhadores ou em situação de mercial do Turismo Brasileiro no Mercado Interna-
2003 2004 2005 2006
vulnerabilidade social. cional, ampliando, assim, a presença do País em
eventos no exterior. Em 2006, o Ministério parti-
Fonte: MTur/DFPIT. Promoção e Marketing cipou de 41 feiras internacionais de turismo e 21
Buscando estabelecer referenciais fundamentados feiras comerciais (Quadro 13).
para as ações de promoção e marketing do turismo
Tabela 8 – Investimentos Previstos para o Turismo brasileiro, foram desenvolvidos o Plano de Marketing De acordo com a classificação do ICCA – Inter-
Investimentos em Meios de Hospedagem – Início de Operação 2007 a 2009 / Por Região do Turismo para o mercado interno – Plano Cores do national Congress & Convention Association, para o
Invest. Estimado Empreendimentos Uhs Emprego Direto Brasil e o Plano de Marketing do Turismo Brasileiro ano de 2006, o Brasil passou a ocupar a 7ª posição
Região no exterior – Plano Aquarela, que propõem uma es- no ranking dos países que mais realizam eventos in-
Valor (R$) Partic. (%) Qde. Partic. (%) Qde. Partic. (%) Qde. Partic. %
tratégia de investimentos do Ministério do Turismo ternacionais em todo o mundo. Em 2003, o País ocu-
Centro-Oeste 209.553.000 5,8 11 8,0 2.422 9,2 1.122 6,9
nos principais mercados emissores. pava a 19ª posição nesse ranking (Quadro 14).
Nordeste 1.954.409.000 53,8 54 39,1 10.964 41,7 8.955 55,0
Norte 225.375.000 6,2 16 11,6 2.251 8,6 1.001 6,1 Como primeiro resultado direto do Plano Aqua- O País ainda se mantém como o melhor colocado
Sudeste 1.108.695.000 30,5 51 37,0 9.797 37,2 4.800 29,5 rela, a partir de 2005, foi criada a Marca Brasil, que nesse ranking entre todos os países latino-america-
Sul 133.800.000 3,7 6 4,3 890 3,4 410 2,5 passou a representar a imagem do turismo brasileiro nos e o segundo das Américas.
Total 3.631.832.000 100 138 100 26.324 100 16.288 100
Fonte: MTur. Quadro 13 – Participação do Brasil nas Feiras Internacionais de Turismo e Feiras Comerciais

Qualificação Profissional competitividade dos destinos turísticos e a melhoria da 62


51 49
O turismo como uma das atividades econômicas qualidade dos serviços ofertados devem ser priorida-
em crescimento no Brasil tem papel fundamental para des por meio da qualificação profissional e incremento 27
redução das desigualdades regionais e sociais. O se- dos produtos e serviços em todos os elos da cadeia
tor envolve milhares de pequenos negócios em todo o produtiva do setor.
País – taxistas, lojistas, guias turísticos, pousadas, res-
2003 2004 2005 2006
taurantes, meios de hospedagem, artesãos e agências O Programa Nacional de Qualificação Profissional
de viagens, entre outros. O fomento ao aumento da e Empresarial, lançado em 2006, investiu R$ 15,3 Fonte: MTur.

32 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 33


Quadro 14 – Posições ICCA 2006 / Realizações de Eventos Internacionais Tabela 9 – Limite Disponibilizado e Orçamento Executado pelo MTur – 2003, 2004, 2005 e 2006
2003 2004 2005 2006
TOP 10 PAÍSES Limite Exec. % Limite Exec. % Limite Exec. % Limite (*) Exec. %
1º Estados Unidos 414 Posição Ocupada pelo Brasil (a) (b) c = (b/a) (a) (b) c = (b/a) (a) (b) c = (b/a) (a) (b) c = (b/a)
2º Alemanha 334 Posição no Ranking ICCA 134,9 127,1 94,22 360,3 357,9 99,33 717,6 716,3 99,82 1.410,4 1.409,6 99,94
3º Reino Unido 279 Fonte: SIAFI – exclusive despesa com pessoal (2003 = R$ 19,9; 2004 = R$ 23,1; 2005 = R$ 23,7; 2006 = R$ 30,5).
(*) Limite estabelecido pela Portaria 416, de 29/12/2006 (Publicação: D.O.U. de 11/1/2007).
4º França 269 207
5º Espanha 266 145
6º Itália 209 106
62 marketing e apoio à comercialização de produtos, evidenciam as manifestações artísticas e culturais do
7º Brasil 207
8º Áustria 204 serviços e destinos turísticos, como também no apoio povo brasileiro, receberam o montante de R$ 522,5
9º Austrália 190 2003 2004 2005 2006 à realização de eventos que atraem os turistas e que milhões, de 2003 a 2006 (Quadro 16).
19º lugar 14º lugar 11º lugar 7º lugar
10º Holanda 187

Fonte: International Congress & Convention Association. Quadro 16 – Promoção do Produto Turístico Brasileiro Incluindo as Emendas Parlamentares (em R$ milhões)

As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com No exercício de 2006 foi aplicado R$ 1,409 bi-
250
respectivamente 54 e 48 eventos, lideram essa clas- lhão em apoio às ações do setor, excluídos os gastos
200,6
sificação em sedes de eventos no País, mas outras com pessoal ativo e inativo (R$ 30,5 milhões), o que 200
cidades também aparecem nessa relação, como Sal- corresponde a um crescimento próximo a 96,8% em 166,7
vador, Fortaleza, Brasília, Florianópolis, Curitiba e relação ao ano anterior (R$ 716,3 milhões). 150
Campinas, o que revela uma saudável desconcentra- 115,0
100
ção desse segmento no País. Considerando os limites autorizados anualmen-
te, conforme decretos de programação financeira, o 50 40,2
Orçamento MTur tem, desde a sua criação, procedido à execução
A constatação de que o turismo passou a ser de quase 100% do limite disponibilizado para o ór- 0
prioridade para o governo federal se configura por gão, conforme a Tabela 9. 2003 2004 2005 2006
meio das Leis de Orçamento Anual – LOA e da sua
execução. Em termos de execução orçamentária, o O setor foi contemplado com o maior volume de
Fonte: Sistema SIAFI/STN.
Ministério do Turismo, no período de janeiro de 2003 recursos orçamentários já executados em ações de
a dezembro de 2006, aplicou, em apoio às ativida- promoção do produto turístico brasileiro, em espe-
des/ações e projetos do setor, o valor correspondente cial na promoção do destino Brasil no exterior. Essas
Resultados Registrados a R$ 29,6 bilhões. É importante ressaltar que o
a R$ 2,61 bilhões (Quadro 15). ações, no Brasil e no exterior, focadas em promoção,
pelo Setor Privado crescimento médio do setor de turismo alcan-
As empresas relacionadas ao setor de turismo vêm çou 29,3%, impulsionado pelas agências de
registrando resultados positivos desde 2003. Esses viagens, locadoras de automóveis, companhias
Quadro 15 – Execução Orçamentária do Ministério do Turismo 2003/2006 (em R$ milhões)
resultados, apresentados a seguir, demonstram que, aéreas e operadoras.
para os diversos segmentos que compõem o setor, a
1.730,6
atividade turística no País vem se fortalecendo e se Tal fato induziu os empresários a amplia-
1.409,6
consolidando no contexto da economia mundial. rem em 21,6% o quadro de pessoal no ano de
1.042,2 2006, principalmente nos segmentos de agên-
716,3 Segundo a Fundação Getúlio Vargas – FGV, cias de viagem, companhias aéreas e feiras e
508,3 em sua Pesquisa Anual de Conjuntura Econômi- eventos, sendo este um dos fatores respon-
366,2 357,9
127,1 ca do Turismo 15, os últimos anos foram positivos sáveis pela majoração dos custos (+7,9%, em
para as atividades relacionadas com o turismo, média) e repassados parcialmente aos preços
2003 2004 2005 2006 com perspectiva de crescimento para 2007. (alta de 6%).
LOA Executado
Essa pesquisa considerou as 80 maiores em- Espera-se que a manutenção de ganhos no fatu-
Fonte: SIAFI/STN. presas, que faturaram, em 2006, o equivalente ramento obtido em 2006 venha a se repetir em 2007,

15 - EBAPE/FGV/MTur, Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, 2007.

34 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 35


com um aumento na variação média de 29,8%. Ao 5,8% para 2007 mostra, mais uma vez, a dificulda- Tabela 11 – Evolução do Tráfego Aéreo Internacional – 2000 a 2006
se confirmar esse prognóstico, todos os segmen- de dos empresários em repassarem integralmente a Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
tos deverão impulsionar a economia do turismo em majoração dos custos esperada, sendo o mais amplo
Tráfego Aéreo Internacional
2007, com exceção das operadoras de receptivo, que aumento previsto pelas operadoras de receptivo, se-
Km Voados 160.684.836 161.712.577 143.528.933 132.966.858 145.743.187 153.633.208 123.901.570
vislumbram decréscimo de 7,4%. guido das locadoras de automóveis.
Cresc. % 0,64 -11,24 -7,36 9,61 5,41 -19,35
Assentos-Km Oferecidos
A concretização de elevação do faturamento cer- Os estudos realizados junto à iniciativa privada 33.188.744 33.095.204 30.811.016 28.570.466 30.583.274 32.457.380 23.744.103
(em milhares)
tamente estimulará o incremento das contratações confirmam que o setor de turismo no Brasil começa a Cresc. % -0,28 -6,90 -7,27 7.05 6,13 -26,85
de pessoal em 2007 (com variação média de 14% atingir a maturidade econômica, com a ampliação da Passageiros-Km Transportados
19.924.103 22.287.921 21.658.401 21.253.260 22.904.423 24.598.291 17.318.001
(em milhares)
sobre 2006), especialmente nas companhias aéreas e participação no mercado internacional e um cresci-
locadoras de automóveis. mento setorial acima das taxas de crescimento geral Cresc. % 11,86 -2,82 -1,87 7,77 7,40 -29,60

da economia. Fonte: ANAC.

As projeções para 2007 apontam novo aumento


dos custos (7,1%, em média, nos resultados conso- Na Tabela 10 são discriminados os princi-
lidados do setor de turismo), sendo os percentuais pais números da pesquisa para o mercado do
Tabela 12 – Evolução do Tráfego Aéreo Doméstico – 2000 a 2006
mais elevados detectados nos segmentos de agên- turismo em geral. Os dados de cada um dos
cias de viagens e operadoras de receptivo. No que sete segmentos entrevistados encontram-se Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
concerne aos preços, a previsão de variação média de na pesquisa referida. Tráfego Aéreo Doméstico

Km Voados 404.294.663 420.115.305 404.073.821 338.432.576 337.841.157 364.549.465 400.925.460

Cresc. % 3,91 -3,82 -16,24 -0,17 7,90 9,98


Assentos–km Oferecidos
41.562.143 45.313.616 47.013.166 41.850.561 42.756.200 48.739.597 55.296.946
(em milhares)
Tabela 10 – Variação Média dos Principais Indicadores Setoriais – 2004, 2005, 2006 e 2007* (Δ%)
Cresc. % 9,03 3,75 -10,98 2,16 13,99 13,45
2004 2005 2006 2007* Passageiros–km Transportados (em
20.493.072 26.527.419 26.711.136 25.195.821 27.962.571 34.143.487 39.289.418
Faturamento 24,1 17,3 29,3 29,8 milhares)

Preços 7,4 -1,8 6,0 5,8 Cresc. % 29,45 0,69 -5,67 10,98 22,10 15,07

Custos 5,4 11,7 7,9 7,1 Fonte: ANAC.

Postos de Trabalho 12,9 14,3 21,6 14,0


Fonte: EBAPE – FGV, Embratur e Ministério do Turismo. *Valor estimado.

Quadro 17 – Tráfego Aéreo Internacional

Assentos – Tráfego Aéreo Internacional


Evolução do Tráfego Aéreo Regular e nos passageiros transportados, o que indica a
As tabelas e gráficos a seguir (Tabelas 11 e 12, gravidade do impacto provocado pela redução 35.000.000
Quadros 17 a 19) apresentam a evolução do tráfe- de vôos internacionais e, por conseqüência, de
30.000.000
go aéreo, vôos domésticos e vôos internacionais das assentos ofertados, que registrou uma queda
25.000.000
empresas aéreas nacionais regulares, segundo da- de 26,9%, decorrentes da crise da Varig, con-
dos da Agência Nacional da Aviação Civil – ANAC. forme já referido. 20.000.000
15.000.000
Com relação aos vôos internacionais, os nú- No que se refere especificamente aos vôos do- 10.000.000
meros relativos a esse tráfego, indicados na ta- mésticos, pode-se perceber que os impactos decor- 5.000.000
bela a seguir, revelam um crescimento expressi- rentes da crise da Varig foram parcialmente con-
0
vo em 2004 e 2005, tanto para os quilômetros tornados pelas demais empresas aéreas nacionais,
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
voados, como para os assentos oferecidos e registrando-se mesmo um crescimento significativo
para os passageiros transportados. Já no ano de em 2006, tanto para os km voados, como para os
Assentos Oferecidos Passageiros Transportados
2006, registra-se uma dramática redução tanto assentos ofertados e passageiros transportados, de
nos km voados, como nos assentos oferecidos acordo com a Tabela 12. Fonte: ANAC.

36 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 37


Quadro 18 – Tráfego Aéreo Doméstico vidade está longe de ocupar o lugar que merece no das práticas de comércio eletrônico, com uso da
mercado internacional, compatível com suas poten- tecnologia da informação, facilita a organização
Assentos – Tráfego Aéreo Doméstico cialidades e vocações. dos agentes da indústria do turismo e estimula
a cooperação entre vários agentes, propiciando
60.000.000
Considerando o estágio atual de desenvolvi- melhorias na competitividade do setor.
50.000.000 mento da atividade no País, de acordo com as in-
40.000.000 formações e dados apresentados e a partir de uma A despeito dos avanços obtidos pelo Progra-
ampla discussão com técnicos do Ministério do Tu- ma de Regionalização do Turismo – Roteiros do
30.000.000
rismo, com os representantes dos diferentes gru- Brasil, a atividade turística ainda está bastante
20.000.000 pos de atividades integrantes do Conselho Nacio- concentrada territorialmente, devendo-se expan-
nal de Turismo (iniciativa privada e poder público) e dir a descentralização e interiorização, definindo-
10.000.000
com outros atores relacionados ao trade turístico, se padrões de qualidade que possam se adequar
0 foram prognosticados e apontados os principais às diversidades regionais do País, considerando
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 desafios relativos ao desenvolvimento da atividade as exigências da competitividade internacional.
para os próximos anos. A consolidação e a organização de referências e
Assentos Oferecidos Passageiros Transportados normas que disponham sobre o funcionamento
Fonte: ANAC.
Esses pontos são apresentados a seguir, de for- da atividade constituem requisitos fundamentais
ma sintética, como as questões essenciais a serem para a qualificação dos produtos.
enfrentadas na perspectiva do desenvolvimento da
Quadro 19 – Quilômetros Voados (Doméstico e Internacional) atividade no País, de forma a garantir a continuidade Essa proposta de ampliação e diversificação da
e a melhoria dos resultados alcançados e o avanço oferta turística e de interiorização do turismo no
Km Voados esperado para a sua consolidação de forma sustentá- País tem um dos seus principais gargalos na área
vel. Eles orientam as propostas contidas nos macro- do fomento, entendida como a capacidade de in-
450.000.000
400.000.000 programas e programas do PNT. vestimentos privados e a disponibilidade e acessi-
350.000.000 bilidade ao crédito e aos financiamentos. Os micro
300.000.000 Em relação à gestão, muito se avançou na consoli- e pequenos empreendimentos, que compõem a
250.000.000 dação de um ambiente de discussão e reflexão sobre grande maioria dos serviços turísticos do País, en-
200.000.000 a atividade por meio da proposta de gestão descen- contram grandes limitações no acesso ao crédito
150.000.000 tralizada do Plano Nacional de Turismo, que estabe- para investimentos.
100.000.000 leceu fóruns de discussão entre o poder púbico e a
50.000.000 iniciativa privada, no âmbito federal e estadual. O crescimento do setor dependerá da capacida-
0
de dos diversos agentes de fomento em entender a
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Além de um esforço no sentido de integrar os complexidade do setor do turismo, assim facilitan-
resultados desses diversos fóruns, esse ambiente do a análise de operações propostas e a ampliação
Tráfego Doméstico Tráfego Internacional
de gestão integrada deve ser estendido às instân- de suas perspectivas de atendimento. Para que es-
Fonte: ANAC.
cias de turismo nas regiões turísticas e nos mu- ses agentes possam melhor atender esse setor, é
nicípios, de modo a alcançar todos os destinos fundamental que eles tenham a predisposição em
turísticos do Brasil. A descentralização da gestão estabelecer novos paradigmas e, ao mesmo tem-
Principais Desafios para deve ter como contrapartida um processo de mo- po, estabelecer orientação clara aos interessados
o Desenvolvimento da Atividade nitoramento e avaliação dos resultados das po- quanto aos procedimentos necessários para a via-
líticas e planos para o setor e dos seus impac- bilidade de seus pleitos.
Os resultados relativos ao desenvolvimento para o mercado interno quanto para o merca- tos em todo o País, que agregue e incorpore a
do turismo no Brasil, conforme apresentados do internacional. contribuição de cada parcela do seu território. Outro grande desafio para o crescimento da ativi-
neste diagnóstico, indicam que a atividade Para isso, é fundamental a consolidação de um dade turística no País, particularmente com relação à
avançou significativamente nos últimos anos, No cenário interno, o turismo tem muito a con- sistema de informações e dados sobre o turismo desejada expansão, diversificação e desconcentração
mas ainda apresenta grandes limitações quan- tribuir para a inclusão social e o desenvolvimento que incorpore os avanços da tecnologia da infor- da oferta turística, refere-se à carência de infra-estru-
to ao seu potencial de desenvolvimento, tanto socioeconômico do País e, no cenário externo, a ati- mação e incentive a pesquisa. O encorajamento tura, de uma maneira geral.

38 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 39


Essa carência se dá, tanto no que se refere à infra- ações de qualificação profissional ainda enfrentam
estrutura de apoio ao turismo, particularmente com entraves para alcançar a excelência no atendimen-
relação à acessibilidade e ao saneamento, como na- to e na prestação de serviços, uma vez que a mão-
quela que é denominada infra-estrutura turística pro- de-obra empregada no turismo apresenta baixa es-
priamente dita, particularmente no que se refere à colaridade, baixa remuneração e alta rotatividade.
TRIBUIÇÃO DE RE
sinalização turística e a equipamentos receptivos, tais Destaca-se ainda que a percepção da qualificação LUSÃO DIS ND
como: centros de recepção e informação ao turista, profissional como investimento está se iniciando E INC A
M D
centros de convenções e feiras, terminais de passa- na cultura empresarial.

IN
GE

C
IA
geiros, atracadores etc.

L
V

US
Em relação ao controle de qualidade dos servi-

ÃO
O Programa de Aceleração do Crescimento deverá ços turísticos, constata-se uma limitação no que se

SO
promoverá a implementação da infra-estrutura social refere a divergências na adoção e na aplicação de

CIAL U
e urbana e da infra-estrutura logística. É necessário padrões de qualidade, que dêem conta das diver- ICIPATIVA FORTALECI
PART MEN
aproveitar esse momento e avançar no mapeamen- sidades regionais e das especificidades da segmen- TÃO TO

M
S
to das demandas de infra-estrutura para os destinos tação do turismo. Isso traz sérias implicações no GE DO

A
ÃO

V
turísticos do Brasil e na articulação intersetorial para campo da promoção e da comercialização, princi-

T
S

IAGE
U
LU
a priorização dessas demandas junto aos setores res- palmente no mercado internacional, que adota cri-

R
INCLUSÃO P C
M DE

IS
E RES IN

M
ponsáveis pelo gerenciamento das áreas respectivas. térios e padrões globalmente reconhecidos. Além

M
G
VIA ER DE

D
disso, a legislação vigente não acompanhou a evo- MA M

IN
V

E IN
U
GE

A
Existe no País um conjunto de instituições que lução da atividade nos últimos anos, com sérias im- AL

T
ÇÃ
A
VI

E
N

C
R
O

L
O
atuam na área de qualificação profissional de uma plicações no ordenamento e na eficácia da fiscali- GI A

US
NO

E
UM

Ã
maneira geral e da qualificação para o turismo em zação do setor, importante ferramenta de controle
R O

O MEIO AMBIE
DE O O

U
NT ISM
particular e, nem sempre, essa atuação se dá de for- de qualidade dos serviços. SEN R

M
E U
VOLVIM L DO T

A
IA
ma integrada e articulada, resultando em sobrepo- INCLUSÃO FUNÇÃO SOC

V
sição de esforços e desperdício de recursos. Além Por fim, é importante registrar uma fragilidade

IAG
disso, são bastante frágeis as análises diagnósticas, relacionada ao baixo grau de internacionalização da

EM
NT
voltadas a levantar, quantitativa e qualitativamente, oferta turística brasileira, particularmente no que se
UM

D
E
as necessidades de qualificação profissional e empre- refere às empresas aéreas e às operadoras turísticas.

E
A
Em um mercado altamente competitivo e que seVIA

INC
sarial para o turismo. Outra falha dessas instituições

L M
é a ausência da adoção de padrões mínimos estabe- torna cada vez mais globalizado, é importante que

GUESÃO
lecidos pelas normas técnicas brasileiras, que incor- as empresas nacionais adquiram musculatura e pos-

DE I
poram a demanda de empresários e trabalhadores, sam se expandir para mercados externos, particu-

UM
MA

NCLUSÃO QUALIFICAÇÃO PROFISSIO


adequando-se às políticas públicas voltadas ao de- larmente para aquelas regiões onde se concentram
IS T

AL
UR
senvolvimento do turismo. os principais pólos emissivos de turismo mundial.
U

LT
RI

Trata-se de uma estratégia com repercussão e signi- CU


S

O
T

Apesar de todo o esforço do MTur com parcei- ficado para a competitividade do turismo brasileiro NI
A

Ô
S ESTRANGEIR

ros e dos resultados obtidos nos últimos anos, as no mercado internacional.


ATRIM
P
O DO
ÇÃ
ESERVA
R
SÃOP
LU
INC
OS

DE
UM

A M
VIA OS UMA VIAGEM D
GEM ERAÇÃO DE EMPREG E INCGLEU
DE INCLUSÃO G SÃO M

IA
AIS DI

AV
VISAS
PARA

M
NAL

O BRA

LU
SIL UM
A VIAGEM DE

VE
UM


AV

IA

EN
GE T
MD SUS
E IN
CLUSÃ ENTO
40 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 O DESENVOLVIM
NCLUSÃ

URISMO UMA V

E
EN

VIAG

LVIM
O
A
O DIS

V
UM

EN
A
criação do Ministério do Turismo, em janei- b) Secretaria Nacional de Programas de Desenvol-

S
S

E
TRIB

GO
ro de 2003, configura um marco deste go- vimento do Turismo: compete realizar ações de

OD
IAG

RE
verno, que considerou o setor uma das dez estimulo às iniciativas públicas e privadas de fo-
UIÇ

EM DE INCLUSÃ
P
EM
E
prioridades da sua gestão, com o propósito de en- mento, de promoção de investimentos em arti-
ÃO

M
frentar, na área do turismo, o desafio de conceber culação com os PRODETUR, bem como apoiar

E
D
DE

D
E IN
EN um novo modelo de gestão pública, descentralizada e promover a produção e comercialização de

ÃO
R

DA
A VIAGEM DE INCLUSÃO D e participativa, de modo a gerar divisas para o País, produtos associados ao turismo e a qualifica-

Ç
C
INCL M
USÃO SOCIAL U

RA
ES

L
EN

U
criar empregos, contribuir para a redução das desi- ção dos serviços.

GE
SÃO GE

VIAG
gualdades regionais e possibilitar a inclusão dos mais c) Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur: au-

O
VO


variados agentes sociais. tarquia que tem como área de competência a

LVIM

MA
L
promoção, a divulgação e o apoio à comerciali-

STÃO PARTI

LU
A VIAGEM DE IN
ENTO RE
Portanto, o MTur foi instituído com a missão de zação dos produtos, serviços e destinos turísti-

NA
promover o desenvolvimento do turismo como agen- cos do País no exterior.
SIO
te de transformação, fonte deFISriqueza econômica e
O
PRpor meio da qualidade e

G
de desenvolvimento social,
O O Ministério do Turismo se orienta pelas diretri-

I
CIPA AÇÃprodutos turísticos, da amplia-

O
competitividade ICdos zes definidas no Plano Nacional de Turismo, que es-

NAL U
L IF
QUA de sua infra-estrutura e da promoção
TIVA
ção Oe melhoria trutura um conjunto articulado de macroprogramas

UM
S Ã
LUcomercial do produto turístico brasileiro no mercado e programas que, alinhados com os Programas e as

MA VIAGEM DE I
C
FO

OS
IN nacional e no exterior. Ações do Plano Plurianual de Governo, estabelecem
RT

EIR
DE
NG
AL

as condições para a sua efetivação no âmbito do go-


A

EM
EC

M DE INCLUSÃO MAISAlém
TURIdisso, T R
EN GEM STAS aEScriação do Ministério do Turismo verno federal.
I

VIAG
TO VIA atendeu diretamente a uma antiga reivindicação do
DO A
TURISM NO UM setor. Como órgão da administração direta, o Minis- O Plano Nacional de Turismo concebeu e o
O INTER

UMA
NCL tério apresenta as condições necessárias para uma MTur implementou, como base da sua atuação,
US ação transversal de articulação com os demais Minis- um modelo de gestão pública descentralizada e

NTE
térios, com os governos estaduais e municipais, com participativa, integrando as diversas instâncias da
ÃO
PR

BIE
ES o poder legislativo, com a Comissão Permanente de gestão pública e da iniciativa privada, por meio
Gestão Descentralizada ERV AM
AÇÃO DO MEIO Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados e a da criação de ambientes de reflexão, discussão e
do Turismo Comissão Permanente de Desenvolvimento Regional definição das diretrizes gerais para o desenvolvi-
e Turismo do Senado Federal, com o setor empresa- mento da atividade nas diversas escalas territoriais
rial e com a sociedade civil organizada, integrando as e de gestão do País, alcançando todas as regiões
políticas públicas e a iniciativa privada. Dessa forma, brasileiras e todos os setores representativos do
o Ministério tem como função cumprir com deter- turismo, de modo a legitimar e a subsidiar a ação
minação um papel aglutinador, maximizando resul- ministerial e dos seus parceiros.
tados e racionalizando gastos.
Esse modelo de gestão propôs a constituição
A estrutura interna do Ministério é composta por de um sistema nacional de gestão do turismo no
órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro, País composto, no seu nível estratégico, por um
além dos seguintes órgãos finalísticos: núcleo básico formado pelo Ministério do Turis-
mo, pelo Conselho Nacional de Turismo e pelo
a) Secretaria Nacional de Políticas de Turismo: Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Esta-
compete formular, elaborar, avaliar e monitorar duais de Turismo.
a Política Nacional do Turismo, de acordo com
as diretrizes propostas pelo Conselho Nacional O Conselho Nacional de Turismo é um órgão co-
de Turismo, bem como articular as relações ins- legiado com a atribuição de assessorar o Ministro de
titucionais e internacionais necessárias para a Estado do Turismo na formulação e aplicação da Po-
condução dessa Política. lítica Nacional de Turismo e dos planos, programas,

2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 43


projetos e atividades derivados. Esse Conselho é for- Partes integrantes do sistema nacional de turismo, os a implementação dos programas e ações propostos Quadro 20 – Estrutura de Coordenação
mado por representantes do governo federal e dos Fóruns e os Conselhos Estaduais de Turismo cumprem pelo Plano Nacional de Turismo, de forma articulada da Gestão Descentralizada
diversos segmentos do turismo. O Conselho é hoje um papel fundamental na descentralização e operacio- com o planejamento e a implementação dos progra- CONSELHO NACIONAL
DE TURISMO
integrado por 65 conselheiros de instituições e enti- nalização das políticas e recomendações, constituindo mas e ações relacionados à gestão do turismo no âm-
COORDENAÇÃO MINISTÉRIO
dades do setor em âmbito nacional. um canal de interlocução entre o governo federal e os bito das Unidades da Federação, das macrorregiões, NACIONAL DO TURISMO
FÓRUM NACIONAL DOS
destinos, nas regiões turísticas e nos municípios. Nesse das regiões turísticas e dos municípios do País. SECRETÁRIOS E DIRIGENTES
ESTADUAIS DE TURISMO
Com o objetivo de assessorar tecnicamente o sentido, os Fóruns e Conselhos Estaduais devem estar
Conselho Nacional de Turismo na identificação e conectados às necessidades advindas dos municípios e O funcionamento do processo de gestão descen-
ÓRGÃO OFICIAL
discussão das questões fundamentais do setor e regiões turísticas, tendo como atribuições: tralizada referido demanda impulsionar a moderniza- COORDENAÇÃO DE TURISMO DA UF

propor ações para resolução dos problemas e entra- ção tecnológica e disponibilizar, para todos os atores ESTADUAL
FÓRUM OU CONSELHO
ESTADUAL DE TURISMO
ves, necessários à consecução da Política Nacional • Contribuir na construção e implementação do integrantes dessa rede institucional, os avanços da
do Turismo, foram instituídas Câmaras Temáticas, Plano Nacional de Turismo, atuando como fó- tecnologia da informação, que representa uma im-
integradas por representantes das entidades mem- rum facilitador e articulador para o encaminha- portante ferramenta para a eficácia da gestão. O uso COORDENAÇÃO INSTÂNCIA DE GOVERNANÇA REGIONAL
bros do Conselho Nacional com afinidade com o mento de ações conjuntas. da tecnologia da informação facilita a comunicação REGIONAL MUNICÍPIOS INTEGRADOS

tema proposto e por outros indicados e referenda- • Elaborar os programas, projetos e ações estraté- e a organização dos agentes públicos e privados que
dos pelos conselheiros. Durante a primeira gestão gicas, aportando recursos e capacidade geren- integram o turismo nas suas diversas escalas de re-
ÓRGÃO MUNICIPAL
do MTur, foram instaladas 10 Câmaras Temáticas, cial, co-responsabilizando-se para a construção presentatividade e constitui um importante estímulo COORDENAÇÃO DE TURISMO
MUNICIPAL
conforme a seguir: de uma nova realidade. para a cooperação entre os vários atores. COLEGIADO LOCAL

• Criar parcerias e articular com os diversos atores,


Câmara Temática de Legislação para executar e avaliar os programas e projetos
Câmara Temática de Regionalização concebidos.
Câmara Temática de Qualificação Profissional Quadro 21 – Gestão Descentralizada do Turismo
Câmara Temática de Financiamento e Investimento No nível intermediário da gestão descentralizada,
Câmara Temática de Segmentação encontram-se as instâncias de representação das ma- GESTÃO DESCENTRALIZADA
Câmara Temática de Infra-Estrutura crorregiões turísticas, que discutem e dispõem sobre
MINISTÉRIO DO TURISMO
C âmara Temática de Promoção e Apoio à Co- os temas e questões relacionados ao desenvolvimen-
MTUR
mercialização to da atividade, em área de abrangência que extra- FÓRUM NACIONAL DOS
CONSELHO NACIONAL
SECRETÁRIOS E DIRIGENTES
Câmara Temática de Qualificação da Superestrutura pola os limites dos respectivos territórios estaduais. ESTADUAIS DE TURISMO METAS
DE TURISMO

Câmara Temática de Turismo Sustentável e Infância


Promover a realização de 217 milhões de viagens no mercado interno
Câmara Temática de Tecnologia da Informação Para cumprir a função de articulação em todos os FÓRUNS/CONSELHOS CÂMARAS
ESTADUAIS DE TURISMO Criar condições para gerar 1.700.000 novos empregos e ocupações TEMÁTICAS
elos da cadeia de relacionamento, a gestão descen- Qualificar 65 municípios para o mercado internacional
O Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Esta- tralizada (Quadro 20) tem a sua ação complementa- Acre Gerar 7,7 bilhões de dólares em divisas Legislação
Rondônia
Amapá
duais de Turismo é um órgão consultivo, constituído da na ponta, pelas instâncias de representação regio- N
Amazonas
Roraima Regionalização

Instâncias Macrorregionais do Turismo


Tocantins MACROPROGRAMAS
Pará
pelos secretários e dirigentes estaduais de turismo, nal do turismo e pelos municípios, onde a atividade Financiamento e Investimento

Grupos Técnicos de Trabalho


Alagoas
Pernambuco Logística de Planejamento e Informações e
que tem como função no processo de gestão des- turística se realiza. Nesse sentido, os municípios são Bahia
NE Ceará
Piauí Transportes Gestão Estudos Turísticos
Qualificação Profissional
Rio G. do Norte Segmentação
Maranhão
centralizada auxiliar no apontamento de problemas incentivados a criar os conselhos municipais de turis- Paraíba
Sergipe
Regionalização do Infra-Estrurura
e soluções, concentrando as demandas oriundas dos mo e organizarem-se em instâncias de representação CO
Mato Grosso Distrito Federal Turismo
Mato Grosso do Sul Goiás Promoção e Apoio à
estados e municípios. regional, pública e privada, possibilitando a criação Comercialização
São Paulo Minas Gerais
SE Qualificação dos Qualificação de superestrutura
de ambientes de discussão e reflexão adequados às Rio de Janeiro Espírito Santo Fomento à Iniciativa Infra-Estrutura Pública Equipamentos e Promoção e Apoio à
Privada Comercialização Turismo Sustentável e Infância
Serviços Turísticos
Complementam a rede de gestão descentraliza- respectivas escalas territoriais, complementando, as- S
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul Tecnologia da Informação
da os Fóruns e Conselhos Estaduais de Turismo, ins- sim, o sistema nacional de gestão do turismo. SECRETARIA NACIONAL
DE PROGRAMAS SECRETARIA NACIONAL DE Empresa Brasileira
tâncias de representação do turismo nas Unidades DE DESENVOLVIMENTO
DO TURISMO
POLÍTICAS DE TURISMO de Turismo – EMBRATUR

da Federação, formados por representantes do setor Assim constituído, o modelo de gestão descen-
público, incluindo representantes dos municípios e tralizada do turismo (Quadro 21) viabiliza os canais Fonte: MTur.

regiões turísticas, da iniciativa privada e do terceiro de interlocução entre as diversas esferas da gestão
setor, além de outras entidades de relevância esta- pública e as diferentes escalas de representação da
dual vinculadas ao turismo. iniciativa privada e do terceiro setor, possibilitando

44 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 45


O desafio da Política Econômica de 2007 a 2010 O turismo deve ser um forte indutor de in-
é aproveitar o momento histórico favorável para es- clusão social e, nesse sentido, o Plano Nacional
timular o crescimento do PIB e do emprego, intensi- de Turismo propõe como metas o aumento das
LUSÃO DESENV ficando ainda mais a inclusão social e a melhoria na viagens domésticas, a criação de emprego e ocu-
M DE INC OLV
GE IME distribuição de renda no Brasil. pação, a qualificação dos destinos turísticos e a
VIA NT geração de divisas.
A O
M O setor de turismo vem ano a ano ganhando

SU
U
musculatura e apresentando crescimento consisten- E esse é um desafio que une todos os segmen-

ST
NA

EN
te. As condições são amplamente positivas para que tos: o governo federal, os estados e municípios

IO

TÁV
IL UMA VIAGEM

ISS
o setor possa contribuir decisivamente para o bom precisam ser indutores desse fortalecimento, ofe-
DE INCLU EMPREGOS
, MAIS

OF
SÃO TUR S UM

EL UM
STA desempenho da economia brasileira: recendo crédito, qualificação profissional e infra-
ISMO PA TURI A

PR
RA TODO AIS
S UMA VIAGEM DE INCLUSÃO M V estrutura básica. O setor privado fará sua parte

O
ÇÃ
• Cenário econômico nacional e internacional investindo, adequando-se aos novos turistas e ge-

IA
A
A

GE
IC

VIAGEM DE INCLUSÃO MAIS


IF favorável: alta liquidez internacional e taxa de rando empregos. O consumidor certamente con-

M
L
UA juros externas em patamares reduzidos; tendên- tribuirá quando perceber que há políticas, estra-

DE
Q
SÃO cia de continuidade de crescimento da econo- tégia, condições facilitadas e desejo de recebê-lo

INCLUSÃO
CLU
DE IN mia mundial; tendência de redução das taxas de de braços abertos.
EM juros nominais no Brasil; contas externas favorá-
VIAG
A veis; superávit fiscal; inflação sob controle. As metas aqui apresentadas apontam na direção
E UM • Mesmo com as dificuldades enfrentadas no ano de um crescimento sólido do turismo. Há modifica-

F
NT

U
IE


B passado, os resultados do turismo foram muito ções metodológicas importantes, que alteram metas
AM

Ã
positivos. anteriormente estabelecidas.

OS
O
• Taxas de crescimento significativas no transporte
EI

O
M

DIV

C
aéreo doméstico, que passa por uma mudança Por exemplo: em vez de utilizar desembarques
DO

IAL
ISA O TUR
SP estrutural e sustentada. nacionais, passamos a adotar o número de viagens
AR • Avanços na administração pública do turismo e

D
AO domésticas para medir o fluxo turístico interno. As-
BRconstrução do ambiente institucional da gestão sim como a geração de divisas com o turismo passa
Metas Para o Turismo 2007/2010 descentralizada. a ser medida exclusivamente por dados oficiais do

IS

AS
M
• O crescimento sustentável que o setor privado Banco Central do Brasil.

IL
O

UM
do turismo nacional vem obtendo e as perspec-

UM

A VIAGEM
tivas de investimentos, conforme apontam as A meta relativa ao desenvolvimento de produtos

A
pesquisas junto ao empresariado16. turísticos de qualidade passa por uma adequação

VI
AGEM DE

A
A VI conceitual. Propõe para o período 2007/2010 fo-

G
CLUSÃO MAIS TURISTAS ESTRA M IN

E
É inegável que existem ajustes a serem feitos, car destinos turísticos selecionados, de modo a se
E IN U C

DE
D
L

O
U

EM IC principalmente na ampliação da oferta de assentos constituírem em indutores do desenvolvimento do


D
G R

I
VIA

N

E INC
em vôos internacionais, na logística de transpor- turismo regional e da roteirização turística, gerando
O

CL
A HIS US
DIS

UM ÃO ÔN
IO tes, na infra-estrutura aérea, viária e aquaviária, na
L
modelos e referências para os demais destinos turís-
O
TRIB

PRO RIM
qualificação profissional e empresarial e no sanea- ticos no Brasil, conforme o mapeamento apresen-
U
RN TEÇÃO AO PAT
S

E
ÃO

T
mento urbano. tado pelo Programa de Regionalização do Turismo
U

IN

MO
GE

– Roteiros do Brasil.
ÃO DE

ST IS
ÃO R
PAR TU Mas, da mesma forma que existem desafios, o tu-
O
TICIP D rismo brasileiro atingiu o ponto para iniciar um pro- Os novos dados ganharam muito mais consistên-
ATIVA FORTALECIMENTO
RE

cesso de fortalecimento interno, com a incorporação cia e confiabilidade. O que nos permite assegurar
N

de novos destinos e novos clientes, ao lado da pro- que o turismo brasileiro está preparado para viver
DA

moção do Brasil no exterior que foi, continua sendo uma nova etapa da sua existência, com mais investi-
UMA

e será uma das principais estratégias de sucesso do mentos, mais qualificação, mais consumidores, mais
setor turístico. empregos e mais inclusão social.
VIAGE

E 16 - Boletins de Conjuntura EBAPE/FGF/MTur/Embratur.


OD
M

Ã
NCLUS IN
CLU
I SÃO DE
SOCIAL UMA VIAGEM 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 47
nência média de nove dias para os próximos anos e ros, entre 2002 e 2005 19. A reversão do quadro

Meta 1: um crescimento de 10% para os pernoites gerados,


equivalente ao crescimento projetado para as via-
de retração do setor baseia-se na expectativa de
melhoria do sistema rodoviário nacional, com os
promover a realização de 217 milhões gens realizadas. Com relação aos gastos per capita investimentos do PAC.

de viagens no mercado interno por dia, o crescimento foi projetado de acordo com
as projeções do crescimento do PIB. Os demais indicadores indiretos referem-se à lo-
cação de veículos para turistas, de acordo com os
2007 2008 2009 2010 Os desembarques domésticos, que se constitu- registros da ABLA – Associação Brasileira de Locado-
163 milhões 179 milhões 197 milhões 217 milhões íam numa meta do PNT 2003/2007, se transfor- ras de Automóveis, projetados a uma taxa de cresci-
mam em indicadores indiretos e foram projetados mento de 8% para os próximos, conforme previsão
de acordo com o estudo referido do CET/UnB para da instituição para 2006 e dos registros da SINDEPAT
Essa meta, relativa às viagens domésticas no País, A pesquisa sobre o turismo doméstico foi
o documento Turismo no Brasil 2007/2010 (no seu – Sindicato Nacional de Parques e Atrações Turísticas
avança no sentido da construção de um indicador mais realizada para os anos de 2001 e 2005, mas
limite superior), com um ajuste proposto para o ano relativos aos ingressos de brasileiros e estrangeiros
próximo da realidade dos fluxos turísticos domésticos, não nos permite fazer uma comparação sobre
de 2007 em função da crise da Varig, que influen- em 13 parques e atrações turísticas no País, com um
comparativamente à meta indicada no PNT versão o número total de viagens, uma vez que em
ciou os números relativos aos desembarques do- crescimento projetado de 10% ao ano, taxa esta in-
2003/2007, que se referia aos desembarques domés- 2001 não informa a quantidade de pessoas por
mésticos em 2006. ferior ao crescimento registrado entre 2005 e 2006,
ticos, incluindo turistas e não turistas. Os dados sobre domicílio que participam das viagens. Frente a
que ultrapassou os 20%.
as viagens domésticas têm como base uma pesquisa essa limitação, adotamos um percentual de pro-
Para o transporte rodoviário coletivo (regula-
realizada pela FIPE, para o ano de 200517. jeção de crescimento de 10% ao ano, valor este
res e fretamentos) para distâncias acima de 75 O indicador relativo ao crédito ao consumidor re-
um pouco superior à expansão registrada de
km, foi adotada uma modesta taxa de crescimen- fere-se ao valor das autorizações do Cartão Turismo
O conceito refere-se a viagens domésticas por número de viagens realizadas, informadas por
to de 5% ao ano, mas que se torna ousada em CAIXA, projetado a uma taxa de crescimento de 20%,
pessoa, mesmo quando viajando em grupos, dentro domicílios e não por pessoas, mas que incorpo-
função de uma redução no número de passagei- de acordo com uma visão otimista da instituição.
do território nacional, com no mínimo um pernoi- ra uma expectativa embasada na programada
te. Esse conceito não inclui as viagens rotineiras. É ampliação do mercado interno e no aumento
importante esclarecer ainda que nessas viagens os dos fluxos aéreos domésticos nos últimos três Condições Necessárias
turistas se utilizam de diversos tipos de hospedagem, anos, que registrou um crescimento de 51% en-
Descrição 2007 2008 2009 2010
como casas de parentes e amigos, campings etc. tre 2003 e 2006 18.
Investimentos em promoção interna (em R$ milhões) 68,28 71,70 75,28 79,05
Tráfego aéreo / Ass. km oferecidos (vôos reg./000 mil) 64.764 68.222 73.107 78.473
Indicadores Indiretos Tráfego aéreo / Pass. km pagos (vôos reg./000 mil) 46.015 48.472 51.943 55.756
Descrição 2007 2008 2009 2010 Localidades atendidas pela aviação regional 141 157 176 197
Pernoites totais gerados (em milhões) 398,17 437,99 481,79 529,97
Permanência média (dias) 9 9 9 9
No que se refere às condições necessárias, foram do do CET/UnB para os desembarques de vôos
Gasto per capita / dia (em R$) 39,36 41,14 42,99 44,92 elencados os investimentos em promoção para o domésticos 20.
Desembarques vôos nacionais (em milhões) 52,00 57,20 61,30 65,80 mercado nacional, projetados a uma taxa de cresci-
Transporte rodoviário coletivo – reg. e fretamento (em milhões de passageiros) 74,73 78,47 82,39 86,51 mento de acordo com o crescimento do PIB. Outra condição necessária para a expansão das
Aluguel de veículos para turistas (em mil veículos alugados) 120,72 130,38 140,81 152,06 viagens domésticas refere-se ao número de localida-
Ingressos em parques e atrações turísticas – brasileiros (em milhões de visitantes) 7,67 8,43 9,28 10,20 Os registros de tráfego aéreo relativos a as- des atendidas pela viação aérea regional (128 locali-
sentos km oferecidos e a passageiros km trans- dades em 2005), com uma projeção de crescimento
Ingressos em parques e atrações turísticas – estrangeiros (em milhões de visitantes) 1,51 1,67 1,83 2,02
portados em vôos regulares, de acordo com os dessa cobertura um pouco acima de 10% ao ano,
Crédito ao consumidor / valores autorizados (em R$ milhões) 36,72 44,06 52,87 63,45
dados da ANAC, foram projetados com os mes- de acordo com a estimativa da ABETAR – Associação
mos índices de crescimento indicados pelo estu- Brasileira de Empresas de Transporte Aéreo Regional.

Os indicadores indiretos relativos aos fluxos do- Os pernoites gerados em todos os tipos de hos-
mésticos referem-se a um conjunto de medições que pedagem, bem como a permanência média e gasto
colaboram com a avaliação dessa movimentação de per capita, resultam da citada pesquisa da FIPE para
turistas no País, apresentados na tabela acima. 2005, sendo mantido o número relativo à perma-

17 - FIPE, 2007. 19 - ANTT, Anuário Estatístico 2006.


18 - Os números foram ajustados em 2010 para o arredondamento da meta. 20 - Turismo no Brasil, 2007/2010

48 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 49


de porte em desenvolvimento para novos meios de para o setor privado/pessoa jurídica pelas instituições

Meta 2: hospedagem, com previsão de entrada em opera-


ção no ano indicado, tomando-se como base o re-
oficiais de crédito (BNDES, BB, CAIXA, BASA e BNB),
que cobre diversas categorias de empreendimentos
criar 1,7 milhão de novos gistro realizado pelo MTur, que apontou o valor de turísticos, novos ou para melhoria e ampliação e tam-

empregos e ocupações R$ 1,6 bilhão para 2007, projetando-se manter pelo


menos esse patamar de investimentos em torno de
bém capital de giro. Esse valor, em 2006, chegou a
R$ 2,18 bilhões, de acordo com os registros do MTur,
R$ 1,7 bilhão até 2010. adotando-se como projeção para os próximos anos
2007 2008 2009 2010 uma taxa de crescimento de 15% ao ano, lembran-
335 mil 400 mil 449 mil 516 mil Outro indicador indireto considerado refere-se aos do que o fomento à iniciativa privada constitui uma
financiamentos, inclusive em fase inicial, concedidos demanda fundamental do setor.

Essa é uma meta cumulativa que propõe a criação terísticas do Turismo, aplica-se o fator 1:3 para se
de um total de 1,7 milhão de novos empregos e ocu- chegar ao número total de empregos e ocupações Condições Necessárias
pações de 2007 até 2010. O quadro acima apresenta gerados, incluindo, desse modo, os números de Descrição 2007 2008 2009 2010
a projeção dos números de empregos e ocupações empregos informais, de acordo com estudo referido
Taxa de crescimento do PIB (%) 4,5 5,0 5,0 5,0
gerados para os anos de 2007 a 2010. pelo CET/UnB21.
Taxa de juros SELIC nominal (% a.a.) 12,2 11,4 10,5 10,1
Inflação IPCA (%) 4,1 4,5 4,5 4,5
O conceito da meta refere-se ao número de em- As projeções da meta resultam dos estudos re-
pregos e ocupações diretos, formais e informais, alizados pelo CET/UnB por ocasião da elaboração
gerados pelo turismo, tendo como referência o re- do documento Turismo no Brasil 2007/201022. Esses
corte das categorias da CNAE que se enquadram estudos se utilizam de modelo agregado de oferta e As condições necessárias para a geração Além do ambiente positivo para os investimentos
nas Atividades Características do Turismo, conforme demanda para o turismo, considerando variáveis de de emprego e ocupação referem-se, entre privados, são indicadas como condições necessárias
recomendação da OMT, e como fonte para o merca- conjuntura tais como taxa de câmbio, crescimento outros fatores, a um ambiente positivo para específicas para a expansão da atividade e, conse-
do formal de geração de empregos os números da econômico do País, investimentos privados em turis- os investimentos privados, representado qüentemente, para a geração de empregos e ocu-
RAIS/MTE. Sobre os números da RAIS, relativos aos mo, além das ações políticas para o turismo decor- pela taxa de crescimento do PIB, pela queda pações, a regulamentação da lei da micro e peque-
empregos formais gerados pelas Atividades Carac- rentes da atuação do MTur. paulatina da taxa de juros (taxa Selic) e por na empresa e a realização de estudos que permitam
uma inflação controlada, medida pelo IPCA. melhor conhecer o mercado informal no turismo, no
As projeções desses indicadores são aquelas sentido de se fomentar ações de ampliação das rela-
Indicadores Indiretos adotadas pelo PAC 24 . ções formais de trabalho.
Descrição 2007 2008 2009 2010
Número de estabelecimentos hoteleiros (RAIS) 19.127 20.275 21.491 22.781
Pernoites gerados em hotéis, pousadas e resorts (em milhões) 71,23 78,36 86,19 94,81
Investimentos privados em meios de hospedagem programados
1,68 1,70 1,70 1,70
(em R$ bilhões)
Financiamento concedido para o setor privado (em R$ bilhões) 2,51 2,89 3,33 3,82

A geração de empregos e ocupações em uma Os pernoites gerados resultam da pesquisa re-


atividade econômica está relacionada a indicadores alizada pela FIPE23, para o ano de 2005, projetan-
indiretos que permitem avaliar a performance dessa do um crescimento a uma taxa de 10% ao ano até
atividade. No caso do turismo, foram elencados os 2010. Esse percentual, maior que o do crescimento
indicadores indiretos, passíveis de aferição, projeta- do número de hotéis, incorpora a expectativa posi-
dos até o ano de 2010. tiva de aumento da taxa de ocupação dos meios de
hospedagem no País, em função das perspectivas
O número de estabelecimentos hoteleiros refere- de expansão nos fluxos domésticos.
se aos registros da RAIS, projetados a uma taxa de
crescimento de 6% ao ano, que foi o crescimento Apontam-se ainda como indicadores indiretos da
médio de 2002 a 2005. meta geração de empregos os investimentos privados

21 - Turismo no Brasil, 2007/2010. 24 - PAC 2007/2010.


22 - Os números foram ajustados em 2010 para o arredondamento da meta.
23 - FIPE 2007.

50 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 51


ção do setor no País, o que se constitui num pres- de 15% ao ano, percentual este inferior ao cres-

Meta 3: suposto de qualidade. O crescimento do número


de empresas cadastradas foi projetado a uma taxa
cimento registrado entre 2005 e 2006 de aproxi-
madamente 30%.
estruturar 65 destinos turísticos com
padrão de qualidade internacional
Condições Necessárias

2007 2008 2009 2010 Descrição 2007 2008 2009 2010

– 15 20 30 Investimentos em infra-estrutura MTur (em R$ bilhões empenhados) 1,32 1,39 1,46 1,53
Pessoas qualificadas 51.340 56.474 62.121 68.334
Profissionais certificados 1.960 2.254 2.592 2.981
O Programa de Regionalização do Turismo ma- nal. Suas experiências e práticas exitosas devem ser
Empreendimentos certificados 290 2.899 3.334 3.834
peou 200 regiões turísticas no País por meio de um multiplicadas para outros destinos que integram as
trabalho articulado com os Órgãos e Fóruns Estadu- regiões turísticas do País.
ais de Turismo e selecionou os roteiros e regiões que
apresentam condições de serem trabalhados para Pretende-se que, até o final de 2008, 15 desses
adquirirem um padrão de qualidade internacional destinos possam estar estruturados e ter alcança- Uma importante condição para a estru- de acordo com a taxa de crescimento do PIB,
de mercado. do esse padrão modelar de qualidade referido, por turação dos destinos turísticos do País em adotada pelo PAC.
meio da atuação do Ministério do Turismo e suas padrão de qualidade internacional refere-se
Para priorizar destinos nos 87 roteiros seleciona- instituições parceiras, nos âmbitos nacional, estadu- aos investimentos em infra-estrutura turísti- Ações de qualificação e certificação profissional,
dos, que perpassam 116 regiões turísticas brasilei- al, regional e municipal. Essa ação deve ser desen- ca nesses destinos. Tendo como referência os bem como de certificação de empreendimentos turís-
ras, são consideradas as avaliações e valorações do volvida com base no princípio da sustentabilidade valores empenhados do orçamento do Minis- ticos27, são também fundamentais para a estruturação
Plano de Marketing Turístico Internacional – Plano ambiental, sociocultural e econômica, trabalhando tério do Turismo para infra-estrutura turísti- dos destinos turísticos em padrão de qualidade inter-
Aquarela, do Plano de Marketing Turístico Nacio- de forma participativa, descentralizada e sistêmica, ca, incluindo as emendas parlamentares, que nacional. Com base nos resultados das ações do MTur
nal – Plano Cores do Brasil, além de outros estudos estimulando a integração e a conseqüente organi- chegaram a R$ 1,27 bilhão em 2006 26 , pro- nos últimos anos, são projetados os resultados espera-
e investigações sobre investimentos do governo zação e ampliação da oferta turística. põe-se uma projeção para os próximos anos dos para 2007 a 2010, conforme a tabela acima.
federal e sobre as potencialidades desses destinos.
Com base nesse estudo, destacam-se 65 destinos Os conceitos de Destino Turístico Estruturado no
turísticos que induzirão o desenvolvimento nos Padrão de Qualidade Internacional e de Região Tu-
respectivos roteiros e regiões turísticas em todas rística Organizada Institucionalmente, que definem
as Unidades Federadas. Esses destinos devem ser a meta acima e o indicador indireto a seguir men-
trabalhados, até 2010, para servirem de modelos cionado, são estabelecidos pelo MTur, de modo a
indutores para o desenvolvimento turístico-regio- orientar as ações para a sua concretização.

Indicadores Indiretos
Descrição 2007 2008 2009 2010
Regiões turísticas organizadas institucionalmente 65 85 116
Empresas de turismo cadastradas no MTur 31.830 36.604 42.095 48.410

As demais regiões turísticas devem ser organiza- Contribui ainda para o processo de avaliação
das institucionalmente, estando preparadas para a da meta o número de empresas cadastradas no
sua qualificação e estruturação, tendo como refe- Ministério do Turismo 25, incluindo agências de tu-
rência os produtos-modelo indicados na meta. Isso rismo, meios de hospedagem, flats, organizado-
significa que estarão também fortalecidos para ab- res de feiras, organizadores de eventos, espaços
sorver os impactos do desenvolvimento da atividade para eventos, parques temáticos, transportadoras
nos seus territórios, até 2010. turísticas. O cadastro aponta para uma formaliza-

25 - MTur. 26 - MTur.
27 - MTur.

52 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 53


Condições Necessárias

Meta 4:
Descrição 2007 2008 2009 2010
Assentos ofertados em vôos internacionais (em milhões) 8,30 9,38 10,60 11,98
gerar 7,7 bilhões de dólares em divisas Investimentos em promoção externa (em US$ milhões) 64,00 76,00 92,00 107,00
Ambiente econômico positivo (câmbio em R$ / US$) 2,12 2,15 2,30 2,30
Corrente de Comércio Internacional (em US$ bilhões) 244,0 263,0 279,0 285,0
2007 2008 2009 2010
5,1 5,8 6,7 7,7
Constituem condições necessárias para o tações mais exportações) crescente, conforme o
atingimento da meta de geração de divisas a quadro acima.
oferta de assentos em vôos internacionais (re-
A meta de geração de divisas pelo turismo A projeção da meta e dos demais indicadores a gulares e charters ) e os investimentos em pro- As projeções das condições necessárias apresen-
refere-se exclusivamente aos valores registrados ela relacionados resulta das análises das condições moção externa, além da consolidação de um tadas resultam das análises do Ministério do Turismo
oficialmente pelo Banco Central do Brasil. A meta do mercado nacional e internacional, empreendi- ambiente econômico nacional e internacional e da Embratur e das considerações relacionadas às
indicada na versão anterior do Plano Nacional de das pelo Ministério do Turismo e Embratur, con- positivo, representado por um câmbio estável e projeções do mercado, no quadro do cenário pros-
Turismo projetava, em condições ótimas, a receita siderando as condições recentes de expansão da uma corrente de comércio internacional (impor- pectivo considerado29.
total em moeda estrangeira decorrente do turis- atividade, suas perspectivas e desafios e, ainda, a
mo no País, que também incluía, em seu concei- possibilidade de superação, a curto prazo, das limi-
to, os câmbios informais realizados. Dadas as li- tações na oferta de assentos em vôos internacio-
mitações colocadas para a aferição dessa parcela nais para o País.
informal de receita, optou-se por projetar uma
meta que considerasse, exclusivamente, os regis- A realização dessa meta está vinculada ao alcance
tros do Banco Central do Brasil, garantindo assim de outros resultados relativos aos fluxos internacio-
a possibilidade de acompanhar, com confiabilida- nais de turistas para o País, que constituem os seus
de, a sua evolução. indicadores indiretos.

Indicadores Indiretos

Descrição 2007 2008 2009 2010


Chegada de turistas estrangeiros (em milhões de turistas) 5,5 6,2 7,0 7,9
Desembarques internacionais (em milhões passageiros) 7,0 7,9 9,0 10,0
Taxa de permanência de turistas estrangeiros (em dias) 14,4 14,4 14,4 14,4

A geração de divisas está relacionada à che- milhões de turistas. A variável relativa ao tempo de
gada de turistas estrangeiros, bem como ao permanência, que constitui outro indicador indireto
tempo de permanência e aos gastos médios dessa meta, foi mantida em 14,4 dias, conforme o
per capita realizados por esses turistas no País, que foi aferido em 200628.
que constituem os indicadores indiretos para
essa meta. Outro indicador indireto, que embasa o acompa-
nhamento na realização da meta de entrada de di-
Tomando como referência os registros do Departa- visas, refere-se aos desembarques internacionais, de
mento da Polícia Federal relativos à entrada de turis- acordo com os registros da Infraero, que devem che-
tas estrangeiros no País nos últimos anos, o aumento gar a 10 milhões de passageiros em 2010, incluídos os
desse fluxo foi projetado para chegar, em 2010, a 7,9 vôos regulares e vôos charters.

28 - FIPE, Estudo da Demanda Turísitica Internacional, 2006. 29 - Índices adotados com base em projeções de FGV, de acordo com as expectativas do mercado. O PAC não faz projeções para o câmbio e para corrente de comércio internacional.

54 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 55


Ç
ISMO INTERN

RVA
VIMENTO

SE
VOL REG

RE
N P
SE

A
ION O
AL U SÃ importância da atividade turística como in- sentido, a elaboração do Plano Nacional de Turismo

DE
MA VIAGEM DE INCLU
dutora do desenvolvimento depende não 2007/2010 dá relevância, continuidade e aprofun-

SÃO

TUR
somente da existência dos recursos natu- da a política adotada e implementada nos anos de

NCLU
rais e culturais, mas de uma ação de planejamento 2003 a 2006, por meio da ação articulada de setores

DO
DO TURISMO U
O SOCIAL MA e gestão eficaz e integrada entre o poder público e empresariais que compartilham com o governo uma

TO
ÇÃ VIA

LUSÃO SOCIAL UMA VIAGEM DE I


FUN GEM EN a iniciativa privada. Tendo como base a ciência e a dimensão institucional cooperada.
USÃO DE CIM
INC TALE tecnologia, que agregam valor real e contínuo, é pre-
LUS FOR ciso incorporar um conjunto de ações estruturadoras As proposições do Plano, organizadas em ma-
ÃO G
ESTÃO PARTICIPATIVA que elevem o nível de atratividade e competitividade croprogramas e programas, devem ser tratadas de
desses recursos, de modo a transformá-los, efetiva- forma integrada, conforme o organograma apre-
mente, em produtos turísticos. sentado na página a seguir.

A multidisciplinariedade do setor, os impactos Os macroprogramas são desdobramentos te-


econômicos, sociais, ambientais, políticos e cultu- máticos agregados, escolhidos pelo seu poten-
rais gerados pelo turismo exigem um processo de cial de contribuição para atingir os compromis-
planejamento e gestão que oriente, discipline e se sos estabelecidos nas metas. Eles se estruturam
constitua em um poderoso instrumento de acele- em três grupos de atividades relacionados à for-
INC

ração do desenvolvimento nos níveis local, regio- mulação e implementação da Política Nacional
nal e nacional. de Turismo 30, ao estabelecimento das referências
DA

CO N
UM E RE básicas sobre a territorialidade turística do País 31
D A política pública descentralizada para o tu- e às ações e atividades finalísticas e de suporte 32
AV
IAGE UIÇÃO
M DE INCLUSÃO DISTRIB rismo, conforme preconiza o Plano Nacional de que possibilitam, efetivamente, a realização das
Turismo, orientou a estruturação de ambientes de bases para o desenvolvimento da atividade de
organização, a partir do núcleo estratégico cons- forma sustentável.
tituído pelo Ministério do Turismo, o Conselho
Nacional de Turismo – CNT e o Fórum Nacional Os macroprogramas são constituídos por um con-
de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo. junto de programas que organizam, por temas afins,
Macroprogramas e Programas Completam esse modelo de gestão institucional e as diversas atividades executivas da atuação ministe-
empresarial para o turismo nacional os Fóruns e rial e seus parceiros. Os programas, por sua vez, se
Conselhos Estaduais de Turismo das 27 Unidades desdobram em diversas ações, que traduzem o seu
da Federação, as Instâncias Regionais e Macrorre- detalhamento em projetos e atividades que propicia-
gionais de Desenvolvimento do Turismo e os mu- rão a realização das metas.
nicípios turísticos.
Os macroprogramas e programas em curso evo-
Diversos programas e ações vêm sendo encami- luem para a consolidação do processo que vem apre-
nhados, de forma articulada, no sentido de melhorar sentando bons resultados, incorporando novas refle-
o desempenho da atividade no País, o que tem pro- xões e modos de ação que a experiência acumulada
porcionado os resultados positivos expressivos apre- durante os quatro anos propiciou.
sentados no diagnóstico. E há muito a ser feito para
que o Brasil ocupe, efetivamente, o papel que lhe A avaliação de eficiência, eficácia e efetividade
cabe no cenário turístico mundial, seja no desenvol- dos macroprogramas e programas deve estar refe-
vimento do turismo interno, seja no desenvolvimento renciada às metas propostas no âmbito deste Pla-
do turismo internacional. no, bem como aos indicadores secundários a elas
relacionados e às condições necessárias para a sua
Para isso, é cada vez maior a necessidade de realização, constituindo, ao mesmo tempo, meca-
ampliar e consolidar as relações entre o Estado, o nismos de acompanhamento e monitoramento dos
setor privado e a sociedade civil organizada. Nesse resultados esperados.

30 - Macroprogramas de Planejamento e Gestão, de Informações e Estudos Turísticos, de Logística de Transportes.


31 - Macroprogramas de Regionalização do Turismo.
32 - Macroprogramas de Fomento à Iniciativa Privada, de Infra-Estrutura Pública, de Qualificação dos Equipamentos e Serviços Turísticos e de Promoção e Apoio à Comercialização.

2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 57


As ações estabelecem o nível de articulação do Tesouro Nacional e de outras fontes e parcerias,
Plano Nacional de Turismo com o Plano Plurianual para a sua efetiva execução. Além das ações fina-
– PPA e as respectivas Leis de Diretrizes Orçamen- lísticas, integram o PPA, a LDO e a LOA as ações- MACROPROGRAMA:
tárias – LDO e Leis de Orçamento Anual – LOA, que meio que dão suporte ao funcionamento e à ope- 1
definem a dotação orçamentária com recursos do ração do Ministério do Turismo. PLANEJAMENTO E GESTÃO

PROGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E


PROGRAMA DE RELAÇÕES
MACROPROGRAMAS E PROGRAMAS E DESCENTRALIZAÇÃO DA
POLÍTICA NACIONAL DE TURISMO
MONITORAMENTO DO Plano
Nacional de Turismo
INTERNACIONAIS

ORGANOGRAMA
Descrição integração das atividades da produção turística nas
O desenvolvimento do turismo impõe uma diferentes esferas de planejamento e gestão do tu-
permanente articulação entre os diversos setores, rismo no País.
MACROPROGRAMA MACROPROGRAMA MACROPROGRAMA
públicos e privados, relacionados à atividade, no
INFORMAÇÃO E PLANEJAMENTO E LOGÍSTICA DE
ESTUDOS TURÍSTICOS GESTÃO TRANSPORTES sentido de compartilhar decisões, agilizar soluções, Tendo como referência as competências do
eliminar entraves burocráticos e facilitar a partici- MTur, seus programas e orçamento, a articulação
pação de todos os envolvidos no processo de cres- com o Ministério dos Transportes, das Cidades, da
cimento do setor. Integração Nacional e da Defesa deve ser estrutura-
da e intensificada. Da mesma forma, é importante
MACROPROGRAMA ampliar a implantação de ações integradas com o
Ao Ministério do Turismo cabe estabelecer a inter-
REGIONALIZAÇÃO DO
TURISMO face do planejamento e da gestão no ambiente inter- Ministério do Meio Ambiente, da Cultura, do De-
no e externo, incluindo as esferas federal, estadual, senvolvimento Agrário e da Indústria e Comércio,
municipal, regional e macrorregional, os organismos entre outros.
internacionais, além das entidades privadas e organi-
MACROPROGRAMA zações não-governamentais, para fortalecer os canais Como instrumento estratégico da Política Nacio-
MACROPROGRAMA MACROPROGRAMA MACROPROGRAMA nal, o Plano Nacional de Turismo – PNT deve orien-
QUALIFICAÇÃO DOS representativos da gestão compartilhada do turismo.
FOMENTO À INICIATIVA INFRA-ESTRUTURA PROMOÇÃO E APOIO À
EQUIPAMENTOS E tar os programas e ações do Plano Plurianual – PPA,
PRIVADA PÚBLICA COMERCIALIZAÇÃO
SERVIÇOS TURÍSTICOS que constitui o suporte orçamentário para a sua
É fundamental garantir a continuidade e os
avanços da Política Nacional, aprofundando e for- execução. Esses instrumentos de gestão devem ser
talecendo o sistema nacional de gestão descen- permanentemente alinhados, para ajustar as ações
tralizada do turismo, integrado pelo MTur, o Con- orçamentárias aos projetos e programas.
selho Nacional de Turismo, o Fórum Nacional de
Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, os É também importante avançar, em todas as es-
Fóruns ou Conselhos Estaduais de Turismo das 27 feras de gestão e administração, na implementação
UFs, as instâncias de governança instituídas nas di- dos mecanismos de acompanhamento e avaliação de
versas regiões turísticas, os municípios turísticos, desempenho do turismo, seja na eficácia das ações
bem como as instâncias macrorregionais de desen- específicas deflagradas para alcançar os objetivos e
volvimento do turismo. metas propostas, seja com relação à efetividade dos
resultados do desenvolvimento da atividade, com
Esse fortalecimento deve buscar ampliar a repre- sustentabilidade.
sentatividade dos diversos colegiados nas regiões
turísticas, bem como a sua qualificação no sentido Além das questões relacionadas à articulação
de proporcionar compartilhamento, cooperação e entre os setores público e privado, é fundamen-

58 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 59


tal e necessária a representação institucional do • Estabelecer mecanismos de cooperação técnica vistas ao atendimento das metas definidas no Plano do Turismo, PNUMA – Programa das Nações Unidas
Brasil junto aos fóruns internacionais de interesse bilateral e multilateral que contribuam para o Nacional de Turismo, em consonância com o pla- para o Meio Ambiente, UNCTAD – Conferência das
para o setor, a constante busca e divulgação de intercâmbio de conhecimentos e o desenvolvi- nejamento governamental do setor. No seu âmbito Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento
melhores práticas a serem adaptadas e incorpo- mento mútuo. deve ser implementado, com manutenção perma- etc.) e o Mercosul – Mercado Comum do Sul, bem
radas nas ações do Ministério do Turismo, bem nente, um sistema de planejamento, monitoramento como a identificação de interfaces entre os projetos
como a identificação e o estabelecimento de me- 1.1 – Programa de Implementação e e avaliação de desempenho dos programas e ações desenvolvidos por essas instâncias com os progra-
canismos de cooperação técnica que garantam o Descentralização da Política Nacional do Plano Nacional de Turismo e do Plano Plurianual, mas do Ministério do Turismo e, conseqüentemen-
embasamento legal necessário ao intercâmbio de de Turismo incorporando a proposta de gestão descentraliza- te, a coordenação e apoio de ações conjuntas.
conhecimentos em nível bilateral e multilateral. O programa abrange as atividades relacionadas da e as interfaces entre ações, projetos e resultados
Essas ações devem contemplar a adequação dos à formulação da Política Nacional de Turismo e a sua nas diversas Unidades da Federação e de Ministérios O programa atua também na identificação das
ordenamentos que afetam o incremento do turis- sistematização no Plano Nacional de Turismo, bem afins, por meio do mapeamento georreferenciado melhores práticas em turismo por meio de pros-
mo por meio da negociação entre países e blocos como a sua implementação, por meio de ações de das ações do PNT. pecção em diversas fontes internacionais e difu-
econômicos. apoio para o encaminhamento das recomendações do são entre os agentes públicos e privados. A com-
Conselho Nacional de Turismo e do Fórum Nacional O monitoramento e a avaliação do Plano devem pilação dos resultados obtidos oferece subsídios
Os três programas e ações estruturados no âmbi- de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo. Con- avançar na consolidação de um sistema de indicado- para orientação de políticas e ações do Ministério
to do Macroprograma Planejamento e Gestão devem templa ainda, em âmbito nacional, o acompanhamen- res para o turismo, de forma a promover sinergia nas do Turismo.
ter continuidade e complementação a partir da expe- to e a integração das ações dos Fóruns e Conselhos ações do Ministério e de seus parceiros, nas diversas
riência acumulada dos quatro anos de implantação Estaduais de Turismo nas 27 UFs, bem como o apoio regiões do País, com os resultados e metas do PNT, Por fim, cabe ao programa acompanhar e
do Plano Nacional de Turismo. à estruturação, organização e integração das ações de propiciando assim, além do acompanhamento com avaliar as políticas e decisões internacionais re-
instâncias regionais e macrorregionais de turismo. eficácia, a melhoria da leitura e a mitigação de fato- lacionadas ao desenvolvimento do turismo, es-
Objetivos res externos que impactam a atividade. treitar laços com outros agentes da comunidade
• Formular e implementar, de forma descentrali- Esse conjunto de ações dá suporte ao funciona- internacional, com vistas à troca de experiências
zada e participativa, a Política Nacional de Tu- mento do sistema de gestão descentralizada e par- 1.3 – Programa de Relações no setor, além de realizar os esforços necessá-
rismo, orientada pelas diretrizes do Conselho ticipativa da Política Nacional de Turismo proposta Internacionais rios à implementação de ações de cooperação
Nacional de Turismo. pelo PNT. Tem ainda como função a promoção da Integram-se ao programa as ações relacionadas à técnica bilateral ou multilateral que promovam
• Integrar as esferas públicas federal, estadual, transversalidade do tema turismo por meio de uma representação institucional nos diversos foros inter- a geração de emprego e renda e a aplicação de
municipal, regional e macrorregional e o setor ação de integração interministerial, particularmente nacionais, como as agências pertencentes ao siste- medidas de facilitação de fluxos de pessoas en-
privado na construção do turismo brasileiro, onde sua interface com outros setores se torna estra- ma das Nações Unidas (OMT – Organização Mundial tre os países da América do Sul.
promovendo a avaliação e o monitoramento do tégica, como no transporte aéreo, na infra-estrutura
Plano Nacional de Turismo. básica, no desenvolvimento regional e na preserva-
• Descentralizar a execução das ações definidas ção do meio ambiente e da cultura.
no Plano Nacional de Turismo, em alinhamento
com os planos macrorregionais, estaduais, re- Por meio dessa transversalidade, o programa deve
gionais e municipais do turismo. dar encaminhamento às propostas e ações relacionadas
• Estruturar os mecanismos e as ferramentas inti- com a elaboração da Agenda Ambiental para o Turis-
tucionais capazes de promover o planejamento mo, que deve orientar as políticas públicas do setor no
integrado nos ambientes interno e externo ao que se refere à sustentabilidade ambiental e também
Ministério do Turismo. ao combate à exploração sexual infanto-juvenil, em um
• Monitorar e avaliar os resultados do Plano Na- trabalho articulado com o Ministério da Justiça.
cional de Turismo e as políticas públicas relacio-
nadas ao turismo pelos impactos econômicos e 1.2 – Programa de Avaliação e
socioambientais. Monitoramento do Plano Nacional
• Identificar práticas exitosas implementadas por de Turismo
outros países que possam auxiliar no desenvol- Este programa integra as ações relativas ao acom-
vimento do turismo no Brasil. panhamento, avaliação de resultados e proposição
• Defender o interesse do turismo brasileiro em fo- de adequações nos processos de planejamento e im-
ros internacionais e em suas relações bilaterais. plementação da Política Nacional do Turismo, com

60 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 61


• Conhecer as características e o dimensionamen- basa-se em uma metodologia oficial para inventariar
to da oferta e da demanda turística no mercado a oferta turística no País, constituindo um banco de
MACROPROGRAMA: INFORMAÇÃO nacional e internacional. dados de abrangência nacional. Propõe um sistema de
2 • Avaliar o impacto da atividade turística na eco- organização das informações, bem como a avaliação
E ESTUDOS TURÍSTICOS nomia por meio da implantação da Conta Sa- e hierarquização dos dados de interesse turístico. O
télite em nível nacional e regional, conforme Projeto Inventário da Oferta Turística já está sendo im-
recomendação da OMT. plementado no País e, inicialmente, desenvolve ações
• Desenvolver pesquisas qualitativas junto aos em regiões e roteiros turísticos priorizados. Propõe-se
empresários de setor de turismo. reunir todas as informações em um único banco de
PROGRAMA SISTEMA DE INFORMAÇÕES PROGRAMA DE COMPETITIVIDADE • Promover a disseminação de informações so- dados e disponibilizá-las a todos os interessados.
DO TURISMO DO TURISMO BRASILEIRO bre o turismo junto ao setor público, privado e
à sociedade civil em geral, de forma a facilitar 2.2 – Programa de Competitividade do
o acesso da população a dados, indicadores e Turismo Brasileiro
análises sobre a atividade turística. Este programa propõe a avaliação da oferta turísti-
Descrição A produção e disseminação das informações • Articular a realização dos estudos e pesquisas ca nos diversos elos de sua cadeia integrada, em nível
Nas sociedades modernas a informação é um insu- proporcionarão o aparecimento de uma nova cultu- sobre a competitividade da atividade turística nacional e internacional. A competitividade é entendi-
mo estratégico para o desenvolvimento de qualquer ra referencial no setor, baseada em números e pes- no Brasil de modo a subsidiar a atuação das di- da como um fator intrínseco à atividade e, ao mesmo
atividade. E no turismo a informação assume um pa- quisas atualizados e confiáveis, de modo a propiciar versas áreas do Ministério do Turismo. tempo, sensível ao aspecto dinâmico do mercado para
pel fundamental, tanto no que se refere à gestão pro- facilidades para o gerenciamento e a otimização da sua renovação e aprimoramento. Nesse sentido, deve-
gramática para decisão dos investimentos junto aos aplicação dos recursos públicos e privados. Informa- 2.1 – Programa Sistema de Informações se dar continuidade e ampliar os projetos a cerca da
destinos e mercados internos e internacionais, como ções sobre empregos gerados, entrada de divisas e do Turismo competitividade em consonância com os indicadores e
no que se refere ao próprio funcionamento da cadeia viagens realizadas são fundamentais para a avaliação Incluem-se neste programa as ações relativas à re- resultados dos estudos e pesquisas já elaboradas, com
produtiva, no âmbito das informações e dados sobre dos impactos do turismo no desenvolvimento socio- alização e disseminação de estudos e pesquisas sobre o objetivo de construir conhecimento específico sobre
as ações envolvidas na atividade, da produção à co- econômico do País. o turismo e a compilação e sistematização de regis- o tema e gerar resultados efetivos para o desenvolvi-
mercialização. tros administrativos que subsidiem as ações, tanto mento do turismo nacional.
Entre outros temas, devem ser priorizados e trata- da área pública, quanto da área privada. No âmbito
Nesse sentido, é necessário um programa con- dos sistematicamente os indicadores que permitirão dessas ações destaca-se a formação de um banco de A academia aparece como fator relevante para
tínuo que não só pesquise a estruturação dos des- avaliar e monitorar os impactos da atividade turística na dados de indicadores de turismo a partir dos registros o sucesso desse programa, uma vez que, por meio
tinos na ótica da oferta e da demanda, mas que dimensão social, econômica, cultural e ambiental dos administrativos compilados, como entrada de estran- da correta integração dos estudos teóricos e de mer-
constitua um sistema que possibilite a avaliação dos territórios, regiões, destinos e populações, no emprego, geiros, desembarque de passageiros, receita cambial cado sobre competitividade e os resultados já exis-
impactos socioeconômicos, culturais e ambientais na avaliação qualitativa do perfil dos fluxos de turistas e ocupação hoteleira, entre outros. tentes sobre a evolução da oferta turística brasileira,
da atividade e auxilie na tomada de decisões, crian- nacionais e estrangeiros e no impacto por componente será possível propor novos indicadores condizentes
do condições para o fortalecimento da sustentabili- da cadeia produtiva e por segmento turístico. Integram o programa o desenvolvimento e a com a realidade nacional. Essa medida representa
dade do setor. implantação da metodologia da Conta Satélite de uma grande modificação de enfoque em relação à
A produção de informações e dados sobre a ativi- Turismo33 em nível nacional e regional, bem como implantação de estratégias e processos de produ-
A geração de indicadores básicos para a análise do dade deve constituir um processo sistemático, contí- a realização e disseminação de estudos e pesquisas ção, deslocando-o da lógica estática de produtos e
setor de turismo é essencial para garantir as condições nuo e rotineiro, possibilitando a construção de séries sobre a oferta e a demanda turística, sobre o em- da produção em massa para a lógica de processos e
necessárias para que se apure a magnitude da atividade históricas sobre o comportamento da atividade, per- prego formal e informal nas atividades características customização. A partir do momento em que as mo-
e se avalie o seu impacto na economia, bem como os mitindo avaliar as suas perspectivas de expansão e do turismo e sobre modelos de desenvolvimento da dificações têm de ser constantes, o processo ganha
seus impactos de caráter socioambiental. desenvolvimento. atividade, entre outros. importância estratégica, pois sua flexibilidade torna-
se essencial para enfrentar as mudanças de mercado
Os dirigentes públicos e privados necessitam de Objetivos Insere-se ainda no programa a inventariação da e a fragmentação dos nichos de consumo, melhor
informações essenciais para a tomada de decisão • Estruturar o sistema nacional de estatística de oferta turística que compreende levantamento, iden- atendendo o cliente e oferecendo alternativas para a
gerencial, seja para o planejamento, a promoção e turismo. tificação e registro dos atrativos, dos serviços e equi- redução contínua de custos.
qualificação, seja para a infra-estrutura e implemen- • Reunir, sistematizar e disseminar informações pamentos e da infra-estrutura de apoio ao turismo
tação de novos serviços e equipamentos nos rotei- primárias e secundárias sobre a atividade turísti- como instrumento base de informações para fins de Promover a integração entre a teoria organizacio-
ros turísticos. ca em âmbito nacional e internacional. planejamento e gestão da atividade. Esse projeto em- nal e processos tecnológicos torna-se então essen-

33 - Conta Satélite de Turismo: metodologia recomendada pela OMT. Trata-se de um instrumento de medida dos impactos do turismo na economia, baseado em um sistema de informações
sobre as atividades características de turismo, consistente com os dados das Contas Nacionais.

62 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 63


cial para a construção da vantagem competitiva, pois de modelos cíclicos de avaliação e acompanhamento
esses processos têm de ser capazes de se reinventar da competitividade do turismo brasileiro, será pos-
por meio de aprendizado e captação de novas confi- sível desenvolver políticas públicas em consonância MACROPROGRAMA:
gurações do mercado. com o posicionamento estratégico do setor no mer- 3
cado nacional. LOGÍSTICA DE TRANSPORTES
Uma vez identificados e ampliados os indicadores
de competitividade para o turismo brasileiro, o pro- O programa tem como função, ainda, estudar a
grama também estabelece como objetivo o monito- perspectiva da internacionalização da oferta turística
ramento do processo competitivo em escala temporal brasileira, propondo ações voltadas para a exporta- PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DA PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO DA PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO
alinhada com os demais programas do Ministério do ção e o aumento da presença comercial dos serviços MALHA AÉREA INTERNACIONAL AMÉRICA DO SUL MODAL NAS REGIÕES TURÍSTICAS
Turismo nas dimensões pública e privada. Por meio turísticos brasileiros no exterior.

Descrição trangeiro, ao avanço nas estruturas de governança


O transporte é um componente essencial da corporativa, a integração de modais de transporte
atividade turística, que tem no deslocamento do e a constante busca de ampliação da oferta da ma-
consumidor a sua própria definição. Nesse senti- lha aérea internacional, sem prejuízo das empresas
do, foi introduzido este novo macroprograma na aéreas nacionais.
versão 2007/2010 do Plano Nacional de Turismo,
como um eixo temático específico em função da Também deve ser enfrentado o problema
sua importância para o desenvolvimento da ativi- das limitações relativas à infra-estrutura para o
dade no País. transporte terrestre e aquaviário, não só com re-
lação à integração de diferentes modais e como
Questões relativas à desregulamentação da complemento para a acessibilidade aérea, mas,
atividade, custo de combustível e bilateralidade também, e principalmente, como uma forma de
devem estar na pauta das discussões relativas acessibilidade, fundamental para a expansão do
às perceptivas do setor para os próximos anos, consumo turístico no País, particularmente para
de modo a superar obstáculos que possam com- os deslocamentos de âmbito regional e intra-es-
prometer esse desenvolvimento. A complexida- tadual, que constituem uma parcela expressiva
de e o tempo de maturação de alguns aspectos dos fluxos domésticos.
relacionados à discussão desses temas impõem
uma pauta articulada de discussão e negocia- Objetivos
ção. Deve ser avaliada a correlação entre os • Ampliar a conectividade aérea internacional do
processos de internacionalização da demanda e País, com mais vôos regulares e charters.
da oferta turística a partir de casos de grandes • Fortalecer as empresas aéreas nacionais.
grupos econômicos internacionais nos setores • Ampliar a oferta de vôos domésticos regulares
de hospedagem, transporte aéreo e de opera- e charters.
doras de viagens. • Desconcentrar os fluxos aéreos no País, possi-
bilitando o atendimento das diversas regiões
Num país de dimensões continentais como o brasileiras, particularmente os pólos e destinos
Brasil, uma rede de transportes aéreos articulada, turísticos indicados pelo Macroprograma de Re-
que integre as linhas internacionais com as longas gionalização Turismo.
distâncias internas e os pequenos percursos dos • Fortalecer a aviação aérea regional.
transportes de alcance regional, é fundamental • Melhorar a rede e a qualidade da infra-estrutura
para o bom desempenho do setor. Nesse sentido, de transportes de passageiros nos diversos mo-
devem ser tratadas no âmbito deste macroprogra- dais, atendendo as regiões turísticas.
ma questões relativas a incentivos para a utilização • Integrar os diversos modais de transportes no País.
eficiente de slots34, a maior agilidade da regula- • Induzir a ação interministerial para a imple-
mentação, a definição de critérios mais claros de mentação de estratégias relativas à logística de
controle da oferta, a participação do capital es- transportes.

34 - Slot: faixa de horário de operação de vôo em um determinado aeroporto ou determinada rota.

64 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 65


3.1 – Programa de Ampliação da Malha e proporcionar a inserção competitiva das empresas
Aérea Internacional aéreas no processo de integração regional.
A interação aérea do País com o resto do mundo MACROPROGRAMA:
é uma questão estratégica, envolvendo aspectos da No que se refere à acessibilidade aérea, terrestre, 4
geopolítica que indicam a necessidade do seu trata- marítima e fluvial deve-se promover a facilitação de REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO
mento como um tema de Estado, com questões re- processos de controles alfandegários, imigratórios, de
lacionadas não só ao turismo, mas onde a atividade saúde, documentação, infra-estrutura aeroportuária,
tem um papel fundamental. É importante garantir e de fronteira e outras, viabilizando a transformação
fortalecer a participação das empresas nacionais no de destinos turísticos nacionais em destinos regionais
mercado aéreo internacional, em função da sua im- sul-americanos. PROGRAMA DE PROGRAMA
PROGRAMA DE PROGRAMA DE
portância para a atração de turistas estrangeiros, por ESTRUTURAÇÃO DE APOIO AO
PLANEJAMENTO ESTRUTURAÇÃO
3.3 – Programa de Integração Modal DA PRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO
meio de ações que possibilitem a essas empresas na- E GESTÃO DA DOS SEGMENTOS
ASSOCIADA AO REGIONAL DO
cionais ampliar a sua participação nesse mercado. nas Regiões Turísticas REGIONALIZAÇÃO TURÍSTICOS
TURISMO TURISMO
O programa objetiva a avaliação do grau de capi-
Também deve ser considerada a localização dos laridade e da qualidade da infra-estrutura de acesso
principais aeroportos do País e aqueles que devem e de seus impactos para a competitividade e interio-
funcionar como hubs35, de modo a otimizar as cone- rização do turismo no Brasil. Essa avaliação resulta Descrição quenas empresas, o que se reflete no estado de
xões do mercado internacional com os vôos nacionais do mapeamento dos principais eixos turísticos ro- A regionalização do turismo, implantada pelo bem-estar das populações.
e regionais, promovendo a desconcentração da oferta doviários, bem como da infra-estrutura relacionada Programa de Regionalização do Turismo – Rotei-
desses serviços para todas as regiões turísticas do País. à acessibilidade marítima, terrestre, aérea e fluvial, ros do Brasil, lançado em abril de 2004, propõe a Incorporada nesta versão do PNT como Macro-
A continuidade dos investimentos na melhoria dos propondo ações de melhoria da qualidade dessa programa de Regionalização do Turismo, a propos-
estruturação, o ordenamento e a diversificação da
aeroportos centrais é uma condição importante para infra-estrutura e dos equipamentos de apoio a elas ta é balizada pela segmentação – da oferta e da
oferta turística no País e se constitui no referencial
essa definição de uma rede aeroportuária eficiente e relacionados (postos de combustíveis, serviços de
da base territorial do Plano Nacional de Turismo. demanda – como uma estratégia de organização
descentralizada, estruturando novos destinos para a alimentação e hospedagem, informações turísticas
do turismo para fins de planejamento e gestão,
recepção de vôos internacionais para o Brasil. etc.), atuando de forma integrada com as prioridades
Constitui, dessa forma, um modelo de gestão tendo em vista a concepção de produtos, roteiros e
estabelecidas pelo PAC.
de política pública descentralizada, coordenada e destinos que reflitam as características de peculia-
Devem ser estudadas formas de incentivos e re-
integrada, com base nos princípios da flexibilidade, ridade e especificidade de cada região. A oferta tu-
duções de custos para que mais empresas aéreas, Deve ser estudada junto às empresas aéreas na-
regulares, não regulares ou de charters, nacionais ou cionais e regionais a perspectiva de criação de hubs articulação, mobilização, cooperação intersetorial rística adquire maior significância e identidade pela
internacionais, possam incrementar seus vôos ao Bra- em distintas cidades do País, evitando-se a concen- e interinstitucional e na sinergia de decisões, como qualidade e originalidade da produção artesanal,
sil, considerando a melhoria de competitividade nas tração na região de São Paulo e possibilitando ou- estratégia orientadora dos demais macroprogra- industrial e agropecuária local, capaz de agregar
operações dos diversos níveis de aeroportos. Também tras ofertas de conexões e transferências de vôos mas, programas e ações do PNT. valor ao produto turístico, estrategicamente deno-
deve ser analisada a política de preços do querosene para uma melhor atenção aos usuários e aos desti- minada produção associada ao turismo.
de aviação no País, de forma a conseguir-se sua re- nos turísticos, além de se promover a maior integra- O programa assimila a noção de território como
dução a níveis de outros países da área, constituindo ção de empresas aéreas de âmbito nacional com as espaço e lugar de interação do homem com o am- No escopo deste macroprograma integram-se
este um dos gargalos para a busca de maior compe- regionais, para melhor distribuição do tráfego aéreo biente, dando origem a diversas maneiras de se or- os programas de apoio ao financiamento para o
titividade no setor. dentro do País. ganizar e se relacionar com a natureza, com a cul- desenvolvimento regional – PRODETUR E PROECO-
tura e com os recursos de que dispõe. Essa noção TUR – que interagem em um processo de comple-
3.2 – Programa de Integração da O transporte aéreo regional deve ser considerado mentariedade.
supõe formas de coordenação entre organizações
América do Sul um importante elo para o desenvolvimento do turis-
sociais, agentes econômicos e representantes po-
O Programa de Integração da América do Sul mo doméstico, sendo necessária a adoção de medidas
líticos, superando a visão estritamente setorial do O mapa da regionalização no País apresenta
prevê as bases de uma integração sul-americana específicas que solucionem os seus problemas estru-
desenvolvimento. 200 regiões turísticas que contemplam 3.819 mu-
utilizando-se do modal aéreo, com a finalidade de turais, que passam por temas como compensação ta-
nicípios em todas as Unidades da Federação. Desse
fomentar o turismo e o comércio regional, que visa rifária, financiamento para a aquisição de aeronaves
a impulsionar a indústria do turismo de lazer e negó- regionais para melhoria, ampliação e adequação da O conceito do programa incorpora, também, o universo, destacam-se 149 regiões que produziram
cios e viabilizar as redes nacionais e sul-americanas frota e modernização e expansão da infra-estrutura ordenamento dos arranjos produtivos como estra- 396 roteiros perpassando 1.027 municípios.
com potencial econômico, por meio da identificação aeroportuária regional. A avaliação da aviação regio- tégico, dado que os vínculos de parceria, integra-
de novos destinos turísticos e de negócios. O progra- nal deve ser contextualizada ao desenvolvimento do ção e cooperação dos setores geram produtos e O contexto da regionalização pressupõe uma
ma visa também a consolidar as ligações aéreas já Macroprograma de Regionalização do Turismo, forta- serviços capazes de inserir as unidades produtivas ampla convergência de interesses em uma rede de
existentes para propiciar um adensamento da malha lecendo os destinos e as regiões turísticas do País. de base familiar, formais e informais, micro e pe- relações com foco no mercado e intensa integração

35 - Hub: aeroporto de grande concentração e distribuição de vôos.

66 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 67


econômica e social, com capacidade de produzir uma giões turísticas e roteiros integrados com maior po- Em uma estratégia de integração regional, o pro- fortalecimento da gestão municipal, capacitação
interação dinâmica entre diferentes setores para o tencialidade para alcançarem padrões de qualidade grama apóia projetos de valorização e inclusão social profissional e empresarial, estudos de mercado
desenvolvimento sustentável do turismo. O adensa- internacional. no desenvolvimento do turismo, com intuito de pro- turístico nacional e internacional, planos de ges-
mento, a integração e a abrangência dessa rede36 são mover a inserção socioeconômica da população local tão ambiental, planos de marketing, além das in-
os mecanismos centrais de fortalecimento da dinâmi- Assim, numa ação integrada dos governos esta- nas atividades relacionadas com o turismo. tervenções em infra-estrutura de transporte, de
ca regional, constituindo uma ferramenta importante duais, o programa identificou e estão sendo traba- saneamento ambiental, de conservação de patri-
do processo de gestão compartilhada do PNT. lhados, prioritariamente, 87 roteiros que abrangem 4.3 – Programa de Estruturação da mônio histórico, entre outras, com recursos de fi-
474 municípios em 116 regiões turísticas. Produção Associada ao Turismo naciamento internacional.
Objetivos O programa objetiva a identificação dos produtos
• P romover o desenvolvimento e a desconcen- 4.2 – Programa de Estruturação dos associados ao turismo, artesanal, industrial, comer- Como forma de atender os estados participan-
tração da atividade turística. Segmentos Turísticos cial e de serviços, como forma de ampliação e di- tes, o programa propõe mecanismos de facilidade
• Apoiar o planejamento, a estruturação e o de- Este programa é norteado por duas linhas estraté- versificação da oferta. Propõe meios de alavancar as creditícia junto ao BID, denominados PRODETUR
senvolvimento das regiões turísticas. gicas: segmentação da oferta e da demanda do turis- oportunidades e superar os desafios para incorporar Nacional, que permitirão um trâmite mais rápido
• Aumentar e diversificar produtos turísticos de mo e estruturação de roteiros turísticos. esses produtos e adequá-los ao mercado e ao proces- dos processos de captação de recursos com a redu-
qualidade, contemplando a pluralidade cultu- so de comercialização do turismo. ção dos custos da operação.
ral e a diferença regional do País. A segmentação constitui uma forma de organi-
• Possibilitar a inserção de novos destinos e ro- zar o turismo. É uma estratégia para a estruturação A partir da identificação dos produtos com poten- O PRODETUR Nordeste II, que abrange todos os
teiros turísticos para comercialização. de produtos e consolidação de roteiros e destinos, a cial de associação ao turismo, devem ser mobilizados estados da região mais Minas Gerais e Espírito Santo,
• Fomentar a produção associada ao turismo, agre- partir dos elementos de identidade de cada região. recursos para a sua adequação e para a divulgação refere-se à continuidade da fase I do programa, com
gando valor à oferta turística e potencializando a Tais elementos caracterizam os principais segmentos e promoção de maneira a potencializar os resulta- apoio institucional e contrapartida na operação de
competitividade dos produtos turísticos. da oferta turística trabalhados pelo programa: Turis- dos esperados, quais sejam a agregação de valor e crédito internacional.
• Potencializar os benefícios da atividade para mo Cultural, Turismo Rural, Ecoturismo, Turismo de ampliação de mercado para o turismo e produtos as-
as comunidades locais. Aventura, Turismo de Esportes, Turismo Náutico, Tu- sociados e a inclusão social por meio da geração de O PRODETUR Sul refere-se ao apoio institucional
• Integrar e dinamizar os arranjos produtivos do rismo de Saúde, Turismo de Pesca, Turismo de Estu- trabalho e renda. e participação na preparação dos Programas nos es-
turismo. dos e Intercâmbio, Turismo de Negócios e Eventos, tados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do
• Aumentar o tempo de permanência do turista Turismo de Sol e Praia, entre outros tipos de turis- O programa deve trabalhar a associação da ima- Sul e Santa Catarina.
nos destinos e roteiros turísticos. mo37. Nesse processo, insere-se transversalmente o gem do turismo aos produtos de reconhecimento
• Dinamizar as economias regionais. Turismo Social38, como uma forma inclusiva de con- internacional e de todos os produtos associados vin- O PRODETUR JK abrange seis estados das Re-
duzir e praticar a atividade turística com vistas à me- culados aos destinos turísticos, tanto no mercado in- giões Centro-Oeste, Sudeste e o Distrito Federal e
4.1 – Programa de Planejamento e lhor distribuição de benefícios. terno quanto no mercado externo. se encontra em fase inicial, devendo ser viabiliza-
Gestão da Regionalização do o financiamento externo com alocação de con-
O programa integra um conjunto de ações re- O programa propõe o ordenamento e a conso- 4.4 – Programa de Apoio ao trapartida local. O programa se inicia por meio da
lacionadas ao planejamento das regiões turísticas lidação de cada segmento, a articulação e o for- Desenvolvimento Regional do Turismo análise da dinâmica do turismo na região, carac-
nas 27 Unidades Federadas. Contempla desde ati- talecimento de suas instâncias representativas e a Este programa integra os Programas Regionais terizada pela elaboração da Avaliação Ambiental
vidades de articulação, sensibilização e mobiliza- padronização de referência conceitual, que junta- de Desenvolvimento do Turismo – PRODETUR, Estratégica – AAE.
ção, até a elaboração e implementação dos pla- mente com a estruturação da produção associada com financiamento do Banco Interamericano de
nejamentos estratégicos das regiões turísticas. Tem ao turismo configuram a base para a construção Desenvolvimento – BID. Visa a assegurar o de- O PROECOTUR tem como objetivo a geração de
efetiva atuação por meio da institucionalização de de roteiros. A roteirização turística é voltada para senvolvimento turístico sustentável e integrado, empregos e de atividades econômicas sustentáveis
instâncias de governança regionais, na formação a construção de parcerias e promove a integração, melhorar a qualidade de vida da população lo- nos nove estados da Amazônia Legal. A Fase I de
de redes e na monitoria e avaliação do processo cooperação e comprometimento entre os atores cal, aumentar as receitas do setor e melhorar a pré-investimentos foi realizada com recursos do BID
de regionalização em âmbito municipal, estadual locais, o adensamento de negócios, o resgate e capacidade de gestão da atividade em áreas de e sob responsabilidade do Ministério do Meio Am-
e nacional, com destaque para as ações integradas preservação dos valores socioculturais e ambien- expansão e de potencial turístico. Atua por meio biente. A Fase II, denominada PRODETUR Norte, será
com países vizinhos. tais da região, como uma forma de integrar a ofer- de ações como elaboração de planos diretores e responsabilidade do Ministério do Turismo.
ta turística. É válido destacar que a elaboração e
Diante da dimensão do País em relação à capaci- estruturação de roteiros turísticos é de responsa-
dade de operação dos envolvidos, torna-se imperiosa bilidade da iniciativa privada e o programa tem o
a delimitação de um recorte de priorização das re- papel de indutor desse processo.

36 - Com o processo de regionalização do turismo, viabilizou-se a formação de uma rede de relacionamento em todo o País: a Rede Nacional de Regionalização do Turismo. O objetivo 38 - Turismo Social é a forma de conduzir e praticar a atividade turística promovendo a igualdade de oportunidades, a eqüidade, a solidariedade e o exercício da cidadania na perspectiva
principal dessa ação é promover e apropriar a construção de relações e parcerias entre os diversos atores envolvidos com a regionalização do turismo no Brasil, em especial por meio da da inclusão. Segmentos temáticos: Marcos Conceituais, MTur, 2005.
troca de experiências e informações, de modo a contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico do País.
37 - BRASIl, Ministério do Turismo. Segmentação do Turismo – Marcos Conceituais. Brasília, 2006.

68 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 69


a garantia das condições de acessibilidade para nacionais e coordenando ações de prospecção e de
pessoas com deficiência ou com mobilidade redu- divulgação das oportunidades de investimentos no
MACROPROGRAMA: zida em todos os equipamentos turísticos, consti- País, integradas com os macroprogramas e progra-
5 tuindo esta uma exigência para qualquer tipo de mas do PNT, as instituições públicas e as entidades
FOMENTO À INICIATIVA PRIVADA apoio institucional. do setor privado.

Objetivos Insere-se nas ações do programa a elaboração de


• Ampliar e melhorar a oferta de equipamentos e estudos, pesquisas e análises das oportunidades de
serviços turísticos em todo o País. investimento no setor turístico brasileiro para efeito
PROGRAMA DE FINANCIAMENTO • Incentivar a micro, pequena e média empresa, de captação de investimentos, orientação e informa-
PROGRAMA DE ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS
PARA O TURISMO facilitando o acesso ao crédito. ção do investidor.
• Gerar novos postos de trabalho por meio da
ampliação e diversificação dos equipamentos 5.2 – Programa de Financiamento para
turísticos. o Turismo
Descrição viços financeiros e do crédito, estimulando e direcio- • Fortalecer o mercado interno por meio do finan- O programa propõe a realização de ações de de-
O processo de desenvolvimento sustentável nas nando formas inovadoras de acesso aos recursos, ciamento ao consumidor final. senvolvimento e adequação de linhas de créditos e
sociedades modernas está vinculado à disponibili- constitui a base referencial para o desenvolvimento • Gerar divisas, promovendo a captação de inves- outros instrumentos voltados para o financiamento
dade e acessibilidade ao crédito, para expansão dos da atividade. tidores para o Brasil. ao turista e às empresas do turismo, promovendo
negócios que realizam as atividades de produção de • Captar investidores para projetos localizados parcerias junto às instituições financeiras e estudando
cada setor econômico. O incentivo para construção de equipamentos tu- em regiões potenciais remotas, ainda não e sugerindo novas linhas e melhorias nas condições
rísticos dar-se-á não só por meio da oferta de novas desenvolvidas. dos financiamentos existentes, de modo a torná-los
A atividade turística é executada, fundamen- linhas de crédito, mas também pela identificação e • Divulgar as oportunidades de investimentos no mais acessíveis.
talmente, pela iniciativa privada e envolve um cadastramento de projetos atrativos nas regiões e turismo, sensibilizando os potenciais investidores
amplo leque de oportunidades para o desenvol- destinos turísticos, para divulgação a potenciais in- para o desenvolvimento da atividade no País. Também se inserem nas atribuições do progra-
vimento da oferta de serviços. Nesse sentido, vestidores no Brasil e no exterior. ma a identificação, promoção e divulgação junto
faz-se imprescindível a disponibilidade de cré- 5.1 – Programa de Atração de aos públicos-alvo específicos, das linhas de finan-
dito em quantidade e em condições adequadas O financiamento ao consumidor final, por meio Investimentos ciamento para o turismo, inclusive ao Fundo Geral
aos micros, pequenos, médios e grandes negó- da ampliação da oferta de crédito ao trabalhado- Este programa integra as ações de fomento e mo- do Turismo – FUNGETUR, por meio do aprofunda-
cios do turismo. É necessário continuar aprimo- res, aposentados e jovens, é outro instrumento de bilização da iniciativa privada na implementação da mento do relacionamento com as instituições fi-
rando os instrumentos e as condições de con- fomento utilizado que deve integrar a pauta do fo- Política Nacional do Turismo, promovendo a capta- nanceiras oficiais e outras instituições do sistema
cessão de crédito e financiamento, de modo a mento à atividade turística para fortalecer o mercado ção e o estímulo aos investimentos nacionais e inter- financeiro nacional.
permitir que os empresários do setor do turismo interno, facilitando as viagens domésticas no territó-
possam acessar os recursos disponibilizados nas rio brasileiro.
instituições financeiras.
O fomento é diagnosticado como um dos eixos
É de fundamental importância que os projetos temáticos desafiadores no que se refere a um enten-
nessa área possam ser analisados pelas instituições dimento entre os empresários e o sistema financeiro,
financeiras num ambiente em que as exigências im- ensejando um conjunto diversificado de propostas
postas sejam proporcionais ao verdadeiro risco das para a solução dos gargalos existentes.
operações. Assim, essas instituições realmente po-
derão apoiar o crescimento e o melhor desempe- Os programas relacionados a esse tema devem
nho do setor e, conseqüentemente, a geração de tratar de questões relativas a fundos e linhas de fi-
emprego e renda no País. nanciamento, acesso ao crédito, captação de investi-
mentos e desoneração da cadeia produtiva.
No fomento, o incremento das parcerias estabe-
lecidas com as instituições financeiras federais, com O Macroprograma de Fomento deve consi-
intuito de promover e divulgar as condições dos ser- derar como um dos pressupostos das suas ações

70 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 71


• Potencializar os benefícios decorrentes do de- e segurança publica, integrando essas demandas ao
senvolvimento turístico. conjunto de investimentos programados pelo PAC,
MACROPROGRAMA: • Facilitar o acesso de turistas, inclusive dos porta- particularmente com relação à logística (rodovias,
6 dores de necessidades especiais. ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias ) e infra-es-
INFRA-ESTRUTURA PÚBLICA • Garantir as condições adequadas para que o trutura social (saneamento, transporte urbano e re-
desenvolvimento do turismo se dê de forma cursos hídricos).
sustentável.
6.2 – Programa de Apoio à Infra-
6.1 – Programa de Articulação Estrutura Turística
PROGRAMA DE ARTICULAÇÃO Interministerial para Infra-Estrutura de O programa objetiva a identificação das neces-
PROGRAMA DE APOIO À
INTERMINISTERIAL PARA INFRA-ESTRUTURA
INFRA-ESTRUTURA TURÍSTICA Apoio ao Turismo sidades de infra-estrutura turística para permitir a
DE APOIO AO TURISMO
Este programa refere-se às ações de gestão go- expansão da atividade e a melhoria da qualidade
vernamental relativas à promoção da integração in- do produto para o turista, nas diversas regiões
terministerial, particularmente, Cidades (saneamen- do País. Integra um conjunto de ações relativas
Descrição expansão da atividade turística, por meio da criação to ambiental), Transportes (sistema viário), Cultura, à identificação do patrimônio histórico e cultural
Desenvolver o turismo nas regiões onde exista de condições para implantação de equipamentos, Meio Ambiente, Integração Nacional e Defesa, entre com potencial para visitação turística, buscando a
oferta e demanda pressupõe prover os municípios de para o acesso de turistas, para a melhoria da qua- outros Ministérios, de modo a que sejam estabeleci- realização de obras para a implantação de facili-
infra-estrutura adequada para a expansão da ativida- lidade do produto turístico e o fortalecimento da das parcerias intersetoriais para o atendimento das dades de acesso, conforto e segurança, o apoio
de e melhoria dos produtos e serviços ofertados. Essa economia da região. demandas relativas ao desenvolvimento das regiões a projetos de sinalização turística e a implantação
é uma condição fundamental para a qualidade dos turísticas, no que se refere às infra-estruturas públi- de centros de informações turísticas e de apoio à
produtos turísticos e dos serviços prestados pela ini- Essas ações devem ser orientadas por um traba- cas, atendidas com recursos orçamentários. Deve se comercialização do artesanato local.
ciativa privada. A execução de projetos de interesse e lho de identificação e quantificação das necessida- desdobrar nas demais esferas da administração pú-
relevância para a melhoria dos destinos turísticos só des de infra-estrutura, de modo a oferecer soluções blica, estados e municípios, de forma a potencializar Em municípios ou regiões turísticas devem ser
será viabilizada com investimentos em infra-estrutura que garantam a melhoria na capacidade, segurança a ação do governo federal no que se refere à qualifi- desenvolvidas ações de apoio à implantação de
de apoio ao turismo e infra-estrutura turística pro- e qualidade de atendimento ao turista. Devem con- cação de base das regiões turísticas. equipamentos da infra-estrutura, tais como mari-
priamente dita. siderar as necessidades de pessoas com deficiência nas e portos náuticos; (re)urbanização e infra-es-
ou com mobilidade reduzida e, ao mesmo tempo, A ação intersetorial deve ser orientada por um trutura de orlas marítimas e fluviais; melhorias na
A infra-estrutura de apoio ao turismo demanda melhorar a qualidade de vida nos destinos turísticos. trabalho de identificação e quantificação das ne- acessibilidade ferroviária e rodoviária; centros de
recursos financeiros de grande valor, sendo estes Estrategicamente, as regiões devem ser preparadas cessidades de infra-estrutura nos principais roteiros eventos; parque de exposições e feiras; parques
gerenciados por órgãos públicos não ligados direta- para receber os investimentos, como forma de otimi- turísticos, de acordo com a Política Nacional de Tu- públicos; terminais de turismo social e de lazer;
mente ao turismo. Nesse sentido, é de fundamental zar os resultados e minimizar os impactos. rismo e com o Macroprograma de Regionalização terminais marítimos, fluviais, rodoviários e ferrovi-
importância uma ação interministerial priorizando do Turismo. Devem ser consideradas, principalmente ários; casas e centros de cultura, museus, escolas
as infra-estruturas de apoio ao turismo demandadas Como parte significativa dos recursos que viabili- as demandas relativas a investimentos em acessibi- de qualificação para os setores de hotelaria, gas-
pelo setor, tanto no âmbito nacional, quanto regio- zam as infra-estruturas turísticas provem de emendas lidade aérea, terrestre e fluvial, saneamento básico tronomia e a hospitalidade.
nal, tendo como foco as regiões turísticas priorizadas. orçamentárias, é fundamental a realização de um
Essa ação intersetorial deve ser replicada nos estados trabalho permanente junto aos parlamentares por
e nos municípios, buscando inserir a infra-estrutura parte do governo federal, estados e municípios para
de apoio ao turismo na pauta das prioridades dos que seus pleitos priorizem os programas do Plano
diversos setores governamentais. Nacional nas regiões turísticas.

As parcerias público-privadas devem ser também Objetivos


consideradas como uma das alternativas para alavan- • Garantir a qualidade e a sustentabilidade dos
car a implantação e manutenção da infra-estrutura destinos turísticos.
nas regiões turísticas. • Melhorar a qualidade de vida nas regiões e des-
tinos turísticos.
Dotar um município ou região de infra-estrutura • Criar condições para implantação de equipa-
turística de apoio é proporcionar as bases para a mentos turísticos.

72 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 73


Outros mecanismos de estímulo à qualificação • Descentralizar e fortalecer o sistema de regu-
dos serviços turísticos, como o desenvolvimento lação e de fiscalização dos serviços turísticos,
MACROPROGRAMA: QUALIFICAÇÃO DOS de manuais de boas práticas para os segmentos, garantindo aos órgãos públicos delegados con-
7 o cadastramento, a normalização, a classificação dições de disciplinar os serviços com base nas
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS e a certificação, também devem ser promovidos e peculiaridades locais.
implantados. Eles possibilitam o estabelecimento • Intensificar esforços voltados para o cumpri-
de parâmetros de avaliação tanto para operadores mento das normas e regulamentos para os
e agências quanto para o consumidor e viabilizam serviços, facilitando a garantia da defesa do
uma inserção mais competitiva dos produtos turís- consumidor turista.
PROGRAMA DE PROGRAMA DE PROGRAMA DE ticos no mercado interno e externo. A fiscalização
NORMATIZAÇÃO DO TURISMO CERTIFICAÇÃO DO TURISMO QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL deve ser considerada também como uma impor- 7.1 – Programa de Normatização do
tante ferramenta de controle da qualidade dos ser- Turismo
viços turísticos. O conjunto de ações que integra este programa
objetiva criar e disponibilizar instrumentos normati-
Descrição níveis operacionais, com os empregados de menor Como premissas para este macroprograma vos e regulamentadores que contemplem requisitos
A qualidade dos produtos turísticos está intrin- qualificação. As instituições de pesquisa e de ensino deve-se considerar: a busca da excelência nos ser- mínimos de qualidade para produtos e serviços, a
secamente associada à qualificação dos serviços superior, relacionadas ao turismo, devem participar viços, as condições higiênico-sanitárias de atrativos serem cumpridos pelos prestadores de serviços tu-
prestados. O padrão de qualidade desejado deve da formulação e implementação dessa política. e alimentos ofertados, a garantia de acessibilidade rísticos, empreendimentos, equipamentos e profis-
estar referenciado na satisfação dos consumidores para pessoas com deficiência ou com mobilidade sionais de turismo.
e nos pressupostos do turismo sustentável, o que O programa deve ter como referência o mape- reduzida em todos os equipamentos turísticos do
implica estabelecer uma política que estimule a amento do mercado de trabalho em turismo, com País, o combate ao trabalho infantil e a exploração Propõe-se a sistematização e o ordenamen-
melhoria contínua da qualidade e segurança dos relação à demanda, a oferta atual e futura, os diver- sexual de crianças e adolescentes, o compromis- to dos instrumentos jurídicos relacionados ao
serviços prestados. sos níveis de formação, a localização geográfica dos so com a sustentabilidade dos destinos turísticos turismo, de forma a serem solucionados confli-
centros de formação e demais instituições que atuam brasileiros, a conservação de patrimônio histórico tos e sobreposição de competências, tornando
É importante que essa política modernize o marco no setor. Há que se considerar a dinâmica social e e natural e a promoção e valorização das manifes- a legislação clara para a sua aplicação e redu-
regulatório da atividade, adequando os instrumen- cultural do destino turístico, bem como suas diferen- tações artísticas e culturais como patrimônio das zindo o excesso de burocracia na tramitação e
tos de acompanhamento e fiscalização existentes ciações regionais e esse mapeamento deve buscar populações locais. nos procedimentos de aprovação dos projetos
para torná-los mais eficientes e eficazes para garan- identificar toda a cadeia produtiva. turísticos.
tir o cumprimento das normas estabelecidas. Além Objetivos
disso, deve estabelecer um conjunto de parâmetros A qualificação profissional deve ser coordenada • P romover a qualidade dos produtos turísticos Com base nessas normas, almeja-se o cadas-
referenciais para estimular o aperfeiçoamento dos pelo MTur, ampliando a articulação com as institui- no Brasil. tramento, a classificação e a fiscalização dos
profissionais e o posicionamento das empresas no ções que atuam na área, sendo ainda acompanha- • Promover a qualificação e o aperfeiçoamento dos prestadores de serviços turísticos, empreendi-
mercado nacional e internacional. A incorporação da pelas entidades e associações representativas agentes atuantes em toda a cadeia produtiva do mentos, equipamentos e profissionais de turis-
de novas tecnologias em cada uma das áreas de ne- das categorias de atividades, objeto das respectivas turismo, nos diversos níveis hierárquicos, tanto mo, descentralizando a execução a órgãos con-
gócios turísticos exige atualizações e adaptações às qualificações. Deve considerar o desenvolvimen- do setor público quanto do setor privado. veniados, com vistas ao controle da qualidade
novas condições. to das competências necessárias ao pleno desen- • Sistematizar o conjunto de normas e regulamen- dos produtos e serviços.
volvimento do trabalho e, sempre que existentes, tos que dispõe sobre a prestação de serviços e
O grande número de empregos que gera o turis- referenciadas às normas técnicas brasileiras para equipamentos turísticos no País. 7.2 – Programa de Certificação do
mo, a sazonalidade e a alta rotatividade nos postos competências de pessoal. • Incentivar e apoiar a certificação de profissionais Turismo
de trabalho requerem um esforço adicional em espe- e equipamentos turísticos. Este programa objetiva referenciar o mer-
cial para a qualificação dos recursos humanos. Nes- Essas ações devem ser acompanhadas de um pro- • Estabelecer, em cooperação com as entidades cado e consumidores nas suas decisões de
se sentido, é fundamental a implementação de uma cesso de monitoramento dos resultados, seja no sen- representativas dos segmentos turísticos, nor- compra, como também estimular a adoção de
política de qualificação que oriente as instituições tido da avaliação do número de pessoas qualificadas, mas, padrões e regulamentos relativos aos servi- boas práticas, contribuindo para elevação do
responsáveis pelo financiamento, formulação e ofer- nos diversos níveis e segmentos, seja na efetiva men- ços prestados para referenciar os programas de padrão de qualidade de serviços e produtos do
ta de cursos para os diversos setores que integram suração dos resultados alcançados pela qualificação, qualificação profissional e orientar a melhoria segmento turístico, sendo disseminado como
a cadeia produtiva do turismo, nos seus diversos ní- considerando-se a valorização dada pelo mercado e da qualidade e segurança dos serviços presta- ferramenta da busca pela excelência na presta-
veis, desde a formação gerencial e acadêmica até os a empregabilidade dos qualificados. dos ao turista. ção dos serviços.

74 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 75


O programa deve apoiar a elaboração de normas A qualificação profissional deve ter como premissa
técnicas brasileiras e estimular ações voltadas para a o atendimento à demanda quantitativa e qualitativa
certificação de pessoas, produtos e empreendimen- do mercado, relativamente aos setores, segmentos e MACROPROGRAMA: PROMOÇÃO
tos. A certificação para o turismo tem o caráter vo- destinos turísticos nas diversas regiões do País. 8
luntário e deve ocorrer no âmbito do Sistema Brasi- E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
leiro de Certificação. Deve promover ainda o desenvolvimento de me-
todologias e ferramentas pedagógicas apropriadas
Tem também como função apoiar a certificação ao desenvolvimento de competências profissionais e
dos profissionais empregados, contribuindo para a inserção profissional da população de baixa renda
aumentar sua permanência nos postos de trabalho, e dos jovens, bem como de cursos, oficinas e seminá- PROGRAMA DE PROGRAMA DE
PROGRAMA DE APOIO PROGRAMA DE APOIO
PROMOÇÃO PROMOÇÃO
assim como possibilitar a inserção profissional. Ao rios adequados à demanda identificada. À COMERCIALIZAÇÃO À COMERCIALIZAÇÃO
NACIONAL DO INTERNACIONAL DO
mesmo tempo, deve propocionar o desenvolvimento NACIONAL INTERNACIONAL
TURISMO BRASILEIRO TURISMO BRASILEIRO
das empresas apoiando ações de assistência técnica O Ministério do Turismo deve coordenar o pro-
para a certificação. grama de forma sistêmica e integrada às demais ins-
tituições que atuam na qualificação profissional dos
7.3 – Programa de Qualificação diversos ramos das atividades prestadoras de serviços Descrição ternacional do Brasil – Plano Aquarela constituem as
Profissional turísticos no País. A promoção do turismo brasileiro deve ter referências para a realização dos programas, ações
Neste programa inclui-se o conjunto de ações como conceitos estratégicos a consolidação da e campanhas de promoção do turismo no mercado
relativas à qualificação dos diversos tipos de profis- A qualificação profissional para o turismo deve imagem do País e a diversificação dos produtos nacional e internacional, respectivamente.
sionais que integram a cadeia produtiva do turismo, estimular a educação continuada e a formação pro- turísticos, tanto para o mercado interno como
bem como de ações voltadas à sensibilização da po- fissional articulada com o Plano de Desenvolvimento para o mercado externo. É necessário manter a política de priorização de re-
pulação local quanto à importância de sua participa- da Educação, do Ministério da Educação, e com os cursos do MTur para a promoção do turismo no merca-
ção para o sucesso e o desenvolvimento sustentável programas de qualificação profissional do Ministério As ações de marketing, que compreendem a pu- do nacional e internacional, devendo também ser via-
do turismo. do Trabalho e Emprego. blicidade, as ações promocionais e de relações pú- bilizados mecanismos de parceria público-privada, em
blicas, com base na Marca Brasil, devem consolidar consonância com uma tendência mundial no desenvol-
a imagem de um país moderno, com credibilidade, vimento do turismo, no que tange à promoção.
alegre, jovem, hospitaleiro, capaz de proporcionar
lazer de qualidade, novas experiências aos visitantes, Há que trabalhar também o marketing institu-
realização de negócios, eventos e incentivos, tor- cional, com o fortalecimento da Marca Brasil, den-
nando-o competitivo nacional e internacionalmente. tro e fora do País, e a sua aplicação em produtos
Deve ter como essência a realização de experiências que podem ser a ela associados, nos diversos setores
positivas de conhecimento, integração e valorização produtivos e de exportação da economia brasileira.
das riquezas culturais e naturais do País, para a difu- Além disso, é necessária a implantação de uma ação
são e promoção de um turismo seguro, qualificado, integrada por parte das instituições que compõem a
diversificado e sustentável. estrutura do governo federal, no sentido de incor-
porar a Marca Brasil às suas ações e campanhas de
No mercado interno deve buscar, fundamental- promoção internacional, num esforço conjunto que
mente, promover o aumento de viagens com a in- tem por objetivo fortalecer e agregar valor à Marca.
serção de novos grupos de consumidores até então
excluídos desse tipo de consumo, seja por meio de É importante também a utilização das novas tec-
propostas de programas sociais e de oferta de pro- nologias de informação, aprimorando os mecanis-
dutos a custos acessíveis, seja derrubando o mito de mos e as ferramentas de comunicação do Portal Bra-
que o turismo é uma categoria de consumo exclusiva sileiro de Turismo, de modo a torná-lo cada vez mais
das elites nacionais e estrangeiras. acessível, amigável e atraente para os diversos tipos
de usuários, nacionais ou internacionais, visto que
O Plano de Marketing Turístico Nacional – Plano a internet é hoje um dos principais meios de busca
Cores do Brasil e o Plano de Marketing Turístico In- da informação e de promoção do turismo. O Portal

76 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 77


Brasileiro do Turismo é um poderoso instrumento de • Fortalecer o segmento de negócios, eventos e necedores dos diversos tipos de serviços turísticos é Ressaltamos, ainda, a importância de se estabe-
promoção do turismo no País e no exterior. incentivos. a realização do Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, lecer uma linha de comunicação e uma identidade
um evento que apresenta os resultados dos proces- visual únicas para o Brasil no mercado internacional,
As ações de promoção internacional em curso de- 8.1 – Programa de Promoção Nacional sos de regionalização e roteirização turística ao País. conforme recomenda o Plano Aquarela, em parceria
vem ser continuadas, de acordo com o Plano Aqua- do Turismo Brasileiro Essa ação incentiva, também, a realização de Salões com os órgãos oficiais de turismo dos estados, dos
rela, particularmente no que se refere à manutenção O programa integra ações de propaganda, pu- Estaduais de Turismo nas diversas Unidades da Fe- municípios e do Distrito Federal e com o trade turís-
dos Escritórios Brasileiros de Turismo e sua ampliação blicidade e participação em eventos que divulgam deração como forma de fortalecimento dos destinos tico brasileiro, objetivando consolidar a imagem do
para mercados com grande potencial de emissão de e agregam valor à imagem do destino turístico de e roteiros turísticos regionais, para sua inserção no Brasil no exterior e posicionar o País entre os princi-
turistas ao Brasil e àqueles em crescimento; ao proje- maneira pública, ofertando-o como produto ao mer- mercado, fortalecendo o turismo regional e aumen- pais destinos turísticos no mundo.
to Caravana Brasil; aos bureaux de comercialização; cado brasileiro e possibilitando, na oportunidade, o tando o fluxo de viagens intra-estaduais.
ao Programa Excelência em Turismo; ao treinamento aumento de emprego e renda e o incremento do flu- 8.4 – Programa de Apoio à
on-line de agentes de viagens; aos eventos e feiras xo turístico local. 8.3 – Programa de Promoção Comercialização Internacional
promocionais e ao turismo de negócios, eventos e Internacional do Turismo Brasileiro Integram as ações deste programa o planejamen-
incentivos, que têm apresentado bons resultados. Ainda no âmbito das ações de publicidade e pro- O programa objetiva a promoção internacional to, a consolidação e a ampliação dos escritórios brasi-
paganda, inserem-se também a realização e o apoio do turismo brasileiro e do fortalecimento da Marca leiros de promoção do turismo no exterior, dos semi-
Essas ações devem buscar o aumento do fluxo a campanhas para promoção do turismo interno, de Brasil, por meio de um conjunto de atividades, entre nários de treinamento e vendas, do Projeto Caravana
turístico internacional para o Brasil e a qualificação forma a motivar o brasileiro a viajar e conhecer o seu as quais se destacam um calendário internacional de Brasil, e da aplicação do Programa de Treinamento de
do perfil dos turistas que visitam o País, bem como país, aumentando os fluxos turísticos domésticos. feiras e eventos de turismo e de negócios, bem como Agentes de Viagem Especialista em Brasil, entre ou-
o aumento da permanência e do gasto diário desses do apoio à captação de eventos internacionais para tras ações com operadores nacionais e internacionais
turistas, resultando, conseqüentemente, na geração 8.2 – Programa de Apoio à o Brasil, que conta com a participação de estados, e agentes do receptivo internacional.
de renda e de empregos diretos e indiretos para a Comercialização Nacional municípios e do trade turístico brasileiro, a partir do
população brasileira. Esse programa propõe um trabalho articulado estabelecimento de parcerias. Esse conjunto de ações propicia a divulgação e o
com os operadores, agentes e demais prestadores conhecimento de novos produtos turísticos brasilei-
Por sua vez, as ações de promoção no mercado de serviços turísticos, além das secretarias e órgãos O programa deve ainda, com base no Plano ros como forma de ampliar a comercialização desses
nacional devem trabalhar no foco da identificação oficiais de turismo dos estados e municípios, de Aquarela, propor a realização de ações promocionais produtos no mercado externo, diversificando a ofer-
dos principais centros emissores internos e dos pú- modo a aproximar os ambientes de negócios rela- e de campanhas nos principais mercados emissores ta e atraindo novos fluxos de turistas internacionais
blicos-alvos respectivos e também buscando incluir cionados à produção e à oferta de serviços com os de fluxos turísticos para o Brasil. para as diversas regiões do Brasil.
o turismo na pauta de consumo dos brasileiros, ex- ambientes de negócios relacionados à formatação
pandindo esse mercado a parcelas da população até de produtos e à comercialização, para incluir nessa
então excluídas. rede os produtos turísticos mapeados pelo Macro-
programa de Regionalização nas diversas regiões
Objetivos turísticas do País.
• F omentar o mercado interno, promo-
vendo um número maior de produtos de Outro foco do programa refere-se ao incentivo ao
qualidade. desenvolvimento e à implementação de projetos e
• P ossibilitar o aumento das viagens domésticas soluções criativas que busquem a redução de preços
por meio de mecanismos que viabilizem a ofer- de produtos turísticos de qualidade para o público
ta de produtos acessíveis e de qualidade, possi- final, aumentando o número de viajantes e a ocu-
bilitando a inserção de novos grupos de consu- pação hoteleira e dos demais serviços turísticos, com
midores nacionais. projetos como o Vai Brasil, propiciando a inclusão de
• Promover as regiões brasileiras por meio da di- novos grupos de consumidores de turismo, particu-
versidade cultural e natural, no País e no exte- larmente os jovens, trabalhadores e idosos, fortale-
rior, contribuindo para a diminuição das desi- cendo o turismo social no Brasil.
gualdades regionais.
• Aumentar o fluxo de turistas estrangeiros ao Uma estratégia que busca incentivar e apoiar a
Brasil, realizando intensa promoção nos gran- comercialização e a promoção dos diversos destinos
des mercados emissores internacionais. turísticos brasileiros, congregando operadores e for-

78 PLANO NACIONAL DE TURISMO • 2007/2010 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 79


GEM DE
ÃO

MA VIAGEM DE
SMO
DE

TURI
EM
INC

PR
Entidades Privadas Entidades Públicas

O
LUS

EG

LD
OS
ÃO
ABAV – Associação Brasileira de Agências de Viagens. ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil.

ICO U
UM

I
ABBTUR – Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo. Banco da Amazônia S.A.

C
DE

SO
AV
ABCMI NACIONAL – Associação Brasileira de Clubes da BB – Banco do Brasil S.A.
SE

TÓR
IAG

ÃO
Melhor Idade. BNB – Banco do Nordeste do Brasil S.A.
NV
OL
VIM ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos. BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

Ç
EM

HIS
N
EN ABETA – Associação Brasileira das Empresas de Turismo de e Social.

FU
TO S

DE

IO
USTENTÁVEL UMA VIAG Aventura. Casa Civil da Presidência da República.

O
EM DE

ÔN

INC
ABETAR – Associação Brasileira das Empresas de CAIXA – Caixa Econômica Federal.
INC

U
LUS

M
Transporte Aéreo Regional. CNM – Confederação Nacional dos Municípios.

LUS

CL

RI
ÃO ABIH – Associação Brasileira da Indústria Hoteleira.AT EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo.

IN
PR P

ÃO
ES ABLA – Associação Brasileira das Locadoras de O FORNATUR – Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes

DE
ER A
VA Automóveis. O Estaduais de Turismo.
ÇÃ de Trens

MA

M
ÇÃ E
ABOTTC – Associação Brasileira das Operadoras INFRAERO – Empresa Brasileira de Infra-Estrutura

GE
OD T
PRO

IS D
Turísticos Culturais. Aeroportuária.

A
OP O

I
ATR Ã

AV
ABR – Associação Brasileira S de Resorts. MD – Ministério da Defesa.
CLU Brasileira de Campismo.

IVIS
IMÔ IN
ABRACAMPING E– Associação MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário.
NIO C

M
D
ULTURAL UMA VIAGEM

AS
ABRACCEF – Associação Brasileira de Centros de MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

OS U
Convenções e Feiras. Comércio Exterior.

PAR
ABRAJET – Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo. MF – Ministério da Fazenda.

AIS EMPREG
AO
ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. MI – Ministério da Integração Nacional.
ABRASTUR – Associação Brasileira de Cooperativas e MINC – Ministério da Cultura.

BRA
Clubes de Turismo Social. MJ – Ministério da Justiça.

SIL
ABRATURR – Associação Brasileira de Turismo Rural. MMA – Ministério do Meio Ambiente.
ABREMAR – Associação Brasileira de Representantes de MPOG – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

UM

STAS, M
Empresas Marítimas. MRE – Ministério das Relações Exteriores.

AV
ABRESI – Associação Brasileira de Gastronomia, MT – Ministério dos Transportes.

IAG
Hospitalidade e Turismo. MTE – Ministério do Trabalho e do Emprego.

URI
ANTTUR – Associação Nacional de Transportadores de MTur – Ministério do Turismo.

EM
Turismo, Fretamento e Agências de Viagens que Operam SECOM – Secretaria de Comunicação da Presidência da

IS T
DE
com Veículos Próprios. República.
CL

MA
IN
US BITO – Associação Brasileira de Turismo Receptivo. SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca de Manaus.
ÃO BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de

O
Entidades e Instituições do


TU Turismo. U
Conselho Nacional de Turismo RIS CNC – Confederação N CLNacional do Comércio.
MO I
PAR CONTRATUH D – EConfederação Nacional dos Trabalhadores
A TOD EMe Hospitalidade.
em Turismo
VIAG– Fórum
OS UMAFAVECC das Agências de Viagens Especializadas
em Contas Comerciais.
FBAJ – Federação Brasileira dos Albergues da Juventude.
FBC&VB – Federação Brasileira de Convention & Visitors
Bureaux.
FENACTUR – Federação Nacional de Turismo.
FENAGTUR – Federação Nacional dos Guias de Turismo.
FNHRBS – Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes,
Bares e Similares.
FOHB – Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil.
Fórum Nacional dos Cursos Superiores de Turismo e Hotelaria.
Indicação da Presidência da República – Guilherme Paulus.
Indicação da Presidência da República – Mário Carlos Beni.
Indicação da Presidência da República – Sergio Foguel.
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas.
SENAC – Serviço Nacional do Comércio.
SINDEPAT – Sindicato Nacional de Parques e Atrações
Turísticas.
SNEA – Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.
UBRAFE – União Brasileira dos Promotores de Feiras

2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO 81


U
DE

IS T
EM

MA
IAG

EM DE INCLUSÃO
AV
Casa Civil da Presidência da República, Ministério da Ministério do Turismo / Fóruns e Conselhos Estaduais de

UM
Fazenda e Ministério do Planejamento. Turismo. Estrutura, Organização e Funcionamento.

O
RISM Programa de Aceleração do Crescimento 2007/2010. Brasília, MTur, 2006.

O TU Brasília, Secom, 2007.

IALD Ministério do Turismo. Inventário da Oferta Turística –


C
SO Coordenação Geral de Estatística do Ministério do Trabalho Estratégia de Gestão. Brasília, MTur, 2004.

VIAG
NÇÃO
FU e Emprego. Dados sobre o número de trabalhadores nas Ministério do Turismo. Plano Nacional de Turismo
SÃO

MA
LU atividades características do turismo. Brasília, MTE, 2007. 2003/2007 – Diretrizes, Metas e Programas. Brasília,
INC

SU
DE MTur, 2003.
M

DO
AGE EBAPE / Neath – FGV e Embratur. Boletim de
TO
VI RA
Desempenho Econômico do Turismo. Rio de Janeiro, Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do
EGOS UMA VIAGEM DE INCLUS PA

A
DE EMPR FGV, anoOIV, nº 13, 2007. Turismo – Roteiros do Brasil, Diretrizes Operacionais.

M
ÃO ÃO MAIS M
Ç IS

LU
RA DIVISAS
USÃO GE PARA O B ÃO TUR Brasília, MTur, 2004.
NCL NA RASIL UMA
VIAGEM DE INCLU
S
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE.
GIO

Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do


RE
TO

no Brasil. São Paulo, FIPE, 2006. Turismo – Roteiros do Brasil, Diretrizes Políticas. Brasília,
EN

NT M MTur, 2004.
EU LVI Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE.
MA O
VIAG SENV
EM DE INCLUSÃO DE Meios de Hospedagem – Estrutura de Consumo e Impactos Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do
na Economia. Brasília, FIPE, 2006. Turismo – Roteiros do Brasil, Roteirização Turística –
Módulo Operacional 7. Brasília, MTur, 2005.
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE.
Estudo da Demanda Turística Internacional. Brasília, Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do
FIPE, 2006. Turismo – Roteiros do Brasil, Sistema de Monitoria e
Avaliação – Módulo Operacional 9. Brasília, MTur, 2006.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Referências Bibliográficas Análise das Atividades Características do Turismo 2003. Ministério do Turismo. Programa de Regionalização
Rio de Janeiro, MTur, 2007. do Turismo – Roteiros do Brasil, Promoção e Apoio
à Comercialização – Módulo Operacional 8. Brasília,
Ministério dos Transportes / ANTT. Anuário Estatístico. MTur, 2006.
Brasília, 2006.
Ministério do Turismo. Projeto do Inventário da Oferta
LUSÃO DESENVO
M DE INC LVIM Ministério do Turismo / CGEE – Centro de Gestão de Turística. Brasília, MTur, 2006.
IAGE EN Estudos Estratégicos, Instituto Ascende, UERJ e Unicamp.
V TO
A Estudos da Competitividade do Turismo Brasileiro. Ministério do Turismo / Conselho Nacional de Turismo.
UM

SU

Brasília, MTur, 2006. Turismo no Brasil 2007–2010. Brasília, MTur, 2006.


ST
L
NA

EN
IO

TÁV

IL UMA VIAGEM Ministério do Turismo / Chias Marketing. Organización Mundial del Turismo – OMT. Barômetro OMT
ISS

DE INCLU EMPREGOS
, MAIS
OF

SÃO TUR
EL UM

ISMO PA ISTAS UM Plano de Marketing Turístico Internacional do Brasil – del Turismo Mundial, Vol. 5, 2007.
TUR A
PR

RA TODO AIS
S UMA VIAGEM DE INCLUSÃO M V Plano Aquarela. Brasília, MTur, 2006.
O
ÇÃ

IA

A Organización Mundial del Turismo – OMT. Proyecto


GE

IC
VIAGEM DE INCLUSÃO PRE

IF Ministério do Turismo / Chias Marketing. de Libro Blanco – Una mirada al futuro del turismo
M

UAL
DE

Q Plano de Marketing Turístico Nacional – Plano Cores do de la mano de la Organización Mundial del Turismo.
SÃO
INCLUSÃO F

CLU Brasil. Brasília, MTur, 2006. OMT, 2004.


DE IN
EM
VIAG
A
E UM
NT
U

83
IE 2007/2010 • PLANO NACIONAL DE TURISMO
N

B
ÇÃ

M
O
LUS
OS
REG
MP

INC
S E
AI

DE

M
EM

AS,
T
IAG

S
URI
AV

T
UM

E INCLUSÃO MAIS
AL
R
LTU
CU
NIO
TRIBUIÇÃO DE RE
ÃO DIS
Ô US ND
RIM INCL A
PAT
E
O MD
OD

IN
E
ÇÃ G

CL
VA

EM D
ESER

U
PR

S
SÃO

ÃO
LU

IAG
INC

S
DE

AV
O
IAGEM D

C
E INCGLEM

UM
IAL UM
IVA FORTALE
A USÃO MRTICIPAT
OS
PA CIM
O AIS D ENT
VI

STÃ
IVISA O OD
AT
A

S PAR
E DO
UM

G
AOB
RASIL ÃO AV PAR
O
EL

M
T

S
S
I
UMA VIAGEM DE INCLUSÃO TURI
A
U

U
ÁV

CL
RIS

DE INC
EM
NT

EM IN
TE
M

G
VIA DE
O IN

A
UM EM
E

L
INC

G
ONA VI
A
L

GI A
US
E

UM
Ã

R O O
DE O
SEN ENT URISM
VOLVIM T
AL DO
CLUSÃO FUNÇÃO SOCI

AL
UR
LT
CU
O
ÔNI
RIM
PAT
O DO
Ã
SER VAÇ
O PRE
Ã
CLUS
IN
DE
M
AÇÃO DE EMPREGOS UMA VIAGEM DE INCGE
R LUSÃO
DE INCLUSÃO GE
IA

MAIS D
AV

IVISAS
PARA
M

O BRA
LU
AL

SIL UM
A VIAGEM D
VE
UM


AV

IA
EN

GE
MD UST
S
E IN
C NTO

Você também pode gostar