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Canto
Coral Infantil
Isaías Monteiro
Manaus, 2017
Oficina de
Canto
Coral Infantil
Isaías Monteiro*
Socialização Concentração
Sensibilidade
Emocional Disciplina
Organização do Coro
Número de participantes
Faixa etária
Ficha do cantor
Para que se conheça melhor a criança, deve manter um arquivo de fichas com os
dados pessoais de cada uma delas, tais como: nome: endereço, nome dos pais,
telefone para contato, informações sobre a vivência musical, etc.
O Regente precisa
Estabelecer uma comunicação visual, verbal e gestual direta, firme e
amável para com os coristas;
Motivar e estimular;
Recapitular e avaliar;
Repertório – análise, escolha e preparo
Marcação/Compasso– pulso
Outras dicas
Cânone
Memorização;
Caracteriza-se pelo seu timbre claro, sem vibrato e extensão praticamente sem
graves. Aproxima-se da voz adulta feminina, mas é mais frágil, menos
encorpada no som médio e mais brilhante nos agudos.
Para possibilitar a divisão dos grupos (três ou mais), o ideal é que as crianças
conquistem a extensão de duas oitavas. No início do trabalho, a voz infantil não
apresenta características muito definidas que permitam classificá-las como
soprano, mezzo ou alto antes da muda vocal.
É importante observar que até a muda vocal, meninos e meninas têm o mesmo
alcance vocal. A muda vocal acontece para meninos e meninas entre 12 e 15
anos.
Extensão
A melhor região para voz infantil é o agudo. É nessa direção que, tanto meninas
quanto meninos, tem mais espaço para ampliar sua extensão vocal.
Utilização inadequada da tessitura, músicas em regiões muito graves para a voz infantil;
A criança apresenta distúrbio na voz tais como: voz rouca, com excesso de ar (soprosa),
nasalada, estridente, não compatível com a idade cronológica (muito grave ou aguda);
Temperamento: O tímido - tem vergonha da voz e faz com que a emissão seja insegura,
frágil e, portanto imprecisa.
O que fazer?
Técnica vocal
Exercícios carregados de ludicidade facilitam o trabalho e conquistam a vontade da
criança em relação a atividade. Fazer com que a exigência técnica transforme-se em
jogo é uma maneira de manter o interesse, mesmo na repetição da atividade.
Relaxamento
Relaxamento/postura – a atuação vocal envolve o corpo todo e não só o pescoço.
Uma boa postura facilita o desempenho do aparelho respiratório, melhorando
consequentemente, a qualidade do som. Cansa menos e confere um bom aspecto a
quem está cantando. É importante, porém, não confundir boa postura com
apresentação estática militar. O movimento natural contribui para precisão rítmica,
melhora o fraseado e torna o grupo mais expressivo.
Existem muitos exercícios de relaxamento que podem ser feitos com crianças.
1. Vamos endurecer o corpo todo. Desde os pés até o pescoço, os braços, tudo.
Apenas por alguns segundos. A uma ordem, todos soltam tudo e deixam o corpo
cair para frente e soltam inclusive a cabeça.
2. Vamos brincar de “Eu sou um picolé”. O Sol começa a esquentar e “derreter” o
picolé. À medida que as crianças vão derretendo, vão soltando o corpo,
abaixando-se e perdendo a cabeça até ao chão. Ficam-se alguns segundos assim.
3. Vamos brincar de “deixar a cabeça cair”. Ficamos retos, não duros. Agora
deixamos cabeça cair para frente, depois para trás, depois para um lado, depois
para o outro lado. Repetimos isso algumas vezes.
4. Vamos brincar de boneco que tem os braços de pano. Abrem-se um pouco as
pernas para dar um equilíbrio. Soltam-se totalmente os braços, de maneira que
perdemos o controle sobre eles. Aí começamos a girar o corpo lentamente, para
um lado e para o outro, aumentando a velocidade. Isso fará com que os braços
batam no corpo, totalmente sem controle.
Respiração;
Respiração- a respiração é um procedimento natural do corpo que não deve ser
transformado em dificuldade para a criança. O professor que tiver atuação
correta e segura em relação a esse assunto evitará explicações que podem mais
confundir do que esclarecer.
Sugestões de exercícios
Ressonância
A voz como todo instrumento, possui caixas de amplificação, ou seja, o som, que é
produzido pelas pregas vocais, é modificado nas cavidades da cabeça e pescoço, que
funcionam como alto falantes; faringe, boca nariz e seios da face. A esta modalidade dá-
se o nome de ressonância.
Sugestões de exercícios
Articulação e dicção
Nossa voz soa com as vogais, mas com a articulação é defendida pelas consoantes. Elas
são fundamentais para que não haja comprometimento do ritmo. A dicção deve ser clara
para que o texto seja compreendido.
Sugestões de exercícios:
Brincar com caretas, dar sorrisos, jogar beijos, estalos com a língua, som com os
lábios, imitar sons como de passarinhos, de água pingando, motor de carro, sinos
tocando etc.
Cantar música com uma só vocal.
Falar e cantar trava línguas.
Vocalizes;
Vocalizes são exercícios cantados, criados com a facilidade de ajudar na melhor
colocação da voz.
Temos sempre que ter como objetivo um som igual no grupo, com um timbre
agradável, sem perder a pureza e característica infantil.
Não deve ser gritado. A voz infantil perde seu encantamento quando é
estimulada a gritar. Deve-se sempre evitar o incentivo a isso.
Ensinar vocalizes é uma arte muito especial. Não deve ser feito de modo que a
criança perca o estímulo. A criatividade é muito importante nesse momento,
para que a criança goste e queira cantar.
Musicalizar .
É levar a criança a entender a natureza da música e a encará-la com familiaridade e
prazer e a perceber a importância de “brincar” com o material sonoro.
É trabalhar conscientemente os conceitos de estrutura do som e seu relacionamento.
É desenvolver sua capacidade musical atuando de maneira individual e em grupo.
É permitir que haja associação no trabalho sensorial (físico), sensível (afetivo) e
intelectual.
A partir da percepção do objeto sonoro, ela chegará ao conceito musical. Ela precisa
ouvir perceber, executar, improvisar, analisar, ordenar, discutir para chegar ao seu
próprio conceito. Cada um desenvolve seus conceitos por meio de experiências
pessoais.
Fases/conteúdos I II III IV
SOM X SILÊNCIO Som x Não-som Som de dentro e Ouvido Interno Apresentação dos
Estátuas Fora da sala mesmo material símbolos do som
Sonoplastia e de silêncio
TIMBRE Sons do corpo Timbre de materiais Timbre com o Apresentação dos
Bandas do corpo diferentes (papel, lata, sons dos instrumentos
plástico, vidro)
INTENSIDADE Muito forte x Códigos vivos Códigos vivos com Apresentação dos
Muito fraco registros códigos de intensidade
Estátuas
DURAÇÃO Longos x Curtos Pulso, apoio e ritmo Figuras de ritmo Compassos simples
Estátuas da letra simples
ALTURA Graves x Agudos Graves, médios Sons ascendentes Sons com 2 e 3
Estátuas e agudos e descendentes alturas diferentes
Gráfico de som
Referências
REAM, A.W. Um estudo sobre a voz infantil: para pais e professores. Imprensa
Metodista: São Paulo, 1973.
Revista de música “Louvor”. Ano 27. vol 01. Ano 1998. 1 T 04.
*Isaías Monteiro, natural de Manaus é especialista em Metodologia do Ensino em Música pelo Instituto Pedagógico
de Minas Gerais e Psicopedagogia e Gestão Escolar pela Universidade Estácio de Sá. Licenciado em Música com
habilitação em Regência pela Universidade do Estado do Amazonas. Têm dedicado seus estudos e pesquisa na área da
Educação Musical e Canto e têm ministrado cursos de capacitação em Musicalização e Canto Coral em Manaus e
outras capitais brasileiras.
Professor Formador no Curso de Pós Graduação em Educação Musical na Modalidade EaD pela Universidade Aberta
Brasil 2014/2015 ministrando as seguintes Disciplinas: Pedagogia Musical no Brasil; Música e Mídia e Psicologia da
Educação Aplicada a Música.
Fez parte da comissão organizadora do EMCA- Encontros Musicalizando com Alegria, capacitação continuada desde
2016, onde também tem ministrado oficina de Canto Criativo.
Idealizador do projeto Oficina dos Sons, projeto esse que promove capacitações e oficinas na área da Educação
Musical para professores, pedagogos, pais e interessados no desenvolvimento do ensino musical.
Regente do Coral Infantil do Liceu de Artes e Ofício Claudio Santoro, e é membro do Coral do Amazonas desde o ano
de 2003.
(92) 982312612