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Conto Complexo de Messias | João Molotov

JORNAL DE

ARTES
Fotografia Ensaio fotográfico | Osvaldo Munari Roupp,

Artigo Igual a um sobre o nourrau | Pablo Berned

Livro Lançamento do livro Pescadora de Poesia | Darosa Fraga

Artes Plásticas| Artes Cênicas | Cinema | Literatura


Novembro | 2009 | R$ 2,00

Café Com Letras abre nova


galeria com gravuras e telas

Arte Contemporânea
Novembro | 2009 | ARTES | 2

Nossa! Preciso
desconstruir meu
A Bienal mostra um caráter contestador à esquerda,
modo burguês de pensar
propondo que os artistas sejam atores sociais,
sobre arte.
reflexivos sobre o real, agentes críticos
transformadores e não produtores de coisas belas.

Darosa Fraga lança livro Pescadora de


Poesia No Café com Letras em Osório

Darosa Fraga, nome artístico de Fabiana Fraga da Rosa,


natural de Palmares do Sul, residente em Balneário
Pinhal, lança o livro “Pescadora de Poesia”, pela Muruci
Editor, dentro do projeto “coleção ArtePura”. Formada
em Letras e Literatura Brasileira na FACOS, em Osório, a
poeta, premiada em concursos literários, revela-se uma
poeta de rara sensibilidade ao escrever poemas sobre sua
vivência no litoral norte, “aproveito o ócio para escutar
os sons que vêm do universo”. Darosa Fraga estará
autografando na livraria Café com Letras, dia 21 de novembro,
a partir das 19h30min.

Na Bento 400
Encadernações
capa dura, espiral,
cartolina, fascículos,
trabalhos escolares e de
conclusão. Recuperação de livros
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ARTIGO Novembro | 2009 | ARTES | 4

Igual a um sobre o nourrau


Por Pablo Berned

A posição social do ator é única: é um gesto de alteridade. A ele, e mais a nenhum outro papel
social, cabe colocar-se no lugar do outro. Estamos falando de representação, mas, sobre tudo, um gesto
de despersonalização em nome de outrem. Pelo próprio corpo e pela própria voz o ator conduz esse
outro com o seu próprio eu.
Ao falar de representação, talvez pudéssemos estender o gesto de alteridade ao artista de
modo geral. Afinal, desde Platão a representação é tomada como assumir a voz de alguém que lhe é
diferente. Assim, o poeta, o ficcionista e o pintor também estariam sendo levados pelo gesto de
despersonalização para dar voz ao outro. No entanto, o artista de modo geral pode “representar”, ainda
que não abra mão de si próprio. O pintor pode pintar o que lhe convier e do modo que lhe convier, de
forma que possamos identificar sua postura em relação à arte e à sociedade através de suas escolhas
para a composição final; assim também sucede ao escritor, em que não é necessário abrir mão de seu
orgulho, de seu amor próprio, conquanto que a escrita lhe seja um meio de ascensão e não um gesto de
amor, de apagamento de si próprio. O processo de escrita pode se tornar um gesto de amor, mas de
modo geral: o escritor se apaga em prol da materialização da escrita como um monumento, que se
emancipa do próprio escritor e sobrevive a ele, e fica à disposição
de quem se interessar. Correndo o risco de ser como uma velha estátua de praça pública, quando
ignoramos quem seja o homenageado; pode-se não ter interesse.
Não que o ator não passe pelo mesmo processo. As suas opções passam pela seleção do tema
e do texto – ainda que possamos não ter falas ou ter atuações sob improviso, ainda há ao menos um texto
anterior e mínimo que dê coerência a um roteiro – além do próprio modo de conceber a representação
cênica e materializá-la no seu desempenho de uma personagem: o seu modo de conceber a arte e a
sociedade está em jogo. A relação do teatro com o público é, antes de tudo, necessária pois é imediata:
sem público não há espetáculo e não há ator. Já dizia Peter Brook, que no momento que colocamos uma
pessoa a caminhar e outra a observá-la, já estamos tocando a base do teatro, ou seja, o contato do artista
com o público. O escritor, o pintor e o cineasta podem vir a materializar um objeto artístico alheios a um
público, podendo ser reconhecidos anos após a morte, ou nunca. Mas o objeto – o livro, a tela, a
escultura, o filme – estão lá, ao alcance de quem queira apreciar. O ator precisa do reconhecimento na
efemeridade da sua existência para ter público, para ter espetáculo, para ser ator.
É tão difícil fechar os olhos aos nossos interesses,
No entanto, a posição social que a representação do ator exerce se diferencia de outros
ainda que por instantes, para compreender a posição do
artistas: o exercício de alteridade não é uma opção, é da própria essência do ator. É inerente à sua arte
outro... A despersonalização é um gesto de amor: o que ama
colocar-se no lugar de um outro, assumir-lhe o modo de ver o mundo e seus anseios, e transmiti-lo a um
está disposto a sacrificar a sua própria constituição enquanto
público. Ser um outro, no período de um espetáculo: viver na pele, deixar ser tomado por uma outra
sujeito pelo ser amado, como as relações entre pais e filhos,
existência que não a sua. O glamour que a profissão possui hoje se torna uma força contrária à própria
companheiros conjugais e amigos nos ensinam isso. Abrir
essência do ator: pois a necessidade de ter um nome reconhecido como celebridade pode sobrepujar
mão de si próprio: o próprio cristianismo nos ensina isso, mas
justamente a sua despersonalização. É direcionar o seu próprio trabalho para que, antes de o público
embora nossa sociedade ocidental tenha sido modelada por
ver a personagem, veja o sujeito que a interpreta. Mas apenas o reconhecimento não faz o artista; se a
sua religiosidade, são-nos apagados - a partir de interesses
essência da dramaturgia consiste em materializar no aqui e agora uma existência que nos é alheia, não
históricos - certos valores como a alteridade. Amamo-nos aos
há arte, mas há puro produto comercial, se não somos levados a ignorar – ainda que pelo momento da
outros como a nós mesmos? Somos capazes de um amor
peça – a existência pessoal do profissional que atua em detrimento do universo ficcional que justifica o
pleno e universal para com o outro? A arte, de forma geral, é e
espetáculo.
precisa reconhecer que sua essência precisa ser e é,
O que aprende o ator com sua personagem? O que tem de diferente e semelhante a si?
sobretudo, um gesto de amor ao próximo.
Perguntinhas banalizadas em programas de entrevista, mas importantes de serem tomadas de forma
mais ampla. É necessário tomarmos para nós a relação que existe entre o ator e o outro, sua personagem.
Post-Scriptum: Agradeço a colaboração do amigo e ator
Através do diferente, não se trata de apenas marcar a diferença, mas equilibrar as semelhanças para que
Maico Silveira para a composição dessas reflexões.
o público possa identificar-se e ser tomado pela proposta da peça. Ainda que seja um universo exótico
ou fantasioso, estão em jogo as relações e as reações humanas. Por isso é necessário tolerar e conviver
com a diferença, enxergando-nos como parte de um mesmo corpo social, e parte da mesma
Pablo Berned é graduado e Mestre em Letras pela
humanidade.
UFMS. Autor do blog
http://blogdoberned.blogspot.com/.

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Novembro | 2009 | ARTES | 5

Ivone Selistre
do livro Estrela Vespertina| 2002

Decrepitude
Luiz Nicanor Araújo da Silva
XX Antologia Poética Patrulhense» Poesia na Praça»
Do horizonte indefinido
Aquele olhar furtivo
- não sei
Uma estrela fugiu de tuas pupilas se distante ou perto
e me atingiu quebradiça qual o âmbar se habitado ou deserto -
(... um brilho fugace, de lua que já foi teia de cristal difusa
um resíduo de madrugada no fim do prato em geometria confusa
um resto de primavera no calendário sem forma ou estilo sequer,
um pedaço de rosa que fugiu do ramalhete no côncavo espelho dálma
uma pétala arrancada pela asa do vento
reflete estranha mulher.
o canto de ontem do rouxinol
a folha amarelecida numa calha
a sombra de uma teia de aranha na vidraça
um esfumo de luz numa parede
o pó imperceptível ao pé do armário
a palavra sem acento em tua carta
o nó que ainda existe em minha garganta Ilustração Helena Luz Soderback (Seeta)
a ponta quebrada de um lápis no cinzeiro
a tinta que secou no meu carimbo
um resquício de chuva numa tampa de garrafa
uma samambaia devorada por formigas
o ponto que esqueci de por num i ...)
As Metáforas do Poeta
Castanho
* Fabrício Pires
Fabrício Pires, jovem poeta, vem criando e aperfeiçoando
versos fortes, com metáforas vivas e de bom gosto. Nas
imagens, é um abusado no melhor sentido – o texto de Tens um castanho único no olhar
Fabrício é o mesmo tempo clássico e moderno. Explico: com E na boca um gosto a recordar.
Solenemente temas atuais atemporais, ele foge dos trabalhos e jogos de Nos abraços a força certa
palavras que constantemente a gente vê apresentados como se E no sexo um gosto inferno.
fosse poesia. Poesia é outra coisa. É o que a gente não sabe Deitas um todas horas
Juro por tudo quanto é jura ... juro explicar o que é, mas sabe quando encontra. O Poeta foge de e me ateias fogo no inverno.
Por mim ... por ti ... por nós ... por Jesus Cristo lugar-comum e dos clichês, e já encontrou uma voz forte,
inventiva e vigorosa.
Se queres eu quero.
Que hei de esquecer-te! Vê-me estou segura Se crias leis eu cumpro.
O poeta dizer que ele está a passeio na poesia: a
Contra o teu sólido, a cuja queda assisto poesia é quem passeia por ele. Estamos acompanhando o Se tiras a roupa eu te venero,
nascimento de um artista. Um artista de poemas sinceros, e Vou sempre querendo
E visto que duvidas tanto, que veio para ficar. Te roubar do mundo.
Visto que ris do que És meu vinho,
Jaime Vaz Brasil – psiquiatra e escritor Deserto, mar,
Solene, te seguro, juro mais,
Pelo ser em que consisto caminho para o mesmo fim,
Pelo meu passado pelo meu futuro O quarto guardado por um querubim.
* O poeta Fabrício Pires, de Porto Alegre, é professor =técnico
Juro pela Mãe virgem concebida em informática de nível superior.
Pelas venturas de que vou no encalço
Por minha vida ... pela tua vida!
Poema Guardado
Juro por tudo quanto mais amo e exalço Marcelo Poeta Durante anos trilhando aquela rua teu aroma causava inveja as flores
E ... depois de uma jura tão comprida teu caminho, juro que sei triste do dia em que o caminho eu erre
Juro ... juro, que estou jurando falso você ia e eu voltava Mas mapiei em versos eternos
no cruzar dos olhos logo colei em uma gaveta os guardei
meus pés seguiam teu rastro e ao doce trilho do teu coração
Maria Salete Montano - do livro Carregado de Paixão
minha mente descobria teus planos hoje sei que voltei.
Meu coração gritava «cansei»

BILHARES
Delegacia Senergisul

* Ar Condicionado
*Café da Manhã Locação, Vendas e Reformas de Mesas
*Sala de Ginástica de Bilhar. Ping-Pong e de Carteado.
*Internet para Hóspedes
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Rua Machado de Assis, 249 -Centro- Osório- RS. Rua Marechal Floriano, 562 - Osório RS a Rodoviária Fone\Fax (51)3663-2942- Osório RS.
Conto Novembro | 2009 | ARTES | 6

Complexo de Messias
Por João Molotov
Toca o despertador. Uma vez, duas vezes, levanto na terceira. Escovo os dentes, que
monstro é esse no espelho? Uma, duas, três, quatro fechaduras na porta, depois da quinta estou
livre. Ainda é escuro, a cidade ainda dorme. Quem está acordado ainda parece estar dormindo.
Todos se entreolham a espera do coletivo. Subo os degraus, passo na roleta. Sou máquina.
Escuto os outros, o dia acontece na minha frente – não conte comigo. Engulo a comida, não me
importa o sabor, paguei tão pouco por ela. Não tenho relógio, mas mesmo assim conto os
minutos para que o dia acabe. A cama áspera me espera, como é longa a viagem de volta! Um
transeunte acaba de ser atropelado, ninguém deu bola. Finalmente em casa, só mais uma dose de
uísque. O barulho da televisão, gritos vindos da rua. Chuto um bêbado que dorme na calçada,
posso então descansar.
Toca o despertador, escovo os dentes. Quatro fechaduras na porta, depois da quinta
estou livre. Ainda é escuro, todos se entreolham a espera do coletivo. Sou máquina. Escuto os
outros, engulo a comida, conto os minutos para que o dia acabe. A cama áspera me espera, como
é longa a viagem de volta! Um transeunte acaba de ser atropelado, ninguém deu bola. Ninguém
deu bola! “Pare o ônibus!”, berro. Berro e me levanto, sou agora o centro das atenções. “Pare
esta merda deste ônibus!”, berro então no ouvido do motorista. Agora todos berram e eu calo,
enquanto espero que calem para que eu novamente berre. Não se calam e nem aparentam tal
intenção, então berro: “Por que não páras? Por que não páras o ônibus, motorista? E vocês,
senhores passageiros, por que não me ajudam a fazer com que o motorista pare o maldito
ônibus?”. Olhares me condenam, crianças se assustam e alguém me dá um soco. “Acalmemos
este maluco”, alguém pondera. Tal colocação me desperta.
“Sim, sou maluco. Maluco a ponto de agregar ao meu cotidiano a morte de um ser
humano. E se eu sou maluco por isso, por que não são todos vocês? Um ser humano, um igual,
um semelhante meu, seu e nosso acaba de perder a vida. Não me importa suas respectivas
religião, crença, ciência. Não me importa eventual fé em Deus, no evangelho, no Inferno. Não
me importa seu ateísmo, racionalismo ou qualquer “ismo” que qualquer um dos senhores
declare interna ou externamente. O que me aflige, senhores, é que acabamos de passar por um
cadáver, e não pude notar em nenhum dos senhores qualquer tipo de expressão, fosse dor ou
alegria, tristeza, pena, raiva, nojo. Nenhum dos senhores esboçou qualquer tipo de sentimento
quanto ao que acabamos de presenciar. Qualquer que tenha sido seu nome e sexo, independente
da idade que tivesse, perdeu-se ali uma vida. É inaceitável que não haja qualquer reação de sua
parte, ou de minha parte, ou da parte de qualquer outro ser humano. Uma vida, meus senhores!
Qual o conceito de vida que possuem? Um dom? Um bem? Um presente? Um martírio? Um
infortúnio? Prezam por suas vidas? Prezam pela vida de seus familiares? Choram quando um
ente querido morre? Então por que, senhoras e senhores, não choram quando alguém que
merece tanto amor e compaixão quanto cada um dentro deste ônibus ou familiar perde a vida?
Não chorem, pois, indignem-se, espantem-se, ao menos. Espantem-se com a naturalidade com a
qual passamos a encarar a desgraça. Dirão-me, então, que a morte deve ser comemorada? Pois
bem, que seja. Comemoremos a morte daquele cidadão afortunado, que se viu livre deste mundo
em que vivemos. Mas, por favor, não continuem a existir sem viver. E viver consiste em sentir. E
sentir talvez se torne difícil quando não vemos os que nos rodeiam sentirem. Por favor, sintam.
Sintam alguma coisa.”
Finalmente em casa, só mais uma dose de uísque. O barulho da televisão, gritos vindos
da rua. Chuto um bêbado que dorme na calçada, posso então descansar.

ESPECIALISTA EM SINDICATO DOS BANCÁRIOS


ORTODONTIA DO LITORAL NORTE
ORTOPEDIA DOS
MAXILARES
Claudio Roberto Debastiani
Ortodontista / CRO 5974
51 3601-2039 Consultórios:
Osório| Rua Marechal Floriano, 1602 - (51) 3663-7263
Rua Marechal Deodoro, 230 - sala 01 Capão da Canoa | Av. Rudó, 1535 - (51) 3625-4704
Esq. com Av. Jorge Dariva - Osório -RS Três Cachoeiras| Centro Comercial, sala 07 - (51) 3667-1367
Torres| Rua José Bonifácio,676 sala 01 - (051) 3626-2394 Sede: Rua Nelson Silveira de Souza, 1200 - Centro - Osório - RS
fabinhodespachante@hotmail.com St°. Antônio da Patrulha| Av. Cel.Victor Villa Verde, 613 - (51) 3662-5954 (51) 3663-2975 | 3663 - 1204 | E-mail: seebosoroio@terra.com.br
Novembro | 2009 | ARTES | 7
Música

Segura, então!
Por Vinícius Marques

No dia 19 de setembro, o Bar do Guego recebeu em uma noite maluca, 5 bandas e um


público diferente de outras tradicionais oportunidades. As bandas foram Viajero (Osório),
Ornitorrincos (Santo Antônio da Patrulha), Calotas Cromadas (Terra de Areia), Apicultores
Clandestinos (SC) e uma que não estava na agenda, Velho de Cancer (Porto Alegre).
O show contou com a presença dos figurões do underground de Santo Antônio da
Patrulha (quiçá do Brasil, quiçá do mundo...) Daniel Villaverde e Gustavo Insekto, vocalista
e baixista da Ornitorrincos, que desde a falecida Scream Noise não pintavam pela cidade. Ainda
teve a tradicional presença do pessoal de Terra de Areia, que muitas vezes já estiveram pela cidade, mas andavam meio distantes. As Viajeorock
novidades vieram com a banda de abertura, Velho de Câncer, e a competente maluquice dos Apicultores Clandestinos, que vestidos a Calotas

caráter fecharam a noite, causando certo impacto nessa Osório meio assustada com novidades um tanto mais transgressoras. Shows
excelentes, público de pé na frente dos músicos até o último minuto. Transe, amontoamento, amizade, loucura, criatividade, parceria,
gente que não se via há anos, desde os tempos da vivida Neurótica, gurizada nova, vendo clara a possibilidade de um envolvimento com
som totalmente ligado a originalidade, sem firula, sem egos, todos pela mesma coisa. Uma noite pra ficar marcada na mente de quem
estava lá, como um passo na evolução da construção de uma cena na cidade, que começa a dar sinais de vida.
Todas as bandas podem ser ouvidas na internet. Quem quiser conhecer mais sobre alguma delas, aí vão os principais links:

http://www.myspace.com/ornitorrincos
http://www.myspace.com/apicultoresclandestinos
http://www.myspace.com/viajerorock
http://www.myspace.com/apicultoresclandestinos
http://www.tramavirtual.com.br/apicultoresclandestinos

A Ornitorrincos tem vídeos no Youtube do show ali no Bar do Guego. Procura lá!
Quem quiser ficar por dentro do que acontece no centro da cena alternativa da região acompanhe a
comunidade do Bar do Guego no Orkut. Vocalista Daniel Villaverde da Onintorrincos

Livros
Lançamentos

DELÍRIO
DOS AÇORES AO
Companhia das Letras | 292 PREDADORES
Ò BRASIL MERIDIONAL
pag.
lingua Geral|552 pag. Poesia na Praça
Alfaguara | 280 pag XX Antologia Poética Patrulhense
Autor: Nuno Ramos, paulista, artista UMA VIAGEM NO TEMPO Autor: A premiada escritora colombiana Autor: Escritor e professor de sociologia EST. / 216 pag.
plástico, autor de Cujo, O Pão do Corvo e Lauro Restrepo, publicou entre outros,
Ensaio Geral -Projetos, Roteiros, Ensaios,
Autor: Marco Antônio Velho Doce Companhia, A Noiva Escura e
Pepetela, pseudônimo de Artur Pestana,
angolano e prêmio Camões de 1997 pelo Tema: Coletânea de Poesias de poetas
Memória. Pereira História de um Entusiasmo, resultado de conjunto da obra, publicou, entre outros, patrulhenses, na sua vigésima edição, reúne
Tema: O livro contém 25 textos de muita sua mediação entre o governo de seu país e os versos de mais de 70 poetas do Litoral
Jaime Bunda, o Agente Secreto, O Desejo
intensidade poética como Túmulos, Bonecas Muruci Editor | Volume 01 e 02 - 369 pag. os guerrilheiros do M-19. Norte.
de Kianda.
Russas, Lição de teatro, Prédios Vazios,
Tema: Ao investigar a vida de sua mulher, Tema: A trajetória de Vladimiro Caposso,
Contra Fato, Arquitetura Ruim, Tema; Trabalho de pesquisa genealógica Sobre; ”uma antologia é sempre desigual
um homem depara-se com revelações, que consegue uma surpreendente
Simultaneidade, Infância TV, Mulheres sobre a família Alves Pereira, e um traçado por natureza, principalmente em se tratando
como o passado problemático dela numa ascensão financeira e se torna empresário
Nuas, Segunda Via Autênticas, No Espelho. histórico no tempo que remonta a origem e de pessoas de idades e culturas diferentes, e
família rica e um amante ligado ao graças aos vínculos partidários e à
descendência de André Alves Pereira, aparelhagem do Estado. Ao longo da níveis de conhecimentos e leitura também
Leitura obrigatória: o artista plástico Nuno traficante Pablo Escobar.
patriarca da família. história, vêem-se a atual sociedade semelhantes”. José Eduardo Degrazia
Ramos se revela dono e uma prosa de O livro difere dos gêneros que têm
angolana e seus dilemas e contradições. ( ARL).
respeitável solidez descritiva e poética. Seus predominado na literatura colombiana nas
Sobre: ”trata-se de um trabalho do últimas décadas. Aqui, a vida urbana
contos desconcertam o leitor pelo impacto pesquisador Marco Antônio Velho Pereira, Com boa repercussão em Angola e
visual que produz. Criador de imagens em contemporânea explica um país complexo.
seu objetivo maior é narrar a saga, entre o A autora analisa o comportamento de uma Portugal, o livro expõe o desencanto com
ritmos incessantes. Essa profusão de cenas grupo de famílias Alves, vindas da Ilha de os caminhos políticos de seu país natal,
combina gêneros de modo coloquial e não família imersa na hipocrisia. Deve se
Santa Catarina, para a região de Maquiné no observar a pontuação empregada na cuja conquistada independência trouxe
perde o prumo ao variar desde o estilo do inicio do século XIX, da família de André transformações não tão profundas.
ensaio ao da confissão. narrativa, recurso adequando para o tema
Luiz Alves Pereira”. Benito Barbosa Izolan da obra

Não guarde seus originais durante tanto tampo ...

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Fotografia Novembro | 2009 | ARTES | 7

O fotógrafo Osvaldo
Munari Roupp,
registrou a visita do
grupo de alunos da
Escola Polivalente, à
exposição
fotográfica, « Gente»,
no Espaço Cultural
Conceição em
Osório/RS. A Mostra
contou com a
participação do
fotógrafo «Vadinho» .

Não guarde seus originais durante tanto tampo ...

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