Você está na página 1de 9

Rev. Pat. Trop. 14 (1): l7-29.jan.liun.

, IV85

ETIOPATOGENIA E HISTÓRIA NATURAL DA


DOENÇA DE CHAGAS HUMANA *
João Carlos Pinto Dias **
É fundamental que o pesquisador, o médico e o administrador de saúde tenham uma visão
clara e objetiva dos principais f afores envolvidos na doença de Chagas humana, bem como dos
eventos possíveis em sua evolução. A caracterização precisa da fase e da forma da doença é perfei-
tamente viável através de instrumental simples de estudo do indivíduo ou da população. O conheci-
mento da história natural da enfermidade e de alguns elementos de prognóstico permitem aquilatar
o peso médico-social da endemia e estabelecer prioridades de atendimento e investigação.

RESUMO

Predominam na doença de Chagas aguda os elementos fisiopatogcnéticos ligados ao parasito,


determinando um quadro específico e fugaz. Não obstante podem ter consequências a iongo prazo
relacionadas especialmente à desnervação autonômica e ao processo inflamatório agudo. Na fase
crónica entram em jogo mecanismos de auto-agressao, de inflamação crónica e de fibrose, que re-
sultam em diferentes níveis de desfunção nos órgãos acometidos. O processo é dinâmico e, nas
áreas endémicas, soe apresentar diferentes graus de gravidade conforme a idade, o sexo e outros fatores
ligados ao hospedeiro, e mesmo à cepa de T. cruzi envolvida. A evolução da infecção é proteiforme,
geralmente observando-se um quadro assintomático ou oligo-síntomãtico na fase crónica, que pode
perdurar por muitos anos (evolução benigna) ou indefinidamente. Por outro lado, evoluções malig-
nas se observam tanto na fase aguda quanto na crónica, caracterizando indivíduos de alto risco. Em
todos os casos impõe-sc uma visão clara e objetiva dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos
disponíveis, para viabilizar uma atenção mcdico-previdenciáha adequada ao chagásico. Em paralelo,
recomenda-se a implementação de a coes integradas de controle da transmissão, o que pode resultar
em significativos benefícios no que tange à morbi-mortalidade da doença.

INTRODUÇÃO
objetivando concretizar as acões específi-
Os pontos que se seguem objetivam cas contra a doença humana e a tomada
de maneira suscinta levantar elementos de de decisões no controle da transmissão. O
interesse atual que a pesquisa vem enfati- tema pode ser apro f un dado em publica-
zando em doença de Chagas, no que tange ções recentes como de Brcner & Andrade
à sua etiopatogenia e epidemiologia. Em (9^ os anaís do Congresso Internacional
particular, os comités específicos do sobre Doença de Chagas (l 1), etc.
CNPq (7) e do TDR (33) têm buscado de- Q presente texto pretende dar uma
finir as áreas de investigação prioritária, visão simples e abrangente da doença de
* Em parte subsidiado pelo CNPq e pelo TDR (WB/UNDP/WHOJ
** Pesquisador Titular da FIOCRUZ. Prof. Adjunto da Faculdade de Medicina da UFMG. Se-
cretário Geral do Comité Cientifico Internacional de Luta Contra a Doença de Chagas (ht-
terchegas}.
18 Rev. Pat. Trop. 14 (1): 17-29, fan.ffun.. 1985 DIAS, J.C.P. - Etiopatogenia e história natural da doença de chagas humana..

Chagas humana, em especial destinado ao do parasito, invasora e destruidora de cé-


mente ao nível do pára-simpático intra- possistolia e graves defeitos de condução
médico e ao administrador de saúde. lulas soma-se ao fenómeno reacional in-
mural das vísceras ocas (22, 32). Não se (12, 13, 27, 28). Particularmente no cora-
flamatório, por vezes de altíssima intensi-
conhece bem o mecanismo íntimo desta ção, segundo Bogliolo, a génese e a distri-
Etiopatogenia dade, como elemento fisiopatogenético
desnervação, que é universal e imprevisí- buição da flogose explicam o tipo da fi-
essencial (32). A associação entre as fibras
vel, provavelmente associada ao fenó- brose que caracteriza a CCC. "Na~o existe
O fato central da doença de Chagas degeneradas e os linfócitos de infiltrado
meno inflamatório adjacente (22, 24). outra miocardite em que a fibrose se de-
humana (DCH) é a infecção do homem parece indicar, segundo Teixeira (35) um
São importantes, ainda as relações hospe- senvolva tão intensamente e adquira ca-
pelo Trypanosoma (Schizotrypanum) importante papel de citotoxicidade imu-
deiro-parasita, verificando-se ampla varie- racterísticas tão peculiares como na CCC
cruzi, que gera, no indivíduo, dois mo- nológica neste processo. Acentua-se ainda
dade de acometimentos ou respostas fren- (. . .). A inflamação persiste durante toda
mentos mórbidos de natureza e curso o papel da imunidade celular no contex-
te a diferentes cepas do protozoário a fase crónica, sempre provocando novos
clinico absolutamente distintos: a doença to, quando se verifica que linfócitos pre-
(8,31). focos de fibrose, até a morte do paciente
aguda e a crónica. viamente sensibilizados por antígenos do
A doença crónica segue a fase aguda (. . .). A massa muscular útil disponível
A doença de Chagas aguda depende parasito podem, em modelos experimen-
e se caracteriza por baixa parasitemia e al- no miocárdio da miocardite chagásica cró-
basicamente da presença do parasito, cor- tais, agredir e destruir células cardíacas
to nível de anticorpos circulantes. Nos nica, mesmo quando hipertrofiada, é, por-
respondendo uma fase "septicêmica" em não parasitadas, possivelmente identifi-
modelos experimentais, pode-se afirmar tanto, reduzida. E diminui initerrupta e
que predominam as manifestações tóxico- cando nestas um antígeno comum (34).
que não se produz propriamente um equi- fatalmente, em consequência da agressão
febris da moléstia (13). De curta duraçffo A imunopatologia da doença de
líbrio biológico hospedeiro-parasito, "mas imunitária contínua às fibras cardíacas
(um a três meses), esta forma se caracteri- Chagas foi inicialmente ventilada por Cha-
sim o estabelecimento de uma doença (. . .). Na longa história natural da doen-
za pela alta parasitemia, pela febre, pelo gas (10) e seus colaboradores, hoje conhe-
progressiva multifocal, de baixa intensi- ça a fibrose aparece por último ( . . . ) ela
baixo teor de anticorpos específicos nos cendo-se melhor a ocorrência de lesões
dade" (3). Continuam a suceder-se os ci- representa o elemento novo que, alcan-
primeiros 30 a 60 dias. Há penetração das mediadas por células, a existência de me-
clos celulares e sanguíneos do protozoá- çando certo grau de desenvolvimento,
formas sanguíneas do parasito em quase canismos celulares e humorais de auto-
rio, em grau discreto, sem a febre e a pa- rompe o precário equilíbrio do coração
todos os órgãos ou tecidos, em especial agressão e a concreta ocorrência de fenó-
rasitemia exuberante da fase aguda. O pa- na CCC e provoca a insuficiência cardía-
nas células do miocárdio, do sistema ma- menos de imunodepressão na fase aguda
rasito só é detectado por meios indiretos ca" (4).
crofágico-mononuclear e do músculo es- ou crónica da doença (1,4, 10,30,35). A
(hemoculturas, xenodiagnóstico). A pre- Para as formas crónicas digestivas
quelético, podendo ser bastante variável a resistência do hospedeiro ao parasito é
sença de pequena quantidade de IgM pos- (FCD) o substrato fisiopatogenético de
capacidade de penetração do parasito e sempre parcial, em parte inespecífica, mas
sibilita identificar a ocorrência de novas base é a desnervação (5, 22, 26, 29). Se-
também o tecido parasitado, conforme a principalmente específica. Tem-se de-
destruições celulares, em grau reduzido. gundo Rezende (29) a degeneração do
cepa em questão (2,8). A reaçSo do hos- monstrado que "os anticorpos, o com-
Auto-agressão deve continuar ocorrendo plexo mientérico nos casos de megaesôfa-
pedeiro envolve a invasão por células mo- plemento, os macrófagos e os linfócitos
(30, 35). A inflamação crónica é esparsa, go e megacólon das áreas endémicas era
nonucleares e edemas intercelulares, sur- timo-dependentes estão envolvidos em
gindo alterações isquêmicas e regressivas focal ou difusa. Deve haver, ainda, um fato já observado há muitos anos, caben-
seu conjunto para cercear a multiplicação
de células parasitadas. pequeno grau de desnervação (22). A pre- do a Koberle (22) a comprovação definiti-
parasitária. Todavia, uma pequena popu-
A pletora de parasitas em divisão sença de parasites intracelulares é muito va da etiologia chagásica destas afecções,
lação parasitária consegue se evadir destas
dentro das células acaba por resultar em defesas do hospedeiro e estabelecer uma discreta. O fato último na sequência fi- através de evidências clínicas, anatomopa-
infecção crónica" (1). Em especial, a mo- siopatogenética é a fibrose, que caracteri- tológicas e experimentais. A motilidade
seu rompimento, desencadeando nova in-
za a evolução do processo crónico (3, 32) dos segmentos do tubo digestivo mor-
vasão sanguínea por tripomastigotas re- dulação da resposta celular tem sido estu-
cém-formão" os. Este rompimento celular dada, encontrando-se diferentes fatores O maior grau de fibrose guarda relação mente de esôfago e cólon - depende da
com a intensidade do processo inflamató- integridade da inervação autonômica.
é um ponto crítico na sucessão da fisiopa- que a estimulam ou inibem, numa dinâ-
mica complexa e contínua (30). rio, nos modelos experimentais (31). Cli- Sendo os músculos Usos muito sensíveis
togênese desta fase, pois aí reside o estí-
nicamente os quadros finais e mais graves aos diferentes estímulos como distensão,
mulo desencadeador da reação inflamató- Verifíca-se ainda que na doença
da cardiopatia crónica chagásica (CCC) se trauma concentração de íons, etc, na au-
ria local, tipicamente linfócito-mononu- aguda ocorrem graus variados de desner-
caracterizam por extensas áreas eletrica- sência da ação moderadora do plexo
clear (3). Na doença aguda à ação direta vação, em todo o organismo, especial-
mente inativas ao ECG, geradoras de hi- mientérico eles se tornarão hiperativos
20 Rev. Pat. Trop. 14 flj: l 7-29, fen. ffun., 1985

(Lei de Cannon), contraindo-se desorde- ou não, em algum momento, a disperistal-


nadamente e se hipertrofiando (26, 29). se do órgão (5,17, 22, 29).
Afirma Brandão (5) que as evidências su-
História natural
gerem que a desnervação ocorre principal-
mente na fase aguda, aí sempre relaciona- A DC no homem depende basica-
da à presença do parasita e à intensidade mente de dois mecanismos de transmis-
do parasitismo através de pseudocistos ín- são: a contaminação pelo vetor (predomi-
tegros e rotos. Mas admite-se que a lesão nante nas áreas endémicas rurais da Amé-
neuronal prossiga indefinidamente a lon- rica Latina) e através da transfusão de
go prazo, "mercê de fenómenos imunoló- sangue. A doença congénita tem alguma
gicos e infecciosos, secundários" (5). Se expressão em determinadas áreas do Con-
muito extensa, a desnervação aguda sela o tinente, chegando a 2% em regiões da Ar-
destino do chagásico na fase inicial (22). gentina (14). A incidência da infecção
Se pouco extensa, "o compartimento dependerá da densidade triatomínica nos
neuronal hígido preponderante, ficaria ao domicílios, de seu grau de infecção pelo
sabor dos mecanismos secundários, flagelado, da espécie ocorrente, do núme-
atuando a longo prazo, iniciados na fase ro de doadores chagásicos, do sistema de
aguda e persistentes, no decorrer da cró- triagem de doadores, etc (15, 18). Estima-
nica" (5). Do balanço entre a intensidade se que no Brasil ocorram ainda 100.000
da desnervação e o limiar de tolerância casos novos por ano da DC, dos quais até
funcional do órgão dependerá o surgi- 20% poderiam ser por transfusão sanguí-
mento do quadro clínico. O esõfago, por nea (14,18). A prevalência da DC é calcu-
exemplo, tolera bem até 80% de desnerva- lada hoje em cinco milhões de infectados,
ção (22); no curso da história do pacien- no Pa is (18).
te, à desnervação aguda se somarão a des- A evolução da DC segue diversas
nervação crónica secundária (5) e a des- possibilidades e caminhos, sumariados na
truição neuronal fisiológica, emergindo Figura l .

TABELA l - Letalidade da doença de Chagas aguda em Bambuí, M.G., por grupos


etários (17).

GRUPOS ETÁRIOS CASOS AGUDOS OCORRIDOS TAXA DE LE-

(EM ANOS) FATAIS NÃO FATAIS TOTAIS TALIDADE*

0-2 17 69 86 19,8
3-5 6 83 89 6,7
6-10 3 83 86 3,5
11 e + 0 52 52 0,0
TOTAIS 26 287 313 8,3

'•-número de mortes/100 casos ocorridos X^ =23,726 (V=3)


p =0,001
FIGURA I - História natural da doença de chagas humana (DCH)
Contaminação pelo
l
5*5
S
T (s)cruzi n

s
f
DCH.AGU
5'
(aparente ou
inoparen-
te)

DCH
CRÓNICA
INDETERMI-
NADA
DCH
Lesões estabilizadas
í
CRÓNICA Evolução benigna
(não desenvolvimen-
DETERMINADA to de ICCou arritmi-
as gr a v e s }
DCH CRÓNICA
INDETERMINADA
Evolução maligna
PERMANENTE
(= C U R A ?? )
JCPD/19K1
DIAS, J.C.P. - Etiopatogenia e história natural da doença de chagas humana... 23
22 Rev. Pai. Trop. 14 (1): l 7-29, /an.ffun., 1985

TABELA 2 — Principais formas clínicas da doença de Chagas, por tempo de evolução


A DC aguda pode apresentar-se de excluir a possibilidade de uma evolução
de pacientes com fase aguda conhecida, em Bambuí*, Minas Gerais (17)
forma aparente (alguns casos) ou inapa- da doença, pois a sorologia positiva signi-
rente e despercebida (maioria dos casos) fica a presença viva do parasito, tratando-
Tempo da N9 de p Formas Clínicas Detectadas
(13, 17, 23). Não se pode excluir a possi- se de fenómeno de imunidade concomitan-
bilidade da cura espontânea nesta fase, te (19). Por outro lado é difícil estabele- doença em cientes indeterminada Cardiopatia Esofagopatia Colopatia
que parece sobrevir em alguns animais (8) cer a possibilidade de morte na FCI, sen- anos NO * N? '; N° t N9 %
e mesmo comprovar-se em raros casos hu- do extremamente bom o prognóstico de
manos que "perderam" a infecção, desa- chagásicos adultos nesta forma, em todos 10 - 20 68 41 60,3 23 33,8 7 10,8 5 7,4
parecendo alguns anos mais tarde o para- os estudos longitudinais conhecidos
21 - 30 73 29 39,7 36 39,3 13 17,8 16 21,9
sito e os anticorpos, não se desenvolvendo (6,17,25).
nenhuma lesão tardia (36). O tratamento A evolução da FCI para uma forma 10 32,3 18 58,1 6 19,4 8 25,8
31 - 40 31
específico com Nifurtimox ou Benzoni- crónica determinada é outra possibilidade
dazol pode proporcionar cura radical e bastante frequente na DCH. Via de regra,
definitiva da DC aguda em significativo após 10 ou 20 anos passada a fase aguda,
número de casos (9,16). emergem sintomas e sinais de cardiopatia avançado que mais ameaça a vida, através
quadros arrítmicos graves devidos a alte-
A morte na doença aguda ocorre e/ou forma digestiva, geralmente com
rações do sistema de condução ou irritabi- de quadros agudos de volvo da sigmóide
em face de cardiopatia aguda grave e/ ou evolução lenta e progressiva (12, 25, 28). (16,29).
lidade miocárdica, na ausência de ICC
meningoencefalite chagásica, especial- A regressão de uma forma determinada à A figura 2 mostra a boa sobrevida
(6,16,23).
mente em crianças de baixa idade. A Ta- FCI é rara, episódica e passageira, sendo
Uma evolução "benigna" do chagá- de chagásicos crónicos com ECG inicial
bela l mostra a letalidade da DC aguda notada em alguns trabalhos (25). No mais
sico crónico com cardiopatias ou formas normal, frente a significativo número de
em relação à idade de 313 casos estuda- das vezes as formas determinadas ("pa-
digestivas compensadas é também fre- mortes entre os cardiopatas de ambos os
dos em Bambuí, Minas Gerais (17). tias" da fase crónica) surgem no adulto sexos, segundo Forichon (21). Neste tra-
quente na área endémica. Não havendo
após a laténcia da FCI, como mostra a ICC ou arritmias graves, o chagásico pode balho acentua-se que até os 50 anos, a
A evolução mais frequente da DC Tabela 2, tirada de um estudo longitudi- frequência e gravidade da CCC é maior no
sobreviver muitos anos, mormente se não
aguda é para a forma crónica indetermina- nal em Bambuí (17). exposto a trabalhos muito pesados e sob sexo masculino que no feminino, fato
da (FCI), com ausência de sinais e sinto- adequada atenção médica (16, 20, 27). aliás também assinalado por Laranja e
mas, parasitemia só eventualmente detec- Das formas digestivas é o megacólon cols. (23).
tável através de exames indiretos, presen- A evolução da DC crónica determi-
ça de anticorpos específicos anti-71. (S.) nada pode caminhar para o êxito letal, Figura 2 - Morbidade e mortalidade da doença de Chagas. Panorama observado em áreas endémi-
cruzi. O indivíduo leva vida absolutamen- principalmente se se desenvolve uma car- cas, ressaltando-se a importância da cardiopatia evidenciada pelo E.C.G. (In 21).
te normal e pode realizar tarefas árduas e diopatia grave, caracterizada por arritmias ECG NORMAL
[Mosc. ± Fera
pesadas, como trabalhadores rurais (20). graves e/ou insuficiência cardíaca conges-
—| 97.41 - U
A FCI é extremamente frequente nas tiva (ICC). Em geral a cardiopatia chagási-
áreas endémicas (23, 25) e pode persistir ca crónica tende a evoluir para a ICC, fru-
69.80 ± 4.59 Fem
indefinidamente em 40% ou mais dos in- to da perda de unidades contrácteis fun- ECG
ANORMAL
fectados, com um potencial de evolução cionantes, da fibrose e do esgotamento W.81 z 6.11 M ase.

calculado ao redor de 5% ao ano, em pes- dos mecanismos de compensação, em es-


soas adultas (17,25). Autores como Bra- pecial a lei de Starling. Sempre é mau o
sil (6) chegam a pensar que muitos casos prognóstico de chagásíco com ICC, mor-
"indeterminados" sejam na realidade pes- mente nos graus III e IV (6, 13, 17, 27).
Percentagens de sobrevida após o diagnóstico conforme o eletrocardiogroma ini-
soas curadas da infecção aguda e que en- No entanto, frequentemente, tal evolução cial (ECGj e segundo o sexo, de pessoas com sorologia positiva para Doença de
traram em perfeito estado de equilíbrio € interrompida por morte precoce do pa- Chagas em uma área endémica. Grupos etários homogéneos. (Forichon, E.,1974!

com o parasito. Não se pode entretanto ciente ("morte súbita") resultante de


*—í f) -
ps Cr

•;«
ro **• _
S, B 9
l" 3§:£
05 &5
(U ^l" jS
TABELA 3 — Morbidade e mortalidade em doença de Chagas. Importância da cardio-
patia crónica chagásica. Frequência e papel prognóstico das alterações Í 8 ~N
eletrocardiográficas entre populações não selecionadas de áreas endémi- s-15
-*> i> ?r
cas e entre casos fatais e não fatais da cardiopatia crónica chagásica o x í? ii
-1 CU

(CCC).(15).
o o
Achados eletrocardíograficos mais Dias e col.. eMiiíiti entre ,404 Laranja e col.: 683 casos de CCC
frequentes* trabalhadores rurais não seleci»- estudados em população feral, ||
nados, entre 20 e 40 anos de idade. no oeste de M. Gerais, 1956
no oeste de M. Gerais, 1976 G CD
Hão Chagásicos Casos Casos fatais
chagásicos
(332 pacientes)
(72 pacientes) não faiais (200 pacientes)
l |
(483 pacientes)
s ê-
Extra -sístole b vemricuiares 1,2 22.2 31,7 69.0 l» Ca
BCRD" 0,6 19,4 46,0 52.0 »
Alteração primária de ré polariza ç ao 3,6 19,d 12,8 13,0
Bloqueio A-V de 1." grau 0,6 5.6 28.6 15,0 W Frt ^3

Bloqueio A-V toia! — — 43 17.0


Bloqueio completo do ramo esquerdo — — 1,2 4.5 n Q —
ET ™ o
Fibnlação ou fíuiia amai — — 2.7 16.0
Sobrecarga ventricular esquerda 1,5 — 2.2 6.5
Traçados normais*'* 87.4 52.8 - —

' Duas ou mais alterações podem estar associadas. s-» o


" Incluindo casos associados ao hemibloqueio anterior esquerdo. É- O
O 3
*** Critérios de Laranja e col. O rt-
H
- tu
8 ? |
3 %
o p,
& K
DIAS, J.CP. - Etiopatogenia e história natural da doença de chagas humana... 25

Assinale-se ainda que as formas cli-no manejo eficaz da cardiopatia chagásica


nicas podem coexistir na DC crónica, às crónica (CCC), em suas expressões polares
vezes, até, uma "patia" potenciando a que são as síndromes de arritmia e de in-
evolução de outra. É o caso do agrava- suficiência cardíaca (16, 23, 28). O ins-
mento da 1CC em casos de megacólon trumental básico para este reconhecimen-
avançado, por exemplo. Em geral se de- to é eminentemente clínico, embasado
tectam 50% de cardiopatias crónicas entre por uma prodedéutica simples e bem de-
pacientes com "patias" digestivas
finida (33). A experiência e os estudos de
(17,29). fisiopatologia têm demonstrado que, em
Resta lembrar que excepcionalmen- geral, a detecção da ICC em suas etapas
te as formas determinadas crónicas po- iniciais permite um bom manejo do qua-
dem seguir-se diretamente à doença agu- dro e se pode evitar sua descompensaçSo
da, o que vale principalmente para a car- através de dosagem do esforço físico e da
diopatia (17) Em alguns casos, é descrita ingestão de sal, associada ou nSo com
uma forma fulminante de evolução, entre cardiotónicos e diuréticos (4, 16, 20). Os
indivíduos jovens na fase crónica, com próprios pacientes já restringem em geral,
cardiopatia gravíssima que surge inespe- sua atividade física quando acometidos
radamente, denominada forma "sub-agu- por dispneia de esforço, geralmente o sin-
da" da doença de Chagas (2, 28). toma mais frequente na ICC inicial. Sinais
de êstase jugular, pequenas hepatomega-
Fatores de evolução e papel do médico lias congestivas e cardiomegalia incipiente
são sinais importantes nesta fase, que
Muitos são os fatores que podem tendem a evoluir com o desenvolvimento
estar implicados na evolução da DCH. da ICC. Em particular, o estudo da área
Cepa do tripanosoma, intensidade da in- cardíaca é de grande valor no estabeleci-
fecção aguda, raça e condições genéticas mento do prognóstico destes quadros: as
do hospedeiro, tipo de vida, intercorrên- grandes cardiomegalias representam ICC
cias várias, reinfecções, sexo, condições avançada, grande dilatação das fibrocélu-
nutricionais, etc, têm sido lembradas. Ao las cardíacas, sinal de mau prognóstico da
médico cabe avaliar bem, nesse contexto cardiopatia chagásica crónica, em geral as-
a situação trabalhista e previdenciária do sociadas a fibrose do miocárdio e a eleva-
paciente frente ao quadro clínico presen- das chances de desenvolvimento de trom-
te. Propiciar oportunidade de trabalho é boembolias (4, 6, 10, 13, 16, 27, 28).
tão fundamental ao chagásico na FCI Ausculta cuidadosa e tomada de pulso
quanto viabilizar a atenção médico-previ- por pelo menos um minuto soem detectar
denciária ao cardiopata que pode depen- a maioria dos quadros arrítmicos na CCC.
der disto para sobreviver a uma doença Provas simples como a manobra de Val-
enraizada em sua própria marginalidade salva, de hi pé r ventilação e a realização de
social. Neste sentido é importante que os pequenos esforços físicos auxiliam sobre-
critérios já existentes para o manejo do maneira a detectar principalmente os dis-
chagásico crónico sejam definitivamente túrbios de formação do estímulo
difundidos e operacionalizados. De modo (16, 33). O eletrocardiograma de base é
geral e sumário subentende-se prioridade um instrumento de excepcional valor
DIAS, J.C.P. Kliopatogenia e história natural da doença de chagas humana...
Rev, Pat. Trop. 14 (1): l 7-29, jan./jun., 1985

tica, em complexidade crescente, desde as tiveram traçados alterados no período cific antibodies and important acute in-
diagnóstico da CCC, em especial no que
tange às alterações do ritmo e da condu- unidades mais periféricas de atendimento iifíiido, bem como maior presença de dis- flamatory process in the heart and other
médico até os Hospitais Centrais e clíni- pcristalses digestivas nos casos cujo qua- organs. This phase hás a short duration
ção de estímulo, devendo ser associado às
cas especializadas (16). Em particular, dro agudo foi mais exuberante (17). Estes and is much more severe among young
manobras acima referidas (16, 20, 23).
Quando aplicada a estudos populacionais neste contexto é fundamental que se ;ichados reforçam a importância do con- children, chiefly under two years age.
em associação com inquéritos sorológicos, aprimorem, nos Países endémicos, os me- trole vetorial no que toca à incidência e à Acute inflamation and severe dennerva-
canismos e as instituições de previdência ovolução da tripanosomose humana, per- tion in this phase can result in important
a comparação de eletrocardiogramas em
social, possibilitando-se amplo, precoce e mitindo inclusive inferir que diferentes consequences in the chronic stage, which
sistema pareado (ou de grupos etários
duradouro benefício ao chagásico crónico padrões de morbidade crónica podem de- is characterized by low parasitemia, high
homogéneos) para indivíduos soropositi-
pender — dentre outros fatores - das ca- rates of circulating antibodies, chronic in-
vos e soronegativos, indica perfeitamente com cardiopatia em evolução (16. 20).
uicterísticas da infecção inicial. flamation, fibrosís and immune auto-
a gravidade e o peso médico-social da Recorde-se finalmente que estudos
Conclui-se que o tratamento do agresson mechanisms.
doença de Chagas na área (7,15, 21, 33). recentes vêm fortemente sugerindo que, a
problema Chagas envolve múltiplas di-
Ao nível individual é muito importante o longo prazo, as ações de controle de vetor
mensões, como o controle do vetor, o
diagnóstico correto e precoce das arrit- parecem ter forte influência no quadro de
manejo clínico dos indivíduos, a investi-
mias cardíacas da CCC, face a boa pers- morbi-mortalidade da doença de Chagas The clinicai picture and the severity
Hiição, a legislação trabalhista e o sistema
pectiva de atenção médica mormente humana. De um lado existem algumas evi- of the disease can vary in different geo-
de previdência social. Tais medidas envol-
após o desenvolvimento dos modernos dências de que as reinfecções sucessivas graphic regions, possibly because of diffe-
vem uma perspectiva interinstitucional e
anti-arrítmicos (amiodarone, propafeno- não só podem ocorrer, como mesmo agra- rent factors such as the parasite strain,
multidisciplinar, que podem perfeitamen-
na, mexiletine) e dos marca-passos ele- var o curso da doença de Chagas crónica the inoculum, severity of the acute phase,
te implementar-se nas áreas endémicas, de
trônicos(16, 19). (3, 8, 17). Por outro, estudos longitudi- the host general conditions (inctuding
maneira coerente e racionalizada. Pelo
Resta perguntar se o tratamento es- nais- recentes vêm demonstrando que os sex, age, nutrition, labour, intercurren-
que se conhece na América Latina, tal de-
pecífico pode beneficiar o paciente cróni- quadros agudos de menor gravidade ocor- ces), etc. The clinicai evolution is protei-
rem em crianças menores de dois anos e sideratum não é utópico ou impossível. A
co. A supressão total ou parcial do parasi- form but generally the chronic patients
se associam a altas densidades de triato- opção política pela saúde pode conduzir a
to irá interromper o curso de um processo remain several years or forever with an as-
clínico em evolução? Várias pesquisas, em míneos (alta pressão de transmissão). A uma priorizaçâ"o nas ações contra a doen-
ça de Chagas capaz de reduzir a curto symptomatic (or olygosimptomatic) cli-
andamento, pretendem responder a esta profilaxia anti-vetorial bem conduzida re- nicai pattern. Chronic Chagas' heart di-
pergunta capital, ao lado de outras que duz drasticamente a densidade do vetor prazo sua incidência e a médio prazo, seus
índices de morbi-mortalidade (16, 18, 20, sease can appear in 10 to 30% of the cases
buscam novas drogas que sejam ativas íntradomiciliar e os casos agudos desapa- with important consequences to the pa-
contra o agente etiológico da doença de recem ou passam a surgir muito esporadi- 33)
tients lit"e and work capacity.
Chagas. camente, em grupos etários mais elevados,
Sabe-se que algumas intercorréncias sempre mais benignos (17). A longo pra-
(desnutrição, alcoolismo, dietas inade- zo (20 ou 30 anos) a evolução'dos indiví-
quadas, outras parasitoses, "stress") po- duos que apresentaram cardiopatia aguda The medicai care system of the en-
dem agravar o quadro clínico da cardiopa- mais intensa e em baixa idade será pior demic áreas need to have a very clear and
tia chagásica aparente benigna em mode- que dos pacientes com quadro agudo operative knowledge about the diagnostic
SUMMARY
los experimentais. Neste sentido e' fun- benigno, lembrando as ideias de Koberle and therapeutic procedures on HCD. On
damental que a atenção médica contem- (22) sobre a importância de quadro agudo the other hand, the available prophytatic
Ethiopathogeny and Natural History measures must be emphasized in order
ple os chagásicos em qualquer forma clí- no "destino da fase crónica". Seguindo-se of Human Chagas* Disease
nica, viabilizando-se uma real prevenção em Bambuí, MG, Brasil, 115 pacientes not only to reach the transmission con-
de incapacidades (20, 27). A atenção ao com fase aguda detectada há mais de 30 trol but also to obtain possible benefits
chagásico deve ser democratizada nas anos, verificou-se prevalência de altera- on the morbidity and mortality pattern
ções eletrocardiográficas atuais significati- Acute HCD is characterized by high of the disease in the region, at long or mé-
iíreas endémicas, buscando-se difundir as
parasitemia, low leveis of circulating spe- dium term.
noções técnicas de diagnóstico e terapéu- vamente maior naqueles indivíduos que
Rev. Pai. Trop. 14 (lj: 17-29, jan./fun., 1985 DIAS, J.C.P. - Etiopatogenia e história natural da doença de chagas humana... 2V

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11 - CONGRESSO INTERNACIONAL SO- 21 - FORICHON, E. - Contribuition aux es- gas. Rio de janeiro, Guanabara Koogan
BRE DOENÇA DE CHAGAS. Rio de timations de morbidité et de mortalité Ed., 1979.
01 A N D R A D E , Z.A. - A patogenia da doen- Janeiro. 1979. -Anais, Rio de Janeiro, dans Ia maladie de Chagas. França, Uni-
ça de Chagas. Ciência e Cultura. 31 Ind.graf. Cruzeiro do Sul, 1979. vers. Paul Sabatier, Toulouse, França, 30 - SANTOS, R.R. - Imunopatologia da
(Suplementei: 55-59, 1979. 1974. 47 p. Tese. doença de Chagas, In: Tosta, C.E.
12 COURA, J.R. - Evolutive pattern in Cha- (Organ.) Progressos da imunologia
02 - ANDRADE. ZA. & ANDRADE, S.G. - gas' disease and the life span of Trypa- 22 - KOBERLE, F. - Chagas' disease and das paiasitoses: Brasília. Sociedade
Forma Mih-aguda da miocardite chaga- nosoma cruzi in human infection Ame- Chagas' syndromes: the pathology of Brasileira de Medicina Tropical, 1977
sica, Rc\ Inst. Mcd. trop. São Paulo. 5: rican Trypanosomiasis Research. In: American Trypanosomiasis. Advances p. 82-105.
273-280. 1963. PROOCEDINGS OF AN INTERNA- in Parasitology (Academic Press, Lon-
TIONAL SYMPOSIUM PAHO/WHO don &New York), 6: 63-116, 1968.
31 - SCHLEMPER JR, B.R. - Caiaclerização
03 - ANDRADE. Z. & ANDRADE, S.G. Só. Publ. 318 (Washington, USA): 378- de cepas do Trypanosoma cruzi isola-
Patologia. In: Brener, Z. & Andrade. Z. 383,1976. 23 - LARANJA, F.S.; DIAS, E.; NOBREÇA,
das de pacientes com diferentes formas
írypanosoma cruzi e Doença de Cha- G. & MIRANDA, A. - Chagas' disease. clínicas da doença de Chagas. Rio de
gas Rio de janeiro, Guanabara Koogan 13 DIAS, E.; LARANJA. F.S. &NÓBREGA, A clinica, epidemiologic and pathologic Janeiro, Depto. de Medic. Preventiva
Ed., 199-248. 1979. G.C. - Doença de Chagas. Mcm. Inst. study. Circulation, 14: 1035-1060, da Fac. de Medic. da UFRJ. 1982. 130
Oswaldo Cruz, 43: 495-582, 1946. 1956. p. Tese.
04 - BOGL10LO. L. - As causas anatómicas
da insuficiência cardíaca na cardiopatia 14 DIAS. J.CJ*. - Mecanismos de transmis- 24 - LOPES, E.R. - Contribuição ao estudo
(miocardite) chagásica crónica. In: Dé- são. - In: Brener, Z. & Andrade, Z. dos gânglios cardíacos (sistema nervoso 32 -TAFURl.W.L. - Alterações ultra-estrutu-
court, L.V. & Campos. O. M. (Coord.) Trypanosoma cruzi e Doença de Cha- autónomo) em chagásicos crónicos. rais dos componentes muscular, inters-
Modernos conhecimentos sobre doença gas, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan Uberlândia. Fac. Med. Triângulo Minei- ticial e nervoso do coração, esôfago e
de Chagas. Belo Horizonte. Universida- Ed. 152-174,1979. ro, 1965. Tese. intestinos na doença de Chagas expe-
de Federal de Minas Gerais; Academia rimental e humana. Belo Horizonte.
Mineira de Medicina, 283-302. 1981. 15 DIAS, J.C.P. - Epidemiologia da doença 25 - MACEDO, V.O. - Forma indeterminada UFMG, Belo Horizonte, MG, 1974. Te-
de Chagas. Diálogo Médico (Lab. Ro- da doença de Chagas. J. Brás. Med., 38: se.
05 - BRANDÃO, H J.S. - A lesão neuronal na che),5:6-21, 1979. 3440,1980.
moléstia de Chagas. In: Décourt, L.V. & 33 - TDR (UNDP/WB/WHO) - International
Campos, O.M. (Coord.) Modernos co- 16 - DIAS, J.C.P. - Clínica e terapêutica da 26 - OLIVEIRA, J.S.M - A fisiopatotogia da workshop on Chagas' Disease Research.
nhecimentos sobre doença de Chagas. doença de Chagas. Belo Horizonte, Se- moléstia de Chagas. An. Simp. Molés- Clinicai & evolutive aspects. Rio de Ja-
Belo Horizonte, Universidade Federal cretaria de Estado da Saúde, 74 pp. tia de Chagas. Publ. Acad. Ciénc. Est. neiro, Brasil (in preparation), 1983.
de Minas Gerais; Academia Mineira de 1981-82. São Paulo, 16:82-95, 1979.
Medicina, 65-81, 1981. 34 - TEIXEIRA, A.R.L. - Perspectivas de va-
17 - DIAS, Í.Cf. - Doença de Chagas em 27 - PORTO, C.C. - Contribuição do eletro- cinação contra a doença de Chagas. In:
06 - BRASIL, A. - Evolução e prognóstico da Bambuí, Minas Gerais, Brasil. Estudo cardiograma no prognóstico e evolu- TOSTA, C.E. Progressos da imunologia
doença de Chagas. Arq. Brasil. Cardiol. clínico-epidemiológico a partir da fase ção da doença de Chagas. Belo Hori- das parasitoses. Soe. Brasil. Medic.
18:365-380, Í965. aguda, entre 1940 e 1982. Belo Hori- zonte, Fac. Medic. Univ. Fed. M.G., Trop. (Brasília): 106-137, 1977.
zonte, Fac. de Medicina da UFMG, 1963. 218 p. Tese de doutoramento.
07 - BRASIL. Cons.Nac.Pesq. -Epidemiologia Brasil, 376, 1982 pp, Tese. 35 - TEIXEIRA, A.R.L. - Imunopatologia da
da doença de Chagas. Objetivos e me- 28 - PRATA, A. - Prognóstico e complicações doença de Chagas. An. Simp. Moléstia
todologia dos estudos longitudinais. 18 DIAS, J.C.P. - Análise e perspectivas de da doença de Chagas. Rev. Goiana de de Chagas. Acad. Ciências Est. Sáb Pau-
Relatório Técnico n° l, 46 pp., 1974. controle da doença de Chagas no Brasil Med., 5 (2): 87, 1959. lo, Publ. 16:56-71, 1979.
Rev. Brás. Malariol. D.Trop., 35: 109-
08 - BRENER. Z. - O Parasito: relações hos- 119,1983. 29. REZENDE, J.M. - Clínica: manifestações 36 - ZELEDON, R. - Universidad Nacional.
pedeiro-parasito. In: Brener, Z. & An- digestivas. In:Brener, Z.&Andrade, Z. San José, Cp>ta Rica. Informação pes-
drade Z. Trypanosoma cruzi e Doença 19 - DIAS, J.C.P.; CANÇADO, J.R. & CHIA- Trypanosoma cruzi e Doença de Cha- soal.
de Chagas. Rio de Janeiro. Guanabara RI, CA. - Doença de Chagas. In: Ne-
KooganEd.. 1-41. 1979. ves, J. Diagnóstico e tratamento das
doenças infecciosas e parasitárias. Rio
09 - BRENER. Z. & ANDRADE, Z. (Organ.) de Janeiro, Guanabara Koogan Ed.,
- Trypanosoma cruzi e Doença de 582-611,1978.
Chagas. Rio de Janeiro, Guanabara
Koogan Ed., 463 pp., 1979. 20 FARIA. CAJF.; DIAS, J.CP.; CINTRA,
M.L. & RODRIGUES, L.O. - Chagas'
10 - CHAGAS. C. - Pathogenic processes of disease and work. An. Congr. Intern.
American Trypanosomiasis. Mem.Inst. D. Chagas (Rio de Janeiro): 3-2 - J-7,
Os\valdoCruz.8:3-38. 1916. 1979.

Você também pode gostar