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Londrina
2015
BARBARA MEDEIROS GOMES DA SILVA
Londrina
2015
BARBARA MEDEIROS GOMES DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Orientador: Prof. Ms. José Carlos Milanez Cogo
Universidade Estadual de Londrina - UEL
____________________________________
Prof. Dr. Pedro Marcondes
Universidade Estadual de Londrina - UEL
____________________________________
Prof. Ms. Pedro Faraco Neto
Universidade Estadual de Londrina - UEL
RESUMO
ABSTRACT
This study aims to present the context of elaboration of Law No. 12,737 / 2015,
popularly known as "Law Carolina Dieckmann", created amid pressure from the
media in response to the case involving the leaking intimate pictures of the actress.
At work, we seek to expose the current scenario of interference of the media in the
Brazilian criminal policy, specifically with regard to the legislative production. The
punitive expansion appears as a direct consequence of excessive media influence
and uncritical attention of the legislative demands arising from high-profile cases. The
ineffectiveness of emergency legislation and the symbolic character of these are
brought to the fore, along with the threat that their application, in violation of the
Constitution, bring to criminal and procedural-criminal principles. The ratio of the
internet with the Criminal Law is presented in order to contextualize the emergence of
cybercrimes. It also addresses the obstacles that surround the investigative
procedure of investigation of cybercrimes and legislation at national and international
level on the subject. The case "Carolina Dieckmann" is also clarified to explain that
scenario Law No. 12,737 / 2015 emerged. Finally, the devices of the novel statute
are investigated to support the criticisms to the text of the law, especially regarding
the technical and terminological vagueness of its wording and lack of foresight of a
specific investigative procedure relating to cybercrime.
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 59
11
1. INTRODUÇÃO
tocante aos princípios e regras que regem a prevenção e repressão dos delitos pelo
Estado, bem como no que se refere a escolha dos bens jurídicos tutelados, e
pricipalmente em relação à produção legiferante. A “Lei Carolina Dieckmann” é
analisada de forma pormenorizada, expondo-se suas falhas, sobretudo, as
conceituais, terminológicas e quanto a ausência de previsão de procedimento
particular de apuração dos crimes cibernéticos.
O assunto abordado no presente trabalho é de grande relevância,
tendo em vista que o tema dos crimes cibernéticos é tormentoso não só no Brasil,
mas em todo o mundo. Isso porque a cifra negra de tais delitos é manifestavelmente
alta, haja vista que o direito em geral, e o Direito Penal especificamente, não
acompanham o desenvolvimento tecnológico inerente à prática dos crimes
cibernéticos. Além disso, tais crimes provocam prejuízos enormes às vítimas.
Dessa forma, o estudo acerca da legislação sobre delitos
cibernéticos e da eficácia daquela é de grande valia no contexto atual, uma vez que
tem a intenção de despertar o interesse sobre o assunto e provocar uma reflexão a
respeito da “Lei Carolina Dieckmann”.
O trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas
elaboradas com a análise de obras, que tratam do Direito Penal Contemporâneo; da
expansão desse ramo jurídico; da influência midiática nesse processo expansionista;
do caráter simbólico das legislações atuais; da relação do Direito Penal com a
Internet e dos crimes cibernéticos propriamente ditos. Os principais autores
utilizados para embasar o estudo foram Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth, Luiz
Flávio Gomes, Jésus-María Silva Sánchez, Raphael Boldt, Emerson Wendt e Higor
Vinicius Nogueira Jorge e Maciel Colli.
A divisão do presente trabalho se deu em três capítulos. O primeiro
capítulo aborda a influência midiática no Direito Penal Contemporâneo, o processo
da expansão punitiva e as consequências desse fenômeno. Nesse capítulo
primeiramente trata-se da sensação de insegurança que paira na sociedade atual,
em face dos inúmeros riscos difundidos pelos meios de comunicação. Em um
segundo momento, o enfoque se refere à seletividade punitiva e a escolha dos
inimigos, cuja periculosidade legitima a adoção de uma postura bélica pelo Estado.
Os dois últimos tópicos são dedicados ao tema da expansão punitiva em si e das
legislações simbólicas, bem como da repercussão negativa daquelas na aplicação
dos princípios penais e processuais penais.
13
1 BECK, Ulrich. A política na sociedade de risco. Tradução de Estevão Bosco. 2010. Disponível em:
<http://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/66/62#>. Acesso em: 07 fev. 2015.
2 WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezordi. Medo e Direito Penal: reflexos da expansão punitiva na
3 GOMES, Luiz Flávio; BIANCHINI, Alice. O direito penal na era da globalização. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2002. p.22.
4 LÓPEZ, Cerezo; LÓPEZ, Luján apud. SILVA SÁNCHEZ, Jesús María. A expansão do direito penal:
aspectos da política criminal nas sociedades pós-industriais. Tradução de Luiz Otavio de Oliveira
Rocha. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002. Tradução de La expansíon del derecho
penal: aspectos de la política criminal en las sociedades postindustriales. p.30.
5 WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezord, op.cit., p.26.
6 SILVA SÁNCHEZ, Jesús María, op. cit., p.33.
7 BAUMAN, Zygmunt. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge
8 PASTANA, Débora Regina apud BOLDT, Raphael. Criminologia midiática: do discurso punitivo à
corrosão simbólica do garantismo. Curitiba. Juruá Editora, 2013. p. 95.
9 GOMES, Luiz Flávio; BIANCHINI, Alice, op. cit. p.76.
17
As malhas dos tipos são, em geral, mais sutis no caso dos delitos
próprios das classes sociais mais baixas do que no caso dos delitos
de “colarinho branco”. Estes delitos, também do ponto de vista da
previsão abstrata têm uma maior possibilidade de ficarem imunes.16
16BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do direito penal. Tradução de: Juarez Girino
dos Santos. Rio de Janeiro: Editora Revam: Instituto Carioca de Criminologia, 2002. Tradução de
Criminologia critica e critica del diritto penale. p. 176.
20
17 ZAFFARONI, Eugenio Raúl; BATISTA, Nilo; ALAGIA, Alejandro & SLOKAR, Alejandro. Dirieto
penal brasileiro: teoria geral do direito penal. Rio de Janeiro: Ed. Revan, 2003. p.43.
18 MARTINI, Márcia, op. cit. p. 46.
21
cadeia. Mas ter um VIP na prisão é usado pela mídia para comprovar
que o sistema penal é igualitário. É a contracara do self-made man.
Ou seja, tem aquele que vende jornal na porta do banco, e que foi
trabalhando, tornou-se funcionário do banco, depois gerente e agora
tem a maioria do pacote acionário da instituição. Como essa
sociedade tem mobilidade vertical, este chegou a ser presidente ou
dono do banco. E veja como esta sociedade é igualitária. Ele caiu e,
hoje, está na cadeia. Mas o rico que está preso é sempre um VIP
que perdeu para outro mais forte do que ele19.
19 ZAFFARONI, Eugenio Raúl, Função do Direito Penal é limitar o poder punitivo. Consultor Jurídico
jul. 2009. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2009-jul-05/entrevista-eugenio-raul-zaffaroni-
ministro-argentino>. Entrevista concedida a Marina Ito. Acesso em: 01 maio 2015.
20 SILVA SÁNCHEZ, Jesús María, op. cit. p.148.
21 GRECO, Luís apud WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezord, op.cit., p.62.
22
Destaca-se que para Jakobs o inimigo não é uma pessoa, visto que,
“Pessoa, em Jakobs é um termo técnico que designa o portador de um papel, isto é,
aquele em cujo comportamento conforme à norma se confia e se pode confiar” 24. O
Direito Penal do Inimigo é, portanto, incompatível com o Estado Democrático de
Direito, uma vez que, ao negar a condição de pessoa a determinados indivíduos
afronta diretamente o princípio da dignidade humana, direito fundamental inerente à
condição humana, razão pela qual “(...) o Direito Penal do inimigo já nasce
deslegitimado (...)”25. A sua condição de Direito é, portanto, extremamente
questionável, mesmo diante de todas as tentativas de fazer reconhecê-lo como
autêntico instituto legal.
26 MOCCIA, Sergio apud SILVA SÁNCHEZ, Jesús María, op. cit. p.151.
27 GOMES, Luiz Flávio apud BOLDT, Raphael, op. cit. p.116.
28 GOMES, Luiz Flávio; BIANCHINI, Alice, op. cit. p.102.
24
29 ZAFFARONI, Eugenio Raúl apud WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezord, op.cit., p.53.
30 GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio apud GOMES, Luiz Flávio; BIANCHINI, Alice, op. cit.
p.104.
31 CALLEGARI, André Luís; MOTTA, Cristina Reindolff apud WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezord,
op.cit., p.57.
32 SILVA SÁNCHEZ, Jesús María, op. cit., p.49.
33 Ibidem, p.61.
25
<http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/colunas/68248/Reforma+penal+vai+decepcionar.shtml>.
Acesso em: 21 fev. 2015.
26
aumento de 7,7%. A segunda lei dos crimes hediondos de 1994 não diminuiu em
nada a taxa de homicídios, que ao contrário aumentou em 39% entre 1994 e 200037.
O gráfico abaixo demonstra a ausência de efetividade das leis de
crimes hediondos na redução do número de homicídios.
45
GOMES, Luiz Flávio; MACEDO, Natália. Presos provisórios: 44% do país. Disponível em: <
http://institutoavantebrasil.com.br/presos-provisorios-44-do-pais/>. Acesso em: 04 maio 2015.
30
53 CECÍLIO; Leonardo Rezende. Por uma concepção minimalista do delito informático. Disponível em:
< http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/por-uma-concep%C3%A7%C3%A3o-minimalista-do-delito-
inform%C3%A1tico>. Acesso em: 04. maio.2015.
54 Idem.
33
62 RAFAEL; Gustavo de Castro. Engenharia Social: As técnicas de ataque mais utilizadas. Disponível
em: <http://www.profissionaisti.com.br/2013/10/engenharia-social-as-tecnicas-de-ataques-mais-
utilizadas/>. Acesso em: 27. maio. 2015.
63 WENDT; Emerson; JORGE; Higor Vinicius Nogueira. op. cit. p.39.
64 COLLI; Maciel. Cibercrimes: Limites e Perspectivas à Investigação Policial de Crimes Cibernéticos.
internet. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3782, 8 nov. 2013. Disponível
em: <http://jus.com.br/artigos/25743>. Acesso em: 10. jun. 2015.
37
78SILVA; Marco Antonio Marques da. apud. DAON; Alexandre Jean. Crimes Informáticos e o Papel
do Direito Penal na Tecnologia da Informação. LUCCA; Newton de e FILHO; Adalberto Simão
(Coord.). Direito & Internet – Aspectos Jurídicos Relevantes vol. II. São Paulo: Quartier Latin, 2008.
p.180.
40
(i) USAPA – USA Patriotic Act – lei aprovada no final de 2001 que
visa a agilizar a captura e punição dos responsáveis por ataques
eletrônicos. Essa lei prevê que alguns ataques de hackers são
tratados como atos terroristas e seus responsáveis estão sujeitos a
penas extremamente severas. Como condutas condenáveis
encontram-se a publicação de informações que possam causar
danos aos Estados Unidos, de informações técnicas que possam
levar ao terrorismo e até transmissão de informações pessoais de
pessoas estranhas;
(ii) FISA – Foreign Intelligence Survaillance Act – prevê o
monitoramento de agentes especiais do exterior atuando nos
Estados Unidos e facilita a atuação das autoridades americanas em
casos internacionais;
(iii) CSEA – Cybersecurity Enhancement Act – que institui 10 anos de
cadeia como pena mínima para crimes eletrônicos e punição
imediata para quem acessa informações sem que tenha permissão
para isso.
91 BRASIL; Senado Federal. Atividade Legislativa: Projeto de Lei da Câmara nº 89, de 2003.
Disponível em: <http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/63967>. Acesso em:
20. ago. 2015.
92 FINKELSTEIN; Maria Eugênia. op. cit. p. 434.
44
93ROCHA, Carolina Borges. Evolução dos crimes cibernéticos. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano
18, n. 3706, 24 ago. 2013. Disponível em: < http://jus.com.br/artigos/25120/a-evolucao-criminologica-
do-direito-penal-aspectos-gerais-sobre-os-crimes-ciberneticos-e-a-lei-12-737-2012>. Acesso em: 22
ago.2015
45
96 De acordo com Carolina Borges Rocha cracker o cracker é aquele expert que utiliza de seus
conhecimentos para provocar um prejuízo alheio.
97 SUSPEITOS do roubo das fotos de Carolina Dieckmann são descobertos. Disponível em:
<http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/05/suspeitos-do-roubo-das-fotos-de-carolina-
dieckmann-sao-descobertos.html>. Acesso em: 22. ago. 2015.
98 Idem.
99 WENDT; Emerson; JORGE; Higor Vinicius Nogueira. op. cit. p. 234.
47
103 BRASIL. Lei 12.737 de 30 de novembro de 2012. Dispõe sobre a tipificação criminal de delitos
informáticos; altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; e dá outras
49
O artigo 154-B, por sua vez, trata da ação penal dos crimes
previstos pelo artigo anterior, da seguinte maneira:
Disponível em:
<http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_criminal/notas_tecnicas/NOVA%20LEI%20DE%20CR
IMES%20CIBERN%C3%89TICOS%20ENTRA%20EM%20VIGOR.pdf>. Acesso em: 23. ago. 2015.
50
104.
51
serviço111. O bem jurídico tutelado, por sua vez, é diverso sendo no caso a fé
pública112.
Apesar dos dispositivos acima analisados serem proposta de
suprimento da lacuna legislativa existente no campo dos crimes cibernéticos, o
entendimento dos especialistas é no sentido de que isso não ocorreu de fato, em
razão das diversas falhas da novel legislação.
114 REIS, Wanderlei José dos. Delitos Cibernéticos: Implicações da Lei n.º 12.737/12. In: Revista
Jurídica Consulex, v. 17, n. 405, p.32-35, dez./2013.
115 Assim como a metáfora por trás do nome sugere, firewall é uma barreira de proteção que ajuda a
bloquear o acesso de conteúdo malicioso, mas sem impedir que os dados que precisam transitar
continuem fluindo.
116 SARTORI; Luiz Augusto. “Lei Carolina Dieckmann” seria a salvação da internet?. Disponível em:
<http://www.original123.com.br/assessoria/2012/11/22/lei-carolina-dieckmann-seria-a-salvao-da-
internet/>. Acesso em: 26. ago. 2015.
117 Idem.
118 VIEIRA; Victor. Lei Carolina Dieckmann enfrentará dificuldades na prática. Disponível em:
<http://www.conjur.com.br/2013-abr-03/aplicacao-lei-carolina-dieckmann-enfrentara-dificuldades-
tribunais>. Acesso em: 26. ago. 2015.
53
<http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI172711,101048Crimes+eletronicos+a+nova+lei+e+suficie
nte>. Acesso em: 27. ago. 2015.
54
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BLUM; Renato Opice. Crimes eletrônicos – a nova lei é suficiente? Disponível em:
<http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI172711,101048Crimes+eletronicos+a+no
va+lei+e+suficiente>. Acesso em: 27. ago. 2015.
BRASIL; Hélio Rubens; PRAZERES Deivid Willian dos. Lei Carolina Dieckmann e os
crimes cibernéticos: A ineficácia decorrente do contumaz atropelo legislativo.
Disponível em: <http://aacrimesc.com.br/site/2013/lei-carolina-dieckmann-e-os-
crimes-ciberneticos-a-ineficiencia-decorrente-do-contumaz-atropelo-legislativo/>.
Acesso em: 23. ago. 2015.
GOMES, Luiz Flávio. Mídia e direito penal: em 2009 o "populismo penal" vai explodir.
Disponível em:
<http://ww3.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20090409174316467&mode=pri
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GOMES, Luiz Flávio; BIANCHINI, Alice. O direito penal na era da globalização. São
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GOMES, Luiz Flávio; MACEDO, Natália. Presos provisórios: 44% do país. Disponível
em: < http://institutoavantebrasil.com.br/presos-provisorios-44-do-pais/>. Acesso em:
04 maio 2015.
61
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janeiro 2014. Niterói, RJ: Impetus, 2014.
NUCCI; Guilherme de Souza. Código penal comentado. 13. ed. rev. atual e ampl. –
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PRADO, Luiz Regis; CARVALHO, Érika Mendes de; CARVALHO, Gisele Mendes
de. Curso de direito penal brasileiro. – 13. ed. rev. atual. e ampl. – São Paulo: Ed.
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http://jus.com.br/artigos/25120/a-evolucao-criminologica-do-direito-penal-aspectos-
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