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ANO I - EDIÇÃO 1 - 26 DE NOVEMBRO DE 2010 - JORNALISMO 4 PERIODO

A marca do que somos


naquilo que fazemos
Hippie: Uma questão
de escolha
A linha Hare Krishna
por si mesma

De onde vem o Emo

A nova moda tem


cor...muita cor

EXEMPLAR DE ASSINANTE
VENDA PROIBIDA
Nove personalidades diferentes com
uma missão em comum: ser jornalista.
O profissional de comunicação do sécu-
lo XXI precisa mais do que gostar de ler
Expediente e escrever para ser bom. Com o cresci-

QUEM SOMOS
mento e a maior popularização da
Internet, mudou-se a forma de produ-
zir notícias e também de atrair o públi- Adenilson Félix
co.
Confira nove dicas para se dar bem
no mercado de trabalho e ter sucesso
na carreira:
Um jornalista precisa ser hilariante e
criativo como Adenilson Félix; ter a res-
ponsabilidade e comprometimento de
André Almeida também conta muito. E André Almeida
como não é só de tragédias e notícias
polêmicas que nosso mundo vive, vale
contar com um pouco das divagações e
fantasias do André Daniel, além de dar
boas gargalhadas e torcer muito no fu-
tebol com Ariana Barbosa.
O mercado de trabalho do jornalista
está presente em todas as áreas, por André Nogueira
isso, a versatilidade de Carla Barbosa é
fundamental. Quando o assunto for qua-
lidade de vida, turismo e grandes su-
cessos culturais basta entrar na onda de
Míriam Vagli e Jéssica Guerzoni.
E não dá para realizar tudo isso sem
o dinamismo e a competência latentes
de Juliana Cunha. Para completar, faça Ariana Barbosa
como Márcio Borges e aceite os desafi-
os.

Professores Responsáveis:
Patrícia do Prado Marques Cordeiro
Planejamento Gráfico B

Vânia dos Santos Mesquista Carla Barbosa


Jornalismo Impresso B

Produto editorial produzido pelos alunos


do quarto período do curso de Comuni-
cação Social - Jornalismo da Universida-
de do Vale do Sapucaí.
2010 Jéssica Guerzoni

Míriam Vagli Márcio Borges Juliana Cunha


MIX SOCIAL
A revista V.I.B.E é uma produção idealizada pelos alunos
do 4º período de Jornalismo nas disciplinas Jornalismo Impresso
B e Planejamento Gráfico B, orientada pelas professoras Vânia
dos Santos Mesquita e Patrícia do Prado Marques Cordeiro. A
Editorial publicação é destinada a jovens leitores que se identificam
com os valores, ideologias e estilos enfocados na revista:
Hippies, Coloridos, Emos e Hare Khrisna. Vibrações Inteligentes
que Beneficiam a Existência da essência humana; é partindo
deste raciocínio, surge a Revista V.I.B.E, que provém do inglês
e significa vibrações.
Nesta edição o leitor é convidado a voltar no tempo e
saber um pouco mais da origem do movimento mais
revolucionário da história mundial: o movimento Hippie.
Conhecer as correntes filosóficas, objetivos e ideologias é
uma boa oportunidade para que os jovens se inspirem
nos ideais da época e, quem sabe, mude de atitude na busca
por uma sociedade igualitária e disposta a lutar a favor de
seus direitos. Mergulhe nessa tribo urbana e descubra nas
próximas páginas um mundo experimental onde os valores
éticos e os ideais de vida eram opostos aos da sociedade atual
e saiba o porquê desse movimento estar vivo até hoje.
Já o estilo Emo, regado a roupa escura e maquiagem
carregada, que dita moda há alguns anos ganhou um
concorrente de peso e cor. Inspirados por bandas como Cobra
Starship, All Time Low e pelas brasileiras Cine e Restart, os
jovens resolveram colorir o visual e fazer do presente uma
mistura do passado: Woodstock, Dancing Days, Geração Coca-
Cola e Geração ECO uniram-se nessa nova moda. Muito mais
que a combinação de tons extravagantes e psicodélicos,
completaram o visual com cortes de cabelo despojados com
fios assimétricos e os óculos Wayfarer.
Outra tribo urbana abordada serão os Emos que geram
muitas polêmicas em relação a sua vestimenta e suas atitudes
melancólicas. O movimento surgiu na década de 80 quando
músicos resolveram dar um toque de sentimentalismo ao estilo
hardcore, dando origem ao Emotinal Hardcore. No Brasil ele
se propagou em 2003, ganhando adesão em quase todo o
país. Na revista você vai encontrar as características dessa
tribo que a sociedade desconhece, mostrar o significado por
trás da roupa xadrez, da franja lisa em frente aos olhos pintados
de preto e da melancolia diante de diversos assuntos.
Muito além de vestimentas exóticas e pinturas no rosto,
a tribo Hare Krishna é um estilo de vida que envolve religião,
alimentação, práticas diárias, comportamentos típicos e datas
festivas em seu próprio calendário. Dentre esses hábitos
encontramos o vegetarianismo, o antitabagismo, o
antialcoolismo como pré-requisitos para ser um membro do
grupo. Ao contrário do que muitos imaginam e julgam, a tribo
Hare Krishna trata-se de um povo ligado à espiritualidade que
respeita a vida em todas as suas formas.
A equipe editorial espera que você, leitor reveja
conceitos, reavalie valores e se identifique com essa nova
sociedade dotada de características específicas e modos
particulares de ver e viver o mundo.
Geração Beat: O começo de
uma nova sociedade 8

Hippie: Uma questão de escolha 10


Hippie
Fátima Dutra: Uma neohippie de bem com a sociedade 12
7
Sessão “Remember”: De volta aos anos 60/70 14

Vivendo em Paz e Harmonia 16

Hare Krishna A linha Hare Krishna por si mesma 18

15 O jornalismo abrindo caminhos 20

Curiosidades 22
De onde vem o Emo 23

Emo Características da tribo Emocore 24

23 Bandas Emocore 25

Emo Entrevista 26

Teste: você é emo? 30

A nova moda tem cor...muita cor 32

Como ser colorido? Aprenda aqui 34

Influência musical 35

Coloridos A cor do preconceito 36

31 Novos cortes fazem a cabeça da garotada 38


Matricule-se já!
Unidades
Pouso Alegre

Centro
Rua Adolfo Olinto, 228
Tel.: (35) 3422 - 2122

Árvore Grande
Av. Moisés Lopes,
Tel.: (35) 3421 - 4558
Make Love
Not War
Geração Beat: o começo de uma nova sociedade
Juliana Cunha e André Almeida
Em todas as épocas, sempre hipnotizadas com o Durante quatro dias um sítio
se ouviu falar de rebeldia. nascimento instantâneo de transformou-se numa
Durante o fim dos anos 60 e duas estrelas do rock: Janis contra-cultura de mentes
início da década de 70 não Joplin e Jimi Hendrix. Na abertas, onde as drogas
poderia ser diferente. Porém, manhã da segunda feira, 18 eram legais e o amor era
de braços dados a essa de agosto, sob um imenso livre. O evento tinha como
rebeldia, havia um potencial sol alaranjado, Jimi Hendrix slogan “três dias de paz e
criativo, um idealismo sobe ao palco, com sua amor”. O valor do ingresso
marcante, uma força como interpretação do hino para o fim de semana era 18
nunca na história da nacional dos EUA e, arranca dólares, mas a maior parte
humanidade os jovens de sua guitarra explosões de do público invadiu o local
haviam experimentado. Essa bombas, granadas, rajadas derrubando as cercas. Dia e
década mágica foi embalada de metralhadoras e roncos noite, sob sol ou chuva, a
pelo Festival de Woodstock, de helicópteros, numa clara música rolou quase sem
o maior de todos os festivais alusão à guerra do Vietnã. parar para meio milhão de
de rock, realizado no fim da Janis Joplin se destaca como jovens.Nessa mesma época
semana do dia 15 a 18 de o fenômeno de voz rouca e existiu em San Francisco
agosto de 1969, um mês performance sensual, que uma comunidade urbana
depois do homem ter pisado chamada The Family Dog,
levou todo o público à
na lua. Woodstock arrastou responsável por um grande
loucura e ao delírio.
mais de 450 mil pessoas acontecimento: a
organização do primeiro
baile de rock da cidade onde
surgiram jovens que usavam
cores psicodélicas, incenso,
roupas e jóias orientais.
Estabeleceu-se com esse
comportamento o estilo
hippie, com roupas
coloridas, túnicas, sandálias
e cabelos compridos para
ambos os sexos. A flor foi
um dos seus símbolos e
chegou-se à expressão
“flower power” como a
designação do
movimento.Em pleno pós-
guerra os jovens não
estavam dispostos a assumir
papéis costumeiros na
sociedade. Eles estavam em
busca de uma verdadeira
liberdade, de emoções
diferentes e sensações
novas. Como consequência
dessa insatisfação usavam
álcool ou drogas e botavam
o pé na estrada em busca
de aventura, viajando de
carona pelo país. Eles
fariam parte da chamada
geração “beat”, mais tarde
batizados de “beatniks”.

Jimmy Hendrix no Festival Woodstock em 1969.


8
Outro aspecto valorizado
era o uso de drogas, facilita-
do pelo surgimento do LSD.
Os hippies alegavam que as
drogas ajudavam a abrir a
mente. Junto com o LSD e
visuais psicodélicos surgiam
algumas crenças. Os ideais
de amor livre existiam pacifi-
camente com astrologia,
tarô e magia e com religiões
orientais como o budismo e
os Hare Krishna.
Apesar de caracterizada
principalmente pela busca do
prazer, a utopia hippie não
deixava lugar para injustiças
sociais e opressão. Muitos
seguidores da ideologia
participaram da Marcha ao Janis Joplin o intervalo de sua apresentação
Pentágono, um dos maiores
confrontos entre estudantes cultivados na cabeça das parar uma guerra e mudar o
e a força militar. Após o pessoas, graças a ideologia mundo deixou uma semente
assassinato de Martin Luther dos jovens dos anos 60/70. que acabaria sendo lançada
King, crescia a resistência Ser Hippie é uma aproxima- aos quatro ventos: uma
ao serviço militar e a guerra ção filosófica à vida que nova moral, uma nova ética,
do Vietnã. No mundo inteiro enfatiza a liberdade, a paz, um novo despertar na luta
eram feitas manifestações o amor e respeito para com por um mundo mais igualitá-
nas universidades e nas ruas o outro e à terra. A geração rio, mais justo e sem pre-
contra a violência da guerra. que acreditou ser capaz de conceitos.
Novos valores haviam sido

A multidão reunida na Fazenda de Max Yasgur, onde aconteceu o Festival de Woodstock.


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Hippie: Uma questão de escolha
Juliana Cunha e André Almeida
Muitas tribos nascem para contra o consumismo, o pós- Dornelas não se arrepende
contrariar conceitos guerra americano, o de tal escolha pois para ele
impostos pela sociedade. anticomunismo generalizado, “a liberdade não tem preço.
Mas, fazer parte de uma o preconceito e a falta de Eu sobrevivo de meu artesa-
comunidade, seguir seus pensamento crítico. Os nato e não falta nada para
pensamentos e ideologias jovens daquela época eram minha mulher e para meus
pode ser um grande desafio radicalmente contra o três filhos. Até faculdade eu
dentro de uma cultura trabalho, o patriotismo, o paguei para minha esposa e
dotada de regras e nacionalismo e a estética hoje ela é professora.”
imposições. Na década de padrão. Uma das frases
associadas ao movimento foi Após 32 anos percorrendo as
60alguns jovens focados na estradas de todo o Brasil,
busca por uma nova “Paz e Amor” (Peace and
Love), que antecedeu a ele tem residência fixa em
sociedade formaram um Itajubá, Sul de Minas , e
movimento chamado de expressão “Ban the Bomb”,
que criticava o uso de armas confessa que não deseja o
contracultura. mesmo destino para seus
A contracultura ganhou nucleares. O ambientalismo,
o nudismo e a emancipação três filhos. “Não é porque
dimensão universal você é hippie que vai dese-
aproximando-se de todo o sexual, a liberdade no uso
das drogas eram jar isso para seus filhos.
mundo por meio do Quando eu decidi ir para o
movimento hippie. A características dessa tribo.
mundo eu queria liberdade,
“geração Beat” contestava porque eu não tinha essa
Rafael Dornelas, 51, conta liberdade, os jovens de hoje
que quando optou por sair têm.
de casa e seguir a ideologia
Hoje você pode usar cabelo
hippie teve que lutar por
colorido, roupas extravagan-
suas aspirações e manifes-
tes e barba e nenhum polici-
tações, até mesmo pela
al vai achar que você é
escolha de uma sandália,
um brinco ou o direito de ter marginal.”
cabelos compridos. “Antes
tudo era imposto. Se alguém
dizia que você tinha que ser
médico, você seria médico.
Eu precisava ir para a estra-
da, conhecer outras pessoas
que também não suportavam
as imposições da sociedade.”

10
Já Ricardo Cavaleiro, 26, aceita o conceito de
hippie desde os 15 anos, evolução social se
afirma que sua meta é comparado ao início do
continuar sendo hippie e movimento, pois se ainda
permitir que seu modo de há injustiça, fome e miséria,
vida lute contra o a sociedade não evoluiu.
preconceito. “Eu quero “Nossa ideologia é forte e
colocar minha cara aqui na contra essa situação, por
rua todos os dias e mostrar isso nós optamos por
que nós hippies não somos sermos livres, construir um
descartáveis. Eu também mundo com nossas próprias
voto e escolho quem mãos para ver se faz a
governa esse país. Só que diferença. Se cada um
as pessoas me olham como pudesse respeitar o espaço
se eu fosse ninguém.” do outro e suas escolhas o
Cavaleiro conta que objetivo do início do
trabalhou por quatro anos movimento hippie já teria
numa cozinha industrial e sido alcançado.”
trocou tudo para trabalhar Quando o assunto é a
com a arte “pois hippie tem juventude atual, Cavaleiro
alma de passarinho e precisa enfatiza que o que falta na
estar a cada dia num lugar vida dos jovens é a sede
diferente. Eu já fui para por um ideal, por construir
vários países e ganhei um uma história que faça
bom dinheiro com meu diferença e pelo respeito
trabalho.” Ele não entre as pessoas. “A
juventude precisa ter
coragem pra colocar a cara
no mundo. Os jovens de
hoje não participam de
partido, não fazem greves,
A rua é local de trabalho
não lutam por seus direitos
dos hippies. e são pacifistas. Isso é
resquício da ditadura. Está
faltando sede para mudar a
história desse mundo”,
conclui.

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Fátima Dutra: Uma neohippie de bem com a sociedade
Juliana Cunha e André Almeida
É com simplicidade, usávamos alimentos hippies: o destino do
poesia e nostalgia que a naturais, chás, tecidos de planeta, das árvores, dos
artista plástica Fátima algodão e seda. Nós animais, da água, a paz ,
Dutra relembra o começo dávamos valor à o amor e a fraternidade
de seu envolvimento com meditação, às religiões entre os povos como
a comunidade Hippie. orientais e à ampliação da solução para os grandes
Tendo o amor e a paz consciência através da problemas mundiais.
como principal lema de literatura.”Ela conta que A artista afirma que o
vida, ela é uma fiel naquela época as preconceito ainda é algo
representante de uma pessoas viajavam de muito presente na
época em que o carona por todo o país e sociedade, apesar da
movimento fez apologia sobreviviam de juventude atual ter
aos valores comunitários, artesanato em madeira, conquistado mais
à liberdade e o culto à couro, prata, tecelagem, liberdade em relação aos
natureza.Foi na bordados e música. “Tudo jovens da década de 60.
adolescência que Fátima o que produzíamos era “Os jovens tem se
teve contato pela retirado da natureza por encantado com esse
primeira vez com uma isso nós tínhamos uma nosso jeito livre de viver.
tribo hippie em Pouso estreita relação com ela. Os neohippies estão aí
Alegre. Seu Até as crianças tinham como prova de que os
encantamento e empatia nomes de flores, pedras pensamentos dos anos
foi tão forte que a menina preciosas, estrelas, 60 e 70 ainda são
resolveu também constelações. Tudo presentes e válidos.”
participar do movimento. lembrava a natureza, pois Ela conta com saudade
“Quando eu vi aquelas éramos gratos a sobre as festas hippies
pessoas lindas e coloridas ela.”Fátima não acredita que participou quando
dividindo tudo entre si que existam ex-hippies, adolescente. “As festas
fiquei contagiada. Uma pois para ela quem foi aconteciam num jardim,
simples laranja era hippie, sempre será onde havia muita
repartida entre todos independente dos cabelos natureza. As músicas
igualmente. Uma luz se brancos, das rugas e da eram cantadas ao som
acendeu no meu passagem do tempo. de violão, flauta e
coração: eu vou viver “Quem viveu nessa época percussão. Havia muita
uma experiência assim.” nunca abandonará os comida natural e danças.”
Questionada sobre as princípios da tribo.” Ela se Fátima afirma que apesar
propostas do início do considera uma hippie de não freqüentar mais o
movimento, Fátima conta moderna (neohippie) e movimento, vive
que o objetivo era lutar confessa lutar até hoje intensamente seus
contra a sociedade de por uma sociedade mais valores e pensamentos.
consumo. Para isso, os igualitária e sem “Eu ainda luto pela paz,
hippies consumiam o preconceitos. “Meu pela não violência, pela
mínimo de produtos objetivo hoje é passar quebra dos velhos
industrializados, as para as gerações atuais a valores e pelo culto a
roupas eram feitas por consciência de que natureza, pois acredito
eles mesmos e viemos de uma mesma que ser hippie é um
costuradas a mão. Os fonte e o amor é a estado de espírito, uma
alimentos, como arroz, energia que nos une.” escolha para a vida toda”,
por exemplo, vinham Para ela, ser uma conclui a artista plástica.
direto do produtor e a neohippie é carregar
comunidade descascava consigo a mesma
os grãos no pilão preocupação, ideologia e 12
manualmente. “Nós ideais dos primeiros
.
gos hippies
mi
a de seus a
ad
, acompanh
io
ima ao me
Fát

13
Sessão “Remember”: De volta aos anos 60/70
Juliana Cunha e André Almeida
A palavra Hippie quer dizer “jovem rebelde de cabelos longos”. Mas para ser um
hippie é preciso ir além do vestuário, do comportamento, da crença do amor
entre os povos e do culto a terra. Um autêntico hippie deve conhecer as
ideologias do início do movimento, as músicas que embalaram os jovens daquela
época, assim como as lutas pela paz mundial e o período do pós-guerra, que
incitou a juventude a promover uma verdadeira revolução na sociedade. Por isso,
a equipe da Revista Vibe convida você a conhecer a literatura,música e filme que
contam a história do movimento que, após 40 anos, continua vivo na sociedade.

Filme: Literatura: CD:


Woodstock - 3 Dias de Hippie Dictionary: A CD Janis Joplin – The
Paz, Amor e Música Cultural Encyclopedia of Woodstock Experience
Os três dias de festival the 1960s and 1970s
em Woodstock, em Nesse álbum você
1969, foram mais que Um livro de referência encontra, I Got Dem Ol´
uma celebração hippie com seis mil expressões Kozmic Blues Again
que reuniu alguns dos sobre ecologia, direitos Mama!, o primeiro e
maiores ícones da civis, música, drogas, único disco solo de Janis
música. O evento teve amor livre, liberdade Joplin, com “Try (Just A
também um caráter de sexual, filosofia esotérica, Little Bit Harder), “To
contestação política, medicina alternativa e Love Somebody” dos Bee
marcando toda uma oriental. Gees e “Little Girl Blue”;
geração. Este filme Editora:Randon House juntamente com seu set
capta com precisão o Autor:John Bassett completo de 10 músicas
espírito de uma América McClery - incluindo três faixas
que sonhava com paz e Número de Páginas: inéditas ao vivo.
amor. 700

Duração: 360 minutos

Audio: Inglês

Legendas: Português

14
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Vivendo em Paz e Harmonia

Ariana Barbosa

Inacreditável como em um
mundo tão agitado, materalista,
violento e tumultuado, podemos
encontrar um grupo de pessoas
vivendo de uma maneira
totalmente oposta. Em um
ambiente tranqüilo, harmônico,
aconchegante e belo que no
primeiro momento parece surreal,
a apenas 160 km da cidade de São
Paulo, situa-se em
Pindamonhangaba, Nova Gokula,
a maior comunidade Hare Krishna
da América Latina.
Uma tribo que por ver a vida de
uma forma totalmente diferente do
que a maior parte da população
atual resolveu dentro de seus
costumes, crenças e regras se
“isolar” em lugares calmos, onde
encontraram a paz propriamente
dita. Nova Gokula é um desses
cenários sagrados escolhidos pela
tribo Hare Krishna, provido de uma
paisagem privilegiada, cercada por
pássaros de espécies raras, além
de um lindo pavão e um número
abundante de vacas, que
completam o ambiente zen dessa
comunidade.

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Hoje Nova Gokula abriga famílias “È um lugar muito
de moradores e é considerado espiritual e me sinto muito
também um ponto turístico devido
suas exuberantes paisagens com bem, além da natureza linda
cachoeiras que descem de altos
picos e formam o rio que corta a e atraente”. Sunil Saswani
fazenda. Entre esses visitantes
encontramos o casal Maria Daniela
de Lima e Luiz Henrique Bastos, Há tempos a visão que a tribo tinha
moradores de Pindamonhangaba é de que era impossível seguir seus
dizem que visitam sempre o local rituais morando diante de pessoas tão
principalmente no verão, mas que diferentes e em um mundo
apesar de acharem bacana o modo extremamente materalista, e foi devido
de vida dos monges não se vêem a esse pensamento que surgiram
praticando o ritual. O casal assume lugares como Nova Gokula, entre
que admira a cultura. “È muito legal outras quatro comunidades rurais
a forma como vivem em localizadas em Paraty-RJ, Distrito de
comunidade, respeitando uns aos Murici Caruaru-PE,Alto Paraíso–GO,
outros e cuidando da natureza e Teresopolis-RJ, além de institutos,
dos animais” relata Maria Daniela. templos urbanos e centros culturais .
Luiz Henrique completa dizendo que Hoje o pensamento mudou totalmente
acabou se comovendo com a e a todo instante os monges insistem
maneira como cuidam e respeitam que qualquer pessoa pode seguir a linha
a vaca, e acaba tendo pena do Hare Krishna, morando em qualquer
animal quando vai comê-la. “Não lugar. “Você pode ser praticante
cheguei a aderir por completo à morando em sua casa mesmo, basta
filosofia do vegetarianismo, mas ter uma vida simples e mudar sua
me conscientizei e diminui bastante consciência, passar do material ao
o consumo de carne.” espiritual”, diz Rhupa Gouranga. Não que
Além dos turistas os devotos e eles desprezem o fato de ser bem mais
interessados pelo estilo de vida complicado seguir uma cultura tão
Hare sempre visitam o lugar. diferente dentre a sociedade existente
Deparamos com SUNIL SASWANI, hoje, mas acreditam que são só
indiano que vive no Brasil já há barreiras que podem ser superadas
anos. Praticante da cultura, diz que desde que tenha foco e auto-controle.
já é a 9ª vez em que visita a Hoje em dia então o “isolamento”
Fazenda, seu objetivo é a busca virou opção, vai de cada um escolher
pela paz. “È um lugar muito viver junto à sociedade ou nessas
espiritual e me sinto muito bem, comunidades rurais criadas
além da natureza linda e atraente”. especialmente para devotos.

17
H
A
R
E

K HARE KRISHNA POR SI

R MESMO Míriam Vagli

Srila Prabhupada foi um

I indiano que dedicou sua vida a


ensinar o mundo sobre a
“Consciência de Krishna”,
mensagem de sabedoria espiritual

S mais nobre da Índia antiga. Em


1965, aos 69 anos, Prabhupada
deixou a Índia e foi viver em Nova
York para transmitir as mensagens

H do grande mestre desta tribo. Ele


não tinha nada além de sua roupa
do corpo, uma caixa de livros e 7
dólares no bolso. Mesmo assim,
viajou pelo mundo, abriu 108

N templos e fundou a Sociedade


Internacional para a Consciência de
Krishna (ISKCON) ou o que
podemos chamar também de “linha

A Hare Krishna”.
Mas, afinal, o que é Hare
Krishna?
19
Há quem pense ser uma religião. Pode ser.
Alguns consideram que seja uma ciência e está
correto. Também dizem ser uma filosofia de vida, “S E VOCÊ NÃO
o que não deixa de ser verdade. Portanto, Hare PODE SALVAR O
Krishna é um misto de ciência, filosofia de vida e
religião. Essa associação remete a vida espiritual, MUNDO, AO
um caminho de renúncias e busca pelo Sagrado.
Um Hare Krishna típico segue quatro princípios MENOS SE SALVE ”
que são a base de todo este estilo de vida: ser RHUPA GOURAMA
vegetariano; não se intoxicar com drogas,
cigarros ou álcool; não praticar jogos de azar,
nem sexo ilícito.

Na sociedade ocidental comer Além de seguir os quatro


carne faz parte da cultura e muitas princípios básicos, viver de forma
pessoas questionam quem opta pelo simples e pura, um bom Hare Krishna
vegetarianismo. De acordo com deve praticar diariamente orações com
Rhupa Gouranga, monge da fazenda “Japamala”. Este objeto corresponde ao
Nova Gokula, este princípio Hare terço do catolicismo e contém 108
existe por respeito à vaca, que é contas. O devoto deve cantar o
considerada um animal sagrado na chamado “Maha Mantra”, que é o
Índia, país de origem do fundador principal mantra Hare Krishna, por toda
desta tribo. Gouranga justifica que, a Japamala, 16 vezes. Isto dá um total
no passado era necessário comer de 1728 repetições da canção, todos
carne para sobreviver, pois o homem os dias, e leva cerca de duas horas para
precisava caçar. Mas hoje a culinária ser completada.
está aprimorada e os nutrientes que O devoto deve ter determinação,
existem nas carnes animais podem persistência, entusiasmo e trabalhar por
ser substituídos por outros alimentos. manter corpo e alma unidos. Não
Para seguir este estilo de vida precisa viver isolado da sociedade.
é preciso desapegar-se dos bens Deve cumprir com os deveres de
materiais e viver de forma simples, cidadão, como votar, prestar serviço
mesmo que seja na cidade. As militar e o que mais for exigido pela vida
vestimentas dos devotos (origem da urbana. Os que preferem viver em
palavra”devoto”: é aquele que vive comunidades acabam por abandonar
de votos) Hare Krishnas variam em por completo a vida que tinham
dois aspectos: as roupas de cor anteriormente e para marcar este
branca são usadas pelos casados ou passo, mudam de nome. Rhupa
por quem está em processo de união Gouranga, por exemplo, antes de se
matrimonial. Os tecidos em tons tornar Hare Krishna se chamava Rubens
alaranjados são usados para Albino, mas já não se considera mais
simbolizar renúncia total e essa essa pessoa. Em seu documento de
vestimenta recebe o nome de identidade aquele nome ainda existe e
Brahmashata, mas não é usada por é apresentado na cidade, quando
todos. É comum também encontrar necessário. Mas na fazenda este
adeptos dessa filosofia com a cabeça homem, que optou pelo Brahmacharya
raspada, pois simboliza sacrifício e (renúncia total, inclusive sexual) prefere
desapego do corpo. Porém, este ser chamado pelo seu nome de
hábito não é obrigatório. nascimento espiritual, Rhupa Gouranga.

20
O Jornalismo abrindo caminhos
Ariana Barbosa
Míriam Vagli

Chandramukha Swami é
um monge Hare Krishna que
dedica sua vida aos
monastérios, viaja para dar
palestras sobre o assunto,além
de cantar mantras
profissionalmente.
C h a n d r a m u k h a , h á
aproximadamente 20 anos
também era um jovem
estudantede Jornalismo.Como
pertencia a uma universidade
católica (PUC–Pontifícia
Universidade Católica),ele
deveria cumprir seus
compromissos com a matéria
chamada “O homem e o
fenômeno religioso”,e como
tema para seu trabalho,
Chandramukha escolheu
estudar os Hare
Krishnas.Pronto!A partir
daquele momento sua vida
havia se transformado.O
jovem estudante se apaixonou
pela forma como aquelas
pessoas viviam e, como
naquela época não era
aceitável ser um Hare e levar
uma vida urbana comum, não
pensou duas vezes antes de
abandonar todo o seu estilo de
vida até o momento.Deixou a
faculdade de Jornalismo um
ano antes de se formar e não
se arrepende.

21
CURIOSIDADES
Ariana Barbosa
Míriam Vagli Nome espiritual
- devotos iniciados recebem um
nome espiritual, denominado Hari-
nâma, e praticamente abandonam
o nome civil. O nome espiritual é
constituído por um dos nomes e
títulos de Krishna, seguido pela
palavra Das ou Dâsa, que significa
“servo”, ou Devî Dâsî para as
mulheres. Por exemplo: Krishna
Das – RâdhârâGî devî dâsî.
O despertar
- toma-se um banho frio ao
acordar, e faz-se desenhos
com tilaka em 13 partes do
corpo. Tilaka é uma argila
trazida especialmente da Índia e
disponível nos templos.
Famosos Hare Krishnas
- os Beatles tiveram um contato
considerável com Srîla Prabhupâda,
tendo inclusive inserido trechos do
maha-mantra em algumas canções.
John Lennon, Paul MacCartney e
Ringo Starr não simpatizavam muito
com o rigor da filosofia, mas George
Harrison tornou-se membro da
ISKCON e importante divulgador
do maha-mantra.
Cabeça raspada
- os devotos iniciados são orientados a
raspar a cabeça, deixando apenas um tufo
de cabelos na parte de trás, denominado
úikhâ. Segundo Prabhupâda, isso serve para
diferenciar os vaishnavas de outros grupos
religiosos indianos, como os budistas, que
raspam totalmente a cabeça, entre outras
explicações. 22
De onde
vem
o
O termo Emocore, ou
Emo, é uma abreviação
de “emotional hardcore”
e foi originalmente
utilizado para designar o
estilo de música que Assim como

nasceu nos anos 80, no qualquer outra tribo, os

cenário punk rock, nos emos também são alvo de

Estados Unidos, quando muito preconceito,

bandas resolveram principalmente pela parte

compor letras com conservadora da

emoção, voltadas à sociedade.

realidade do amor e aos


Para uma pessoa
dramas sociais.
mais velha ver um rapaz

O termo emocore é com a franja caída no


No Brasil, o estilo rosto, os olhos e unhas
considerado ambíguo,
se propagou em 2003, pintadas de preto é algo
pois pode ser utilizado
sendo aderido em quase muito estranho e, na
tanto como um rótulo
todo o país, muitos maioria das vezes por não
que agrega estas
jovens se identificam com conhecer o verdadeiro
bandas, quanto para
a ideologia emo, outros significado da tribo,
definir a cultura
apenas curtem a forma acabam tendo bastante
alternativa onde uma
deles se vestirem. preconceito em relação a
pessoa demonstra
muita sensibilidade. eles.
r i s t i c a s
r a c t e
Ca b o
da t r i
m o c o r e
E
Os emos se recusam a aderir aos parâmetros que a socie-
~Usar roupas
que mesclam a
dade impõe à população, em conseqüência disso, a tribo rebeldia punk
criou seu próprio estilo, como o cabelo preto assimétrico com os ícones
com a franja em cima dos olhos. Ser emo significa ter uma infantis. Meninas
posição diferente do restante da multidão, e em conseqüên- e meninos
cia disso a tribo criou algumas características que os dife- podem usar rosa
renciam dos demais, são elas: e mesclar
roupas de velhos
~Usar o cabelo liso com e de crianças.
uma franja enorme no rosto
e olhos pintados de preto. As
~Ser emotivo. A maioria franjas usadas somente de
dos emos chora ouvindo ~Os emos não
um lado, mostram certa
músicas que falam de curtem drogas.
ambigüidade sexual
amores perdidos e rejeição
dos pais
~Na Internet, a tribo coloca
prefixos antes do nome
~Dar demonstrações como: Srta, Srto, Dona,
explícitas de carinho. Dono, Lady, Sr, Seu, Mister,
Meninos e meninas entre outros.
costumam se beijar e se
abraçar em público, seja
com pessoas do sexo
oposto ou até com as do
mesmo sexo. Os emos
devem aceitar a opção
sexual do outro sem
preconceitos.

~Criticar pessoas violentas.


A violência é algo altamente
reprovável entre os emos.

24
Exemplos
de
Bandas Emo

Internacionais

Fall Out Boy

Panic! At the Disco

My Chemical Romance

Nacionais

Fresno

NXZero

Gloria

25
Emo Entrevista
Nosso repórter Adenilson Felix, encontrou dois integrantes da tribo emo, e
conversou com ambos, para saber como esses jovens agem em relação às
características deste grupo, são eles: Rodolfo Andrade, de 15 anos, e Karina
Ferro, também com 15, ambos da cidade de Santo Antonio de Posse, no estado
de São Paulo.

Rodolfo Andrade
RV: Como foi a
Revista Vibe: O que é ser
reação da
Emo pra você? família ao saber
Rodolfo Andrade: É uma sobre você?
maneira de me defender das RA: A pior. Porque
pessoas más desse mundo, para eles emo é algo
uma maneira de me horrível, de outro
expressar, mostrando o que mundo. A minha irmã
eu penso. Pra mim nem quando soube ficou o
todos os emos vivem dia todo discutindo
comigo, os primos
mal olham na minha
RV: Desde quando você cara.
decidiu aderir a essa
tribo?
RV: Com relação a
RA: Desde 2007, quando me religiosidade, em que
apaixonei por uma emo e amei você acredita:
tanto ela que acabei virando
emo também. RA.: Eu sou
RV: Você enfrenta algum evangélico, mas no
tipo de preconceito? momento estou
afastado da igreja,
RV: Qual a importância RA.: Muito, inclusive na pretendo voltar em
de ser um Emo? minha família, breve.
principalmente primos e
RA.: É mostrar para irmãos da mesma idade,
todos quem e como sou. RV: Qual a
eles acham que somos mensagem o Emo
diferentes só porque tem para passar?
temos outro modo de
pensar RA : De que
queremos um
RV: Qual é o maior desafio mundo melhor, onde
de ser emo?
RA:O preconceito das RV: Qual a maior qualidade haja igualdade a
da tribo? todos e mostrar que
pessoas que não te conhe- os emos também
cem e o julgam, e a minha
RA: A interação uns com os são pessoas
família que é antiquada.
outros e a fidelidade dos normais.
amigos. 26
Rodolfo Andrade

“... nem todos os


emos vivem choran-
do por ai e são
bissexuais.” 27
E n t r e v is t a Karina Ferro

Revista Vibe: O que é


ser Emo pra você?

Karina Ferro: Ser emo RV: Com relação


pra mim é ter um estilo e a religiosidade,
estar bem comigo mesma, em que você
não importando com o que acredita?
os outros acham. E mostrar
ao mundo o que sinto. KF: Sou
Católica, acredito em
Deus.

RV: Desde quando você


RV: Qual mensagem
decidiu aderir a essa tribo?
o Emo tem para
KF: Desde 2007, quando eu passar?
ouvi bandas de emocore, KF: Nós
gostei e procurei saber como emos não somos o
era o estilo, a convivência que as pessoas
dos emos e acabei virando. julgam sem nos
conhecer.
RV: Você enfrenta
algum tipo de
RV: Qual a preconceito?
importância de
ser um Emo? KF: Sim! Muito.

KF: Pra mim a


importância de ser um é
emo é você gostar do RV: Qual a maior
estilo que segue e não qualidade da tribo? “...a
ter medo do que virá
KF: É saber fazer
importância de
pela frente.
poucas amizades, mas o ser um é emo é
bastante para que sejam
eternas.
você gostar do
estilo que
RV: Qual o maior segue e não ter
desafio de ser Emo? RV: Como foi a reação medo do que
da família ao saber
KF: É combater os virá pela
sobre você?
preconceitos das
pessoas chamando a KF: Foi a pior de todas,
frente.”
gente de gay ou eles não me aceitam e
lésbica. falam que sou um monstro.

28
29
T e s t e Você é emo?
Faça o teste e descubra se
você tem o estilo emo
7. 7-Quais são os
1- Como é o seu jeans acessórios que
preferido? fazem a sua
5. A decoração do
seu quarto é cheia cabeça?
a) Preto e com a
barra justinha. de: a) Munhequeira e
a) Pôsteres de piercing na boca.
b) Azul-claro e
bandas e toy art. b) Pulseiras de
com boca reta.
prata e anéis.
c) Básico, mas
cheio de rasgos. b) Flores e objetos c) Colares de
clean. semente e brincos
de pena.
2-. Dentre as c) Gnomos e fadas.
opções abaixo, qual 8. Que sons não
cabelo chama mais saem do seu MP3?
6. Quais são as
sua atenção? marcas de tênis
Vocêque
é emo? a) My Chemical
você mais Romance e Fresno.
a) Cabelos lisos e gosta?
jogados no rosto
a) Vans e All Star. b) Avril Lavigne e
b) Espetadinho Rihanna.
com gel. b) Nike e
Rebook. c) Armandinho e
c) Castanho-claro Natiruts
e cacheado. c) Puma e
Timberland.
3. Qual estampa você
mais curte?
Veja qual foi a resposta que você mais
assinalou: A, B ou C.
a) Xadrez e listra.
Maioria A
b) Floral.
Você pode até não gostar de rótulos, mas seu
estilo definitivamente tem tudo a ver com o
c) Estampa? Detesto
movimento emo!
isso.
4. Você não sai de casa Maioria B
sem: Você está beeem longe de ser uma emo. Seu
negócio é estar sempre impecável e não perder
a) MP3 e um lápis para de jeito nenhum as tendências da moda.
os olhos.
Maioria C
b) Brincos e gloss labial.
Mar, sol e muita paz: isso sim é felicidade pra
c) Elástico de cabelo e você! Na verdade, não faz questão de estar
protetor solar. 30
A nova
moda que
Carla Barbosa
conquistou Márcio Borges

o Brasil.
A moda dos anos 80 está

D A de volta com toda força e


adeptos. Óculos Wayfarer,

M O cabelos desgrenhados e

O VA R... roupas com cores


vibrantes voltaram com

A N M CO tudo. As horas e horas


diante do armário

TE escolhendo o que vestir já


faz parte do passado. O
que manda agora é
Carla Barbosa inovar,seja nas roupas, no
Márcio Borges calçado ou no jeito de ser.
Traduzir a alegria da
juventude através das
cores e da ousadia. Para
os adeptos da moda que
veio para substituir os
emos, esse é seu
principal objetivo. Longe
das roupas pretas, da
maquiagem carregada e
dos cabelos com grandes
franjas sobre os olhos, os
coloridos chegaram para
inovar e ditar a nova
moda.
Rosa e verde? Azul e
Laranja? Quem disse que
As calças jeans tem inúmeras modela-
não combina? A onda do
gens. Uma das mais contemporâneas,
momento está longe de
e controversas, é a skinny, também
seguir os padrões
chamada de thight fit ou slim fit (cai-
simétricos e compatíveis
mento justo, apertado… e bota aperta-
que todo mundo usa: as
do nisso). Com cintura baixa, tipo
calças skinny estão de
Saint-Tropez, marca bem os quadris e
volta, mas com um toque
tem as pernas justas, com corte
muito especial, nada do
afunilado ou reto. Skinny quer dizer
tradicional blue jeans; o
muito magro, “pele-e-osso” no bom e
que manda agora são as
velho português. E, na verdade, a
cores: quentes e frias
calça é quase uma segunda pele mes-
juntas numa combinação
mo, quase uma legging, só que de
de parar o trânsito e
jeans ou outra variável elástica dele.
chamar a atenção por
onde quer que se passe.
Para completar o visual,
invente seu cabelo. E aí
vale tudo. Deixe crescer,
repique, pinte, o que não
pode é deixar tudo muito
reto. Até pouco tempo
atrás esse era o visual
mullets e ninguém achava
bonito, mas hoje os
32
...MUI-
TA COR
mullets estão em alta
outra vez. Fabricado em 1952 foi uma revo-
Brincos, pulseiras e lução no design de óculos por ser
colares são bem vindos, o primeiro modelo todo feito em
mas só se forem acetato. Objetivo era mudar as
exageradamente grandes antigas armações que eram de
e com cores pulsantes, os metal para um material mais
óculos Wayfarer são uma leve, acabou que virou simbulo
ótima opção. de mordenidade entre divas e
A inspiração para esse astros do rock n' roll!!!!
estilo ousado veio de O Rayban Wayfarer é o óculos
longe, com verdadeiros mais vendido e copiado de toda a
ícones musicais que história!!!
aderiram à moda
psicodélica e trazem de
volta o espírito oitentista
para nossos dias. Como
uma verdadeira mistura
de grandes movimentos
da moda e música dos
anos 80 como Woodstock,
Geração Coca-Cola e
Geração ECO despontaram
no universo musical como
as bandas Cine, Restart e
Hevo84, logo após os
sucessos das bandas
internacionais All Time
Low e Cobra Starship e
trouxeram com eles não O Woodstock Music & Art Fair (conhecido
só um novo estilo musical, informalmente como Woodstock ou Festi-
mas também uma nova val de Woodstock) foi um festival de
tendência no mundo música anunciado como "Uma Exposição
fashion. Aquariana: 3 Dias de Paz & Música",
O movimento happy rock, realizado entre os dias 15 e 18 de agosto
rock colorido ou apenas de 1969 na fazenda de 600 acres de Max
coloridos, preferiu se Yasgur na cidade rural de Bethel, no
contrapor ao estilo estado de Nova York, Estados Unidos.
anteriormente Um festival que reuniu uma varidade de
predominante, os ‘emos’. músicas de todo o mundo e tinha como
Deixaram pra trás o visual fundamento a variedade cultural.
sombrio e as letras tristes
da febre anterior. Nada de
visual tristonho, roupas
pretas e maquiagem
carregada, a moda é cor
nos tênis, nas camisetas,
calças, unhas e cabelos. 33
Como ser colorido?
Aprenda aqui!
1
Primeiro, capriche na cor
das roupas, esqueça o
claro, o discreto. Opte
pelo luminoso
e ousado.

2 Cabelos!
Que pentear que nada...
Os fios tem que estar
um pra cada lado.

3 Óculos Wayfarer.
Jamais saia de casa
sem eles!
Escolha a cor que
você preferir.
Só não vale ser peque-

4
Pode abusar nas unhas
também.
no.

E não se esqueça dos


acessórios.
Tudo com muita cor.
Gostou?
Então, toca um
Restart aí!

34
Influência Musical
A principal influência colorida foi no mundo da música.
O visual cheio de cores exuberantes tomou conta pri-
meiramente dos palcos internacionais, com a ban-
da norte-americana Cobra Starship.
No Brasil, o som de Garota Radical da
banda Cine e o ritmo de Recomeçar do
Restart é que impulsionaram a
difusão do estilo agora conhe-
cido e mundialmente aprecia-
do do Happy Rock.
E a intenção desses artistas é
exatamente essa. Trazer para os
palcos a alegria de cantar, de dan-
çar, de viver. As cores vibrantes vem
para representar toda essa vivacidade.
O público alvo dos coloridos pcostumam
ter entre 13 e 14 anos de idade, e insistem
em comprar tênis coloridos e calças com cores
chamativas. Vivem cantando músicas com letras
apaixonadas, com uma pegada pop rock.

Você pode não saber nem imaginar, mas


esses adolescentes que circulam nas
escolas, nas ruas e até mesmo dentro
da sua própria casa fazem parte da
família Restart, uma legião de fãs de
Pe Lanza, Pe Lucas, Koba e Thomas.

A febre que gira em torno da banda


é recente. Na estrada desde 2008,
suas músicas e seu estilo estouraram
realmente há menos de um ano. A maioria
dos fãs conheceu os meninos através da internet, em
sites como o My Space, outros, só descobriram o grupo
quando ele caiu nas graças de programas da MTV e do
Multishow.

Carla Barbosa
Márcio Borges

35
A COR DO
PRECONCEITO
Márcio Borges

Contradição. Essa é a principal essência da


sociedade e o que faz com que ela ande e se torne
uma verdadeira mistura de gostos, estilos,
pensamentos, anseios e valores. O homem sempre
lutou para ter seus direitos reconhecidos e para
viver num mundo justo onde todos, independente
de sexo, raça, cultura e religião fossem aceitos.
Mas parece que essa luta é vencida e perdida
pelo próprio homem. Desde tempos passados até
hoje a sociedade em geral tem grande dificuldade
em aceitar e reconhecer no diferente o seu igual.
Foi assim com os negros, e o grande período
da escravatura não deixa mentir; foi assim com
movimentos musicais e de moda como o dos
hippies, foi e ainda é com os homossexuais.
Como não poderia deixar de ser, o
preconceito também atingiu o universo da música.
Primeiro com os Emos: quem nunca leu ou ouviu
um comentário sobre os caras de cabelo estranho,
maquiagens carregadas e chorões?
E hoje, nas ruas, nas escolas, quem aparece
com uma calça estilo skinny, um óculos com aros
grandes e muito coloridos Wayfarer, ouvindo ou
cantando os hits de Restart ou Cine, por exemplo,
acabam sendo alvos de insultos. Para os
desinformados, a versão mais alegre, mais gay dos
emos. No entanto, entre chacotas e críticas
negativas, essa nova onda da moda e da música
36
vem forte e já aderiu
um número enorme
de adeptos.
A nova geração
de roqueiros coloridos
rejeita o discurso do
amor idealizado e dos
dramas juvenis do Emocore. O que manda agora é
pregar a positividade, a alegria. A música para os
coloridos também fala de amor, mas a sua
maneira: “Vem ser só minha / Vai ser você /
Aposto um beijo que você me quer”, como retrata
a letra.
Para mostrar que não dão a mínima para o
preconceito os roqueiros afirmam: “É o amor
inventado do Cazuza, retratado como nós vemos
hoje. Amanhã quando mudar, a gente inventa
outro.”

“E nfrentar preconceitos é
o preço que se paga por “
ser diferente.

37
Novos cortes fazem a cabeça
da garotada
Carla Barbosa

A nova tendência da estação é apostar em peças


coloridas assim como o Fiuk e os integrantes da
banda Restart, que usam e abusam das cores
sem se preocupar com a combinação. Além das
roupas, o estilo de corte de cabelo também
mudou e está mais liberal, tornando o visual
jovial e despojado. As novidades retomam o
estilo jovem dos anos 80, onde o colorido era o
mais importante no guarda roupa de meninos e
meninas que aderiam essa tendência.
Os rapazes modernizaram o corte dos Beatles e
lançaram moda. Os garotos do Restart gostam
de exibir um corte que mais lembra uma
explosão de contentamento: é um fio pra cada
lado. Seria tudo culpa de uma tesoura mal
afiada ou de mãos mal preparadas? Não mesmo.

A criação tem dono – e o dono tem lucrado com


seu feito. “Toda semana, pelo menos quatro
garotos de todas as partes do país ligam para
saber se aqui é o salão do Restart”, conta o
cabeleireiro pernambucano Benedito Araújo, o
Araújo Show, proprietário do salão que fica na
luxuosa Villa Daslu, em São Paulo. Araújo cuida
das madeixas dos integrantes da banda há
quase dois anos. O cabeleireiro garante que os
meninos já tinham um estilo que só precisou ser
lapidado. A influência, diz ele, é o cabelo dos
Beatles, o famoso moptop.

Na versão Restart, o resultado é um corte


desalinhado e que dá trabalho para manter. “Ele
é bastante desfiado e deve ser refeito no
máximo a cada dois meses”, explica. Às vezes
também é preciso diminuir o volume com uma
escova definitiva ou mudar a cor. Toda essa
produção fica entre 200 reais (somente o corte)
e 600 reais (com escova e reflexos).
O cabelo é um componente importante no visual
dos músicos. No caso dos Beatles, inclusive. Em
sua primeira coletiva na chegada aos Estados
Unidos, em fevereiro de 1964, o moptop foi a
sensação. “O cabelo de vocês ajuda a cantar?”,
questionou um repórter. Outros perguntaram se
eles usavam peruca ou se sentiam-se como
Sansão.
38
Dicas da VIBE
Adenilson Félix - Jornalista
adenilsonfelixjornalista.blogspot.com

André Nogueira
adanielnogueira.blogspot.com

Blog André Almeida


blogandrealmeida.blogspot.com

Blog Teen World


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Salto Alto Futebol Clube


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Blog Cultural
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Juh Cunha Blog’s


juhcunha.blogspot.com

Nova Dimensão
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Simple Life
miriamvagli.blogspot.com

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