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Aconselhamento PDF
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ÍNDICE
Índice
Apresentação..........................................................................................................................03
133
A Igreja e o aconselhamento...................................................................................................05 134
A Igreja como uma comunidade terapêutica ....................................................................07 135
A psicologia tem condições de ajudar? ............................................................................07 135
O núcleo do aconselhamento..................................................................................................09 136
Os alvos do aconselhamento...........................................................................................09 136
Qualificações do conselheiro..........................................................................................11 137
Técnicas de aconselhamento...........................................................................................13 138
O processo do aconselhamento.......................................................................................17 140
Tarefa de casa no aconselhamento..................................................................................17 140
Processos no aconselhamento.........................................................................................17 140
O conselheiro e o aconselhamento.........................................................................................19 141
A motivação do conselheiro............................................................................................19 141
A eficácia do conselheiro................................................................................................21 142
O papel do conselheiro...................................................................................................21 142
A vulnerabilidade do conselheiro....................................................................................23 143
A sexualidade do conselheiro..........................................................................................23 143
A ética do conselheiro.....................................................................................................25 144
O conselheiro dos conselheiros.......................................................................................27 145
As crises no aconselhamento...................................................................................................29 146
A Bíblia e os tipos de crise...............................................................................................29 146
Intervenção nas crises. .....................................................................................................31
147
O futuro do aconselhamento...........................................................................................33 148
Questões pessoais - Como aconselhar.....................................................................................35 149
Como tratar o cristão faltoso..................................................................................................61 161
Introdução....................... ...............................................................................................61
161
O perigo da falta de disciplina................................ ........................................................61 161
O ensino de Jesus sobre os passos de disciplina na igreja...................................... .........65 163
Conclusão.......................................................................................................................73
166
Veresículo para aconselhamento.............................................................................................74 168
Referências bibliográfias.........................................................................................................79
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Apresentação
Você já parou para refletir sobre a quantidade de informações que recebe diariamente, seja
pelos diversos meios de comunicação, seja na atividade profissional ou no contato informal com
as pessoas?
Você já parou para refletir sobre a qualidade dessas informações e a maneira pela qual elas
influenciam a sua vida, o seu comportamento?
Você sabia que a velocidade dessas informações vai aumentar ainda mais?
A maneira como nós nos vestimos, conversamos, reagimos, os acessórios que usamos, cor
de cabelo, tatuagens, os valores que adotamos, etc., são a expressão de como encaramos a vida
e mais particularmente, a nossa vida.
O mais preocupante é que algumas pessoas de duvidosa formação moral, intelectual,
filosófica ou religiosa, e que muitas vezes estão na mídia, têm ditado moda, padrões de rela-
cionamento e de comportamento ou mesmo relativisado alguns já estabelecidos, os quais têm
sido assimilados por muitas pessoas sem que sequer sejam criticados ou avaliados.
As pessoas estão se cercando de mestres convenientes, que concordam com suas práticas
e estimulam os seus desejos. O resultado tem sido conflitos pessoais de toda natureza.
É neste contexto que a igreja de Jesus Cristo é chamada para salgar a terra e iluminar o mundo.
As redes estão sendo lançadas e toda espécie de peixes sendo trazida ao barco.
É preciso curá-los, endireitá-los, libertá-los, trocar suas vestes, dar-lhes direção e sentido.
Este material foi elaborado com essa finalidade, para que você seja treinado para atender
a um dos mais importantes e necessários desafios da igreja: instruirmos e aconselharmos mutu-
amente em toda a sabedoria.
Ele é baseado nas experiências de muitos conselheiros capazes. Mas a Palavra de Deus
será sempre o nosso padrão, a medida aferidora, aquela espada que penetra ao ponto de dividir
alma e espírito e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.
Aconselhamento Cristão
A IGREJA E O ACONSELHAMENTO
Há pouco tempo atrás o Pastor de uma igreja na região oriental dos Estados Unidos
escreveu um artigo provocante sob o título, "O Aconselhamento é Uma Perda de Tempo".
Frustrado pelo seu pouco êxito no aconselhamento, o escritor queixou-se de gastar "horas e mais
horas... falando ad infinitum com grande número de pessoas que simplesmente não seguem seus
'conselhos pastorais' ".
O líder da igreja foi suficientemente sincero para reconhecer que seu insucesso talvez
resultasse do fato dele não ter as qualificações necessárias para aconselhar com eficácia.
Concordou também que existe lugar para discussões doutrinárias e bíblicas entre um ministro e
um paroquiano, para falar sobre o casamento com os que estão se aproximando do altar, ou para
ministrar pessoalmente aos doentes e aos que sofrem. Mas concluiu que não há lugar para "o
aconselhamento pastoral tradicional tão pouco produtivo".
No entanto, a ajuda às pessoas não é apresentada na Bíblia como uma opção, mas como
dever de todo crente, inclusive para os líderes da Igreja. - Rm 15.1-2
Se todos desistissem, porém, para onde iriam as pessoas com seus problemas? Jesus que é
o exemplo do cristão, passou muito tempo falando com as pessoas necessitadas, em grupo e em
contato face. O aconselhamento pode parecer às vezes uma perda de tempo, mas deve consti-
tuir uma parte importante do ministério, necessária e biblicamente estabelecida.
A fim de ajudar as pessoas, o aconselhamento busca estimular o desenvolvimento da personali-
dade; ajudar os indivíduos a enfrentarem mais eficazmente os problemas da vida, os conflitos
íntimos e as emoções prejudiciais; prover encorajamento e orientação para aqueles que tenham
perdido alguém querido ou estejam sofrendo uma decepção; e para assistir as pessoas cujo
padrão de vida lhes cause frustração e infelicidade, e seu alvo é ajudar outros a se tornarem
primeiramente, discípulos de Cristo e depois discipularem outros.
Jesus Cristo é certamente o melhor exemplo que possuímos de um "maravilhoso consel-
heiro", cuja personalidade, conhecimento e habilidade capacitaram-no eficazmente para assistir
às pessoas que precisavam de ajuda.
Jesus servia muitas vezes às pessoas através de sermões, mas também combateu os céticos,
desafiou os indivíduos, curou os doentes, falou com os necessitados, encorajou os desanimados
e deu exemplo de um estilo de vida santo. Em seus contatos com o povo Ele compartilhou exem-
plos tirados de situações reais e buscou constantemente estimular outros a pensarem e agirem
de acordo com os princípios divinos. Ele aparentemente acreditava que alguns precisam de ouvi-
do compreensivo que lhes dê atenção e consolo, e que discutam o problema, antes de poderem
aprender através do confronto, desafio, conselhos ou pregação pública.
De acordo com a Bíblia, os cristãos devem ensinar tudo o que Cristo nos ordenou e ensi-
nou.
Todas essas são questões que levam as pessoas a procurar o aconselhamento hoje. Quando
Jesus tratava com essas pessoas ele freqüentemente ouvia suas perguntas e as aceitava antes de
estimulá-las a pensar ou agir de modo diferente.
Definição: Aconselhar é usar a Palavra para mudar a forma de pensar, para renovar a
mente.
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O NÚCLEO DO ACONSELHAMENTO
Como quase todos sabem, a Bíblia contém vários exemplos de necessidades humanas.
Através de suas páginas lemos a respeito de solidão, desânimo, dúvida, tristeza, inveja, violên-
cia, pobreza, doença, tensão interpessoal, e diversos outros problemas pessoais - algumas vezes
manifestados na vida dos maiores santos.
Consideremos Jó por exemplo. Ele era um homem piedoso, conhecido, rico e grandemente
respeitado por seus contemporâneos. De repente as coisas mudaram. Jó perdeu toda a sua
riqueza. Sua família inteira morreu exceto sua mulher que, sob pressão, mostrou-se queixosa e
implicante. Ele perdeu a saúde, os amigos pouco o ajudaram e Deus deve ter-lhe parecido muito
remoto.
OS ALVOS DO ACONSELHAMENTO
O conselheiro que é um seguidor de Jesus Cristo tem o mesmo alvo ulterior e abrangente
de mostrar às pessoas como ter uma vida abundante e apontar aos indivíduos a vida eterna
prometida aos crentes. Note as palavras "ulterior" e "abrangente" na sentença anterior. Se levar-
mos a sério a grande comissão, desejaremos ansiosamente ver todos os nossos aconselhados se
tornarem discípulos de Jesus Cristo. Se levarmos a sério as palavras de Jesus, provavelmente
chegaremos à conclusão de que uma vida plena e abundante só é concedida àqueles que bus-
cam viver de conformidade com os seus ensinos. O conselheiro deve ser aquele que se entrega
ao Senhor para ser seu instrumento para tocar vidas, para modifica-las, para leva-las em direção
à maturidade, a serem capazes de suportar as dificuldades.
Vamos reconhecer, porém, que existem muitos cristãos sinceros que terão uma vida eter-
na nos céus mas não gozam de uma vida muito abundante na terra. Essas pessoas precisam de
aconselhamento que envolva mais do que evangelização ou educação cristã tradicional. A evan-
gelização e o discipulado são, portanto, os objetivos "ulteriores e abrangentes" do conselheiro,
embora não sejam os únicos.
Quais são alguns dos demais alvos? Qualquer lista pode incluir pelo menos os seguintes:
1.Autocompreensão
Compreender a si mesmo é, no geral, o primeiro passo para a cura. Muitos problemas são
auto-impostos, mas a pessoa que está sendo ajudada talvez não reconheça que suas percepções
são preconceituosas, suas atitudes prejudiciais e seu comportamento autodestrutivo. Considere,
por exemplo, o indivíduo que se queixa: "Ninguém gosta de mim", mas não percebe que sua
reclamação é uma das razões de ser rejeitado por outros. Um dos alvos do aconselhamento é
que o um ajudador objetivo e alerta, auxilie os que estão sendo assistidos a obter um quadro real
do que está passando em seu íntimo e no mundo que os rodeia.
2.Comunicação
É bem conhecido que muitos problemas no casamento estão relacionados com uma falta
de comunicação entre os cônjuges. O mesmo se aplica a outros problemas. As pessoas são inca-
pazes ou não estão dispostas a comunicar-se. O aconselhado precisa aprender a comunicar sen-
timentos, pensamentos e atitudes, correta e eficazmente. Tal comunicação envolve a expressão
da pessoa e a capacidade de receber mensagens corretas por parte de outros.
4.Auto-realização
Escritores humanistas recentes têm enfatizado a importância do indivíduo aprender a
alcançar e manter o seu potencial máximo. Isto é chamado de "auto-realização", sendo propos-
to por alguns conselheiros como o alvo de todos os seres humanos quer se achem ou não no
ramo de aconselhamento. Para o cristão, um termo como "Cristo-realização" poderia ser substi-
tuído, indicando que o alvo na vida se completa em Cristo desenvolvendo nosso mais elevado
potencial mediante o poder do Espírito Santo que nos leva à maturidade espiritual.
5.Apoio
As pessoas com freqüência conseguem alcançar um dos alvos acima e funcionar eficaz-
mente, salvo em períodos temporários de tensão ou crise incomuns. Tais pessoas podem bene-
ficiar-se de um período de apoio, encorajamento e "divisão de fardo", até que sejam capazes de
remobilizar seus recursos pessoais e espirituais, a fim de enfrentar eficientemente os problemas
da vida.
Em qualquer tipo de aconselhamento é, no geral, útil quando conselheiro e aconselhado
estabelecem alvos ou objetivos definidos para o aconselhamento. Esses alvos devem ser especí-
ficos e não vagos, realistas e (no caso de serem vários) organizados em alguma seqüência lógica
que identifique os pontos a serem atingidos em primeiro lugar e, talvez, por quanto tempo.
QUALIFICAÇÕES DO CONSELHEIRO
É fundamental que o conselheiro tenha habilidades e com sabedoria ajude os seus acon-
selhados. Se ele os orientar bem, obterá resultados mais úteis, tanto na área emocional quanto
na área espiritual. O seu sucesso nesta tarefa dependerá diretamente do seu conhecimento, de
algumas técnicas de aconselhamento e da ajuda do Espírito Santo.
O que faz de alguém um bom conselheiro? Num estudo de quatro anos conduzido com
pacientes hospitalizados e vários conselheiros, foi descoberto que os pacientes melhoravam
quando seus terapeutas mostravam um nível elevado de cordialidade, sinceridade e compreen-
são empática correta. As qualificações do conselheiro são:
1.Cordialidade
Este termo implica em cuidado, respeito ou preocupação sincera, sem excessos, pelo acon-
selhado - sem levar em conta seus atos ou atitudes. Jesus mostrou isto quando se encontrou com
a mulher junto ao poço. As qualidades morais dela talvez deixassem a desejar, e Ele certamente
jamais aprovou o comportamento pecaminoso; mas mesmo assim, Jesus respeitou a mulher e a
tratou como pessoa de valor. Sua atitude calorosa, interessada deve ter sido aparente onde quer
que fosse.
2.Sinceridade
O conselheiro sincero é "real" - uma pessoa aberta, franca, que evita o fingimento ou uma
atitude de superioridade. A sinceridade implica em espontaneidade sem irreflexão e honestidade
sem confrontação impiedosa. Isto significa que o conselheiro é profundamente ele ou ela mesma
não sendo do tipo que pensa ou sente uma coisa e diz algo diferente.
3.Empatia
Como o aconselhado pensa? Mostrar-se sensível a como ele se sente na verdade por den-
tro? É o "sentir com", mostrando-se interessado pelo seu caso, e empenhado em ajudá-lo. Quais
os valores, crenças, conflitos íntimos e mágoas do aconselhado? O bom conselheiro mostra-se
sempre sensível a essas questões, capaz de entendê-las e comunicar eficazmente essa com-
preensão (por palavras gestos) ao aconselhado. Esta capacidade "de sentir com" o aconselhado
é que queremos dizer com compreensão empática correta. É possível ajudar as pessoas, mesmo
quando não entendemos completamente, mas o conselheiro que consegue estabelecer empatia
(especialmente no início do aconselhamento) tem mais probabilidade de tornar-se um ajudador
eficaz de pessoas. O aconselhado deve experimentar o alívio com o "desabafo".
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO
O aconselhamento é, primariamente, uma relação em que uma pessoa, o ajudador, busca
assistir outro ser humano nos problemas da vida. Podemos resumir algumas das técnicas mais
básicas utilizadas numa situação de ajuda.
1.Atenção
O conselheiro deve tentar conceder atenção integral ao aconselhado. Isto é feito mediante
(a) contato de olhos - olhar sem arregalar os olhos, como um meio de transmitir interesse
e compreensão;
(b) postura - que deve ser relaxada e não tensa;
(c) gestos naturais - mas não excessivos ou que provoquem distração.
O conselheiro deve ser amável, bondoso, fortemente motivado à compreensão. Ele deve
estar sempre vigilante- quanto a algumas distrações íntimas que nos impedem de oferecer
atenção integral: fadiga, impaciência, preocupação com outros assuntos, devaneios e in-
quietação. A ajuda às pessoas é naturalmente difícil, sendo uma tarefa exigente que en-
volve sensibilidade, expressões genuínas de cuidado e estar sempre vigilante para atender
a outrem tanto física como psicologicamente.
2.Ouvir
Isto abrange mais do que uma recepção passiva de mensagens:
Evitar expressões verbais (começar a falar antes da hora) ou não-verbais (com gestos faci-
ais, com barulhos), dissimuladas de desprezo ou juízo com relação ao conteúdo da história
do aconselhado, mesmo quando esse conteúdo ofenda a sensibilidade do conselheiro;
Aguardar pacientemente durante períodos de silêncio ou lágrimas, enquanto o aconselha
do se enche de coragem para aprofundar-se em assuntos penosos ou faz pausas para reunir
seus pensamentos ou recuperar a compostura;
Ouvir não apenas o que o aconselhado diz, mas aquilo que ele ou ela está tentando dizer
ou deixou de dizer;
Usar os dois olhos e ouvidos para captar as mensagens transmitidas pelo tom de voz, pos-
tura, e outras pistas não-verbais;
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3.Responder
Não se deve supor, porém que o conselheiro nada faz além de ouvir. Jesus era um bom
ouvinte, mas a sua ajuda também se caracterizava pela ação e respostas verbais específicas.
Deve-se:
Orientar - ajudar a pessoa se expressar melhor perguntando o que realmente ela quer di-
zer. Ex.: o que é isso para você?; você pode dar maiores detalhes?;
Refletir - refletir o sofrimento da pessoa (o que ela sente nós também podemos sentir) - "Eu
sei o que você está passando, realmente é difícil";
Perguntar e interpretar - Não perguntar quando a resposta é sim ou não. Com a pergunta
iremos atrás da necessidade da pessoa. Ao invés de perguntar por quê?, devemos pergun
tar "o quê?" - Ex.: Por que você fez isso?/O que levou você a fazer isso?
Confrontar - Pensamentos e comportamentos errados; falta de consistência entre o fazer e
o falar. Nunca devemos ser ásperos com alguém que se humilha. Com os que são duros,
perversos devemos ser firmes e mostrar o erro na Palavra - Sl 18.25-26 ;
Informar - ser diretivo (segundo a Palavra). Só não devemos ser quando a Bíblia não for.
Ex.: com quem se casar.
Apoiar - apoiar, não é concordar com o outro. É servir de suporte, dar encorajamento,
amá-lo no momento difícil. É dividir o fardo - Rm 12.15; é orar pelo aconselhado.
4.Ensinar
O conselheiro é um educador, ensinando através da instrução e orientando9 o aconselha-
do à medida que ele ou ela aprende a enfrentar problemas da vida. Da mesma forma que ou-
tros tipos pessoais de educação, o aconselhamento é mais eficaz quando as discussões são
específicas e não vagas, focalizando situações concretas em lugar de alvos nebulosos.
O PROCESSO DO ACONSELHAMENTO
TAREFA-DE-CASA NO ACONSELHAMENTO
As tarefas de casa capacitam as pessoas a estenderem o seu aprendizado para além das
sessões de aconselhamento e permitem ver e fazer além de ouvir.
Desde que o termo "tarefa-de-casa" geralmente faz pensar em algo monótono imposto
sobre um receptor rebelde, foi sugerido que "acordos-tarefas" poderia ser um termo melhor e
mais exato.
Processos no Aconselhamento
1) Atenção e Ouvir
Para tentar entender o que se está dizendo (a pessoa chega falando dos sentimentos erra
dos) - sintoma.
2) Perguntar e interpretar
É fundamental para identificar o comportamento e o pensamento errado.
3) Ensinar e informar
Para mostrar o padrão bíblico de comportamento e pensamento.
4) Exortar e confrontar - Para mudança de comportamento e pensamento. Confrontar o que
a pessoa pensa e faz com o que a Bíblia diz. Confrontar é o coração de tudo.
5) Apoio e Acompanhamento - Com encontros "semanais" para acompanhar o processo..., E
as tarefas de casa.
Obs.: Princípio da Responsabilidade: cada um deve se preocupar com o seu próprio erro. Não
se deve lançar a culpa sobre os outros. Devemos tratar sempre com a pessoa que nos procura!
a importância do conselheiro em conhecer a palavra para aconselhar - II Tm 2.15 ;
Cl3.16;
a Palavra é suficiente para mudar cada situação. Aquilo que sai da boca de Deus não volta
para Ele vazia - Is 55.10-11 Palavra de Deus. Mt 4: 4
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O CONSELHEIRO E O ACONSELHAMENTO
O aconselhamento, como é natural, pode ser um trabalho muito gratificante, mas não leva
tempo para descobrirmos que se trata de uma tarefa árdua, emocionalmente exaustiva. Ele
envolve concentração interna e algumas vezes nos faz sofrer, ao vermos tantas pessoas infelizes.
A MOTIVAÇÃO DO CONSELHEIRO
Por que você quer aconselhar? Alguns conselheiros cristãos, especialmente pastores, foram
praticamente obrigados a exercer essa ocupação devido às pessoas que os procuraram espon-
taneamente para pedir ajuda com seus problemas. Outros conselheiros encorajaram as pessoas
a procurá-los e talvez tenham feito um treinamento especial, baseados na suposição válida de
que o aconselhamento é uma das maneiras mais eficazes de servir aos outros. Como vimos, a
Bíblia ordena o cuidado mútuo e isto com certeza envolve o aconselhamento.
Quase nunca é fácil analisar e avaliar nossos motivos. Isto talvez se aplique especialmente
quando examinamos nossas razões para praticar o aconselhamento. Um desejo sincero de aux-
iliar as pessoas a se desenvolverem é uma razão válida para tornar-se um conselheiro, mas exis-
tem outras que motivam os conselheiros e que interferem com a eficácia de seu aconselhamen-
to.
1.Curiosidade
Necessidade de Informação - Ao descrever seus problemas, os aconselhados, no geral, ofere-
cem certas informações que não contariam a mais ninguém de outra forma. Quando o conse-
lheiro é curioso, ele ou ela algumas vezes esquece o aconselhado, pressiona para obter mais
detalhes e com freqüência não consegue manter segredo.
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É provável que todo conselheiro perspicaz experimenta por vezes tais tendências, mas não
deve ceder às mesmas. Quando a pessoa procura aconselhamento, está aceitando o risco de
compartilhar informação pessoal e entregar-se aos cuidados do conselheiro. Este irá violar esta
confiança e, portanto diminuir a eficácia do aconselhamento se a relação de ajuda for usada pri-
mariamente para satisfazer as necessidades do próprio ajudador.
A EFICÁCIA DO CONSELHEIRO
Todos sabem que algumas pessoas dão melhores conselhos que outras. Isto faz surgir uma
questão importante e fundamental. Todo cristão pode ser um bom conselheiro ou o aconse-
lhamento é um dom reservado para certos membros escolhidos no corpo de Cristo.
Todo pai tem a responsabilidade de ensinar seus filhos, mas apenas alguns são professores espe-
cialmente dotados.
Em Rm 12.8 lemos a respeito do dom da exortação, uma palavra cujo significado é "andar
ao lado para ajudar" e implica em atividades tais como advertir, apoiar, encorajar outros. Nós
claramente precisamos uns dos outros e o aconselhamento é uma parte - mas apenas uma parte
- da igreja em funcionamento.
O PAPEL DO CONSELHEIRO
O aconselhamento, especialmente o pastoral, torna-se às vezes ineficaz porque o conselheiro
não tem uma idéia clara do seu papel e responsabilidade. Devemos evitar a confusão de papéis
tais como:
A VULNERABILIDADE DO CONSELHEIRO
Alguns aconselhados têm o desejo consciente ou inconsciente de manipular, frustrar, ou
não colaborar. São pelo menos duas as principais maneiras em que as pessoas frustram o con-
selheiro e aumentam a sua vulnerabilidade (vulnerável = melindroso):
1.Manipulação
Os conselheiros manipulados geralmente têm pouca utilidade. Os indivíduos que tentam
manipular seu conselheiro quase sempre fizeram da manipulação um modo de vida. Eles agem
bem e com sutileza, mas não conseguem viver sem praticar o embuste e a arte de dominar.
Quando você suspeitar desse tipo de desonestidade e manipulação, é prudente conversar a
respeito com o aconselhado, esperar uma negativa da parte dele, e depois estruturar o aconsel-
hamento de modo a impedir manipulação e exploração do conselheiro no futuro.
2.Resistência
As pessoas algumas vezes buscam ajuda por desejarem alívio imediato da dor, mas quando
descobrem que o alívio permanente pode exigir tempo, esforço e maior sofrimento ainda, elas
resistem ao aconselhamento. O conselheiro continua aconselhando, o aconselhado finge colab-
orar, mas ninguém melhora. A resistência é uma força poderosa que quase sempre exige acon-
selhamento profissional em profundidade.
A SEXUALIDADE DO CONSELHEIRO
Sempre que duas pessoas trabalham juntas em direção a um alvo comum, surgem sentimen-
tos de camaradagem e cordialidade entre elas. Quando esses indivíduos possuem um estilo de
vida similar (ambiente semelhante), e especialmente quando são do sexo oposto, os sentimentos
calorosos quase sempre incluem um componente sexual. Esta atração sexual entre conselheiro e
aconselhado foi chamada de "problema ignorado por clérigos" (aqueles que pertencem à Igreja).
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Trata-se, porém de um problema que quase todos os conselheiros enfrentam, quer falem
ou não sobre ele com os outros.
O aconselhamento freqüentemente envolve a discussão de detalhes íntimos que jamais
seriam tratados em outro lugar - especialmente entre um homem e uma mulher que não são casa-
dos um com o outro. Isto pode despertar sexualmente tanto o conselheiro como o aconselhado.
O potencial para a imoralidade pode ser ainda maior se o aconselhado é atraente e/ou tende a
mostrar-se sedutor, se o aconselhado demonstrar que ele ou ela necessita realmente do consel -
heiro, e/ou se o aconselhamento envolver discussões detalhadas de informações sobre o des-
pertamento sexual. A atração sexual por um aconselhado é coisa comum e o conselheiro pru-
dente deve esforçar-se ao máximo para exercer autocontrole. Atitudes de cuidado:
Proteção Espiritual
A meditação sobre a Palavra de Deus, a oração (incluindo a intercessão de outros) e a con-
fiança na proteção do Espírito Santo, são elementos importantíssimos. Além disso, os consel-
heiros devem vigiar sua mente. A fantasia muitas vezes precede a ação e o conselheiro sábio cul-
tiva o hábito de não se demorar em pensamentos luxuriosos, mas focalizá-los naquilo que é ver-
dadeiro, respeitável, justo, puro... Fp 4.8
Estabelecimento de Limites
Quando a atração sexual se faz presente e é reconhecida, o conselheiro pode interromper
o aconselhamento, transferir o trabalho para outra pessoa, ou até mesmo discutir esses senti-
mentos com o aconselhado. Antes de qualquer coisa, porém, é melhor estabelecer certos limites
definidos, prescrevendo claramente a freqüência e duração das sessões de aconselhamento e
apegar-se a esses limites; recusar conversas telefônicas prolongadas; desencorajar discussões
detalhadas de tópicos sexuais; evitar o contato físico; e encontrar-se num lugar que desestimule
olhares eloqüentes ou intimidades pessoais.
Análise de Atitudes
Não existe proveito algum em negar os seus instintos sexuais. Eles são comuns, com fre-
qüência embaraçosos e bastante estimulantes, mas controláveis.
A ÉTICA DO CONSELHEIRO
Os problemas éticos surgem quando há conflito de valores e decisões diferentes devem ser
tomadas. Muitas, embora não todas, dessas decisões envolvem questões confidenciais. Ex.: Um
aconselhado confessa ter infringido a lei ou que pretende prejudicar alguém. Você conta à polí-
cia ou à vítima em potencial? A filha de um líder da igreja revela estar grávida e que pretende
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fazer um aborto. O que você faz com esta informação? Um aluno formado pelo seminário que
está buscando empregar-se como pastor, revela no aconselhamento que é homossexual ativo.
Como membro da igreja você revela isto ou não diz nada ao preencher um formulário de
recomendação?
O conselheiro tem a obrigação de manter em segredo as informações confidenciais, a não
ser quando haja risco para o bem-estar do aconselhado ou de outra pessoa.
Quando decisões diferentes precisam ser tomadas, os conselheiros têm a obrigação de dis-
cutir a situação confidencialmente com um ou dois conselheiros cristãos e/ou especialistas, tais
como um advogado ou médico que não precisam saber sobre a identidade do aconselhado, mas
que podem auxiliar nas decisões éticas. Tais decisões não são fáceis, mas o conselheiro cristão
obtém o máximo de fatos possíveis (inclusive dados bíblicos), confiando sinceramente em que
Deus irá orientá-lo, e em seguida toma a decisão mais sábia possível baseado na melhor evidên-
cia a seu dispor.
A Bíblia descreve Jesus Cristo como o Maravilhoso Conselheiro - Is 9.6 Ele é conselheiro
dos conselheiros - sempre disponível para encorajar, dirigir e conceder sabedoria aos ajudadores
humanos. Vale a pena dizer que o conselheiro cristão verdadeiramente eficaz é basicamente um
instrumento perito e disponível através de quem o Espírito Santo opera transformando vidas.
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AS CRISES NO ACONSELHAMENTO
Á medida que avançamos na vida, a maioria de nós tem um comportamento bastante con-
sistente. Como é natural, todos experimentamos altos e baixos espirituais e temos às vezes de
aplicar um esforço extra para tratar de emergências ou problemas inesperados, mas ao nos aprox-
imarmos da idade adulta, cada um de nós desenvolve um repertório de soluções de problemas
baseado em sua personalidade, treinamento e experiências passadas. Usamos repetidamente
essas técnicas e conseguimos assim enfrentar com sucesso os desafios da vida.
Surgem, porém, às vezes, situações mais graves que ameaçam nosso equilíbrio psicológi-
co. Essas situações, ou acontecimentos da nossa existência são também chamados de crises. Elas
podem ser esperadas ou inesperadas, reais ou imaginárias, factuais (como quando um ente queri-
do morre) ou potenciais (como quando parece que um ente querido possa vir a morrer logo).
A BÍBLIA E OS TIPOS DE CRISE
Grande parte da Bíblia trata de crises. Adão, Eva, Caim, Noé, Abraão, Isaque, José, Moisés,
Sansão, Jefté, Saul, Davi, Elias, Daniel e várias outras personagens enfrentaram crises que o
Velho Testamento descreve em detalhe. Jesus enfrentou crises (especialmente quando de Sua
crucificação) e o mesmo aconteceu aos discípulos, Paulo, e muitos dos primeiros crentes. Várias
das Epístolas foram escritas a fim de ajudar os indivíduos ou igrejas a enfrentarem crises, e
Hebreus resumiu tanto crises cujo final foi feliz como aquelas que resultaram em torturas, incrí-
vel sofrimento e morte.
Os escritores contemporâneos identificaram três tipos de crise, cada uma das quais contém
exemplos tanto modernos quanto bíblicos.
A Bíblia se refere a essas três crises e dá orientação tanto ao aconselhado como ao conse-
lheiro interessado em intervir nas crises, que devem ser compreendidas pelo conselheiro cristão,
antes de nos voltarmos para áreas problemáticas mais específicas.
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O FUTURO DO ACONSELHAMENTO
O aconselhamento foi dividido, em três áreas: terapêutica, preventiva e educativa. O acon-
selhamento terapêutico envolve a ajuda ao indivíduo, a fim de que ele trate dos problemas exis-
tentes na vida. O preventivo procura impedir que os problemas se agravem ou evitar completa-
mente a sua ocorrência. O aconselhamento educativo envolve a iniciativa por parte do consel-
heiro, no sentido de ensinar princípios de saúde mental a grupos maiores.
Nossos esforços educativos e preventivos nem sempre foram eficazes, nem os nossos obje-
tivos sempre claros, mas já existe dentro da igreja uma corrente de pensamentos que dá à edu-
cação um lugar de proeminência, o qual supera freqüentemente o aconselhamento terapêutico.
O aconselhamento cristão é uma tarefa difícil mas desafiadora. Ela envolve o desenvolvi-
mento de traços terapêuticos de personalidade, o aprendizado de habilidades, sensibilidade às
pessoas, compreensão do processo de aconselhamento, percepção dos perigos envolvidos,
familiaridade a nível profundo com as Escrituras, e sensibilidade à orientação do Espírito Santo.
O aconselhamento pode ser assunto para um livro, mas não pode ser aprendido completa-
mente num livro. Nós nos tornamos bons conselheiros cristãos mediante uma entrega a Cristo,
através do treinamento e da experiência de ajudar as pessoas com os seus problemas.
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Causas:
falta de revelação da libertação do poder do pecado (da cruz);
ignorância da palavra.
Identificações:
a) Sentimentos - culpa, solidão, distanciamento de Deus, condenação, acusação.
b) Comportamentos - foge das pessoas, de Deus, não ora.
c) Pensamentos - Deus está zangado, Deus não perdoa.
A) PROCESSO:
acusação
ferida não perdoada
mágoa, ressentimentos
amargura
ódio
quebra de comunhão e relacionamentos
possessão maligna.
a.1) Procedimentos:
Ex.: maçã cai e é ferida; mancha escura (estrago); apodrecimento:
tratar: perdão, reconstituição (cortar o mal pela raiz)
ferida - alimentar - acalentar em banho-maria com lembranças desagradáveis do passa-
do: palavra dura, ato de ingratidão, de esquecimento, etc. Isto se degenerará em amargura.
19
B) ASPECTOS DA AMARGURA:
Identificações:
b) Comportamentos
respostas ríspidas, críticas, privar o outro do seu afeto (indiferença), retribuição, vin-
gança, humilhar o outro, frieza, agressividade, fuga (isolar-se), desconfiança (traição),
contamina os outros.
c) Pensamentos
a mente é o campo de batalha. Sempre que ela se detém em lembranças desagradá-
veis, abre-se caminho para que a ferida se degenere em amargura.
20
Definição:
auto-imagem: auto-descrição;
auto-estima: auto-avaliação.
É o que pensamos ao nosso próprio respeito. O nosso auto-retrato exerce grande influên-
cia no nosso modo de pensar, agir e sentir; na nossa vida espiritual e emocional.
No aconselhamento bíblico devemos compreender e aceitar o ensino bíblico sobre o
valor humano, para vencermos a inferioridade e construirmos a nossa real auto-estima.
Afinal possuímos grande valor, significado e mérito por termos sido criados à imagem e
semelhança de Deus-Gn 1.26.
Orgulho - É um desejo exagerado de obter atenção e louvor de outros, de tomar uma posi-
ção superior a outras pessoas.
Humildade - É uma auto-avaliação correta. A pessoa humilde aceita suas imperfeições,
pecados, falhas, mas também reconhece os dons e habilidades concedidas por Deus. Não
representa autonegação ou rejeição dos pontos positivos que nos foram dados por Deus,
mas sim uma dependência agradecida ao Senhor. Ex.: Paulo que tinha consciência de seu
passado pecador e das imperfeições que ainda possuía, mas sua auto-imagem era realista,
não caracterizada por orgulho, mas por uma humilde avaliação do que Deus estava fazen-
do por seu intermédio - I Co 14.18 Auto-estima realista e humildade andam juntas.
21
Amor próprio
A Bíblia nos dá base para amarmos a nós mesmos. Esta não é uma atitude de superioridade,
orgulho egoísta ou auto-adoração, mas significa ver-nos como criaturas dignas, valorizadas
e amadas por Deus.
Causas:
Teologia Falha
As pessoas sentem-se inclinadas à inferioridade, onde a humildade é o mesmo que a auto
condenação ou que o amor próprio é pecaminoso. Supõe-se que a auto-estima é errada e
que nossos desejos e pensamentos devem ser crucificados. Tal ponto de vista parece espi-
ritual, mas na verdade sufoca os dons, habilidades, personalidades e criatividades que fo-
ram dadas por Deus - Ex 31.2-4, 6 (são ensinamentos dados a cristãos dedicados e sinceros).
Pecado:
Quando pecamos nos tornamos culpados, conseqüentemente, sentimos remorso, culpa e
decepção. Isto contribui para nossa inferioridade e destrói a nossa auto-estima.
Experiências Passadas
Fracasso rejeição e críticas. Não valho nada! Olha o que as pessoas pensam de mim! Estou
sempre fazendo tudo errado! Há um pensamento errado de que ninguém espera dele o
êxito. Por que tentar? Quando não tentamos, o fracasso é certo e a auto-estima é prejudi-
cada.
Ação dos Pais para com os Filhos
A auto-estima da criança é formada geralmente nos primeiros anos de vida. Ela não tem
uma imagem clara de si mesma e se enxerga através do espelho da avaliação de seus pais.
Sentimentos de inferioridade surgem quando os pais:criticam, # rejeitam, xingam, repetem
expressões que dizem que elas são - preguiçosas, incapazes, estúpidas; # estalecem normas
e alvos fora da realidade; # raramente elogiam, encorajam e dão apoio emocional; # evi-
tam acariciar, abraçar ou qualqur contato afetuoso; # super protegem os filhos fazendo-os
fracassarem mais tarde.
Carência:
Falta de amor, necessidades não supridas. Homem - (valor, de ser aprovado, respeitado);
mulher (aceitação, carinho, ser amada, protegida).
Falta de conhecimento:
(ímpio) e de revelação (crente) sobre o que somos em Cristo.
Identificações:
a) Sentimentos
inferioridade; incapacidade de superar suas deficiências; de defender-se; rejeição; ciúmes
(medo de ser traído); impotência; mal amada por Deus e pelos outros; insegurança; desâ-
nimo; medo; incredulidade; não gostamos do tipo de pessoa que somos; achamos que mais
ninguém gosta de nós, isso influencia no relacionamento com as outras pessoas.
b) Comportamentos
se fecha, fuga (dificuldade de convivência); melindre (tende a sensibilizar-se facilmente);
autocrítica (não se aceita); incapacidade de aceitar elogios; baixa autoconfiança; inclinação
para ser mal perdedor; ser escravo da opinião dos outros; atitude pessimista diante de si
mesmo e diante da vida; esforço para se tornar alguém, alguma coisa; dificuldade de amar
e aceitar os outros.
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c) Pensamentos
pensar em ser diferente do que é; que não vai dar nada na vida...; é pior que todos...;
ninguém gosta dele...; só faz coisa errada...; se alguém se importa com ele, se alguém pode
interessar nele...; e o que faz pode interessar á alguém...
d) Fundamento Bíblico
Não devemos nos ver como o diabo nos vê, nem como as pessoas nos vêem, mas devemos
nos ver como Deus nos vê -Sl 8.4-5; Jz 6.12-16; Ef 2.10; nós somos aquilo que pensamos,
que imaginamos, por isso devemos encher a nossa mente da Palavra. Ela é o campo de Ba-
talha- Pv 23.7 ; exortação ao orgulho - Rm 12.3 ; não é no natural que vamos elevar a nos-
sa auto-estima, não é pela justiça própria, mas pela justiça de Deus - Fp 3.4-14; exercer a
Palavra - Nm 13; auto-estima baixa por causa do físico - Sl 139.13-14.
e) Como Ajudar
a) estimular a se encher da Palavra para ser transformado por ela - II Co 3.8 (para ter reve-
lação da nossa própria imagem); Rm 12.2 (ser transformado pela renovação da mente);
b) ler, confessar a Palavra nos trechos que dizem que Deus nos ama; c) dizer que nós não
somos como uma foto que não pode ser mudada, mas temos acesso ao nosso retrato para
muda-lo desenvolvendo a nossa real imagem; d) assim como uma sombra escura distorce a
real visão de uma fotografia, uma boa iluminação produz uma boa fotografia. A luz de Deus
traz à tona a nossa real imagem; e) experiências passada s - mostrar que não somos prisio-
neiros do passado, o Senhor nos faz novos em cada situação; f) teologia falha - mostrar a
diferença entre inferioridade e humildade; que o amor próprio é aprovado por Deus e que
a autocondenação é destrutiva e errada aos olhos de Deus.
4- ANSIEDADE
Definição
É um sentimento íntimo de apreensão, mal estar, preocupação, angústia e/ou medo, pro-
duzindo uma reação física e psicológica. Pode ser: Doentia - aguda: repentina, de intensidade
grande e de pequena duração; Crônica - persistente, de menor intensidade e duradoura. Normal:
quando a ansiedade é proporcional ao perigo. Ex.: Noiva com os preparativos para o casamen-
to.
Causas
Ameaça: perigo - assalto, crime, doenças inexplicáveis; auto-estima - qualquer coisa que
ameace a nossa imagem; separação - pela morte, divórcio, mudanças.
Conflito: escolha - 2 coisas boas (empregos, namorados, etc); opção por uma coisa boa e
uma coisa ruim (emprego bom, mas tem que fazer treinamento fora); opção por duas coi-
sas ruins (ou fica com a dor ou opera - cirurgia de risco). Obs.: Ansiedade persiste até que
a escolha seja feita.
Necessidades insatisfeitas: não supridas - sobrevivência (comer, morar, vestir); segurança
(econômica e emocional); sexo (como um ser sexual); significado (ser algo, ter valor); auto-
realização (alcançar alvos satisfatórios).
Diferenças individuais - claustrofobia; hidrofobia, fobias. Aprendida: pais nervosos, mãe
tensa diante de um temporal; Doenças: úlcera, cólica; Conceitos teológicos: perda da sal-
vação fica tensa; Identificações; Sentimentos: temor, tensão, preocupação, apreensão, an-
gústia, medo; Pensamentos: depende da área - relacionar com sentimentos: "Não haverá
suprimento";
Deus se esqueceu de mim".
23
Comportamentos
impaciente, não consegue esperar Deus agir;
diante de um exame (reduz o nível de produtividade, habilidade de pensar ou lembrar);
fuga através do álcool, droga;
reação espiritual:
busca a Deus (ajuda); afasta de Deus (falta de tempo, para orar, ler a Bíblia).
Fundamento Bíblico:
Mt 6.27-34; Fp 4.4-9; I Pe 5.7; Sl 55.22.
Como Aconselhar
Demonstrar amor ao aconselhado
Identificar as causas (para depositá-las no altar do Senhor)
Encorajar e agir: depois de lançar fora a preocupação, deve-se entrar no descanso
(pela fé) Hb 4.11-12, 16
Dar apoio: marcar para estarem juntos para orar e conversar
5- DEPRESSÃO
Definição
É um estado emocional encontrado tanto em caráter temporário na pessoa normal que pas-
sou por uma grande "decepção" como na "profunda depressão suicida do psicótico". Exemplos
de depressão na Bíblia: Sl 88.3-5; 102-3-7
Causas
Físico-genéticos:
Origem física - falta de sono, alimentação imprópria, efeitos de entorpecentes, tumores
cerebrais, desordens glandulares, hipotálamo.
Ambientais
Rejeição dos pais, padrões elevados que os pais impõem sobre os filhos, levando ao fra
casso futuramente.
Incapacidade aprendida
Incapacidade em situações onde não se tem o controle, onde não se pode fazer nada. Ex.:
perda de um ente querido, câncer na família.
Pensamento negativo
Pensamento negativo; desânimo; prostração.
Tensão
Perda de emprego, posição, saúde, pessoas (devido a separações).
Ira - Mágoa - ira - vingança - ação destrutiva - depressão.
Obs.: tentativas de suicídio podem ser devido à chantagem psicológica.
Identificações
Sentimentos:
insuficiência, inutilidade, tristeza, pessimismo, desesperança, medo, insegurança, culpa,
vergonha, desamparo, apatia, inferioridade, ineficiência, desânimo, desencorajamento, des-
motivação, aborrecida com a vida, irrealização.
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6- NAMORO
Quando o namoro é prejudicial?
A impureza no namoro
a) Aconchego excessivo: o tempo de namoro (com o passar do tempo torna-se mais íntimo);
ficar sozinho (gera uma situação permissiva); namoro com ou sem beijo, abraço (geralmen-
te, demarcam-se áreas proibidas, no mais vale tudo) - obs.: o homem é excitado pelo que
vê e toca, a mulher pelo que ouve; namoro no escuro (fugir da aparência do mal) - se so-
mos seres espirituais, temos comunhão íntima com Deus, saberemos colocar limites.
b) Com as carícias vem o abrasamento.
c) O abrasamento sexual leva à masturbação.
d) Com a masturbação, inicia-se a entrega dos seios - Ez 23.3.
e) Próximo passo: ato sexual completo.
7- CASADOS - CASAMENTO
O papel da mulher
diante de Deus como esposa: auxiliadora idônea, companheira, estar lado a lado, servir
de suporte, tomar o seu devido lugar - Gn 2.18. Submissão: Ef 5.22 - Definição hebraica:
"Colocar-se debaixo da proteção de Deus". É uma atitude por obediência, resultado de
amor ao Senhor e ao marido. Não é inferioridade, mas o entendimento de que uma das
partes é designada para liderar (homem).
25
O papel do marido
Autoridade: I Co 11.3; Ef 5.25 (amar) - A autoridade que o homem tem que ter, tem co-
mo modelo Cristo, que amou, se dispôs a sacrifícios. A autoridade de Cristo está funda
mentada no seu sacrifício (é o fruto do sacrifício). Quando necessário, a autoridade deve
ser exercida rigorosamente, mas em geral não é uma exigência. Firmeza não significa im-
posição, dar ordens, é necessário agir com firmeza, gentileza e ternura, tratando a espo-
sa corretamente, como a parte mais frágil - I Pe 3.7. O marido como chefe espiritual da
família, deve ser o primeiro a se arrepender, a se humilhar, a pedir perdão. A autoridade
de Cristo está fundamentada no seu sacrifício (é o fruto do sacrifício). O Sustento: finan-
ceiro, espiritual (orar pela família, cobri-la).
Aspectos Fundamentais
Vida com Deus - Quando estamos mal com Deus, nosso casamento vai mal, a raiz de to-
dos os problemas está na desarmonia espiritual do casal: falta de cruz, de oração, papéis
espirituais invertidos, mulheres não submissas e maridos complacentes com erros da es-
posas. Deve-se desenvolver o crescimento espiritual individual e em conjunto.
Diálogo - Comunicação -Comunicar é transmitir uma mensagem de forma clara e simples.
O diálogo entre o casal é importante para tampar brechas, para impedir que o maligno
lance setas de desconfiança, raiva, ciúmes, crítica. Caso haja problema na comunicação
deve-se: ouvir até que a outra parte tenha acabado de falar; falar de forma a ser compreen-
dido pelo outro; testar o entendimento; haver perdão.
Criação de filhos - A auto-imagem da criança é formada nos seus primeiros anos. A sua
personalidade, por volta dos 4 ou 5 anos. Os pais têm a responsabilidade de amar, dar
exemplo, cuidar, ensinar e discipliná-los na admoestação do Senhor - Ef 6.4. Como ensi-
nar? Fazendo, sendo. Causas dos problemas na educação dos filhos: instabilidade no lar:
quando pais não estão se dando bem, os filhos sentem-se ansiosos, por sentirem a sua se-
gurança ameaçada e com medo de serem abandonados - a criança é o produto da atmos-
fera familiar; falha dos pais - abuso físico; falta de castigo (superproteção); necessidades não
satisfeitas: significado (sentir que é importante), segurança, aceitação, amor, disciplina,
necessidade de Deus.Quando as mesmas não são satisfeitas, o amadurecimento é prejudi
cado e freqüentemente surgem problemas;. Negligências espirituais: Sl 78.1-8
Ensinar às crianças a respeito de Deus para desenvolver nelas - a fé, a submissão a Ele, pa-
ra demonstrar sua fidelidade, bondade, misericórdia. Isso fará com que as crianças tenham
um referencial - Pv 22.6.
Disciplina - É bíblica - Pv 22.15, e vista como correção e não como castigo. A criança é o
resultado da disciplina. Ef 6.4 - A disciplina de um pai não pode ser baseada na opinião
pessoal, mas sim a Palavra de Deus - Pv 13.24 - a disciplina não pode ser dada por boca
somente.
Três elementos essenciais na relação pai-filho e mãe-filho - instrução (o que você diz);
influência (o que você faz); imagem (o que você é).
O sexo no casamento - o sexo: é bíblico, não é proibido - Ct 4 e 7; é um ato espiritual
(união) - I Co 6.16 ; foi criado por Deus para o prazer - Pv 5.18-19 ; foi feito para o casa
mento - I Co 7.4-5. causas dos problemas sexuais no casamento: má informação - algo
proibido, sem conhecimento sexual e casa-se, sem noção; pressa - para o ato sexual, requer-
se uma atitude relaxada, sem pressa; tédio - não desenvolve-se idéias novas para fazer
amor, pouco tempo gasto na estimulação que precede, descuida-se da aparência,
26
com isto, surgem os casos extraconjugais, na busca de alguém mais excitante e diferente...;
causas físicas - distúrbios endócrinos, obesidade, diabetes, enfraquecimento dos músculos
vaginais em mulheres que tiveram filhos; bloqueios psicológicos -dúvidas quanto a sexu-
alidade, medo: de ser interrompido em meio ao intercurso, de gravidez, de dor, conflitos
conjugais: brigas, ressentimentos. Efeitos dos problemas sexuais no casamento :
Incapacidade de realização, devido à: frigidez (incapacidade da mulher em experimen-
tar o prazer sexual na sua plenitude - orgasmo), impotência (incapacidade do homem de
chegar e manter ereção), ejaculação prematura (ejaculação do sêmen antes do ato sexual),
dispareunia: intercurso dolorido. Diminuição da auto-estima: especialmente nos homens.
Quanto o ato sexual não é satisfatório, geram dúvidas à competência sexual. Escolha de
substitutos: masturbação, sexo extraconjugal e infidelidade.
Prevenção:
Aconselhamento pré-nupcial - informações corretas sobre fisiologia e anatomia, educação
sexual - o quanto a Bíblia ensina sobre o sexo, ler livros: o Ato Conjugal, curso de noivos;
orientações sobre higiene pessoal, aparência física (uso de roupas íntimas, baby-dool, per-
fumes. Aconselhamento de problemas sexuais no casamento - compreensão e aceitação:
do problema existente, sem vergonha, culpa ou ansiedade, coletar informações sobre o
problema: ex.: qual a causa, etc...oferecer informações sobre a solução do problema:
Ex.: fornecer informações sobre ensino bíblico quanto ao sexo, técnicas de relação sexu-
al: é um processo de aprendizado, onde marido e esposa descobrem progressivamente
como dar prazer um ao outro; conversar com os mais próximos, colher informações; obs.:
mesmo que em outras áreas haja identificações (profissional, espiritual), o matrimônio fica-
rá incompleto e insatisfeito se a relação sexual for problemática. Orientações gerais:
comportamento diário (carinho, gentilezas, prestabilidade; banho, roupa íntima, perfume;
não interromper o processo sexual (desligue o telefone)..., momento do poslúdio: no tér-
mino da relação sexual, demonstrar um ao outro carinho e ternura.
8- LUTO
A morte e o luto são questões difíceis de enfrentar. O luto é uma experiência universal,
sentida por todos no decorrer da vida.
O sofrimento é uma resposta normal pela perda de um ente significativo.
Como cristãos nos consolamos com a certeza da ressurreição, mas isso não abranda o va-
zio e a dor. É um desafio ajudar as pessoas a tratarem com a morte.
O significado do luto
a) Para os incrédulos
A morte é o final de uma relação, sem qualquer esperança para o futuro.
b) Para o cristão
A morte não é o fim da existência, mas a entrada na vida eterna, onde estaremos para
sempre com o Senhor.
Dois tipos de tristeza
a) Tristeza normal
É chamada de "não complicada". Trata-se de um processo que segue um curso esperado
de + 3 anos para a restauração do bem-estar mental e físico. Envolve sentimento intenso
de: dor, solidão, ira, depressão, sintomas físicos, irritabilidade, desejo de falar considera-
velmente sobre o morto e sentimento de que a vida não tem mais significado.
27
b) Tristeza patológica
O sofrimento é intenso, demorado, resultando em escravidão à pessoa morta, o que im-
pede o indivíduo de enfrentar adequadamente a vida. Apresenta atitude de desânimo, de-
sesperança, culpa intensa, retraimento, melancolia, excesso de bebidas e ameaças de
autodestruição. A reação das pessoas depende de suas diferenças individuais de: persona-
lidade, ambiente, ciência religiosa, relacionamento com o morto e ambiente cultural.
Fundamento Bíblico
Is 61.1-3 (para os conselheiros); Ec 7.2; Fp 1.21, 23.
O céu - uma vida de:
comunhão - I Jo 3.2; Jo 14.3; Ap 22.4
descanso - Ap 14.13
pleno conhecimento - I Jo 13.12
santidade - Ap 21.27
gozo - Ap 21.4
serviço - Ap 22.3
abundância - Ap 21.6
glória - Cl 3.4
adoração - Ap 19.1; 7.0-12
Como Aconselhar
a) Luto Normal
É um processo de cura, em longo prazo, não precisa de ajuda especial, ele cuida de si
mesmo e com o tempo se recupera.
Medidas práticas:
Estar presente, disponível para oferecer ajuda prática como: preparo de refeições, cuidar
de crianças, isso libera a pessoa para entristecer-se;
Espere expressões de choro, ira ou retraimento;
Seja um ouvinte receptivo, atencioso;
Ajude o enlutado a tomar decisões;
Orar e consola-lo com a Palavra, mas não sufocar suas expressões de sofrimento;
O nosso apoio é no sentido de leva-lo a não evitar a realidade, ajuda-lo a atravessar o
processo de luto e retomar suas atividades normais.
b) Luto Patológico
Devemos transformar a reação anormal (patológica) em normal. Iremos ajuda-lo a evitar a
negação da perda e tratar com a realidade da mesma. Estimular a leitura de livros,encora-
jar questões práticas de: educação de filhos, necessidades financeiras. Somente o Espírito
Santo pode remover as cicatrizes, mediante oração. No geral, os enlutados não estão bus-
cando muitas palavras, mas sim, compreensão, contato e conforto - Rm 12.15.
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A morte obedece a uma cronologia. A pessoa caminha da saúde até a doença e da doença
até a morte. O paciente terminal pode ficar nesse estado durante minutos ou meses.
Ouvindo o P.T.
O P.T. sente-se necessitado por desabafar seus sentimentos. Existe um terremoto em seu
interior. Isto produz tensões, muita dor, desejo de gritar, chorar, etc.
O P.T. quer achar alguém que o escute, que o compreenda, que seja disponível (para es-
tar integralmente com ele).
Escutar é demonstrar atenção, usando declarações como:"entendo o que você quer dizer"
"continue"... Devemos demonstrar que queremos levar as cargas junto à ele.
Fundamento Bíblico
Versículos sobre cura - temos autoridade - Mc 6, 7, 13; Mt 10.8; Lc 9.1; Mc 16.18b
Is 53.4-5; Rm 8.18, 28; I Co 15.55, 57
29
10 - TRAUMAS EMOCIONAIS
Definição: o trauma é causado por uma agressão física ou psicológica, trazendo conse-
qüências sobre as pessoas.
Tipos de traumas
a) De mulheres que não são férteis, não geram filhos
ao descobrir suas infertilidades, se sentem culpadas e inadequadas. Devido às pressões fa-
miliares e sociais, sentem-se fracassadas e incompetentes sexualmente.
b) O estupro
Ocorre a "síndrome traumática do estupro". Há uma tensão aguda após o estupro. Pode
haver ira, medo, ansiedade, choque, autocondenação, preocupação com a segurança, cul-
pa por não ter lutado mais, no geral expressam choro, soluços, tensão e náusea.
Algumas mulheres acham que foram contaminadas e tornadas impuras. A partir disso sen-
tem: medo de ficar só; medo de sexo; sempre achando que tem pessoas atrás delas; mu-
dança no seu comportamento sexual.
c) Deficientes
Defeito ou prejuízo mental, físico ou emocional que prejudica a capacidade da pessoa
funcionar normalmente. Pais - é traumático descobrir que seu filho é deficiente. Há senti-
mentos de: culpa, rejeição, superproteção. Deficientes - aconselhá-los a encarar realistica-
mente seus problemas para vencer: rejeição social, culpa, frustração, ira, insegurança,
ansiedade, complexo de inferioridade.
Como aconselhar
Rm 8.26 - O Espírito Santo é nosso companheiro, que nos assiste em tudo!
a) Encarar os traumas de frente
Tg 5.16 - Alguns cristãos tentam reprimir seus sentimentos, negando suas dificuldades
(pensando que uma pessoa convertida não pode ter esse tipo de problema).
b) Perdoar os que estão envolvidos no problema
o importante não é o que aconteceu, mas como o aconselhado reage a estas experiências
traumáticas - Mt 5.43-44, 46, 48; não haverá cura dos traumas enquanto não houver per-
dão. A mágoa e o ódio são brechas para demônios.
c) Orar para que o Espírito Santo mostre a causa do problema
trazer luz sobre os traumas, para orar em cima das causas e renunciá-las.
Fundamento Bíblico
I I Co 12.7-10; 1.3-7; I Pe 1.5-7; Rm 8.28; Hb 12.11; Sl 119.71; Rm 5.3-5.
30
Introdução
Em nossa igreja e em nossas células sempre teremos problemas relacionados ao aconse-
lhamento e até mesmo à disciplina de algum membro. Muitas vezes um membro tomará a ini-
ciativa e procurará aconselhamento e orientação de seu líder. Mas nem sempre é isto o mais
comum. Muitas vezes na igreja, é necessário que o pastor, o discipulador ou o líder de célula
tome a iniciativa de procurar a(o) irmã(o) faltosa(o) para descobrir o que está acontecendo e para
que o problema seja orientado e resolvido. Estudar sobre como ajudar um irmão faltoso é um
tema muito relevante e necessário para que tenhamos saúde espiritual em nosso meio.
Não queremos desenvolver um espírito de censura gratuita, no qual enxerguemos sempre
o argueiro no olho do irmão antes da trave que está no nosso. Mas precisamos despertar um
senso de comportamento bíblico que faça justiça ao nome de Cristo e que não envergonhe o
Evangelho. Isso começa com o cuidado sobre a nossa própria vida e deve se estender para a
nossa célula, ministério e toda a igreja local.
O objetivo prioritário visado pelas palavras de admoestação deve ser encorajar os cristãos
imaturos a crescer para a maturidade. A disciplina, exercida com amor, pelas razões especifi-
cadas na Bíblia e com os objetivos que ela prescreve, deve ser exercida na esfera pessoal e ali
tudo se resolve. Os faltosos devem ser convencidos e ganhos para uma comunhão renovada Mt
18:15, Gl 6:1 e Hb 12:12,13. Mas que deverá ser levada para as autoridades superiores da igre-
ja, caso não se resolva.
a. a.
OO pecado
pecadonanaigreja entra
igreja emem
entra choque com
choque o seu
com caráter
o seu santo,
caráter masmas
santo, eleele
ocorre. NãoNão
ocorre. é negando
é ne-
a realidade de sua existência que resolvemos o problema. No versículo 1, ele diz:
gando a realidade de sua existência que resolvemos o problema. No versículo 1, ele diz:
“...há"...há
entreentre
vós imoralidade e imoralidade
vós imoralidade tal, como
e imoralidade nem nem
tal, como mesmo entreentre
mesmo os gentios...”.
os gentios...".
Ou seja, o queo estava
Ou seja, ocorrendo
que estava naquela
ocorrendo igrejaigreja
naquela chocaria até osaté
chocaria descrentes, mesmo
os descrentes, com com
mesmo
sua visão dissoluta.
sua visão dissoluta.
b.b.
Muitos
Muitospecados
pecados atingem
atingemumum estágio público
estágio e notório
público . Esse
e notório mesmo
. Esse mesmoversículo 1 começa
versículo 1 começa
com com
as palavras: “Geralmente, se ouve que há entre vós...”. A questão não era privada,
as palavras: "Geralmente, se ouve que há entre vós...". A questão não era privada,
de mais fácil fácil
de mais resolução e aconselhamento,
resolução mas já
e aconselhamento, se já
mas espalhara, chegando
se espalhara, até aoaté
chegando conhecimento
ao conheci-
de Paulo, que se encontrava distante.
mento de Paulo, que se encontrava distante.
c. c.
Acomodação
Acomodação e orgulho.
e orgulho. A falta dede
A falta ação revelava
ação acomodação
revelava acomodação da da
consciência individual
consciência e e
individual
coletiva ao pecado, em forma de rebeldia e soberba. No versículo 2, Paulo se espanta
coletiva ao pecado, em forma de rebeldia e soberba. No versículo 2, Paulo se espanta
que aqueles irmãos
que aqueles “... não
irmãos "...chegaram a lamentar”
não chegaram toda aquela
a lamentar" demonstração
toda aquela de vida
demonstração deem
vida em
pecado. Paulo diz ainda que eles se achavam “ensoberbecidos” , ou seja, se orgulhavam
pecado. Paulo diz ainda que eles se achavam "ensoberbecidos", ou seja, se orgulhavam
31
d. O perigo especificado. Paulo diz (vs. 6 e 7): “...Não sabeis que um pouco de fermento
leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois,
de fato, sem fermento.” A igreja era para ser “massa sem fermento” - pura. A admissão de
um pouco de fermento, apenas, atingiria toda a massa. Ou seja, deixar que o comportamen-
to incompatível com a fé cristã permaneça no seio da igreja, sem disciplina, significa
pôr em risco a saúde espiritual de toda a comunidade.
e. As marcas da Igreja. Paulo ensina (v. 8) que a igreja deve ser conhecida pela “...sinceri-
dade e verdade...” e não pelo “...fermento da maldade e da malícia”.
h. O objetivo
objetivo final
final -- Não
Não podemos
podemos esquecer
esquecer oo objetivo
objetivo final
final de
de Paulo
Paulo com
com aa disciplina,
disciplina, especi
especi-
ficado no versículo 5: “...a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus.”
ficado no versículo 5: "...a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus." Oobje- O obje
tivo eraera
tivo a salvação
a salvaçãodaquela
daquelaalma disciplinada.
alma EssaEssa
disciplinada. deve ser também
deve a nossa
ser também visão:
a nossa consciência
visão: cons-
daciência
necessidade da disciplina,
da necessidade dapercepção
disciplina,dos perigos da
percepção dossuaperigos
falta deda
aplicação,
sua falta apoio à sua
de aplicação,
aplicação correta no caso de comportamento anticristão contumaz, oração
apoio à sua aplicação correta no caso de comportamento anticristão contumaz, oração e desejo de arrepen-
e
dimento
desejo pelo disciplinado. pelo disciplinado.
de arrependimento
Jesus Cristo, em Mateus 18.15-22 , ensinou de uma forma bem detalhada e inteligível, os
passos necessários para o exercício da disciplina na igreja. O texto de Mateus 18.15-22, diz o
seguinte:
Se teuSeirmão pecar pecar
teu irmão contracontra
ti, vai ti,
argüi-lo entre tientre
vai argüi-lo e eletisó. Se ele
e ele só. te
Seouvir,
ele teganhaste a teu irmão.
ouvir, ganhaste a teuSe,
porém,
irmão. Se,nãoporém,
te ouvir,
nãotoma aindatoma
te ouvir, contigo
aindauma ou duas
contigo umapessoas,
ou duaspara que, pelo
pessoas, paradepoimento de duas
que, pelo depoi-
ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender,
mento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize- dize-o
ào igreja; e, se
à igreja; e, recusar
se recusarouvir também
ouvir também a igreja, considera-o
a igreja, considera-ocomo gentio
como e publicano.
gentio Em verdade
e publicano. Em ver-vos
digo
dadeque vos tudo
digo oquequetudo
ligardes
o que naligardes
terra terána sido
terraligado nos ligado
terá sido céus, enos
tudo o que
céus, desligardes
e tudo na terra
o que desli-
terá
gardessido
nadesligado
terra teránossidocéus. Em verdade
desligado nos céus.também vos digo
Em verdade que, sevos
também doisdigo
dentre
que,vós, sobre
se dois a terra,
dentre
concordarem
vós, sobre a terra,a respeito de qualquer
concordarem coisa que,
a respeito de porventura,
qualquer coisa pedirem, serlhes-á concedida
que, porventura, pedirem,por meu
ser-
Pai,
lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos no
que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou
meio
em meu deles. Então,
nome, Pedro,noaproximando-se,
ali estou meio deles. Então, lhe Pedro,
perguntou: Senhor, até lhe
aproximando-se, quantas vezes meu
perguntou: irmão
Senhor,
pecará contravezes
até quantas mim, quemeueuirmão
lhe perdoe?Até
pecará contrasete vezes?
mim, que eu lhe perdoe?Até sete vezes?
Respondeu-lhe
Respondeu-lhe Jesus: Jesus: Não
Não tete digo
digo que
queatéatésete
setevezes,
vezes,masmasatéatésetenta
setentavezes
vezessete.
sete.
PASSO 1
Os passos ensinados pelo nosso Senhor Jesus Cristo, para aplicação em nossa vida comu-
nitária, como membros da igreja visível, são esses:
Contato
Contato individual,
individual, pessoa
pessoa a pessoa
a pessoa . EmMtMt18.15
. Em 18.15, “Seteu
lemos:"Se
, lemos: teuirmão
irmãopecar
pecarcontra
contrati,
ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu
vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão".irmão”.
Não devemos esperar que a parte ofensora venha pedir perdão, quando pecar contra nós.
Jesus nos ensina que nós, quando ofendidos, devemos tomar a iniciativa para ter uma conversa
discreta e individual com o nosso ofensor. Essa admoestação, em si só, já é importante para o
nosso crescimento em santificação. Abordar o ofensor vai contra o nosso orgulho, mas é uma ati-
tude típica da humildade que Cristo requer de nós, como cristãos.
Cristo não oferece garantias de que teremos sucesso, mas se o ofensor der ouvidos à nossa
admoestação individual, ganharemos o irmão, no sentido em que o impediremos de cometer
pecados mais sérios contra ou-tros, bem como construiremos um relacionamento mais sólido,
em Cristo, com aquele irmão ou irmã.
33
Aplicação prática:
Aplicação
Sempre queprática:
virmos ou soubermos que um irmão ou irmã está em pecado, mesmo que
nos constranja, que
Sempre virmospor
devemos, ouobediência
soubermosaque um
Deus irmão
e por ou ao
amor irmã está em
faltoso, pecado,
tomar mesmopara
a iniciativa que
nos conversa
uma constranja, devemos,
direta porouvir,
a fim de obediência a Deus
repreender e por amor
e orientar, ao faltoso,
cobrando tomar a ou
a mudança iniciativa para
conserto.
uma conversa direta a fim de ouvir, repreender e orientar, cobrando a mudança ou conserto.
PASSO 2
ContatoContato
com dois comoudois
três.ou
O três.
versículo 16 aprofunda
O versículo o contato
16 aprofunda e o envolvimento
o contato corporativo
e o envolvimento corpora-
no processo de disciplina. Ele deve ocorrer se o contato individual for infrutífero,
tivo no processo de disciplina. Ele deve ocorrer se o contato individual for infrutífero, se o irmão se o irmão
ou
ouirmã
irmãnãonãoder
derouvidos
ouvidosà àabordagem
abordagemprescrita
prescritaanteriormente.
anteriormente.OO v. v.
1616diz: “Se,
diz: porém,
"Se, porém,não nãote te
ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento
ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três de duas ou três
testemunhas,
testemunhas,toda todapalavra
palavraseseestabeleça”.
estabeleça" .Quando
Quandoééaahora horacerta
certade depassar
passardodopasso
passo11ao aopasso
passo
2?2?Devemos
Devemos pedir a Deus discernimento e sabedoria para ver quando não há mais progressono
pedir a Deus discernimento e sabedoria para ver quando não há mais progresso no
contato individual e está caracterizado que a parte ofensora não “quer ouvir”.
contato individual e está caracterizado que a parte ofensora não "quer ouvir". Nesse caso, a Nesse caso, a
abordagem
abordagemdeve deveserserexercida
exercidacom commais
maisuma
umaou ouduas
duaspessoas,
pessoas,como
como“testemunhas”.
"testemunhas".SerãoSerãoteste-
teste-
munhas do problema ocorrido, ou testemunhas do contato que está sendo
munhas do problema ocorrido, ou testemunhas do contato que está sendo realizado? Creio que realizado? Creio que
não
nãosãosãotestemunhas
testemunhasdo doproblema,
problema,pois poisseseo ofossem
fossema aquestão
questãojájáseria
seriapública
públicae enão
nãolimitada
limitada àsàs
duas pessoas, como indica o v. 15. São pessoas que deverão testemunhar
duas pessoas, como indica o v. 15. São pessoas que deverão testemunhar e participar e participar do encamin-
encami-
hamento do processo de disciplina, da exortação, do aconselhamento,
nhamento do processo de disciplina, da exortação, do aconselhamento, objetivando que objetivando que o faltoso
o fal-
“ouça”.
toso "ouça".
Aplicação prática:
Se o faltoso não te ouvir, leve o caso ao conhecimento de seu supervisor ou pastor para
que os dois agora o abordem, orientem e cobrem a mudança ou conserto.
PASSO 3
Contato com a com
Contato Igreja. O versículo
a Igreja. 17 apresenta
O versículo uma mudança
17 apresenta uma mudançaenormeenorme
no encaminhamento
no encaminhamen-
da
to questão. O faltoso
da questão. recusou
O faltoso a admoestação
recusou individual
a admoestação e a conjunta
individual de dois
e a conjunta deou trêsou
dois membros.
três mem-
bros. Jesus, então, determina: "... se ele não os atender, dize-o à igreja...". O "dizer à, igreja" ,
Jesus, então, determina: “... se ele não os atender, dize-o à igreja...”. O “dizer à igreja”
em
emumaumaestrutura
estruturacongregacional
congregacionalcomo comoa anossa,
nossa,significa
significarelatar
relatarà Assembléia, ouou
à Assembléia, seja, à igreja
seja, à igreja
reunida.
reunida.
A continuidade da frase, neste mesmo versículo, mostra que o propósito de "dizer à igre-
ja" continua sendo o da admoestação. Não é só uma questão de veicular notícias, mas a de visar
a exortação do ofensor, que agora será feita "pela igreja", ou pelos representantes constituídos
e eleitos por ela. Infelizmente, muitos pecados públicos e já amplamente divulgados no seio da
comunidade só são tratados a partir deste estágio.
Muitas vezes aqueles mais próximos ao faltoso deixaram de aplicar os passos 1 e 2, ao
primeiro sinal da ofensa. Humanamente falando, quem sabe pecados maiores não teriam sido
evitados se a abordagem individual, prescrita por Jesus, tivesse sido realizada.
Aplicação prática:
No caso extremo de o irmão faltoso se recusar a ouvir os líderes, o pastor irá comunicar
o problema para a igreja, com as testemunhas dos passos 1 e 2 ao seu lado, para que a igreja
toda admoeste e repreenda ao irmão ou irmã faltosa, para que este se arrependa e mude.
34
PASSO 4
Exclusão. No final
Exclusão. No do versículo
final 17 Jesus
do versículo 17 diz “...se
Jesus diz recusar ouvir também
"...se recusar a igreja,
ouvir também considera-
a igreja, consid-
o como gentio e publicano” . A recusa no atendimento às admoestações, a atitude
era-o como gentio e publicano". A recusa no atendimento às admoestações, a atitude de de
arrogância e desafio às autoridades, retratada em 2 Pe 2.10-11 e Judas 7-8 , devem levar o faltoso
à exclusão da igreja visível. Ele (ou ela) deve ser considerado como um descrente "gentio" e
deve ser cortado da comunhão pessoal da mesma forma como os coletores de impostos "publi-
canos" eram desprezados pelos judeus. Somente evidências de arrependimento e conversão real
poderão restaurar essa comunhão cortada pela disciplina.
Com essa exclusão vão-se também os privilégios de membro, como a participação na Santa
Ceia, e os demais. Jesus demonstra a necessidade de respaldar essa drástica atitude na sua
própria autoridade e na do Pai. Isso ele faz nos vs. 18-19 , mostrando o seu acompanhamento e
o do Pai, nas questões da igreja que envolvem a preservação de sua pureza. Ele fecha essas
instruções com a promessa de sua presença na congregação do povo de Deus (v. 20). Essas são
palavras de grande encorajamento para que a igreja não negligencie a aplicação do processo de
disciplina em todos esses passos.
a. A disciplina deve ser aplicada contra os que causam dissensão e divisão . Paulo, em Tito
2.15-3.11, Paulo está exortando a Tito para que exerça sua autoridade, como líder da igre
ja, ensinando, exortando e repreendendo os membros da igreja para que não sejam difa-
madores e briguentos. Antes, devem ser obedientes, cordatos, corteses, não somente para
com os crentes mas para com os descrentes também. Ele lembra a Tito e a nós que carac-
terísticas condenáveis já fizeram parte da personalidade e do modo de vida de muitos de
nós, antes da salvação, mas pela graça e misericórdia de Deus fomos regenerados pelo Es-
pírito Santo e transformados para as boas obras. Devemos, portanto, evitar discussões fú-
teis e sobre assuntos secundários que não levam a lugar algum. A pessoa facciosa, que
quer causar divisão, deve ser admoestada uma e duas vezes, mas depois disso deve ser evi-
tada, ou seja, excluída, por recusar as advertências e por preferir viver em pecado.
b. Os que ensinam doutrinas falsas, bem como os que as praticam, devem ser disciplinados .
Novamente, Paulo, em Ro 16.17-20, ensina que a igreja deve afastar os que causam divi-
sões e escândalos, em desacordo com a doutrina por ele ensinada. Paulo especifica o peri-
go existente nas palavras daqueles que procuram os seus próprios interesses, mas falam
suavemente, com palavras de elogio, enganando o coração dos incautos. No livro de
Apocalipse, 2.12-16, João registra as palavras de Cristo, advertindo a Igreja de Pérgamo, e
a todas as nossas igrejas (2.17), contra aqueles que procuram incitar o povo de Deus a práti
cas contraditórias à fé cristã. A menção à doutrina de Balaão, no v. 14, identifica o ensina
mento dos que possuem motivos pessoais, rasteiros, aqueles que, mesmo com linguajar
que aparenta honrar a Deus, não estão preocupados com a santificação da igreja, mas se
empenham em destruir as linhas demarcatórias de comportamento que identificam o povo
35
c. A disciplina deve ser exercida com precaução e deve ser divulgada. Em 1 Tm 5.19-22,
temos o ensinamento de que as denúncias devem ser substanciadas, não aceitas leviana
mente. Cautela é prescrita especificamente para as denúncias contra os líderes da igreja (v.
19 - "duas ou três testemunhas"), mas o princípio de que deve haver substância e provas,
nas denúncias, é genérico. O outro ensino deste trecho é que a disciplina dos que "vivem
no pecado" (v. 20) se exerça "na presença de todos". Isso significa que ela não deve ser
alvo de uma resolução velada. Paulo dá uma razão para isso - "para que também os demais
temam". A disciplina tem essa característica didática de proclamar e provocar o temor do
Senhor, livrando membros do pecado para uma vida em santidade e conformidade com a
pureza de Cristo.
Conclusão
Vivemos em uma era sem restrições e sem limites. Muitos estão se convertendo a cada
dia e precisamos estar preparados para ajudá-los neste processo de transformação e crescimento
espiritual.
Ele estará sendo ensinado e necessitará de algum tempo para assimilar os ensinos e
mudanças operadas por Deus e Sua Palavra. Não podemos cobrar de bebês espirituais uma con-
duta irrepreensível de adulto. Mas com o passar do tempo, é necessário um acompanhamento e
166 Aconselhamento Cristão
incentivo para as mudanças e reparações inerentes ao amadurecimento da fé e da prática cristã.
Vivemos em uma era sem restrições e sem limites. Muitos estão se convertendo a cada
dia e precisamos estar preparados para ajudá-los neste processo de transformação e crescimento
espiritual.
Ele estará sendo ensinado e necessitará de algum tempo para assimilar os ensinos e
mudanças operadas por Deus e Sua Palavra. Não podemos cobrar de bebês espirituais uma con-
duta irrepreensível de adulto. Mas com o passar do tempo, é necessário um acompanhamento e
incentivo para as mudanças e reparações inerentes ao amadurecimento da fé e da prática cristã.
Com o irmão mais maduro, a disciplina não pode ser negligenciada. Muitos questionam
a legitimidade da sua aplicação - "com que direito?" Outros se revoltam quando a recebem. É
preciso que saibamos que o direito e a autoridade da disciplina procedem do Senhor da igreja,
que a comanda. É preciso que nossos olhos sejam abertos para que verifiquemos que a rejeição
da disciplina é um grande mal. A recusa de sua aceitação ou a revolta por ela significa agir con-
tra o objetivo maior, que é o reconhecimento do pecado, o arrependimento sincero e a restau-
ração à plena comunhão da igreja visível.
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VINGANÇA VIOLÊNCIA
Dt.32:35 e 43 Sl.11:5
Pv.20:22;24:29 Pv.10:6;21:7
Lc.18:7-8
Rm.12:17-19
Hb.10:30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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