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Com imensa alegria apresentamos redesenhar o formato e a estrutura misturam às biografias de moradores
a segunda edição do jornal O Olhar atual, cujo projeto gráfico foi obra e trabalhadores desse território, como
dos vizinhos no jornal da zona, também de um vizinho, Augusto Dona Marly, atendente da Flórida
uma produção coletiva das pessoas Batista, frequentador assíduo do café. Restaurante desde 1981, que concedeu
envolvidas no programa Vizinhos do entrevista a Bruna Camargos; ou na
MAR, especialmente daquelas que O Café com vizinhos vem se memória de Iyá Davina, resgatada
fotos : : B e n oit Four n ie r
frequentam o Café com Vizinhos – estabelecendo também ao de um passado mais distante pela Com origem nas inquietações dos
encontro comunitário mensal, ícone longo do tempo como espaço de matéria de Luzia Rocha; no texto vizinhos em torno da relação entre
e principal ferramenta do programa, reconhecimento da comunidade de Norton Tavares, sobre as Docas arte, natureza e vida, a oficina Folha
cujas ações buscam estabelecer uma pela própria comunidade – não Pedro II, hoje conhecidas como o sobre Folha foi pensada como um
plataforma de diálogo, experiência apenas de relação com o MAR –, de Galpão da Cidadania; no glossário dispositivo de compartilhamento de
e ação conjunta entre o MAR, fortalecimento dos vínculos entre do livro Memórias de um sargento memórias. Num primeiro momento,
moradores, coletivos e instituições os moradores da região, de apoio, de milícias, de Manuel Antônio de quando nós, os educadores do MAR
da região portuária. compartilhamento e visibilidade das Almeida, e na história da fusão dos André Vargas, Bruna Camargos
inúmeras ações sociais e projetos bairros que formam a região, como e Gabriela Cyrne, nos reunimos
Nesse sentido, não é por acaso que culturais que têm lugar nessa constam nas matérias assinadas por durante o planejamento pedagógico,
iniciamos esse número do jornal vizinhança, conhecida também Paula Carriconde, a maior entusiasta nossa ideia estava atrelada ao ato
com a matéria da oficina Folha sobre como a Pequena África. do jornal! de caminhar, coletar e observar o
Folha, proposta dos educadores do cotidiano da rua na relação com
MAR André Vargas, Gabriela Cyrne Como não podia deixar de ser, Se historicamente a Pequena África folhas, plantas, Pancs (plantas
e Bruna Camargos. Os registros a efervescência da região fica está marcada por sítios de dor como alimentícias não convencionais)
dessa oficina, usados inclusive na evidente nas páginas do jornal, o Cais do Valongo, por onde milhões e outras ervas daninhas. O
capa do jornal, apresentam de forma seja na trajetória da Sociedade de africanos trazidos à força de suas recorte conceitual estava na não-
poética a dinâmica desses encontros Dramática Particular Filhos de terras chegaram ao Brasil para serem hierarquização dos saberes ou outro corpo enquanto os vizinhos do seguida essa memória expressa no
e introduzem o leitor nas trocas Talma, apresentada por Ricardo escravizados, é também a partir dessa submissão das plantas apenas aos MAR estivessem tomando o seu café. papel deveria ser trocada com outro
que têm lugar naquele contexto. Lens; na narrativa de Albino Neto região que a cultura desses africanos seus usos normalizados. Nosso Assim, o ato de fazer e experimentar participante. Com o registro do outro,
No café são deliberadas quase todas sobre o famoso acarajé feito por Leila em diáspora se enraizou em solo querer estava envolto pelo princípio as formas das folhas constitui-se a próxima ação estava na gravura,
as ações do Vizinhos do MAR: Leão na Casa Omolokum; ou em brasileiro e – conectada à herança dos democrático e pela valorização da como um elemento possível. um exercício de transferência da
são planejadas e realizadas visitas, projetos como o Galeria Providência povos indígenas – nos deu a seiva da memória ordinária, construindo um forma das folhas. Tinta, plantas e
oficinas, conversas protagonizadas e o Impacto das cores, mobilizados nossa brasilidade. Esse número do processo em que todos pudessem A mesa foi montada com variedades imaginação caminhavam juntas no
por vizinhos e convidados, encontros por Hugo Oliveira e Aline Mendes, jornal, feito com a colaboração de participar. O desafio era a própria de folhas de cheiro, exalando processo plástico em que palavra,
com artistas e curadores, entre outras respectivamente, jovens moradores muitas pessoas, vem também celebrar diversidade dos participantes, um perfume que invadia a sala papel, memória, adquiriam, então,
experiências. No café surgiu a ideia do Morro da Providência. essa conexão-seiva (como se lê no suas diferentes trajetórias, idades, e os corredores do museu. O uma dimensão coletiva. Ao final
de fazer o jornal, cujo primeiro desenho que está na capa do jornal), mobilidades. O tempo de duração da primeiro impacto era olfativo e do processo de gravura, a folha
número foi publicado em abril de A vida no Morro do Pinto também que na região afirma a sua vitalidade a oficina e o próprio ato de caminhar logo em seguida a visualidade deveria retornar para o participante
2018 no contexto das comemorações foi retratada nesta edição por um despeito de todas as adversidades! poderiam ser fatores limitantes das folhas frescas e secas evocava que escreveu a palavra. Em roda,
do aniversário de cinco anos do conjunto de fotografias feitas por para alguns sujeitos. Assim a ideia uma experiência das cores. Cada os participantes deveriam revelar,
MAR. Também no café formamos a Sandro Rodrigues, cria da região, Boa leitura a todos! E que venha o inicial foi se transformando, o que participante deveria escrever em já com as suas várias camadas, a
comissão editorial responsável por que inaugurou a seção “Ensaio”. próximo número! seria fora foi para dentro, o que seria uma folha de papel uma palavra memória disparadora da ação. Os
esta edição do jornal, avaliamos erros Nas páginas do jornal, a história e as caminhando tornou-se sentado, que expressasse uma lembrança registros a seguir resultam dessas
e acertos do primeiro número para transformações da região portuária se Izabela Pucu mas permaneceu o desejo por um do contato com a natureza, e em narrativas.
Niara do Sol hortelã... Hoje eu tenho uma mini no interior de Minas Gerais, era
Palavra : PERSISTÊNCIA florestinha lá. Eu levei tudo o que muito movimentada por pessoas
Essa palavra se refere a minha foi plantado aqui no Museu de querendo a cura, um remédio.
família e ao todo. Quando eu Arte do Rio na época da exposição
era pequena meu avô dizia que tinha o mesmo nome que Celina Rodrigues (Mãe Celina de
“persistência”, dizia que nós minha horta, plantei lá e continuo Xangô)
estávamos vivos porque éramos plantando a cada dia mais, lá têm Palavra : CURA
tão persistentes quanto a natureza. batata-doce roxa, batata-doce Eu também coloquei a palavra cura
Somos indígenas, ele nos levava amarela, hibisco, eu faço geleia porque lá em casa eu fui criada por
na beira do rio, há quase setenta com o que a minha horta oferece. três mulheres fortes, minha mãe,
anos atrás, e dizia que o que estava minha avó e minha bisavó. Lá em
ali persistia na vida mesmo com Eliana Rosa casa também não entrava alopatia,
o homem tentando destruir. Palavra : CURA nós fomos criadas à base de ervas.
Ele levava a gente na montanha A minha mãe era curandeira, Eu tenho uma filha de 33 anos
e falava a mesma coisa. Passa a quando eu entrei aqui e vi essas e uma neta que são criadas com
vida, a gente estuda, faz novos plantas em cima da mesa fui ervas até hoje, eu fui criada pelas
conhecidos, amigos, hoje eu olho remetida a minha infância. Na ervas, eu fui curada pelas ervas e
para a minha horta Dja Guata Porã minha casa não entrava remédio crio com as ervas. Então eu vim lá
e vejo que venceu na persistência, de farmácia, essas ervas nós de trás, lembrando da minha bisa
porque quando eu fui morar tínhamos no quintal de casa, mas que era analfabeta mas tinha uma
naquele condomínio, Minha Casa para curar mesmo nós íamos para sabedoria ancestral, ia no mato,
Minha Vida, disseram para mim o cerrado, lá existiam plantas não sabia nem o que era, mas sabia
que não dava para plantar nem completamente diferentes de tudo que aquela erva ia fazer um bem
mesmo uma roseirinha, uma o que a gente conhecia. Minha casa, para algum de nós.
MORRO DO PINTO
Ribeiro, onde se torna Mãe terreiros de candomblé do Rio Mãe Meninazinha segue o legado
Pequena da Casa, e depois de Janeiro, tais como: Terreiro deixado por sua avó no Ilê Omolu
para Mesquita, onde funda Bate Folha de João Lessengue; Ilê Oxum no bairro de São Mateus em
Sandro Rodrigues
a Casa Grande de Mesquita Axé Opô Afonjá (Mãe Agripina); São Jõao de Meriti.
(primeira comunidade/ terreiro Terreiro de São Gerônimo e Santa
de candomblé da Baixada Bárbara (Mãe Senhorazinha) e o Iyá Davina, assim como as outras
Fluminense). Em 1950, após o Ilê Nidê de Seu Ninô D’Ogum. Matriarcas, exerceu sua atividade
falecimento de Tia Pequena, de acolhimento aos seus e aos
torna-se a última Yálorixa da Casa. Em 1960, iniciou sua neta carnal necessitados. Assim como as
Iyá Davina sempre continuou Mãe Meninazinha de Oxum e outras, foi uma lutadora pelas suas Na zona portuária do Rio de
exercendo a sua atividade acolheu as iniciações de seus raízes religiosas e exerceu muito Janeiro, o Morro do Pinto
“consular”, recebendo e acolhendo outros filhos e filhas carnais da sua força feminina, propagando permanece praticamente
seus irmãos de fé. Nair D’Oxaguian, Tia Neném de para seus herdeiros a luta contra a desconhecido, apesar de toda a
Xangô, Tio Nozinho, Tia Roxinha intolerância religiosa e com todas efervescência em torno da região.
Iyá Davina possuía inúmeros e de seus netos e netas. as minorias, já propagada em seu
filhos pequenos em outros tempo e, infelizmente, ainda Ocupado desde os tempos coloniais,
terreiros, como nas Casas de Seu Iyá Davina faleceu em 1964 aos existente hoje. suas ruas, ladeiras e arquitetura
Tata Fomotinho (terreiro Kwé 84 anos. A jovem Meninazinha, guardam ainda hoje muito das
Cejá Nassô no Santo Cristo) e de agora Mãe Meninazinha, herda Portanto, encerro com as sábias tradições dos diversos elementos
Seu Ciriaco, também conhecido o assentamento de sua avó e em palavras de Mãe Meninazinha de constituintes da nossa sociedade.
Oxum: “Aos olhos dos Orixás
somos todos iguais”.
Como um tesouro a ser descoberto,
este pedaço da cidade é uma joia de
Bibliografia:
cuja existência poucos sabem.
NASCIMENTO, Maria do. História
de uma Meninazinha: O Legado Parafraseando aquele antigo rap,
Ancestral. Rio de Janeiro: Edição do vai que tu vai ver tu não vai mais
Autor, 2015. querer descer.
www.ileomolueoxum.org
___________
1 Texto originalmente publicado na página do
GRES Feitiço do Rio, em 16 de outubro 2018.
Disponível em: https://www.facebook.com/
feiticodorio/
CASA OMOLOKUM
Então, além de valorizar a cultura alimenta corpo e alma.
Não é um restaurante e sim um afro-brasileira, que era o nosso
espaço de vivência que vai desde o objetivo, o evento fazia circular A casa tem mais de quinze pratos,
Albino Neto entrevista Leila Leão aroma até o sabor da comida, o som dinheiro entre estes grupos. entre eles o acarajé, que é o queridinho
dos tambores, as cores das roupas e dos clientes. Por causa dele temos
fios de conta e todo o universo que se Posteriormente abrimos a Casa o Festival de Acarajé todo segundo
cria no espaço. Apesar de não ser uma Omolokum, espaço de vivência domingo do mês das 13h às 18h, com
casa religiosa, transmite toda a cultura localizado na Pedra do Sal, lugar muito acarajé e sabores variados
do candomblé, religião da qual eu, de grande força ancestral e de axé. de vatapá, como camarão, peixe,
chef e dona da casa, sou ativamente A casa abre em baixa temporada, bacalhau e frango, além de uma
participante e na qual fui iniciada de abril a outubro, todo domingo opção vegana. Neste dia, a casa tem
desde os catorze anos de idade. de 13h às 18h. Entre novembro e shows e expositores em uma grande
março, aos sábados e domingos das celebração da cultura afro e ancestral.
O projeto Omolokum nasceu 13h às 18h e, às segundas, das 19h
há cinco anos com a união de às 23h. Em outros dias da semana é Mais que resistir, a proposta da casa
meus trabalhos com o músico possível fazer reservas comigo para é existir e ser um ponto de encontro
percussionista Bruno Oliveira, meu grupos e festas com 48 horas de de irmãos e de todo aquele que quer
ex-companheiro, nós dois de axé. antecedência e ter uma experiência conhecer mais um pouco da história
Unimos nossos conhecimentos mais detalhada, que pode incluir de um povo que firmou a identidade
e firmamos um evento chamado desde workshops de culinária até cultural de posso país.
Omolokum, com etnoculinária percussão, turbantes ou dança.
e música, na Fundição Progresso, Valorizar o que é nosso é preciso e
grande casa de shows na Lapa-RJ. Omolokum é a comida da deusa urgente para que nossa voz não se cale.
O evento durou dois anos, com Oxum, senhora das águas doces e
edições mensais e um público frescas, da beleza, da fertilidade, é Venha para a Casa Omolokum
que variava de 150 a 700 pessoas, uma comida feminina composta alimentar corpo e alma.
Eu conheci a Casa Omolukum é a chef Leila Leão, que comanda Leila Leão, o que é Casa de
quando ela ainda estava localizada a cozinha de forma brilhante. Omolokum, seu significado,
no alto do Morro da Conceição, Cozinha com amor. sua história e como o leitor pode
na Rua do Jogo da Bola, ao lado da provar das suas iguarias?
Praça Leopoldo Martins. Hoje em Acredito que no início aborreci a
dia a casa está localizada na Pedra Leila, porque nos meus passeios A Casa Omolokum é uma casa de
do Sal, na Rua Argemiro Bulcão. De turísticos, quando apresentava cultura afro-brasileira que tem
cara, o local me chamou a atenção a Casa Omolokum, cometia como foco a valorização da comida
pela sua beleza e simplicidade. A um enorme engano: confundia de dendê, conhecida também
Casa Omolokum transmitia uma Omolokum com o Omolokô como comida de azeite, que é a base
paz imensurável, o sentimento da umbanda. Mas Leila Leão, de da culinária ancestral de matriz
era muito bom. Se o ambiente forma carinhosa, me explicou africana. Nós fazemos releituras
já era extremamente acolhedor, que eu estava completamente da comida de terreiro e comida
fui conquistado definitivamente enganado, me dando uma aula afro-brasileira de um modo geral.
quando experimentei o melhor sobre Omolokum. Portanto não Além da gastronomia, um grupo
acarajé que comi na minha vida. A há ninguém melhor para explicar a de afroempreendedores alimentam
responsável pelo preparo da iguaria você, leitor, senão a própria chef. o espaço com música, moda,
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GALERIA PROVIDÊNCIA Em uma cidade com índices de
violências que batem recordes todos
e Marcelo Ment, que utilizam as
artes para atuar na redução de
Seja nos forrós, pagodes, bailes
funk, churrasquinhos nas lajes,
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O IMPACTO DAS CORES
INICIATIVA NA PROVIDÊNCIA UNE
SUSTENTABILIDADE E ARTE-EDUCAÇÃO
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MEMÓRIAS DA REGIÃO PORTUÁRIA maxixe (mistura de polca com lundu) oficiais muito velhos vestidos de lilá tornou-se prisão comum no século
apareceu ali em 1876. Fechava-se o (antigo tecido de lã fino e lustroso) XIX. Os condenados à forca eram aí
o prédio em estilo colonial está limitou a adaptar os modelos, quando atores e dramaturgos papel de Nero (óleo sobre tela, e conclamando-os para a luta.
situado na região do projeto renovou felizmente a métrica com derrubavam os códigos da 1853). Delacroix não constrói Diversos são os indivíduos
Porto Maravilha. Neste teatro o verso branco e introduziu, assim tradição teatral clássica. Já ali um discurso moral em sua que compõem a cena: vivos e
se apresentaram, um dia, a mesmo, uma série de técnicas representação, não há criação mortos, plebeus e intelectuais,
extrovertida Dercy Gonçalves, o teatrais de vanguarda que foram de heróis ou mártires. Sua jovens e velhos. A composição de
rei Roberto Carlos, a ternurinha utilizadas séculos mais tarde composição se pauta pelo uso das Delacroix unifica esses elementos
Wanderléa (antes de surgir a pelo cinema e a televisão. O cores quentes e vivas, é requintada turbulentos na tela.
Jovem Guarda), os Golden Boys, cenário inglês no fim do século e repleta de detalhes e elementos
a Orquestra Tabajara, Ed Lincoln, XVI (sobretudo em Shakespeare) que possuem um caráter solto Sendo auxiliado por um amigo
entre outros. apresenta uma frequente e rápida na pintura e intensificam o caos – o pintor Jaques-Louis David,
sucessão de cenas que fazem passar revolucionário.Tudo possui uma que iniciou suas primeiras
A reinauguração do espaço rapidamente de um lugar a outro, medida exata e um lugar certo. obras-primas de estética
François-Joseph Talma (1763-1826) em retrato de Aimée Perlet, de contou com a presença de Sueli saltando horas, dias ou meses com Mesmo com o desprendimento neoclássica, estilo com base no
1823. Wikimedia Commons
Azevedo, que em 1963 foi coroada uma agilidade quase igual à do dos traços, a pintura de Delacroix Iluminismo – estabeleceu um
L’acteur Favori de Napoléon! Esse legitimamente pelos artistas da cinema moderno. O verso branco é pensada. diálogo entre o real e o ideal.
era o enredo do bloco Cordão trupe a primeira Rainha da SDP. E, trabalha conferindo à poesia a Simpatizante da Revolução,
do Prata Preta para o carnaval plantando uma árvore genealógica espontaneidade da conversação e a A figura central que segura a dos ideais republicanos e amigo
de 2013. A Sociedade Dramática imaginária, considerando o naturalidade do recitado. bandeira, A Liberdade Guiando de Robespierre, David usa
Particular (SDP) Filhos de romance de Talma com a princesa o Povo, de 1830, mesmo elementos escultóricos gregos
Talma foi fundada em 1879 por da França, Pauline Bonaparte, Foi em uma liderança juvenil que possuindo caráter alegórico é em Marat Assassinado (1793),
Talma como Nero na peça Britannicus de Jean Racine, pintado por
brasileiros e portugueses como suscitaria real atribuir a Sueli um ele primeiro ganhou destaque: Eugène Delacroix (óleo sobre tela, 1982 ou 1983). Na coleção da um misto de realismo e retórica. onde figura músculos e tendões
Comédie-Française. Wikimedia Commons
homenagem ao ator francês título de nobreza artística? Talma foi um dos primeiros Vestida com as roupas do povo muito bem delineados e perfeitos,