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RESUMO
A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, seja nas empresas, seja
em cada um de seus departamentos. Ela é igualmente essencial em todas as demais funções da
administração. O administrador precisa ter como diretriz, um líder, o qual conduzirá os
demais componentes da organização. O tema liderança vem sendo discutido com mais
frequência nos últimos anos, entre estudiosos, instituições de ensino e organizações
empresarias. É crescente o número de artigos e livros que são publicados mensalmente,
havendo também uma oferta significativa de seminários, palestras e conferências. Dessa
forma, a liderança vem se caracterizando como um elemento de grande importância no mundo
dos negócios. O objetivo do trabalho é fazer uma contextualização do tema liderança com
ênfase no gerenciamento de pessoas. A elaboração deste estudo será através de uma pesquisa
bibliográfica, onde para sua realização serão utilizados vários livros sobre o tema e artigos
científicos publicados na internet. Independente do seu próprio estilo, ser líder implica em
saber exercer a liderança e essa se faz no dia a dia, junto à equipe de trabalho. Assim, saber
conviver harmonicamente, tolerantemente buscando o equilíbrio, assim, gerenciar pessoas
torna-se um dos primeiros degraus para quem quer ser um verdadeiro “líder em tempo de
mudanças”.
1 INTRODUÇÃO
O tema liderança vem sendo discutido com mais frequência nos últimos anos, entre
estudiosos, instituições de ensino e organizações empresarias. É crescente o número de artigos
e livros que são publicados mensalmente, havendo também uma oferta significativa de
seminários, palestras e conferências. Dessa forma, a liderança vem se caracterizando como
um elemento de grande importância no mundo dos negócios.
Atualmente, as empresas estão se preocupando muito mais com o exercício da
liderança aplicadas no dia a dia, voltadas para a situação real das organizações. Para tanto, é
preciso a consciência de que algumas mudanças devem ser efetuadas, principalmente no que
tange à maneira de pensar e agir. As atitudes são fundamentais, já que um líder deve ter
coragem para se arriscar e assumir riscos quando perceber que a situação exige tais posturas.
Este trabalho tem como objetivo fazer um ensaio teórico contextualizando o tema
liderança que poderá ser mais bem compreendida, considerando sempre como pressuposto
básico o fato de que o líder é aquela pessoa que consegue adaptar-se a situações inusitadas,
sempre proporcionando melhorias no ambiente de trabalho, que englobam elementos diversos
e essenciais para a organização como clima, lucro, diversidade.
Segundo Cervo e Bervian (2002), pesquisa bibliográfica procura explicar um
problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Para Marconi e Lakatos
(2001), pesquisa bibliográfica pode ser considerada um procedimento formal com método de
pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se
conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas
procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos
científicos.
2 LIDERANÇA: CONTEXTUALIZAÇÃO
A liderança não é apenas uma habilidade pessoal, que torna algumas pessoas mais
aptas a influenciar outras, mas sim o processo interpessoal dentro de um contexto complexo
no qual estão presentes outros elementos.
Para Chiavenato (2000), o tema liderança tem-se tornado extremamente importante
para as pessoas que procuram entender melhor a gestão de pessoas, haja vista a necessidade
das empresas em terem líderes que definam metas, tome decisões e outras ações que gerem
diferenciais competitivos realizáveis por intermédio das pessoas.
O líder parece ser uma figura eficaz, cujo sucesso depende apenas de uma missão e,
quando essa missão é completada, o líder torna-se desnecessário para o grupo. Um grupo
necessita de um líder e escolhe alguém para desempenhar o papel.
Liderar é conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e
ações, para atingir objetivos e metas de interesse comum desse grupo (LACOMBE;
HEILBORN, 2003).
Liderança é um exercício que exige sensibilidade para perceber os sentimentos e
atitudes dos outros, capacidade de compreender a dinâmica que se passa dentro dos grupos e
ainda contribuir com a facilitação das tarefas, não as comprometendo. Afinal a maior
característica de ser um líder é ter seguidores.
Para Maximiano (2004), a liderança consiste em líderes que induzem seguidores a
realizar certos objetivos que representam os valores e as motivações, desejos e necessidades,
aspirações e expectativas, tanto dos líderes quanto dos seguidores.
Na vida prática, o líder utiliza os três estilos de liderança de acordo com a situação,
com as pessoas e com a tarefa executada. O líder tanto manda cumprir ordens, como consulta
os subordinados antes de tomar uma decisão e sugere a algum subordinado realizar
determinadas tarefas.
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Existem alguns tipos de liderança que se sobressaem aos demais em relação à sua
eficácia dentro da empresa, sendo elas: Autocrática; Liderança Democrática; Liderança
Liberal (CHIAVENATO, 2000).
A liderança autocrática põe forte ênfase no líder, enquanto a liderança liberal põe
ênfase nos subordinados. A principal problemática da liderança é saber quando aplicar qual
estilo com quem e dentro de qual circunstância e tarefas a serem desenvolvidas
(CHIAVENATO, 2005).
Na Liderança autocrática, o líder centraliza totalmente a autoridade e as decisões. Os
subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha. O líder autocrático é dominador, emite
ordens e espera obediência cega dos subordinados. Os grupos submetidos à liderança
autocrática apresentam maior volume de trabalho produzido, com evidentes sinais de tensão,
frustração e agressividade. O líder é temido pelo grupo, que só trabalha quando ele está
presente. A liderança autocrática enfatiza somente o líder.
Já na Liderança liberal o líder permite total liberdade para tomada de decisões
individuais ou grupais, participando delas apenas quando solicitado pelo grupo. O
comportamento do líder é evasivo e sem firmeza. Os grupos submetidos à liderança liberal
não se saíram bem, nem quanto à qualidade do trabalho, com fortes sinais de individualismo,
desagregação do grupo, insatisfação, agressividade e pouco respeito ao líder. O líder é
ignorado pelo grupo. A liderança liberal enfatiza somente o grupo.
Na Liderança democrática, o líder é extremamente comunicativo, encoraja a
participação das pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo. O líder atua
como um facilitador para orientar o grupo, ajudando nas definições dos problemas e nas
soluções, coordenando as atividades e sugerindo ideias. Os grupos submetidos à liderança
democrática apresentam boa quantidade de trabalho e qualidade surpreendentemente melhor,
acompanhados de um clima de satisfação, integração grupal, responsabilidade e
comprometimento das pessoas.
Nestas diferentes modalidades de liderança percebe-se que o líder de um grupo deve
se atentar para o fato de haver ou não a participação dos liderados no desenvolvimento das
atividades.
São teorias que procuram explicar a liderança dentro de um contexto bem mais
amplo. A teoria situacional parte do princípio de que não existe um único estilo ou
característica de liderança válida para toda e qualquer situação.
Segundo Chiavenato (1997), as teorias situacionais são mais atrativas ao gerente,
uma vez que aumentam as suas opções e suas possibilidades de mudar a situação para adequá-
las a um modelo de liderança ou a uma situação.
A Teoria Situacional surgiu diante da necessidade de um modelo significativo na
área de liderança, em que se defini a maturidade como a capacidade e a disposição das
pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento.
A liderança situacional pode ser variada de acordo com o momento, os gerentes
devem adaptar seu estilo de liderança ao nível de desenvolvimento dos colaboradores em cada
tarefa específica. Um estilo de liderança adequado para um funcionário novo e inexperiente
provavelmente não daria certo com uma pessoa experiente (BORGES; BAYLÃO, 2009).
Portanto, entende-se como Liderança Situacional o líder que se comporta de um
determinado modo ao tratar individualmente os membros do seu grupo e de outro quando se
dirigirem a este como um todo, dependendo do nível de maturidade das pessoas que o mesmo
deseja influenciar.
Estes conceitos são válidos em qualquer situação em que alguém pretende influenciar
o comportamento de outras pessoas. Num contexto geral, ela pode ser aplicada em qualquer
tipo organizacional, quer se trate de uma organização empresarial, educacional,
governamental ou militar e até mesmo na vida familiar.
Os líderes possuem uma característica muito comum entre si, que é a confiança.
Nenhum líder inspira mais confiança em seus liderados ou seguidores potenciais do que a ele
mesmo deposita em si e o demonstra.
Duvidar de si é para o líder, duplamente nocivo: não só afeta o entusiasmo e mina a
inspiração do líder, como inspira a desconfiança e inocula o desânimo entre os liderados
(LACOMBE; HEILBORN, 2003).
Muitas pessoas, independente de suas qualidades, são colocadas em posição de
liderança, em que precisam dirigir esforços de outros para realizar objetivos. A liderança é
uma função, papel tarefa ou responsabilidade que qualquer pessoa precisa desempenhar
quando é responsável pelo desempenho de um grupo.
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Para Maximiano (2008) algumas pessoas no papel de líderes são mais eficazes que
outras, ou sentem-se mais confortáveis que outras.
Segundo Lacombe e Heilborn (2003), os líderes são respeitados, mas raramente
amados. Os liderados esperam do líder resultados e recompensas para respeitá-los a longo
prazo.
De acordo com Chiavenato (1997), a função do líder se destaca, com relação à
liderança que "ela é igualmente essencial em todas as demais funções da Administração: o
administrador precisa conhecer a motivação humana e saber conduzir as pessoas, isto é,
liderar". Ou seja, as funções do líder passam a ser enumeradas e necessárias para o bom
andamento da organização. Dentre as principais funções do líder está o poder de motivar e
influenciar os liderados para que contribuam da melhor forma com os objetivos do grupo ou
da organização.
Um líder influencia, inspira confiança e cria ambiente e relacionamentos saudáveis
para que todos trabalhem contagiados pelo entusiasmo, visando conquistar as metas
crucialmente importantes da organização.
O líder verdadeiro pode fazer a diferença e inspirar seus liderados, contagiando todos
a acreditar que o poder do entusiasmo impulsiona a determinação humana. É assim que sua
equipe buscará a conquista das metas crucialmente importantes
No perfil do líder, devem-se considerar suas competências organizacionais, que
abrangem os conhecimentos que o mesmo possui com relação à sua empresa e às interações
produzidas no ambiente; as competências interpessoais que se referem às habilidades que
permitem o estabelecimento de interações com o outro, visando melhorar as relações e
resultados alcançados; as competências intrapessoais que correspondem às características e
valores pessoais que se tornam decisivas e atuam diretamente nas demais competências.
Sabe-se então que o mais importante é quanto o líder se importa com as pessoas que
o seguem, e não o quanto ele conhece as atividades desempenhadas por elas (BERGAMINI,
2006).
O líder necessita de um excelente conhecimento das pessoas que o seguem e de
como lidar o melhor possível com elas. Isso descarta a abordagem de que a formação de
lideres deva oferecer conselhos ou receitas prontas a serem seguidas para que se consiga
liderar diferentes pessoas que passa por diferentes momentos de vida.
Para Bergamini (2006) o líder naturalmente seguido é aquele que prioriza sua
capacidade de mostrar aquilo que as pessoas, no geral, não conseguem ver tão facilmente, e
convencê-las da sua importância.
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Para ser aceito como líder, aspectos tais como motivos e valores vêm antes daqueles
que dizem respeito à competência e ao estilo. Assim, até mesmo ações passadas são mais
eloquentes que as palavras, e os candidatos a líderes serão julgados também pelos
comportamentos anteriores enquanto tentavam assumir o papel. Não se pode começar a ser
líder no momento em que se assume o posto para tanto.
A eficácia do líder, portanto não se reduz a um esforço isolado. Empresas
consideradas como bem-sucedidas consideradas como vencedoras, possuem verdadeiros times
de bons líderes. Em tais organizações, a maioria das pessoas considera-se também um
seguidor naturalmente disposto a acompanhar as diretrizes já delineadas por outros líderes.
Segundo Levy (1992), liderança é o ato de esclarecer, guiar, treinar, ensinar, motivar,
ajudar a progredir, dar exemplo, ligar os objetivos da organização aos desejos do homem, com
seus valores pessoais, suas aspirações, esperanças e sonhos.
Ser líder é saber extrair o máximo de cada integrante da equipe. É saber identificar os
pontos fracos desses integrantes e aprimorá-los a cada dia. É garantir as condições e o
estímulo necessários para que cada participante desempenhe seu papel da melhor forma
possível, através de um esforço contínuo em busca da excelência. Nenhuma equipe solta
produzirá tanto quanto uma equipe liderada e motivada diariamente, de um olhar atento de um
treinador com visão ampla do objetivo a ser atingido. Entretanto, elogios são mais
importantes do que críticas.
O papel do líder é exercer sobre sua equipe uma pressão positiva e estimulante, para
que todos tenham a mesma visão. Não é preciso usar ameaças de corte, competitividade
desleal, vigilância exagerada, rigidez de horários e um ambiente de trabalho desagradável
para comandar seu time a uma vitória. Pelo contrário, as vitórias serão mais frequentes se
você desenvolver outras formas de pressão mais saudáveis, com motivação, reconhecimento e
resultados.
Os gerentes precisam ter em mente que seus funcionários reagem a percepções, e não
à realidade.
O gerente pode influenciar o grupo formal por meio de seu papel como figura de
autoridade ou dos mecanismos de liderança. Como figura de autoridade o gerente toma
decisões de seleção de pessoal que afetam a composição do grupo (MAXIMIANO, 2004).
Para fazer a equipe funcionar e produzir resultados, o gerente precisa desempenhar
muitas funções ativadoras. Dentre estas funções, sobressai a liderança. O gerente deve saber
como conduzir as pessoas, isto é, como liderar as pessoas e administrar as diferenças entre
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma liderança eficaz depende muito da forma como é colocada em prática, por tanto
após todas as informações colocadas, é com o intuito de ajudar os líderes das organizações a
se aperfeiçoarem na forma de liderarem seus colaboradores, muitos líderes falharam, mas
nada impede que novas falhas venham a surgir, o mais importante é tirar de cada experiência
os pontos positivos e negativos e evitar que se cometam as mesmas falhas.
Sendo a liderança a habilidade de influenciar pessoas em busca dos objetos comuns,
os líderes precisam pensar como agentes de mudanças, pela sua capacidade de inovação, saber
interagir nas adversidades e instabilidade, se tornou requisito fundamental para sua atuação. A
questão não está somente em adquirir novos conceitos e habilidades, como também,
desaprender os antigos modelos, tendo conhecimento da cultura, da missão da empresa e do
seu capital humano.
De acordo com que foi exposto, é preciso ter equilíbrio ao se adotar qualquer um dos
estilos de liderança, haja vista que não existe um estilo de liderança que seja aplicável em
todas as situações. É muito comum se aplicar em tempos diferentes um dos desses tipos de
liderança na empresa, ele tanta manda cumprir ordens, como consulta liderados antes de
tomar decisões, e às vezes tem a necessidade de ser enérgico com o grupo de colaboradores.
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REFERÊNCIAS
______. Administração: Teoria, Processo e Prática. 3. ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2000.
______. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.