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A HISTÓRIA DO DIREITO SINDICAL NO BRASIL pode ser dividida em 3 (três)

fases distintas a primeira delas o Anarcossindicalismo: que defendia as idéias de uma


posição mais radical indo de encontro às autoridades da época. Trazido ao Brasil
pelos italianos em meados de 1890 até 1920, pode se considerar como o primeiro
movimento sindicalista do nosso país, caracterizava-se pelos movimentos contrários
as leis e as posições tomadas pelos políticos, outra característica desse movimento
eram os jornais; panfletos e coisas do gênero que circulavam nas grandes cidades
principalmente em São Paulo, todos pregando ideais anarquistas, como incentivo a
revoltas e greves.

A segunda fase da história sindical brasileira, denominava-se Corporativismo


Sindical, a partir de 1930 com a criação da Nova República e a criação do Ministério
do Trabalho, começam a surgir os defensores de uma nacionalização do trabalho no
Brasil, nesse período vem surgir à chamada Lei dos Sindicatos (Decreto n° 19.770, de
1931), Com isso os sindicatos ganharam mais força e com o apoio do governo de
Getúlio Vargas, eles conseguiram uma maior representação, além do efeito jurídico
que as suas ações tomaram. Todo esse ajustamento foi sem dúvida o primeiro passo
para uma das grandes vitórias dos trabalhadores brasileiros, que foi a criação da CLT
em 1943, que incorporou a Lei 1.402/39 que dispunha sobre a organização sindical
naquele momento. Contudo a ingerência de intenções meramente de cunho político
prejudicou a estabilidade dos ideais de corporativismo coletivo, chegando ao ponto de
em 1978, ser criada uma portaria 3.337, proibindo a interferência do Estado.

Nessa próxima fase chamada de Sindicalismo Autônomo, as relações entre os


governos e os sindicatos mudam para um consenso de pluralismo, que até hoje serve
de parâmetro para as organizações sindicais atuais. Entidades como a CUT – Central
Única dos Trabalhadores, os Sindicatos de Metalúrgicos na Grande São Paulo, lutam
pó uma estrutura sindical com influência sobre as federações e confederações
nacionais, principalmente no que tange novos princípios para o Direito Sindical, fato
esse que foi ocasionado pela Portaria n° 3.100/85 que venho revogar a proibição das
Centrais Sindicais, dentro outras exigências a regulamentação do direito de greve e a
discussão de algumas restrições impostas ao setor pela Constituição de 1988.

O DIREITO SINDICAL NO BRASIL: vem passando cronologicamente por


mudanças e adaptações que provocam várias divergências entre os mais diversos
setores da sociedade. Em 1931 entra em vigor o Decreto n° 19.770, que venho
distinguir os sindicatos de empregados e de empregadores, além da idéia de um
sindicato para cada área profissional, uma mudança muito importante e comemorada
por boa parte da população. Na Constituição de 1934, no seu parágrafo único do Art.
120, a pluralidade sindical e a autonomia das instituições eram garantidas, um duro
golpe para os ideais de um sindicato único. Mas com a nova Constituição de 1937
(considerado por muitos, intervencionista), venho de encontro a algumas dessas
mudanças, sobretudo a pluralidade e autonomia dos sindicatos. Com a criação do
Decreto Lei 1.402/39, o estado tinha total direito de intervenção e imposição sobre os
sindicatos da época, um retrocesso para uma organização que vinha conquistando o
seu espaço dentro do ordenamento jurídico de até então.

A própria CLT que foi pregada como uma das maiores defensoras do
trabalhador brasileiro, nos seus Arts. 531; 528; regulamentam uma relativa intervenção
estatal nas eleições das entidades sindicais. Essas e outras questões geraram muitas
discussões sobre o papel da CLT. Toda a turbulência gerada pela ditadura da época
prejudicava qualquer tentativa de mudança que caracterize a obtenção de benefícios
de caráter libertário e democrático a classe sindical. Os tão temidos Atos Institucionais
a todo instante suspendiam direitos não só as organizações como a qualquer cidadão,
o que gerou uma interrupção, ou até mesmo uma regressão nos direitos dos
sindicatos. A partir da Constituição Federal de 1998, essa realidade vem mudar, e a
volta da democracia ao país fortaleceu as bases e os ideais que a coletividade
pregava, os sindicatos mais uma vez poderiam lutar por legislações mais justas e
corretas e ao bom funcionamento das entidades sindicais.

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