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O MITO DO LIVRE-ARBÍTRIO

Walter J. Chantry
Traduzido do original em Inglês
Myth of Free Will
By Walter J. Chantry

Via: APuritansMind.com

Tradução e Capa por William Teixeira


Revisão por Camila Almeida

1ª Edição: Dezembro de 2014

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
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O Mito do Livre-Arbítrio
Por Walter J. Chantry

A maioria das pessoas diz que acredita em “livre-arbítrio”. Você tem alguma ideia do que
isso significa? Eu acredito que você encontrará uma grande quantidade de superstição so-
bre este assunto. A vontade é tida como o grande poder da alma humana que é completa-
mente livre para dirigir as nossas vidas. Mas de que ela é livre? E qual é o seu poder?

O MITO DA LIBERDADE CIRCUNSTANCIAL

Ninguém nega que o homem tem uma vontade, ou seja, a faculdade de escolher o que ele
quer dizer, fazer e pensar. Mas você já refletiu sobre a fraqueza lamentável de sua vontade?
Embora você tenha a capacidade de tomar uma decisão, você não tem o poder de levar a
cabo o seu propósito. A vontade pode elaborar um plano de ação, mas não tem poder para
executar sua intenção.

Os irmãos de José o odiavam. Eles o venderam para ser um escravo. Mas Deus usou suas
ações para fazer dele um governante sobre eles mesmos. Eles escolheram agir daquela
maneira para prejudicar José. Mas Deus, em Seu poder, direcionou os eventos que aconte-
ceram com José para o seu bem. Ele disse: “Vós bem intentastes mal contra mim; porém
Deus o intentou para bem” (Gênesis 50:20).

E como muitas de suas decisões são miseravelmente frustradas? Você pode optar por ser
um milionário, mas a providência de Deus provavelmente o impedirá. Você pode optar por
ser um estudioso, mas problemas de saúde, um lar instável ou a falta de recursos financei-
ros podem frustrar a sua vontade. Você escolhe sair de férias, mas um acidente de auto-
móvel pode mandá-lo para o hospital em vez disso.

Ao dizer que sua vontade é livre, nós certamente não queremos dizer que ela determina o
curso da sua vida. Você não escolheu a doença, a tristeza, a guerra e a pobreza que têm
estragado a sua felicidade. Você não escolheu ter inimigos. Se a vontade do homem é tão
potente, por que não escolhe viver para sempre? Antes, você deve morrer. Os principais
fatores que moldam sua vida não se dão por causa de sua vontade. Você não escolheu seu
status social, cor, inteligência e etc.

Qualquer reflexão sóbria sobre a sua experiência produzirá a conclusão: “O coração do


homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Provérbios 16:9). Ao

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invés de exaltar a vontade humana, deveríamos humildemente louvar ao Senhor cujos pro-
pósitos moldam nossas vidas. Como Jeremias confessou: “Eu sei, ó Senhor, que não é do
homem o seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir os seus passos” (Jeremias
10:23).

Sim, você pode escolher o que você quer, e você pode planejar o que você fará. Mas sua
vontade não é livre para realizar nada contrário aos propósitos de Deus. Nem você tem
algum poder para alcançar seus objetivos, senão aqueles que Deus lhe permite. A próxima
vez que você estiver tão encantado com a sua própria vontade, lembre-se da parábola de
Jesus sobre o homem rico. O homem rico disse: “Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e
edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens... Mas
Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma” (Lucas 12:18-21). Ele era livre para
planejar, mas não era livre para realizar; a mesma coisa acontece com você.

O MITO DA LIBERDADE ÉTICA

Mas a liberdade da vontade é citada como um fator importante na tomada de decisões


morais. A vontade do homem é dita ser livre para escolher entre o bem e o mal. Mas deve-
mos perguntar novamente, a partir do que ela é livre? E o que a vontade do homem é livre
para escolher?

A vontade do homem é o seu poder de escolha entre alternativas. Sua vontade decide suas
ações a partir de uma série de opções. Você tem a faculdade de dirigir seus próprios pensa-
mentos, palavras e ações. Suas decisões não são formadas por uma força externa, mas
por uma força que está dentro de você mesmo. Nenhum homem é compelido a agir contra
a sua vontade, nem forçado a dizer o que ele não deseja. Sua vontade guia suas ações.

No entanto, isso não significa que o poder de decidir está livre de qualquer influência. Você
faz escolhas com base no seu entendimento, seus sentimentos, seus gostos e desgostos
e seus apetites. Em outras palavras, sua vontade não é livre de você mesmo! Suas escolhas
são determinadas por seu próprio caráter básico. A sua vontade não é independente de
sua natureza, antes é escrava dela. Suas escolhas não moldam o seu caráter, mas o seu
caráter é que orienta as suas escolhas. A vontade é bastante parcial para o que você sabe,
sente, ama e deseja. Você sempre escolhe com base em sua disposição, de acordo com a
condição do seu coração.

É apenas por esta razão que a sua vontade não é livre para fazer o bem. Sua vontade é
escrava do seu coração, e seu coração é mau. “E viu o Senhor que a maldade do homem

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se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era
só má continuamente” (Gênesis 6:5). “Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Roma-
nos 3:12). Nenhum poder força o homem a pecar contra a sua vontade, antes os descen-
dentes de Adão são tão maus que sempre escolhem o mal.

Suas decisões são moldadas pelo seu entendimento, e a Bíblia diz o seguinte a respeito de
todos os homens: “o seu coração insensato se obscureceu” (Romanos 1:21). O homem só
pode ser justo quando ele deseja ter comunhão com Deus, mas, “não há ninguém que bus-
que a Deus” (Romanos 3:11). Seus apetites anseiam o pecado, e assim você não pode
escolher o bem. Pois escolher o bem é contrário à natureza humana. Se você escolhe obe-
decer a Deus, isto é o resultado de uma compulsão externa. Mas você é livre para escolher,
e, portanto, sua escolha está escravizada à sua própria natureza maligna.

Se carne fresca e uma salada mista fossem colocados diante de um leão faminto, ele esco-
lheria a carne. Isto porque sua natureza dita a sua escolha. É exatamente assim com o ho-
mem. A vontade do homem é livre de força exterior, mas não da inclinação da natureza
humana. Essa inclinação é contrária a Deus. Os poderes de decisão do homem são livres
para escolher o que o coração humano dita; portanto, não há possibilidade de um homem
escolher agradar a Deus sem uma obra prévia da graça Divina.

O que a maioria das pessoas entende por livre-arbítrio é a ideia de que o homem é, por
natureza, neutro e, portanto, capaz de escolher o bem ou o mal. Isso simplesmente não é
verdade. A vontade humana e de toda a natureza humana é inclinada para o mal continua-
mente. Jeremias perguntou: “Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as
suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal” (Jeremias
13:23). É impossível. É contrário à natureza. Assim os homens precisam desesperada-
mente da transformação sobrenatural de suas naturezas, do contrário as suas vontades
são escravizadas para escolher o mal.

Apesar do grande louvor que é dado ao “livre-arbítrio”, vimos que a vontade do homem não
é livre para escolher agir de forma contrária aos propósitos de Deus, nem livre para agir
contra a sua própria natureza moral. Sua vontade não determina os acontecimentos de sua
vida, nem as circunstâncias da mesma. Escolhas éticas não são formadas por uma mente
neutra, mas sempre ditadas pela sua personalidade.

O MITO DA LIBERDADE ESPIRITUAL

No entanto muitos afirmam que a vontade humana faz a escolha final da vida espiritual ou
morte espiritual. Aqui a vontade é totalmente livre para escolher a vida eterna oferecida em

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Jesus Cristo ou rejeitá-la. Diz-se que Deus dará um novo coração a todos que escolherem
receber a Jesus Cristo pelo poder de seu próprio livre-arbítrio.

Não pode haver dúvida de que receber Jesus Cristo é um ato da vontade humana. É muitas
vezes chamado de “fé”. Mas como os homens vêm a receber o Senhor de boa vontade? É
geralmente respondido: “a partir do poder de seu próprio livre-arbítrio”. Mas como pode ser
isso? Jesus é um profeta. Recebê-lO significa crer em tudo o que Ele diz. Em João 8:41-45
Jesus deixou claro que você nasceu de Satanás. Este pai maligno odeia a verdade e trans-
mitiu a mesma inclinação ao seu coração por natureza. Assim disse Jesus: “Mas, porque
vos digo a verdade, não me credes” [João 8:45]. Como a vontade humana salta da escolha
do homem para crer no que a mente humana odeia e rejeita?

Receber a Jesus também significa abraçá-lO como um sacerdote, ou seja, confiar e depen-
der dEle para pleitear a paz com Deus por meio de Seus sacrifícios e intercessão. Paulo
nos diz que a mente com a qual nascemos é hostil a Deus (Romanos 8:7). Como poderei
escapar da influência da natureza humana, que nasce com uma violenta inimizade para
com Deus? Seria insano para a vontade escolher a paz quando cada osso e gota de sangue
clamam por rebelião.

Outrossim, receber a Jesus significa recebê-lO como um rei. Isso significa escolher obede-
cer Seus comandos, confessar o Seu direito de governar e adorar diante do Seu trono. Mas
a mente humana, as emoções e os desejos todos clamam: “Não queremos que este reine
sobre nós” (Lucas 19:14).

Se todo o meu ser odeia a Sua verdade, odeia o Seu governo e odeia a paz com Deus, co-
mo minha vontade pode ser responsável por receber a Jesus? Como pode um pecador ter
fé?

Não é a vontade do homem, mas é por causa da graça de Deus que um pecador alcança
um novo coração. A menos que Deus mude o coração, crie um novo espírito de paz, ver-
dade e submissão, o homem não optará por receber a Jesus Cristo e a vida eterna nEle.
Um novo coração deve ser dado antes que um homem venha a crer, ou então a vontade
humana está irremediavelmente escravizada à maligna natureza humana, mesmo no que
diz respeito à conversão. Jesus disse: “Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é
nascer de novo” (João 3:7). A menos que você nasça de novo, você jamais verá o Seu
reino.

Leia João 1:12 e 13. Ali é dito que aqueles que creem em Jesus têm “nascido, não da vontade
do homem, mas de Deus”. Assim como sua vontade não é responsável pela sua própria

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vinda a este mundo, assim também não é responsável pelo novo nascimento. É o Seu Cria-
dor, que deve ser agradecido por sua vida, e se alguém está em Cristo, é uma nova criatura
(2 Coríntios 5:17). Quem já escolheu ser criado? Quando Lázaro ressuscitou dos mortos,
ele escolheu atender à chamada de Cristo, mas ele não escolheu ressuscitar. Então Paulo
disse em Efésios 2:4-5: “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou junta-
mente com Cristo (pela graça sois salvos)”. A fé é o primeiro ato de uma vontade renovada
pelo Espírito Santo. Receber a Cristo é um ato do homem, assim como a respiração o é,
no entanto Deus deve primeiramente dar-lhe a vida.

Não admira que Martinho Lutero escreveu um livro intitulado “A Escravidão da Vontade”,
que ele considerava um de seus mais importantes tratados. A vontade está presa nas ca-
deias da maligna natureza humana. Vocês, que exaltam o livre-arbítrio como uma grande
força estão se agarrando a uma raiz de orgulho. O homem, como caído no pecado, está
totalmente desamparado e sem esperança. A vontade do homem não oferece nenhuma
esperança. Foi a vontade de escolher o fruto proibido que nos trouxe à miséria. A poderosa
graça de Deus oferece libertação. Lance-se à misericórdia de Deus para a salvação. Peça
ao Espírito da graça para criar um espírito novo dentro de você.

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!

SOBRE O AUTOR:

Walter J. Chantry nasceu em 1938 em Norristown, Pensilvânia, foi criado na Igreja Presbiteriana e foi convertido a
Cristo quando ainda era um adolescente. Graduou-se em História, no Dickinson College, Carlisle, em 1960, e
obteve um B. D. [Bacharel em Divindade/Teologia] do Seminário Teológico de Westminster, em 1963. Neste mesmo
ano, ele foi chamado para ser pastor da Igreja Batista da Graça, em Carlisle, Pensilvânia, onde ele serviu ao Senhor
pelos próximos 39 anos. Ele é casado e tem três filhos.

Logo após sua aposentadoria, em 2002, ele foi convidado para ser o editor da revista The Banner of Truth e
continuou neste ministério por sete anos. Walter e sua esposa Joie residem agora em Waukesha, Wisconsin, EUA.

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— Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
14
por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
15
também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
16
Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
18
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo

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