Você está na página 1de 16

Da lama ao caos e à

redenção: as etapas
pelas quais passei
enquanto aluno do
professor Olavo
de Carvalho
Um ensaio sobre tudo o que você não
deve fazer

Thiago Capanema Follow


Sep 24, 2014 · 14 min read

Introdução
Nesse texto conto um pouco da minha história como aluno
do professor Olavo de Carvalho, com a intenção de que a
minha breve experiência possa ser de alguma utilidade
para seus milhares de alunos que desejam se auto-educar
através de seus ensinamentos e métodos.
. . .
Olavodecarvalho.org
I’m bored out my mind

Apesar de minha inépcia para localizar com precisão as


datas de eventos no meu passado, acredito que travei meu
primeiro contato com a obra de Olavo no ano de 2008
através de seu site. Estava na flor dos meus vinte e dois
anos, perdido existencialmente, profissionalmente e
espiritualmente. À época eu procurava algum
conhecimento e informação cultural para tapar o buraco
de frustrações que eu cavara dia após dia desde os meus
dezesseis anos de idade. Trazia na carteira o atestado
médico de depressão e síndrome do pânico. Diante desse
diagnóstico psiquiátrico — a tuberculose espiritual de
nossa época — só me restava dançar um tango argentino.

Em 2008 eu trabalhava como analista de marketing em


uma multinacional alemã. Minha ferramenta de trabalho
era um computador conectado à internet e dispunha de
tempo livre suficiente para afogá-lo em trivialidades.
Gastava boa parte deste tempo caçando toda sorte de
artigos, pulando entre temas que variavam desde filosofia
até histórias em quadrinhos. Nessa época ouvia muito o
disco “The Life Pursuit” do Belle and Sebastian e gosto de
imaginar-me como o apóstolo da canção:
♫ Belle and Sebastian — Act of the Apostle II
“I’m bored out my mind
Too sick to even care
I’ll take a little walk
Nobody’s going to know
I’m in senior year
It gives you a little free time
I’ll just use it all at once!

Took the fence and the lane


The bus then the train
Bought an “Independent” to make me look like I got brains
I made a story up in my head if anybody would ask
I’m going to a seminar!

I’m a genius
A prodigy
A demon at Maths and Science
I’m up for a prize
If you’ve got to grow up sometime
You’ve to do it on your own
I don’t think I could stand to be stuck
That’s the way that things were going

The bible’s my tool


There’s no mention of school!
My Damascan Road’s my transistor radio
I tune in at night when my mum and my dad start to fight
I put on my headphones”

Uma de minhas atividades preferidas para passar o tempo


era compilar uma quantidade absurda de artigos
divididos por tema ou por autor. Eu era capaz de gastar
um dia inteiro à cata de vários artigos sobre
epistemologia, por exemplo — até hoje não sei o que é
epistemologia — em seguida, colava e formatava tudo no
Word. Que alegria eu sentia ao testar diversos
espaçamentos entre linhas, ao escolher fontes, criar
padrões de títulos e subtítulos etc! Depois eu mandava o
documento para a impressora, enfiava a apostila numa
pasta e partia para a pesquisa de um novo assunto. A
acumulação daqueles materiais me dava a sensação de ter
adquirido e digerido todo o conteúdo daqueles escritos
pelo simples fato de ter selecionado, formatado e tornado
físicas (porque impressas em papel) aquelas letras. Fiz
uma apostila de Foucault, uma de Tchekhov, uma de
Gustavo Corção — um homem do qual eu nunca tinha
ouvido falar e que me fez chorar com sua pequena crônica
“Na Casa de Saúde” —, entre outras: filosofia analítica,
teoria do conhecimento, lógica e filosofia da ciência etc.

Tendo em conta a disciplina com a qual eu levava esse


regime de aquisição de conhecimentos por osmose, não
me parecia absurda a esperança de me tornar um
pequeno gênio dentro de poucos meses. Porém, passadas
algumas semanas e, contrariando esta expectativa, eu
sentia-me cada vez mais burro, alienado e solitário. Todas
essas apostilas, hoje guardadas num armário do escritório
aqui de casa, compõem a história da educação que eu
poderia ter tido e que não tive.

Eu percebia, à época, que o que me faltava era um


método. Eu não só não me interessava, como me aborrecia
ao ler textos sobre epistemologia, teoria do conhecimento
ou filosofia analítica. Mas não fora por acaso que havia
caído neste terreno selvagem: eu sabia que havia uma
conexão entre a verdade e a filosofia, mas não era capaz
de vislumbrar nada de verdadeiro resplandecendo na
careca de Foucault. Contudo, lembro-me perfeitamente do
assombro que senti no dia em que li o parágrafo abaixo,
contido no artigo “A tragédia do estudante sério no
Brasil”:

“O processo é trabalhoso, mas simples: cumprir as tarefas


tradicionais do estudo acadêmico, dominar o trivium,
aprender a escrever lendo e imitando os clássicos de três
idiomas pelo menos, estudar muito Aristóteles, muito
Platão, muito Tomás de Aquino, muito Leibniz, Schelling e
Husserl, absorver o quanto possível o legado da
universidade alemã e austríaca da primeira metade do
século XX, conhecer muito bem a história comparada de
duas ou três civilizações, absorver os clássicos da teologia e
da mística de pelo menos três religiões, e então, só então, ler
Marx, Nietzsche, Foucault. Se depois desse regime você
ainda se impressionar com esses três, é porque é burro
mesmo e eu nada posso fazer por você.”

Segui lendo tudo o que estava publicado no site de Olavo,


de forma anárquica, mas disciplinada. Ao fim de alguns
meses foi como se eu tivesse feito um supletivo, uma
reeducação emergencial de boa parte dos meus
posicionamentos ideológicos e existenciais — e foi durante
este período que caí na primeira armadilha do
reeducando.

. . .

Mudança de pólo ideológico


“No Brasil, o marxismo adquiriu uma forma difusa,
volatizada, atmosférica. É-se marxista sem estudar, sem
pensar, sem ler, sem escrever, apenas respirando.”

— Nelson Rodrigues

Socialização dos meios de produção, reforma agrária,


“democratização” dos meios de comunicação: a maior
parte dos tópicos da agenda da esquerda não me
despertava nenhum interesse genuíno. Eu gostava de me
ver como alguém diferente, uma espécie de super-
progressista. Lembro-me de defender casamentos e
estruturas familiares alternativas aos dezessete anos.
Durante minha adolescência eu pensava nas formas de
casamento mais “tapa na cara da sociedade” possíveis: — 
Era permitido adotar crianças e educá-las numa mesma
moradia junto a um amigo? — Era. Era permitido casar-se
com um bicho? — Claro que era. — Mas, qualquer bicho? — 
Sim, qualquer um. Se ter uma taturana como esposa fosse
algo que chocasse a sociedade, eu estava dentro, eu estava
a favor. Cheguei a pensar em casar-me com um amigo,
que se vestiria como mulher, mesmo sem ser homossexual
(apenas cross-dresser) e adotar umas crianças para viver
conosco naquele ambiente gostoso. Eu queria ver e fazer
bagunça. A reforma da sociedade, para mim, era pouca
bobagem. Gostava de pensar na mutação humana, numa
sociedade de ciborgues, na implantação da segunda
jaralha como direito fundamental do homem.

Mas, vocês devem estar se perguntando: — Quem foi o


culpado por eu ter desenvolvido essa mentalidade bocó?
Meus pais? Não. Minha educação escolar, talvez? Até
então eu ignorava o fato de que tinha recebido uma
educação muito vagabunda, pois eu não sabia nem
entendia o significado de educação. Quanto mais procuro
pelos possíveis agentes de influência daquilo que me
tornara, quanto mais tento enquadrar entidades abstratas
como bodes expiatórios, mais chego à conclusão de que
não tenho a quem culpar — ou por outra — , devo culpar o
ar que respirei durante todo esse tempo pois tornara-me 
— como Nelson Rodrigues notara com quarenta anos de
antecedência — um marxista sem ler nem estudar, apenas
respirando.

Só depois de minha reeducação relâmpago fui capaz de


me dar conta da quantidade de besteiras que tinham se
aglomerado no meu modo de ver e pensar as coisas. Mas
não somente isso. Para onde quer que eu olhasse, o que
quer que eu lesse, com quem quer que conversasse, tudo o
que Olavo dizia estava lá, consubstanciado, transparente,
tangível, evidente.

Eu não podia me conter: eu precisava contar isso para


todo mundo. Eu tinha renascido.

. . .

O boteco
O habitat natural do livre pensador
brasileiro
Eu era um jovem boêmio e assíduo frequentador de bares.
Depois do quarto copo de cerveja eu estava pronto para
colocar em pauta os assuntos mais deslocados e
desproveitosos para a saúde do ambiente botequinesco: — 
política, moral e religião.

Entrava nas discussões mais imbecis sem estar


minimamente capacitado para defender as idéias nas
quais eu acreditava acreditar. Nunca consegui provar a
existência de Jesus Cristo, a beleza e o papel fundacional
da Igreja Católica na civilização Ocidental ou que o aborto
era fundamentalmente mau numa mesa de boteco. Perdia
todas as discussões e bebia mais um copo.
Eis o que se passava comigo: tendo acreditado e
alimentado uma série de pensamentos e ideais
revolucionários durante uma dezena de anos — idéias que
nunca foram examinadas ou estudadas, mas infundidas
em mim, e nas quais eu acreditava — eu me encontrava
desiludido, enganado e carente de apoio externo. Que eu
procurasse dirimir parte dessa carência buscando apoio
em outros amigos jovens, em torno de uma mesa de bar,
era prova de que eu ainda era um débil-mental ou um
ingênuo, na melhor das hipóteses.

Esta fase, na qual dispendi um considerável esforço e


energia psicológica e emocional, durou alguns meses.
Nocauteado pelo ambiente em torno e não podendo
vencer o mundo, resolvi tomar uma decisão mais drástica.
Em vez de tentar mudar os outros, resolvi começar por
mudar a mim mesmo.

. . .

Isto não é um cachimbo


I’m a genius, a prodigy

Quando o conde alemão Hermann Graf Keyserling visitou


o Brasil, ele notou que aqui as pessoas se contentavam em
apenas parecer ser alguma coisa. Ou ainda: aqui as
pessoas não precisavam ser nada, elas apenas precisavam
parecer que eram alguma coisa. Era, portanto, o momento
de me diferenciar do ambiente que me rondava. Essa
mudança só poderia ser exterior e estética, por alguns
motivos: é mais simples, menos trabalhosa, tem efeito
imediato e funciona maravilhosamente bem na sociedade
brasileira.

Ao ingressar na vida adulta adquiri, através das armações


de meus óculos, um aspecto arguto e, por isso, sempre fui
confundido com um intelectual. Arrisco dizer que vem daí
a minha “vocação” para as letras. O fato de ter sido
reconhecido fisionomicamente como um intelectual
acabou por transfigurar-me na imagem e essência do
gênio sem obra e sem nenhum estudo. Acredito, até hoje,
na minha genialidade intrínseca, na genialidade sem
esforço e sem labuta, na genialidade pela genialidade.
Comporto-me de acordo com a figura do gênio em
suspensão e eterna maturação. Por exemplo: se vou
procurar um apartamento para alugar, não analiso a
localização, o tamanho dos cômodos ou a condição geral
do imóvel. Analiso, diversamente, de que modo o espaço
pode comportar o meu gênio. A iluminação natural da
sala, por exemplo, é suficiente para clarear meus arroubos
criativos? As janelas são capazes de arejar meus
pensamentos intempestivos? Em seguida, faço uma lista
de perguntas, como: — É possível fazer poesia nessa sala?
Dá para fazer literatura nesse cômodo? etc. — Se sim,
simpatizo com o imóvel. Se não, descarto-o. O fato de eu
nunca ter escrito uma poesia em toda a minha vida e de
não saber sequer escandir um verso em nada influencia a
minha avaliação da propriedade. Trabalho apenas com a
potência do meu gênio, que é capaz de tudo, segundo
creio.

Mas falava da diferenciação estética necessária para me


distinguir da sociedade. Já tinha a cara boa para a
profissão intelectual: o rosto fino, triangular, os óculos de
aros grossos, sobrancelhas marcantes, uma expressão de
seriedade e sisudez constante, o hábito de sempre
carregar um livro emprestado da biblioteca da faculdade
(que eu nunca lia) etc. Mas eu me olhava no espelho e
sentia que faltava alguma coisa. Que coisa? — Alguma
coisa. “Parei. Pensei. Filosofei. Há sempre uma pose por trás
de quem posa…” — e me veio o estalo: — um cachimbo! Era
isso. Faltava-me um cachimbo na boca, algo que pudesse
conferir mais seriedade e harmonia ao conjunto. Bastou
eu ter dado conta da ausência do cachimbo para, no
mesmo dia, fazer uma viagem emergencial à tabacaria
mais próxima e adquirir o adereço. Depois das primeiras
baforadas, sentia, finalmente, que tinha me encontrado.
Fumava solitariamente no quintal de casa e vislumbrava
dentre a fumaça todas as obras que poderia ter escrito.

“Um visitante ilustre, o conde


Hermann von Keyserling, assinalou
que, a imitação sendo um fenômeno
universalmente conhecido, o modo de
praticá-la no Brasil era peculiar:
enquanto em outros países as pessoas
imitavam alguém porque tinham a
esperança de tornar-se iguais a ela de
algum modo, os brasileiros se
contentavam com a imitação enquanto
tal, visando apenas ao sucesso da
performance e não à aquisição das
qualidades pessoais imitadas. Este
hábito denota um fundo depressivo de
rendição existencial: o povo que
desistiu de ser contenta-se com
parecer.”

— em Doença existencial e fracasso


econômico-social

A espiral do fracasso
A inércia como estado natural do gênio
incompreendido
Possuo uma tipologia amorfa e macunaímica. Sou muito
apegado às comodidades cotidianas e tenho horror à
disciplina. Sou, além disso, um pouco por tendências
emocionais e psicológicas e outro tanto por fatores
geracionais, um insubordinado. Como resultado tornei-me
escravo de minhas paixões e uma espécie de
procrastinador crônico. Disso derivam os meus maiores
fantasmas e parasitas psicológicos, pois passei a me
enxergar como um indisciplinado, um irresponsável, um
incapaz.

A partir deste ponto adentrei na espiral do fracasso: não


conseguia fazer planejamentos, não era capaz de tomar
decisões sobre a minha vida ou de concluir tarefas banais.
Não sendo capaz de concluir tarefas, não me era
permitido, portanto, ser alguma coisa e, como não podia
ser alguma coisa, resignei-me em não ser nada.
Curiosamente, gastei muita energia e tive de ter muito
empenho para manter-me nesse estado de repouso.

Resolvi deixar a minha vida de estudos em standby depois


de entender com mais clareza os pré-requisitos
necessários para ser um bom aluno das aulas de Olavo.
Estes eram:

• Possuir uma boa cultura literária

• Aprender a escrever com clareza e correção

• Dominar ao menos uma língua estrangeira (leitura e


escrita)

• Ter uma base religiosa sólida

• Empreender um esforço psicanalítico e de auto-


conhecimento para livrar-se de parasitas psicológicos
que possam ser nocivos para a realização de uma vida
intelectual

Como não possuía o mínimo satisfatório de nenhum dos


pré-requisitos, e como eles me pareciam fundamentais
para dar prosseguimento ao curso, a oportunidade
pareceu-me ideal para preencher estes buracos. Por este
motivo, resolvi parar de assistir às aulas do Curso Online
de Filosofia. Mas, disse acima que não era e não me sentia
capaz de fazer nada. Então, onde fiquei, para onde fui?

“Dois caminhos divergiam num


bosque amarelo

Triste por não poder seguir os dois

E por ser apenas um viajante, segui

Um deles o mais longe que pude com


o olhar,

Até o ponto onde ele se perde no mato”

— O caminho não escolhido, Robert Frost

Eu parei diante da bifurcação e mirei o caminho errado.


Resolvi pegar a estrada mais segura e menos solitária. No
caminho que resolvi seguir eu via muitos amigos e
conhecidos, rostos familiares. Alguns tocavam violão e
outros pandeirola. Era uma estrada vasta e larga. Tão
vasta que meus olhos não podiam mirar o seu fim. Tão
larga que podia comportar enormes passeatas. Eu segui o
caminho dos malditos, dos desvalidos e dos cegos que se
misturavam na multidão até tornarem-se indiscerníveis
da massa. Botei minha mochila nas costas e, com ar
decidido, tomei a decisão de ir para esse piscinão de
Ramos dos autoindulgentes: fui para lugar nenhum.

. . .

Ponha a mão na massa


If you’ve got to grow up sometime / You’ve to do it on your
own

Todo esse processo de reeducação suscitou e agravou uma


tendência que sempre tive, levando-me a um quadro
depressivo. (Entendo que cada indivíduo tem uma reação
particular a determinado estímulo, mas só posso ajudá-los
contando o que se passou comigo).

Um processo sério de educação implica diversos efeitos


colaterais. Como cada aluno responde a isto de maneira
diferente, é praticamente impossível para o professor dar
conta e auxiliar cada caso particular (ainda mais à
distância, como é o caso do professor Olavo).

Apesar disso, boa parte dos problemas suscitados nos


alunos após algum tempo de ensino com Olavo foi descrita
em sua apostila “Considerações sobre o Seminário de
Filosofia” (disponível apenas para assinantes do Seminário
de Filosofia), onde Olavo faz uma revisão dos resultados de
seus mais de vinte anos de experiência pedagógica e
descreve as etapas pelas quais seus alunos passam no
processo de aquisição de uma educação superior. As fases
pelas quais passei (e pelas quais vocês também passaram
ou passarão) foram claramente descritas nessa aula. Já li
esse texto mais de sete vezes e sempre volto a ele quando
me sinto perdido ou desorientado sobre o que fazer.

Foi numa dessas leituras que resolvi passar do estágio de


aluno-observador para o de aluno prático. Tendo fundado,
organizado, trabalhado (e, depois, abandonado) o Grupo
de Transcrição de aulas no início do Curso Online de
Filosofia eu possuía alguma experiência com a translação
e edição de textos de aulas. Resolvi subir um degrau nessa
atividade ao transcrever e editar sozinho o curso completo
“Princípios e métodos da auto-educação”. Nenhuma
aula assistida ou texto lido de Olavo foi-me mais valioso
do que essa experiência. Empenhei-me nesse projeto
durante dois meses e o resultado foi extremamente
gratificante. Idealmente eu queria extrair, estruturar e
aplicar todo o método explicado neste curso para poder
autoeducar-me satisfatoriamente. A primeira parte foi
feita: transcrevi, editei todas as aulas e elaborei um
resumo com o esquema prático dos métodos do curso
(acessível apenas aos alunos do COF e assinantes do
Seminário de Filosofia). A aplicação efetiva do método, no
entanto, ainda não consegui conquistar. Na verdade, não
consegui sequer completar o primeiro exercício proposto:
ouvir as 380 grandes obras da história da música
ocidental extraídas do livro “Uma Nova História da
Música” (republicado como “O Livro de Ouro da História
da Música”), de Otto Maria Carpeaux.

Passados seis anos do meu primeiro contato com a obra do


professor Olavo, posso, finalmente, começar a colher os
bons frutos que dele absorvi. Para isso, fora-me (e ainda é)
necessário recorrer a uma terapia: nos atendimentos que
faço semanalmente pude começar a desatar os nós que me
impediam de seguir adiante e pude notar como usei
muitos dos bons conselhos e ensinamentos de Olavo para
me auto-sabotar em tarefas que clamavam por minha
ação. Eu fui para o nada e eu saí do nada. E hoje estou,
novamente, diante daquela bifurcação, mas agora eu
tenho o mapa e sei que caminho trilhar.

. . .

Leia também:

Algumas considerações e dicas aos


alunos de Olavo de Carvalho

Este texto é uma continuação de “Da


lama ao caos e à redenção: as etapas…
medium.com

Links citados
1. Na Casa de Saúde, de Gustavo Corção

2. A tragédia do estudante sério no Brasil, de Olavo de


Carvalho. Diário do Comércio, 12 de fevereiro de 2006

3. Doença existencial e fracasso econômico-social, de


Olavo de Carvalho. Instituto de Estudos Empresariais.
Cultura do trabalho. Porto Alegre: IEE, 2005. 310 p.
(Pensamentos liberais, vol. IX).

4. Considerações sobre o Seminário de Filosofia


(disponível apenas para assinantes do Seminário de
Filosofia)

5. Resumo com o esquema prático dos métodos do curso


“Princípios e Métodos da Auto-Educacão”, por Thiago
Capanema (acessível apenas aos alunos do COF e
assinantes do Seminário de Filosofia)

6. Lista no Google Docs com as 380 grandes obras da


história da música ocidental, por Otto Maria Carpeaux
7. Apêndice do “Livro de Ouro da História da Música”, de
Otto Maria Carpeaux, com sua seleção das grandes
obras permanentes da história da música ocidental
em ordem cronológica

8. Links para audição das grandes obras da história da


música ocidental dos séculos XIV e XVI

Você também pode gostar