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Era uma vez… 6

Portugal na segunda metade


do século XIX
Do desenvolvimento da indústria, dos
transportes e das comunicações
Era uma vez… 6 / 6.º ano
à bancarrota
© Raiz Editora, 2017. Todos os direitos reservados.
O atraso da agricultura portuguesa até
meados do século XIX

A agricultura portuguesa até à segunda metade do século XIX


Faz dó percorrer os campos do Minho (…) vê-se uma agricultura
bárbara em que só um solo generoso [fértil] pode compensar as
deficientes técnicas utilizadas. Não se dão às terras as lavras
necessárias; os adubos são maus e empregados em menor
quan-tidade do que é preciso; o afolhamento é ao acaso (…). Cruel
ignorância que consome vidas e vidas a mourejar e a cavar a terra
ingrata e que deixa os cultivadores a mendigar, no fim da vida, o pão
de cada dia.
J. da Mota Pego, O estado da agricultura, 1870 (adaptado)

No início do século XIX, a agricultura portuguesa caracterizava-se por:


• ser pouco desenvolvida;
• haver muitas terras que não eram cultivadas;
• usar utensílios rudimentares.
Logo, havia pouca produção.

Era uma vez… 6 / 6.º ano


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As melhorias na agricultura ao
longo dos governos liberais
Quais foram as mudanças na agricultura portuguesa?

Uma só coisa é necessário fazer:


não roubar o lavrador, não lhe
comer o suor do rosto e deixar que
ele ganhe o que tem direito (…). A
toda a hora lhe batem à porta: um
pede-lhe a renda, outro, [produtos],
outro, a dízima.
Discurso do deputado Borges Carneiro, em 1822

Várias medidas foram tomadas:


• fim das rendas, das obrigações de pagamento em géneros e da dízima;
• fim do morgadio – todos os filhos herdavam e não apenas o mais velho;
• venda de terras da Coroa e das ordens religiosas;
• aumento da área de cultivo com o aproveitamento dos baldios e os arroteamentos;
• uso de máquinas agrícolas em ferro – charrua e ceifeira e debulhadora mecânicas;
• novas técnicas agrícolas: fim do pousio, uso de adubos e inseticidas e seleção de
sementes.
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As mudanças no modo de produção –
da oficina à fábrica
Quais são as diferenças no modo de produção visíveis nestas duas imagens?

Produção artesanal Produção industrial

• realiza-se em oficinas; • realiza-se em fábricas;


• os artesãos fazem todas as tarefas; • os operários têm tarefas diferentes;
• usam-se apenas as mãos e • usam-se máquinas movidas a
instrumentos simples; vapor e, mais tarde, a eletricidade;
• produz-se pouco; • produz-se muito;
• os produtos são diferentes entre si; • os produtos são todos iguais;
• os produtos são mais caros. • os produtos são mais baratos.
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A indústria e a extração mineira na
segunda metade do século XIX
Quais foram
a. as indústrias que mais se desenvolveram em Portugal?

Ao longo do século XIX desenvolveram-se:


• as indústrias têxtil, de papel e cartão, metalúrgica e química;
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A indústria e a extração mineira na
segunda metade do século XIX
Quais foram
b. as principais zonas industriais
portuguesas, no século XIX?
Ao longo do século XIX
desenvolveram-se
• algumas regiões industriais:
– Porto/Braga/Guimarães,
principalmente com a indústria
têxtil;
– Lisboa/Barreiro/Setúbal,
principalmente com as indústrias
metalúrgica e têxtil;
– Castelo Branco, Covilhã e
Portalegre, principalmente com
indústria têxtil;
– a região de Leiria,
principalmente com a indústria
do vidro e da cerâmica;

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A indústria e a extração mineira na
segunda metade do século XIX
Quais foram
c. as minas exploradas em Portugal,
no século XIX?

Ao longo do século XIX desenvolveram-se:


• as minas de carvão, ferro e cobre.

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O desenvolvimento dos transportes
Como evoluíram os transporte em Portugal na segunda metade do século XIX?

Anos Estradas (em km)


1852 250
1856 800
1884 9100
1900 14 000

Fontes Pereira de Melo foi chefe de


Governos e ministro entre 1851 e 1886.
Defendia e desenvolveu
• o caminho de ferro. Assim,
– em 1856, fez-se a primeira viagem
Lisboa-Carregado;
– em 1868, já existia ligação entre
Lisboa e Madrid;
– em 1869, havia ligação direta entre
Lisboa, Madrid e Paris.
• a rede de estradas, construindo-se novas e
melhorando-se as que já existiam.
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O desenvolvimento da rede
e dos meios de transporte
O que é que também contribuiu para a evolução positiva dos transportes?

Para melhorar a rede de e os meios de transporte:


• construíram-se pontes;
• construíram-se ou renovaram-se portos e faróis;
• aplicou-se a máquina a vapor a barcos, melhorando-se os transportes fluviais
e marítimos.
Caminhava-se para o progresso.
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O desenvolvimento dos
meios de comunicação
Como era a viagem da Mala-Posta?

A Mala-Posta era uma carruagem que transportava o correio e algumas pessoas.


As viagens eram caras e muito demoradas; por exemplo, a viagem entre Porto e
Lisboa demorava 34 horas!
Com o desenvolvimento do caminho de ferro, a Mala-Posta deixou de funcionar e
o transporte de correio e pessoas passou a ser feito por comboio.
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O desenvolvimento dos
meios de comunicação
Quais foram os contributos destas inovações para a vida das pessoas?

Primeiros
selos,
1853.

Bilhete-postal ilustrado, 1894

Telégrafo e telefone de parede,


Marco de correio, segunda metade do século
segunda metade do século XIX. XIX.

Todas estas inovações permitiram a circulação mais rápida de ideias e notícias,


surgindo também novos jornais como o Diário de Notícias, O Primeiro de Janeiro
e O Século.
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As dificuldades económicas de Portugal
Na tua opinião, o Estado português estaria «saudável»?

Portugal modernizou-se e desenvolveu-se. Mas o Estado português:


• gastava mais do que recebia – tinha um défice – e não tinha dinheiro para pagar
todas as suas despesas, aumentando os impostos;
• comprava mais produtos ao estrangeiro do que os que vendia – tinha também um
défice da balança comercial.
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As dificuldades económicas de Portugal

Quem é que teria «Portugal na mão»?

• Portugal não conseguia,


muitas vezes, pagar as suas
dívidas;
• os bancos, as maiores
indústrias e a exploração dos
caminhos de ferro e dos
correios iam ficando nas mãos
de empresários estrangeiros.

Em 1890-1892, faltou a ajuda


vinda de outros países e
Portugal entrou em bancarrota.

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As medidas liberais na educação
Na tua opinião, as ideias de Passos Manuel foram, ou não, concretizadas?

É importante reformar o ensino primário


com a introdução da ginástica e a
criação de «escolas de meninas». No
ensino secundário, criar um liceu por
distrito (em Lisboa, dois). No ensino
superior, criar os Conservatórios de
Artes e Ofícios de Lisboa e do Porto, a
Academia Politécnica do Porto e a
Escola Politécnica de Lisboa.
Ideias de Passos Manuel, século XIX

• criaram-se mais escolas primárias, nomeadamente «escolas de meninas»,


introduziu-se a ginástica e tornaram-se obrigatórios os três primeiros anos de
escolaridade, sendo o quarto opcional;
• fundaram-se liceus em todos os distritos (em Lisboa existiam dois), além de
escolas industriais, comerciais e agrícolas;
• no ensino superior, surgiram novas escolas ligadas às artes e ofícios, bem como
escolas politécnicas.
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As medidas liberais na justiça

Com estas medidas, Portugal respeitou, ou não, os princípios liberais da liberdade e da igualdade?

Abolição da escravatura nos territórios portugueses


Proposta para a abolição da pena de morte
Fica abolido o estado de escravidão em todos os
(…) Porque
territórios da felizmente
monarquiaentre nós a pena
portuguesa, desde deomorte
dia dapara
os crimes políticos
publicação do presente estádecreto.
abolida nosTodos corações de todos;
os indivíduos dos
e se,sexos,
dois porventura, aparecesse
sem exceção hoje,que
alguma, entre
no nós, um Nero,
mencionado
ou se
dia umacharem
Calígula na [imperadores
condição de romanos],
escravos,não teria força
passarão à de
para a impor;
libertos e gozarãoe ainda bem que
de todos damoseao
os direitos mundo
ficarão um
sujeitos
aexemplo
todos osde tolerância
deveres que muito
concedidos nos honra.
e impostos aos libertos
pelo decreto
Discurso de 19 do
do representante deGoverno
dezembro de 1854.
na apresentação da proposta para abolição
da pena de morte, em 1852 (adaptado)
D. Luís, «Diário do Governo», 27 de fevereiro de 1869

Foi aprovado e fez-se cumprir:


• o fim da pena de morte para os crimes políticos, em 1852;
• o fim da pena de morte para todos os crimes, com exceção dos crimes
militares, em 1867;
• o fim da escravatura e das penas corporais em todos os territórios
portugueses, em 1869.
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A população portuguesa na segunda
metade do século XIX
Como evoluiu a população portuguesa ao longo do século XIX?

Ao longo do século XIX a população portuguesa quase


que duplicou:
• em 1801, existiam cerca de 3,2 milhões de pessoas;
• em 1900, existiam cerca de 5,5 milhões de pessoas.
A maioria da população fixou-se nas regiões de Lisboa e Porto ou no litoral.
Estas regiões têm solos mais férteis, mais indústrias, mais meios de comunicação
e de transporte, logo, melhores condições de vida.
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A população portuguesa na segunda
metade do século XIX
Porque é que a população portuguesa cresceu ao longo do século XIX?

Houve uma diminuição da mortalidade ao longo do século XIX.


• A alimentação melhorou em qualidade e em quantidade, logo as pessoas
resistiam melhor às doenças.
• A medicina progrediu: surgiram novos medicamentos e vacinas e foram
construídos hospitais e escolas médico-cirúrgicas.
• Os cuidados de higiene melhoraram. As pessoas passaram a usar o sabão, a
tomar mais banho, a mudarem as roupas que, por sua vez, também eram
feitas de tecidos mais respiráveis, como o algodão. Além disso, as casas
passaram a ser construídas de forma a entrar a luz e o ar. Nas cidades,
construíram-se redes de esgotos e de água canalizada e recolha de lixo.
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A sociedade liberal portuguesa
Quais eram as classes sociais que existiam na sociedade liberal?

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«Foge cão,
que te fazem barão!»…
Será precisa a Sociedade Protetora dos Animais?

Não se trata de uma perseguição aos


nossos melhores amigos. Estes versos
eram o início de uma quadra que se
repetia com alguma frequência em meados
do século XIX e que criticava com humor a
facilidade com que eram concedidos
alguns títulos de nobreza a muitos
burgueses enriquecidos:
«Foge cão,
que te fazem barão!
Para aonde,
Se me fazem visconde?…»

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A sociedade liberal portuguesa
a. Porque é que os Portugueses migravam?
b. E porque emigravam mais para o Brasil?

Motivos para a emigração


Os homens transitam do norte para o sul,
de leste para oeste, de país em país, em
busca de pão e de um futuro melhor. (…)
Eles (…) querem também viver, querem ter
regalias iguais às que desfrutam os
ho-mens privilegiados. E emigram, e
transitam de continente a continente, de
hemisfério a hemisfério, em busca do seu
pão. Destinos dos emigrantes portugueses
no século XIX.
Ferreira de Castro, Emigrantes, 1928
A mecanização da agricultura gerou desemprego nas zonas rurais e os salários
baixaram.
As populações procuravam trabalho e melhores condições de vida, por isso:
• saíram dos campos para as cidades – êxodo rural;
• saíram do país – emigração. O Brasil era o destino preferido porque aí
falava-se português e, com o fim da escravatura, havia mais oportunidades
de trabalho.
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Brasileiro de torna-viagem, estás de volta ao teu
país?

Os Brasileiros de torna-viagem são a


referência aos portugueses que, após
terem emigrado durante alguns anos,
regressavam a Portugal, com uma história
de sucesso. Do Brasil traziam riquezas e
na sua terra natal construíam ricos
palacetes e vestiam-se de forma
exuberante, exibindo sinais de riqueza,
como joias. Ajudavam as gentes da terra e
tornavam-se pessoas influentes.

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A vida quotidiana no campo
no século XIX
Como era a vida quotidiana no campo no século XIX?

• Os camponeses trabalhavam muito e recebiam baixos salários;


• As suas casas eram pobres e pequenas;
• A alimentação era pobre – sardinha, broa de milho, batata, legumes, vinho. Só se
comia carne em dias de festa;
• O seu vestuário era simples e poucos tinham calçado. Esses usavam tamancos;
• Ia-se buscar água à fonte ou ao rio, e lavar roupa no tanque ou
no rio. Aí e na taberna, onde os homens se juntavam no fim do
dia, sabiam-se as novidades;
• Divertiam-se nas vindimas, desfolhadas, feiras, festas religiosas
e bailes, onde se dançava e cantava ao desafio.
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Ó Malhão, Malhão
Que vida é a tua?
Comer e beber, ai tirim-tim-tim
Passear na rua!

Folclore é a cultura popular que representa


as tradições e identifica as características
de um povo. Nos primórdios da
humanidade, a cultura avançava de
geração em geração graças à oralidade.
Hoje em dia, há um cuidado muito grande
em registar todas as manifestações
populares, como lendas, danças, músicas,
artesanato, jogos, contos, mitos, idiomas,
entre outras.

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O quotidiano nas cidades no século XIX
Como era a vida quotidiana das classes baixas nas cidades no século XIX?

Os membros das classes baixas, nas cidades,


• trabalhavam na indústria, como operários, no comércio, como empregados de
balcão, vendedores ambulantes ou feirantes, e nas casas mais ricas, como
criados;
• viviam em bairros degradados, em casas sem água, esgotos e iluminação;
• tinham uma alimentação muito pobre – pão, batatas, legumes, sardinha, bacalhau.
Quando a fome era muita, as crianças mendigavam nas ruas;
• usavam roupas feitas de tecidos baratos; por vezes, velhas e remendadas. Era
costume andarem descalços porque não tinham calçado;
• divertiam-se nas festas religiosas ou nas feiras e faziam passeios no campo.
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É pró á

o e pr
e n in a!
m enin
m – Olha
a
é vivinh sardinha da li
a da co nda,
sta.

– Olha a sorte
grande,
amanhã anda a roda.

– A Ca
Repúbl pital,
ica, ó P
opular.

– Amola facas, navalhas e tesouras.


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O quotidiano nas cidades no século XIX
Como era a vida quotidiana da alta burguesia nas cidades no século XIX?

A alta burguesia era composta por industriais, comerciantes, banqueiros:


• viviam em luxuosos palacetes, ricamente decorados, com jardins;
• tinham uma alimentação rica e variada – faziam quatro refeições diárias, com
pratos de carne e peixe e sobremesas requintadas, como pudins;
• usavam vestuário de tecidos ricos seguindo a moda francesa. Usavam sapatos e
botinas. Faziam penteados complexos e usavam perfume;
• divertiam-se nos cafés, clubes, festas, bailes, teatro, ópera, circo, cinema, iam
jantar fora e a banhos.
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Ir a banhos? A que praia vamos?
«Ir a banhos» significa ir à praia. Essa
atividade, muito em voga na segunda
metade do século XIX, era um momento
lúdico em que as famílias se reuniam na
praia e gozavam o sol quente e o mar
fresco!
Logo de manhã, tomavam o seu banho
para depois gozar o resto do dia em
convívio, fazendo piqueniques. O vestuário
de praia dos homens e das crianças eram
fatos de banho de lã às riscas até abaixo
do joelho e com mangas até ao cotovelo.
As senhoras iam de vestido para dentro de
água e arrastavam-no molhado até às
barracas.
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O proletariado
Os operários teriam boas condições de trabalho?

As crianças que eram operários


Ao romper da manhã, já os pequenitos [de 6 e 7
anos] esperavam que lhes abrissem o portão da
fábrica. (…) Tinham de levantar-se às duas da
manhã e vir, descalços e rotos, tiritando, às vezes
encharcados, para chegarem ao toque da sineta.
À hora das refeições [só comiam] pão e sardinha
frita. Quando as manhãs eram mais frias eu
ouvia--os (…) chorar na rua, à espera.
Silva Pinto, Noites de vigília, n.º 2, Lisboa, 1896 (adaptado)

Os operários:
• recebiam baixos salários; com a entrada das mulheres e das crianças nas fábricas
também os salários dos homens baixaram;
• trabalhavam muitas horas, até 16 horas por dia;
• eram despedidos quando havia menos trabalho, ficando sem qualquer tipo de
rendimento;
• tinham uma esperança média de vida de cerca de 40 anos, devido ao excesso de
trabalho, à fraca alimentação e à deficiente assistência médica.
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Severa, quem canta seus males espanta!

Maria Severa Onofriana é considerada a


fundadora do fado. Nasceu em 1820, na
rua da Madragoa, em Lisboa, local onde a
sua mãe tinha uma taberna. O seu pai era
de etnia cigana e daí advém a sua beleza
exótica e a sua forma de cantar que
impressionava os lisboetas.
O fado é um género musical que traduz as
dificuldades e a fatalidade de vida, mas
que contribuía, na época, para momentos
de distração das classes médias e baixas.

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A arte na segunda metade do século XIX

Estes edifícios poderão ser exemplos da


«Arquitetura do Ferro» ou da «Arquitetura de Barro»?

Na Arquitetura do Ferro usava-se ferro


e vidro – progressos da Revolução
Industrial.
Construíram-se:
• Estações de caminhos de ferro
• Pavilhões
• Pontes
• Portos
• Faróis
• Mercados

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Fontes Pereira de Gustave Eiffel Eça de Queirós Rafael Bordalo
Melo (1819-1887). (1832-1923). (1845-1900). Pinheiro (1846-1905).

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Trajes típicos portugueses

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… como continua esta História?

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