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19/01/2020 OS 100 Melhores Livros da Literatura Universal

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UNIVERSAL - FOLHA DE SÃO PAULO
COMO VAI
VOCÊ
1º - Ulisses (1922) - James Joyce (1882-1941). EDUCAÇÃO?
O Guardião
Retomando parodicamente a obra fundamental do gênero R$10,00
épico -a "Odisséia", de Homero-, "Ulisses" pretende ser
uma súmula de todas as experiências possíveis do Evasivas
Amanda Carla
homem moderno. Ao narrar a vida de Leopold Bloom e Mendes
Stephen Dedalus ao longo de um dia em Dublin (capital R$20,00
da Irlanda), o autor irlandês rompeu com todos as
O que é
convenções formais do romance: criação e combinação Judaismo?
inusitada de palavras, ruptura da sintaxe, fragmentação Cabala Tropical
R$45,00
da narração, além de praticamente esgotar as
possibilidades do monólogo interior. Para T.S. Eliot, o LUARES - O
mito de Ulisses serve para Joyce dar sentido e forma ao AMOR EM
SONETOS
panorama de "imensa futilidade e anarquia da história Marco A
contemporânea". Alvarenga
R$30,00
2º - Em Busca do Tempo Perdido (1913-27) - Marcel
Proust (1871-1922). Ciclo de sete romances do escritor Singularidade:
francês, inter-relacionados e com um só narrador, dos coletânea
poética
quais os três últimos são póstumos: "O Caminho de Ricardo
Swann", "À Sombra das Raparigas em Flor", "O Caminho Miranda Filho,
Vários autores
de Guermantes", "Sodoma e Gomorra", "A Prisioneira", R$34,90
"A Fugitiva" e "O Tempo Redescoberto". Ampla reflexão
sobre a memória e o poder dissolvente do tempo, o ciclo TEMPESTADE
S SECRETAS
se apóia em fatos mínimos que induzem o narrador a Péricles Alves
resgatar seu passado, ao mesmo tempo em que realiza de Oliveira
(Thor Menkent)
um painel da sociedade francesa no fim do século 19 e R$48,97
início do 20.
3º - O Processo - Franz Kafka (1883-1924). Na obra-
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19/01/2020 OS 100 Melhores Livros da Literatura Universal
3 O Processo Franz Kafka (1883 1924). Na obra
prima do escritor tcheco de língua alemã, o bancário Como anunciar nesta
Josef K. é intimado a depor em um processo instaurado vitrine?
contra ele. Mas, enredado em uma situação cada vez
mais absurda, Joseph K. ignora de que é acusado, quem
o acusa e mesmo onde fica o tribunal.
4º - Doutor Fausto (1947) - Thomas Mann. Biografia
imaginária do compositor alemão Adrian Leverkühn,
escrita por seu amigo Serenus Zeitblom durante o
desenrolar da Segunda Guerra Mundial. Nela, o autor,
para recontar o pacto fáustico com o diabo, se vale de
aspectos da vida de Nietzsche, da teoria dodecafônica de
Shoenberg e do auxílio teórico do filósofo Adorno. O
alemão Thomas Mann, filho de uma brasileira, recebeu o
Prêmio Nobel em 1929.
5º - Grande Sertão: Veredas (1956)- Guimarães
Rosa (1908-1967). No sertão do Norte de Minas, o
jagunço Riobaldo conta para um interlocutor, cujo nome
não é revelado, a história de sua vida de guerreiro e de
seu amor pelo jagunço Diadorim -na verdade, uma
mulher disfarçada de homem para vingar o pai morto em
luta. A escrita de permanente invenção de Guimarães
Rosa (feita de neologismos, arcaísmos, transfigurações
da sintaxe) reelabora a expressão oral e os mitos do
interior do país a fim de criar um quadro épico e
metafísico do sertão
6º - O Castelo (1926) - Franz Kafka. Em busca de
trabalho, o agrimensor K. chega a uma aldeia governada
por um déspota que habita um castelo construído no alto
da colina. Submetida a leis arbitrárias, a população passa
a hostilizá-lo. Kafka morreu antes de concluí-lo.
7º - A Montanha Mágica (1924) - Thomas
Mann (1875-1955). Imagem simbólica da corrosão da
sociedade européia antes da Primeira Guerra. Ao visitar o
primo em um sanatório, Hans Castorp acaba por contrair
tuberculose. Permanece internado por sete anos, vivendo
em um ambiente de requinte intelectual, em permanente
debate com idéias filosóficas antagônicas, até que decide
partir para o front.
8º - O Som e a Fúria (1929) - William
Faulkner (1897-1962). Edições Dom Quixote (Portugal).
No condado imaginário de Yoknapatawpha, no sul dos
EUA, a vida da decadente família Compson é narrada por
quatro personagens distintos, todos obcecados pela
jovem Caddy, neste romance em que a linguagem se
amolda à consciência de cada personagem. O americano
Faulkner ganhou o Prêmio Nobel em 1949.
9º - O Homem sem Qualidades (1930-1943) - Robert
Musil (1880-1942). Nova Fronteira Fio condutor do
enredo, o ex-oficial Ulrich é repleto de dotes intelectuais,
mas incapaz de encontrar uma finalidadeem que aplicá-
los. De caráter ensaístico, a obra é uma vasta reflexão
sobre a crise social e espiritual do século 20.
10º - Finnegans Wake Finnegans Wake (1939)
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10º - Finnegans Wake Finnegans Wake (1939)
- James Joyce. Penguin (EUA). No Brasil, trechos do
livro em "Panaroma do Finnegans Wake" (Ed.
Perspectiva). Joyce criou nesta obra, que radicaliza seu
experimentalismo linguístico, provavelmente o mais
complexo texto do século. A narrativa, repleta de
referências simbólicas, mitológicas e linguísticas que
tornam a leitura um desafio permanente, gira em torno
do personagem Humphrey Chimpden Earwicker (HCE) e
sua mulher Ana Lívia Plurabelle (ALP), que vivem em
Dublin.
11º - A Morte de Virgílio (1945) - Hermann
Broch (1886-1951). Relógio d'Água (Portugal). Escritor
austríaco. Concebida enquanto o autor estava preso pelos
nazistas, a obra é um longo monólogo interior do poeta
latino Virgílio.
12º - Coração das Trevas (1902) - Joseph
Conrad (1857-1924). Ediouro Escritor ucraniano de
língua inglesa. Em busca de um mercador de marfim que
desapareceu na selva africana, o capitão Marlowe o
encontra inteiramente louco e cultuado como um deus
pelos nativos.
13º - O Estrangeiro (1942) - Albert Camus (1913-
1960). Record . Obra que consagrou o autor francês de
origem argelina (Nobel de 1957) ao tratar do absurdo da
existência. Aparentemente sem motivação -"por causa do
sol"-, Mersault mata um árabe durante passeio pela
praia. Julgado e condenado à morte, resigna-se a seu
destino.
14º - O Inominável (1953) - Samuel Beckett (1906-
1989). Nova Fronteira . Conclusão da trilogia do
dramaturgo irlandês, após "Molloy" e "Malone Morre".
Reduzido a uma condição precária de existência -sem
nome-, o narrador busca se apropriar da identidade de
dois outros personagens, Mahood e Worm. Beckett
ganhou o Nobel em 1969.
15º - Cem Anos de Solidão (1967) - Gabriel García
Márquez (1928). Record . Colombiano, ganhou o Nobel
em 1990. A saga de duas famílias no povoado fictício de
Macondo é o pretexto para o autor construir uma alegoria
da situação da América Latina. Obra que projetou
internacionalmente o "realismo mágico".
16º - Admirável Mundo Novo (1932) - Aldous
Huxley (1894-1963). Globo . Inglês. Alegoria sobre as
sociedades administradas e sem liberdade. Em um futuro
indefinido, todos os nascimentos são "de proveta" e os
cidadãos são vigiados. Nascido de uma mulher, John se
torna uma ameaça por sua diferença.
17º - Mrs. Dalloway (1925) - Virginia Woolf (1882-
1941). Penguin Books (EUA). Inglesa. A partir de um fato
banal -a compra de flores para uma festa-, Mrs. Dalloway
relembra sua vida -como a relação com a filha e uma
antiga paixão.
18º A F l (1927) Vi i i W lf Edi
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18º - Ao Farol (1927) - Virginia Woolf. Ediouro . Um
passeio da família Ramsay a um farol, frustrada pelo mau
tempo, torna-se imagem da sensação de perda que
percorre a obra: logo após irrompe a Primeira Guerra e a
morte atingirá os Ramsay.
19º - Os Embaixadores (1903) - Henry James (1891-
1980). Oxford University Press ("The Embassadors",
Reino Unido). Tema central do escritor americano, o
confronto entre a mentalidade puritana dos EUA a cultura
"fin-de-siècle" européia dá o tom nesta história sobre
americano que vai a Paris para trazer de volta rapaz
seduzido pela capital francesa.
20º - A Consciência de Zeno (1923) - Italo
Svevo (1861-1928). Minerva (Portugal). Após várias
tentativas malogradas para deixar de fumar, Zeno Cosini
segue o conselho de seu psicanalista e decide escrever a
história de sua vida, fazendo um retrato impiedoso da
burguesia italiana.
21º - Lolita (1958) - Vladimir Nabokov (1899-1977).
Cia. das Letras . Russo naturalizado americano. O
professor quarentão Humber apaixona-se pela
adolescente Lolita. Para tê-la próxima, casa-se com sua
mãe, que morre em um acidente de carro. Os dois se
tornam então amantes.
23º - O Leopardo (1958) - Tomaso di
Lampedusa (1896-1957). L&PM . Único romance do
autor italiano. No século 19, em uma Sicília dominada por
clãs familiares, o aristocrático Fabrizio Salina recusa-se a
ver a decadência de sua classe, anunciada pelas
convulsões sociais que vão levar a Itália à unificação.
24º - 1984 (1949) - George Orwell (1903-1950).
Companhia Editora Nacional . Inglês. Nesta sombria
alegoria passada em futuro que seria o ano de 1984,
cidadãos estão submetidos à autoridade onipresente do
"Big Brother" e proibidos de manifestar sua
individualidade.
25º - A Náusea (1938) - Jean-Paul Sartre (1905-
1980). Nova Fronteira . Nesta obra que tornou o filósofo
Sartre mundialmente conhecido, o herói Roquentin,
sentado num banco de praça em uma cidade do interior,
subitamente deixa de ver sentido no mundo e passa a ter
consciência do "mal-estar de existir". Francês, Sartre
recusou o Nobel em 64.
26º - O Quarteto de Alexandria (1957-1960)
- Lawrence Durrell (1912-1990). Ulisseia (Portugal).
Inglês de origem indiana. Tetralogia em que a mesma
história de política, amor e perversão é contada de
quatro óticas diferentes, em quatro diferentes romances :
"Justine", "Balthazar", "Mountolive" e "Clea".
27º - Os Moedeiros Falsos (1925) - André
Gide (1869-1951). Gallimard ("Les Faux-Monnayeurs",
França). Edouard mantém um "diário do romance", a
partir do qual pretende escrever um romance -
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"Moedeiros Falsos". A obra criou o "mise-en-abîme" -


técnica em que a personagem se duplica dentro do
romance. Francês, recebeu o Nobel em 1947.
28º - Malone Morre (1951) - Samuel Beckett. Edições
Dom Quixote (Portugal). Segundo livro da trilogia do
autor. Moribundo em um leito de hospital, Malone reflete
sobre sua vida.
29º - O Deserto do Tártaros (1940) - Dino
Buzzati (1906-1972). Mondadori ("Il Deserto dei
Tartari", Itália) Italiano. O tenente Drogo é enviado ao
longínquo e decadente forte Bastiani, situado na fronteira
pacificada de um país que nunca é nomeado. Lá, todos
aguardam há décadas o ataque improvável dos tártaros e
a desilusão se torna regra.
30º - Lord Jim (1900) - Joseph Conrad (1857-1924).
Publicações Europa-América (Portugal). Conrad narra a
história de um marinheiro atormentado pelo remorso de
ter permitido o naufrágio de seu navio.
31º - Orlando (1928) - Virginia Woolf. Ediouro . A
autora inglesa imagina sua amiga, a também escritora
Vita-Sackville West, vivendo nos três séculos anteriores.
32º - A Peste (1947) - Albert Camus. Record .
Epidemia assola Orán, na Argélia. A cidade é isolada e
muitos morrem. Escrita logo após o fim da Segunda
Guerra, a obra reflete sobre como indivíduos reagem à
morte iminente, ao isolamento e ao vácuo de sentido que
se abre em suas vidas.
33º - O Grande Gatsby (1925) - Scott
Fitzgerald (1896-1940). Relógio d'Água (Portugal).
Americano. Vivendo de negócios ilícitos, Jay Gatsby revê
antiga paixão, Daisy, agora casada com o milionário Tom
Buchanan. Tornam-se amantes, mas Daisy e o marido
acabarão por envolver Gatsby em intriga que o levará a
um fim trágico.
34º - O Tambor (1959) - Günter Grass (1927). Vintage
Books ("The Tin Drum", EUA). Obra em que o autor
alemão narra a ascensão do nazismo. Internado em um
manicômio, Oskar relembra sua vida desde os três anos,
quando decidiu parar de crescer por ódio aos pais e ao
mundo adulto.
35º - Pedro Páramo (1955) - Juan Rulfo (1918-1986).
Paz e Terra (R$ 19,50). Mexicano. Nesta obra que
prenuncia o "realismo mágico", Juan chega a Comala em
busca do paradeiro do pai, Pedro Páramo. Mas, ao
descobrir que o povoado é habitado apenas por mortos,
Juan morre aterrorizado. Enterrado, outros fantasmas
irão lhe contar a vida de seu pai.
36º - Viagem ao Fim da Noite (1932) - Louis-
Ferdinand Céline (1894-1961). Cia. das Letras (R$
30,00). Francês. Após ser ferido na Primeira Guerra,
Bardamu conhece a americana Lola, com quem viaja para
os EUA. Passado na França, África e nos EUA, a obra
critica as guerras e o colonialismo.
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c t ca as gue as e o co o a s o
37º - Berlin Alexanderplatz (1929) - Alfred
Döblin (1878-1957). Rocco (R$ 42,00). Alemão. Obra
que abriu novas possibilidades ao gênero ao utilizar
técnicas de montagem e justaposição para construir, nos
anos 20, uma Berlim multifacetada, por onde transitam
personagens esmagadas pela engrenagem social.
38º - Doutor Jivago (1957) - Boris Pasternak (1890-
1960). Itatiaia (R$ 15,90). Um amplo painel da Rússia
nas três primeiras décadas deste século, desde a crise do
czarismo até a implantação do comunismo. O autor foi
perseguido pelo regime comunista soviético, que o forçou
a recusar o Prêmio Nobel de 1958.
39º - Molloy (1951) - Samuel Beckett (1906-1989).
Nova Fronteira (R$ 19,00). Primeiro obra da trilogia.
Relembrando suas viagens, os narradores Molloy e Moran
revelam-se a mesma pessoa, e as viagens, a busca da
identidade perdida.
40º - A Condição Humana (1933) - André
Malraux (1901-1976). Record (R$ 28,00). Ambientado
em Xangai (China), o romance dramatiza os primeiros
levantes da Revolução Chinesa, em 1927. Francês,
Malraux foi ministro da Cultura de Charles de Gaulle.
41º - O Jogo da Amarelinha (1963) - Julio
Cortázar (1914-1984). Civilização Brasileira (R$ 41,00).
Argentino. A vida de Oliveira em Paris é o pretexto para o
autor criar um dos romances mais ousados do século 20.
Ao propor possibilidades da leitura dos capítulos fora da
ordem sequencial, o narrador delega ao leitor a
capacidade de também "construir" o romance.
42º - Retrato do Artista Quando Jovem (1917)
- James Joyce. Ediouro (R$ 19,90). De caráter
autobiográfico, a obra investiga o processo de formação
do artista ao longo da infância e adolescência do
personagem Stephen Dedalus, que será um dos
personagens centrais de "Ulisses".
43º - A Cidade e as Serras (1901) - Eça de
Queirós (1845-1900). Ediouro (R$ 7,80). Principal autor
do realismo português, Eça põe em cena a dicotomia
entre campo e cidade, ao contar a história de dois
amigos, um entusiasta da moderna Paris e outro da vida
bucólica em Portugal.
44º - Aquela Confusão Louca da Via
Merulana (1957) - Carlo Emilio Gadda (1893-1973).
Record (R$ 11,00). Neste romance "policial" sobre um
roubo de jóias, ambientado nos primeiros anos do
fascismo, o autor italiano radicaliza o uso de jargões,
gírias e dialetos.
45º - As Vinhas da Ira (1939) - John
Steinbeck (1902-1968). Record (R$ 22,00). Americano,
ganhou o Nobel de 1962. Marcada por forte crítica social,
obra narra a saga de uma família de camponeses em
busca de trabalho na Califórnia.
46º - Auto de Fé (1935) - Elias Canetti (1905-1994)
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46º - Auto de Fé (1935) - Elias Canetti (1905-1994).
Nova Fronteira (R$ 42,00). Búlgaro de língua alemã,
ganhou o Nobel de 1981. Obcecado desde a infância pela
idéia de ler e saber tudo, o professor Kien acaba por
morrer queimado em um incêndio de seus 100 mil livros.
47º - À Sombra do Vulcão (1947) - Malcolm
Lowry (1909-1957). Ed. Siciliano (R$ 27,00). Inglês.
Incorporando técnicas da linguagem cinematográfica -
como flashbacks e justaposição de imagens e
pensamentos-, a obra narra o périplo de um velho cônsul
alcoólatra por uma cidadezinha do México.
49º - Macunaíma (1928) - Mário de Andrade (1893-
1945). Scipione e Villa Rica . Obra de ficção mais
importante do modernismo brasileiro, "Macunaíma", "o
herói sem nenhum caráter", sincretiza o que Mário de
Andrade considerava as características do povo
brasileiro: índio, negro e branco, desleal, ambicioso,
coração mole, corajoso, mas preguiçoso.
50º - O Bosque das Ilusões Perdidas (1913) - Alain
Fournier (1886-1914). Relógio d'Água (Portugal). A
partir da paixão de um estudante por uma aldeã, o autor
francês constrói uma fábula poética sobre a passagem da
infância à adolescência.
51º - Morte a Crédito (1936) - Louis-Ferdinand
Céline (1894-1961). Nova Fronteira . Fugindo da
miséria, Ferdinand deixa sua casa e se envolve com um
inventor fantástico que criou uma forma de plantio
"rádio-telúrico", que provoca a ira dos agricultores do
interior da França. A obra radicalizou o experimentalismo
linguístico de "Viagem ao Fim da Noite".
52º - O Amante de Lady Chatterley (1928) - D.H.
Lawrence (1885-1930). Graal . Proibido na Inglaterra
por 32 anos, acusado de obscenidade, o romance narra a
paixão avassaladora entre a mulher de um aristocrata
inglês e um guarda-caça.
53º - O Século das Luzes (1962) - Alejo
Carpentier (1904-1980). Global . Cubano. Publicada a
princípio em francês, essa crônica histórica se passa na
ilha antilhana de Guadalupe, onde comerciante tenta
impor os ideais da Revolução Francesa (1789) em curso
na Europa.
54º - Uma Tragédia Americana (1925) - Theodore
Dreiser (1871-1945). New America Library ("An
American Tragedy", EUA). Escritor americano. Jovem
ambicioso e arrivista planeja matar a namorada que pode
impedir sua ascensão social. Deixa a idéia de lado, mas a
moça acaba morrendo e ele é acusado.
55º - América (1927) - Franz Kafka. Livros do Brasil
(Portugal). Obra inacabada de Kafka, publicada três anos
após sua morte, conta a história de jovem que é enviado
aos EUA pelos pais depois de engravidar uma
empregada.
59º - A Vida - Modo de Usar (1978) - Georges
P (1936 1982) C hi d
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L t P ti d d 7/13
19/01/2020 OS 100 Melhores Livros da Literatura Universal
Perec (1936-1982). Companhia das Letras . Partindo da
idéia do quebra-cabeças, o livro relaciona as vidas e
experiências dos moradores de um edifício em Paris.
Perec participou do grupo de experimentação literária
OuLiPo, de Raymond Queneau.
60º - José e Seus Irmãos (1933-1943) - Thomas
Mann. Ed. Nova Fronteira . Tetralogia baseada na
narrativa bíblica de Jacó, vendido pelos irmãos aos
israelitas: "A História de Jacó", "O Jovem José", "José no
Egito" e "José, o Provedor".
61º - Os Thibault (1921-1940) - Roger Martin du
Gard (1881-1958). 2 vols. Ed. Globo . Neste ciclo de oito
romances, os grandes temas do entre-guerras, como o
declínio do espírito religioso e a desilusão com o
socialismo, são encenados por meio da trajetória de dois
irmãos. Francês, ganhou o Prêmio Nobel em 1937.
62º - Cidades Invisíveis (1972) - Italo Calvino (1923-
1985). Companhia das Letras . O viajante veneziano
Marco Polo descreve a Kublai Khan, de modo fabular e
fantasioso, as incontáveis cidades do império do
conquistador mongol.
63º - Paralelo 42 (1930) - John dos Passos (1896-
1970). Ed. Rocco . Inaugurando a trilogia "USA", formada
ainda por "1919" e "Dinheiro Graúdo", a obra do autor
americano descendente de portugueses traça um painel
da América nas primeiras décadas do século.
64º - Memórias de Adriano (1951) - Marguerite
Yourcenar (1903-1987). Ed. Nova Fronteira . Escritora
belga. No século 2º d.C., o imperador romano Adriano,
próximo da morte, faz um balanço de sua existência em
carta ao jovem Marco Aurélio.
65º - Passagem para a Índia (1924) - E.M.
Forster (1879-1970). Publicações Europa-América
(Portugal). Inglês. Na Índia sob dominação britânica, um
nacionalista hindu é acusado por uma inglesa de praticar
atos imorais. É preso e levado a julgamento.
66º - Trópico de Câncer (1934) - Henry Miller. Ibrasa
- Instituição Brasileira de Difusão Cultural . De caráter
autobiográfico, a obra recria o clima de liberdade e
inconformismo de artistas e escritores americanos que
viviam em Paris no entre-guerras.
67º - Enquanto Agonizo (1930) - William Faulkner.
Ed. Exped . O périplo da família Bundren para enterrar a
mãe em Jefferson é um pretexto para virem à tona -na
consciência das personagens- as desavenças entre
irmãos, pai e tios.
68º - As Asas da Pomba (1902) - Henry
James (1843-1916). Ediouro . Rapaz é estimulado pela
amante maquiavélica a cortejar uma milionária que está
à beira da morte.
69º - O Jovem Törless (1906) - Robert Musil. Ed.
Nova Fronteira . Alemão. Descreve a vida de
adolescentes em um internato alemão, onde a severidade
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do sistema educacional conjuga-se à brutalidade do


comportamento dos alunos.
70º - A Modificação (1957) - Michel Butor (1926).
Minuit ("La Modification", França). Narrado inteiramente
na segunda pessoa do plural, o livro conta a história de
homem que, em um trem, a caminho de encontrar a
amante em Roma, divide-se entre o amor dela e o de sua
mulher.
71º - A Colméia (1951) - Camilo José Cela (1916).
BCD União de Editoras . Espanhol, ganhou o Nobel de
1989. Diversos personagens e histórias se cruzam neste
livro em que a verdadeira personagem é a cidade de
Madri (Espanha), logo após a Segunda Guerra.
72º - A Estrada de Flandres (1960) - Claude
Simon (1913). Ed. Nova Fronteira . O francês Claude
Simon, ligado ao movimento do "roman nouveau" (novo
romance), evoca neste livro a derrota da França pelos
nazistas em 1940. Ganhou o Prêmio Nobel em 1985.
73º - A Sangue Frio (1966) - Truman Capote (1924-
1984). Livros do Brasil (Portugal). Enviado como
jornalista para cobrir um crime real, o autor americano
criou um novo gênero -o romance-documento-, que
insere na ficção a investigação sistemática da
reportagem.
74º - A Laranja Mecânica (1962) - Anthony
Burgess (1916-1993). Ediouro . Em uma cidade
imaginária, o líder de uma gangue de vândalos é preso e
submetido a lavagem cerebral para "descriminalizá-lo".
Escritor britânico.
75º - O Apanhador no Campo de Centeio (1951)
- J.D. Salinger (1919). Editora do Autor . O americano
Salinger retrata o vazio da classe média americana e os
dilemas típicos da adolescência nos anos 50 a partir da
história de um jovem que vaga sem rumo por Nova York.
76º - Cavalaria Vermelha (1926) - Isaac
Babel (1894-1941). Ediouro . De grande força épica, o
livro narra a vida repleta de massacres e violência dos
soldados russos -os cossacos.
77º - Jean Christophe (1904-12) - Romain
Rolland (1866-1944). Ed. Globo . Biografia imaginária
de um músico alemão que vai viver na França, mas
acaba se decepcionando com a frivolidade da cultura do
país.
78º - Complexo de Portnoy (1969) - Philip
Roth (1933). Editora L&PM . Americano. Conceito da
psiquiatria, "Complexo de Portnoy" tem como eixo garoto
judeu obcecado pela mãe e em busca de satisfação
sexual, o que acaba por aumentar seu complexo de
culpa.
79º - Nós (1924) - Evgueni Ivanovitch
Zamiatin (1884-1937). Ed. Antígona (Portugal). O
escritor russo satiriza o regime comunista soviético por
meio de uma cidade imaginária onde não existem nem
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g
individualismo nem liberdade.
80º - O Ciúme (1957) - Allain Robbe-Grillet (1922).
Ed. Minuit ("La Jalousie", França). Francês. Nesta obra-
chave do "nouveau roman", um narrador paranóico
investiga a suposta traição da mulher.
81º - O Imoralista (1902) - André Gide (1869-1951).
Ed. Gallimard ("L'Imoraliste", França). Escritor francês.
Criado na estrita moral puritana, Michel busca a auto-
realização, o que resulta no sacrifício daqueles que o
cercam, como a sua mulher.
82º - O Mestre e Margarida (1940) - Mikhail
Afanasevitch (1891-1940). Ed. Ars Poética . Escritor
russo. Voland -a encarnação do diabo- é internado em
um manicômio ao desmascarar os abusos e favoritismos
da sociedade russa dos anos 20.
83º - O Senhor Presidente (1946) - Miguel Ángel
Asturias (1899-1974). Ed. Losada ("El Señor
Presidente", Argentina). Ganhador do Nobel de 1967, o
guatemalteco se tornou um dos pioneiros do "realismo
mágico" com esta obra que satiriza um ditador sul-
americano.
84º - O Lobo da Estepe (1927) - Herman
Hesse (1877-1962). Ed. Record . Escritor alemão.
Solitário e em crise existencial, o escritor Harry Haller
acaba por conhecer duas pessoas que vão incitá-lo a
aceitar a vida em toda a sua plenitude.
85º - Os Cadernos de Malte Laurids Bridge (1910)
- Rainer Maria Rilke (1875-1926). Editora Siciliano .
Escritor alemão. Intelectual reflete em seu diário sobre a
morte e a busca de Deus enquanto se recupera de uma
doença.
86º - Satã em Gorai (1934) - Isaac B. Singer (1904-
1991). Ed. Perspectiva . No século 17, em uma aldeia da
Polônia assediada por tropas inimigas, um falso messias
anuncia a redenção próxima. Polonês de língua inglesa,
Singer recebeu o Prêmio Nobel em 1978.
87º - Zazie no Metrô (1959) - Raymond
Queneau (1903-1976). Ed. Rocco . Francês, criador nos
anos 60 do grupo de experimentação literária OuLiPo.
Enquanto o metrô está em greve, Zazie percorre a cidade
de Paris, partilhando a experiência de personagens como
uma viúva, um taxista e um cabeleireiro.
88º - Revolução dos Bichos (1945) - George Orwell.
Editora Globo . Animais de uma fazenda se rebelam
contra seus donos e tomam o poder. Ambicionam realizar
uma "sociedade" igualitária, mas logo se instala uma
ditadura, a dos porcos, que submete os demais bichos
como faziam os donos humanos.
89º - O Anão - Pär Lagerkvist. Ed. Farrar, Strauss &
Giroux ("Dwarf", EUA). No século 15, em Florença, um
anão conta em um diário como foi encarcerado na torre
do palácio por Lorenzo de Médici depois de servi-lo por
vários anos O autor sueco ganhou o Nobel em 1951
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vários anos. O autor sueco ganhou o Nobel em 1951.
90º - A Tigela Dourada (1904) - Henry James. Oxford
University Press ("The Golden Bowl", EUA). Dividido em
duas partes, o livro é um estudo sobre o adultério a partir
da ótica de um aristocrata e de sua mulher.
91º - Santuário - William Faulkner. Editora Minerva
(Portugal). Um delinquente mata um de seus comparsas
e violenta uma jovem, que ele depois obriga a se
prostituir. Perseguido pela polícia, ele é inocentado do
crime pela mulher, que acusa a um outro, que acaba
linchado. A fraqueza da justiça humana, a crueldade e a
impotência são alguns dos temas reunidos por Faulkner
neste livro, em que a tragédia grega se intromete no
romance policial, na observação de André Malraux.
92º - A Morte de Artemio Cruz (1962) - Carlos
Fuentes (1928). Ed. Rocco . Escritor mexicano. Inválido
e à beira da morte, o rico e poderoso Artemio Cruz
relembra o seu passado revolucionário.
93º - Don Segundo Sombra (1926) - Ricardo
Güiraldes (1886-1927). Ed. Scipione . De dimensões
míticas, obra narra a formação de um jovem por um dos
últimos "gauchos" dos pampas argentinos. Obra de forte
caráter nacionalista.
94º - A Invenção de Morel (1940) - Adolfo Bioy
Casares (1914). Ed. Rocco . Neste clássico da literatura
fantástica, o autor argentino cria a história de um homem
em fuga da Justiça que chega a uma ilha deserta, onde
pouco a pouco realidade e imaginário começam a se
misturar.
95º - Absalão, Absalão (1936) - William Faulkner.
Editores Reunidos (Portugal). O passado mítico e trágico
de Thomas Sutpen, que impôs a destruição à velha
aristocracia de uma cidade, é narrado a partir de três
pontos de vista diferentes, que se contradizem, se
anulam ou se confirmam. O drama familiar, o conflito
racial e a decadência sulina expandem-se em um quadro
histórico dos maiores construídos por Faulkner.
96º - Fogo Pálido (1962) - Vladimir Nabokov (1899-
1977). Ed. Teorema (Portugal). Escritor russo-americano.
Após apresentar ao leitor um poema recém-descoberto -
"Fogo Pálido"-, o narrador analisa sua estrutura e
investiga as motivações que levaram o autor -já morto- a
escrevê-lo.
97º - Herzog (1964) - Saul Bellow (1915). Ed. Relógio
d'Àgua (Portugal). Em crise existencial, intelectual passa
a enviar cartas a figuras fictícias, como filósofos,
políticos, além de Deus e a si mesmo. Americano, ganhou
o Nobel em 1976.
98º - Memorial do Convento (1982) - José
Saramago (1922). Bertrand . Autor português, ganhou o
Nobel em 1998. Durante construção de convento em
Portugal no século 18, padre idealiza realizar um engenho
voador, a "passarola", o que desagrada a Inquisição.
99º Judeus sem Dinheiro (1930)
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Michael 11/13
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99º - Judeus sem Dinheiro (1930) - Michael
Gold (1893-1967). Editorial Caminho (Portugal). Membro
do Partido Comunista, o escritor americano traça um
painel do bairro do Lower East Side, em Nova York,
durante as primeiras décadas do século, quando
começavam a chegar as primeiras levas de imigrantes
judeus.
100º - Os Cus de Judas (1980) - Antonio Lobo
Antunes (1942). Ed. Marco Zero . Escritor português. A
obra trata de forma sarcástica e irreverente a ditadura
salazarista dos anos 70 e as guerras pela libertação das
colônias portuguesas na África.

Fonte: http://blog.livronet.com.br/index.php?
op=ViewArticle&articleId=122&blogId=1

Folha de São Paulo

Enviado por Argeu Ribeiro em 30/11/2014


Reeditado em 01/12/2014
Código do texto: T5054396
Classificação de conteúdo: seguro

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Sobre o autor
Argeu Ribeiro
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