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Cap 41
Cap 41
• Projeto de impermeabilização
• Qualidade de materiais e sistemas
• Qualidade de execução
• Qualidade da construção
• Fiscalização
• Preservação
• NBR 9575
• Deve fazer parte integrante dos projetos de
construção, como estrutural, hidráulica, elétrica,
arquitetura, paisagismo, instalações, etc.
• Compatibilização com todos os componentes da
construção
• A impermeabilização não deve sofrer nem ocasionar
interferências
•Figura 1 – Detalhe de manta asfáltica degradada por ação de raios U.V. – Fonte: Impercia
•Figura 3 – Reservatório de água mau executado sendo reparado e preparado para ser
impermeabilizado – Fonte: Impercia
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fiscalização
Resistência Mecânica:
• tração, compressão e alongamento
• deformação residual
• aderência ao suporte
• fadiga dinâmica
• puncionamento estático e dinâmico
• rasgamento
• grau e tipo de fissuração do substrato
• degradação à agentes químicos
• abrasão
Resistência Térmica:
• altas temperaturas
• baixas temperaturas
• ciclos térmicos
• estabilidade térmica dimensional
• flexibilidade à baixas temperaturas
Flexibilidade:
•flexível
• semi-flexível
• rígido
Deformabilidade
• elástico
• plástico
• plasto-elástico
Aplicabilidade:
• pré fabricado
• moldado in loco
• aplicação à quente
• aplicação a frio
• base água ou base solvente
Proteção:
• dispensa proteção
• requer proteção
• auto protegido
• proteção térmica
Características do Substrato:
• aderido ao substrato
• não aderido ao substrato
• requer berço amortecedor
• presença de umidade no substrato
• resistência do substrato
• rugosidade do substrato
• composição do substrato
Forma do Substrato:
• baixa inclinação
• elevada inclinação
• plana
• abobadada
• cilíndrica
• esférica
• complexa
Estabilidade:
• estabilidade ao longo do tempo
• vida útil
• necessidade de conservação periódica
Outros Aspectos:
• grau de especialização exigido
• exequibilidade
• custo
• rapidez na aplicação
• fatores de risco - exigência de segurança
• exigências de EPI
• armazenamento
• normalização ABNT
• toxidade
• restrições de utilização
• Asfaltos oxidados
• Asfaltos diluídos
• Emulsões asfálticas
• Asfaltos policondensados
• Asfaltos elastoméricos
• Soluções asfálticas elastoméricas
• Emulsões asfálticas elastoméricas
• Asfaltos modificados com poliuretanos
• Outros
• Asfaltos oxidados:
• São feitos pela passagem de ar, em temperaturas elevadas,
no asfalto de destilação direta (CAP)
• Deformam em torno de 10% (sem modificação com óleos ou
polímeros), são quebradiços em baixas temperaturas, com
baixa resistência à fadiga.
• São comercializados em barras sólidas e aplicados à quente
após serem derretidos em caldeiras.
• A oxidação do asfalto altera as seguintes características
físicas principais:
• aumento do peso específico e consistência;
• diminuição da ductibilidade;
• diminuição da suscetibilidade às variações de temperatura.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Membranas Asfálticas
• Asfaltos diluídos:
• São resultantes da diluição do CAP, ou do asfalto oxidado,
por diluentes destilados do petróleo.
• Os diluentes têm a finalidade apenas como veículo de
diluição, de forma a permitir a sua aplicação à temperatura
ambiente (aplicações a frio)
• São largamente empregados para imprimação de substratos
que receberão sistemas impermeabilizantes de base
asfáltica como membranas asfálticas ou mantas asfálticas.
NBR 9686 (ABNT:2006)
• São também empregados como pinturas protetoras de
superfícies, impermeabilizantes, pinturas anticorrosivas para
metais, dentre outras utilizações.
• Emulsões asfálticas:
• São dispersões de cimento asfáltico em fase aquosa (CAP,
água e emulsificantes)
• Por não haver adições poliméricas neste material, forma
uma membrana dura e quebradiça em baixas temperaturas.
• Devido ao seu baixo custo, a utilização desse
impermeabilizante é muito difundida, mas deve ser restrita
às áreas com baixa deformação, por ação estrutural ou
térmica.
• São também uma opção, ainda que provisória, rápida e
barata em períodos de chuvas, uma vez que, por serem à
base de água, podem ser aplicadas em substratos úmidos
(mas sem poças de água).
• Asfaltos policondensados
• São obtidos por reação de condensação em reatores de
processo contínuo com variação de vazão, temperatura e
pressão, resultando em um aumento médio do peso
molecular da massa de CAP.
• São comercializados em barras sólidas e aplicados a quente
após serem derretidos em caldeiras.
• Asfaltos elastoméricos
• Obtidos pela composição de CAP e polímeros elastoméricos
em dispersores em temperatura adequada, asfaltos
elastoméricos são comercializados em barras sólidas e
aplicados a quente através do derretimento das barras em
caldeiras, cuja temperatura deve ser controlada.
• Utilização:
• Impermeabilização para água de percolação, umidade ou
pressão hidrostática positiva.
• Lajes com trânsito de pedestres, tráfego de veículos ou sem
tráfego, dependendo do tipo de manta.
• Lajes expostas a intempéries, com mantas com acabamento
em grânulos minerais, filmes de alumínio ou pinturas
protetivas.
• Estruturas sujeitas a pressão hidrostática positiva, como
reservatórios, piscinas, tanques espelhos d’água, etc.
• Membranas de neoprene:
• São elastômeros, denominados policloroprenos, e são
utilizados como membranas aplicadas em várias camadas,
intercaladas ou não com reforços de tela de nylon ou
poliéster (NBR 9396, ABNT,1986).
• Membranas de hypalon:
• Nome comercial dos elastômeros polietilenos
clorossulfonados. Possuem ótima resistência aos raios
ultravioletas. Conjuntamente com o neoprene, o hypalon é
um sistema apropriado para impermeabilização de lajes
expostas, tipo abobadas, cúpulas, etc. Atualmente, é pouco
utilizado devido ao alto custo da matéria-prima.
• Membranas de poliuretano:
• São polímeros líquidos de polibutadieno que, quando
reagem com isocianatos, formam os polímeros termofixos
poliuretanos. Têm boa resistência a produtos químicos e alta
elasticidade. São utilizadas na fabricação de
impermeabilizantes líquidos, diluídos ou não em solventes,
mástiques, adesivos, tintas, vernizes, etc. As membranas de
poliuretano têm elevada durabilidade e, quando a sua
aplicação vem associada a agregados miúdos, podem ter
excelente resistência à abrasão. Por isso, é indicado o seu
uso até mesmo para estacionamentos elevados.
• Membranas de poliuréia
• Trata-se de uma tecnologia ainda muito recente e
inexplorada pelo mercado da construção civil. No mercado
nacional, as poliuréias encontradas são bicomponentes de
reação muito rápida (entre 3 a 10 segundos); por isso
necessitam de equipamentos e mão-de-obra especiais para
a sua aplicação. Esses equipamentos são chamados de
Hot-sprays por aplicarem o produto através de pulverização
numa temperatura superior a 70ºC. O resultado final é uma
membrana de secagem praticamente instantânea, muito
flexível e elástica, com elevada resistência química,
aderência, resistência mecânica, entre outras
características.
• Pinturas de epóxi
• Os impermeabilizantes à base de polímero termofixo de
epóxi são altamente impermeáveis e resistentes a produtos
químicos. Na forma natural, são rígidos, o que limita sua
utilização em estruturas de concreto sujeitas à fissuração
dinâmica. No entanto, podem ser flexibilizados com o uso de
alcatrão. São utilizados para impermeabilização de tanques
de produtos químicos, subsolos e cortinas submetidos à
influência ou não de lençol freático, pisos frios, floreiras de
concreto, pisos industriais, etc. Podem ser apresentados
como impermeabilizantes isentos de solventes, solubilizados
em solventes ou em forma de emulsão. As resinas de epóxi
não devem ficar expostas à ação dos raios ultravioletas do
sol por não terem resistência para tal.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Polímeros Sintéticos
• Membranas acrílicas
• Esses polímeros são utilizados para a confecção de
emulsões impermeabilizantes, mástiques, tintas refletivas
para impermeabilizações asfálticas, tintas impermeáveis e
vernizes. Esses produtos podem ser produzidos a partir de
resinas acrílicas puras, acrílicas estirenadas ou acrílicas
vinílicas.
• Possuem boa elasticidade e aderência, quando bem
formuladas, e boa resistência aos raios UV, quando
formuladas a partir dos polímeros de acrílico puro.
• Indicadas para a impermeabilização exposta em lajes
inclinadas, abóbadas, cúpulas e demais formas irregulares
que dificultam o uso de sistemas de impermeabilização que
precisem ser protegidos (NBR 13321, ABNT,1995).
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Polímeros Sintéticos
• Mantas de PVC
• Polímero termoplástico, denominado cloreto de polivinila,
naturalmente rígido, é flexibilizado com plastificantes,
tornando-se elástico. É utilizado na fabricação de mantas
(NBR 9690, ABNT,1986). Atualmente no Brasil, tem pouca
utilização nas impermeabilizações de obras de construção
predial; é mais utilizada em revestimento de canais de
irrigação, lagoas, tanques, túneis, entre outras. Todavia, tem
uma enorme participação nesse mercado nos Estados
Unidos e na Europa, pois, com o aparecimento de novas
formulações químicas, é um material com grande
durabilidade. Por ser um polímero termoplástico, a soldagem
das emendas das são executadas na maioria das obras com
soldadores de ar quente
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Polímeros Sintéticos
•Figura 16 – Manta de PVC sendo aplicada na praça da Sé em São Paulo (detalhe ao lado do
equipamento de solda das emendas da manta) – Fonte: MC BAUCHEMIE
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Polímeros Sintéticos
• Mantas de PEAD
• O PEAD (polímero de polietileno de alta densidade) é um
polímero termoplástico naturalmente flexível, sem
necessidade de adição de plastificantes. É apresentado na
forma de mantas, com grande utilização em obras onde se
exigem resistência à agressividade química e alta
impermeabilidade, como aterros sanitários, aterros
industriais, pátios de escória siderúrgica, tanques de
lixiviação, tanques de produtos químicos, bases de tanques
de derivados de petróleo, indústria petroquímica, canais de
irrigação, lagoas, dentre outras aplicações mais técnicas.
Por ser um polímero termoplástico, a soldagem das
emendas é executada com máquinas soldadoras de ar ou
cunha quente, ou por máquinas extrusoras do próprio
polímero. Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Polímeros Sintéticos
• Mantas de polipropileno
• Polímero de polipropileno é um polímero termoplástico de
elevada impermeabilidade e flexibilidade. É utilizado na
fabricação de mantas, que podem ser reforçadas com telas
de poliéster para melhor resistência. Sua aplicação é mais
freqüente em grandes coberturas industriais, ficando
expostas à ação das intempéries. De grande resistência a
produtos químicos, também é utilizado como revestimentos
de tanques de produtos químicos. Sua soldagem é
executada não só com máquinas soldadoras de ar ou cunha
quente, como também por meio de extrusoras do próprio
polímero.
• Cimentos Cristalizantes:
• constituem um sistema à base de cimentos e aditivos
químicos minerais, aplicados sob forma de pintura
diretamente sobre concreto, argamassa ou alvenaria
previamente saturados com água.
• Através de uma penetração osmótica pela porosidade do
substrato, obtém-se uma reação química de seus
componentes com a água de saturação, formando,
inicialmente, um gel que, depois, transforma-se em
depósitos de cristais insolúveis que colmatam a porosidade
do substrato.
• Por ser um sistema em que a deposição de polímero na
porosidade não forma filme, pode ser usado para pressões
bilaterais.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Cimentos Impermeabilizantes
•Figura 19 – Argamassa polimérica semiflexível sendo aplicada em piso de banheiro – Fonte: IMPERCIA
•Figura 21 – Injeção de Gel Acrílico no solo por trás da estrutura de concreto – Fonte: MC BAUCHEMIE
• Flexibilidade
• Flexíveis: São sistemas de impermeabilização que possuem
flexibilidade e capacidade de deformação suficientes para
absorver as movimentações das estruturas a serem
impermeabilizadas, sem apresentar fissuras, rasgamentos e
outras falhas que possam comprometer seu desempenho.
• alta flexibilidade: membranas de asfaltos poliméricos em
solução, mantas de butil, mantas de EPDM, mantas de PVC,
membranas de neoprene, etc.;
• média flexibilidade: emulsões asfálticas poliméricas,
membranas acrílicas, asfaltos com baixo teor de polímeros,
etc.;
• baixa flexibilidade: asfalto oxidado, emulsão asfáltica com
carga, etc.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Sistemas Impermeabilizantes
• Flexibilidade
• Rígidos: São sistemas de impermeabilização que não
possuem flexibilidade, que limitam seu desempenho à não
existência de deformações do substrato que possam
provocar seu rompimento. São exemplos de sistemas
rígidos: argamassa/concretos com aditivos hidrófugos,
cimentos cristalizantes.
• Flexibilidade
• Semiflexíveis: Pode-se definir como sistemas que possuem
baixo módulo de elasticidade, mas que suportam as
deformações do substrato, dentro de determinados limites.
Por exemplo, poderíamos enquadrar um sistema como
semiflexível caso absorva a ocorrência de uma fissura do
substrato de concreto, até os limites definidos por norma,
que é de 0,3 mm. No entanto, os mesmos podem romper
caso a fissura seja dinâmica, acarretando fadiga do sistema
impermeabilizante. Como exemplos de sistemas
semiflexíveis podem-se citar as pinturas de base epóxi
flexibilizadas e as membranas de argamassa polimérica
semiflexível.
• Metodologia de aplicação
• Metodologia de aplicação
• Metodologia de aplicação
• Exposição ao intemperismo:
• Resistentes ao intemperismo: Produtos ou sistemas cujas
propriedades permitem sua exposição direta ao
intemperismo, pois possuem boa resistência à ação dos
raios ultravioletas do sol. São exemplos: membranas
acrílicas, poliuretânicas, mantas de PEAD, membranas de
asfalto com alto teor de polímero de poliuretano, mantas de
EPDM, mantas de butil, etc.
• Autoprotegidos: São produzidos com um acabamento
protetor, o que permite sua exposição. São exemplos:
mantas asfálticas com acabamento em grânulos de ardósia
ou filme de alumínio.
• Exposição ao intemperismo:
• Pós-protegidos: São materiais ou sistemas que possibilitam
a execução de um acabamento protetor compatível. São
exemplos: neoprene + pintura de acabamento com hypalon,
manta asfáltica + pintura acrílica, epóxi + poliuretano.
• Necessitam de proteção: São materiais ou sistemas que não
dispensam a execução de uma proteção mecânica,
usualmente de argamassa de cimento e areia, já que não
suportam exposição direta ao intemperismo, nem são
adequados para receberem outros métodos de proteção
confiáveis ou duráveis.
• Aderência ao substrato:
• Aderidos ao substrato: Sua principal vantagem é de que,
quando perfeitamente aderidos ao substrato, permitem a
facilidade de localização de uma possível falha de execução
ou um dano mecânico qualquer, pois a água não percola
para longe do local danificado. São exemplos:: membranas
em geral, cimento polimérico, mantas asfálticas aderidas
com asfalto a quente, etc.
• Parcialmente aderidos: São aqueles que estão aderidos em
pontos ou têm poder de aderência pequena, mas ainda
limitam a movimentação da água por baixo do sistema de
impermeabilização. Exemplos: mantas asfálticas
parcialmente aderidas com maçarico, mantas de butil ou
EPDM aderidas com adesivos (pouco utilizadas).
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Sistemas Impermeabilizantes
• Aderência ao substrato:
• Não aderidos: São sistemas que não são aderidos ao
substrato, exceto nos pontos de ralos, tubulações, peças
emergentes, nos rodapés e beirais. Têm como grande
desvantagem permitirem a percolação da água por baixo da
impermeabilização, dificultando ou impossibilitando a
localização da falha da impermeabilização. A grande
vantagem é que a movimentação da estrutura
impermeabilizada exerce pouca influência no filme
impermeabilizante, exigindo menor flexibilidade e
elasticidade do sistema. Recomenda-se esse sistema para
locais com grande movimentação de origem térmica ou por
ação de cargas dinâmicas. Exemplos: mantas de butil,
EPDM, PVC, PEAD, etc.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Sistemas Impermeabilizantes
Aditivos
Rígido Moldado
Aderente
in loco
Argamassas
prontas
• Detalhes construtivos:
• O projeto de impermeabilização deve atender a detalhes
construtivos, a seguir descritos.
• A inclinação do substrato das áreas horizontais deve ser no
mínimo de 1% em direção aos coletores de água. Para
calhas e áreas internas, é permitido o mínimo de 0,5%.
• Os coletores devem ter diâmetro que garanta a manutenção
da seção nominal dos tubos prevista no projeto hidráulico
após a execução da impermeabilização, sendo o diâmetro
nominal mínimo 75 mm. Os coletores devem ser rigidamente
fixados à estrutura. Esse procedimento também deve ser
aplicado para coletores que atravessam vigas invertidas.
• Detalhes construtivos:
• Deve ser previsto, nos planos verticais, encaixe para
embutir-se a impermeabilização, para o sistema que assim o
exigir, a uma altura mínima de 20 cm acima do nível do piso
acabado ou 10 cm do nível máximo que a água pode atingir.
• Nos locais limites entre áreas externas impermeabilizadas e
internas, deve haver diferença de cota de no mínimo 6 cm e
ser prevista a execução de barreira física no limite da linha
interna dos contramarcos, caixilhos e batentes, para perfeita
ancoragem da impermeabilização, com declividade para a
área externa. Deve-se observar a execução de arremates
adequados com o tipo de impermeabilização adotada e
selamentos adicionais nos caixilhos, contramarcos, batentes
e outros elementos de interferência.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Projeto de Impermeabilização
• Detalhes construtivos:
• Toda instalação que necessite ser fixada na estrutura, no
nível da impermeabilização, deve possuir detalhes
específicos de arremate e reforços da impermeabilização.
• Toda a tubulação que atravesse a impermeabilização deve
ser fixada na estrutura e possuir detalhes específicos de
arremate e reforços da impermeabilização.
• As tubulações de hidráulica, elétrica e gás e outras que
passam paralelamente sobre a laje devem ser executadas
sobre a impermeabilização e nunca sob ela. As tubulações
aparentes devem ser executadas no mínimo 10 cm acima
do nível do piso acabado, depois de terminada a
impermeabilização e seus complementos.
• Detalhes construtivos:
• Quando houver tubulações embutidas na alvenaria, deve ser
prevista proteção adequada para a fixação da
impermeabilização.
• As tubulações externas às paredes devem ser afastadas
entre elas ou dos planos verticais no mínimo 10 cm.
• As tubulações que transpassam as lajes impermeabilizadas
devem ser rigidamente fixadas à estrutura.
• Quando houver tubulações de água quente embutidas, deve
ser prevista proteção adequada destas, para execução da
impermeabilização.
• Todo encontro entre planos verticais e horizontais deve
possuir detalhes específicos da impermeabilização.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Projeto de Impermeabilização
• Detalhes construtivos:
• Os planos verticais a serem impermeabilizados devem ser
executados com elementos rigidamente solidarizados às
estruturas, até a cota final de arremate da
impermeabilização, prevendo-se os reforços necessários.
• A impermeabilização deve ser executada em todas as áreas
sob enchimento. Recomenda-se executá-la sobre o
enchimento. Devem ser previstos, em ambos os níveis,
pontos de escoamento de fluidos.
• As arestas e os cantos vivos das áreas a serem
impermeabilizadas devem ser arredondadas sempre que a
impermeabilização assim requerer.
• Detalhes construtivos:
• As proteções mecânicas, bem como os pisos posteriores,
devem possuir juntas de retração e trabalho térmico
preenchidos com materiais deformáveis, principalmente no
encontro de diferentes planos.
• As juntas de dilatação devem ser divisores de água, com
cotas mais elevadas no nivelamento do caimento. Também
deve-se prever detalhamento específico, principalmente
quanto ao rebatimento de sua abertura na proteção
mecânica e pisos posteriores.
• Todas as áreas onde houver desníveis devem receber
impermeabilização na laje superior e também na laje inferior.
• Lã de rocha e lã de vidro:
• As lãs de rocha e de vidro têm aplicação termo-acústica.
Sob o enfoque de isolamento térmico, esses materiais
apresentam a particularidade de atender amplo espectro de
temperaturas, podendo, em geral, ser utilizados até a faixa
de 400 a 500ºC. Essa particularidade encontra forte
utilização na indústria em geral, como por exemplo, no
isolamento de tubulações, fornos e estufa.
• Tanto as lãs de rocha como as lãs de vidro são obtidas de
forma fibrilar (por processos e matérias-primas diversos), e
aglomerados em mantas, feltros, painéis, dentre outras
diversas formas de uso.
• Poliuretano:
• As espumas de poliuretano expandido podem ser
empregadas na forma de elementos industrializados (placas,
calhas), os quais possuem forte emprego na indústria em
geral. Na construção civil, encontra-se também a aplicação
do spray de poliuretano, com forte potencial de aplicação em
coberturas e telhados pela simplicidade de execução, bem
como o poliuretano injetado na forma de painéis, divisórias e
outros.
• Vermiculita expandida:
• A vermiculita expandida é obtida por um processo de
aquecimento a 1000 ºC da matéria-prima mineral. Nesse
processo, ocorre uma expansão volumétrica de 15 a 20
vezes. Disso resulta um material poroso, com características
de baixo peso, isolação térmica e também absorção
acústica. A vermiculita pode ser aglomerada em placas e
blocos com o uso de polímeros orgânicos e ter seu uso
dessa forma. Também é muito usual seu emprego na forma
de argamassas e até alguns concretos. Nesses casos, os
materiais são usados na forma de camadas de revestimento
ou até como enchimentos, em face do baixo peso final.
• Concreto celular:
• O concreto celular é um material de baixo peso,
principalmente pelo fato de possuir um grande número de
células de ar intencionalmente aprisionadas em sua matriz
cimentícia. Na verdade, esse material não possui agregados
graúdos, mas a terminologia técnica o denomina de
concreto.
• No concreto celular, todavia, as células são de maior
dimensão, e a matriz cimentícia também é porosa. Assim,
em comparação com os materiais de origem polimérica, por
exemplo, a possibilidade do ingresso de água pode ser em
alguns casos, potencialmente maior.