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1.1 Definição
O princípio do processo de trefilação é semelhante ao da extrusão, ou seja, é necessário que
o material metálico passe por uma matriz para ter seu diâmetro diminuído e seu comprimento
aumentado. A grande diferença está no fato de que, em vez de ser empurrado, o material é puxado.
Além disso, a trefilação é normalmente realizada a frio.
A barra que deve ser trefilada é chamada de fio de máquina. Trata-se de um aço laminado
a quente, produzido com alto, médio e baixo teor de carbono e de baixa liga e dimensões
padronizadas internacionalmente. Ela deve ser apontada, para facilitar a passagem pela fieira, e
presa por garras de tração que vão puxar o material para que ele adquira o diâmetro desejado. Ao
final do processo, o fio máquina dará origem a molas, arames e fios com diâmetros ainda menores.
O movimento helicoidal do fio provoca seu deslizamento lateral pelo anel e o sistema
prossegue dessa forma para as demais fieiras e anéis.
1.4.3 Roldanas
As roldanas, também chamadas de polias, são tipos de rodas utilizados em máquinas para
direcionar a força feita sobre determinados objetos por meio de fios, cordas ou cabos, de modo
que seja possível desviar a trajetória ou até mesmo levantá-los.
(https://brasilescola.uol.com.br/fisica/roldanas.htm)
As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas
correias. Uma polia é constituída de uma coroa ou face, na qual se enrola a correia. A face é ligada
a um cubo de roda mediante disco ou braços.
Tipos de Polia:
Planas: A superfície pela qual a correia se assenta é plana, este tipo de roldana conserva
melhor as correias, porém pode ter sua superfície abaulada, guiando melhor as correias.
Trapezoidal: Recebe esse nome porque a superfície pela qual a correia se assenta apresenta
a forma de um trapézio. Esse tipo de polia deve ser provido de canaletes ou canais dimensionados
de acordo com a utilização das correias.
Materiais:
Os materiais da construção das polias são ferro fundido (o mais utilizado), aços, ligas leves e
materiais sintéticos. A superfície da polia não deve apresentar porosidade, pois, do contrário, a
correia irá se desgastar rapidamente.
1.4.4 Bobinadeiras e Desbobinadeiras
Trata-se de uma máquina de enrolar (bobinadeira) e desenrolar (desbobinadeira) os fios em
torno de um cilindro auxiliando no processo de trefilação de fios.
1.4.5 Fieira
Independente do processo ou tipo de máquina, a parte principal da trefilação é a matriz de
trefilação, também conhecida como fieira ou trefila. A fieira pode ser dividida em dois
componentes fundamentais para o processo como mostrado na figura a seguir.
O núcleo é geralmente constituído de metal duro contendo um furo no centro por onde
passa o material, cujas dim ensões vão diminuindo. Assim, seu perfil, apresenta o formato de
um funil que, posteriormente, é montado dentro de uma estrutura cilíndrica de aço ou latão
(também conhecida como estojo) permitindo a dissipação de calor gerado durante o processo,
além de reduzir o custo de fabricação da ferramenta, tornando-as intercam biáveis, ou seja, ao
término de sua vida útil, ou devido a alterações no processo, podemos trocar apenas o seu núcleo
sem precisar trocar o estojo.
• O cone de entrada (a) possui um ângulo geralmente maior que o cone de trabalho (b)
facilitando assim a penetração do lubrificante.
• O cone de trabalho (b), também chamado de ângulo critico, é o lugar que ocorre à
deformação plástica do material através de compressão indireta imposta pela ferramenta.
• O cilindro de calibração é o responsável pelo ajuste dimensional, geometria e
acabamento superficial do material.
• O cone de saída, por sua vez, permite a saída livre do fio.
A tabela a seguir indica o grau do ângulo do cone de trabalho de acordo com o material a
ser trefilado e os esforços exigidos no processo como, por exemplo, redução de seção e
alongamento do comprimento (%) com a utilização de fieira de diamante (industrial ou natural).