1 Alguns subconjuntos do plano complexo

Lembrete! A distância entre dois pontos z1 = x1 + iy1 e z2 = x2 + iy2 com x1 , x2 , y1 , y2 ∈ R é

dada por: p
|z1 − z2 | = |(x1 − x2 ) + i(y1 − y2 )| = (x1 − x2 )2 + (y1 − y2 )2 . (1)
Definições
1. Se z0 ∈ C e r > 0, o conjunto
D(z0 , r) = {z ∈ C : |z − z0 | < r}
é chamado de vizinhança de raio r do ponto z0 ou disco aberto de centro z0 e raio
r > 0.
2. Se z0 ∈ C e r > 0, o conjunto
D[z0 , r] = {z ∈ C : |z − z0 | ≤ r}
é chamado de disco fechado de centro em z0 e raio r > 0.
3. Se z0 ∈ C e r > 0, o conjunto
D0 (z0 , r) = D(z0 , r) \ {z0 } = {z ∈ C : 0 < |z − z0 | < r}
é chamado de vizinhança perfurada de raio r do ponto z0 .
4. Um ponto z0 ∈ S ⊆ C é ponto interior de S, se existir r > 0 tal que D(z0 , r) ⊂ S.
O cunjunto de todos o pontos interiores de S é chamado de interior de S e denotado por
int(S).
5. Um ponto z0 ∈ C é ponto dito ponto de acumulação ou ponto limite de S, se, para
todo r > 0
(D(z0 , r) \ {z0 }) ∩ S 6= ∅
.
O conjunto dos pontos limites chama-se conjunto Derivado, e denotado por S 0 .
6. Um ponto z0 ∈ C é dito ponto exterior de S, se existir um número r > 0 tal que
D(z0 , r) ∩ S = ∅.
O conjunto de todos os pontos exterior de S é chamado de exterior de S, e denotado
por ext (S).
Obs.: ext(S) = ext(C \ S).
7. Um ponto z0 ∈ C é um ponto de fronteira de S se toda vizinhaça de z0 contiver pontos
de S e pontos do complementar de S.
O conjunto dos pontos de fronteira de S é chamado de fronteira de S , e denotado por
f r(S) ou ∂S.
8. Um ponto z0 ∈ C é ponto aderente a S, se
D(z0 , r) ∩ S 6= ∅, ∀r > 0.

O conjunto dos pontos aderentes de S é chamado de fecho ou aderência de S e denotado

por S.
Obs.: S = int(S) ∪ ∂S.

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 9. O conjunto S é limitado, se existir r > 0 tal que S ⊂ D(0, r).

10. O conjunto S é compacto, se for fechado e limitado.

11. O conjunto S é conexo quando não for possı́vel escrever S = (S ∩ A) ∪ (S ∪ B) com

A, B ⊂ C, não vazios, disjuntos e ambos abertos ou ambos fechados.

12. O conjunto S é uma região ou domı́nio se S é um aberto e conexo.

2 Funções
Seja S um subconjunto de C. Uma função f a valores complexos sobre C é uma relação qua a
cada z ∈ C associa um único elemento de C, denotado por f (z).
f : S → C representa uma função definida em S que toma valores em C.
Suponha que w = u + iv é o valor da função f em z = x + iy, isto é,

u + iv = f (z) = f (x + iy).

Observe que cada um dos números reais u e v dependem das variáveis reais x e y. Assim,
podemos escrever
f (z) = u(x, y) + iv(x, y). (2)
Obs.: u(x, y) = Re(f (x + iy)) e v(x, y) = Im(f (x + iy)).
Em coordenadas polares:

f (z) = u(r, θ) + iv(r, θ), onde z = reiθ . (3)

Exemplo 1 f (z) = z 2 ;

Exemplo 2 f (z) = |z|2 ;

Exemplo 3 Se n é um inteiro não negativo e se a0 , a1 , a2 , . . . , an são constantes complexas,

com an 6= 0, a função
p(z) = a0 + a1 z + a2 z 2 + · · · an z n
é chamada de função polinomial. Os números a0 , a1 , . . . an são os coeficientes de p.

O quociente p(z)/q(z) (com q(z) 6= 0) de duas funções polinomiais é chamado de função racional.