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Este artigo é sobre o grupo de vírus. Para a doença de 2020, veja COVID-19.

Para a
pandemia em curso, veja Pandemia de COVID-19.

Em março de 2020 foi proposta a renomeação deste artigo para Orthocoronavirinae. Se


não concorda, use a página de discussão.
Obs.: Acessos devem ser maioritariamente para saber informação sobre COVID-19. Ver
discussão.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaCoronavírus
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Classificação científica
Grupo: Grupo IV ((+)ssRNA)
Ordem: Nidovirales
Família: Coronaviridae
Subfamília: Orthocoronavirinae
Os coronavírus são um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo
(serve diretamente para a síntese proteica), conhecidos desde meados dos anos 1960.
Pertencem à subfamília taxonómica Orthocoronavirinae da família Coronaviridae, da
ordem Nidovirales.[1][2]

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida. Eles
são uma causa comum de infecções respiratórias brandas a moderadas de curta
duração. Entre os coronavírus encontra-se o vírus causador da forma de pneumonia
atípica grave conhecida por SARS,[3][4][5] e o vírus causador da Covid-19,
responsável pela pandemia de COVID-19 em 2019 e 2020.

Índice
1 Taxonomia
2 Origem evolutiva dos coronavírus humanos
3 Sinais e sintomas
4 Transmissão
5 Epidemiologia
5.1 Pandemia de 2020 na China
5.2 Surto de 2015 na Coreia do Sul
5.3 Surto de 2012 no Oriente Médio
5.4 Surto de 2002 na China
6 Referências
Taxonomia
Os coronavírus da subfamília Orthocoronaviridae se dividem em quatro gêneros:
Alphacoronavirus, Betacoronavirus, Gammacoronavirus e Deltacoronavirus. De todos
esses gêneros, há seis espécies que causam infecção em humanos.

No gênero Alphacoronavirus há os coronavírus humanos das espécies HCoV-229E e HCoV-


NL63, que causam infecções leves a moderadas comuns.[6] Neste gênero também se
encontra o CCoV, o coronavírus canino, que causa gastroenterite em cães e pode ser
prevenido com vacina.[7][8]

No gênero Betacoronavirus há os coronavírus humanos das espécies HCoV-OC43, HCoV-


HKU1, SARSr-CoV e MERS-CoV.

HCoV-OC43 e HCoV-HKU1 causam infecções leves a moderadas comuns. MERS-CoV causa a


doença MERS (Síndrome respiratória do Médio Oriente).[6]

A espécie SARSr-CoV se divide nas cepas SARS-CoV, que causa a doença SARS (Síndrome
respiratória aguda grave), e SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19 (COrona VIrus
Disease 2019).

O SARS-CoV-2, causador da COVID-19, foi identificado em 2020, tem "parentesco" com


o vírus da SARS-CoV. Causa febre, tosse e falta de ar e dificuldade para respirar
(pneumonia)[9][10]

Origem evolutiva dos coronavírus humanos


Existem sete cepas conhecidas de coronavírus humanos, e todas elas evoluíram de
coronavírus de outros animais.[11]

Nome da cepa Descoberta Origem evolutiva Doença causada


HCoV-229E 1960[12] O coronavírus humano 229E divergiu do coronavírus da alpaca
antes de 1960[13] Resfriado comum.
SARS-CoV 2002[12] O coronavírus humano SARS divergiu do coronavírus de
morcego em 1986[14] Doença SARS.
HCoV-OC43 2004[15] O coronavírus humano OC43 divergiu do coronavírus bovino em
1890[16] Resfriado comum.
HCoV-NL63 2004[12] O coronavírus humano NL63 divergiu do coronavírus de
morcego 822 anos atrás[17] Resfriado comum.
HCoV-HKU1 2005[18] O coronavírus humano HKU1 divergiu do coronavírus de
morcego[19] Resfriado comum.
MERS-CoV 2012[12] O coronavírus humano MERS divergiu do coronavírus de
morcego antes dos anos 90 e transmitido aos humanos pelos camelos[20] Doença MERS.
SARS-CoV-2 2019[9] 1 - Um estudo genético inicial sugeriu que o SARS-CoV-2
tenha divergido do coronavírus de cobras.[21] Porém, cientistas questionaram a
possível origem.[22]
2 - Estudos posteriores sugeriram que o vírus tenha divergido da versão que
parasita morcegos[23] e transmitido aos humanos por um animal ainda desconhecido.

3 - Estudos recentes indicam que o vírus tenha divergido da versão que parasita
pangolins[24] pois possui material genético 99% igual ao do vírus encontrado neste
animal.

Doença Covid-19.
Sinais e sintomas
Diferentes coronavírus afetam diferentes espécies causando diferentes doenças. Os
principais sintomas da Covid-19 são febre, tosse e dificuldade em respirar.

Transmissão
A transmissão do vírus pode se dar:[6]

Por meio de tosse ou espirro;


Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido então de contato com a
boca, nariz ou olhos.
Entre os grupos de risco estão qualquer pessoa que cuidou do paciente, incluindo
profissionais de saúde ou familiares, que tenha tido contato físico com o paciente
ou que tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente.[3]

A transmissão do SARS-CoV aconteceu de camelos e dromedários para o ser humano.[6]

Em 2020, análises indicaram que o 2019-nCoV pode ter passado de um animal para o
ser humano.[9]

Epidemiologia
Pandemia de 2020 na China
Ver artigos principais: Pandemia de COVID-19, COVID-19, Cronologia do surto de
COVID-19 e Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2)
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Este artigo ou seção é sobre um evento pandêmico ou epidêmico atualmente em curso.
A informação apresentada pode mudar com frequência. Não adicione especulações, nem
texto sem referência a fontes confiáveis. (editado pela última vez em 21 de março
de 2020)
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Em meados de janeiro a imprensa começou a reportar casos sobre um "misterioso vírus
que causava problemas respiratórios", tendo este vírus depois sido classificado
como um coronavírus e chamado numa primeira fase de 2019-nCoV. Inicialmente, 800
pessoas foram infectadas e houve 259 mortes na China, mas houve casos também no
Japão, Tailândia, Coreia do Sul, França e Estados Unidos, todos associados a
pessoas que haviam viajado para a China recentemente. Em 20 de janeiro a OMS
estimava que o número de casos poderia estar próximo de dois mil.[9][25][26]

A 11 de março de 2020, o surto foi declarado uma epidemia, sendo que o numero de
casos confirmados a nível mundial atingiu mais de 121 000, sendo em 120 diferentes
territórios, dos quais mais de 80 000 na China. O número de mortes ascende a 4 300,
havendo mais de 1 200 mortes fora da China.[27][28][29]

Surto de 2015 na Coreia do Sul


Um surto de MERS foi associado a um viajante que havia retornado do Oriente Médio.
Quase 200 pessoas foram infectadas e houve 36 mortes.[6][30][31]

Surto de 2012 no Oriente Médio


Em 2012 foi isolado outro novo coronavírus, distinto do SARS-CoV. Esse novo
coronavírus, desconhecido até então, foi inicialmente identificado na Arábia
Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na
África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de
viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio –
Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia. Pela localização dos casos, a
doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja
sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome”. O novo vírus foi
nomeado coronavírus associado à MERS (MERS-CoV).[3][6]

Surto de 2002 na China


Os primeiros casos da síndrome respiratória aguda grave (SARS - Severe Acute
Respiratory Syndrome), causada pelo SARS-CoV, aconteceram na China em 2002, tendo o
vírus se espalhado rapidamente para mais de doze (12) países na América do Norte,
América do Sul, Europa e Ásia. Entre 2002 e 2003, mais de oito mil (8.000) pessoas
foram infectadas e cerca de oitocentas (800) morreram, no que foi chamado uma
"epidemia global". (SARS-CoV)[3][9]

Referências
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