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O Mito Do Livre-Arbítrio
O Mito Do Livre-Arbítrio
O livre arbítrio, que quer dizer, o “juízo livre”, é a capacidade de escolha pela
vontade humana entre o bem e o mal, entre o certo e o errado,
conscientemente conhecidos. Ele é uma crença religiosa ou uma proposta
filosófica que defende que a pessoa tem o poder de decidir suas ações e
pensamentos segundo seu próprio desejo e crença.
A pessoa que faz uma “livre escolha” pode se basear em uma análise
relacionada ao meio ou não, e a escolha que é feita pelo agente pode resultar
em ações para beneficiá-lo ou não. As ações resultantes das suas decisões são
subordinadas somente a vontade consciente do agente.
A maioria das pessoas diz que acredita no “livre arbítrio”. Você tem alguma
ideia do que isso significa? Creio que existe uma boa dose de superstição sobre
este assunto. A vontade é exaltada como a grandiosa capacidade da alma
humana que é completamente livre para dirigir nossas vidas. Mas, do que ela é
livre? E de que ela é capaz?
Ao dizer que a verdade é livre, certamente não queremos dizer que ela
determina o curso da sua vida. Você não escolheu a doença, a dor, a guerra e a
pobreza que espoliaram a sua felicidade. Você não optou por ter inimigos. Se a
vontade do homem é tão potente, por que não desejar vivendo sempre e
sempre? Mas você certamente vai morrer. Os principais fatores que moldam
sua vida não se devem à sua vontade. Você não escolheu a sua inteligência, cor
da pele, pais, cor dos olhos, lugar de nascimento...
Uma sóbria reflexão sobre sua própria experiência levará à conclusão que: “O
coração do homem propõe o seu caminho, mas o Senhor lhe DIRIGE os passos”
(Provérbio 16.9). Em vez de exaltarmos a vontade humana, deveríamos
humildemente louvar ao Senhor, cujos propósitos formam as nossas vidas.
Assim como confessou Jeremias: “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu
caminho, nem do homem que caminha o dirigir os seus passos” (Jr 10.23).
Sim, você pode escolher e planejar o que tiver vontade. Mas sua vontade não é
livre para realizar nada contrário à vontade de Deus. Nem tem você a
capacidade de alcançar qualquer meta que não seja aquela que Deus permitiu.
Da próxima vez que estiver tão fascinado com a sua vontade, lembre-se da
parábola de Jesus sobre o homem rico que disse: “Farei isto: derribarei os meus
celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades
e os meus bens; e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para
muitos anos; descansa, come, bebe, e folga; mas Deus lhe disse: Louco, esta
noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lucas
12.18-21). Ele era livre para planejar, mas não para realizar; desse mesmo
modo é você.
Isso, entretanto, não significa que sua capacidade de decidir está livre de
qualquer influência. Você escolhe com base no “seu entendimento,
sentimentos, gestos e desgostos, e seus anseios”. Em outras palavras:
sua vontade não é livre de você mesmo! Suas escolhas são determinadas pelo
seu próprio caráter básico. Sua vontade não é independente da sua natureza,
mas escrava dela. Sua escolha não forma o seu caráter, mas o seu caráter guia
a sua escolha.
É apenas por esta razão que sua vontade não é livre para fazer o bem. Sua
“vontade” é escrava do seu coração é mau. “Viu o Senhor que a maldade do
homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mal todo
desígnio do seu coração” (Gênesis 6,5), “Não há quem faça o bem, não há nem
um sequer” (Romanos 3:12), “Enganoso é o coração, mais do que todas as
coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9).
Não há força que obrigue o homem a pecar contra sua vontade, entretanto os
descendentes de Adão são tão maus que sempre escolhem o mal.
Aquilo que a maioria entende por livre arbítrio é a ideia de que o homem é
neutro, e, portanto, capaz de escolher tanto o bem quanto o mal. Isto
simplesmente não é verdade. O arbítrio humano, assim como toda a natureza
humana, é “inclinado” só e continuamente para o mal. Jeremias indagou:
“pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Nesse caso
também vós podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal” (Jeremias
13:23). É impossível. É contrário à natureza. Por isso que os homens precisam
desesperadamente da transformação sobrenatural de suas naturezas, de outro
modo seus desejos estão escravizados na escolha do mal.
Entretanto, muitos asseveram que a vontade humana faz a escolha final entre a
vida e a morte espiritual. Aqui a vontade é totalmente livre para escolher ou
rejeitar a vida eterna oferecida por Jesus Cristo. Dizem que Deus concederá um
novo coração a todos que, pelo poder de seu próprio livre arbítrio, desejarem
aceitar a Jesus Cristo.
Não pode haver dúvida que aceitar a Jesus Cristo é um ato da vontade humana.
Isto é frequentemente denominado de “fé”. Mas como podem os homens vir de
boa vontade para receber ao Senhor? É comumente respondido: “pela
disposição de seu próprio livre arbítrio”. Mas como pode ser isso? Jesus é o
Profeta, e recebê-lo significa acreditar em tudo o que Ele diz. Em João 8.41-45
Jesus deixa claro que você é nascido de Satanás. Este pai maligno odeia a
verdade e transmitiu esta mesma inclinação a seu coração. Por isso disse Jesus:
“Porque vos digo a verdade e não me credes” (João 8:45). Como pode a
vontade humana brotar do homem e decidir naquilo que a mente humana odeia
e nega?
Não é a vontade humana, mas a graça de Deus que deve ser exaltada por
conceder ao pecador um novo coração. A menos que Deus mude o coração e
crie um novo espírito de paz, em verdade e submissão, o homem não pode
decidir-se por Jesus Cristo e pela vida eterna Nele. É preciso ter um novo
coração antes que o homem possa crer, ou de outro modo a vontade do homem
está desesperadamente escravizada à maligna natureza humana - mesmo
quanto à conversão. Jesus disse: “Não te maravilhes de ter dito: NECESSÁRIO
vos é nascer de novo” (Jo 3.7). Se você não o for, jamais verá o Seu Reino.
Leia João 1.12 e 13. Lá é dito que aqueles que creem em Jesus nasceram, não
da “vontade do homem, mas de Deus”. Do mesmo modo que a sua vontade
não é a responsável por você ter vindo ao mundo, ela não é a responsável pelo
seu novo nascimento. É ao seu Criador que você deve ser agradecido por sua
vida, e “se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2 Co 5.17). Quem jamais
escolheu ter sido criado? Quando Lázaro ressuscitou da morte ele decidiu
responder à chamada de Cristo, mas não pôde decidir ter vida. Assim disse
Paulo em Efésios 2.4,5: “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos
vivificou juntamente com Cristo (Pela graça sois salvos)”. A fé é o primeiro ato
de uma vontade tornada nova pelo Santo Espírito. Receber a Cristo é um ato
tão humano quanto a respiração, mas é necessário primeiro que Deus tenha
concedido vida.
Não é de admirar que Martinho Lutero tenha escrito um livro intitulado Nascido
Escravo, que ele considerou um de seus mais importantes tratados. A vontade
está presa às cadeias da maligna natureza humana. Você, que exalta o livre
arbítrio como um grande poder, está apegado a uma raiz de soberba. O
homem, como um pecador perdido, está definitivamente sem socorro e
esperança. A vontade do homem não oferece esperança. Foi a vontade de
escolher o fruto proibido que nos atirou na miséria. Somente o poder da graça
de Deus pode oferecer livramento. Lance-se à misericórdia de Deus para a
salvação. Rogue ao Espírito de Graça para que Ele crie um novo espírito dentro
de você.
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A Liberdade Humana
por
“Deus dotou a vontade do homem de tal liberdade, que ele nem é forçado para
o bem ou para o mal, nem a isso é determinado por qualquer necessidade
absoluta da sua natureza” (Confissão de Fé de Westminster, Capítulo IX, seção
1).
Quando estudamos a doutrina do Homem, torna-se inevitável enfrentarmos a
questão da liberdade. Os teólogos reformados, os chamados calvinistas, têm
sido criticados como alguém que não crê que o homem seja livre. Isto não é
verdade, e os membros da IPO que têm acompanhados os últimos estudos, já
perceberam isso. Nós cremos que o homem tem liberdade sim, mas a questão
que precisamos definir muito bem é: O que é ser livre? O que entendemos por
liberdade?
Muita confusão já tem sido criada em torno do termo “livre”, e isto porque ele
pode ser visto em vários sentidos.
A vontade, faculdade que todo homem tem, tem sido exaltada como a
fantástica capacidade que a alma tem para discutir sobre coisas, fatos da vida.
Para provar que arbítrio (vontade) não é livre lanço mão de 2 proposições:
A vontade pode ser livre para planejar, mas não para executar. Quando se diz
que a vontade é livre, obviamente não quer dizer que ela determina o curso da
nossa vida.
Ninguém pode negar que o homem tem vontade, e que esta faculdade de
escolher o que dizer, fazer, pensar, etc. ... tem nos frustrado bastante.
Pensando em nossa liberdade circunstancial, podemos projetar um curso de
ação, mas não podemos realizar o intento. Em outras palavras, nossa vontade
tem a capacidade de tomar uma decisão, mas não o poder de realizar seu
propósito. ( PV 16:9; Jr 10:23; Lc 12:18-21)
Sim. O homem pode escolher e planejar o que tiver vontade. Mas a sua vontade
não é livre para realizar nada contrário à vontade de Deus.
Diz-se que a vontade do homem é livre para decidir entre o bem e o mal. Mas é
livre do que? É livre para escolher o que?
A vontade é inclinada àquilo que você sente, ama, deseja e conhece. Você
sempre escolhe com base em sua disposição; de acordo com a condição do seu
coração.
A Bíblia diz que nossa vontade não é livre, ao contrário, ela é escrava do
coração - ( Gn 6:5; Rm 3:12; Jr 13:23 ).
Por isto não existe livre arbítrio. O arbítrio humano, assim como toda a natureza
humana, é inclinado só e continuamente para o mal. (Jr 13:23).
Não existe livre arbítrio a menos que Deus mude o coração e crie um novo
coração em submissão e verdade, o homem não pode decidir por Jesus para Ter
a vida a vida eterna. (Jo 3:7; Ez 11:19; 36:26; Atos 16:14).
Adão tinha o Livre arbítrio, tinha a capacidade de fazer a escolha certa. Possuía
a verdadeira liberdade. Contudo, ainda não era a liberdade perfeita; era
verdadeira, porém não perfeita. Pois havia a possibilidade da queda .
Vamos dar um olhada em algumas passagens das Escrituras que mostram que
a liberdade para fazer a vontade de Deus, é restaurada na regeneração,
operada pelo Espírito Santo em nós. (Jo 8:34-36; Gl 5:1,12,13; II Co 3:17-18; Rm
6:4-6; 14-18; 22)
A verdadeira liberdade não é licença para pecar ; não significa fazer o que bem
quiser. Segundo o apóstolo Pedro (I Pe 2:16), quem tem liberdade, usa-a para
servir a Deus.
Esta glorificação não será apenas na alma, mas também no físico. A Imago Dei,
(Imagem de Deus) antes ofuscada por causa do pecado de Adão, chegará a sua
perfeição por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, quando então, seremos
ressuscitados e habitaremos para sempre com o Senhor (cf. I Tes. 4:13-18).
Paulo em Romanos 8:21 nos diz que “a própria criação será redimida do
cativeiro da corrupção. ..”. Não apenas o ser humano será redimido, mas
também toda a criação. Não apenas o homem espera por um novo começo,
mas também a criação o espera de forma expectante (Ef 8:19). A glória por vir
também receberá uma criação redimida da corrupção do tempo presente. Em
Isaías, Deus já prometeu criar novos céus e uma nova terra (vv. 22 e 23) para o
seu povo se regozijar.