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MINISTÉRIO DE LOUVOR E ADORAÇÃO

O Ministro de Louvor e Adoração


Pastor Marcos Xavier de Queiroz

1. QUEM O MINISTRO DE LOUVOR E ADORAÇÃO NÃO É

É importante logo de início desfazer algumas idéias que são relacionadas ao


Ministério de louvor e adoração. Infelizmente o imaginário de alguns crentes concebeu
uma noção errada acerca desse ministério e isso prejudica muitíssimo tanto o Ministro
de Louvor e Adoração como a Igreja. Tais idéias nasceram tanto de experiências
negativas como da dificuldade em conceber a figura de ministérios auxiliares. Vejamos
o perfil equivocado do Ministro de louvor e adoração a partir daquilo que ele “não deve
ser”:

 O Ministro de louvor e adoração não é um profissional da música, mas


sim um ministro: É bom lembrar que na Igreja não temos profissionais mas
sim ministros. Não é preciso ter uma chamada divina para ser um profissional
da música mas para ser um ministro isso é fundamental. A música como
ministério tem suas raízes com os levitas do Antigo Testamento que foram
escolhidos por Deus para ministrar no templo. Quando Davi se referiu aos
levitas disse: “porque o Senhor os elegeu, para levarem a arca de Deus e o
servirem para sempre” (1 Crônicas 15:2). Essa conscientização de chamado é
traduzida para o Novo Testamento não mais para os levitas mas sim para
todos os ministros de Deus. Por esse motivo é que em 1Coríntios 4:1 somos
desafiados no sentido de que as pessoas nos considerem como “ministros de
Cristo” e não profissionais. A convicção de chamada ao ministério deve ser o
primeiro elemento formativo de um Ministro de louvor e adoração;
 O Ministro de louvor e adoração não é responsável pela música mas sim
pela adoração: Cabe ao Ministro de louvor e adoração a difícil tarefa de
conduzir as pessoas à adoração e transformar a música em um instrumento de
louvor. O que mais vemos hoje em dia nas diferentes Igrejas, como bem
lembra Sammy Tippit na obra Digno de Adoração, é a preocupação com a
música sem qualquer referência à adoração. Não são raros os casos em que
pessoas com testemunho duvidoso e até mesmo sem compromisso com a
Igreja sejam admiradas pela sua excelente voz ou virtuosidade em algum
instrumento musical. Os ‘artistas da fé,’ como disse Wolfgang H. M. Stefani em
O Cristão e a Música não podem substituir os adoradores em espírito e em
verdade (João 4:24). Assim sendo o Ministro de Música tem como principal
finalidade a de resgatar a visão da adoração bíblica que também se revela
através da boa música;
 O Ministro de louvor e adoração não é apenas um músico por excelência
mas sim um administrador e capacitador: Não se espera que um Ministro de
louvor e adoração saiba tocar todos os instrumentos musicais ou que tenha a
voz mais bonita do mundo. Também não se exige dele que reja e ensaie todos
os coros e grupos musicais e que conduza a Igreja em todos os cultos. O que
de fato se espera de um Ministro de louvor e adoração é que tenha a
capacidade de administrar os talentos musicais da Igreja, descobrindo,
inclusive, os novos talentos e integrando os novos crentes à adoração. É bom
lembrar que Deus orienta os ministros (inclusive os de louvor e adoração) em
Efésios 4:12 a capacitarem os crentes: “com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de
Cristo.” Aqui temos uma das principais virtudes do Ministro de louvor e
adoração. Em uma visão ministerial nós capacitamos pessoas, despertamos
talentos, incentivamos e assim suprimos as carências na área musical a partir
de nós mesmos. Por esse motivo é que as Igrejas que tem essa visão
ministerial investem em coros graduados, treinamento de obreiros e oficinas de
treinamento. É na administração dos recursos que Deus dá, como
despenseiros, que promovemos a edificação do Corpo de Cristo também
através da Música;
 O Ministro de louvor e adoração não serve apenas à área musical mas
sim à toda a Igreja: A visão ministerial nunca é fragmentada ou exclusivista.
Por esse motivo o Ministro de louvor e adoração não há de trabalhar apenas
com os musicistas, Coros ou instrumentistas. Ele trabalhará com toda a Igreja
promovendo a adoração, ajudando o pastor nas ênfases doutrinárias e
evangelísticas e suprindo carências na Igreja. Como o Ministro há de trabalhar
com pessoas surgirão necessidades na área de aconselhamento, visitação,
ensino e outras. Assim sendo seu trabalho abrangerá a música bem como
outras necessidades que dependam de seu auxílio e direção;
 O Ministro de louvor e adoração não é independente em seu ministério
mas sim submisso à autoridade e visão pastoral: Não existe na Igreja
qualquer ministério independente. Todos ministérios estão debaixo de uma
mesma visão e autoridade que é de Jesus Cristo em primeiro lugar e do pastor
da Igreja em segundo lugar. A pergunta de Amós 3:3 é muito propícia aos
ministros em geral: “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?”
Por esse motivo a escolha do Ministro de louvor e adoração depende
muitíssimo do pastor da Igreja que indicará alguém não apenas de sua
confiança mas que também partilhe de sua visão ministerial. A unidade no
ministério da Igreja é importante para que satanás não aproveite brechas para
destruir a paz e harmonia na Igreja. O Ministro de louvor e adoração, portanto,
não é independente, nem a área musical, nem qualquer outra. O ministério,
coeso, deve ter como visão àquela descrita em Efésios 4:16: “ de quem todo o
corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa
cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de
si mesmo em amor.”

2. QUEM É O MINISTRO DE LOUVOR E ADORAÇÃO?

 É um crente em Cristo Jesus: pode parecer estranho começar por esse item
mas é necessário. Um Ministro de Música precisa ser crente em Jesus Cristo e
isso significa ter abandonado a vida velha e ter novidade de vida em Cristo
Jesus (2 Coríntios 5:17). Também implica em não carregar consigo para o
ministério as características próprias do velho homem (Efésios 4:22) como a
mentira, ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena
(Colossenses 3:8 e 9) e outros. É importante ainda ressaltar que os crentes em
Cristo devem manifestar o fruto do Espírito Santo e não as Obras da Carne que
se manifestam em “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias,
inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas” (Gálatas 5:19-21). Se
espera de um Ministro de louvor e adoração que como um crente possa ser
testemunho para os demais crentes e que dirigido pelo Espírito Santo de Deus
manifeste “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gálatas 5:22 e 23).
 É um vocacionado para o ministério cristão: o Ministro de louvor e adoração
precisa ter consciência de seu chamado para esse ministério. Além da
consciência precisa ter atendido a esse chamado como todos ministros de
Deus. Da mesma forma que um pastor deixa sua carreira e vai se preparar
para o ministério no Seminário assim devem ser os Ministros de louvor e
adoração também. No Seminário ele aprenderá a enxergar a música como um
ministério, também estudará as principais disciplinas teológicas para que possa
fazer a ponte entre música e doutrina e também verá a Igreja como um todo e
não fragmentadamente a partir apenas da área musical. Além da preparação a
própria Igreja deve manifestar esse chamado reconhecendo o escolher de
Deus sobre aquela vida. Como vocacionado se espera dele que atenda as
qualificações exigidas na bíblia em 1 Timóteo 3:2-7 que não servem apenas
para os pastores mas também para aqueles que atendem ao chamado
ministerial: “Ser irrepreensível... temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto
para ensinar, não dado ao vinho, não violento... inimigo de contendas, não
avarento... que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina,
com todo o respeito... não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça
e incorra na condenação do diabo... que tenha bom testemunho dos de fora, a
fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo.”
 É submisso à autoridade pastoral: O Ministro de louvor e adoração precisa
reconhecer a autoridade pastoral e se submeter à visão e estilo que o pastor
da Igreja tem para dirigir o rebanho. Hebreus 13:17a é um texto chave nesse
relacionamento entre pastor e Ministro – “Obedecei a vossos pastores e
sujeitai-vos a eles.” O Ministro de louvor e adoração sempre será sujeito ao
pastor da Igreja e baseado nisso trabalhará tanto na preparação dos cultos em
unidade com o tema e idéia da mensagem como também dirigirá o ministério
ressaltando os mesmos valores que o pastor elegeu como distintivos do
ministério da Igreja.
 Tem valores na área musical: é esperado que ele tenha conhecimentos
musicais suficientes para desenvolver o ministério na Igreja. Isso significa tanto
o conhecimento técnico na área da música como a qualidade de ensinar,
desenvolvendo a regência e outros elementos fundamentais para os membros
da Igreja quer em culto quer em estudo. Ter conhecimento básico em algum
instrumento para acompanhar a congregação também é importante bem como
uma voz adequada para participar das inspirações musicais e assim despertar
outros para esse ministério. Também deve saber conduzir a Igreja com ânimo
e entusiasmo. A capacidade de ensinar novas músicas e assim atualizar o
repértório da Igreja bem como executar aquelas que fazem parte da
preferência da Igreja também é valor esperado e só alcançado por pessoa com
qualificação musical.
 Tem visão Ministerial: Ministros de louvor e adoração precisam ser pessoas
de visão e isso envolve muitos fatores. O primeiro é a atualização que implica
no conhecimento das tendências, estilos e realidade musical da atualidade. A
partir daí ele poderá verificar o que é possível aplicar ou contextualizar, sempre
em unidade com o ministério pastoral. Também se espera que tenha visão
para integrar novas pessoas no ministério, ajudar os regentes na escolha de
repertório quando necessário, unir grupos musicais para atividades comuns,
promover a atualização do repertório da Igreja trazendo músicas inspirativas e
doutrinariamente corretas, usar a música para promover missões, despertar e
incentivar talentos musicais na Igreja, promover a boa música e interagir com o
panorama musical tanto dos clássicos como do contemporâneo, dando à Igreja
o sentido que ela deve ter: ser sal e luz no mundo (Mateus 5:13, 14).
 Sabe trabalhar com pessoas: O Ministro de Música, segundo o Dr. Paige
Patterson, atual presidente do SouthWestern Theological Baptist Seminary,
precisa ser ‘mais chegado à pessoas do que à notas musicais’ (Sermão de
formatura da turma de Bacharelato em Música Sacra em 2003). Isso significa
que sua atenção principal está nas pessoas pois sem elas não se faz música
na Igreja. A busca da qualidade nunca pode abafar o valor do indivíduo. Assim
sendo ele precisa ter bom senso, ser pessoa que saiba ouvir, ter discernimento
espiritual para aconselhar e como marca maior precisa ser confiável. Para
tanto não se pode admitir que um Ministro de Música seja fofoqueiro,
mexeriqueiro ou que fale além dos limites da ética, bom senso e vida Cristã
(Provérbios 11:13, 20:19). Precisa ser amável, saber valorizar as pessoas e
incentivá-las mas também ter a sabedoria para orientá-las e até mesmo, se
necessário, corrigi-las com a Palavra de Deus.

3. A IGREJA E O MINISTRO DE LOUVOR E ADORAÇÃO

Depois de falarmos sobre o Ministro de Música é bom também entendermos o


papel da Igreja nesse processo. Toda Igreja tem uma história musical e portanto uma
tendência. Por isso se manifestam preferências, estilo e até mesmo um modelo de
culto e liturgia. Essa história precisa ser considerada e respeitada mas não pode de
modo algum se tornar um impedimento para o aprendizado e até mesmo para o
crescimento espiritual dos crentes. Aqui entra a pessoa do Ministro de louvor e
adoração. Se não houver por parte da Igreja a sensibilidade para aceitar e interagir
com aquele que assume este ministério nunca haverá crescimento e nenhum
ministério será bem sucedido. O Ministro de louvor e adoração precisa ser sensível à
Igreja mas esta também precisa ser sensível a ele. Pensando no papel da Igreja em
relação ao Ministro de louvor e adoração vamos levantar alguns dos principais
problemas encontrados nessa dinâmica e também algumas soluções:

 Uma Igreja fechada a novas idéias: muitas vezes o Ministro encontra uma
Igreja que se compara ao solo pedregoso citado por Jesus em Lucas 8:6 –
“Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade.”
Existem idéias que são muito boas e merecem ser pelo menos ouvidas.
Existem outras que são excelentes e devem ser implementadas. O famoso
discurso “aqui isso não funciona” é ouvido muitas e muitas vezes pelo Ministro
de louvor e adoração e com certeza isso gera fadiga e desânimo. Boas idéias,
ainda que diferentes, devem ser assimiladas e também executadas. Fazer isso
não é sinônimo de desprezar o passado ou desrespeitar a história mas sim de
dar a Igreja o dinamismo e excelência que ela tem por sua missão. Algumas
pessoas dizem que são fechadas ao novo por causa da tradição. Uma Igreja
pode ser tradicional e ainda assim aberta a novas idéias. Lembremos da
definição de tradição dada por Charles Swindoll: “Tradição é a fé viva dos que
já morreram e tradicionalismo é a fé morta dos vivos.” Somos tradicionais e não
tradicionalistas. Por isso podemos ouvir e aplicar novas idéias que venham a
acrescentar.
 Falta de respeito e amor: nota-se em algumas Igrejas posições que
desrespeitam o Ministro de louvor e adoração e muitas vezes são
demonstrações de raiva e ódio. Dedos em riste, palavras ofensivas, ironia e
volume da voz são armas que não devem existir em uma Igreja. O Ministro de
louvor e adoração deve ser respeitado e amado como um servo de Deus. Com
certeza ele terá falhas como os pastores e demais membros da Igreja tem.
Ainda assim merecem o respeito e amor e devem ser ouvidos e considerados
em sua liderança.
 Ciúmes: esse item está relacionado diretamente ao anterior. As pessoas
ligadas à musica em geral são mais sensíveis pois a música exige delas uma
maneira mais emocional de lidar com a vida. E nessa sensibilidade são
aflorados sentimentos e posturas que muitas vezes acabam prejudicando o
relacionamento com o Ministro de louvor e adoração, entre eles o ciúme. Ele é
tão prejudicial que a bíblia em 1 Coríntios 3:3 diz: “Porquanto, havendo entre
vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o
homem?” O ciúmes acaba transformando um relacionamento construtivo e
abençoado em uma disputa entre melhores e piores e entre o novo e o que já
existe. Alguns Ministros de louvor e adoração são recebidos como se fossem
‘intrusos’ e qualquer opinião ou sugestão é encarada como se fosse um
ataque. A Igreja, e em especial os que labutam na área musical, precisam
aprender a dominar suas emoções e em amor construir um ministério
abençoado.
 Críticas exageradas e incoerentes: Alguns Ministros de louvor e adoração
recebem críticas um tanto quanto exageradas e incoerentes. Exageradas
porque fogem do seu controle e incoerentes porque dependem muito do
estado de espírito de seus liderados. Se ele rege sempre é criticado pois não
dá oportunidade a outros; se coloca outros para reger está fugindo de sua
responsabilidade. Se pede ajuda de outros e compartilha o ministério está
abusando da boa vontade alheia; se não o faz é centralizador e egoísta. Se
insere novas músicas é criticado porque a congregação não as conhece; se
coloca músicas conhecidas então é criticado porque não atualiza o
repertório. Se usa hinos é criticado pelos que preferem cânticos; se usa
cânticos é criticado pelos que preferem hinos. Críticas assim fazem com que
o Ministro de louvor e adoração se sinta inseguro e demonstram claramente
a resistência da Igreja. Somam-se á lista críticas quanto à regência, voz e
até aparência física. Nenhum Ministro é isento de críticas mas a Igreja pode
ser mais madura e também sensível, deixando de lado o exagero e a
incoerência.
 Exigências que fogem ao papel do ministro: também é comum exigir-se
do Ministro o que foge à sua alçada. Agradar a todos é uma das exigências
impossíveis. Escolher um repertório fácil e bonito e que seja aceito por todos
é outra exigência impossível. Levar todos à participação é exigência muito
severa: sempre haverá alguém que não vai cantar, não vai sorrir e nem se
envolver com o culto. Não poderemos exigir do Ministro de louvor e
adoração que consiga mudar o coração daqueles que tão interessados em
suas preferências se esquecem da coletividade do Corpo de Cristo.
 Intimidade demasiada ou participação em todos os eventos: muitas
vezes é cobrado do Ministro uma participação acima de suas possibilidades
de tempo e agenda como estar presente em todos os ensaios de todos os
grupos, participar de agendas sociais que coincidem com programações da
Igreja e outros. Também se exige do Ministro uma intimidade que às vezes é
impossível. Chega-se a confundir amizade com ministério e logo situações
que não são referentes ao ministério acabam gerando conflitos. O Ministro
deverá ter tempo para seu cônjuge e filhos e sua maior intimidade será
exatamente com eles. Também precisará de tempo para preparação de
cultos, estudo e preparação espiritual sem contar com as reuniões de
ministério e até mesmo o seu papel como conselheiro e administrador da
música. Assim sendo é necessário que se compreenda os limites de tempo e
abrangência do Ministro de louvor e adoração.

Com certeza existem muitos outros temas relacionados ao Ministério de


louvor e adoração mas esses nos ajudam a olhar para essa área ministerial com
olhos mais conscientes não apenas do papel do ministro mas também do nosso
como Igreja de Jesus Cristo.

QUEM DEVE SER O MINISTRO DO LOUVOR?


1º – O dirigente do culto deve estar bem preparado – corpo, alma e espírito. Quando ele
está fisicamente cansado, o cansaço poderá transparecer e afetar a congregação. Da
mesma forma, se sua alma e espírito não estiverem íntegros e retos diante do Senhor, isto
afetará o louvor da congregação. Muitas vezes temos de ser sinceros e dizer aos nossos
colegas do ministério que não estamos preparados nesse dia para levar o povo à presença
de Deus. Se o dirigente bocejar, apoiar-se no púlpito e descansar sobre uma das pernas
toda a congregação o notará. Com o seu físico descansado e seu espírito avivado, ele
ajudará os que estão cansados e abatidos a terem um encontro com Deus, no louvor e
adoração.
2º – O dirigente do culto não pode estar nervoso. Se discutir em casa, no trabalho, ou se
algo não está bem com ele, isto poderá deixá-lo sem condições de dirigir o culto. Deve ter
uma boa disposição bem antes do início do culto. Se seu estado de saúde não a favorece,
como uma dor dente, dor de cabeça ou canseira, é melhor ser bem sincero e pedir ao
pastor ou, na ausência destes, outros irmãos ministrem a ele, para então ter condição de
ministrar ao povo. Muitas vezes os dirigentes ou os músicos podem estar sob opressão
maligna e, ao serem ministrados antes de ministrarem aos outros, ficarão libertos e
purificados de todo o mal. Antes de dirigir o culto ore no gabinete com o teu líder ou pastor
e entra com a sua benção para o trabalho divino.
3º – O dirigente do culto deve ser uma pessoa sensível ao Espírito Santo, procurando
saberdele o que mais agradará ao Rei Jesus naquele dia. A Bíblia diz que o Espírito
glorifica aJesus. Assim o Espírito sabe se o Pai amoroso, com Deus forte, como guerreiro
ou um amigo.O Espírito é quem dirigirá o louvor nesta ou aquela direcção. A adoração é o
“alimento” deDeus, disse certo pregador. E ele poderá conduzir o culto, através do
dirigente, a profundasexperiências.4º – O dirigente deve pensar previamente como
começar, tendo em vista que o início é muitoimportante. O primeiro cântico é a chave que
abre o culto. Se a unção de Deus no culto é paralevar a congregação a glorificar a Jesus
como Rei e o primeiro cântico o apresenta comoSalvador, no seu amor, na obra da cruz,
então o dirigente demorará um pouco a direccionar oculto para cumprir a vontade do
Espírito Santo. Muitas vezes, somente depois do terceiro ouquarto cântico é que se
descobre a “mente” do Espírito. Quando procuramos, contudo, saber avontade do Espírito,
podemos entrar em adoração logo no primeiro cântico. O segredo estánuma vida
totalmente consagrada a oração.
Lembra-te, se o dirigente não está certo do que o Espírito quer para o culto, deve procurar
opastor, e na falta deste, outros dirigentes ou irmão consagrados e perguntar com que
cânticoou de que maneira deve começar o culto. Nunca é recomendável começar um
culto comadoração, principalmente quando se trata de culto evangelístico.Procurem Hinos
e coros de louvor que vos ajudarão entrar numa autentica festa espiritual.A Palavra de
Deus diz para termos “intrepidez para entrar no Santo dos Santos” (Heb. 10:19).Intrepidez
significa ousadia, com força coragem e sem temor. Assim um culto pode ser iniciadocom
todos orando em grupos ou todos saudando uns aos outros. Uma só fé um só baptismoe
um só amor!5º – O dirigente deve sempre incentivar os irmãos à santificação. “Animador”
de culto nãoexiste. O animador está nos clubes, emissoras de rádio e TV. No culto há um
ministro. Seupapel é motivar e exortar os irmãos a uma vida de santificação. Isso só é
possível, quando odirigente não é um actor mas sim um irmão ou irmã consagrado (a) com
testemunho de umverdadeiro (a) filho (a) de Deus
6º – O dirigente deve facilitar as manifestações simultâneas e espontâneas das pessoas.
Nemsempre isso é necessário, pois há momentos quando a congregação
espontaneamenteexpressa louvor e adoração. Não é preciso pedir. Elas fluem.O dirigente
que somente se preocupa em cantar com o povo e a falar todo o tempo, limita olouvor aos
cânticos. Depois de algum tempo de louvor, o dirigente poderá ficar em atitude
deadoração, ou com as mãos levantadas, ou de cabeça baixa. A congregação se
acostumará aosgestos do dirigente e saberá que é o momento para se expressarem diante
do Senhor, nãosomente em palavras e frases e curtas, mas também em cântico
espiritual. Em casa dacongregação não estiver habituado a estes sinais cabe ao dirigente
explicar o que pretendecom o silêncio ou pausa que está a fazer.7º – O dirigente deve
também cuidar do comportamento congregacional. Ele deve sentir oambiente e o povo.
Pode ser que o dirigente queira adorar, mas o clima entre o povo é dejúbilo, ou poderá ser
que o dirigente queira jubilar-se e louvor a Deus, mas o ambiente nacongregação é de
adoração e de prostração. Se ele não sentir a reacção do povo, demorarámuito a entrar
num fluir dinâmico do Espírito. Isto não quer dizer que o estado emocional dacongregação
é que deve ditar o rumo do culto. Muitas vezes, contudo, quem está dirigindo oculto
precisa ouvir o Espírito através da congregação.
8º – Depois de descobrir o fluxo do Espírito no culto, o dirigente deve
procurar a notadominante do culto. Esta pode ser sobre o amor, cura, libertação,
exaltação de Jesus como Rei
e Senhor e exaltação da santidade de Deus, etc. A preparação com antecedência, a
muitaoração e a dependência do Espírito Santo ajudará sem margem da dúvida um culto
cheio deunção e presença do Espírito Santo.
.9º – O dirigente deve actuar em fé. Ele deve conduzir as pessoas a Deus. Muitas vezes o
muitofalar prejudica o fluir do Espírito no culto. Há dirigentes que costumam ficar a falar a
falardurante um período de silêncio e adoração ou mesmo no meio dos júbilos. Deve-se
falar paralevar as pessoas a Deus, mas somente o necessário. Falar de mais torna o culto
cansativo.
Também é necessário que o dirigente inspire fé. No meio dos louvores e adoração
poderáocorrer salvação, cura, baptismo no Espírito, distribuição de dons entre os irmãos,
etc. Bastauma palavra de fé do dirigente para que Deus transforme muitas vidas.10º – Um
bom dirigente é aquele que não chama a atenção sobre si; é aquele que anuncia
osnúmeros dos hinos que vão ser cantados de forma tão audível e clara (repetindo até
osnúmeros) que todos os que ouvem distintamente; é aquele leva o povo Deus a louvar e
adorara Deus.11º – Um bom dirigente é aquele que não chama atenção
sobre si, deve dirigir comsimplicidade, delicadeza e graça, evitando gestos nervosos,
rigidez, aparência mecânica, faltade maturidade e outras atitudes e práticas fora de
comum. Deve adaptar a grandeza domovimento dos seus braços ao tamanho da
congregação, podendo até parar, depois de dar ocomeço, se a congregação é
pequena.12º – O dirigente deve conhecer bem o hino ou o coro que vai dirigir. Deve abrir o
canto comprecisão e manter o andamento próprio. Deve sustentar a suspensões com
firmeza e, depoisde cada suspensão e das partes em que o andamento atrasa, deve voltar
ao ritmo próprio, umpouco acelerado.
13º O dirigente é alguém que sabe o que está fazendo. É um dirigente. Não cria incerteza
àcongregação conduzindo em hinos que mal conhece, mas faz a congregação parar para
ouviro músico, quando aquela está cantando alguma parte com incerteza e também
quando estáfora de nota. Neste caso finda uma estrofe, e às vezes sem dar a razão do
seu acto, o dirigenteinterrompe o canto, faz o órgão tocar um pouco, como para que todos
descansem, e, emseguida, recomeça o canto.Nas partes em que o hino apresenta uma
mensagem viva, leva a congregação a cantar comentusiasmo. Quando o hino fala dos
sofrimentos ou morte de Jesus faz a congregação cantarbaixo ou baixíssimo. Isto é muito
efectivo. Quando pretende que a congregação cante maisforte, volte as palmas da mão
para cima e vão ascendendo estas; e, quando quer obter umabaixamento, volta as
palmas para baixo e desce-as um pouco. Dirige com viveza eentusiasmo nos
hinos que têm uma mensagem de vitória, mas nos de adoração, cujas palavrassão
dirigidas directamente a Trindade, fá-lo com mais lentidão, com gravidade, porque
estãofalando com Deus.
14º – Um dirigente morto gera um culto morto. Mas se ele não deixa um hino ou coro
morrer,também não conduz o canto com tal rapidez que muitos fiquem sem poder
pronunciar assílabas.15º – Quando o dirigente conhece as formas de marcar os
compassos, tem de ter cuidado deindicar correctamente as notas fortes de cada um. Não
basta desenhar com a mão uma cruzou um triângulo para indicar os compassos
quaternário e ternário. Se não conhece as regraspara marcar o compasso ou se tem
alguma dúvida sobre quais as notas fortes, o melhor seráapenas movimentar as mãos de
cima para baixo ou de um lado para outro, de forma simples,rítmica, sem tiques nervosos,
firme, porque assim não exibe ignorância e vaidade.
Sem o dirigente não tem muita liberdade na execução nem o músico na execução, ébom
treinarem previamente os hinos que vão ser usados.Finalmente, o bom dirigente, sabendo
que a mensagem é a parte mais importante doserviço, não entrega ao pregador uma
congregação cansada. Na época do calor, ou depois deestarem sentados durante muito
tempo, faz com que, de pé e por breves instantes, todoscantem um coro ou orem, para
desentorpecerem os músculos e se ajeitarem.
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CONSELHOS PARA MINISTROS E DIRIGENTES DE LOUVOR !
Ministros de louvor

Considerando que a ministração não é algo realizado individualmente, podemos


considerar então que ministros de louvor são todos aqueles que estão envolvidos, direta
ou indiretamente, na ministração do louvor (instrumentistas, cantores,
operadores/montadores de som, operadores de retroprojetor, e outras funções ligadas à
área). Em outras palavras, ministros de louvor são todos aqueles que servem a igreja na
área de música.

Dirigente de louvor

O dirigente de louvor ou líder de adoração, é aquele que têm como função principal
conduzir(dirigir) o momentos de cânticos nos cultos, levando as pessoas a expressarem o
seu amor, o seu louvor e a sua adoração a Deus através da música. Além conduzir as
pessoas, o dirigente de louvor, também é responsável pela condução(direção) dos
cantores e instrumentistas dentro da música, definindo quais partes serão repetidas, as
introduções, as entradas, os finais, etc. Outra função que o dirigente do louvor
desempenha, durante os momentos de cânticos, é o de ministrar a vida das pessoas.

4- Uma palavrinha sobre ministração

Ministrar significa servir. Em outras palavras, é aquilo que oferecemos à alguém. A


ministração pode ser dividida em dois tipos: uma que é dirigida à Deus e outra que é
dirigida ao próximo.

A ministração dirigida à Deus

Essa ministração é direcionada exclusivamente a Deus. Seu sentido deve ser sempre na
vertical (para cima). A ministração dirigida à Deus têm como alvo principal proporcionar
alegria ao coração do Senhor. Ela consiste basicamente em expressar o nosso amor a
Deus, reconhecer a nossa dependência dEle, reassumir o compromisso de obedecer a
Sua palavra, apresentar o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor,
e sobre tudo, oferecer-lhe aquilo que somente Ele é digno de receber: Glória, honra, louvor
e adoração.

O único tipo de ministração que agrada a Deus é a aquela que oferecida com sinceridade
de coração. Porém esta ministração só será aceita se for oferecida por intermédio de
Jesus Cristo (João 14:6; Hebreus 13:15).

A ministração dirigida ao Próximo

Essa ministração é direcionada exclusivamente para o próximo. Seu sentido deve ser
sempre na horizontal (para os lados). A ministração dirigida ao próximo têm como alvo
principal confortar, encorajar, edificar e provocar transformação na vida das pessoas. Ela
consiste basicamente em ir de encontro as necessidades do próximo, em levá-los a se
reconciliar com Senhor, em trazer-lhes esperança de uma nova vida em Cristo, em ensiná-
los a viver com Deus, em exortá-los a ter um relacionamento mais profundo e íntimo com o
Senhor, em mostrar-lhes que a nossa meta é ter um caráter moldado à semelhança de
Cristo, e entre outros, produzir mudança de estilo de vida.

O tipo mais profundo de ministração é aquele que faz diferença no dia-a-dia das pessoas.
Se quisermos mudar vidas, devemos preparar uma ministração para impactar as pessoas,
e não apenas para informá-las. A nossa ministração deve buscar sempre ser clara,
relevante e aplicável.
Amor
Algo que irá fazer uma grande diferença em nossa ministração é o amor com que
ministramos. Quando as pessoas sabem e sentem que nós as amamos, elas nos ouvem e
se deixam ser conduzidas por nós. Para amar as pessoas nós precisamos nos aproximar
delas, e quando nós nos aproximamos delas, o nosso poder de impactá-las é muito maior.
O amor também é essencial quando ministramos ao Senhor, pois Ele está mais
interessado na intenção do nosso coração e no amor com que correspondemos ao Seu
amor por nós, do que no serviço que prestamos(oferecemos) a Ele. O amor deve nortear
tudo o que fizermos. Sem amor a nossa ministração não passa de barulho.

5- Preparando a ministração do louvor congregacional

O Espírito Santo está mais presente em um planejamento cuidadoso do que em uma


improvisação descuidada. Sendo assim, segue abaixo alguns pontos que irão nos auxiliar
na preparação da ministração do louvor congregacional.

Andando com Deus

Esta é a parte mais importante na preparação da ministração do louvor. É através de uma


vida de comunhão e de intimidade com o Senhor que recebemos unção e direção para
ministrar e dirigir o louvor. Muitas vezes usamos primeiramente nossas mentes e métodos,
e só então buscamos a benção de Deus para aquilo que já criamos. Com certeza
cometemos esse erro mais vezes do que gostaríamos de admitir. É realmente uma grande
tentação mergulhar e crer em nossas próprias tendências, desejos, habilidades e planos
antes de checá-los com Deus e buscar seu coração e mente para a preparação da
ministração. Porém, quando fizermos da comunhão com Deus uma prioridade, iniciaremos
e terminaremos tudo o que fizermos em diálogo com o Pai e, desta forma, conheceremos
sua mente e receberemos sua benção.

Em sintonia com o Pastor

É muito importante que pastor e dirigente de louvor estejam sempre em perfeita sintonia. O
líder de adoração precisa ser conhecedor do seu pastor, de sua visão e manter um
harmonioso o relacionamento com ele. A comunicação entre dirigente de louvor e pastor é
vital. Eles devem se reunir regularmente para conversarem e discutirem sobre a liturgia, o
tema da mensagem, os cânticos, enfim, tudo o que diz respeito a ministração e direção do
louvor congregacional.

Elaborando a Ministração

O próximo passo na preparação da ministração é elaborarmos o que vamos ministrar.


Nesta etapa escolhemos a direção que vamos ministrar (Vertical-[Deus] ou Horizontal-
[Pessoas])

Conhecendo a classificação das letras dos cânticos. Apesar de parecer tudo igual na hora
em que cantamos, as letras dos cânticos são classificados em diversos tipos. É importante
sabermos o tipo de letra de cada cântico, pois, isso vai influenciar diretamente na
preparação da ministração do louvor congregacional. Cânticos de:

Louvor – São cânticos cujas letras expressam elogio e agradecimento por aquilo que Deus
fez, faz ou fará.

Adoração – São cânticos cujas letras expressam reconhecimento a Deus por aquilo que
Ele é. Este cânticos falam da pessoa de Deus(Seu caráter, Sua natureza e Suas
qualidades). Dentro do tema de adoração temos cânticos cujas letras que expressam
Exaltação e Contemplação.

Exaltação – São cânticos cujas letras tratam de engrandecer a Pessoa de Deus(Seu


caráter, Sua natureza e Suas qualidades).

Contemplação – São cânticos cujas letras se concentram em meditar(contemplar) a


Pessoa de Deus(Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades). Ainda dentro do tema de
adoração podemos ter cânticos cujas letras tratem de Consagração, Adoração Profética,
Confissão e Clamor.

Consagração – São cânticos cujas letras tratam da dedicação de nossas vidas a Deus, da
nossa Santificação, etc.

Adoração profética – São cânticos cujas letras tratam da Volta de Cristo, seu reinado
eterno, etc.

Confissão – São cânticos cujas letras tratam de arrependimento, reconhecimento do


pecado, desejo de mudança de vida, etc.

Clamor – São cânticos cujas letras expressam súplicas a Deus, pedido de misericórdia,
auxílio, etc.

Relacionamento – São cânticos cujas letras tratam de unidade, comunhão entre as


pessoas. Este tipo de cântico muitas vezes são empregadas e expressadas de maneira
errônea. É comum vermos pessoas, durante o momento que são ministrados estes
cânticos, de olhos fechados e mãos levantadas. A maneira adequada para cantarmos
estes cânticos é de olho aberto, olhando para o rosto do irmão que está ao lado,
apertando-lhe a mão e o abraçando. A finalidade destes cânticos é estreitar os laços da
congregação, expressar comunhão e quebrar barreiras interpessoais. Estes cânticos
devem ser cantados para as pessoas e não para Deus.

Guerra – São cânticos que dão ênfase à batalha espiritual contra o inimigo de nossas
almas, proclamam a vitória de JESUS na cruz e a derrota de satanás.

Doutrinários – Uma das funções mais importante da música em qualquer


cultura(sociedade) é de servir de apoio ao seu sistema de valores, sejam eles políticos,
sociais ou religiosos. Os cânticos classificados como doutrinários, são cânticos cujas letras
expressam os nossos princípios e valores.

Alegria (Júbilo) – São cânticos cujas letras expressam alegria pelo Senhor, pelos Seus
feitos, etc.

Expectativa – São cânticos cujas letras expressam esperança de ver a glória de Deus, o
seu agir, etc.

Evangelização – São cânticos cujas letras tratam da Salvação em Cristo, do amor de Deus
por nós, etc.

Serviço – São cânticos cujas letras tratam da importância de servir, tratam do chamado
para trabalhar no Reino de Deus, etc.

Especiais – São cânticos cujas letras tratam de temas como casamento, batizados, etc.

Composto – São cânticos cujas letras contém em suas estrofes mais de um tipo de
classificação. Por exemplo louvor e exaltação, ou expectativa e adoração, etc. Obs.: É
muito importante que o dirigente de louvor tenha uma lista com o nome dos cânticos e a
respectiva classificação de suas letras.

Escolhendo os cânticos
A ultima coisa a ser feita na preparação da ministração do louvor é a escolha dos cânticos.
Porém isso não a faz menos importante, pelo contrário, os cânticos são a essência da
ministração do louvor. Sendo assim, segue abaixo algumas dicas e alguns cuidados que
devemos ter na hora de escolher os cânticos:
Qual será o tema principal da Reunião?

O primeiro cuidado que devemos ter na hora de escolher os cânticos, é procurar saber
qual será o tema principal da reunião. É muito importante estar atento a este cuidado, para
evitar que, em um culto de caráter evangelístico, por exemplo, sejam escolhidos cânticos
sobre batalha espiritual. O que tornaria a nossa ministração ineficaz (inútil, inoperante). O
ideal é que os cânticos estejam sempre em harmonia com o tema da reunião. Porém, isso
não é regra absoluta. Como o Espírito Santo é o coordenador de tudo, algumas vezes Ele
poderá querer que a ministração do louvor ocorra independente do tema da reunião. Por
exemplo, num culto cujo o tema seja sobre relacionamento familiar, o Espírito Santo pode
direcionar a escolha dos cânticos para que o Senhor seja exaltado como Rei ou como Pai
amoroso, como Deus Forte, etc. Isso por que o Espírito Santo tem objetivos a cumprir em
cada culto através do louvor e, ninguém melhor do que Ele para saber o que agradará a
Deus naquele dia. Se o Senhor quer júbilo ou prostração, louvor ou consagração, etc. Por
isso a necessidade de estar em íntima sintonia com Ele.

Qual será o tempo disponível para ministrar?

Outro cuidado muito importante a ser observado na escolha dos cânticos, é saber qual
será o tempo disponível que teremos para ministrar o louvor. Por exemplo, se tivermos 30
minutos disponíveis, dificilmente conseguiremos encaixar 15 cânticos dentro deste tempo.
Essa informação deve ser obtida com o pastor ou com o responsável pela liturgia.

Fazendo uma Pré-Seleção dos Cânticos

Após conhecido o tema da reunião e o tempo disponível que teremos para ministrar, o
próximo passo é fazer uma pré-seleção dos cânticos. Para isso é necessário que o
dirigente de louvor tenha em mãos uma lista de todos os cânticos que a igreja canta. Esta
pré-seleção deve conter, de preferência, mais do que o dobro da quantidade dos cânticos
que serão ministrados. Por exemplo, se vamos ministrar 5 cânticos, o ideal é que a pré-
seleção tenha entre 10 e 12 cânticos.

Qual foi a última vez que cantamos este cântico?

É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma planilha de controle dos cânticos
que são ministrados a cada culto. Pois além de auxiliar no acompanhamento da ultimas
seleções, ela também evitará que alguns cânticos sejam repetidos com muita freqüência.
Se a equipe de louvor tocar sempre os mesmos cânticos, chegará uma hora que o louvor
ficará mecânico. Um estudo feito por uma companhia Norte Americana, descobriu que
depois de um canção ser executada mais de 50 vezes, as pessoas não pensam mais no
significado da letra e cantam sem perceber o que estão falando. Por este motivo é bom
que o dirigente de louvor evite escolher sempre as mesmas músicas em todas as
reuniões. O ideal é dar um intervalo de 2 a 3 meses para repetir um mesmo cântico.

A Letra está Biblicamente correta?

Como já sabemos, é letra da música que a torna santa ou profana, por isso, é muito
importante que a letra da música esteja sempre biblicamente correta. Este cuidado deve
ser observado especialmente no caso de músicas novas. É importante também estar
atento para possíveis erros de português.

As primeiras músicas
As primeiras músicas não devem ser de louvor propriamente dito, principalmente se a
ministração do louvor for antes da mensagem. Dificilmente alguém começa a adorar ao
senhor logo no primeiro cântico. É preciso haver uma preparação espiritual, física e
emocional. Neste caso, podem ser escolhidas músicas cujas letras tratem: de
Relacionamento, de Alegria, de Convite para o Louvar, de expectativa pelo Senhor ou de
Guerra. Também podemos usar este período para ensinar músicas novas. Porém, se a
ministração do louvor for logo após a mensagem, podem ser escolhidas músicas cujas
letras expressem diretamente: Louvor, Adoração, Exaltação, Contemplação, ou ainda, de
preferência, que complementem ou reforcem a mensagem. Obs. O período de louvor não
é uma preparação para a ministração da Palavra. O louvor e a Palavra são dois ministérios
com características e peculiaridades parecidas, porém com finalidades diferentes. ?O
louvor é a comunicação do homem com Deus; e a pregação da Palavra é a comunicação
de Deus com o homem?. No entanto, na fase final do louvor, poderá haver uma ligeira
fusão entre os dois ministérios.

6- Dicas ao dirigente de louvor

Conhecer as músicas

O dirigente de louvor é o referencial para a igreja e para a equipe de louvor. Por este
motivo ele deve ser o primeiro a conhecer a música de cor, sem precisar de ficar olhando
toda hora para a transparência, para cantar a letra. É o dirigente que dá segurança e
estabilidade para o grupo e para a igreja. Se ele não conhecer a música estará dando
brecha para que a execução saia errada, e a ministração seja comprometida. Porém, caso
o dirigente tenha dificuldade em memorizar os cânticos, ele pode usar uma
estante(suporte) para colocar as cópias das letras, e assim acompanhar os cânticos.

Atitudes e Expressões

O dirigente de louvor tem que estar a vontade no altar. Ele tem que caminhar por todos os
lados. Existem dirigentes que são como estátuas, ficam parados no mesmo lugar durante
todo o Louvor. A Igreja acaba ficando parada, fria e imóvel também. Outros se mexem
tanto, correm tanto e fazem tantos gestos, que mais parecem atletas excepcionais ou
professores de aeróbica. A congregação fica cansada só de olhar e acompanhar. O
dirigente de louvor tem que ter a prática de caminhar (isto impõe segurança), ele deve
procurar se expressar com gestos em alguns cânticos (isso gera participação da Igreja),
ele deve ter o hábito de olhar nos olhos da congregação em geral (isso mostra confiança,
segurança e autoridade. Alguns dirigentes fecham os olhos e esquecem do resto,
principalmente de observar o fluxo na Igreja, esta atitude é prejudicial para o bom
desempenho do louvor congregacional), o dirigente também pode se ajoelhar em
momentos de adoração (isso mostra submissão e humildade). Tudo isto deve ser feito com
prudência, sabedoria e sensibilidade espiritual.

Sensibilidade Musical e Espiritual

O dirigente de Louvor que segue exatamente aquilo que estava programado nos ensaios,
podem estar falhando na sensibilidade musical e espiritual. É obvio que não é normal ficar
mudando a direção dos cânticos, mas sempre é preciso estar atento para saber quando
deve-se fazer sinal aos músicos para tocarem mais suave, mais baixo ou mais alto, ou
para que deixem só a congregação cantando junta, ou que se repita várias vezes o mesmo
coro, ou ainda, que faça silêncio absoluto para uma maior busca, entrega e sensibilidade
ao mover do Espírito Santo, que se inicie mais uma vez a canção para maior
aproveitamento ou que os músicos continuem tocando a melodia da canção para que a
Igreja possa cantar um cântico novo pessoal e espiritual. O dirigente tem que ter
sensibilidade e flexibilidade durante a ministração de louvor, pois a vontade de Deus nem
sempre é a do homem, por mais que sejamos organizados e programados.
Falar somente o necessário

Durante a ministração do louvor, o dirigente deve procurar não falar nada, apenas deixar
que o próprio cântico fale ao coração das pessoas. Falar demais acaba atrapalhando o
mover do Espirito Santo nas pessoas. Porém, não falar nada, causa vazio no Louvor
Congregacional. Instruções durante os cânticos não produzem louvor nem adoração,
entretanto, podem da direcionamento significativo à expressão coletiva. O dirigente de
louvor deve procurar falar somente o necessário.

Incentive e Facilite as expressões

No louvor congregacional as expressões são fundamentais. Elas dão vida ao louvor e a


adoração coletiva, além de reforçar o significado daquilo que estamos cantando. E é
responsabilidade do dirigente de louvor incentivar e facilitar as expressões durante os
momentos de louvor. Por exemplo, se o povo não está batendo palmas com firmeza e
união, deve-se falar e pedir para que batam palmas, se no momento de adoração a
maioria estiver desligada e distraída, pode-se, por exemplo, pedir para que todos fechem
os olhos, que levante as mãos e que comecem a falar palavras de amor, de
agradecimento e sinceridade ao Senhor. Se no momento de Louvor perceber que o povo
não está cantando e correspondendo pode-se tranqüilamente pedir aos músicos que
parem de tocar para ouvir apenas as vozes da congregação cantando juntos, formando um
lindo coral de vozes ao Senhor. É importante sabermos que nós não somos ?animadores?
de culto. No culto há dirigentes de louvor. Seu papel é incentivar e facilitar as expressões
simultâneas e espontâneas das pessoas. O dirigente de louvor que se preocupa somente
em cantar e falar o tempo todo, limita o louvor e a adoração aos cânticos. O bom dirigente
de louvor gera a participação das pessoas durante os momentos de louvor, incentivando e
facilitando as expressões.

Certeza da presença de Deus

Por último, um elemento que irá fazer a grande diferença, não somente para quem dirige o
louvor, mas também para quem participa do louvor é a certeza da presença de Deus. É
muito importante para todo aquele que participa do louvor ter a certeza de que Deus está
presente. Ora, como iremos adorá-lo sem ter a certeza da sua presença? Como iremos
cantar para Ele, se ainda duvidamos que Ele está entre nós? Sem dúvida, um dos
principais motivos pelos quais a igreja é tão fria na hora de expressar o seu louvor a Deus,
é falta da certeza da presença de Deus em seu meio. É preciso sabermos que em todos
os nossos cultos somos assistidos por Deus. Desde a primeira oração, passando pelos
testemunhos, pela pregação, pelas arrecadações e principalmente durante o louvor, Deus
está presente. Seu Espírito está passeando entre nós trazendo cura, libertação,
avivamento, salvação, etc.

7- Qualidades e Características desejáveis nos dirigentes de louvor

Buscam viver em Santificação;


Procuram ser pessoas segundo o coração de Deus;
Possuem consciência de que dependem de Deus para tudo que fizerem;
São Adoradores;
São Íntegros, Retos e Tementes a Deus;
São Humildes;
São Fiéis nos dízimos;
São Submissos à liderança;
São Responsáveis em tudo;
São Reverentes;
São prudentes;
Procuram ser atraentes no falar, no vestir, sem ferirem a ética, a disciplina, o pudor e os
preceitos bíblicos;
Não fazem acepção de pessoas;
Se comunicam bem;
Procuram sempre aprender e se aperfeiçoar cada vez mais;

Obs.: O bom dirigente de louvor se concentra primeiramente em ser uma pessoa de Deus
antes de fazer o trabalho dEle

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