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Dedicatória
Dedicado aos pés de lótus de meu Diksha-Guru (mestre espiritual iniciador)
Ashtottara Shata Srila Sakhicharan Dasa Babaji, cujo samadhi (mausoléu)
Localiza-se no pátio de Sri Radha Vrajamohan mandir no Sri Radhakund
(vide mapa n.º 17 bis)
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(Bhaktivinod Thakur)
Gaura Amar – Meu Senhor Gauranga; Ye - Qualquer; Sab – Todo; Sthana – Locais; Korolo Bhramana –
perambulando por aí; Range – Com Prazer; Se Saba Sthana – Todos esses lugares de peregrinação; Heribo Ami – Eu
verei; Pranaya-bhakata – Devotos amorosos; Sange – na companhia deles.
“Este ser humilde irá visitar todos esses lugares de peregrinação onde meu Senhor Gauranga passou, sob a orientação
de um devoto amoroso, submisso.” (Bhaktivinod Thakur)
A.C.Bhaktivedanta Swami
Ao entrar na aldeia de Sri Radhakund, depois de passar pelo bazar no lado esquerdo, fica Sri
Kundesvar Mahadev (Senhor Shiva) a deidade protetora do Radhakund, e do lado direito fica Sri
Radhakund com Sri Shyamakund visível do outro lado do sangam, ou ligação entre Sri Radhakund
e Sri Shyamakund. O parikrama deve iniciar-se dali. Em frente a uma árvore banyan sobre uma
colinazinha do lado esquerdo fica o velho mandir de Sri Radha-Krishna. As deidades foram doadas
por Sri Raghunath Das Goswami aos brahmanas locais, quando o Sri Radhakund foi re-escavado.
Este mandir foi construído por Maharaj Tondarmal, um contemporâneo do Imperador Akbar. O
templo agora está numa condição negligenciada, embora as deidades ainda estejam lá. Num desvio
da rota do parikrama para a esquerda, a uns 50 metros, fica o Kunja Bihari Math, que é uma filial
do Mayapur Chaitanya Math. As deidades de Sri Radha-Krishna, Sri Chaitanya Mahaprabhu e um
puspa-samadhi de Srila Gaurakishor Das Babaji são bem mantidas. Retornando à rota do
parikrama no canto direito, fica o Radhakantha Mandir. Oposto a este temos o Gopal-Mandir do
rei de Manipur, o Shyamasundar Mandir e o Radha-Damodar Mandir a uns 25 metros descendo a
estrada de terra a esquerda. O lado norte de Sri Radhakund abarca os mais importantes locais de
peregrinação, que são os seguintes:
Do samadhi de Srila Raghunath Das Goswami se pode prosseguir ao templo de Sri Sri Radha-
Gopinath e Ma Jahnavadevi, a esposa do Senhor Nityananda, que é Ananga Manjari, irmã mais
nova de Srimati Radharani, nos passatempos de Krishna. Após o darshan das deidades, prossiga
através da porta à esquerda e continue até a margem do Sri Radhakund.
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Radha - Sri Radha; iti - este; nama – nome; nava – fresco; sundara – fino; sidhu – néctar;
mugdham – intoxicante; Krshna – Krishna; iti – este; nama – nome; madhura – doce; adbhuta –
espantoso; gadha – condensado; dugdham – leite; sarvaksanam – constantemente; surabhi – doce
fragrância; raga – estranhos ataques de paixão; himena - refrescante cânfora; ramyam –
gratificante; krtva – assim misturado; tad – isso; eva – somente; piba – beba; me – eu; rasane – ó
lingua! Ksuda-arthe – se estás realmente com fome.
Este verso do Stavavali de Srila Raghunath Das Goswami, no qual ele se dirige a sua língua – “Se
estás realmente com fome, toma o nome de Sri Radha; que é como mel fresco intoxicante, misture-
o com o nome de Sri Krishna, que é como maravilhoso e doce leite de vaca condensado, e adiciona
a isso a doce fragrância do açafrão, cardamomo, um pouco de cânfora, etc., misturando tudo isso
acima, beba constantemente com profunda paixão.”
bhajami – estou servindo; radham – Srimati Radharani; aravinda – (que é um) lótus; netram –
olhos; smarami – eu lembro de; radham – Srimati Radharani; madhura – doce; smitasyam –
sorriso; vadami – estou cantando; radham – Srimati Radharani; karuna – bondade; bharardram –
derretendo completamente em (dentre os 108 nomes de Srimati Radharani um é Karuna-vidravad-
deha, do Astottara-Shata Nama Stotram de Srila Raghunath Das Goswami); tato – assim; mama –
meu; nyasti – não há mais; gatir – maneira; na – não; kapi – algum.
“Estou servindo Srimati Radharani, que tem belos olhos de lótus; estou lembrando de Srimati
Radharani, que tem um doce sorriso; estou cantando as glórias de Srimati Radharani que está Se
derretendo em completa bondade. Desta maneira não há outra ocupação para mim.”
Após visitar o Sri Radha Raman Mandir, se entra no Radha-Govinda Mandir, mantendo-se à direita
junto à plataforma Rasa-mandal através de uma entrada apertada. Em 1670 o imperador
muçulmano Aurangazeb viu a lamparina de ghee ardendo no topo do lindo templo de sete andares
de Sri Govindaji em Vrindavan a mais de 36 milhas de distância de sua capital Agra, e no seu
humor invejoso ordenou a destruição de todos templos em Vrindavan. Os hindus que estavam
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trabalhando na corte, advertiram de ante-mão as autoridades em Vrindavan, que providenciaram
para as deidades de Sri-Sri Radha-Govinda, Sri-Sri Radha-Madan Mohan, Sri-Sri Radha-Gopinath,
Sri Radha Vinod, Sri-Sri Radha Damodar e Vrindadevi serem removidas. Vrindadevi recusou-se a
ir mais adiante que Kamvan, mas as outras deidades foram enviadas a Jaipur aos cuidados de seu
genro, o Maharaj de Karoli, onde permanecem até hoje em dia. Encontra-se réplicas das deidades
no Radhakund e em Kamavan. As deidades de Sri Radha-Govinda são muito belas, especialmente
no mangala-arotik, quando Sri Govindaji usa apenas uma simples tanga (no verão).
Esta é mantida num pequeno templo nos fundos do Sri Radha-Govinda Mandir. A chave pode ser
obtida do pujari. Srila Raghunath Das Goswami não gostava que as águas do Radhakund fossem
usadas para esgoto ou lavar roupas, etc. Portanto ele ordenou a construção de um poço novo no
lado oriental de Sri Shyamakund. A certa altura os trabalhadores atingiram uma grande pedra que
tentaram remover com uma ferramente de ferro. A pedra foi golpeada em três pontos e o sangue foi
visto jorrando a partir dela. Quando Srila Raghunath Das Goswami foi informado sobre isso,
ordenou que se interrompesse a obra, por temor que tivessem cometido alguma ofensa. Enquanto
contemplava sobre o assunto, naquela noite num sonho a grande forma de Sri Krishna que Se
mostrara para Nanda Maharaj por ocasião do Govardhan Puja (Giriraj Govardhan) apareceu-lhe e
informou que sua língua fora acertada sem saberem e que deveria ser removida e instalada num
pequeno templo e adorada. Até hoje, três marcas enegrecidas podem ser vistas na língua.
Virando para a esquerda, fora do Radha-Govinda Mandir por 30 metros, na primeira à esquerda,
chega-se ao bhajan kutir de Srila Krishna Das Kaviraj Goswami. Srila Krishna Das Kaviraj
Goswami vinha da aldeia de Jhamatpur na Bengala Ocidental. O Senhor Nityananda disse-lhe num
sonho para ir até o Radhakund e tomar refúgio em Srila Raghunath Das Goswami e todos seus
desejos seriam realizados.
c) Sri Chaitanya Charitamrtam: Srila Raghunath Das Goswami costumava dar palestras no
Radhakund sobre a antya-lila de Sri Chaitanya Mahaprabhu. De como Ele experimentava
amor-em-separação igual a Srimati Radharani por Sri Krishna. Os devotos reunidos pensaram
que se isso não fosse colocado por escrito, então como seria preservado para futuras gerações
como nós? Eles pediram a Srila Kaviraj Goswami para registrar esses passatempos de Sriman
Mahaprabhu. O resultado foi o Sri Chaitanya Charitamrta, que, junto com o Sri Chaitanya
Bhagavat de Vrindavan Das Thakur, engloba a vida, passatempos, e ensinamentos do Senhor
Chaitanya.
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À direita do bhajan kutir de Srila Krishna Das Kaviraj Goswamipad, fica o bhajan kutir de Srila
Raghunath Das Goswami. Quando Srila Raghunath Das Goswami primeiro veio para o Radhakund
de Puri depois do desaparecimento do Senhor Chaitanya, costumava fazer seu bhajan a céu aberto.
Relata-se no Bhakti Ratnakar que certo dia na margem do Shyamakund, que naqueles dias era
cercado por densas selvas, ele estava absorto em meditação, e um tigre e uma tigresa vieram beber
água do kund. Como o Senhor Sri Krishna está sempre protegendo Seus devotos, Ele veio e
providenciou à distância para que os tigres lentamente fossem embora. Nessa ocasião Srila Sanatan
Goswami chegou e viu a cena toda. Como Sri Krishna não pode permanecer escondido de Srila
Sanatan Goswami, Ele simplesmente sorriu para o goswami e desapareceu. Srila Sanatan Goswami
então foi até Srila Raghunath Das Goswami, perturbou seu bhajan e admoestou-o, perguntando que
tipo de bhajan ele estava fazendo, que o Supremo Senhor Sri Krishna tinha que vir e pessoalmente
protegê-lo dos animais selvagens? Srila Sanatan Goswami aconselhou-o a construir um pequeno
kutir e fazer bhajan ali dentro, porém Srila Raghunath Das Goswami não o levou a sério.
Numa outra ocasião no meio do verão, Srila Raghunath Das Goswami estava sentado a céu aberto
cedo pela manhã, lamentando em separação de Srimati Radharani. Conforme o dia progredia, o sol
ficava mais e mais quente e Srila Raghunath Das Goswami estava transpirando profusamente.
Lágrimas estavam fluindo de seus olhos, tornando o chão enlameado. Srimati Radharani não pode
tolerar esta cena e pessoalmente veio e ficou de pé atrás dele para fazer-lhe sombra com Seu
avental, aguentando toda intensidade da luz do sol, de modo que também Ela estava transpirando
profusamente. A própria Srimati Radharani estava tão ansiosa por provar o amor na separação Dela
sentido por Srila Raghunath Das Goswami, que o solo ficou mais enlameado ainda. Nessa hora
Srila Sanatan Goswami veio e viu a cena toda, mas não pode compreender o que fazer. Srimati
Radharani sorriu para Srila Sanatan Goswami e desapareceu. Srila Sanatan Goswami então
perturbou Srila Raghunath Das Goswami e admoestou-o novamente, descrevendo o que havia visto.
Quando Srila Raghunath Das Goswami viu as pegadas de Srimati Radharani atrás de si, rolou nelas
chorando como uma criança. Srila Sanatan Goswami consolou-o e com a ajuda de alguns devotos
rapidamente fez uma cabana de palha (kutir) para Raghunath Das. Desde então é que iniciou o
sistema kutir. Algum tempo depois, enquanto fazia bhajan, Srila Raghunath Das Goswami pensou
que como Radhakund e Shyamakund eram duas lagoas lamacentas, se fossem feitas escadarias em
volta, então os devotos não teriam que passar com dificuldade pela lama para tomar banho. Srila
Raghunath Das Goswami imediatamente se arrependeu do pensamento, achando que já tinham
perturbado os passatempos de Seus Senhores duas vezes e agora Eles teriam que ser molestados
novamente para realizar esse desejo através de um agente externo. Um rico mercador tinha ido a
Sri Badri-Narayan nos Himalayas para doar seus lucros a uma deidade, mas na noite antes de
ofertar o dinheiro, Sri Nara-Narayan apareceu-lhe num sonho, dizendo para que fosse a Sri
Radhakund, a quase 1000 milhas de distância, e tomasse refúgio em Srila Raghunath Das Goswami,
a fim de oferecer-lhe o dinheiro para usar conforme quisesse. Ao oferecer o dinheiro em Sri
Radhakund, Srila Raghunath Das Goswami, que é a própria renúncia personificada, inicialmente
recusou o dinheiro, porém quando o mercador explicou a situação, Raghunath Das Goswami
aceitou-o e chamou Srila Jiva Goswami de Vrindavan, o qual, sob a instrução de Srila Raghunath
Das Goswami, comprou os dois terrenos de arrozais, Gauri e Kari, em nome de Jiva Goswami.
Durante a escavação de Sri Radhakunda, o kund original feito pela pulseira quebrada de Srimati
Radharani foi descoberto no fundo, e em torno deste uns vinte degraus foram feitos em todos lados.
Então em 1817 um rico proprietário de imóveis da Bengala, Lala Babu, que também construiu o
templo Lala Babu em Vrindavan, construiu os degraus de pedra em torno do Sri Radhakund e Sri
Shyamakund, conforme pode ser visto até hoje. Após completar-se o Sri Radhakund, a idéia
original era criar Shyamakund no mesmo formato, mas isso iria necessitar a remoção de muitas
árvores, inclusive aquelas onde Srila Raghunath Das Goswami estava fazendo bhajan. Na noite
antes das árvores serem removidas, os Pancha Pandavas Yudhisthir, Bhima, Arjun, Nakul e
Sahadev pediram a Raghunath Das num sonho, para não cortar as árvores pois eles mesmos
estavam fazendo bhajan na forma de árvores. Na manhã seguinte, Srila Raghunath Das Goswami
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ordenou que somente o terreno desocupado seria usado para escavar Sri Shyamakund. Isto
ocasionou a forma irregular de Sri Shyamakund. Novamente, durante a escavação um pequeno
kund foi encontrado no centro do fundo, conhecido como Vajrakund, e que fora criado pelo
calcanhar direito de Krishna.
Nesta área e em torno para a direita há muitas árvores. Como os cinco Pandavas informaram
Raghunath Das Goswami de que eles estavam fazendo bhajan na forma de árvores e que todas
árvores tiveram a associação dos seis goswamis, deve-se oferecer-lhes respeitos.
Próximo ao bhajan kutir de Srila Raghunath Das Goswami fica o Manasa Pavan Ghat, nas margens
do Sri Shyamakund, onde Srimati Radharani toma banho após Seus passatempos do meio-dia com
Sri Krishna. Ela depois prossegue ao Suryakund, a 8 km de distância, a nordeste, para adorar o
Deus do Sol.
Retornando ao Radhakund, passamos pelo local de cremação de Srila Raghunath Das Goswami,
Srila Krishnadas Kaviraj Goswami, e Srila Raghunath Bhatta Goswami, que todos fizeram a
passagem no mesmo dia, Asvin Sukla Dvadasi do mês Damodar, porém em anos diferentes. Srila
Jiva Goswami providenciou os samadhis de Srila Raghunath Das Goswami na margem norte do Sri
Radhakund e o de Srila Krishnadas Kaviraj Goswami no templo de Radha-Damodar em Vrindavan.
À direita do local de cremação fica o bhajan kutir de Srila Gopal Bhatta Goswami que, antes do
advento de Sua deidade auto-manifestada Sri Radha Raman, costumava fazer bhajan em Sri
Radhakund e Samket entre Barsana e Nandagram. Como a criança Gopal Bhatta Goswami teve a
oportunidade de servir o Senhor Chaitanya quando este ficou na casa de seu pai Venkata Bhatta em
Sri Rangam (sul da Índia) durante os quatro meses da estação chuvosa, o Senhor Chaitanya
abençôou-o para que enquanto seu pai fosse vivo, que o servisse e depois viesse a Vrindavan.
Quando Gopal Bhatta Goswami chegou em Vrindavan, a notícia foi enviada ao Senhor Chaitanya
através de Srila Rupa e Sanatan Goswamis. O Senhor Chaitanya então mandou para ele Sua tanga e
kantha (veste feita de roupas velhas costuradas juntas e usada como abrigo durante a estação fria).
Estas ainda são adoradas junto com as deidades dentro do templo de Sri Radha Raman em
Vrindavan.
Retornando ao caminho do parikrama perto do Sri Radha-Govinda Mandir há uma estrada de terra
para o norte. A uns 50 metros do lado direito fica o Vraja Svananda Sukhada Kunj, que foi usado
por Srila Bhaktivinoda Thakur para bhajan no início do século. Em 1933, Srila Bhaktisiddhanta
Sarasvati Thakur, o fundador da Gaudiya Math e Missões, renovou-o como é agora, e costumava
vir aqui durante o mês de Damodar com milhares de devotos. Muitos artigos pessoais de
Bhaktisiddhanta Prabhupada encontram-se aqui, inclusive uma bengala, sapatos de madeira, mesa,
cadeira, cadeira inclinada e também um vaso sanitário moderno com descarga – o pioneiro durante
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muitos anos no Radhakund. Também há um puspasamadhi dele e de seu pai Bhaktivinod Thakur
ali. A chave pode ser obtida de Krishna Das Babaji no Sri Radha Raman Mandir.
Retornando à rota do parikrama, o caminho vira para a esquerda passando pelo templo dos
Senhores Jagannath, Subhadra e Balaram. Funções tais como o Snan-yatra e Rath-yatra são
observadas aqui quando Suas Altezas são levadas no parikrama ao redor de Sri Radhakund e Sri
Shyamakund num carro puxado à mão.
Continuando pelo caminho do parikrama do lado oposto ao Sri Lalitakund à direita, temos um
grupo de pequenos samadhis. No centro destes há um caminho levando ao bhajan kutir de Srila
Jiva Goswami nos fundos do lado direito. Aqui também encontramos o molde das pegadas do
próprio Senhor Chaitanya Mahaprabhu, tirado do interior do templo de Jagannath Puri, que dão
indícios acerca da elevada estatura do Senhor. Srila Jiva Goswami é o filho do irmão mais novo de
Srila Rupa Goswami, Anupam, e ele costumava vir ao Sri Radhakund regularmente para cuidar dos
assuntos de Srila Raghunath Das Goswami, que sempre estava absorto no amor-em-separação de
Sri-Sri Radha-Krishna. Srila Jiva Goswami escreveu muitos livros, totalizando uns 400.000 versos,
particularmente o Bhagavat-Sandarbha e Gopal Campu. Um pouco mais adiante, há um local
agora decaído que serviu para o exílio do rei de Manipur após alguma disputa com o Raj britânico.
Há deidades de Radha-Govinda e Radha-Krishna no que uma vez foi um belo templo. Do lado
direito do caminho de parikrama temos réplicas das deidades de Srila Lokanath Goswami (Radha
Vinod) que estão sendo bem cuidadas num pequeno mandir aberto à beira do caminho do
parikrama.
20. GOPIKUWA:
Este é o poço do qual foi retirada a língua de Govardhan por Srila Ragunath Das Goswami e não
um poço de 5000 anos usado pelas gopis da Krishna-lila. Continuando no caminho do parikrama,
há o mandir de Sri-Sri Nitai-Gaur-Sitanath do lado esquerdo, e oposto a este o templo Astasakhi
com Sri-Sri Radha-Krishna e, novamente à esquerda, Sri-Sri Radha-Madhav Mandir, que contém
algumas velhas pinturas dos passatempos de Krishna no teto. Descendo um pouco pelo caminho no
canto sudoeste há o Sri Ban-Kandi Mahadev Mandir, uma das deidades de Shiva, protetoras do Sri
Radhakund e Sri Shyamakund. Antigamente, havia uma densa floresta de árvores kadamba nesta
área, mas elas foram cortadas e ninguém se incomodou em substituí-las. Há um pequeno templo de
Sri-Sri Gaur-Nitai do lado direito com as deidades do Senhor Chaitanya no altar.
Logo depois do templo de Sri-Sri Nitai-Gaur na margem do Sri Shyamakund fica o local onde o
Senhor Chaitanya sentou sob a árvore tamal, onde Ele indicou Sri Radhakund e Sri Shyamakund.
Srila Narahari Chakravarti Thakur ou Ganashyam Das (nome de renunciado) relata no Bhakti
Ratnakar e também no Chaitanya Charitamrta, Madhya Lila capítulo 18, que quando o Senhor
Chaitanya chegou aqui, este vilarejo era conhecido como Aritgram ou Aristagram e nem
Balabhadra Bhattacharya nem o brahmana sanodiano, um discípulo de Srila Madhavendra Puri de
Mathura, que estava acompanhando Ele, nem a gente do local sabiam da localização do Sri-Sri
Radhakund-Shyamakund. O tempo havia nivelado ambos kunds. O povo da área cultivava arroz
nos dois campos conhecidos como Gauri e Kari. Como o Senhor Chaitanya é o próprio Krishna,
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Ele conhece Seus próprios passatempos e revelou que Gauri era Sri Radhakund e Kari era Sri
Shyamakund. Ele tomou banho no meio do arrozal, onde havia um pouco d’água, colocou tilaka
com o escuro barro do Radhakund e levou um pouco de argila de volta Consigo para Puri. Pertinho
fica o baithak de Sri Vallabhacharya, o fundador da Vallabha-sampradaya, e seguidor próximo do
Senhor Chaitanya Mahaprabhu.
Do lado direito (a 60 metros adiante no caminho do parikrama) passando através do arco no interior
do pátio fica um templo de Sri-Sri Radha-Madan Mohan, onde as deidades são bem cuidadas. Há
réplicas das deidades originais que foram removidas de Vrindavan devido às atrocidades
muçulmanas. Do lado esquerdo entrando no pátio tem uma pedra gravada marcando o local de
assento de Srila Sanatan Goswami lá dentro.
Na esquina fica um belo templo de Sri-Sri Gaur-Nitai. Estas deidades foram trazidas da Bengala
originalmente por uma idosa viúva há 50 anos atrás, e adoradas privativamente. Depois da morte
dela, dois babajis continuaram a adoração no isolamento, porém há uns 30 anos atrás, o comitê
Panch das propriedades de Srila Ragunath Das Goswami providenciou a construção do atual
templo. Este templo é muito popular, especialmente entre as crianças pequenas durante a época de
Jhulan (Festival do Balanço).
20 metros adiante, do lado esquerdo do templo acima, fica o templo Sri-Sri Radha-Gopinath. Nos
fundos do mesmo há uma árvore de tamarindo com mais de 5000 anos que possui um galho
retorcido e outro galho reto. Sri-Sri Radha-Krishna tinham ali um balanço face-a-face (Patti
Jhulan) e Sri Krishna empurrou o balanço de tal modo que ele foi além de 90 graus. Na ocasião, por
medo Srimati Radharani voluntariamente abraçou Sri Krishna e todas sakhis gritaram “Radharani
Ki Jay, Radharani Ki Jay.”
Nas dependências do mesmo Sri Radha-Gopinath Mandir fica o local de assento do Senhor
Nityananda. O Senhor Nityananda veio aqui em Sua peregrinação através dos locais sagrados da
Índia, e ao ser informado de que Sri-Sri Radha-Krishna haviam ido para Navadvip, Ele saiu e
encontrou Sriman Mahaprabhu ali na casa de Sri Nandan Acharya. As deidades de Radha-Gopinath
no mandir são réplicas das deidades Sri Radha-Gopinath que foram removidas de Vrindavan para
Jaipur.
Após a passagem de Srila Jiva Goswami, um comitê de 5 ou 6 babajis residentes foram nomeados
para cuidar das propriedades de Srila Ragunath Das Goswami sob a liderança de um mahanta. O
atual mahanta, 108 Sri Pandit Ananta Dasa Babaji é o 34 º representante do Gadi (cadeira) de Srila
Raghunath Das Goswami.
Outra organização é o Bhagavan Bhajan Ashram com sede central em Vrindavan e filiais no
Radhakund, Govardhan e Barsana, o qual também distribui prasad grátis (4 chapatis e dhal
diariamente) para os babajis e 250 gr de arroz mais 100 gr de dhal e 1 ½ rúpias diárias são dadas
para as matajis que comparecem ao programa de kirtan de 8 horas, e elas também recebem uma
refeição completa após o kirtan matinal. Esta organização também dá algum tecido grátis a cada
ano. Porém estas organizações e outras similares na área de Vrindavan dependem da generosidade
da classe mercante e familiar, muitos dos quais separam diariamente uma soma específica para esse
propósito.
O comitê Panch organizou a limpeza de Sri Sri Radhakund-Shyamakund que começou no final de
1987 e foi completada em 1988. Obras de reparos agora se fazem necessárias em muitos lugares à
beira dos kunds. Qualquer pessoa que deseje prestar alguns serviços ou ficar algum tempo no
Radhakund e ajudar, poderá fazer contato com Sri Krishna Dasa Babaji (Madrasi Baba) no Sri
Radha Raman Mandir, Radhakund, Mathura, UP 281504, Índia.
“...e acima de todos (locais santificados) o super-excelente Radhakund permanece supremo, pois
transborda de nectáreo prema do Senhor de Gokul, Sri Krishna. Qual pessoa conscienciosa não iria
querer prestar serviço confidencial amoroso ao Divino Casal em Radhakund que fica no sopé da
Colina de Govardhana?”
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