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(Versão compacta)
Peça apresentada pelas alunas da ONG “Oficina das meninas”, parte integrante do espetáculo “Mãos dadas”, apresentado
no teatro municipal de Araraquara em 19/12/2016.
DONA FLOR
DONA ÁRVORE
FORMIGA
FOGUINHOS (2 a 3 personagens)
BORBOLETINHA
SAPO (SAMBA LELÊ)
ELEFANTE
CIGARRA
LEÃO
GATO
CORUJA
DONA ÁRVORE: Ih, num fui eu não! (Pensando que a colega estava falando de flatulência, ou seja, gases).
(Entram os personagens que representam o incêndio: OS FOGUINHOS. Eles falam sempre em coro).
FOGUINHOS: Vamos queimar tudo! Vamos! Vamos! Vamos queimar tudo! Vamos! Vamos! Vamos queimar tudo, isto vai
virão carvão!
(Foguinho começa a se aproximar de Dona Árvore e Dona Flor que começam a se afastar passo a passo. Depois, começam
a acelerar e acabam correndo em círculos. Depois saem de cena correndo. Dona Flor e Dona Formiga começam a falar a
palavra “sai” diversas vezes enquanto estão se movimentando. Após todos saírem, entra a formiga preocupada com os
gritos de socorro, procurando quem estava pedindo socorro. Ela, neste momento, está sozinha no palco).
FORMIGA: Meu! Este fogo está “bem lôco”! Sozinha vai ser difícil apagar este incêndio. Preciso de ajuda. Mas quem?
(Nisto entra a BORBOLETA e cumprimenta a FORMIGA)
FORMIGA: Ah, oi dona Borboleta! Que bom que você apareceu (trocam beijos no ar).
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BORBOLETA: Por que colega?
FORMIGA: Tá pegando fogo na floresta e eu preciso de ajuda pra apagar o fogaréu. Você poderia me ajudar?
BORBOLETA: Olha amiga, eu adoraria, mas estou indo para a cozinha fazer chocolate para madrinha. Agora não posso. Tô
com visita em casa. Beijos. Fui.
(Borboleta sai quase correndo de cena. Ou seja: anda apressadamente para fora do palco)
FORMIGA: Espera, espera! É urgente! É importante! Ai e agora? Ah, tá vindo o sapo Samba Lelê. Tenho certeza que ele vai
me ajudar!
FORMIGA: E aí sapitcho querido?! Será que você poderia me ajudar a apagar um incêndio na floresta?
SAPO: Sabe que que é? Eu tô doente! Tô com a cabeça quebrada! Preciso ir ao médico urgente! Vou ficar devendo... (sapo
fica disfarçando, fingindo e se afastando) Da próxima vez eu vou!
FORMIGA: (Remendando e imitando o sapo com caretas) “Da próxima vez! Da próxima vez!”, hunf! Da próxima vez, só vai
ter cinza pra limpar! E agora?!
CIGARRA: Cantei! Cantei! Como é bom cantar assim! Zi! Zi! Zi!
FORMIGA: Que felicidade, hein, dona Cigarra? Que energia! Que animação! Gostei de ver!
FORMIGA: Que bom! Tô precisando de alguém animado para me ajudar a apagar um incêndio na floresta, será que você
poderia me ajudar a apagar o fogo?
CIGARRA: Colega, gostaria muito, mas estou me preparando para cantar em uma festa e não posso!
FORMIGA: Mas, se você não ajudar, o incêndio vai destruir toda a floresta!
CIGARRA: Sinto muito, mas não vai dar! Preciso ir! Bye! Bye! Formiga!
FORMIGA: Ei espere! Espere! (Pensando com raiva) Deixa ela vir bater em minha porta. Vou dar é uma tigela de carvão pra
ela. (Respirando fundo) Tonta. (Mudando de expressão de zangada para preocupada) E agora?! Que vou fazer?!
LEÃO: ROARRRR!
LEÃO: (Fazendo pose e jogando o cabelo de lado) Gostou da minha entrada triunfal?
FORMIGA: Amei, majestade! Ô seu leão, será que você poderia me ajudar a apagar o incêndio da floresta?
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LEÃO: Sabe que que é?
LEÃO: É que eu tenho uma alergia terrível a fumaça. COF! COF! Viu?! Tá vendo!? Preciso tomar meu remédio. Até mais!
Beijinhos! Tchau!
FORMIGA: Peraê, seu leão! Volte aqui! Volte aqui, por favor! Ai! Ai! Ai! (Põe a mão na cabeça e fica pensando).
GATO: Assustado estou eu! Ai se eu pego quem inventou a música “Atirei o pau no gato!”. Ele vai ver só! Hunf!
FORMIGA: Tá bom. Lá vai: será que você poderia me ajudar a apagar o incêndio da floresta?
GATO: Não!
GATO: Se todas as árvores queimarem, ninguém terá mais madeira para atirar o pau no gato-to! Simples assim!
FORMIGA: Nossa gatinha, quanta mágoa! As árvores e as plantas não têm culpa por causa dos outros!
GATO: Num quero saber e tenho raiva de quem sabe! E tem mais: quem pediu a sua opinião, ô formiga intrometida! Tchau!
Fui! tô indo nessa!
FORMIGA: Ah eu desisto! Ninguém quer me ajudar com o incêndio! Eu não consegui apagar o fogo, mas vou fazer a minha
parte! Nem que eu tenha que morrer tentando! Bora apagar o incêndio!
(Sai a formiguinha)
CORUJA: Que coisa triste! A floresta pegando fogo e ninguém dando bola! Ah, mas isso não vai ficar assim não! Vou agir
agora mesmo!
TODOS – MENOS A CORUJA: Que foi? Que foi? Por que tanto barulho? Tem banda de rock na selva, é?
3
CORUJA: Silêncio todos que o que eu tenho para falar é muito importante!
CORUJA: O problema não foi “o que fizeram”, foi o que “não” fizeram!
CORUJA: A pobre formiguinha foi pedir ajuda a cada um de vocês para apagar o incêndio na floresta e o que vocês fizeram?
TODOS: Nada!
CORUJA: Isso mesmo! Vocês não fizeram nada! Vocês inventaram mil desculpas e fugiram! Agora a floresta inteira corre
risco!
TODOS: O quê?!
CORUJA: É! E se todos dessem as mãos e trabalhassem juntos, o incêndio seria eliminado. Mas agora, a pobre formiguinha
sozinha. Tsc! Tsc! Tsc! Não vai dar conta deste incêndio e provavelmente morrerá queimada!
CORUJA: Com a formiga não! Vocês erraram feio com vocês mesmos! Pois a floresta é nossa! É nossa casa que está
queimando! É nosso habitat que está sendo destruído!
CORUJA: Vamos todos dar as mãos e ajudar a formiga a apagar este incêndio já! Então vamos! Vamos lá!
(Saem todos do palco. Passa alguém com uma plaquinha escrito: “Algum tempo depois!”. Em seguida, entram os
personagens FOGUINHOS).
FOGUINHOS: Oh gente nervosa! Jogaram tanta água que eu até me afoguei! Cof! Cof! Tô fora! Vou vazar daqui!
CORUJA: E assim, com a ação conjunta de todos, o incêndio foi eliminado e a floresta foi salva da destruição total!
CORUJA: É como diz o velho ditado: “Uma andorinha voando sozinha não faz verão!” É preciso caminhar de mãos dadas!
Assim é mais fácil resolver qualquer desafio e fugir do perigo!
(Entram todos os animais e se posicionam no palco em semicírculo aberto para a plateia e então cantaram paródia da
música “Will you rock you” - Queen).
(Ficam em fileira, unem as mãos e cumprimentam a plateia). Descem as cortinas. Atores saem de cena. Fim da peça.