A FORMIGA E A CIGARRA – CONTAÇÃO ADAPTADA

JOANNA LISBOA

Off masculino sem fundo.

Aquele que teme ao trabalho e evita a responsabilidade, torna-se mero aproveitador. E

como tal, jamais saberá o real significado da palavra companheirismo.

Jô Lisboa

Cena I

Sons de floresta..... pássaros nativos......

Numa linda manhã de verão, dona formiga, como de costume, levantou-se cedo para iniciar
seus afazeres diários.

( dona formiga com meio corpo para fora do formigueiro se espreguiça e sai do formigueiro
aparentemente muito disposta ,retira uma trouxinha do formigueiro e coloca sobre algumas
folhas e um caderninho do bolso e começa a consultá-lo.)

Como era muito responsável, tinha um caderninho, onde anotava todas as suas atividades.

Dona formiga: vou começar coletando esses gravetos, assim não correrei o risco de
tropeçar e cair,e ainda terei lenha!

Neste momento a formiga, com muita atenção, tenta organizar os gravetos para amarrá-los.
Entra o som do canto da cigarra e a formiga fica atenta!

Dona formiga : Dona cigarra..... ( com ar de preocupação)

Cena II

Dona cigarra saindo de trás de uma árvore, dá um susto na formiga

Dona cigarra : Me chamou dona formiga?

Dona formiga: Que mania feia de assustar os outros dona cigarra! já lhe falei que a senhora
precisa falar um pouco mais baixo, sempre que for cumprimentar os outros. Observe! Vou
mostrar para a senhora como se faz.

(dona formiga cumprimenta a platéia calmamente) caso houver resposta num tom muito alto,
pode-se brincar com : percebo que há muitas cigarrinhas aqui! Caso a plateia haja com
serenidade, reforçar a importância de utilizar a voz de maneira correta. Sem muitos gritos.
Parabenizar a platéia.

Dona formiga: Mas me diga, que bons ventos a trazem?

Dona cigarra : Na verdade, não é o vento que me trás, é a fome! A senhora teria alguma
coisa para me dar de comer?

Dona formiga : tenho sim, aguarde só um momentinho, preciso concluir esta tarefa e já paro
para fazermos um lanche!
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Dona formiga volta a recolher os gravetos que ainda estão espalhados no chão após o
susto. Enquanto organiza-os e os amarra, dona cigarra a observa atentamente.

A medida que dona formiga vai concluindo, dona cigarra vai se aproximando e se abaixando,
até ficar a poucos centímetros de dona formiga.

Dona cigarra: Já acabou? ( com tom de muita empolgação)

Dona formiga: sim! Agora podemos lanchar.

Cena III

Dona formiga pega a sua trouxinha com algumas frutinhas e convida dona cigarra a se
servir.

Dona cigarra olha como se estivesse sentindo muita fome para as frutas, e ao pegar uma
maçã, pergunta:

Dona cigarra: A senhora costuma acordar muito cedo sempre?

Dona formiga: Sim! Acordo cedo para aproveitar bem o meu dia! Antes de sair do
formigueiro, deixo tudo organizado. Arrumo minha caminha, dobro meu lençol, e quando eu
chego, está tudo no seu devido lugar!

Enquanto dona formiga fala, dona cigarra come um pouco de cada fruta, e a medida em que
vai comendo, vai deixando os frutos pela metade, jogados pelo chão.

Dona formiga vai observando o que dona cigarra está fazendo com uma cara de
reprovação.

Dona cigarra : hum....estou satisfeita! Obrigada dona formiga. Até breve.

Dona formiga: Nananinanão! Volte aqui, dona cigarra! veja o que você fez! Mordiscou todas
as frutas, e não comeu uma inteira se quer.

Dona cigarra : é que eu queria comer todas de uma vez, mas não consegui.

Dona formiga: Mas é claro que não! Se há opções, escolha o que irá comer primeiro. E
depois, se ainda sentir fome, você pode escolher outra opção, e assim por diante. Agora
vamos, me ajude a limpar esta bagunça!

Dona cigarra: Xiiiii, sabe de uma coisa dona formiga, preciso ir, lembrei-me que tenho um
compromisso. Fui!

Cena IV

Dona formiga retirando as frutas espalhadas

Dona formiga: É lamentável isso que a dona cigarra fez! Vejam! Quanto desperdício! E que
bagunça! Vou ter que arrumar tudo isso sozinha.....
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Nossa ! o sol vai já se pôr. É hora de voltar pra casa. Dona cigarra me fez perder boa parte
do meu dia, e ainda preciso terminar de tecer meu cachecol. O inverno logo virá, precisamos
estar preparados.

Cena V

Amanhece mais uma vez e tudo se repete até o conferir do caderno. Desta vez, dona
formiga vai colher alguns frutos, quando de repente ouve o som da cigarra.

Dona formiga faz um sinal de atenção, mas não fala nada. Vai andando lentamente sem
perceber que a cigarra está bem atrás fazendo mímicas e imitando seus passos.

Dona cigarra : Oi!

Dona formiga se assusta

Dona formiga: Oh dona cigarra! você me assustou de novo!

Dona cigarra: Mas como pode ser Eu falei baixo dessa vez!

Dona formiga: Mas me assustei por que eu não esperava que você estivesse bem atrás de
mim. Mas me diga, o que faz por aqui?

Dona cigarra: Na verdade eu estava passando. Sabe como é, vivo passeando por aí. Vou
onde tenho vontade .

Dona formiga: Mas , e sua casa, quem toma de conta

Dona cigarra: Casa, eu não tenho uma casa. Como eu lhe disse, eu vivo por aí, um dia
durmo aqui, outro ali, hoje me alimento lá, no outro dia acolá....

Dona formiga: E você acha isso certo, não ter um lugar, um cantinho quentinho pra voltar?

Dona cigarra: Já me acostumei com a vida boa. Você deveria experimentar! Dormir a hora
que quer, acordar a hora que quer, comer o que quer, e o melhor, não ter nenhuma
obrigação.

Dona formiga: Mas isso não é certo dona cigarra! e quando o inverno chegar?

Dona cigarra: Este é o seu problema dona formiga! Você se preocupa muito com as coisas.a
senhora precisa relaxar....se descontrair..... dançar....

A Cigarra massageia as costas, balança os braços da formiga e dá uma batidinha de quadril.

Dona formiga: Dançar, nossa! Mas eu nem sei como se dança!

Dona formiga se lamentando....

Dona cigarra : Sim, feche os olhos, sinta..... deixe seu corpo ser levado pela melodia.....

( twist and shout- The Beatles) dona cigarra começa a dançar e dona formiga aos poucos
entra no ritmo e as duas dançam harmonicamente em passos sincronizados, alguns
segundos da música.
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Dona formiga após o final da musica

Dona formiga: Mas o que é isso, de repente, é como se eu estivesse hipnotizada ...

Dona cigarra; Não é isso dona formiga! É o ritmo.... que nos faz....

Toca o refrão de macarena e a dona formiga tenta se controlar para não dançar, mas seu
corpo não quer obedecer. Toca o refrão duas vezes e dona formiga diz:

Dona formiga: Chega! Não quero mais saber de seus ritmos! Isso tudo já me custou quase o
dia inteiro! Já basta! Preciso voltar aos meus afazeres.o inverno está chegando! Precisamos
estar preparados. E ainda preciso terminar de tecer o meu cachecol.

Dona formiga pega sua cesta com frutos e entra no seu formigueiro.

Cena VI

Dona cigarra , andando pela floresta....

Dona cigarra: Pobre dona formiga! Leva a vida tão a sério! Tantas responsabilidades, tantos
afazeres..... pra quê?

Hum...... ouviram esse barulho? foi minha barriga! Estou com fome! Vou andar por aí, para
ver se alguém já fez uma comidinha gostosa e me dá de comer.

Cena VII

Sons de vento, dona formiga faz gestos de que percebeu uma mudança climática, o tempo
está esfriando. Dona formiga sai novamente do seu formigueiro, só que desta vez, muita
atenta, pois sabe que a qualquer momento dona cigarra pode chegar e desta vez, não quer
se assustar. Dona formiga começa a carregar as folhas gigantes do chão, quando de
repente, dona cigarra chega com seu violão caminhando lentamente em direção de dona
formiga. Passa lentamente sem dizer uma só palavra. Dona formiga achando tudo muito
estranho .....

Dona formiga: Olá dona cigarra!

Dona cigarra: Olá dona formiga!

Dona formiga: Vejo que você está com um violão!

Dona cigarra: sim, é um violão!

Dona formiga: E, você sabe tocar dona cigarra?

Dona cigarra: Um pouco. Quer ouvir?

Dona formiga: sim, claro! Adoro som de violão! É um som tão relaxante, tão bom pra se
ouvir. Vamos , toque algo pra mim!

Dona cigarra, alonga os braços, posiciona o violão e vai para trás de uma árvore enquanto
coloca sobre a cabeça um chapéu mexicano e uma rosa na boca.
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Dona formiga senta-se e de costas para a dona cigarra, não espera o susto que certamente
tomará.

Dona cigarra entra tocando uma marcha de tango, fazendo alguns movimentos frenéticos
como se estivesse tocando o violão. Dona cigarra, se assusta com toda esta performance, e
ao final...

Dona formiga: Você me assustou novamente dona cigarra! E desta vez, achei estar
preparada! Aiaiai! Você não toma jeito!

Dona cigarra, colocando o braço pelo ombro de dona formiga, tenta convencê-la de que
precisa olhar a vida de um jeito mais simples, sem compromisso, sem obrigações...

Dona cigarra: Diga-me dona formiga, o que você gosta de fazer nas horas livres?

Dona formiga: Não tenho horas livres. Somente no inverno, e ele se aproxima! Você já parou
para observar o tempo,, ele está esfriando! Veja, as folhas pelo chão! Ele pode chegar a
qualquer momento!

Dona cigarra: Deixe de se preocupar com o inverno dona formiga! Um friozinho até que é
bom! ( pode haver jogo com a platéia neste momento)

Dona formiga: Mas Não falo deste friozinho gostoso, que dá vontade de ficar na caminha
quentinha.... falo de muuuuito frio! Frio de congelar! Tudo! é por isso que trabalho muito
durante todo o verão, primavera e outono. Reforçando as paredes e colunas do formigueiro,
deixando-o bem resistente e seguro. Abasteço minha dispensa de alimento... me preparo!

Dona cigarra: Mas para ficar trancada em casa comendo? Não dona formiga, acho que você
não entendeu! Quero saber se você tem alguma habilidade, gosta de alguma coisa, cantar,
brincar....?

Dona formiga, : Pois bem dona cigarra, gosto de cantar.

Dona cigarra: Vejam só! Temos aqui uma cantora! ( jogo com a platéia) vamos dona formiga,
cante algo para nós!

Dona formiga canta a calmamente, porém muito animada a música Pequeno mundo .

Dona cigarra: Bela canção, dona formiga. Mas lhe proponho algo mais animado, mais
divertido. Vamos brincar! ( jogo com a platéia.)

Vamos brincar de adivinha! Vamos lá, eu começo.

O que é o que é.... cai em pé e corre deitado

( neste momento, sugere-se que haja um jogo com a platéia, deixar com que as crianças
falem a vontade. Caso alguma criança acerte, fazer sinal de silêncio- guardar segredo.

Dona formiga: Ah! Não consigo pensar em nada. O que é, dona cigarra?
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Dona cigarra: uma minhoquinha de paraquedas!

Dona formiga: Ah, bem pensado dona cigarra.

Dona cigarra: Agora uma brincadeira. Envolve música, coordenação motora e muita
atenção! (propõe-se um jogo com a platéia para motivar as crianças)

Dona cigarra: A brincadeira é o seguinte,, eu vou cantar, e cada pausa, você vai bater
palmas três vezes.

Dona formiga: Tudo bem, entendi. Não me parece ser difícil. Vamos lá!

Dona cigarra fazendo gestos de esperteza e de que certamente está aprontando.

Dona Cigarra: Então vamos lá! “ A velha, a velha! A velha caiu, o homem viu, a roupinha
dela, é verde e amarela, quem bater palmas, é a velha!’’

A dona formiga bate palmas e dona cigarra começa a rir. O que causa desconforto e aos
poços irritação por parte de dona formiga.

Dona formiga: Já chega, dona cigarra! Basta!

A senhora não se envergonha?

Dona Cigarra: Quem deveria sentir vergonha é você! Que é a velha ( dona cigarra debocha)

Dona formiga: E que mal há em ser a velha? Todos nós aqui, um dia, seremos velhinhos .
Chegar a velhice, dona cigarra, significa , ter vivido muito, e isso é muito bom!

Dona cigarra: Eu, que não quero ficar velhinha! Mas você, dona formiga, já até parece com
uma velhinha. Fica lá, no seu formigueiro, fazendo cachecol nas horas livres!

Dona formiga: Sim! Faço porque gosto! Faço cachecol para mim, e para presentear meus
amigos. Afinal, o inverno se aproxima.....

Dona cigarra: Lá vem você, de novo com essa história de

inverno...rigoroso...preparados....aiaia. Isso é muito chato!

Dona formiga: Mas, que é chato?

Dona cigarra: Isso, de ter que trabalhar, ter que se organizar, se preparar para o tal inverno
que vai chegar. Eu heim! Eu vou é embora daqui.

Dona formiga: Mas para onde você vai? Fique aqui, comigo! Que tal, me ajudar a coletar
essas folhas para aquecer mais o formigueiro?

Dona cigarra: Tá vendo só? Não! Fique aí você, com suas folhas, e seus cachecóis...( dona
cigarra ri)

Dona formiga: Você não toma jeito! ( dona cigarra imita a do dona formiga)

Dona formiga: Pare já com isso! (...)

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Dona formiga: Mas que tolice dona cigarra! (...)

Dona Formiga: É por isso que você não tem amigos! Você não respeita os outros. Para
termos amigos, precisamos respeitar uns aos outros.....

Dona cigarra: Você é muito chata! ( dona cigarra fica olhando sem se importar com o que
disse enquanto dona formiga fica profundamente triste.)

Dona cigarra: É melhor eu ir embora logo, antes que você comece a chorar!

Dona formiga: Eu não vou chorar! ( quase chorando)

Dona cigarra: Ih, não falei que ela ia chorar? Além de chata, é uma chorona! ADEUS!

dona cigarra se retirando, como se não se comovesse com o que fez.

Dona formiga: Espere um pouco dona cigarra! Tome, leve para você!

Dona cigarra: Mas o que é isso?

Dona formiga: Terminei de fazer ontem, é um presente para você.

Dona cigarra abrindo o embrulho: O que? Um cachecol; Mas para que eu vou querer isso?
Isso não me servirá para nada! Mas vou levar! Adeus!

Dona cigarra sacode o cachecol que cai sem querer do embrulho, e sai. Dona formiga vê o
cachecol caído no chão e lamenta.

Dona formiga: Poxa! Eu fiz esse cachecol para a dona formiga com tanto carinho! Na cor
verde, para combinar com sua roupa!

Dona formiga olha com pesar para o cachecol no chão, vira-se e vai embora.

CENA VIII

( Os dias se passaram, tempo foi ficando cada vez mais frio, as flores e folhas caíram... o
inverno chegou.)

Sons de fundo- ventania.

Dona cigarra entrando lentamente, aparentando estar com muito frio. Olha a sua volta, como
se quisesse enxergar além do que vê. Dá voltas pelo palco, aparentando muito cansaço cai
de joelhos no chão.

Dona cigarra: Que friiiio!!!!! Ai, como eu queria uma sopinha bem quentinha. Uma caminha ...
um lençolzinho.... não há nada aqui ....

Dona cigarra olha a sua volta e enxerga de longe algo no chão. Caminha até o objeto e o
identifica com pesar.

Dona cigarra: Ah! O cachecol que a dona formiga fez pra mim! E eu disse que não precisaria
dele para nada. Vou usá-lo para me aquecer um pouco.
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Dona cigarra anda chamando por dona formiga, até não agüentar mais e cair no chão.

Fundo Musical Triste

Dona formiga saindo do formigueiro, bem agasalhada, mas sentindo frio, sai a procura de
dona cigarra.

Dona formiga: Nossa! Que frio! Onde será que a dona cigarra estará? Dona cigarra.... dona
cigarra?

Dona formiga anda a procura de dona cigarra, dona cigarra ouve a voz de dona formiga e
tenta chamar sua atenção.

Dona formiga observa algo de longe e identifica a dona cigarra.

Dona formiga: Dona cigarra! minha nossa! O que aconteceu com você? você está
congelando aqui fora! Venha, vou levar você para o formigueiro. Lá tem sopa quentinha,
uma caminha, um lençolzinho.....

Dona cigarra: Mas dona formiga, eu não mereço. Me deixe aqui. Agi errado com você! Não
respeitei você, suas preferências..... me deixe só. Estou com muita vergonha do que fiz.

Dona formiga: Dona cigarra, o importante agora é que encontrei você! E vou cuidar de você.
Afinal é isso que os amigos fazem.

Dona cigarra: Obrigada, dona formiga. Veja, estou usando o cachecol que você me deu. Ele
está me servindo muito.

Dona formiga: Vamos, vamos entrar.

CENA IX

Sons de floresta...

Amanhecendo, dona cigarra sai do formigueiro, muito animada. espreguiça e sai do

formigueiro aparentemente muito disposta ,retira uma trouxinha do formigueiro e coloca
sobre algumas folhas e um caderninho do bolso e começa a consultá-lo.

Dona cigarra: Vamos dona formiga! O que você está esperando? Vamos tratar de trabalhar,
o dia está tão bonito!

Dona formiga, saindo do formigueiro, muito animada!

Dona formiga: É isso mesmo dona cigarra! Vamos lá!

Mas, e esse cachecol?

Dona cigarra: Foi uma grande amiga que me deu.

Musica : Somos amigos ( trecho de refrão) a duas batem palmas, fazem uma dancinha, se
abraçam e de mãos dadas agradecem o público.
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Anotações.:________________________________________________________________
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Agenda.:___________________________________________________________________
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