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Processo de Comissionamento 
em Instalações Industriais 
 

Professor: Alexandre Guimarães 
 

 
Capítulo 1 ‐ APRESENTAÇÃO   
Bem vindo! 
Você está iniciando o curso sobre Comissionamento em Instalações Industriais On e Offshore 
oferecido pela FUNCEFET. 
O  termo  “Comissionamento”  pode  despertar  em  você  lembranças  de  longas  experiências  de 
trabalho ou ser apenas um nome meio misterioso. Não se preocupe.  Se você é um veterano 
desta  área,  fique  certo  de  que  o  curso  trará  conhecimentos  novos  e  poderá  até  mesmo 
surpreendê‐lo; se está sendo apresentado ao comissionamento agora, este nome estranho irá 
adquirir  um  significado  e  perder  o  mistério.  Mas  para  isso,  sua  participação  é  indispensável. 
Não deixe de perguntar e de contribuir com sua vivência, pois a troca de conhecimentos entre 
os presentes é importante para a consolidação dos conceitos que serão apresentados.  
Ao  final  do  curso  teremos  esclarecido  o  papel  desta  disciplina  em  um  empreendimento  e 
apresentado  uma  metodologia  para  sua  aplicação,  desenvolvida  por  vários  especialistas  da 
Petrobras  e  adotada  como  procedimento  padronizado  pela  Engenharia  da  empresa.  A 
amplitude do tema e a limitação de tempo impedirão que os tópicos abordados sejam todos 
discutidos  no  nível  de  detalhe  que  você  provavelmente  gostaria,  mas  os  demais  módulos  do 
programa existem para suprir essa demanda.  
 
 
Bom curso! 
 
 

ORGANIZAÇÃO 
Com o crescente volume de novos investimentos no segmento de Oil&Gas, a falta de mão‐de‐
obra qualificada têm sido uma das principais dificuldades na implantação e desenvolvimento 
de novos projetos. Especialmente na área de Engenharia Industrial, apresenta‐se uma carência 
de engenheiros e técnicos qualificados que atendam ao perfil multidisciplinar necessário para 
atuação  neste  segmento,  tornando‐se  desta  forma  indispensável  à  busca  por  uma 
especialização profissional. 
Este curso sobre o Processo de Comissionamento tem como objetivo atender a esta demanda 
por  qualificação  de  novos  profissionais,  que  pretende  proporcionar  ao  participante  o 
conhecimento multidisciplinar necessário dos conceitos e técnicas aplicadas ao Planejamento 
e  Gerenciamento  de  Comissionamento  e  Partida  de  Plantas  Industriais,  apresentando  a 
metodologia  do  processo  e  as  ferramentas  utilizadas  para  a  execução  das  atividades  de 
Comissionamento, considerando os aspectos gerenciais, técnicos e de segurança de processo, 
de  forma  clara  e  objetiva  permitindo  ao  aluno  o  domínio  do  conhecimento  teórico  e  das 
melhoras práticas aplicadas a projetos industriais. 
O método de condução das atividades em sala será conduzir um processo de conscientização 
dos  participantes  sobre  a  importância  do  comissionamento  para  o  sucesso  do 
empreendimento, apresentando os conceitos básicos do comissionamento, necessários para o 
gerenciamento  dessa  área  de  conhecimento  e  os  elementos  básicos  para  o  planejamento,  a 
coordenação e o controle do processo. 


EMENTA 
1. Introdução ao Comissionamento 
a. Conceitos do Processo 
b. Principais Definições 
2. Metodologia de Comissionamento 
a. Etapas do Processo 
b. Condições de Operabilidade 
c. Gestão de Pendências 
3. Engenharia, Planejamento e Controle do Processo 
a. Manual do Comissionamento 
b. Divisão de Sistemas e Sub‐Sistemas Operacionais 
c. Rede de Precedência 
d. EAP do Processo de Comissionamento 
e. Cronogramas Master do Processo e de Atividades 
4. Organização e Documentação do Processo 
a. Estrutura Organizacional e Perfil Profissional 
b. FVI – Folha de Verificação de Itens 
c. FVM – Folha de Verificação de Malhas 
d. Pastas de Trabalho 
e. Pastas de Sistemas 
5. Preservação de Equipamentos 
a. Programação e Controle das Atividades 
b. Medição dos Serviços de Preservação 
6. Condicionamento  
a. TAF – Teste de Aceitação de Fábrica 
b. Inspeção de Recebimento 
c. Inspeção de Completação Mecânica 
d. Testes de Certificação 
e. CCM – Certificação de Completação Mecânica de Sub‐Sistemas  
7. Pré‐Operação & Partida 
a. Testes de Funcionamento 
b. TAP – Testes de Aceitação de Performance 
c. Testes de Confiabilidade, Teste de Desempenho da Instalação. 
8. Transferência de Sistemas Operacionais 
a. TTAS – Termo de Transferência e Aceitação de Sistema – Provisório e Definitivo 
b. Operação Assistida 
c. TTI – Termo de Transferência de Instalação 
9. Ferramentas de Gestão 
 


Plano de Aula ‐ COMISSIONAMENTO, PRÉ‐OPERAÇÃO E OPERAÇÃO ASSISTIDA 
  1ª AULA  2ª AULA  3ª AULA 
Introdução ao  Engenharia, Planejamento e 
1º tempo  Condicionamento 
Comissionamento  Controle do Processo 
Intervalo       
Introdução ao  Engenharia, Planejamento e 
2º tempo  Pré‐Operação & Partida 
Comissionamento  Controle do Processo 
Almoço       
Metodologia de  Organização e  Transferência de 
3º tempo 
Comissionamento  Documentação do Processo  Sistemas Operacionais 
Intervalo       
Metodologia de  Preservação de 
4º tempo  Ferramentas de Gestão 
Comissionamento  Equipamentos 

CARGA HORÁRIA 
30 horas‐aula 

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO 
Os  participantes  serão  avaliados  através  trabalhos  em  sala  de  aula,  onde  a  participação  em 
grupo será avaliada. 

COORDENAÇÃO ACADÊMICA: PROF. RINALDO SODRÉ AGUIAR 

DOCÊNCIA: PROF. ALEXANDRE DE MORAES GUIMARÃES 
Engenheiro  de  Mecânico  formado  pela  Universidade  Gama  Filho,  com  MBAs  realizados  na 
Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ em Gestão Empresarial, Gestão de Negócios em Petróleo e 
Gás e Gerência de Energia. 
Atua há mais de 25 anos na área de projetos industriais e trabalha atualmente como Consultor 
na  Engenharia  da  PETROBRAS,  responsável  pelo  Programa  de  Treinamentos  em 
Comissionamento  das  novas  instalações,  tendo  participado  na  elaboração  e  implantação  da 
Metodologia  de  Comissionamento  para  aplicação  em  todos  os  empreendimentos  da 
Engenharia  da  PETROBRAS,  enfocando  o  desenvolvimento  do  processo  nas  áreas  de  E&P, 
Abastecimento (Refino) e Gás & Energia, atribuindo indicadores de desempenho, definição dos 
critérios de planejamento do processo e apoio às equipes de fiscalização nas obras. 
Participação  em  desenvolvimento  de  metodologias  de  Gestão  de  Projetos  em 
empreendimentos  da  Engenharia  da  PETROBRAS,  enfocando  as  práticas  de  implementações, 
controle de custos, escopos e prazos de execução. 
Possui larga experiência acadêmica, tendo ministrado disciplinas no Curso de Graduação para 
Tecnólogos em Petróleo e Gás pela Universidade Estácio de Sá, além de cursos específicos pelo 
PROMINP, Instituto SENAI de Educação Superior (ISES), e Fundação Getúlio Vargas. 


CONTEXTO DO COMISSIONAMENTO 
Em  um  fim  de  tarde  qualquer  do  século  XVII,  três  homens  conversam  à  beira  do  cais  de  um 
porto  europeu.  O  comandante  de  um  navio  que  deverá  zarpar  no  dia  seguinte  para  uma 
viagem  ao  Oriente  acerta  os  últimos  detalhes  com  o  armador  e  o  mestre  dos  carpinteiros 
navais. Ele passará vários meses no mar, e uma de suas poucas certezas é que este será um 
tempo difícil em que terá de enfrentar situações imprevisíveis, que exigirão o máximo dele, de 
sua  tripulação  e  de  seu  equipamento.  Em  caso  de  problemas  provavelmente  não  terá  como 
receber ajuda e deverá contar apenas com seus próprios recursos. Por isso, o comandante se 
preocupa com todos os detalhes. Quer saber se o mestre verificou o navio por completo – o 
cabrestante está engraxado? As velas de reserva estão no paiol? Os cabos de controle do leme 
foram  testados?  Cobra  do  armador  os  alimentos,  os  remédios,  as  vestimentas,  e  não  se 
esquece  das  cartas  de  navegação,  manuais  náuticos,  etc.  Seus  dois  interlocutores  são,  em 
última análise, os fiadores do sucesso da viagem, pois uma bomba de porão que não funcione 
durante  a  tempestade  pode  significar  a  diferença  entre  a  vida  e  a  morte.  Não  por  acaso, 
ambos  são  muito  experientes  e  conceituados  em  seus  ofícios,  e  possuem  grande 
conhecimento das realidades e necessidades desse tipo de empreendimento. Não por acaso, 
também, a relação entre esses três homens é marcada por uma grande confiança mútua. Só 
assim  os  enormes  riscos  de  tal  viagem  são  trazidos  a  níveis  menos  insuportáveis  e  os 
banqueiros de Antuérpia e da Liga Hanseática aceitam financiá‐la. 
Se  tudo  estiver  a  contento  o  comandante  dirá,  em  seu  jargão  naval,  que  o  navio  está 
“comissionado”, ou seja, preparado para cumprir sua missão. 
Em um final  de tarde qualquer do século XXI, três homens conversam à beira do cais de um 
porto europeu. O diretor de uma usina termelétrica que deverá entrar em operação comercial 
no  mês  seguinte  para  alimentar  todo  o  complexo  portuário  discute  com  um  dos  sócios  da 
empresa e com o gerente da construtora responsável pela implantação da usina. Ele aceitou 
assumir o cargo por pelo menos três anos, e uma de suas poucas certezas é que este será um 
tempo difícil em que terá de enfrentar situações imprevisíveis, que exigirão o máximo dele, de 
sua equipe e de seu equipamento. Em caso de problemas, provavelmente não haverá tempo 
de esperar por ajuda e terá de resolvê‐los com seus próprios recursos. Por isso, o diretor está 
profundamente  preocupado.  Quer  saber  se  a  construtora  atendeu  a  todos  os  requisitos 
técnicos, pois até agora não recebeu evidências de  que isso seja verdade. Cobra do sócio da 
empresa as licenças, contratos de apoio operacional e outros recursos prometidos e ainda não 
materializados.  Seus  dois  interlocutores  são,  em  última  análise,  os  fiadores  do  sucesso  da 
operação  da  usina,  pois  um  simples  sensor  defeituoso  pode  causar  graves  danos  aos  grupos 
geradores  e  até  acidentes  fatais.  Deveriam  ser  ambos  muito  experientes  e  conceituados  em 
seus ofícios e deveriam possuir grande conhecimento das realidades e necessidades deste tipo 
de empreendimento. A relação entre os três homens deveria, também, ser marcada por uma 
grande confiança mútua. Estas são condições básicas para que os riscos do empreendimento 
sejam adequadamente administrados e os acionistas tenham uma razoável certeza de que seu 
investimento dará o retorno previsto. 
Mas não é o que acontece. Há controvérsias, desinformação, incerteza técnica, desconfiança e 
acusações.  A  usina  tem  que  partir,  pois  o  cronograma  já  está  atrasado,  mas  as  condições 
operacionais  ainda  são  precárias.  Por  trás  dos  discursos,  as  equipes  de  campo  sabem  que 
estão  recebendo  uma  instalação  industrial  semi‐acabada,  insegura,  que  ainda  exigirá  muito 
esforço  e  tempo  para  ser  colocada  em  ordem  de  marcha.  A  curva  de  subida  em  produção 
prevista não será respeitada, os custos de operação & manutenção descolam do planejado, e é 
melhor nem pensar no que vai acontecer com o fluxo de caixa e a taxa de retorno.  
O que mudou? Por que o comandante do século XVII, apesar de todas as limitações da época, 
estava comparativamente em melhores condições para iniciar sua missão do que o diretor do 


século XXI com seu aparato tecnológico? A resposta é complexa e transcende o escopo deste 
artigo,  mas  um  de  seus  componentes  pode  ser  identificado  nos  cenários  acima  e  será 
brevemente comentado aqui: o Comissionamento.  
 

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
BENDIKSEN,  T.  e  YOUNG,  G.  –  Commissioning  of  Offshore  Oil  and  Gas  Projects  –  USA, 
AuthorHouse, 2005 
CONSTRUCTION BUILDING INSTITUTE – Planning for Start‐Up – USA, Texas University, 1998 
HORSLEY, D. – Process Plant Commissioning – UK, Institution of Chemical Engineers, 1998 
HARTER,  K.  –  Power  System  Commissioning  and  Maintenance  Practice  –  USA,  Institute  of 
Electrical Engineers, 1998 
PETROBRAS/ENGENHARIA/AG‐PIE  –  Manual  de  Gestão  da  Engenharia  (MAGES),  Volume  II, 
Capítulo 15 (Comissionamento e Transferência de Instalações), Rio de Janeiro, AG‐COM, 2011 
U.S.ARMY  –  TBM5‐697  Commissioning  of  Mechanical  Systems  for  C4ISR  Facilities  –  USA, 
Department of the Army, 2006 
U.S.  GENERAL  SERVICES  ADMINISTRATION  /  PUBLIC  BUILDING  SERVICE  –  The  Building 
Commissioning Guide – USA, GSA, 2005 
WILKINSON,  R.‐  Cx  Then  and  Now  –  Apresentação  feita  no  NE  Chapter  da  Building 
Commissioning Association, Nevada, USA, 2005 


Capítulo 2 – INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO 
PROCESSO DE COMISSIONAMENTO E TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES 
O  processo  de  comissionamento  é  um  conjunto  estruturado  de  conhecimentos,  práticas, 
procedimentos  e  habilidades  aplicáveis  a  um  produto  de  engenharia  (ativo)  visando  torná‐lo 
operacional dentro dos requisitos de desempenho especificados  
O  objetivo  central  do  processo  de  comissionamento  é  assegurar  a  transferência  de  um  ativo 
(instalação industrial, edificação, etc.) do responsável pela sua implantação para o usuário final 
de  forma  rápida,  ordenada  e  segura,  certificando  sua  operabilidade  em  termos  de 
desempenho, confiabilidade e conformidade normativa.  

ORIGEM DO TERMO 
Em  suas  origens,  o  termo  latino  committere  significava  “confiar”,  e  por  extensão  “atribuir 
cargo ou missão de confiança”. Passou para o idioma anglo‐saxão como “commissioning” e de 
longa data adquiriu a conotação, no meio marinheiro, de “entregar um navio ao serviço ativo”, 
indicando  claramente  o  componente  de  confiança  embutido  neste  ato.  À  medida  que  a 
tecnologia naval avançava, a entrega dos navios foi ganhando características de uma atividade 
específica,  conhecida  como  Provas  de  Cais  e  Mar.  Hoje,  embarcações  de  alto  conteúdo 
tecnológico  como,  por  exemplo,  navios  de  combate  exigem  planejamento  elaborado,  tempo 
considerável e muitos profissionais altamente qualificados para vencer essa etapa e para que 
seus comandantes possam considerá‐los “prontos para cumprir sua missão”. 
Esta  evolução  por  muito  tempo  não  teve  correspondente  claro  em  terra  firme.  A  situação 
começou  a  mudar  apenas  a  partir  dos  grandes  programas  de  engenharia  posteriores  à 
Segunda Guerra Mundial, que exigiram novos padrões de segurança e de confiabilidade para 
equipamentos complexos que deveriam operar corretamente na primeira vez em que fossem 
acionados.  Essa  necessidade  levou,  por  um  lado,  ao  desenvolvimento  dos  conceitos  da 
Garantia  da  Qualidade  hoje  indispensáveis;  por  outro,  induziu  à  adaptação  das  práticas  do 
comissionamento  naval  para  as  implantações  de  ativos  industriais  e  a  fabricação  de 
equipamentos sofisticados como aviões e satélites.  
A  transposição  dessa  metodologia  não  se  fez,  porém,  de  forma  rápida  ou  inconteste.  O 
assunto manteve‐se restrito a setores de ponta, e somente a partir do final da década de 1980 
surgem  às  primeiras  iniciativas  de  normalização  (ASHRAE  Standard  1‐1989R  e  normas 
NORSOK).  A  literatura  especializada  aparece  no  final  dos  anos  1990  (mantendo‐se  até  hoje 
bastante reduzida) e a partir do ano 2000 tem‐se notícia da primeira legislação contemplando 
o  uso  de  técnicas  de  comissionamento  (programa  GBC  /  LEED  para  a  construção  civil,  nos 
Estados  Unidos).  Essa  evolução,  mesmo  que  significativa,  está  longe,  porém,  de  significar 
consolidação  conceitual  ou  disseminação  ampla  no  mercado.  Não  existe  ainda  um  padrão 
metodológico aceito pela maioria da indústria, e a aplicação prática do comissionamento, na 
grande maioria dos casos, deixa muito a desejar. Nesse sentido, e respeitadas às proporções, 
pode‐se  estabelecer  um  paralelo  entre  o  comissionamento,  a  Qualidade  e  a  Gestão  de 
Projetos. Há cerca de trinta anos atrás, as duas últimas já tinham sua importância reconhecida, 
havia  normas  ou  boas  práticas  em  uso,  mas  ainda  não  existiam  padrões  que  nivelassem  o 
conhecimento e estabelecessem uma base comum para a sua aplicação. A família de normas 
ISO  9000  e  os  guias  metodológicos  publicados  por  entidades  como  o  PMI,  o  IPMA  e  o  OGC 
atingiram esse objetivo em ambas as áreas de conhecimento. O comissionamento carece ainda 
de algo semelhante, embora esforços estejam sendo feitos nesse sentido e existam inclusive 
estudos  visando  torná‐lo  uma  atividade  passível  de  certificação  por  órgãos  credenciados 
(Sociedades Classificadoras, por exemplo). 


ABORDAGEM 
O  comissionamento,  como  já  exposto,  pode  ser  definido  como  um  conjunto  estruturado  de 
conhecimentos,  práticas,  procedimentos  e  habilidades,  aplicável  a  produtos  complexos  de 
engenharia  com  o  objetivo  de  assegurar  sua  operabilidade  e  garantir  sua  transferência 
ordenada e segura do construtor para o operador (ou da fase de construção e montagem para 
a fase de operação estável). O comissionamento representa hoje, claramente, uma transição 
de  velhas  práticas  de  implantação  de  ativos  físicos  em  direção  a  novos  conceitos  que 
enfatizam  a  operação  comercial  bem  sucedida,  e  não  apenas  a  obra  encerrada,  como  o 
verdadeiro  fator  crítico  de  sucesso  de  um  empreendimento.  O  valor  agregado  pelo 
comissionamento  a  um  empreendimento  já  foi  bem  identificado  por  vários  estudiosos  do 
assunto,  assim  como  os  ganhos  econômicos  proporcionados  por  sua  aplicação  correta, 
conforme pode ser constatado pela leitura das referências sugeridas nesta apostila. 
Porque, então, o comissionamento ainda é relativamente mal conhecido e mal aplicado? Para 
entender  isso,  cabe  traçar  um  perfil  da  situação  típica  da  implantação  de  um  ativo  físico,  tal 
como  ainda  ocorre  em  boa  parte  dos  empreendimentos.  Verifica‐se  nesses  casos  um 
fenômeno que se resume em um ditado bem conhecido no mundo da engenharia: “Uma obra 
não se termina, abandona‐se.” Essa percepção cínica, porém verdadeira, expressa a realidade 
de  um  projeto  mal  planejado  e  mal  gerenciado  onde,  após  vários  prazos  e  orçamentos 
estourados, chega o momento em que é mais barato “deixar como está” e passar o problema 
à frente para os futuros operadores / usuários do que concluir o escopo do empreendimento.   
Declarar  um  ativo  pronto  nessas  condições  é  uma  falsa  solução,  acarretando  uma 
transferência de responsabilidades e custos para o operador / usuário, mascarando com isso 
os  verdadeiros  custos  e  prazos  e  comprometendo  o  sucesso  do  empreendimento.  A 
observação  mostra  que  em  projetos  conduzidos  dessa  maneira,  o  comissionamento  é 
efetuado segundo um roteiro relativamente padrão:  
9 Início tardio e pouco planejado; 
9 Entendido apenas como um conjunto de testes pré‐operacionais, o comissionamento 
se torna um processo isolado do restante do empreendimento; 
9 Subordinação às prioridades da Construção & Montagem (C&M); 
9 Uso freqüente de conhecimento não‐estruturado; 
9 Falta de integração com a operação subseqüente. 
A equipe de comissionamento se vê, assim, diante de um contexto bastante desfavorável no 
qual  é  cobrada  pela  solução  de  todos  os  problemas  que  aparecem  durante  os  testes  (muito 
embora  a  grande  maioria  desses  problemas  não  seja  sua  responsabilidade  e  as  soluções 
estejam  fora  de  seu  alcance),  é  pressionada  para  atender  a  prazos  irreais  e  descumprir 
procedimentos na tentativa de recuperar atrasos que não provocou, e recebe toda a descarga 
de insatisfação do cliente e dos operadores apenas porque é a última a permanecer no ativo.  
Sua  capacidade  de  alterar  a  situação  do  ativo  nesse  estágio  é  pequena,  sua  participação  nas 
etapas anteriores do projeto (onde esta influência poderia ter sido mais produtiva) é reduzida 
quando  não  inexistente,  o  valor  financeiro  atribuído  ao  seu  trabalho  não  estimula  maiores 
atenções  por  parte  dos  responsáveis  do  projeto,  e  o  comissionamento  fica  assim  relegado  a 
um papel secundário, muito diverso daquele que tinha em suas origens. 
Seria então o caso de afirmar que um bom comissionamento é a resposta para todos os males 
que afligem os projetos industriais?  Evidentemente, não! Porém há evidências que indicam o 
comissionamento  como  uma  das  técnicas  mais  eficazes  para  assegurar  uma  transição  suave 
entre as fases de Construção & Montagem (C&M) e de Operação de um ativo, mitigando riscos 


e proporcionando uma entrada em serviço rápida e segura. De fato, o comissionamento tem 
sido interpretado por vários especialistas como uma grande ação de garantia da qualidade. 
Para  entender  essa  capacidade  do  comissionamento,  deve‐se  voltar  ao  início  e  lembrar  as 
bases desta atividade: competência, experiência e confiança.  Esperava‐se que os responsáveis 
pela sua realização possuíssem: 
9 Conhecimento,  habilidades  e  atitude  de  alto  nível  em  suas  áreas  de  atividade  (em 
outras palavras, deviam ser líderes por competência); 
9 Visão abrangente das necessidades e do funcionamento do empreendimento (visão de 
negócio); 
9 Credibilidade  advinda  da  competência,  da  experiência  e  do  comportamento 
(autoridade moral). 
Essas  qualidades  angariavam  para  esses  profissionais  o  respeito  das  equipes  e  dos  principais 
interessados  e,  associadas  às  posições  que  ocupavam  na  hierarquia,  asseguravam‐lhes 
autonomia para exercer suas funções sem interferências, além de uma visão de conjunto que 
era indispensável para que pudessem ter sucesso em sua atividade. Este quadro contrasta com 
a situação comumente encontrada nos dias de hoje, e aponta um primeiro caminho para que o 
comissionamento possa aumentar sua contribuição aos projetos atuais: 
9 Nível de qualificação dos profissionais responsáveis por essa atividade; 
9 Posicionamento  adequado  da  atividade  e  de  seus  responsáveis  na  organização  do 
empreendimento. 
O  primeiro  quesito  pode  ser  atendido  através  da  seleção  de  profissionais  que  possuam  as 
características citadas acima. Claro está que profissionais com este perfil são seniores, não se 
encontram  pelas  esquinas,  e  custam  relativamente  caro.  Por  outro  lado,  não  é  preciso  um 
grande número deles; uma equipe de gestão de comissionamento normalmente não terá mais 
do  que  cinco  ou  seis  pessoas  desse  nível.  O  que  deve  ser  entendido  pelos  responsáveis  do 
empreendimento é que o custo / benefício desta equipe é amplamente favorável, e não tê‐la é 
sinônimo de problemas na fase crítica de transferência do ativo para o cliente / operador. 
A  posição  do  comissionamento  na  organização  do  projeto  não  é  ponto  pacífico,  gerando 
polêmicas entre clientes, construtores e comissionadores. Essa polêmica é alimentada por dois 
pontos mal compreendidos: o método de trabalho do comissionamento e as relações que se 
formam no ambiente do projeto entre construtores, comissionadores e cliente. Sem entrar em 
detalhes, cabe notar que o método de trabalho do comissionamento difere conceitualmente 
do método da C&M, e que a ação do comissionamento coloca‐o amiúde em desacordo com o 
construtor  e  alinhado  com  os  interesses  do  cliente.  Essas  constatações  sugerem  que  a 
subordinação  usual  do  comissionamento  à  C&M  merece  reavaliação,  de  modo  a  não  apenas 
eliminar  as  causas  de  conflito  observadas  como  também  devolver  ao  comissionamento  a 
capacidade  de  integração  que  representa  uma  das  maiores  contribuições  que  esta  disciplina 
pode oferecer a um empreendimento. 
Ter  responsáveis  com  qualificação  sênior,  dotados  de  prestígio  e  qualidades  de  liderança, 
posicionados na organização de modo a poder atuar com autoridade e autonomia, é, portanto 
o  primeiro  passo  para  que  o  comissionamento  possa  produzir  resultados  significativos.  Mas 
não  basta.  São  precisos  metodologia,  procedimentos  e  infraestrutura.  Para  avançar  neste 
terreno,  é  conveniente  retornar  à  questão  do  método  de  trabalho  apontada  acima.  Este 
método pode ser definido por três elementos, a saber: 
9 Visão Operacional – o ativo existe para efetuar operações de forma estável e confiável, 
dentro de requisitos de desempenho especificados; 


9 Abordagem por Sistemas Operacionais – o ativo é composto por sistemas operacionais 
interligados de forma lógica e que desempenham etapas delimitadas de um processo 
e/ ou função conhecido;  
9 Execução Progressiva Ascendente – as ações de campo são executadas seguindo uma 
seqüência  que  se  inicia  nos  componentes  isoladamente  até  a  instalação  como  um 
todo,  e  cada  passo  desta  seqüência  só  pode  ser  realizado  se  as  ações  precedentes 
tiverem sido efetuadas com sucesso.  
Este método pode ser desdobrado em metodologias diversas, ajustadas à natureza variada dos 
empreendimentos.  Todas,  no  entanto,  devem  partilhar  algumas  características  comuns,  tais 
como: 
9 Ter como objetivo assegurar a operabilidade do ativo 
9 Ênfase em planejamento 
9 Início de aplicação pelo menos na fase de projeto executivo do empreendimento 
9 Emprego de técnicas de garantia da qualidade 
9 Integração (não subordinação) com a C&M 
9 Estímulo à participação do cliente / operador 
9 Transferência gradual do ativo do construtor para o operador 
O primeiro tópico traz um conceito aparentemente novo, mas que se alinha com a noção de 
que o ativo é um instrumento a serviço de um negócio, e que o fator de sucesso é o negócio 
bem sucedido. Assegurar a operabilidade significa fazer com que o ativo não apenas funcione 
no  sentido  “eletro‐mecânico”  do  termo,  mas  que  seja  transferido  ao  cliente  com  todas  as 
condições  necessárias  à  sua  operação  normal  atendidas.  Treinamento,  sobressalentes, 
contratos de apoio, licenças, etc. fazem parte da operabilidade de um ativo. 
O  planejamento  é  a  essência  do  comissionamento.  Muitas  das  atividades  de  campo  típicas 
desta área podem ser executadas por equipes de C&M ou mesmo de Operação & Manutenção 
(O&M), mas o planejamento da entrada em serviço de um ativo é algo que deve ser feito por 
profissionais especializados. É um grande equívoco achar que este planejamento cobre apenas 
a fase final da C&M, por um período curto de tempo. Ao contrário, para que a fase de entrada 
em operação de um ativo seja bem sucedida é necessário iniciar sua preparação muito antes, 
ainda  na  fase  de  Projeto  Executivo  ou  mesmo  antes.  É  neste  ponto  que  as  informações  de 
engenharia  começam  a  ser  estruturadas  de  modo  a  atender  não  apenas  às  necessidades  de 
Suprimentos e C&M, mas também às de entrada em operação do ativo. O planejamento deve 
ser consolidado em um Plano ou Manual, elaborado o mais cedo possível, e que defina como o 
comissionamento  será  organizado,  coordenado,  executado  e  controlado.  A  partir  daí  o 
planejamento evolui junto com o empreendimento, chegando ao nível de programação (folha 
tarefa) no campo. 
Em  paralelo  com  o  planejamento  ocorre  o  desenvolvimento  da  documentação  de  apoio, 
atividade  chamada  por  alguns  de  “Engenharia  de  comissionamento”.  Trata‐se  da  elaboração 
de um conjunto de documentos definidores do universo de aplicação do comissionamento no 
empreendimento,  da  definição  das  lógicas  de  processo  e  de  partida  do  ativo,  dos 
procedimentos  de  execução  das  atividades  de  campo,  dos  registros  dessas  atividades  e  de 
certificação dos resultados. Em especial, destacam‐se pela sua importância a Lista de Sistemas 
Operacionais, a Rede de Precedência de Partida, os Certificados de Completação Mecânica e 
os  de  Termos  de  Transferência  e  Aceitação.  A  Lista  define  como  um  ativo  terá  seu  processo 
dividido logicamente e quais os elementos que irão compor a seqüência de partida do mesmo; 
a  Rede  estabelece  esta  seqüência;  os  Certificados  indicam  que  os  sistemas  ou  subsistemas 


operacionais  encontram‐se  aptos  a  iniciar  seus  testes  funcionais;  os  Termos,  finalmente, 
marcam o final desses testes e indicam que os sistemas estão prontos para operação normal. 
Esses  documentos  podem  ter  diversos  títulos,  mas  seu  conceito  permanece  o  mesmo  em 
qualquer metodologia de comissionamento.  
A gestão do comissionamento deve ser feita segundo o princípio da garantia da qualidade que 
estabelece  a  relação  procedimento  aprovado  /  ação  executada  /  resultado  certificado  / 
registro efetuado. Outro princípio a ser respeitado é o da rastreabilidade das informações.  
O histórico das ações efetuadas sobre cada item comissionável, subsistema e sistema deve ser 
preservado  e  colocado  à  disposição  do  cliente  /  operador  em  formatos  que  permitam  a 
recuperação  e  uso  das  informações,  especialmente  pelas  equipes  de  manutenção.  Nesse 
particular,  deve  ser  ressaltado  que  as  informações  produzidas  pelas  ações  de 
comissionamento são entradas para os sistemas de gestão de manutenção dos ativos e devem 
ser organizadas / formatadas com essa finalidade em vista. Ainda sob o ângulo da qualidade, 
note‐se que não se aplica ao comissionamento o critério de amostragem. Se um determinado 
tipo de item comissionável (classe de itens) deve ser submetido a um dado teste, então todos 
os  itens  daquela  classe  serão  testados.  A  aplicação  destes  conceitos  com  rigor  é  um  dos 
elementos  básicos  para  dar  ao  comissionamento  a  componente  de  confiança  que  é  a  sua 
essência. 
Outro elemento básico para estabelecer a relação de confiança essencial é a participação do 
cliente  /  operador.  As  metodologias  de  comissionamento  atuais  preconizam  que  o  cliente  / 
operador  acompanhe  o  planejamento  desde  o  início,  com  oportunidade  para  opinar  sobre 
aspectos que afetarão a rotina futura de O&M como, por exemplo, a organização do ativo em 
sistemas e subsistemas operacionais. Durante a fase de testes funcionais o acompanhamento 
transforma‐se  em  participação  ativa,  pois  o  ideal  é  que  os  operadores  realizem  os  testes  de 
desempenho (mantida a responsabilidade dos trabalhos com o construtor). Esse procedimento 
atende  a  dois  objetivos:  corresponde  à  parte  prática  do  treinamento  dos  operadores  e 
promove o comprometimento destes com os resultados do trabalho. As observações mostram 
que dessa forma os atritos entre construtor e cliente / operador diminuem drasticamente e as 
condições  de  operabilidade  são  mais  facilmente  atingidas.  No  entanto,  as  observações 
mostram  também  que  esse  resultado  exige  quase  sempre  um  esforço  de  comunicação  e 
negociação por parte dos responsáveis do comissionamento, no sentido de vencer resistências 
e pré‐conceitos de ambos os lados.  
A participação dos operadores também é indispensável para permitir a aplicação do princípio 
da transferência gradual do ativo. Esse princípio estabelece que o cliente / operador aceite e 
assuma  a  responsabilidade  por  cada  sistema  operacional  à  medida  que  os  respectivos  testes 
de  aceitação  de  desempenho  /  confiabilidade  sejam  executados  com  sucesso  e  as  demais 
condições de operabilidade correspondentes estejam atendidas. Dessa forma a transferência 
se distribui ao longo de um intervalo de tempo, tornando‐se mais gerenciável para ambas as 
partes.  
Finalmente, cabe esclarecer um ponto básico que foi propositalmente deixado paro o final: a 
Operabilidade. Em termos sucintos, este conceito pode ser descrito como a capacidade de um 
ativo de atender a seus requisitos de desempenho especificados enquanto operando de forma 
estável e confiável.  
A operabilidade de um ativo é comprovada através do atendimento às seguintes condições:  
1. Todos os sistemas operacionais do ativo estão transferidos para o operador, livres de 
pendências;  
2. O  controle  das  energias  utilizadas  no  ativo  está  inteiramente  transferido  para  o 
operador;  

10 
3. As equipes de operação e de manutenção receberam todo o treinamento necessário 
para guarnecer o ativo;  
4. A  documentação  necessária  à  operação  &  manutenção  do  ativo  está  atualizada  e 
disponível para os usuários;  
5. As dotações previstas de sobressalentes, ferramentas e consumíveis de processo estão 
aprovisionadas;  
6. O ativo está conforme a todas as normas e regulamentos aplicáveis;  
7. As interfaces externas do ativo, necessárias ao seu funcionamento, estão operacionais;  
8. O ativo dispõe de todas as licenças e contratos necessários ao seu funcionamento;  
9. Os dispositivos e instalações temporárias de obra foram retirados, a área ocupada está 
reconstituída e não há mais empreiteiras no perímetro do ativo; 
10. O sistema de gestão de manutenção do ativo está operacional.   
As  responsabilidades  pelo  atendimento  das  condições  de  operabilidade  listadas  para  um 
empreendimento  devem  estar  esclarecidas  em  contrato  de  forma  clara  antes  do  início  das 
atividades, detalhando‐as quando necessário em sub‐tarefas.  
A  certificação  das  condições  de  operabilidade  atribuídas  ao  projeto  corresponde  ao  fim  do 
escopo técnico do projeto, e conseqüentemente do processo de comissionamento, e permite 
a transferência do ativo (conhecida como Transferência das Instalações) ao operador.  
O processo de comissionamento opera na interface entre a operação de um empreendimento, 
responsável por sua implantação, e os agentes executores do mesmo, conforme representado 
pelo  esquema  abaixo,  possuindo  um  caráter  integrador  e  agregando  a  visão  operacional  à 
gestão do empreendimento. 

Figura 1  
Processo de Comissionamento de um Empreendimento com 
foco na Operabilidade da Instalação 

Os responsáveis pela gestão e execução do processo de Comissionamento e Transferência de 
Instalações, devem estar definidos dentro dos limites contratuais entre as partes, e o escopo 
dos  serviços  necessários  à  realização  do  processo  deve  ser  distribuído  entre  a  equipe  do 
projeto, as contratadas e o operador de acordo com a estratégia de implantação definida para 
o empreendimento. 
O comandante do navio do século XVII teria dificuldades para entender os termos modernos 
da  lista  acima,  mas  certamente  concordaria  com  seu  significado.  Ela  define  os  mesmos 

11 
objetivos  que  ele  perseguia  quando  se  preparava  para  a  longa  viagem.  Hoje,  como  ontem, 
estes  são  os  objetivos  a  atingir  na  implantação  de  um  empreendimento,  pois  são  os  que 
asseguram aos que recebem a missão de operá‐los que poderão fazê‐lo em segurança e com 
eficácia.  O  gerente  de  projeto  e  o  construtor  são  os  fiadores  modernos  do  sucesso,  e  o 
comissionamento é um instrumento poderoso de que podem dispor para oferecer ao cliente a 
operabilidade  desejada.  Sua  aplicação  correta  em  um  empreendimento  não  irá  garantir  o 
sucesso do negócio, mas dará uma grande contribuição neste sentido. 

INÍCIO DO PROCESSO 

O Front End Loading ou simplesmente FEL é um processo muito utilizado em projetos de mega 
empreendimentos,  tecnicamente  denominados  de  projetos  de  capital.  Estes  projetos 
requerem  grandes  investimentos  e  os  processos  FEL  são  utilizados  com  o  objetivo  de 
minimizar  os  riscos  de  investimentos  em  projetos  não  viáveis  e  sem  atratividade  para  a 
organização. Normalmente o FEL é utilizado no setor industrial como, por exemplo, mineração, 
energia e petroquímica onde os  projetos são de alta complexidade e de altos custos. 

FEL é um processo que visa esclarecer os objetivos empresariais e potencializar o alinhamento 
estratégico  entre  as  iniciativas  (empreendimento,  objeto  ou  trabalho  a  ser  desenvolvido)  e 
estes objetivos, visando otimizar a produtividade através da eliminação de investimentos em 
projetos não rentáveis e desalinhados com a estratégia do negócio. O FEL ajuda a definir bem 
o escopo e gerar um planejamento detalhado que garanta o mínimo de retrabalho e mudanças 
durante  a  fase  de  execução  dos  componentes  (projetos,  programas  e  outros  trabalhos)  do 
portfólio ou carteira de projetos da organização. 

 
Figura 2 
Ciclo de vida do empreendimento segundo a  
Metodologia FEL – Front End Loading 

O FEL é dividido em três fases com pontos de análise e aprovação, chamados de gates, entre 
estas fases. Estas fases são: 

9 FEL I – corresponde à fase de análise do negócio, cujo objetivo é avaliar a atratividade 
e oportunidade de investimento. Nesta fase os objetivos do projeto são alinhados aos 
objetivos estratégicos da organização. 

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9 FEL II – corresponde à fase de estudo de viabilidade técnica e econômica. Esta fase é 
responsável  em  selecionar  as  alternativas  (opções  para  desenvolver  as  iniciativas), 
estratégia de contratação e seleção tecnológica. 

9 FEL III – corresponde à fase de engenharia básica (primeira fase da implantação de um 
projeto  onde  são  revistos  os  trabalhos  de  engenharia  preliminar  que  consiste  em 
estudos  de  viabilidade,  lista  de  equipamentos,  fluxogramas  e  layouts)  e  visa  o 
desenvolvimento do projeto básico e do planejamento da execução do projeto. Nesta 
fase, o escopo é fechado através do detalhamento do produto. 

9 FEL IV – implantação do projeto 

9 FEL V – operação  

Segundo  a  metodologia  FEL,  o  processo  de  comissionamento  se  inicia  na  Fase  III  (projeto 
básico do empreendimento) e se estende até o final da Fase IV (implantação), sendo o esforço 
principal realizado nesta última fase, conforme mostrado na figura a seguir. 

Figura 3 
Posicionamento do comissionamento e transferência de 
instalações  em um empreendimento 

Durante a Fase III o comissionamento  atua de forma complementar, gerando pelo menos os 
seguintes resultados: 
9 Identificação e definição preliminar dos sistemas operacionais; 
9 Definição preliminar da seqüência de partida do ativo; 
9 Análise do projeto básico com vistas à operabilidade do ativo; 
9 Definição da estratégia de contratação e execução do comissionamento na Fase IV 

Na  Fase  IV  o  comissionamento  exerce  papel  integrador  no  empreendimento,  atuando  nas 
seguintes frentes:  
9 Apoio  ao  projeto  executivo  para  assegurar  a  funcionalidade  e  a  mantenabilidade  do 
ativo;  
9 Apoio  aos  suprimentos  para  assegurar  que  a  aquisição  de  materiais  e  serviços 
contemple os aspectos necessários de comissionamento; 

13 
9 Apoio  à  gestão  para  assegurar  que  o  planejamento  incorpore  todas  as  informações 
relativas às atividades de comissionamento, em especial as de pré‐operação e partida 
do ativo; 
9 Apoio à construção & montagem para assegurar a integração entre as atividades desta 
área e as do comissionamento; 
9 Apoio  ao  operador  para  assegurar  que  as  condições  de  operabilidade  sob 
responsabilidade  dele  sejam  atendidas,  e  que  os  subsídios  necessários  ao 
comissionamento, em especial à pré‐operação & partida, sejam colocados à disposição 
conforme planejado; 
9 Apoio às empresas contratadas para assegurar que suas responsabilidades em relação 
ao comissionamento sejam entendidas e cumpridas. 

As principais atividades de comissionamento na Fase IV são: 
• Contratação:  
o Definição da estratégia de contratação do comissionamento  
• Gerenciais:  
o Planejamento e Gestão 
o Documentação  
• Campo:  
o Preservação 
o Condicionamento 
o Pré‐Operação & Partida 
o Gestão de Pendências 
o Operação Assistida  

Estas atividades e seu encadeamento são mostrados na figura abaixo. 

Figura 4 
As atividades de comissionamento na Fase IV 

14 
Nota‐se,  de  início,  a  duração  preconizada  para  o  processo  de  comissionamento.  Ele  se  inicia 
durante  a  fase  de  desenvolvimento  do  projeto  de  Engenharia  (Executivo  ou  Básico)  e  se 
estende  até  a  completa  entrega  do  ativo,  bem  após  o  encerramento  da  C&M.  É  o  processo 
mais longo do empreendimento, embora isso não signifique que seja o mais caro ou o maior 
consumidor  de  recursos.  Essa  duração  corresponde  à  conveniência  de  inserir  no 
empreendimento,  o  mais  cedo  possível,  os  conceitos,  o  planejamento  e  as  informações  que 
servirão para atingir a meta da Operabilidade e, no outro extremo, de assegurar essa mesma 
Operabilidade. 

O  Comissionamento  verifica  e  registra  o  funcionamento  e  o  desempenho  de  componentes 


(itens),  equipamentos  e  sistemas,  identificando  e  solucionando  as  pendências,  não 
conformidades,  defeitos  e  falhas,  quando  existirem,  desde  a  fase  de  projeto  até  a 
transferência das instalações ao operador.  

A  transferência  de  instalações  do  construtor  para  o  operador  deve  ser  ordenada  e  segura, 
assegurando a confiabilidade operacional e a rastreabilidade das informações.  

O eixo principal do processo é composto pelas atividades de Condicionamento, Preservação e 
de  Pré‐Operação  &  Partida,  que  conduzem  à  operação  do  ativo.  Este  eixo  é  balizado  por 
quatro  documentos:  Relatórios  de  Inspeção  de  Recebimento  (RIR),  Certificados  de 
Completação  Mecânica  (CCM),  Teste  de  Aceitação  de  Performance  (TAP)  e  Termos  de 
Transferência  e  Aceitação  de  Sistemas  (TTAS),  os  quais  marcam  os  limites  de  início  e  fim  de 
cada atividade. 

A  Transferência  de  Instalações  se  conclui  com  a  emissão  do  Termo  de  Transferência  de 
Instalações (TTI). 

Uma ação que precede o efetivo início do processo de comissionamento é a definição do seu 
modo  de  execução.  Dependendo  da  estratégia  adotada  para  o  empreendimento,  este 
processo poderá ser assumido, em todo ou em parte, pela própria equipe do empreendimento 
ou  contratado  de  diferentes  formas  e  em  diferentes  momentos.  Como  diretrizes,  cabe 
ressaltar  a  conveniência  de  contratar  a  empresa  responsável  pelo  comissionamento  o  mais 
cedo  possível,  as  prováveis  dificuldades  advindas  da  subordinação  do  comissionador  ao 
construtor / montador e a função de assessoria que esta empresa pode assumir junto à equipe 
do empreendimento nos aspectos relativos à qualidade do produto (ativo físico). Como apoio à 
contratação  dos  serviços  de  comissionamento  foi  elaborado  um  conjunto  de  Diretrizes 
Contratuais,  alinhado  com  a  metodologia  aqui  apresentada  e  aplicável  aos  diversos  tipos  de 
empreendimentos da Petrobras mediante a configuração de uma matriz de responsabilidades 
e de alguns dados de entrada.  

Outro ponto relevante é a terminologia. A multiplicidade de práticas de comissionamento traz 
consigo  uma  variedade  de  nomenclaturas,  o  que  evidentemente  dificulta  a  transmissão  do 
conhecimento  e  o  debate.  Nomes  diferentes  para  os  mesmos  conceitos  e  definições  pouco 
rigorosas  exigiram  que  a  construção  da  nova  metodologia  se  iniciasse  pela  criação  de  um 
glossário preciso para as várias etapas e atividades do comissionamento. Os termos utilizados 
na  metodologia  aqui  apresentada  procuram  respeitar  o  uso  comum,  evitam  na  medida  do 
possível  expressões  em  inglês  e  buscam  associações  claras  entre  termos  e  significados.  Este 
glossário encontra‐se no Capítulo 2 desta apostila. 

15 
Capítulo 2 – TERMINOLOGIA DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO 
ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE FORNECEDORES 
Assistência prestada pelo fornecedor, estabelecida contratualmente no momento da aquisição 
do componente, que deverá ser executada mediante programação de atividades realizada pela 
Contratada para a instalação e entrada em operação. 

ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE ENGENHARIA 
É  a  assistência  executada  pela  empresa  ou  área  de  engenharia  por  solicitação  do  operador 
após a transferência das instalações, ou seja, na conclusão do processo de comissionamento. 
O escopo da Assistência Técnica não deverá ser contemplado no contrato de serviços, uma vez 
que,  conforme  definição  acima,  os  serviços  de  Assistência  Técnica  serão  executados  após  o 
encerramento  do  Empreendimento  (Transferência  das  Instalações)  e,  portanto,  não  estarão 
cobertos pelo contrato por conta do mesmo já ter sido encerrado. 

ATIVIDADES DE PRESERVAÇÃO DEFINIDAS 
Conjunto  de  atividades  efetuadas  sobre  os  itens  comissionáveis  visando  mantê‐los  em  boas 
condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o momento de 
sua preparação para Partida (quando é substituída pela manutenção). 
As  atividades  de  preservação  deverão  ser  exercidas  de  acordo  com  as  recomendações  dos 
fabricantes sempre que estas existirem, ou conforme as melhores práticas reconhecidas dessa 
atividade, sendo pré‐requisito para que a garantia do fabricante seja assegurada. 
Havendo necessidade, as atividades de preservação podem iniciar durante a preparação para o 
transporte entre o fornecedor e o canteiro de obras. 

AUTORIZAÇÃO PARA TESTES DE FUNCIONAMENTO (ATF) 
Documento  emitido  pela  engenharia  solicitando  ao  operador  de  uma  unidade  em  operação 
autorize  o  início  da  fase  de  Pré‐Operação  &  Partida  de  um  subsistema  operacional  (SSOP), 
sempre que os testes deste SSOP interferirem com o funcionamento ou a segurança daquela 
unidade. 

BLANK TEST 
Teste  efetuado  sobre  todas  as  malhas  elétricas  de  uma  instalação  (potência,  controle, 
comunicação  e  dados),  na  fase  de  Condicionamento,  com  o  objetivo  de  confirmar  sua 
continuidade através da injeção de sinal de baixa potência. 

CERTIFICAÇÃO DA OPERABILIDADE 
Aplicação da Lista de Verificação de Operabilidade ao ativo de modo a atestar que o mesmo se 
encontra em condições de ser transferido para a operação. 
A  certificação  da  operabilidade  deve  ser  efetuada  pela  engenharia  responsável  ou, 
opcionalmente, por uma terceira parte. 

CERTIFICADO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA (CCM) 
Documento  emitido  pelo  executante  do  Condicionamento  de  uma  instalação  atestando  que 
um SSOP atende aos quesitos da Lista de Verificação de Completação Mecânica e se encontra 
apto  a  iniciar  seus  testes  de  funcionamento,  não  possuindo  pendências  impeditivas  à 
completação mecânica. 
A aceitação  de um CCM  pela engenharia assinala o final da fase de Condicionamento para o 
SSOP  correspondente  e,  por  conseguinte,  a  aceitação  de  todos  os  CCM  previstos  para  a 

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instalação  (conforme  a  Lista  de  Sistemas  Operacionais)  marca  o  encerramento  da  etapa  de 
Condicionamento daquela instalação. 

CERTIFICADOS DE TESTES E CALIBRAÇÕES 
Documento  que  comprova  a  execução  de  um  teste  ou  calibração  dentro  de  parâmetros 
previamente definidos. 

CERTIFICADOS DE TESTES E CALIBRAÇÕES PREENCHIDOS 
Registros  da  aplicação  de  procedimentos  de  teste  a  itens  comissionáveis,  preenchidos 
conforme previsto no procedimento correspondente, contendo os resultados da aplicação do 
procedimento  e  assinados  pelo  executante,  pela  área  da  Qualidade  do  executante  e  pela 
fiscalização da engenharia contratada pelo operador. 

CLASSE DE ITENS COMISSIONÁVEIS 
Grupo  de  itens  comissionáveis  de  um  ativo  que  executam  funções  similares  e  que  possuem 
características técnicas semelhantes. Sinônimo de Família de Itens Comissionáveis. 

COMISSIONAMENTO 
Conjunto estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e habilidades aplicáveis de 
forma  integrada  a  uma  instalação,  visando  torná‐la  operacional,  dentro  dos  requisitos  de 
desempenho  desejados,  tendo  como  objetivo  central  assegurar a  transferência  da  instalação 
do  construtor  para  o  operador  de  forma  rápida,  ordenada  e  segura,  certificando  sua 
operabilidade em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações. 

COMPLETAÇÃO MECÂNICA 
Evento  que  assinala  o  final  da  fase  de  Condicionamento  de  um  SSOP,  caracterizado  pela 
emissão do respectivo Certificado. 

COMPROVAÇÃO DO ATENDIMENTO AS ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO
Evidências  obtidas  através  de  testes  que  comprovam  que  os  Sistemas  Operacionais  (SOPs) 
operam de acordo com as especificações de projeto. 

CONDICIONAMENTO 
Conjunto  de  atividades  realizadas  em  todos  os  itens  comissionáveis  e  malhas  da  instalação, 
com o objetivo de torná‐los aptos a iniciar seus testes de funcionamento.  
O  Condicionamento  inclui,  tipicamente,  testes  de  aceitação  em  fábrica,  inspeções  estáticas 
(recebimento,  conformidade  física,  etc.),  atendimento  a  normas  reguladoras,  aferições  e 
calibrações,  testes  de  pressão,  preparação  de  tubulações  para  receber  fluidos,  testes  de 
componentes elétricos desenergizados, e similares. 

CONTRATO E SEUS ANEXOS
Documento  formal  acordado  entre  as  partes  (contratada  e  contratante)  que  define  os 
requisitos,  premissas  e  restrições  para  a  execução  do  escopo,  sendo  a  principal  fonte  de 
informação  para  o  gerenciamento  do  contrato.  Inclui  a  documentação  técnica  e 
correspondências circulares trocadas na fase licitatória.

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DA PRESERVAÇÃO DEFINIDOS
Definição da sistemática para medição e pagamento das atividades de preservação no campo.  

CRONOGRAMA DO EMPREENDIMENTO
Documento que mostra os marcos principais e as atividades que serão realizadas em escala de 
tempo,  sendo  representado  normalmente  através  de  um  Diagrama  de  Barras  (também 

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chamado  Gráfico  de  Gantt)  ou  Diagrama  de  Rede.  Também  conhecido  como  Cronograma 
Físico. 

CRONOGRAMAS DO COMISSIONAMENTO 
Documentos  de  planejamento  e  controle  das  atividades  de  comissionamento  que  contém 
informações físicas e/ou financeiras relativas ao projeto, usado para elaboração de projeções e 
análises que possam subsidiar a gerência do empreendimento na tomada de decisões. 

DADOS DE FABRICANTES DE ITENS COMISSIONÁVEIS
Dados sobre as características e o desempenho dos itens comissionáveis, fornecidos por seus 
fabricantes e necessários para identificá‐los, preservá‐los, condicioná‐los, mantê‐los, testá‐los 
e colocá‐los em operação. 

DEFINIÇÃO DE REPRESENTANTES DA ENGENHARIA, OPERAÇÃO E CONTRATADA(S) 
Definição  dos  profissionais  que  representarão  a  Engenharia,  o  Operador  a(s)  Contratada(s) 
para  desenvolvimento  do  planejamento  do  comissionamento.  Estas  dados  devem  estar 
inclusos no Plano de Comunicação do empreendimento. 

DESMOBILIZAÇÃO DE PESSOAL
Encerramento  das  etapas  do  projeto  e/ou  das  atividades  com  a  devida  desmobilização  das 
equipes 

DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL E CONFORME OS REQUISITOS
Conjunto de documentos técnicos em conformidade com os requisitos do cliente e específicos 
da Engenharia. 

DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS ENVIADOS PARA A OPERAÇÃO
A  partir  do  momento  da  transferência  do  último  SOP  pertencente  à  instalação,  toda  a 
documentação de Engenharia deve estar atualizada (as‐built, relatórios de não‐conformidade, 
documentação de Construção & Montagem, pastas de Sistemas, etc.). 

EAP DO COMISSIONAMENTO
A Estrutura Analítica de Projeto (EAP) é o agrupamento de elementos do projeto orientados ao 
resultado  principal  que  organiza  e  define  o  escopo  total  do  trabalho  do  projeto.  Cada  nível 
descendente representa uma definição cada vez mais detalhada do trabalho do projeto, até o 
nível que permita o gerenciamento e controle adequado do trabalho pelo empreendimento. 
Este  documento  é  acompanhamento  do  avanço  das  atividades  e  de  controle  de  valores.  Seu 
modelo  pode  variar  em  função  das  práticas  do  usuário,  mas  deverá  conter  no  mínimo  a 
mesma subdivisão de valores existente no contrato, e a distribuição das parcelas no tempo de 
acordo com o Cronograma do Comissionamento. 

EQUIPE DE COMISSIONAMENTO 
São  os  técnicos  e  engenheiros  da  empresa  de  contratada  para  a  execução  das  atividades  de 
comissionamento nos canteiros. 

ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS DESMONTADAS E/OU REMOVIDAS
Andaimes, tapumes, contêineres, todas as estruturas e/ou objetos que não sejam necessários 
à operação da instalação devem ser desmontados e/ou removidos após a conclusão da obra. A 
instalação deve ser entregue em condições adequadas de limpeza, conforme acordado com o 
cliente. É um dos requisitos para a Certificação da Operabilidade. 

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FERRAMENTAS E MATERIAIS PARA APLICAÇÃO DAS ROTINAS AOS ITENS 
Coletânea  de  equipamentos,  ferramentas  coletivas  e  individuais,  materiais  de  aplicação  e 
consumíveis necessários para executar as rotinas de preservação ou de manutenção aos itens 
que devam recebê‐las. 

FERRAMENTA DE INTEGRAÇÃO E COMISSIONAMENTO (FIC) 
Ferramenta de Integração & Comissionamento é um software da Petrobras que provê suporte 
ao  processo  de  planejamento  e  gestão  do  Comissionamento.  Gerencia  as  informações  dos 
itens comissionáveis, contendo informações de identificação do item e histórico das atividades 
de comissionamento a que foi submetido, inclusive a Preservação. Cada item comissionável é 
identificado  por  um  TAG  e  vinculado  a  um  subsistema  e  sistema  aos  quais  pertence  e  é 
caracterizado por um conjunto padronizado de dados técnicos, de acordo com sua natureza. 

FICHAS DE VERIFICAÇÃO 
Formulários  espelho  dos  registros  de  itens  comissionáveis  e  de  malhas  da  ferramenta  de 
controle  do  comissionamento,  onde  são  registradas  as  ações  de  comissionamento  e  que 
servem como evidência objetiva de sua execução. 

FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM (FVI) 
Formulário  espelho  dos  registros  de  itens  comissionáveis,  onde  são  registradas  as  ações  de 
comissionamento  efetuadas  sobre  cada  item  e  que  serve  como  evidência  objetiva  de  sua 
execução. 

FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE MALHA (FVM) 
Formulário espelho dos registros de malhas da ferramenta de  controle do comissionamento, 
onde  são  registradas  as  ações  de  comissionamento  efetuadas  sobre  cada  malha  e  que  serve 
como evidência objetiva de sua execução. 

GESTÃO DE ENERGIAS 
Conjunto de ações efetuadas durante as fases de Condicionamento e Pré‐Operação & Partida 
com  o  objetivo  de  assegurar  que  todos  os  testes  que  envolvam  o  uso  de  energias  sejam 
executados dentro de condições adequadas de segurança. 

GESTÃO DE PENDÊNCIAS 
Conjunto  de  ações  efetuadas  durante  a  implantação  física  do  ativo  com  o  objetivo  de 
assegurar  a  identificação  e  o  tratamento  das  pendências  em  tempo  hábil,  evitando 
interferências sobre o andamento do trabalho. 

ÍNDICE DE PERFORMANCE OPERACIONAL (IPO)
O  indicador  IPO  mede  o  nível  de  operabilidade  da  instalação  através  da  relação  entre  a 
quantidade  de  produto  entregue  pela  instalação  e  a  capacidade  de  produção  nominal  de 
projeto, decorridos um ano da entrega de cada instalação. 

INSPEÇÃO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA 
Aplicação  da  Lista  de  Verificação  de  Completação  Mecânica  a  um  SSOP  de  um  ativo,  com  o 
objetivo  de  atestar  sua  aptidão  para  início  dos  testes  de  funcionamento  (Pré‐Operação  & 
Partida). 

INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO 
Verificação da conformidade quantitativa e das condições de entrega (por inspeção visual) dos 
itens comissionáveis recebidos em seu local de aplicação. 

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INSPEÇÕES DE NORMAS REGULADORAS 
Inspeções executadas em atendimento às Normas Reguladoras Brasileiras (NR) do Ministério 
do Trabalho. 

ITEM COMISSIONÁVEL 
Qualquer  componente físico associado a uma função ou suporte de processo. O mesmo que 
item “tagueado” no fluxograma de processo. 

ITENS DE CONHECIMENTO
Pontos  de  atenção,  boas  práticas,  ou  lições  aprendidas,  que  necessitam  ser  cadastradas  de 
forma a agregar valor a serem absorvidos e aplicáveis em empreendimentos futuros. 

ITENS E EQUIPAMENTOS PRESERVADOS
Qualquer  componente  classificado  como  instrumento,  equipamento,  acessório,  tubulação, 
área  ou  loop  de  controle  na  função  automação  “tagueados”,  que  possa  alterar  qualquer 
processo  ou  que  esteja  sujeito  a  Inspeção  por  entidade  governamental  ou  certificadora,  em 
boas  condições  de  conservação  desde  o  momento  de  sua  aceitação  no  canteiro  até  o 
momento de sua preparação para Partida. 

LIMPEZA DE TUBULAÇÕES 
Ação realizada na fase de Condicionamento efetuada pela Construção & Montagem sobre uma 
tubulação  (ou  trecho  de  tubulação)  com  o  objetivo  de  retirar  de  seu  interior  os  resíduos  de 
fabricação e montagem e eliminar a corrosão. 

LISTA DE ITENS COMISSIONÁVEIS 
Relação de todos os itens comissionáveis de um ativo, normalmente organizada por classes de 
itens (itens tecnicamente similares). 

LISTA DE PENDÊNCIAS
Relação de pendências e desvios decorrentes dos não atendimentos aos requisitos contratuais, 
identificadas  durante  a  execução  de  uma  obra,  contendo  sua  classificação,  ações  corretivas, 
prazos de saneamento, responsáveis e status de resolução. 
São  identificados  por  meio  da  observação  das  atividades  rotineiras,  aplicação  de  LVs, 
verificação dos RDO auditorias, dentre outros. 
São  classificadas  como  não‐impeditivas  e  impeditivas  e  necessitam  de  tratamento  para  o 
atendimento da conformidade com os requisitos do contrato. 
Deve  estar  consolidada  em  um  único  Sistema  de  Gestão  de  Pendências,  acessível  a  todos  s 
envolvidos no processo.  

LISTA DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Relação  estruturada  de  todos  os  sistemas  e  subsistemas  operacionais  que  compõem  a 
instalação. 

LISTAS DE ITENS COMISSIONÁVEIS, SOBRESSALENTES, CONSUMÍVEIS E SIMILARES
Relações  de  materiais  a  ser  submetidos  aos  procedimentos  de  comissionamento, 
sobressalentes de partida e de operação, consumíveis necessários à PO&P, e outras similares 
que se façam necessárias para planejar, organizar e controlar a transferência do ativo. 

LOOP TEST 
Teste de funcionamento efetuado sobre uma malha elétrica, hidráulica ou pneumática. 

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MALHA 
Conjunto interligado de itens comissionáveis que deva sofrer atividades de comissionamento 
como uma unidade funcional. 

MANUAL DE COMISSIONAMENTO 
Coletânea  de  documentos  que  estabelece  como  o  processo  de  comissionamento  deverá  ser 
organizado, coordenado, executado e controlado em um empreendimento. 
Trata‐se de um documento contratual, elaborado pela contratada e aprovado pela fiscalização 
da  engenharia,  cujo  objetivo  é  estabelecer  as  condições  de  realização  dos  serviços  de 
comissionamento,  em  termos  de  organização,  responsabilidades,  procedimentos  gerenciais, 
gestão do tempo e dos recursos, entre outros. 

MANUAL DE EQUIPAMENTO 
Coletânea de documentos de especificação, operação e manutenção de um equipamento ou 
componente, fornecida pelo seu fabricante. 

MANUAL DE MANUTENÇÃO 
Coletânea  de  documentos  que  estabelece  como  as  atividades  de  manutenção  de  um  ativo 
devem ser planejadas, organizadas, executadas e controladas. 

MANUAL DE OPERAÇÃO 
Coletânea de documentos que estabelece como a operação de um ativo deve ser planejada, 
organizada, executada e controlada. 

MATRIZ DE RESPONSABILIDADES
Documento que relaciona os processos as atividades vinculados a cada integrante da força de 
trabalho. 
Nela deverá conter relação nominal de todos os membros da equipe e a distribuição dos seus 
níveis de responsabilidade. 

MEMORIAL DESCRITIVO (MD)
O memorial descritivo é o documento onde devem estar concentradas as informações geradas 
por  todas  as  disciplinas  envolvidas  no  projeto.  Este  documento  tem  por  objetivo  apresentar 
uma descrição geral do projeto e das instalações envolvidas. 

NORMAS E REGULAMENTOS TÉCNICOS APLICÁVEIS
Conjunto de normas e regulamentos externos ou internos que se apliquem por força de lei ou 
de contrato ao processo de comissionamento. 

NORMAS TÉCNICAS
Documentos  normativos  estabelecidos  por  consenso  e  aprovado  por  um  organismo 
reconhecido,  que  fornece,  para  uso  comum  e  repetitivo,  regras,  diretrizes  ou  características 
para  atividades  ou  seus  resultados,  visando  à  obtenção  de  um  grau  ótimo  de  ordenação  em 
um dado contexto. 

OPERABILIDADE 
É a medida da qualidade da operação de uma instalação industrial, através do atendimento à 
seus  requisitos  de  desempenho  especificados  enquanto  funcionando  de  forma  estável  e 
confiável 

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OPERAÇÃO ASSISTIDA 
Atividade de apoio às equipes de operação e manutenção do operador após a transferência de 
um SOP, com o objetivo de assegurar que o início da operação seja a continuação segura da 
pré‐operação & partida. 

OPERADOR 
Proprietário da instalação, ou cliente final do ativo em implantação. Não deve ser confundido 
com a atividade funcional de operar uma instalação. Não deve ser confundido com funcionário 
da operação. 

FUNCIONÁRIOS DA OPERAÇÃO TREINADOS
Qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção para executar atividades 
de operação e manutenção nos Sistemas Operacionais testados.  

ORIENTAÇÕES DE PRESERVAÇÃO DOS FORNECEDORES / FABRICANTES
Orientações  passadas  pelos  fabricantes  com  as  recomendações  básicas  para  preservação  de 
equipamentos / itens. O atendimento a essas atividades é pré‐requisito para que a garantia do 
fabricante seja assegurada. 

PARTIDA 
Conjunto de testes de desempenho e de confiabilidade aplicados aos SSOP e SOP de um ativo 
com  o  objetivo  de  comprovar  sua  plena  funcionalidade  e  avaliar  seu  desempenho  em 
condições reais. 

PASTA DE SISTEMA 
Coletânea  ordenada  de  todos  os  documentos  de  comissionamento  relativos  a  um  dado 
sistema ou subsistema operacional. 

PASTA DE TRABALHO 
Conjunto de documentos e informações necessários para orientar e apoiar a realização de uma 
ou mais tarefas de campo, e que deve ser portada pelo respectivo executante.  

PENDÊNCIA 
Qualquer  atividade  pertencente  ao  escopo  do  projeto,  não  realizada  conforme  planejado  ou 
realizado de maneira não conforme. 

PENDÊNCIAS SANADAS E ACEITAS
Pendências  verificadas  em  conjunto  com  o  operador  devidamente  resolvidas  por  parte  do 
executante. 

PLANEJAMENTO DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Conjunto  de  documentos  que  definem  como  a  C&M  de  um  ativo  deverá  ser  organizada, 
coordenada, executada e controlada. 

PLANEJAMENTO DE TREINAMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Atividade  elaborada  pelo  responsável  pelo  processo  de  comissionamento  para  planejar, 
organizar  e  controlar  as  atividades  de  treinamento  de  operação  &  manutenção,  assistência 
técnica de fornecedores e outras atividades similares. 

PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO 
Atividade  que  define  as  diretrizes  para  organização,  coordenação,  execução  e  controle  das 
atividades de comissionamento e gerencia sua aplicação ao longo de todo o processo. 

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PLANEJAMENTO E GESTÃO DE TREINAMENTOS
Atividade  de  identificar  as  necessidades,  planejar,  coordenar  e  controlar  a  aplicação  dos 
treinamentos  operacionais  e  de  manutenção  necessários  ao  funcionamento  do  ativo.  O 
responsável  pelo  comissionamento  aplica  diretamente  os  treinamentos  relativos  aos  SSOP  e 
SOP, cabendo normalmente aos fabricantes os treinamentos dos itens comissionáveis. 

PLANO DE DOCUMENTAÇÃO
Documento  que  descreve  as  atividades  desenvolvidas  nas  etapas  de  execução  e  controle  do 
processo  de  gestão  da  documentação  técnica  de  um  empreendimento.  Tem  como  objetivo 
permitir maior agilidade na execução das atividades de documentação técnica e garantir sua 
entrega ao operador, no padrão acordado. 

PLANO DE GERENCIAMENTO DA INTEGRAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Documento  formal  que  integra  e  coordena  os  demais  planos  do  empreendimento  (escopo, 
prazo, custos, riscos, qualidade, etc.), em uma base sólida e coesa.  

PLANO DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO 
Documento  que  define  como  um  empreendimento  deverá  ser  planejado,  organizado, 
coordenado, executado e controlado de modo a atender ao respectivo documento contratual. 

PLANO DE TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES
Documento  formal  que  contém  os  requisitos  para  a  transferência  da  instalação  negociados 
entre o operador e a engenharia contratada. 

PRÉ‐OPERAÇÃO & PARTIDA 
Conjunto de atividades de campo executadas sobre itens, malhas, subsistemas e sistemas com 
o objetivo de levá‐los da Completação Mecânica até o estágio de operação plena. 

PRESERVAÇÃO 
Conjunto  de  atividades  efetuadas  sobre  o  material  do  ativo  visando  mantê‐lo  em  boas 
condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o momento de 
sua utilização. 

PRESERVAÇÃO DE ITENS COMISSIONÁVEIS 
Conjunto  de  atividades  efetuadas  sobre  os  itens  comissionáveis  do  ativo  com  o  objetivo  de 
mantê‐los  nas  condições  em  que  foram  liberados  nas  instalações  dos  fornecedores  até  o 
momento da preparação para partida (início dos testes de funcionamento). 

PROCEDIMENTOS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Roteiros  descritivos  da  forma  de  execução  das  atividades  de  C&M,  elaborados  pela  empresa 
responsável por esta atividade e liberados para uso pela engenharia. 

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ENERGIAS
Documentos  de  caráter  orientador  voltado  para  o  controle  de  atividades  que  envolvam 
energias perigosas, visando à segurança dos executantes dos testes, da instalação testada e do 
meio ambiente. 

PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE TESTES
Documento  de  caráter  orientador  voltado  para  execução  de  testes,  que  apresenta  a 
sistemática de execução e registro dos resultados dos testes nos itens, malhas, subsistemas e 
sistemas. 

23 
PROCEDIMENTOS DE PRESERVAÇÃO DEFINIDOS
Documento  de  caráter  orientativo  voltado  para  o  processo  de  comissionamento,  que 
apresenta a sistemática de execução das atividades de preservação.  
Os  Procedimentos  de  preservação  devem  ser  detalhados  de  forma  a  permitir  a  execução  da 
atividade  de  preservação  de  itens  detalhando  as  ações  de  curto,  médio  e  longo  prazo,  e 
orientando o executante quanto ao acesso à documentação dos fabricantes. 

PROCEDIMENTOS DE PRESERVAÇÃO LIBERADOS PARA USO
Roteiros  descritivos  da  forma  de  execução  das  atividades  de  preservação,  elaborados  pela 
empresa responsável por esta atividade e liberados para uso pela engenharia. 

PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES DE CAMPO DE COMISSIONAMENTO
Conjunto de atividades relativas ao detalhamento do planejamento de comissionamento, com 
o objetivo de atingir um grau de detalhamento adequado à realização das tarefas de campo de 
preservação, manutenção, condicionamento e PO&P. 

PROJETO DE ENGENHARIA (BÁSICO, FEED OU EXECUTIVO)
Conjunto de dados relativos ao projeto básico, ao FEED (Front End Engineering Design) ou ao 
projeto executivo. Para o gerenciamento e fiscalização de contratos verificam‐se os requisitos 
necessários para definição do produto a ser contratado, dependendo da natureza do contrato.  
No  processo  de  comissionamento  são  utilizadas  as  informações  referentes  ao  projeto  em 
andamento,  por  exemplo,  lista  preliminar  de  sistemas  operacionais,  Rede  de  Precedência 
preliminar e P&ID preliminares. 

PRONTUÁRIOS DE NORMAS REGULADORAS
Compilação dos documentos e registros requeridos pelas Normas Reguladoras Brasileiras (NR) 
ou  outros  regulamentos  similares  aplicáveis  ao  ativo,  normalmente  organizados  por 
equipamento ou por SOP de acordo com os requisitos das normas. 

PT ASSINADAS PELA OPERAÇÃO
Permissões  de  Trabalho  (PT)  são  autorizações,  emitidas  por  escrito  pelo  operador,  para 
execução  de  trabalhos  de  manutenção,  montagem,  desmontagem,  construção,  inspeção  e 
reparo de instalações, equipamentos ou sistemas a serem realizados nos Empreendimentos. 

REDE DE PRECEDÊNCIA DE PARTIDA DE SOP / SSOP
Diagrama  que  apresenta  a  seqüência  de  entrada  em  operação  dos  sistemas  /  subsistemas 
operacionais  do  empreendimento,  levando‐se  em  conta  sua  dependência  funcional  e  a 
seqüência lógica de partida. 

REGISTROS DE EXECUÇÃO DAS ROTINAS
Conjunto de documentos contendo as evidências de aplicação das rotinas de preservação ou 
de manutenção sobre os itens que devam recebê‐las, assim como os campos correspondentes 
da Ferramenta de Integração & Comissionamento preenchidos. 

SISTEMA DE PENDÊNCIAS
Sistema  informatizado  que  provê  suporte  ao  processo  de  identificação,  classificação  e 
saneamento das pendências surgidas na implantação do ativo. 

SISTEMA OPERACIONAL (SOP) 
Conjunto integrado de itens comissionáveis e equipamentos, malhas capazes de efetuar uma 
função  produtiva  ou  de  apoio  ao  processo,  cujo  funcionamento  produz  ou  mantém  uma 
determinada situação, processo, utilidade, ou facilidade operacional em condição segura. 

24 
SUBSISTEMA OPERACIONAL (SSOP) 
Subconjunto  de  um  SOP,  capaz  de  efetuar  a  mesma  etapa  de  processo  com  capacidade, 
redundância ou funcionalidades reduzidas. 

TERMO DE RESPONSABILIDADE OPERACIONAL (TRO) 
Documento  emitido  pela  engenharia  executante  que,  uma  vez  assinado  pela  mesma  e  pelo 
operador,  transfere  a  responsabilidade  pela  operação  de  um  Subsistema  Operacional, 
mantendo‐se as demais responsabilidades com a engenharia. 

TERMO DE TRANSFERÊNCIA DA INSTALAÇÃO – TTI 
Documento  emitido  pela  engenharia  executante  onde  se  oficializa  a  transferência  da 
instalação,  atestando  o  atendimento  às  condições  de  operabilidade  colocadas  sob  sua 
responsabilidade  contrato  de  serviços  do  empreendimento  e  que,  uma  vez  aceito  pela 
operação, marca a transferência do ativo para o operador, representado pela responsabilidade 
sobre o patrimônio e a gerência da instalação passa a ser da operação, não eximindo terceiros 
de suas responsabilidades contratuais. 

TERMO DE TRANSFERÊNCIA E ACEITAÇÃO DE SISTEMAS – TTAS
O Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas é um documento emitido pela engenharia 
executante  para  a  operação,  onde  se  oficializa  a  transferência  de  um  Sistema  Operacional 
(bem como todos os documentos a ele correlacionados, inclusive as pastas de sistemas).  
Este  documento  atesta  a  operabilidade  do  SOP  em  conformidade  com  os  requisitos  de 
performance  estabelecidos  no  projeto.  A  partir  da  assinatura  deste  termo  toda 
responsabilidade pela operação e manutenção do SOP passa a ser do operador.  
Para que a unidade possa ser definitivamente  transferida, é pré‐requisito que todos os SOPs 
tenham sidos transferidos e todos os TTAS assinados. 

TESTE DE ACEITAÇÃO DE PERFORMANCE – TAP
Testes  que  visam  garantir  que  o  desempenho  de  cada  SSOP  seja  compatível  com  as 
especificações  e  requisitos  de  projeto.  Estes  testes  devem  ser  executados  em  condições  de 
operação  as  mais  próximas  possíveis  das  condições  reais,  utilizando  fluido  de  processo 
especificado, quando possível.  
Nesta  avaliação  operacional  de  um  SSOP,  todas  as  suas  funcionalidades  são  testadas  em 
conjunto  e  seu  desempenho  é  medido  e  comparado  com  as  referências  especificadas,  de 
modo a comprovar sua capacidade em todas as condições previstas de operação. 

TESTE DE ACEITAÇÃO EM FÁBRICA – TAF 
Avaliação  de  funcionamento  de  um  equipamento  efetuada  nas  dependências  de  seu 
fabricante  ou  em  instalações  de  teste  especializadas,  com  o  objetivo  de  demonstrar  sua 
conformidade com as especificações contratadas e permitir sua liberação para entrega. 

TESTE DE CERTIFICAÇÃO 
Qualquer  teste  aplicado  a  um  item  comissionável  ou  malha  durante  a  fase  de 
Condicionamento. Substitui o termo “Teste a Frio”. 

TESTE DE CONFIABILIDADE 
Teste efetuado sobre um SOP, durante a fase de Pré‐Operação & Partida, com o objetivo de 
verificar  sua  estabilidade  de  funcionamento  em  condições  normais  de  operação  por  um 
período de tempo prolongado, que quando requerido, é realizado após o TAP. 

25 
TESTE DE FUNCIONAMENTO 
Conjunto de testes realizados em um SSOP ou SOP durante a fase de Pré‐Operação e Partida, 
iniciando‐se  após  a  emissão  do  CCM  e  concluindo‐se  na  aprovação  dos  TAP  aplicáveis. 
Substitui o termo “Teste a Quente”. 

TESTES DE MALHA 
Verificações  efetuadas  sobre  as  malhas  elétricas,  de  instrumentação,  de  telecom  e  de 
tubulação com o objetivo de atestar sua funcionalidade. 
As  verificações  de  continuidade  das  malhas,  realizadas  na  fase  de  Condicionamento,  são 
conhecidas como “blank test”, e as verificações de funcionamento, realizadas na fase de Pré‐
Operação & Partida, como “loop test”. 

TESTES FUNCIONAIS 
Teste  realizado  sobre  itens  comissionáveis  ou  malhas  na  fase  de  Pré‐Operação  &  Partida, 
precedendo  os  Testes  de  Aceitação  de  Performance  (TAP)  do  SSOP  ou  SOP  e  tendo  como 
objetivo atestar o correto funcionamento em vazio daquele item ou malha. 

TRANSFERÊNCIA DE SISTEMA OPERACIONAL 
Evento da entrega de um SOP à operação pela engenharia executante. 

TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES 
A transferência da instalação é um processo que visa ao encerramento da implementação de 
empreendimento e compreende a transferência pela engenharia executante para o operador 
da instalação (ativo) e da responsabilidade integral e única pela gestão da Instalação, sendo a 
assinatura do Termo de Transferência de Instalações (TTI) o principal marco do processo. 

TRATAMENTO DE PENDÊNCIAS 
Execução das ações corretivas determinadas para cada pendência identificada. 

TREINAMENTOS REGISTRADOS
Treinamentos  devidamente  registrados  para  Qualificação  dos  profissionais  das  equipes  de 
operação e manutenção. 

26 
Capítulo 3 – ETAPAS DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO 
3.1 DOCUMENTAÇÃO
Esta  atividade  inclui  a  obtenção  de  todas  as  informações  necessárias  à  preparação  dos 
documentos de apoio às atividades de campo, a elaboração destes documentos, a criação dos 
registros das tarefas de campo, a compilação dos documentos de apoio fornecidos junto com 
os itens comissionáveis e a elaboração dos documentos de entrega das instalações. 
Configuram‐se  elementos  de  entrada  para  elaboração  da  documentação  do  processo  de 
comissionamento os seguintes pacotes mínimos de informações: 
9 Contrato e seus anexos 
9 Projeto de Engenharia (Básico ou FEED ou Executivo) 
9 Plano de Gestão do Empreendimento 
9 Procedimentos de Construção e Montagem 
9 Plano de documentação 
9 Dados de fabricantes de itens comissionáveis 

Durante  o  processo  de  preparação  da  documentação,  os  produtos  (documentos)  de  saída, 
produzidos pela empresa contratada e pela engenharia serão obtidos após o levantamento das 
normas  e  procedimentos  aplicáveis  ao  empreendimento,  e  compreende  a  elaboração,  a 
distribuição,  a  atualização  e  o  arquivamento  dos  documentos  necessários  à  realização  e  ao 
registro  das  atividades  de  campo  do  comissionamento.  Os  tipos  de  documentos  elaborados, 
tipicamente, são: 
9 Listas de itens comissionáveis, sobressalentes, consumíveis e similares 
9 Lista de Sistemas e Subsistemas Operacionais 
9 Rede de Precedência de Partida 
9 Manuais de Operação e de Manutenção 
9 Prontuários de normas reguladoras 
9 Pastas  de  trabalho  (coletâneas  de  documentos  necessários  à  realização  de  uma 
atividade de campo) 
9 Pastas  de  sistemas  (coletâneas  dos  registros  e  certificados  emitidos  para  um  dado 
sistema operacional durante o processo de comissionamento). 
9 Planejamento de treinamento e assistência técnica 
9 Planos (de treinamento, de assistência técnica, etc); 
9 Procedimentos  (de  testes  de  certificação,  de  testes  funcionais,  de  testes  de 
desempenho, etc); 
9 Registros (atestados de realização de testes); 

A  elaboração  destes  documentos  depende  de  informações  provenientes  de  duas  fontes:  a 
empresa  projetista  de  engenharia  e  os  fornecedores  de  equipamentos.  Sem  o  projeto 
executivo  das  instalações  e  os  manuais  dos  equipamentos  (também  conhecidos  como  “data 
books”)  não  é  possível  preparar  a  maior  parte  dos  documentos  do  comissionamento, 
inviabilizando sua execução. A qualidade e a elaboração em tempo hábil destes documentos 
depende,  evidentemente,  dos  primeiros,  e  isto  faz  com  que  também  no  processo  de 

27 
preparação  da  documentação  seja  necessário  um  planejamento  integrado  entre, 
principalmente, as equipes de engenharia e de comissionamento. O exercício descrito no item 
anterior para a integração dos planejamentos de comissionamento e de C&M deve estender‐
se  à  empresa  de  engenharia,  e  as  necessidades  de  informações  do  comissionamento  devem 
ser  claramente  especificadas  nos  contratos  de  fornecimento  de  equipamentos.  Como  boa 
prática neste sentido, cabe incluir no Manual de Comissionamento a lista de documentos de 
engenharia  necessários  ao  comissionamento  e  a  partir  daí  iniciar  a  integração  dos 
planejamentos de emissão de documentos.  

Outras  atividades  deste  processo  de  preparação  da  documentação  visam  colaborar  com  as 
áreas de engenharia e de suprimentos do empreendimento no sentido de reduzir as chances 
de problemas no comissionamento do ativo, em uma típica ação de garantia da qualidade. A 
colaboração com a engenharia se traduz pela participação em estudos como HAZOP e no uso 
sistemático  de  maquetes  eletrônicas  para  antecipar  dificuldades  operacionais  das  futuras 
instalações.  Sugestões  para  introdução  de  pequenas  modificações  no  projeto  executivo  de 
modo  a  facilitar  os  testes  e  a  operação  /  manutenção  das  instalações  também  fazem  parte 
desta  colaboração.  Em  relação  aos  suprimentos,  a  equipe  de  comissionamento  deve  ser 
incluída no circuito de análise dos memoriais descritivos, convites, requisições de materiais, ou 
similares  de  modo  a  sinalizar  eventuais  carências  ou  inconsistências  em  itens  tais  como 
documentação  de  entrega,  sobressalentes,  serviços  de  assistência  técnica,  e  outros 
pertinentes ao campo do comissionamento. 

Os  registros  dos  testes  são  documentos  de  valor  legal  que  comprovam  a  adequação  de  um 
componente,  equipamento  ou  sistema  ao  emprego  a  que  se  destinam.  Acidentes  ou  falhas 
graves podem ser investigados com base nesses registros, e apenas isso seria suficiente para 
definir  sua  importância.  Além  disso,  os  registros  são  dados  de  entrada  para  o  sistema  de 
gestão de manutenção do ativo, constituindo‐se nas primeiras informações sobre a vida útil de 
cada  item.  A  rastreabilidade  das  atividades  executadas  também  depende  da  qualidade  dos 
registros.   

Boa  parte  dos  documentos  produzidos  pelo  comissionamento,  como  prontuários,  manuais  e 
pastas de sistemas fazem parte do escopo do ativo, ou seja, devem ser entregues ao cliente / 
operador no momento da transferência das instalações. Essa entrega é uma das condições da 
Operabilidade. 

3.2 PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO

O comissionamento tem início por esta etapa, que se divide em duas sub‐etapas:  
9 Planejamento de Gestão; 
9 Planejamento Executivo.  

A  primeira  corresponde  ao  início  das  atividades  de  comissionamento  e  tem  como  produto  o 
Manual  de  Comissionamento  do  empreendimento.  Este  documento  define  as  estratégias  e 
procedimentos para planejar, organizar, coordenar, executar e controlar o comissionamento, 
servindo  como  regra  geral  para  a  realização  de  todo  o  processo.  Requer  validação  pelas 
principais partes interessadas que estejam envolvidas ou sejam diretamente afetadas por este 
processo. 

O Manual do Comissionamento deve conter no mínimo os seguintes documentos típicos:  
9 Matriz de Responsabilidades; 
9 Cronograma Geral de Comissionamento; 

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9 EAP (Estrutura Analítica do Projeto) de Comissionamento;  
9 Lista de documentos de comissionamento; 
9 Lista de sistemas e subsistemas; 
9 Rede de Precedência; 
9 Plano de Treinamento; 
9 Plano de Assistência Técnica; 
9 Plano de Comunicação; 
9 Plano de Mobilização; 
9 Plano de QSMS de Comissionamento; 
9 Plano de Contingência de Comissionamento; 
9 Plano de Preservação de Itens Comissionáveis; 
9 Plano de Gestão e Controle de Energias. 

O  Manual  de  Comissionamento  deverá  abranger  o  escopo  completo  dos  serviços,  a  ser 
realizados pela contratada, fabricantes de equipamentos e/ou subcontratadas. A inter‐relação 
entre  a  contratada  e  esses  intervenientes,  no  que  concerne  ao  comissionamento,  também 
deverá ser claramente explicitada no plano. 

Uma vez elaborado e aceito, o Manual será a regra principal para o comissionamento, devendo 
ser mantido atualizado em relação às condições de realização desse trabalho. 

A  fase  executiva  desta  etapa  consiste  na  aplicação  do  Manual  de  Comissionamento  no 
planejamento e gestão do empreendimento, com  a elaboração / detalhamento / atualização 
de todos os documentos necessários à gestão do comissionamento e o gerenciamento de todo 
o processo.  

Prever em contrato o prazo no qual a Contratada deverá apresentar no mínimo os seguintes 
documentos típicos do Planejamento Executivo: 
9 Estrutura Analítica do Projeto atualizada; 
9 Lista final de itens comissionáveis; 
9 Ferramenta de Integração & Comissionamento carregada e atualizada; 
9 Registro do treinamento dos operadores e dos usuários na Ferramenta de Integração 
& Comissionamento; 
9 Folha de Verificação de Itens e Malhas; 
9 Rede de Precedência detalhada e atualizada por sistema; 
9 Conjunto  de  Fluxogramas  de  Processo  (P&ID)  com  identificação  dos  sistemas 
operacionais; 
9 Conjunto de Fluxograma por Sistema Operacional; 
9 Cronograma de Comissionamento detalhado por atividades sistemas e subsistemas, e 
incluindo  a  confirmação  do  planejamento  de  emissão  de  documentos  de 
comissionamento; 
9 Cronogramas com a programação de atividades por disciplina e por sistemas; 

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9 Certificado de Testes Funcionais; 
9 Pedidos / ordens de compras revisados; 
9 Lista de Malhas; 
9 Lista NR‐13 e Dossiês NR‐13; 
9 Lista de Assistência Técnica; 
9 Tabelas de interface com a produção; 
9 Controle de emissão de documentos de comissionamento; 
9 Procedimentos de Comissionamento (Certificação e Funcionamento); 
9 Pastas de sistemas e/ou subsistemas; 
9 Listas de sobressalentes, de consumíveis e de ferramentas especiais; 
9 Manuais de Operação e de Manutenção; 
9 Disponibilizar dados para carregamento do Sistema de Gestão de Manutenção. 

Um  ponto  central  desta  etapa  (e  de  resto  de  todo  o  processo  de  comissionamento)  é  a 
integração  dos  planejamentos  de  comissionamento  e  de  C&M.  Este  último  é  normalmente 
elaborado em uma seqüência direta, tendo como origem a data de abertura de um canteiro de 
obras  ou  equivalente  e  prosseguindo  até  a  conclusão  do  trabalho;  o  primeiro  segue  uma 
seqüência inversa, começando na data desejada de entrada em operação comercial do ativo e 
seguindo até a data de início do processo de comissionamento.  

Atividades típicas desta etapa são:  
9 programação e controle de atividades de campo,  
9 gestão de pendências,  
9 acompanhamento  da  implantação  das  interfaces  externas  ao  ativo  que  afetam  o 
processo,  
9 gestão do treinamento operacional,  
9 gestão da assistência técnica de fornecedores e similares. 

É  freqüente  que  estes  dois  planejamentos  não  sejam  inteiramente  compatíveis  em  suas 
versões iniciais, tornando‐se necessário um esforço conjunto, via de regra liderado pela equipe 
de  comissionamento,  para  integrá‐los.    O  resultado  será  um  planejamento  único  para  o 
empreendimento onde as necessidades de partida do ativo serão levadas em conta pela C&M, 
sem prejuízo das boas práticas desta disciplina. Cabe enfatizar a importância desta integração 
para  o  sucesso  do  empreendimento.  Sem  um  planejamento  integrado  retorna‐se  à  situação 
em que o comissionamento fica refém da C&M, sem conseguir realizar sua missão, e a C&M 
avança em direção ao fim da obra, mas não ao objetivo de negócio do operador. 

3.3. PRESERVAÇÃO

Entende‐se  por  preservação  o  conjunto  de  tarefas  realizadas  com  o  propósito  de  manter  os 
itens  comissionáveis  nas  condições  em  que  foram  entregues  por  seus  fornecedores, 
garantindo‐os em bom estado de conservação até a entrada em operação do ativo, evitando 
gastos com reparos ou novas aquisições, permitindo uma partida rápida, ordenada e segura. 

30 
A etapa tem início após a conclusão dos testes de fabricação, desde a saída destes itens das 
instalações  do  fornecedor  (preservação  de  transporte)  e  prossegue  durante  os  períodos  de 
recebimento  e  armazenagem  no  canteiro  de  obras  e  de  C&M,  até  o  começo  dos  testes 
funcionais, sendo concluída com o início das rotinas de manutenção. 

Envolve um conjunto de rotinas aplicáveis a cada tipo (classe) de item comissionável e técnicas 
de preservação em campo. O término de aplicação da preservação a um item corresponde ao 
início  de  aplicação  das  rotinas  de  manutenção  previstas  para  o  mesmo,  o  que  implica  na 
preparação  destas  rotinas  durante  a  fase  de  C&M.  Também  o  sistema  de  gestão  de 
manutenção deve ser colocado em condições de uso a tempo de permitir a programação e o 
registro  das  ações  de  manutenção  do  primeiro  subsistema  a  iniciar  seus  testes  funcionais. 
Falhas  na  aplicação  da  preservação  e  da  manutenção  podem  implicar  na  perda  da  garantia 
contratual de um item. 

Os  procedimentos  de  preservação  a  serem  empregados  dependem  do  tipo  do  item 
comissionável  e  das  recomendações  dos  respectivos  fornecedores  e/ou  fabricantes  sempre 
que  estas  existirem,  ou  conforme  as  melhores  práticas  já  reconhecidas  e  aplicadas  dessa 
atividade. 

Os  procedimentos  de  preservação 


deverão  explicitar  cada  caso, 
detalhando  as  ações  para  curto,  médio 
e  longo  prazo,  além  de  especificar  os 
materiais  a  serem  utilizados  em  cada 
tipo  de  rotina  de  preservação  (gerar 
lista  de  material  e  insumos  para 
preservação).  

As  condições  de  preservação  deverão 


ser mantidas durante a montagem do item, ou refeitas imediatamente após o encerramento 
desta. Medidas adicionais de proteção devem estar especificadas e as rotinas de preservação 
aos itens já montados definida com o objetivo de identificar e reparar possíveis avarias. 

Todas as atividades e rotinas da preservação deverão ser gerenciadas através de um programa 
informatizado de controle e evidenciadas através de registros. 

Faz‐se  necessário  realizar  auditorias  no  processo  de  preservação  e  nas  reais  condições  de 
preservação  dos  itens.  Os  resultados  destas  auditorias  devem  servir  como  referencial  para 
medição,  avaliação  de  desempenho  e 
eventuais  ações  corretivas  a  serem  aplicadas 
junto à contratada. 

Quando detectada, a falta de preservação de 
um  item  deve  ser  informada  à  empresa 
responsável,  que  deverá  tomar  as  devidas 
ações corretivas.  

Os  procedimentos  de  Preservação  devem 


prever a progressiva passagem das rotinas de 
preservação  para  as  rotinas  de  Manutenção, 
sendo  que  o  carregamento  dos  dados  no 
sistema de Gestão de Manutenção da Operação já deverá estar executado nesta fase. 

31 
A  emissão  do  Certificado  de  Completação  Mecânica  (CCM)  de  um  sistema  não  interrompe  a 
emissão e execução das rotinas de preservação. 

Seguem alguns exemplos de itens sujeitos as rotinas de preservação: 
9 Mecânica 
• Equipamentos  Estáticos:  Vaso,  Torre,  Permutador,  Reator,  Forno,  Tanque, 
Filtro, Esfera e outros.  
• Equipamentos Dinâmicos: Máquinas, Bomba, Compressor, Turbina, Ventilador, 
Exaustor, Misturador/Agitador, Guindaste, Ponte Rolante, e outros. 
• Acessórios  de  Tubulação:  Válvula  Manual,  Filtro  de  Y,  junta  de  expansão, 
Válvula de Retenção, Suporte de Mola, Purgador, e outros. 
9 Elétrica 
ƒ Equipamentos  e  Dispositivos  Elétricos  tais  como:  Painéis  Elétricos, 
Motores  (CC  ou  CA),  Transformadores  (de  corrente,  potências  ou  de 
iluminação),  Barramentos,  Reatores,  Disjuntores,  Baterias, 
Carregadores  de  Bateria,  Instrumentos  (indicadores,  medidores, 
registradores),  Relés,  Retificadores,  Luminárias  de  emergência, 
Botoeiras dentre outros; 
9 Instrumentação e Automação 
ƒ Instrumentos  e  Componentes  tais  como:  Válvulas  (On/Off  e  de 
controle,  solenóides  e  de  segurança  PSV),  Chaves  de  Nível,  Vazão, 
Temperatura,  Pressão,  Seletoras,  Fim  de  Curso;  Transmissores  de 
Nível, Vazão, Temperatura, Pressão, Disco de Ruptura, Chave Seletora; 
Rotâmetros,  Termômetros,  Manômetros,  Termopares,  Analisadores, 
Sensores, Sistemas de Controle e de Intertravamento, Cartões Lógicos, 
Shelter dentre outros.  
9 Segurança 
ƒ Canhões  monitores,  Câmaras  de  monitoramento  (CFTV),  Detectores 
de gases, Salvatagem, Extintores químicos, Sinalização náutica, dentre 
outros.   

Definição dos procedimentos e atividades de preservação 
As tarefas de preservação e sua freqüência de execução variam conforme os tipos (classe) de 
equipamentos  ou  componentes  envolvidos  e  devem  observar  recomendações  especiais  de 
fabricantes e requisitos específicos do cliente. 
 
Os itens preservados devem ser identificados no campo por uma etiqueta indicando as datas 
de execução e da próxima preservação, além da identificação do executante. 
 
Os  procedimentos  de  preservação  devem  definir  a  periodicidade  da  intervenção  de 
preservação, a quantidade de recursos, serviços, ferramentas, materiais e insumos necessários 
para cada atividade de preservação. 

Rotinas de Preservação 
As  rotinas  de  preservação  são  aplicadas  em  diversas  etapas  da  fase  construtiva  do 
empreendimento,  iniciando‐se  ainda  no  fabricante  é  concluindo‐se  na  transferência  dos 

32 
equipamentos juntos com os SOPs ao término do escopo técnico, sendo que as atividades de 
preservação  passam  a  ser  realizadas  pela  operação,  pela  gestão  de  manutenção  dos 
equipamentos. 
9 Rotinas  e  transporte  –  Aplicadas  no  trajeto  entre  as  instalações  do  fornecedor  e  o 
canteiro de obra.  
9 Rotinas de almoxarifado – Aplicadas durante o período em que o item permanece no 
canteiro em local abrigado, fora das atividades de construção & montagem. 
9 Rotinas  de  campo  –  Aplicadas  a  partir  do  momento  em  que  o  item  é  transferido  do 
local de armazenagem para o de montagem, sendo mantidas até o início dos testes de 
funcionamento.  
9 Rotinas de operação – Aplicadas durante o período de pré‐operação & partida. 
9 Rotinas de hibernação – Rotinas especiais aplicáveis a itens que  devam ser  mantidos 
em espera por períodos longos e (possivelmente) em condições desfavoráveis.  
Procedimentos de preservação de transporte 
9 Elaborado pelo fabricante ou respeitando suas recomendações; 
9  Comentado pelo transportador ou pelo fabricante, conforme o caso; 
9  Levam em conta os planos de embarque e de manobra de pesos (“rigging”); 
9  Adequado às condições esperadas de transporte (modal, trajetos, clima, inspeções em 
trânsito); 
9  Levam  em  conta  eventuais  necessidades  de  hibernação  do  material  (local  e  prazo 
previstos para esta condição). 
Observação:  A  correta  execução  deste  procedimento  é  pré‐condição  para  a  liberação  do 
transporte. 
Procedimentos de preservação em canteiro 
9 Elaborado  pelo  comissionador  ou  pelo  montador,  respeitando  as  recomendações  do 
fabricante; 
9  Comentado pela empresa contratante ou pelo comissionador, conforme o caso; 
9  Identifica as rotinas de preservação aplicáveis a cada classe de itens comissionáveis, e 
as respectivas freqüências de aplicação; 
9  Define os materiais de preservação a serem utilizados; 
9  Define a forma de identificação física dos itens preservados (etiquetas) e de registro 
no campo da execução das rotinas. 
Observação:  A  correta  execução  destes  procedimentos  é  pré‐condição  para  a  emissão  do 
Certificado de Completação Mecânica (CCM) e para a transferência de um SOP. 

Programação e controle de preservações 
A  programação  das  atividades  de  preservação  consiste  em  organizar  no  tempo  as  rotinas  de 
preservação de acordo com as recomendações dos fabricantes e boas práticas de engenharia. 
 A programação visa também nivelar os recursos e serviços necessários de forma a otimizar o 
tempo e custo destas operações. 
 

33 
As  responsabilidades  pela  preservação  devem  estar  explicitadas  na  matriz  de 
responsabilidades, determinado quais envolvidos realizam cada atividade, sendo estas: 
9 Fase de preparação para contratação de serviços 
• Requerer  que  estejam  incluídas  as  recomendações  de  preservação  nas 
contratações  de  equipamentos  e  materiais  para  as  aquisições  de 
responsabilidade  da  contratante,  assim  como  nas  de  responsabilidade  das 
contratadas; 
• Estabelecer  claramente  as  informações  a  serem  transferidas  para  a 
manutenção; 
• Definir a metodologia de transferências das atividades de preservação para as 
atividades de manutenção; 
• Verificar se as recomendações de preservação constam de todas as minutas e 
anexos dos contratos; 
• Verificar,  nas  Requisições  de  Materiais  (RM),  se  as  recomendações  de 
preservação foram incluídas antes das contratações.  
9 Fabricação e entrega 
• Cabe ao setor responsável pela liberação de fábrica garantir que os itens sejam 
preservados para transporte conforme as recomendações aplicáveis; 
• Implementar  a  preservação  para  transporte  conforme  as  recomendações 
aplicáveis. 
9 Construção & Montagem 
• Verificar e registrar as condições de recebimento dos itens; 
• Implementar a preservação conforme as recomendações aplicáveis a partir da 
Inspeção de Recebimento; 
• Preservar  os  itens  não  aceitos  na  Inspeção  de  Recebimentos  enquanto 
estiverem sob sua guarda; 
• Fiscalizar  e  auditar  os  procedimentos  e  a  execução  da  preservação  pela 
contratada. 
9 Pré‐Operação & Partida 
• Retirar  o  equipamento  das  condições  de  preservação  e  prepará‐lo  para  os 
testes de funcionamento; 
9  Transição para Manutenção 
• Certificar  a  qualidade  dos  dados  para  carregamento  no  sistema  de  gestão  de 
manutenção do cliente; 
• Colocar à disposição da Operação os dados certificados; 
• Carregar os dados certificado no sistema de gestão de manutenção. 

34 
Critérios de medição dos serviços de preservação 

 Tipos de  Formação do 
Medição  Vantagens  Inconvenientes 
contrato  preço 

Dificuldade de 
Tarifas horárias  Flexibilidade em 
Preço  RDO endossado  medição e de 
ou por  quantidade e 
unitário  pelo fiscal  controle da 
atividade  tempo 
qualidade 
Valor fixo para  Transferência do  Controle da 
 Preço  Parcelas mensais 
um dado  risco e facilidade  qualidade e 
fechado  fixas 
escopo  de medição  ajustes de escopo 
Transferência do 
Parcelas mensais 
Valor fixo para  risco, facilidade de 
 Preço  variáveis em 
um dado  medição e  Ajustes de escopo 
fechado  função de 
escopo  controle da 
auditorias 
qualidade 
 

Perfil da equipe de preservação de canteiro 
9 Coordenador – técnico sênior com experiência mínima de cinco anos em Preservação e 
formação  de  base  em  Mecânica,  Eletricidade  ou  Instrumentação,  tendo  também 
experiência em planejamento & controle. 
9  Supervisores – técnicos plenos com pelo menos três anos de experiência na atividade 
de Preservação, com formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação, 
tendo a capacitação para organizar a equipe com um de cada especialidade. 
9  Técnicos – formação em Mecânica, Eletricidade e Instrumentação. 
9  Ajudantes – carpinteiros, lubrificadores e auxiliares de serviços gerais 

3.4. CONDICIONAMENTO

Conjunto  de  tarefas,  conhecidas  coletivamente  como  Testes  de  Certificação,  realizadas  em 
todos os itens comissionáveis e malhas da instalação, com o objetivo de certificar que os itens 
comissionáveis e os subsistemas operacionais 
encontram‐se  aptos  a  iniciar  seus  testes 
funcionais,  na  fase  de  Pré‐operação  & 
Partida, visando anteriormente a Certificação 
de Completação Mecânica.   

Esta  fase  desenvolve‐se  durante  a  C&M,  e 


engloba  também  os  Testes  de  Aceitação  em 
Fábrica  dos  equipamentos  e  sistemas 
principais,  sendo  a  conclusão  das  tarefas  de 
condicionamento organizada por subsistemas 
operacionais (SSOP), e quando todos os itens 
e  malhas  de  um  dado  SSOP  foram 
submetidos  satisfatoriamente  a  todas  as  tarefas  previstas  de  condicionamento  a  primeira 
condição  para  a  emissão  do  Certificado  de  Completação  Mecânica  deste  SSOP  é  atendida.  A 

35 
emissão  do  CCM  é  condição  necessária  para  declarar  encerrada  a  atividade  de 
Condicionamento sobre um SSOP. 

 As demais condições para a declaração da Completação Mecânica de um SSOP são: 
9 encerramento das atividades de montagem;  
9 disponibilidade da documentação; 
9 meios físicos e dos recursos humanos necessários para a execução da Pré‐operação & 
Partida; 
9 inexistência  de  pendências  impeditivas  ao  início  dos  testes  de  funcionamento 
previstos.  

Esta fase engloba tipicamente as atividades: 
9 teste de aceitação de fábrica (TAF); 
9 inspeção de recebimento calibrações de válvulas e instrumentos; 
9 inspeção física; 
9 testes de malhas com injeção de sinais (“blank tests”); 
9 limpeza e recomposição; 
9 atendimento as normas regulatórias tais como NR‐10 e NR‐13, portarias do INMETRO, 
entre outras; 
9 aferição e calibração de instrumentos e de componentes elétricos; 
9 testes  estáticos  de  tubulações,  componentes  mecânicos  e  cabos  elétricos,  entre 
outros.  
9 testes hidrostáticos e de estanqueidade de tubulações; 
9 testes de continuidade e de isolamento de cabos elétricos; 
9 testes de válvulas; 
9 testes de bancada, calibração e parametrização de componentes elétricos. 

O  Condicionamento  se  completa  com 


tarefas  documentais,  particularmente 
ligadas  à  montagem  de  prontuários  e  à 
compilação de documentos de fornecedores 
com vistas à fase de testes.  

A  completação  mecânica,  por  sua  vez, 


consiste  em  uma  ação  de  verificação  de 
conformidade que atesta o final de todas as 
tarefas de montagem, de todos os testes de 
certificação  e  de  todos  os  requisitos 
documentais  e  organizacionais  necessários 
para que um subsistema seja declarado apto a iniciar seus testes funcionais.  

Os dados necessários para a realização da fase de condicionamento, entre outros, são obtidos 
em: 
9 Procedimentos de execução de testes 

36 
9 Lista de Sistemas Operacionais 
9 Cronograma do empreendimento 
9 Listas de itens comissionáveis, sobressalentes, consumíveis e similares 
9 EAP detalhada 

E os registros do condicionamento são encontrados em: 
9 Certificados de completação mecânica assinados 
9 Certificados de Testes e Calibrações preenchidos 
9 Pendências sanadas e aceitas 
9 Informações atualizadas na FIC 
9 Fichas de Verificação de Item e de Malha 

Perfil da equipe de Condicionamento 
9 Coordenador  –  Engenheiro  com  experiência  mínima  de  cinco  anos  em 
Comissionamento,  com  formação  de  base  em  Mecânica,  Tubulações,  Eletricidade  ou 
Instrumentação, além de experiência em planejamento & controle; 
9  Supervisores – engenheiros ou técnicos com pelo menos três anos de   experiência  em 
Preservação,  com  formação  de  base  em  Mecânica,  Tubulações,  Eletricidade  ou 
Instrumentação,  tendo  a  capacitação  para  organizar  a  equipe  com  um  de  cada 
especialidade. 
9  Técnicos – formação em Mecânica, Tubulações, Eletricidade e  Instrumentação. 
9  Ajudantes – mecânicos, eletricistas e auxiliares de serviços gerais 

Procedimentos de Condicionamento 

São elaborados pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as   recomendações  do 


fabricante,  devendo  ser  comentados  pela  empresa  contratante  dos  serviços  ou  pelo 
comissionador,  especificando  os  testes  de  certificação  aplicáveis  a  cada  família  de  itens 
comissionáveis, e as respectivas condições de aplicação. 

A  correta  execução  destes  procedimentos  é  pré‐condição  para  a  emissão  do  Certificado  de 
Completação Mecânica. 

O conteúdo típico dos procedimentos de condicionamento pode ser listado como abaixo:  
9 Normas  e  regulamentos  de  referência  (obrigatórios  e  eletivos),  com  transcrição  dos 
itens diretamente utilizados; 
9 Lista de equipamentos, ferramentas e materiais necessários ao teste, juntamente com 
as respectivas especificações; 
9 Lista de documentos de apoio necessários ao teste; 
9 Equipe necessária, incluindo suas qualificações; 
9 Condições ambientais e de segurança necessárias ao teste; 
9 Atividades predecessoras e interfaces necessárias ao teste; 
9 Passo a passo de realização do teste, incluindo a forma de registrar seus resultados. 

37 
Procedimentos de TAF – Teste de Aceitação em Fábrica 

Os  Testes  de  Aceitação  em  Fábrica  englobam  as  verificações  finais  de  componentes  / 
equipamentos  nas  instalações  dos  fornecedores,  tendo  como  objetivo  atestar  a  sua 
funcionalidade antes da liberação para embarque dos mesmos para o empreendimento. 

 Os  critérios  para  a  identificação  e  requisitos  que  determinam  quais  os  itens  a  serem 
submetidos  à  TAF  é  de  responsabilidade  do  planejamento  do  Comissionamento  e  o 
procedimento  de  teste  é  normalmente  elaborado  pelo  fabricante,  mas  deve  ser  comentado 
pelo comissionador. 

Normalmente, os critérios que determinam a quais os item passarão por TAF são semelhantes 
aos que determinam se um item comissionável é crítico, sendo alguns destes motivos: 
9 Alta complexidade; 
9 Importância crucial para o processo da instalação; 
9  Exclusivo ou nova tecnologia; 
9  Longo prazo de entrega; 
9  Alto custo; 
9  Logística complexa para entrega 

 O registro de um TAF faz parte do histórico do item e deve ser arquivado na Pasta de Sistema 
respectiva. 

Inspeções de Recebimento  

É  a  verificação  quantitativa  e  qualitativa,  realizada  por  ocasião  do  recebimento  dos  itens 
comissionáveis  e  módulos,  quando  de  sua  chegada  ao  local  de  aplicação  e  antes  de  sua 
admissão  nas  áreas  de  armazenagem,  tendo 
como  finalidade  atestar  sua  conformidade 
com a documentação contratual e de projeto, 
bem  como  a  ausência  de  avarias  e  as 
condições especificadas de preservação.  

Tipicamente  verifica  a  conformidade  com  a 


respectiva  Ordem  de  Compra,  a  condição 
física  do  material  e  dos  documentos,  não 
tendo  como  atribuição  verificar 
funcionamento nem desempenho. 
9 Inspeção quantitativa: 
• Verificação  da  documentação  técnica  que  acompanha  o  item,  conforme 
definido na Requisição de Material (RM); 
• Verificação da entrega de todos os itens que constam no romaneio; 
• Conferência dos sobressalentes e de ferramentas especiais conforme Lista de 
Documentos (LD) de contrato. 
9 Inspeção qualitativa: 
• Verificação das condições de embalagem e de preservação; 

38 
• Verificação visual das condições do equipamento e verificação da existência de 
avarias. 

A Inspeção de Recebimento é registrada nas Folhas de Verificação de Itens (FVI) incluídos no 
fornecimento, e as rotinas de preservação devem ser iniciadas a partir deste registro. 

As pendências de recebimento devem ser registradas no Controle de Pendências para as ações 
corretivas cabíveis, e os itens com pendências devem ser mantidos em local segregado até que 
as mesmas tenham sido sanadas. 

Atendimento a normas e regulamentos  

Os procedimentos de condicionamento devem estar em conformidade com todas às Normas 
Reguladoras  (NR)  do  Ministério  do  Trabalho  aplicáveis  ao  empreendimento,  mas, 
particularmente, devem atender obrigatoriamente em registros específicos as normas: 
9 NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 
9 NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão 
9 NR 26 – Sinalização de Segurança 

Além  das  normas  NR,  os  procedimentos  devem  estar  em  conformidade  com  normas  e 
regulamentos  de  outras  entidades  que  sejam  adotadas  no  empreendimento  (Sociedades 
Classificadoras, ASME, ∙ASHRAE, etc), e explicitadas em contrato. 

Procedimentos de certificação de tubulações e equipamentos 

Os testes de pressão de tubulações e equipamentos deverão ser definidos em procedimentos 
pela  empresa  contratada  a  serem  comentados  e  aprovados  pela  fiscalização  da  empresa 
contratante,  sendo  que  a  fiscalização  acompanhará  e  testemunhará  a  execução  de  todos  os 
testes de pressão (hidrostáticos ou pneumáticos).  

Estes  testes  têm  como  objetivo  garantir  a  integridade  estrutural  das  tubulações  e 
equipamentos quando submetidas às respectivas pressões de teste. 

Os certificados dos testes deverão ser assinados por todas as partes envolvidas. 
9 Testes hidrostáticos – realizados sobre trechos isobáricos de tubulações (linhas) com o 
objetivo de atestar a resistência mecânica do conjunto  montado; 
9 Testes pneumáticos – utilizados em situações especiais onde um teste   hidrostático 
não possa ser realizado, e sob condições controladas; 
9 Testes de estanqueidade – realizados após o final da montagem de uma linha, para a 
verificação das condições de vedação da mesma. Podem ser aplicados em acessórios 
de fechamento como portas de visita e similares; 
9 Limpeza  (“flushing”)  –  procedimentos  que  buscam  assegurar  a  ausência  de  detritos, 
contaminantes  e  corrosão  no  interior  das  tubulações  montadas.  A  sopragem  de 
circuitos de vapor é um tipo específico de limpeza de   tubulações; 

Procedimentos para limpeza interna tubulações e equipamentos

Os  métodos  de  limpeza  interna  de  tubulações  e  equipamentos  deverão  ser  definidos  em 
procedimentos pela empresa contratada a serem comentados e aprovados pela fiscalização da 

39 
empresa  contratante,  sendo  que  a  limpeza  deverá  ser  certificada  através  de  atestado 
específico.  

Para  casos  específicos  e  previamente  definidos  em  contrato  pela  fiscalização,  as  evidências 
deverão  ser  certificadas  por  meio  de  registros  com  a  utilização  de  Sistema  de  Circuito  de 
Controle de TV (CCTV), ou videoboroscopia. 

Procedimentos de certificação para calibração de válvulas e instrumentos  

Válvulas  de  segurança  e  alívio  deverão  ter  sua  calibração  verificada  antes  da  montagem 
independentemente  da  existência  de  certificados  de  calibração  emitidos  pelo  fabricante,  em 
conformidade  com  a  NR‐13.  As  válvulas  reprovadas  na  verificação  de  campo  devem  ser 
reparadas  ou  substituídas  conforme  Procedimento  Específico  previamente  aprovado  pela 
fiscalização.  

Todos os instrumentos a serem instalados deverão ser aferidos antes da montagem, de acordo 
com as normas aplicáveis. Cabe à fiscalização definir eventuais exceções a este critério, assim 
como  o  tratamento  a  ser  dado  aos  instrumentos  integrantes  de  equipamentos  ou  conjuntos 
montados (skids) que sejam entregues certificados pelos fabricantes. 

Caso estes instrumentos tenham sido removidos ou sujeitos a ações que possam comprometer 
sua calibração os mesmos deverão ser necessariamente aferidos. 
9  Testes de válvulas – realizados sobre válvulas de segurança, de alívio de pressão, de 
estanqueidade total e similares com o objetivo de atestar suas  condições de operação; 
9  Aferição  –  efetuada  sobre  os  instrumentos  de  medição  de  temperatura,  pressão, 
vazão e nível com o objetivo de certificar sua calibração. Instrumentos não aprovados 
devem ser calibrados. 

Procedimentos de certificação de equipamentos mecânicos  
9 Verificações  de  conformidade  – 
realizadas  sobre  equipamentos  como 
bombas,  compressores,  dosadores  e 
similares para atestar a conformidade 
de aspectos como:  
• Nivelamento e alinhamento 
• Suportação e fixação 
• Acessibilidade 
• Elementos filtrantes, vedantes e isolantes 
• Conexões 
• Acessórios 
• Limpeza 

Procedimentos de certificação de componentes elétricos  
9 Testes de cabeamento 
• Testes  de  Isolamento  –  verificação  da  resistência  de  isolamento  de  cabos, 
motores  e  outros  componentes  elétricos,  tais  como:  todos  os  condutores  e 
cabos  de  potência,  controle,  intertravamento  e  comunicações,  que  deverão 

40 
ter  sua  condição  de  isolamento  atestada  após  o  seu  lançamento  no  leito 
conforme projeto. 
• Testes  de  continuidade  –  confirmação  de  que  os  condutores  elétricos  estão 
íntegros e conectados nos terminais corretos em ambas as extremidades, tais 
como  os  condutores  e  cabos  de  potência,  controle,  intertravamento, 
comunicações  e  aterramento,  que  deverão  ter  sua  condição  de  continuidade 
elétrica  atestada.  Os  testes  de  continuidade  deverão  ser  executados  após  a 
realização dos testes de isolamento. 
9 Testes  de  aterramento  –  verificação  das  condições  de  aterramento  de  todos  os 
equipamentos elétricos, que deverão estar conectados à terra conforme especificado, 
tais como: equipamentos, tubulações e estruturas metálicas. 
9 Sentido de rotação – verificação da correta conexão dos terminais dos  motores 
elétricos (sem operação dos mesmos);  
9 Calibração / parametrização – ajuste dos parâmetros de operação de   componentes 
como relés e disjuntores  
9 Transformadores – conferência da conformidade entre a polaridade de placa   e  da 
polaridade real dos enrolamentos, existência de curto circuitos ou circuitos abertos; 
9  Carga de baterias – verificação das condições de baterias recarregáveis; 
9  Condições  mecânicas  –  verificação  do  estado  dos  elementos  mecânicos  e  do 
funcionamento correto das partes móveis dos componentes.   

Procedimento de testes de certificação em malhas de controle e comunicação  

 Simulação operacional – aplicada a malhas de potência e de controle   através  da  simulação 


de sinais, para verificação de seu funcionamento conforme especificado. 
9 Testes com injeção de sinal (Blank tests) 
• Na  fase  de  Condicionamento,  após  a  montagem  e  interligação  de 
equipamentos elétricos, todas as malhas de potência, aterramento, controle, 
intertravamento  e  comunicações  deverão  ser  testadas  através  da  injeção  de 
sinal  ou  outra  forma  que  garanta  sua  continuidade.  O  conjunto  destas 
atividades é denominado como blank test.  
• Estes  testes  são  aplicados  conforme  planejamento  antecipado  e  após  a 
conclusão  das  malhas  respectivas 
do sistema a ser testado. 
9 Testes de simulação (Loop Tests)  
• Após  a  completação  mecânica,  ou 
seja,  somente  na  fase  de  Pré‐
Operação  &  Partida,  todas  as 
malhas  de  potência,  controle, 
intertravamento  e  comunicações 
deverão ter seu funcionamento simulado, desde as conexões ao processo dos 
instrumentos e válvulas, incluindo os sistemas de controle e intertravamento, 
passando pelo sistema supervisório. 
• Esta  simulação  pode  ser  executada  de  diversas  formas,  tais  como:  simulação 
de  processo,  simulação  de  variáveis,  atuação  nas  válvulas  e  motores,  e 
simulação dinâmica através de uso de softwares para este fim. 

41 
Certificado de Completação Mecânica – CCM 

A  Completação  Mecânica  representa  a  transição  entre  as  fases  de  Condicionamento  e  Pré‐
Operação & Partida, sendo caracterizada ao nível de sistema ou subsistema operacional. 

Um  sistema  ou  subsistema  operacional  receberá  um  Certificado  de  Completação  Mecânica 
(CCM) quando atendidas no mínimo as seguintes condições: 
9 Todas  as  ações  de  Construção  e  Montagem  previstas,  incluindo  a  identificação  dos 
itens comissionáveis (tubulações, equipamentos, instrumentos, etc.) para este sistema 
ou  subsistema  operacional  terem  sido  concluídas  e  certificadas,  sem  pendências 
impeditivas ao início da Pré‐Operação & Partida; 
9 Todas  as  ações  de  condicionamento  previstas  para  os  itens  comissionáveis  deste 
sistema  ou  subsistema  terem  sido  executadas,  certificadas  e  registradas  na 
Ferramenta de Integração & Comissionamento; 
9 Os  Registros  e  Certificados  correspondentes  às  ações  acima  estarem  assinados  e 
arquivados na Pasta de Sistema correspondente; 
9 Os comprovantes de atendimento a requisitos legais estarem disponíveis e arquivados 
na Pasta de Sistema; 
9 Prontuários referentes a Normas Regulamentadoras aplicáveis estarem concluídos, tais 
como NR‐10 e NR‐13, inclusive para materiais e equipamentos importados; 
9 Documentação de projeto dos itens comissionáveis proveniente dos fabricantes deste 
sistema ou subsistema. 

A  partir  da  emissão  deste  Certificado,  ações  de  Construção  &  Montagem  neste  sistema  ou 
subsistema  só  poderão  ser  executadas  mediante  prévia  autorização  da  fiscalização  incluindo 
saneamento de pendências não‐impeditivas. 

Os componentes sujeitos a testes de certificação devem ser identificados por etiquetas, com 
data e responsável pela execução dos serviços.  

Caso  ocorram  novas  ações  de  Construção  &  Montagem  que  afetem  as  atividades  de 
Condicionamento  já  efetuadas,  um  novo  Certificado  de  Completação  Mecânica  deverá  ser 
emitido. 

Certificados cancelados ou substituídos deverão ser mantidos na Pasta do Sistema, para fins de 
rastreabilidade. 

Os Certificados de Completação Mecânica deverão ser emitidos pela empresa contratada após 
aplicação  de  Lista  de  Verificação  (LV)  pela  fiscalização,  sendo  que  o  CCM  não  poderá  ser 
emitido  caso  existam  pendências  impeditivas  ao  prosseguimento  do  Processo  de 
Comissionamento. 

42 
3.5 PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA

A  Pré‐operação  &  Partida  é  o  conjunto  de  atividades  efetuadas  sobre  itens  comissionáveis, 
malhas,  SSOP  e  SOP  com  o  objetivo  de  avaliar  suas  condições  de  funcionamento  e  de 
desempenho e permitir a transferência dos SSOP / SOP para a operação.  

A PO&P é organizada em torno dos SSOP / SOP e da Rede de Precedência de Partida e se inicia, 
para  cada  SSOP,  a  partir  do  encerramento  formal  do  condicionamento  do  mesmo,  ou  seja, 
após a emissão do Certificado de Completação Mecânica – CCM. 

Quando  necessário,  o  início  da  Pré‐operação  &  Partida  requer  também  a  emissão  da 
Autorização de Testes Funcionais (ATF), o qual tem como pré‐requisito a existência do CCM do 
SSOP correspondente assinado. A emissão do ATF consiste em uma autorização para entrada 
em pré‐operação dos SSOPs em testes que apresentem interfaces críticas com outros SOPs / 
SSOPs em operação contínua. 

As atividades típicas de PO&P incluem: 
9 testes de funcionamento em vazio de equipamentos dinâmicos; 
9 testes de equipamentos elétricos com uso de energia; 
9 testes de funcionamento de malhas; 
9 testes de intertravamento lógico; 
9 testes de desempenho 

Os testes de desempenho avaliam as condições operacionais e o atendimento aos parâmetros 
especificados  de  desempenho  de  SSOP  e  SOP  nas  condições  mais  próximas  possíveis  das 
normais de operação, sendo consolidados nos Testes de Aceitação de Performance (TAP).  

A  realização  satisfatória  dos  TAPs  de  todos  os  SSOP  que  compõem  um  SOP  é  a  primeira 
condição  para  que  o  respectivo  Termo  de  Transferência  e  Aceitação  de  Sistemas  (TTAS)  seja 
emitido  e  assinado,  caracterizando  o  final  da  atividade  de  PO&P  naquele  SOP  e  sua 
transferência para a operação.  

Para  permitir  a  partida  mais  rápida  do  ativo  o  TTAS  é  dividido  em  Provisório  (TTAS  1)  e 
Definitivo  (TTAS  2),  sendo  a  diferença  entre  ambos  a  existência  ou  não  de  pendências 
impeditivas à transferência final do ativo para a operação (pendências impeditivas à operação 
normal do SOP, constatadas nos TAP, impedem a emissão do TTAS 1).  

O conjunto de documentos e informações necessários à execução da fase de Pré‐Operação & 
Partida, são entre outras: 
9 Certificados de completação mecânica assinados 
9 Autorizações para Teste de Funcionamento (ATF) quando aplicável 
9 Lista de Sistemas Operacionais 
9 Rede de Precedência de Partida 
9 Manuais de Operação e de Manutenção 
9 Cronograma do empreendimento 
9 EAP detalhada 
9 Procedimentos de execução de testes 

43 
9 Manuais de equipamentos 

Sendo o conjunto de resultados desta etapa listada abaixo: 
9 Operadores treinados 
9 Teste de Aceitação de Performance (TAP) 
9 Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS) 
9 Itens de conhecimento para registros de lições aprendidas 

Como  mencionado  anteriormente,  as  atividades  de  Pré‐Operação  &  Partida  são  executadas 
sobre itens, malhas, sistemas e subsistemas operacionais (SOP e SSOP). 

A  PO&P  é  composta  pelo  conjunto  de  atividades  executadas  com  o  objetivo  de  realizar 
verificações  e  testes  nas  condições  de  funcionamento  do  SOP,  sendo  a  Partida  dos  SSOPs 
caracterizada  pela  realização  dos  testes  finais  de  performance  (TAP),  estendendo‐se  até  a 
comprovação do atendimento às especificações de projeto. 

A  transição  para  o  início  e  término  da  etapa  de  Partida  deve  ser  negociada  entre  a  empresa 
contratada e a operação, com as condições definidas anteriormente em contrato. 

Em função das relações de dependência entre sistemas, as atividades desta fase devem seguir 
a seqüência definida no cronograma de comissionamento, que tem como referência básica a 
rede de precedência de subsistemas e sistemas operacionais. 

A seguir são descritas atividades típicas a serem desenvolvidas durante esta fase: 

Preparação de Equipamentos 

Após  a  emissão  e  assinatura  do  CCM  para  um  determinado  SSOP,  são  iniciadas  as  rotinas  e 
procedimentos necessários para colocar os equipamentos que pertencem ao respectivo SSOP 
em condição de Testes de Funcionamento. 

Quando a preparação implicar na interrupção das atividades de preservação, as atividades e os 
registros de manutenção deverão ser iniciados.  

A preparação compreende, no mínimo, as seguintes atividades: 
9 Retirada da preservação; 
9 Aplicação do plano de raqueteamento; 
9 Instalação / remoção de itens ou acessórios temporários; 
9 Carregamento de consumíveis; 
9 Atendimento ao plano de Controle de Energias. 

Uma vez preparados os equipamentos para a execução dos Testes de Funcionamento, deve ser 
emitido  o  documento  ATF  (Autorização  Para  Testes  de  Funcionamento),  que  comunica  as 
partes  envolvidas  e  autoriza  o  início  das  atividades  em  um  SSOP  e  malhas  Devido  a 
particularidades do projeto este documento pode ser não aplicável, entretanto a dispensa do 
mesmo deve estar prevista em cláusula contratual. 

44 
Testes de intertravamento lógico 

Os testes de intertravamento lógico são executados para cada SSOP, de modo a assegurar que 
todos  os  recursos  e  dispositivos  de  intertravamento  e  segurança  estejam  em  funcionamento 
adequado, antes da liberação das instalações para a execução dos Testes Funcionais. 

Testes funcionais 

Testes  funcionais  consistem  nos  acionamentos  de  equipamentos  e  instalações,  alimentados 


pelas energias definitivas. 

Os testes funcionais devem atestar a correta operação das funcionalidades dos itens, conjunto 
de itens, malhas, sistemas e subsistemas operacionais. Devem fazer parte dos testes funcionais 
pelo menos: 
9 Atuação dos dispositivos de segurança e controle; 
9 Movimentação em vazio de todos os atuadores mecânicos, hidráulicos e pneumáticos; 
9 Rotação em vazio de motores e demais equipamentos dinâmicos; 
9 Atuação de disjuntores, relés e contatores; 

Os testes funcionais devem ser realizados no sistema supervisório, a partir da sala de controle, 
e  somente  serão  considerados  satisfatórios  quando  todas  as  funções  desse  sistema  tiverem 
sido avaliadas com sucesso. 

Teste de Aceitação de Performance (TAP) 

Os Testes de Aceitação de Performance (TAP) têm como objetivo garantir que o desempenho 
de cada SSOP seja compatível com as especificações e requisitos de projeto. 

A liberação para execução dos Testes de Aceitação de Performance (TAP) requer, ao menos, os 
seguintes itens: 
9 Registros dos testes funcionais dos componentes do SSOP; 
9 Registro dos testes de intertravamento lógico; 
9 Inexistência de pendências impeditivas. 

Estes  testes  devem  ser  executados  em  condições  de  operação  o  mais  próximo  possível  das 
condições reais, utilizando fluido de processo especificado, quando possível. 

Os  resultados  dos  TAP  devem  ser  registrados  e  comparados  aos  parâmetros  de  projeto,  os 
quais  poderão  ser  analisados  conjuntamente  pela  fiscalização,  pela  operação  e,  quando 
aplicável, por entidade classificadora / reguladora. 

Uma vez concluídos satisfatoriamente os TAP1 (por exemplo, quando da conclusão e aceitação 
dos testes com fluido seguro) para um determinado SSOP, o usuário final da instalação pode 
optar por assumir a operação do mesmo para a execução dos TAP subseqüentes (com fluido 
de processo, por exemplo). Para estes casos, recomenda‐se a utilização do documento Termo 
de  Responsabilidade  Operacional  (TRO),  que  transfere  a  responsabilidade  operacional  do 
SSOP,  mantendo  a  responsabilidade  técnica  com  a  empresa  contratada.  A  assinatura  deste 
termo,  entretanto,  não  exime  a  necessidade  de  assinatura  dos  Termos  de  Transferência  e 
Aceitação  de  Sistemas  (TTAS)  após  a  conclusão  de  todos  os  testes  aplicáveis  ao  respectivo 
SSOPs / SOP. 

45 
Teste de Longa Duração (TLD)  

O  teste  de  longa  duração  de  um  determinado  SOP  consiste  no  acompanhamento  do 
funcionamento  em  operação  normal  durante  um  período  pré‐definido  contratualmente. 
Nestes  testes  é  avaliada  a  ocorrência  de  falhas  relevantes  pré‐definidas  em  documentos 
contratuais.  No  caso  de  ocorrência  de  falhas  relevantes,  após  a  correção  das  mesmas,  o 
período de duração do teste deve ser reiniciado. 

Treinamento de operadores 

Os  treinamentos  para  qualificação  dos  profissionais  das  equipes  de  operação  e  manutenção 
deverão ser previamente definidos no Plano de Treinamento. Os treinamento teóricos deverão 
ser realizados previamente aos Testes Funcionais e complementados com treinamento prático 
durante os Testes de Aceitação de Performance. 

Para  a  realização  dos  treinamentos,  a  empresa  contratada  deverá  informar  o  operador 


previamente,  com  a  antecipação  definida  em  contrato,  a  programação  de  testes  de  forma  a 
permitir  ao  usuário  da  instalação  contratar  ou  prover  operadores  para  o  evento,  bem  como 
serão necessários que os Manuais de Operação & Manutenção dos SOPs / SSOPs em questão 
estejam prontos e aprovados pela Operação. 

3.6. TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS OPERACIONAIS

Premissas 

Durante  FEL  III  do  empreendimento,  na  elaboração  dos  documentos  contratuais  para  a 
contração  de  serviços  em  FEL  IV,  a  empresa  contratante  deve  determinar  uma  relação  de 
critérios para transferência e aceitação dos SOPs. 

Estes critérios devem levar em consideração alguns dos seguintes aspectos: 
9 Lista preliminar de SOPs, se possível com SSOP; 
9 Rede de Precedência preliminar dos SOPs; 
9 Definição dos critérios para a divisão dos SOPs em SSOPs; 
9 Elaboração de Rede de Precedência preliminar de SSOPs, quando possível; 
9 Definição prévia dos SSOPs que deverão ser previamente operados de modo a permitir 
a  continuidade  dos  testes,  antes  mesmo  do  SOP  estar  pronto  para  partida,  e 
conseqüentemente para a operação estável e segura; 

Quando  ocorrer  em  um  empreendimento  já  em  andamento,  sem  que  as  premissas  acima 
tenham sido efetivadas em FEL III do projeto, pode‐se restabelecer o planejamento e execução 
das  atividades  e  as  condições  necessárias  que  possibilitem  realinhar  o  escopo  do  projeto,  e 
promover  a  correção  do  Processo  de  Comissionamento,  visando  atender  às  necessidades  de 
início de operação estável e segura pela operação, e às características construtivas e de testes. 

Planejamento 

Considerando que um SOP deve ser transferido quando o mesmo estiver operando de forma 
estável  e  segura,  após  ter  atingido  a  performance  em  todos  os  testes  realizados,  deve‐se  o 
planejamento de Pré‐Operação & Partida dos SOPs a partir da rede de precedência preliminar 
previamente estabelecida. 

46 
A importância do planejamento de Pré‐operação & Partida dos SOPs é grande na medida em 
que este permite à elaboração dos demais planos necessários tais como: 
9 Plano de Mobilização de Operadores; 
9 Plano de Treinamento dos Operadores; 
9 Plano de Entrega de Manuais de O&M dos SOPs; 
9 Plano de Testes de Aceitação de Performance (TAP). 

Estes documentos deverão estar incluídos no Manual do Comissionamento 

Fluxo de transferência de sistemas recomendável 

A transferência de um SOP consiste na troca de responsabilidades entre a empresa contradata 
e  a  contratante  (usuário  final  responsável  pela  Operação  do  ativo),  a  partir  da  data  de 
assinatura do documento de transferência, as atividades de operação e manutenção passam a 
ser  de  total  responsabilidade  da  operação,  assim  como  a  guarda  dos  equipamentos, 
ferramentas especiais, sobressalentes e documentação técnica.  

Todavia, a transferência não exime a empresa contratada, seus fornecedores, subcontratados 
e terceiros das responsabilidades contratuais e/ou civis. 

 
Figura 5 
Sistemática Recomendável para Transferência de SOP 
Onde: 
9 CCM = Certificado de Completação Mecânica 
9 ATF = Autorização para Testes de Funcionamento 
9 TAP = Testes de Aceitação de Performance 
9 TTAS = Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas 
9 TLD = Teste de Longa Duração 

A  assinatura do  Termo  de  Transferência  e  Aceitação  de  Sistemas  Definitivo  de  um  dado  SOP 
poderá  ser  efetuada  a  partir  do  momento  em  que  este  SOP  tiver  atendido  aos  seguintes 
requisitos: 
9 Testes de Aceitação de Performance, de todos os SSOP pertencentes ao SOP, tenham 
sidos realizados e aceitos; 
9 Não existam pendências de qualquer natureza atribuídas ao SOP; 
9 Toda a documentação pertinente tenha sido fornecida e atualizada (as‐built); 
9 Todos os sobressalentes contratuais e ferramentas especiais tenham sido transferidos 
para a operação; 
9 Todos os treinamentos acordados e contratados tenham sido fornecidos. 

47 
O  Termo  de  Transferência  e  Aceitação  de  Sistemas  (TTAS)  é  o  documento  que  formaliza  a 
transferência da responsabilidade sobre um Sistema Operacional e pode ser dividido em duas 
etapas: 
9 Quando os Testes de Aceitação de Performance (TAP) dos SSOPs de um SOP tiverem 
sido  executados  satisfatoriamente,  porém  existirem  pendências  não‐impeditivas  de 
qualquer natureza e/ou for previsto um teste de longa duração (TLD), será emitido um 
Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Provisório (TTAS‐1). O TTAS‐1 deverá 
conter obrigatoriamente a lista de pendências não‐impeditivas correspondente.  
A  emissão  do  TTAS‐1  caracteriza  a  transmissão  da  responsabilidade  de  operação  e 
manutenção para a Operação, mantendo‐se, porém a responsabilidade de solução das 
pendências  com  a  empresa  contratante.  A  partir  da  emissão  do  TTAS‐1,  inicia‐se  a 
etapa de Operação Assistida deste SOP. 
9 O  Termo  de  Transferência  e  Aceitação  de  Sistema  Definitivo  (TTAS‐2)  será  emitido 
após  a  solução  de  todas  as  pendências  e,  quando  aplicável,  a  finalização  do  teste  de 
longa  duração  (TLD).  O  TTAS‐2  não  encerra  a  as  atividades  de  Operação  Assistida  do 
SOP. 

Recomenda‐se que a transferência de Sistemas Operacionais siga o fluxo conforme descrito na 
Figura 4 anterior. Porém, existirão casos em que ocorrerá a necessidade de adequação deste 
processo  devido  às  especificidades  de  cada  empreendimento.  Para  estes  casos,  é  sugerida  a 
utilização de fluxos de transferência alternativos, conforme item a seguir. 

Fluxos de transferência de sistemas alternativos 

O  objetivo  deste  item  é  apresentar  alternativas  para  possibilitar  o  atendimento  às 


necessidades específicas de cada projeto.  

Estes  fluxos  alternativos  são  resultado  de  características  técnicas  específicas  dos  projetos,  e, 
portanto  conhecidas  deste  a  elaboração  do  projeto  executivo,  podendo  ser  previsto  com  a 
antecedência necessária durante a etapa de planejamento, além de ter feito parte da Matriz 
de  Responsabilidades  presente  no  Plano  de  Transferência  da  Instalação  contido  nos 
documentos contratuais. 

A  seguir  serão  apresentadas  as  possibilidades  que  podem  ser  aplicadas,  conforme  as 
especificidades de cada empreendimento: 

Especificidade 1 

Caso o documento ATF não for aplicável ao processo, desde que acordado entre as partes em 
documento  contratual,  e  com  as  responsabilidades  pela  execução  dos  Testes  de 
Funcionamento  esclarecidas  na  Matriz  de  Responsabilidades,  o  fluxo  deve  ser  alterado 
conforme Figura 5 abaixo. 

 
Figura 6 
Caso seja negociado entre as partes que o ATF não será aplicável 

48 
Especificidade 2 

Quando houver a necessidade de que os SSOP sejam operados pelo usuário final (Operação) 
antes  da  transferência  e  aceitação  completa  do  SOP  através  de  TTAS,  deve  ser  utilizado  o 
documento Termo de Responsabilidade Operacional (TRO) para o mesmo, de forma a permitir 
a  continuidade  dos  Testes  de  Aceitação  de  Performance  dos  SSOPs  do  mesmo  ou  de  outros 
SOPs. 

Este  documento  transfere  a  responsabilidade  operacional  do  SSOP,  mantendo  a 


responsabilidade técnica e manutenção do SSOP com a empresa contratada. Recomenda‐se a 
utilização  deste  documento  quando  a  operação  optar  por  executar  TAP2  e/ou  TLD  com  o 
acompanhamento  da  empresa  contratada.  Assim  sendo,  o  fluxo  deve  ser  alterado  conforme 
Figura 7 abaixo. 

 
Figura 7 
Caso o TRO seja necessário 

Especificidade 3 

Caso  a  Operação  opte  por  assumir  a  operação  &  manutenção  integral  dos  SOPs  a  partir  da 
conclusão satisfatória dos TAP1 (exemplo, após a conclusão dos testes com fluido seguro em 
todos os SSOPs) e, desde que esta decisão esteja firmada em cláusula do contrato, o fluxo deve 
ser alterado da seguinte forma: 

 
Figura 8 
Caso a Operação opte por assumir integralmente a 
responsabilidade pelo SOP após TAP‐1 

Neste  caso  específico,  caberá  à  empresa  contratada  iniciar  a  Operação  Assistida  do  SOP 
mantendo as responsabilidades técnicas e pelo saneamento das pendências não‐impeditivas.  

As  pendências  impeditivas,  que  porventura  surgirem  durante  a  execução  do  TAP‐2,  deverão 
ser  solucionadas  conforme  as  responsabilidades  acordadas  em  contrato.  O  Termo  de 
Transferência  e  Aceitação  Definitivo  (TTAS‐2)  só  poderá  ser  assinado  quando  os  requisitos 
estabelecidos para TAP2 e/ou TLD forem comprovados. 

49 
IMPORTANTE:  É  permitido  a  empresa  contratada  adotar  combinações  entre  as  três 
especificidades  

Responsabilidades e composição mínima dos documentos de transferência de SOPs 

O Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Provisório (TTAS‐1) é de responsabilidade da 
empresa  contratada,  devendo  ser  assinado  após  a  comprovação  dos  requisitos  de 
transferência de um SOP estabelecidos no contrato. 

O  TTAS‐1  deve  conter  minimamente  os  seguintes  anexos,  previamente  acordados  em 
contrato: 
9 Lista  de  Equipamentos  –  Lista  contendo  relação  dos  equipamentos  pertencentes  ao 
SOP; 
9 Lista de documentos – Lista contendo relação de: 
• Documentos comprobatórios de treinamentos dos operadores; 
• Procedimentos e Manuais de O&M do respectivo SOP; 
• Relação de consumíveis, sobressalentes e ferramentas especiais pertencentes 
ao SOP e igualmente transferidos. 
9 Lista  de  pendências  não  impeditivas  –  Lista  contendo  relação  de  pendências  não‐
impeditivas sob responsabilidade da empresa contratada; 
9 Lista  de  TAPs  aprovados  –  Lista  contendo  a  relação  dos  TAPs  de  todos  os  SSOPs  que 
compõem os SOP aprovados. 

O documento deve conter a informação sobre a responsabilidade da empresa contratada no 
tratamento de todas as pendências contidas na lista anexada ao TTAS‐1, sendo que esta não 
deverá ser alterada ou sofrer inclusões de novas pendências, exceto nos casos de realização de 
testes previstos após a emissão do TTAS‐ 1, visando à emissão do TTAS‐2. 

Na emissão do Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Definitivo (TTAS‐2), o mesmo 
será  assinado  após  a  solução  de  todas  as  pendências  de  responsabilidade  da  empresa 
contratada, listadas no TTAS‐1, e atendido aos demais itens mínimos estabelecidos em prévio 
e comum acordo no contrato. 

A  assinatura  destes  documentos  não  exime  a  empresa  contratada,  seus  fornecedores, 


subcontratados  e  terceiros  de  responsabilidades  contratuais  e/ou  civis  quanto  à  garantia 
funcional e técnica do projeto e sua execução. 

Após  a  realização  dos  TAPs  dos  SSOPs  que  compõem  o  SOP,  e  a  eventual  inexistência  de 
pendências de qualquer natureza e atendimento integral aos demais itens mínimos definidos 
em  contrato,  a  transferência  definitiva  do  SOP  poderá  ser  feita  diretamente  através  da 
assinatura  dos  campos  do  TTAS‐1  e  TTAS‐2  simultaneamente.  Apesar  de  não  ocorrer  a 
transferência  provisória,  todos  os  demais  anexos,  excetuando‐se  a  lista  Ed  pendências 
inexistente, deverão estar anexos ao formulário e apresentados. 

3.7 OPERAÇÃO ASSISTIDA

A operação assistida é a atividade de apoio da empresa contratada às equipes de operação e 
manutenção, por  especialistas  das  diversas  competências  necessárias  ao  funcionamento  por 
sistemas operacionais e pela instalação, após a transferência, mesmo que provisória (TTAS‐1) 

50 
de um SOP, com o objetivo de assegurar que o início da operação seja a continuação segura da 
Pré‐Operação  &  Partida.  O  encerramento  da  Operação  Assistida  de  cada  SOP  ocorre  ao 
término do prazo estabelecido em contrato. 

Os dados necessários e documento de entrada nesta etapa são: 
9 Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS) 
9 Rede de Precedência de Partida 
9 Cronograma do empreendimento 
9 EAP detalhada 

E o resultado esperado ao término do prazo das atividades de Operação Assistida de cada SOP 
consiste em um SOP em operação normal. 

As  qualificações  e  as  condições  de  nível  de  serviço  devem  ser  definidas  por  meio  de 
instrumentos contratuais, de forma a garantir a continuidade operacional do sistema. 

Deve‐se registrar que a Operação Assistida inicia‐se após a emissão do TTAS‐1, e portanto, até 
a  emissão  do  TTAS‐2  a  empresa  contratada  deverá  manter  distintas  as  equipes  de  Operação 
Assistida, que deve estar à disposição da Operação, e a equipe de solução de pendências. 

A conclusão da Operação Assistida marca a conclusão do escopo do Comissionamento. 

Orientações adicionais 

A empresa contratada deve prestar os serviços de Operação Assistida durante os horários de 
funcionamento do Sistema Operacional, em três níveis: 
9 Através  de  atendimento  remoto,  com  a  colocação  à  disposição  dos  operadores  de 
correio eletrônico e número de telefone específicos para essa finalidade. 
9 Através de atendimento local emergencial, através do comparecimento do especialista 
à presença dos operadores quando solicitado. 
9 Através de atendimento local programado através da presença do especialista durante 
a  realização  de  atividades  ou  operações  específicas  onde  a  necessidade  de  sua 
participação seja previsível (desde que esta programação seja feita com antecedência 
de, no mínimo, quarenta e oito horas). 

3.8 TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÃOES

A  Transferência  da  Instalação  é  o  processo  que  visa  ao  encerramento  da  implementação  de 
empreendimento  e  compreende  a  transferência  da  instalação  para  o  usuário  final  e  da 
responsabilidade  integral  e  única  pela  gestão  da  Instalação,  sendo  a  assinatura  do  Termo  de 
Transferência de Instalações (TTI) o principal marco do processo.  

O processo se inicia após a transferência definitiva do último SOP e a conclusão do prazo de 
Operação  Assistida  do  mesmo,  incluso  também  o  início  da  desmobilização  das  equipes 
envolvidas  no  projeto,  remoção  de  Infra‐estruturas  da  instalação,  entrega  dos  documentos 
contratuais e demais documentação técnica para entrega ao Operador. 

51 
Planejamento da Transferência das Instalações  

Compreende  a  etapa  de  definição  dos  requisitos,  atribuições  e  responsabilidades  para  a 


transferência da instalação, que devem ser estabelecidos em contrato. 

Este planejamento deve abordar, no mínimo, os seguintes assuntos: 
9 Rede de Precedência Preliminar de Sistemas Operacionais (SOP); 
9 Critérios para aceitação de TAF (Testes de Aceitação no Fornecedor); 
9 Treinamento das Equipes de Operação e Manutenção; 
9 Critérios de aceitação de Testes de Performance a serem adotados; 
9 Requisitos  e  prazos  com  relação  à  etapa  de  Operação  Assistida  pela  empresa 
contratada; 
9 Transferência de sobressalentes e ferramentas especiais e utilização de consumíveis de 
processo; 
9 Definição das responsabilidades para transferência de dados para o Sistema de Gestão 
de Manutenção da Operação; 
9 Requisitos para transferência da documentação técnica e legal; 
9 Requisitos para assistência técnica e manutenção da unidade após a Transferência das 
Instalações. 

Preparação para Transferência das Instalações 

Quando  todos  os  Sistemas  Operacionais  tiverem  sido  transferidos,  ou  seja,  todos  os  TTAS‐2 
assinados,  e  a  Operação  Assistida  estiver  concluída,  a  empresa  contratada  deve  se  preparar 
para  a  conclusão  do  processo  de  transferência  das  instalações  executando  atividades  como, 
por exemplo: 
9 Desmontagem  e  remoção  de  estruturas  temporárias  da  obra  como  andaimes, 
tapumes,  contêineres,  embalagens,  alojamentos,  etc.,  ou  o  gerenciamento  destas 
atividades  quando  a  execução  for  de  responsabilidade  da  empresa  contratada.  As 
instalações também devem estar limpas, organizadas e prontas para o trabalho normal 
da Operação; 
9 Identificação e tratamento dos passivos ambientais; 
9 Substituição da sistemática utilizada para o Controle de Energias; 
9 Formatação da documentação técnica e legal para a entrega, atendendo aos requisitos 
estabelecidos no Plano de Documentação; 
9 Preparação para desmobilização das equipes envolvidas no projeto; 
9 Verificar se os dados sobre itens comissionáveis foram transferidos para o Sistema de 
Gestão de Manutenção da Operação durante a transferência dos SOPs. 

Conclusão da Transferência das Instalações 

A conclusão da Transferência das Instalações é a etapa que se caracteriza pela formalização da 
aceitação  das  instalações  pela  empresa  contratante,  formalizado  pela  aceitação  formal  da 
instalação  através  do  Termo  de  Transferência  da  Instalação  (TTI),  que  deverá  ser  assinado 
pelas partes envolvidas. 

52 
Processo de Transferência da Documentação Técnica e Legal 

Quando aplicável, os requisitos para transferência da documentação devem estar contidos no 
Plano de Documentação do empreendimento.  

Nos  eventos  de  Transferência  dos  Sistemas  Operacionais,  devem  ser  transferidos  os 
documentos  de  projeto  como,  por  exemplo,  “as‐built”,  “data‐books”,  registros  de  Não‐
Conformidades, etc. 

Os Manuais de Operação e Manutenção dos Sistemas deve estar entregues ao operador desde 
antes do início da etapa da Pré‐Operação & Partida dos mesmos. 

Documentos não transferidos 

Recomenda‐se  às  empresas  contratadas,  responsáveis  pela  Construção  e  Montagem  de  um 
ativo  /  instalação,  manter,  por  um  período  de  5  (cinco)  anos  a  partir  da  data  de  emissão  do 
Termo de Transferência da Instalação, todos os registros da qualidade gerados durante a Obra 
e não transferidos.  

3.9 GESTÃO DO CONTROLE DE ENERGIAS

Definição 

Gestão  do  Controle  de  Energias  deve  ser  adotada  nos  empreendimentos  e  visa  garantir  a 
segurança  entre  a  instalação  existente  em  operação  e  os  novos  sistemas  e  subsistemas 
operacionais que serão interligados a esta ao longo dos trabalhos de construção e montagem, 
através do travamento mecânicos e/ou elétricos. 

Este  travamento  deverá  ser  efetuado  por  meio  de  dispositivo  mecânico  apropriado  para 
garantir  o  isolamento  das  energias  (correntes,  multibloqueios,  cadeados,  raquetes,  flanges 
cegos,  figura  8,  trava  disjuntor,  etc.).  As  chaves  dos  cadeados  e/ou  travas  utilizados  neste 
bloqueio, deverão ser guardados em local adequado que será trancado por um cadeado sob a 
responsabilidade  da  empresa  contratante  definida  em  contrato  de  serviços.  Além  do 
dispositivo de travamento, uma etiqueta padronizada deverá ser utilizada para fornecer dados 
sobre o travamento. 

A  empresa  contratada  deverá  elaborar  matrizes  de  travamento  e  de  Gestão  do  Controle  de 
Energias  de  acordo  com  padrão  estabelecido  em  contrato  e  prover  de  um  banco  de  dados 
específico para o Controle de Energias. 

Todo o processo deve estar bem detalhado em uma Análise Preliminar de Riscos – APR, que 
deve  ser  elaborada  antes  do  início  das  atividades  e  de  preferência  em  conjunto  com  as 
matrizes de travamento e de gestão de controle de energias.  

Este  controle  deverá  ser  aplicado  em  todos  os  pontos  onde  ocorrerão  novas  interligações 
mecânicas ou elétricas, aos sistemas já em operação ou que poderão antecipadamente serem 
acionados e só poderá ser removido quando a gestão do controle de energia da instalação, for 
transferido para o usuário final, responsável pela operação. 

53 
Os  colaboradores  envolvidos  diretamente  na  execução  de  novas  interligações  nos 
empreendimentos  deverão  utilizar  seu  cadeado  individual  de  travamento,  como  dispositivo 
mecânico de isolamento de energia pessoal. 

Todo  o  material  necessário  para  efetuar  a  Gestão  de  Energias  deverá  ser  fornecido  pela 
empresa contratada, por tanto deverá constar como item contratual.  

Plano de Gestão do Controle de Energias 

O  plano  deverá  ser  elaborado  pela  empresa  contratada  especificando  os  objetivos  e  os 
resultados  esperados,  além  do  nível  de  autoridade,  responsáveis,  métodos  e  meios 
necessários  para  o  isolamento  e  controle  das  fontes  de  energia,  etc.  Este  plano  deve  ser 
aprovado pela empresa contratante e deverá conter no mínimo o seguinte: 
9 Todas as etapas necessárias para a parada ou intervenção, isolamento e bloqueio de 
um equipamento ou sistema com fins de assegurar o controle das fontes de energia; 
9 Todas  as  etapas  necessárias  para  a  colocação,  e  remoção  de  dispositivos  de 
travamento (cadeados, raquetes, figura 8, travas, correntes, etc.); 
9 Exigências  específicas  para  testes  de  verificação  da  eficácia  dos  dispositivos  de 
bloqueio, identificação, aviso e de outras medidas de controle de energia; 
9 A  indicação  de  um  local  específico  para  guarda  das  etiquetas,  cadeados,  correntes, 
pinos, cintas e outros dispositivos capazes de bloquear máquinas e equipamentos de 
fontes  de  energia,  com  a  finalidade  de  mantê‐los  disponíveis  e  em  condições 
adequadas de uso; 
9 Todas  as  intervenções  e  isolamentos  deverão  ser  planejadas  e  analisadas  através  da 
APR,  com  a  participação  da  das  partes  envolvidas  no  contrato  e  as  áreas  de  QSMS, 
utilizando‐se projetos, esquemas e diagramas atualizados e outros documentos que se 
façam necessário. Na APR além das medidas mitigadoras dos riscos, devem estar bem 
definidos  e  detalhados  todos  os  equipamentos  de  proteção  individual  –  EPI, 
necessários para a realização segura das atividades; 
9 Deverão  ser  identificados  todos  os  pontos  que  serão  bloqueados  e  quais  os  tipos  de 
bloqueio que serão utilizados. 

Processo para a Gestão de Controle Energias 

Treinamento e Comunicação 
9 Deve existir um processo de comunicação e treinamento que garanta que os objetivos 
e  propósitos do  Controle de  Fontes  de  Energias  sejam  entendidos  pelos  empregados 
que  atuarão  direta  ou  indiretamente  aos  trabalhos  e  que  eles  tenham  os 
conhecimentos necessários para aplicação dos procedimentos. 
9 Todo responsável pelo isolamento deve receber treinamento no reconhecimento das 
fontes de energias, o tipo e magnitude das fontes de energias existentes em seu local 
de trabalho, os métodos e meios necessários para o isolamento e controle das fontes 
de energias. 
9 Todo  empregado  executante  deve  receber  treinamento  a  respeito  do  Controle  de 
Fontes de Energias. 
9 Todos  os  demais  empregados  cujo  trabalho  seja  realizado  na  área  onde  os 
procedimentos  estabelecidos  pelo  Programa  de  Controle  de  Fontes  de  Energias  são 

54 
empregados devem receber informação a respeito do Controle de Fontes de Energias 
e  a  respeito  da  proibição  de  energizar  máquinas  ou  equipamentos  que  estejam 
isolados ou etiquetados. 

Matrizes de Isolamento 

A  elaboração  das  Matrizes  de  Isolamento  e  Bloqueio  é  de  responsabilidade  da  gerência  de 
C&M  a  que  pertence  o  equipamento  ou  sistema.  As  matrizes  devem  ser  previamente 
elaboradas  por  empregados  treinados.  A  matriz  de  isolamento  é  utilizada  para  orientar  o 
isolamento,  bloqueio  e  aviso  dos  equipamentos  ou  sistemas  nos  quais  é  necessário  realizar 
intervenções.  

Uma Matriz de Isolamento deve ser específica para o objetivo (serviço) nela descrito, e restrita 
a um único equipamento ou sistema, perfeitamente identificado e delimitado. 

Antes de ser  utilizada, a  matriz de isolamento  deve ser analisada quanto a  sua atualização e 


existência de modificações (mudanças) realizadas no equipamento ou sistema.  

Deve  verificar  a  eficiência  com  que  a  energia  foi  isolada  depois  de  concluído  o  isolamento  e 
bloqueio das fontes de energias pelo empregado autorizador responsável. 

Dispositivos de isolamento de energia 

Os dispositivos mecânicos de isolamento de energia e dispositivos de manobras são utilizados 
para isolar as energias dos equipamentos ou sistemas. 

Cada  dispositivo  de  isolamento  deve  receber  um  dispositivo  de  bloqueio.  O  uso  desses 
dispositivos  garante  que  os  dispositivos  mecânicos  de  isolamento  de  energia  e  de  manobra 
não sejam movimentados acidentalmente. Tais dispositivos devem ser instalados juntamente 
com suas respectivas etiquetas. 

Alguns  dispositivos  de  isolamento  não  possuem  recursos  para  instalação  de  dispositivos  de 
bloqueio. Nestes casos, podem ser instalados lacres metálicos, juntamente com sua respectiva 
etiqueta.  

Nota 1: Quando se utilizar raquetes, figura 8 e flange cego, não é necessária a instalação 
de cadeado e corrente. 

Nota 2: As exceções serão definidas após Análise de Riscos com equipe multidisciplinar e 
com a aprovação do gestor da atividade onde devem ficar definidas ações que ofereçam 
o mesmo grau de segurança que os dispositivos de isolamentos. 

Etiqueta de Advertência 

Etiquetas  de  advertência  devem  ser  instaladas  em  todos  os  pontos  de  bloqueio  e/ou 
isolamento, sendo o modelo da etiqueta ser definido em procedimento específico.  

Remoção de Bloqueios e Isolamentos 

Antes da remoção dos dispositivos de bloqueio, a área de trabalho deve ser inspecionada por 
responsável  pelo  isolamento  e  todos  envolvidos  diretamente  ao  bloqueio  devem  ser 
informados.  

55 
A  remoção  dos  dispositivos  de  bloqueio,  aviso  e  isolamento,  deve  ser  realizada  apenas  pelo 
empregado  responsável  ou  autorizado  e  os  dispositivos  mecânicos  de  isolamento  serão 
removidos pelo empregado executante. 

Violação (remoção)  

A violação do cadeado só poderá ser realizada após autorização do gestor do empreendimento 
ou  responsável  designado.  Fora  do  horário  administrativo  o  coordenador  responsável  pelo 
turno  poderá  autorizar  a  violação,  mediante  acompanhamento  desta,  comunicando 
formalmente ao gestor ou responsável designado. 

Responsabilidades 

Ocorre a transferência de responsabilidade para o caso de bloqueios temporários, o nde o 
responsável  pelo  isolamento  ao  concluir  sua  jornada,  transfere  a  responsabilidade  pelas 
chaves,  bem  como  todas  as  atividades  pertinentes  ao  controle  de  energias  em  uso,  ao  seu 
substituto correspondente, documentando este ato através de relatório.  

São de responsabilidade dos gerentes de C&M as seguintes ações: 
9 Designar os empregados revisores de sua gerência 
9 Autorizar a remoção de cadeado de bloqueio em caso de perda ou extravio da chave. 

Recomendações 

Recomendações de bloqueio 
9 Notificar pessoal afetado; 
9 Bloqueio (desligamento) apropriado do equipamento; 
9 Isolar todas as fontes de energia; 
9 Aplicar os dispositivos de bloqueio e etiquetas de bloqueio; 
9 Checar novamente todos os bloqueios das fontes de energia 

Recomendações para remoção de bloqueios das fontes de energia 
9 Assegurar que todas as ferramentas e itens tenham sido removidos; 
9 Confirmar que todos os empregados estejam em local seguro; 
9 Verificar se os controles estão neutros; 
9 Remover os dispositivos de bloqueio/isolamento e reenergizar o equipamento; 
9 Notificar todos os empregados afetados que os serviços foram completados. 

Importância da Gestão e Controle de Energias para o Processo de Comissionamento 

Considerando  que  o  Processo  de  Comissionamento  visa  a  transferência  de  uma 


instalação  de  forma  ordenada  e  segura  da  empresa  construtora  para  a  operação, 
atendendo  aos  requisitos  de  desempenho,  confiabilidade  e  rastreabilidade  de 
informações,  dentro  do  prazo  contratual  e  sem  pendências,  a  Gestão  e  Controle  de 
Energias tem papel fundamental, pois a prevenção de ocorrências, acidentes e falhas 

56 
poderão  impactar  significativamente  os  objetivos  do  processo  e  interferir  na 
operabilidade da instalação. 

3.10 PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO CAPÍTULO


9 Contribuir  para  que  a  documentação  contratual  contenha  definições  claras  de 
responsabilidade sobre as condições de operabilidade do ativo e sobre a transferência 
das instalações; 
9 Contribuir  para  que  o  projeto  básico  do  ativo  inclua  a  visão  operacional  e  de  partida 
das instalações; 
9 Contribuir  para  que  o  planejamento  de  implantação  do  empreendimento  incorpore 
uma estratégia bem definida de partida e de transferência do ativo; 
9 Contribuir para que as subcontratações realizadas incorporem requisitos consistentes 
com a estratégia definida no planejamento e com as diretrizes estabelecidas; 
9 Utilizar as diretrizes contidas no anexo contratual de comissionamento; 
9 Contribuir  para  que  o  projeto  executivo  do  ativo  aprofunde  e  dê  continuidade  aos 
aspectos de comissionamento presentes no projeto básico, e produza as informações 
necessárias ao processo em tempo hábil e na qualidade desejada; 
9 Assegurar que as empresas contratadas e que tenham envolvimento com o processo 
de comissionamento sejam capacitadas para tal, dentro das diretrizes estabelecidas; 
9 Assegurar a capacitação do pessoal‐chave envolvido no comissionamento do ativo; 
9 Assegurar  que  a  organização  de  trabalho  seja  adequada  à  realização  do  processo  de 
comissionamento; 
9 Elaborar,  durante  o  planejamento,  os  procedimentos  de  atividades  de  campo  de 
comissionamento  para  que  sejam  executados  e  registrados  nas  demais  etapas  do 
processo; 
9 Contribuir e incentivar a participação do usuário final (responsável pela operação) em 
todas as fases do processo de comissionamento, particularmente na Pré‐Operação & 
Partida; 
9 Contribuir  para  que  as  interfaces  externas  ao  ativo  e  que  sejam  necessárias  ao  seu 
funcionamento estejam disponíveis em tempo hábil; 
9 Transferir  o  ativo  ao  operador  conforme  contratado  e  respeitando  as  diretrizes 
contratuais estabelecidas; 
9 Assegurar a rastreabilidade dos documentos do processo de comissionamento; 
9 Respeitar a rede de precedência de SOP e SSOP; 
9 Atuar  como  processo  integrador  da  implementação  de  empreendimentos, 
colaborando com a consistência entre os planejamentos dos demais processos; 
9 Coordenar o controle de energias perigosas em conjunto com o operador; 
9 Utilizar  as  ferramentas  AST  –  Análise  de  Segurança  da  Tarefa  e/ou  APR  –  Análise 
Preliminar de Riscos para execução de tarefas no campo; 
9 Atuar na gestão de pendências; 
9 Apoiar  a  operação,  visando  à  estabilidade  e  a  segurança  da  subida  em  produção  da 
instalação. 

57 
Capítulo 4 – FERRAMENTAS OU SISTEMAS DE GESTÃO DO PROCESSO 
O objetivo de uma ferramenta ou sistema de gestão do processo de comissionamento 
é  acompanhar  e  registrar  as  atividades,  fornecendo  meios  para  monitorar  e  extrair 
informações para decisões gerenciais, atendendo os requisitos técnicos exigidos pelas 
boas práticas de mercado e procedimentos estabelecidos em contratos para execução 
das atividades de comissionamento de uma instalação. 

Resumidamente: 

“O objetivo central de qualquer ferramenta ou sistema de gestão do processo de 
comissionamento é falar a mesma língua, trabalhando da mesma forma, 
garantindo a qualidade dos empreendimentos e agindo de forma proativa.” 
9 Falando a mesma língua tudo fica mais fácil e transparente para as partes envolvidas 
no  processo,  minimizando  as  possíveis  irregularidades,  através  da  transparência  no 
processo de Comissionamento e da facilidade de utilização da ferramenta em todos os 
projetos. 
9 Ao  trabalhar  da  mesma  forma  as  informações  tornam‐se  padronizadas,  fazendo  com 
que  todos  consigam  analisar  os  dados  da  mesma  forma,  entendendo  o  projeto  da 
mesma maneira. 
9 O ganho é comum para a todos, já que dessa forma será possível executar os projetos 
de forma similar e com o mesmo tipo de documentação, gerando maior agilidade no 
controle das obras. 
9 Aplicando  uma  ferramenta  ou  sistema  integrado  de  gestão  para  a  condução  do 
Processo  de  Comissionamento,  assegura‐se  que  a  rastreabilidade  com  uma  maior 
qualidade na entrega dos empreendimentos. 
9 Trata‐se da execução do processo de forma diferente, buscando gerir pela qualidade, 
com melhoria contínua na compilação das lições aprendidas. 
9 Ao seguir o processo e utilizar de forma adequada qualquer ferramenta, as ações  de 
trabalhar ficam mais proativas, podendo agir com base nas informações recebidas. 

As  principais  características  exigidas  em  um  sistema  de  gestão  para  o  processo  de 
comissionamento são: 
9 Ser  amigável  e  acessível  à  todos  os  usuários  envolvidos  nas  atividades  de  C&M  e 
Comissionamento das instalações; 
9 Atuar em ambiente web, com acesso via internet, permitindo aplicação durante testes 
em fornecedores e sites de construções diferentes; 
9 Permitir o controle de acesso, por usuário, projeto e contratos; 
9 Perfis de acesso diferenciados dependendo das atribuições e funções de cada usuário 
dentro do processo de comissionamento; 
9 Ser “multi‐projetos”, ou seja, permitir aos gestores acesso simultâneo nos projetos que 
o mesmo tiver acesso 
9 Possibilitar a carga de dados, independente das ferramentas fonte, de forma direta e 
sem interfaces intermediárias; 

58 
9 Permitir ampla rastreabilidade das informações e auditorias de processos; 
9 Ser acessível e permitir diversas interfaces; 
9 Permitir o controle de todas as fases do processo de comissionamento. 
9 Permitir  o  cadastro  e  o  planejamento  de  todas  as  atividades  de  comissionamento, 
organizadas por item, disciplina e sistema; 
9 Permitir o registro e a certificação dos resultados de todas as atividades; 
9  Emitir relatórios de acompanhamento organizados por item, disciplina, sistema, etc.;  
9 Ser  compatível  com  sistemas  de  gestão  de  manutenção,  de  modo  a  permitir  a 
transferência simples de dados; 
9 Permitir a operação remota no campo, através de equipamentos tipo   PDA.  

Atualmente são muitas as opções de sistemas e ferramentas de controle do processo 
de  comissionamento  disponíveis.  Estas  opções  variam  conforme  o  entendimento  de 
cada fabricante de software e/ou da empresa desenvolvedora a respeito do processo, 
sendo as opções de mercado conhecidas, entre outras: 
9 SGCweb – PETROBRAS 
9 FIC – Ferramenta de Integração & Comissionamento – PETROBRAS 
9 HMS – Handover Management System – Forship Engenharia 
9 SIGCOM – Sistema de Gestão do Comissionamento – Technotag 
9 WinPCS – Windows Project Completion, Certification Tracking System 

59 
SLIDES DE AULA 
 
___________________________________
___________________________________
___________________________________
Engenharia de Equipamentos Onshore e Offshore e 
Engenharia de Inspeção e Manutenção da Indústria do Petróleo ___________________________________
PROCESSO DE COMISSIONAMENTO  ___________________________________
EM INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
___________________________________

Professor: Engº Alexandre Guimarães


___________________________________
Turma 02 / 2012

OBJETIVO E RESULTADOS ESPERADOS ___________________________________


___________________________________
OBJETIVO ___________________________________
Apresentar os conceitos principais da área de conhecimento Comissionamento e
sua aplicação em empreendimentos industriais. ___________________________________
RESULTADOS ESPERADOS ___________________________________
Os participantes passam a dispor de uma ferramenta eficaz para assegurar a
transferência ordenada e segura das instalações industriais a seus operadores, ___________________________________
dentro das especificações estabelecidas.

___________________________________

PORQUE COMISSIONAR UMA INSTALAÇÃO ? ___________________________________


1. Comissionamento ou Condicionamento ? ___________________________________
2. Quando começa um empreendimento ?

DÚVIDAS ??? 3. Quando termina ? ___________________________________


4. E o Comissionamento ? Quando começa e
quando termina ?
___________________________________
5. Necessita de planejamento ?
RESPOSTA:
Garantir que o projeto vai:
6. Conhece empreendimento que terminou no
prazo ?
___________________________________
• Atender ao ESCOPO,
• dentro do PRAZO, 7. E no custo previsto ?
• no CUSTO previsto,
8. Encerra sem pendências ?
___________________________________
• e estará OPERACIONAL
conforme desejado.
9. Termina no prazo a qualquer custo ?

10. Entrega-se uma obra ou um ativo operacional ?


___________________________________

60 
PORQUE COMISSIONAR UMA INSTALAÇÃO ? ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
Ele está operando ou
está operacional ? ___________________________________
___________________________________

REFLEXÃO ___________________________________
“Ao homem que não sabe aonde ___________________________________
vai, nenhum caminho lhe convém.”
Lucius Anneus Sêneca
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

REFLEXÃO ___________________________________
___________________________________
e agora ? ___________________________________
para onde eu vou ?
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

61 
REFLEXÃO ___________________________________
___________________________________
___________________________________
“É importante ter metas, mas também é
___________________________________
fundamental planejar cuidadosamente
cada passo para atingi-las.” ___________________________________
Bernardinho ___________________________________
___________________________________

REFLEXÃO ___________________________________
___________________________________
Parece sempre faltar tempo para fazer certo da ___________________________________
primeira vez e sobrar para corrigir depois. ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

REFLEXÃO ___________________________________
INFLUÊNCIA X GASTOS ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

62 
UM PEQUENO ACIDENTE ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

OUTRO PEQUENO ERRO !!!! ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

ESTE RESULTADO FOI EM XANGAI… ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
Teste pneumático em planta de GNL

63 
ONDE TUDO COMEÇA ???? ___________________________________

Dica Importante !!!!


___________________________________
PLANEJAMENTO “Quando você achar que já planejou bastante....

CONHECIMENTO Planeje um pouco mais.”


___________________________________
INFORMAÇÃO
___________________________________
PREPARO DO
LOCAL
___________________________________
FUNDAÇÕES

ESTRUTURA INSTALAÇÕES
___________________________________
PAREDES TETOS
___________________________________
ACABAMENTOS

CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
MÉTODO – do grego methodos, “caminho para chegar a um fim” ___________________________________
METODOLOGIA – do grego methodos + logos, “o estudo ou ___________________________________
conhecimento do caminho”
___________________________________
COMISSIONAMENTO – tradução livre do inglês commissioning,
do latim committere (confiar), através de commissus e
commission, (cargo ou missão de confiança); por extensão, “ato
___________________________________
de atribuir tal cargo ou missão”; na terminologia naval, “ato de
entregar um navio ao serviço ativo” ___________________________________

CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
___________________________________
METODOLOGIA DE COMISSIONAMENTO
___________________________________
“O conhecimento do caminho para entregar
uma instalação ao serviço ativo.” ___________________________________
___________________________________
___________________________________

64 
CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
Comissionar um navio....
É prepará-lo para a sua missão, ___________________________________
assegurando que todos os seus
equipamentos estão operacionais
e que todo o necessário para a
___________________________________
viagem está disponível a bordo
antes da partida. ___________________________________
___________________________________
Fonte: (Haasl, T., and K. Heinemeier. 2006.
"California Commissioning Guide: New Buildings” ___________________________________

CONCEITOS ___________________________________
“O conhecimento do caminho para entregar ___________________________________
uma instalação ao serviço ativo.”
___________________________________
___________________________________
Preparação do
Provas de Cais e Mar
navio ___________________________________
Migração de
conceitos
___________________________________
___________________________________
Empreendimentos
Obras simples
complexos

CONCEITOS ___________________________________
As atividades de Comissionamento são ___________________________________
SEMPRE REGISTRADAS.
Atividades realizadas e não registradas, são
atividades NÃO REALIZADAS. ___________________________________

Quem disse que


___________________________________
Comissionar é
a bomba de
uma relação de
esgoto foi
CONFIANÇA
testada ?@#&!
___________________________________
___________________________________
___________________________________

65 
CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
Importância Percebida
___________________________________
• A Completação Mecânica não é o objetivo do projeto.

• O sucesso do projeto é a Operação Comercial. ___________________________________


• A Operação Comercial requer uma Partida planejada e bem
sucedida. ___________________________________
• Para um projeto de sucesso, deve-se planejar para uma partida
bem sucedida. ___________________________________
Fonte: Adaptado de “Planning for Start-Up”, Construction Industry Institute (CII)
___________________________________

CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
A Visão Atual

“Consistentemente a análise de custo mostra que é durante o ___________________________________


comissionamento que o potencial de perdas se manifestará.
Esta é a fase onde as falhas de projeto e os erros de construção
___________________________________
aparecerão (...). Este fato deveria ser o alerta para qualquer
___________________________________
equipe de gestão, que em termos de administração, tenha a
certeza que o foco no processo de comissionamento deve ser ___________________________________
dado desde o primeiro dia do projeto.”
___________________________________
Fonte: “Commissioning of Offshore Oil and Gas Projects”, Trond Bendiksen e Geoff Young

CONCEITOS ___________________________________
A Missão do Comissionamento ___________________________________
1. Assegurar uma partida rápida e eficiente para produção da planta;
2. Validar que a equipe de construção instalou de acordo com as especificações;
___________________________________
3. Assegurar que 100% dos testes mecânicos, elétricos e automatização foram feitos
antes da partida; ___________________________________
4. Esclarecer as responsabilidades sobre as atividades da equipe antes da
transferência;
___________________________________
5. Demonstrar e documentar que todos os Sistemas estão operacionais;
6. Ajustar ou modificar equipamentos para uma melhor operabilidade e manutenção;
7. Ser a ligação entre o término da fase de construção e o início da operação;
___________________________________
8. Registrar completamente todos os documentos de transferência;
9. Assegurar que a equipe de operação recebeu o treinamento apropriado durante o
___________________________________
período do projeto.
Fonte: Adaptado de Ross Francis, The End of the Beginning

66 
CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
O Método do Comissionamento

Visão A instalação deve OPERAR de forma


___________________________________
Operacional integrada, estável e segura.
___________________________________
A instalação é um conjunto de
Hierarquia de SISTEMAS OPERACIONAIS que executam
Sistemas o processo desejado segundo uma ___________________________________
lógica definida.

O comissionamento se inicia ao nível


___________________________________
Avanço
de componentes, e segue uma
Progressivo
Ascendente
SEQÜÊNCIA LÓGICA na direção de
Subsistemas, Sistemas e Instalação.
___________________________________

CONCEITOS ___________________________________

Comissionamento Construção & Montagem


___________________________________

Visão Operacional Visão de Obra


___________________________________
___________________________________
Hierarquia de Hierarquia de
Sistemas Disciplinas
___________________________________
Avanço Progressivo Avanço Progressivo
Ascendente por Áreas ___________________________________
___________________________________
O Comissionamento atua na obra como elo entre
a C&M e a Operação

CONCEITOS ___________________________________

A instalação é entregue plenamente operacional


___________________________________

Início adiantado com Início tardio e com ___________________________________


ênfase em planejamento pouco planejamento
Conhecimento
A Prática Convencional do Mercado tácito e empírico
___________________________________
Conhecimento
estruturado
“Uma obra não é entregue,
abandona-se”
Processo
isolado ___________________________________
Comissionamento TESTES
___________________________________
Fabricação, Construção e Montagem

Suprimentos
Operação
___________________________________
Processo
integrador
Projeto de Engenharia

67 
CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
Enquanto isso...
Quanto tempo leva para construir um prédio de ___________________________________
15 andares?
Na China, seis dias. As fundações já estavam
feitas, mas o prédio fica em pé em menos de 48
___________________________________
horas. O resto do tempo foi usado para finalizar a
obra.
E os responsáveis pelo feito garantem que o
___________________________________
edifício é confortável, ambientalmente correto e,
claro, seguro. Ele tem nível 9 de segurança contra
terremotos, paredes a prova de som, com
___________________________________
isolamento térmico, a iluminação é toda de LED e
há um sistema que garante a circulação do ar, com ___________________________________
três níveis de purificação. O lixo produzido na obra?
Apenas 1% de tudo que foi usado. Os materiais são
quase todos pré-fabricados.

METODOLOGIA FEL – FRONT END LOADING ___________________________________

Geração Encerramento do
___________________________________
da idéia Portão Portão Portão Empreendimento
Partida
1 2 3
___________________________________
FEL I
FEL II FEL III
Identificação FEL IV FEL V
da
Oportunidade
Projeto
Conceitual
Projeto
Básico
Execução Encerramento
___________________________________
Ciclo de vida do empreendimento ___________________________________
COMISSIONAMENTO ___________________________________
Operação Comercial

Aprovação
do EVTEA
Aprovação
do EVTEA
Aprovação
do EVTEA
Transferência
das Instalações
___________________________________
Fase I Conceitual Básico

Configuração
do Ativo para
Operabilidade

OBJETIVO E RESULTADOS ESPERADOS ___________________________________


Definição: ___________________________________
O processo de comissionamento consiste de um conjunto
estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e ___________________________________
habilidades aplicáveis de forma integrada e seqüenciada em
uma instalação, visando torná-la operacional, dentro dos seus ___________________________________
requisitos de desempenho do projeto.

Objetivo:
___________________________________
O objetivo central do comissionamento é assegurar a
transferência da instalação do construtor para o operador de
___________________________________
forma rápida, ordenada e segura, certificando sua operabilidade
em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de ___________________________________
informações.

68 
MACROFLUXO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO ___________________________________
Projeto Certificação de
___________________________________
Contratação

Operabilidade
sobre o Projeto
Comentários Suprimentos

Comentários sobre
os Itens Críticos
TTI
Fabricação, Construção e Montagem Transferência

Comentários
___________________________________
sobre C&M
Tratamento de Pendências

Processo de Comissionamento
Gestão do Controle de Energias
Assistência Técnica de Fornecedores Garantias
___________________________________
Manual do Comissionamento

___________________________________
Engenharia de
Comissionamento Planejamento e Gestão do Processo
Diretrizes Contratuais

Acompanhamento do Cliente Participação do Cliente


Campo Preservação Manutenção

CCM de SSOPs
Testes de Funcionamento
ATF - Testes Funcionais - Teste de Aceitação de Performance (TAP)
FVMs e Campo V das FVIs
___________________________________
TAF Condicionamento Pré-Operação Operação
& Partida
Inspeção de Transferência de SOPs ___________________________________

Assist. Téc.
Engenharia
Recebimento de Testes de Certificação Completação
Itens em Canteiro Preenchimento do Campo III e IV das FVIs Mecânica TTAS 1 TTAS 2
Treinamento
Manuais dos Operadores
de O&M Operação Assistida
Documentação do Processo Entrega de Data Books
Disponível para
Registros na Ferramenta ou Sistema de Gestão do Comissionamento SAP/PM

DEFINIÇÃO COMPLEMENTAR ___________________________________


OPERABILIDADE ___________________________________
É a medida da qualidade da operação de uma instalação industrial, através do
atendimento à seus requisitos de desempenho especificados enquanto funcionando de
forma estável e confiável. ___________________________________
Condições da Operabilidade:
1. Todos os sistemas estão entregues ao operador, livres de pendências; ___________________________________
2. A documentação necessária à operação e à manutenção está atualizada e disponível para o usuário;

3. As equipes de operação e manutenção estão treinadas; ___________________________________


4. As dotações de consumíveis, sobressalentes e ferramentas estão aprovisionadas;

5. As estruturas temporárias de obra foram retiradas, as instalações estão prontas para o trabalho
___________________________________
normal e o controle de energias está entregue ao operador;

6. O sistema de gestão de manutenção está operacional e disponível; ___________________________________


7. As interfaces externas ao processo industrial estão operacionais;

8. A unidade está conforme a todas as normas e regulamentos aplicáveis e possui todas as licenças e
contratos necessários.

O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA… ___________________________________


___________________________________
Perfil do profissional de campo para a execução das
atividades de Comissionamento ao longo do projeto ___________________________________
Pré-Operação
Condicionamento
& Partida ___________________________________
Disciplinas ___________________________________
Sistemas Operacionais ___________________________________
___________________________________

69 
O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA… ___________________________________
___________________________________
O Perfil da Fiscalização
___________________________________
___________________________________
FRASE DO DIA:

“A FISCALIZAÇÃO DEVE IMPEDIR QUE ATRASOS NÃO OCORRAM.” ___________________________________


Autor: Melhor não falar
___________________________________
___________________________________

O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA… ___________________________________


___________________________________
O Perfil da Fiscalização

Missão:
Assegurar que as condições da Operabilidade sejam ___________________________________
atingidas

Foco: Nos resultados, “fiscalizando” os meios


___________________________________
___________________________________
Abordagem: Ênfase na orientação e na prevenção

• Ações preventivas sobre o planejamento, a organização ___________________________________


e a qualificação
Atuação:
• Ações corretivas sobre o progresso e a qualidade dos ___________________________________
resultados

HIERARQUIA DOS PROJETOS ___________________________________

UIE – Unidade de Implementação de Empreendimento


___________________________________

Empreendimento Contratos
___________________________________

TTI Instalação
___________________________________
___________________________________
COMISSIONAMENTO

TTAS SOPs – Sistemas Operacionais


ATIVIDADES DE

CCM / TAP SSOPs – Subsistemas Operacionais


___________________________________
___________________________________
FVI / FVM TAGs – Itens comissionáveis

PRESERVAÇÃO

70 
SOP – SISTEMA OPERACIONAL ___________________________________
Conjunto de itens comissionáveis e malhas capaz de realizar ___________________________________
uma etapa de um processo industrial.

___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE HIDROGÊNIO

SSOP – SUBSISTEMA OPERACIONAL ___________________________________


Sub conjunto de um sistema operacional capaz de realizar ___________________________________
parte do processo.

___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE HIDROGÊNIO

TAG e ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
TAG é a posição identificada do item comissionável no projeto
Item comissionável é o equipamento físico especificado no projeto e alocado na obra

71 
TAG e ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________
Quais dos itens abaixo são comissionáveis? Por que? ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

TAG e ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________

Componente Item comissionável? Porque?


___________________________________
Motor elétrico SIM – transfere energia ao processo

Tubulação SIM – spool montado; NÃO – parque de tubos


___________________________________
Disjuntor SIM – controla o fluxo de energia elétrica
___________________________________
Sensor de temperatura SIM – controla uma variável em um ponto do processo

Software SIM – controla a seqüência de ações do processo ___________________________________


Cabos elétricos SIM – cabo instalado; NÃO – bobinas de cabos

Prédio NÃO – é um sistema operacional


___________________________________
Aço NÃO – é matéria prima
___________________________________
Skid NÃO – é uma sub-montagem de itens comissionáveis

TAG e ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________


Lista de equipamentos ou itens ___________________________________
Itens críticos Itens não críticos ___________________________________
___________________________________
• Alta complexidade • Baixa complexidade ___________________________________
• Exclusivo ou nova tecnologia • largamente disponível no mercado
• Longo prazo de entrega
• Alto custo
• Entrega imediata
• Baixo custo
___________________________________
• Logística complexa para entrega • Encontrado no mercado nacional
• Número restrito de itens • Grande número de itens ___________________________________
• 100% de fiscalização de preservação • Fiscalização de preservação por amostragem

72 
PRESERVAÇÃO ___________________________________
PREOCUPAÇÃO GERAL ___________________________________
___________________________________
$$$ !! ___________________________________
___________________________________
DESDE:
___________________________________
ATÉ:
___________________________________

PRESERVAÇÃO ___________________________________

Conjunto de ações realizadas com o objetivo de manter os


___________________________________
itens comissionáveis nas condições em que foram liberados
por seus fabricantes até a transferência para o cliente.
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

PRESERVAÇÃO – ROTINAS ___________________________________


___________________________________
Aplicadas no trajeto entre as instalações do fornecedor e o canteiro
Transporte
de obra.
___________________________________
Aplicadas durante o período em que o item permanece no canteiro
Almoxarifado
em local abrigado, fora das atividades de construção & montagem ___________________________________
Aplicadas a partir do momento em que o item é transferido do local
Campo de armazenagem para o de montagem, sendo mantidas até o início
dos testes de funcionamento
___________________________________
Operação Aplicadas durante o período de pré-operação & partida ___________________________________

Hibernação
Rotinas especiais aplicáveis a itens que devam ser mantidos em
espera por períodos longos e (possivelmente) em condições
___________________________________
desfavoráveis

73 
PRESERVAÇÃO DE TRANSPORTE ___________________________________

Fluxo típico para uma entrega


___________________________________
Elaboração do
Aplicação do
___________________________________
procedimento de Inspeção de
procedimento Recebimento
preservação
___________________________________
transporte
___________________________________
___________________________________
Liberação do
procedimento
Liberação para
transporte
___________________________________

PRESERVAÇÃO DE TRANSPORTE ___________________________________

Procedimento
___________________________________
¾ Elaborado pelo fabricante ou respeitando suas recomendações;
___________________________________
¾ Comentado pelo transportador ou pelo fabricante, conforme o caso;

¾ Leva em conta os planos de embarque e de manobra de pesos (“rigging”);


___________________________________
¾ Adequado às condições esperadas de transporte (modal, trajetos, clima,
inspeções em trânsito); ___________________________________
¾ Leva em conta eventuais necessidades de hibernação do material (local e
prazo previstos para esta condição). ___________________________________

Atenção
___________________________________
A correta execução deste procedimento é pré-condição para a liberação do transporte

PRESERVAÇÃO DE CANTEIRO ___________________________________

Fluxo típico para um item comissionável


___________________________________
Elaboração dos
procedimentos de
Inspeção de Completação
___________________________________
Recebimento Mecânica
preservação de
canteiro
armazenagem,
___________________________________
montagem, pré-operação &
partida
condicionamento
___________________________________
Operação
___________________________________
Liberação do Início de Início de
procedimento de
almoxarifado
aplicação do Aplicação do aplicação do ___________________________________
procedimento de procedimento de procedimento de
almoxarifado campo operação

74 
PRESERVAÇÃO DE CANTEIRO ___________________________________

Procedimento
___________________________________
¾ Elaborado pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as
recomendações do fabricante;
___________________________________
¾ Comentado pela Contratante ou pelo comissionador, conforme o caso;
___________________________________
¾ Identifica as rotinas de preservação aplicáveis a cada família de itens
comissionáveis, e as respectivas freqüências de aplicação;
___________________________________
¾ Define os materiais de preservação a serem utilizados;

¾ Define a forma de identificação física dos itens preservados (etiquetas) e de ___________________________________


registro no campo da execução das rotinas.

Atenção
___________________________________
A correta execução destes procedimentos é pré-condição para a emissão do
Certificado de Completação Mecânica e para a transferência de um SOP

PERFIL DA EQUIPE DE PRESERVAÇÃO DO CANTEIRO ___________________________________


___________________________________
9 Coordenador – técnico sênior com experiência mínima de cinco anos em
Preservação; formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação; ___________________________________
experiência em planejamento & controle.
___________________________________
9 Supervisores – técnicos plenos com pelo menos três anos de experiência
em Preservação; formação de base em Mecânica, Eletricidade ou
Instrumentação; se possível, organizar a equipe com um de cada
___________________________________
especialidade.
___________________________________
9 Técnicos – formação em Mecânica, Eletricidade e Instrumentação.
___________________________________
9 Ajudantes – carpinteiros, lubrificadores e auxiliares de serviços gerais

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DE PRESERVAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Tipos de Formação do
contrato preço
Medição Vantagens Inconvenientes
___________________________________
Dificuldade de
Tarifas horárias RDO endossado Flexibilidade em
Preço unitário medição e de controle
ou por atividade pelo fiscal quantidade e tempo
da qualidade ___________________________________
Transferência do
Valor fixo para Parcelas mensais Controle da qualidade
Preço fechado risco e facilidade de
um dado escopo fixas
medição
e ajustes de escopo
___________________________________
Parcelas mensais Transferência do
Preço fechado
Valor fixo para
um dado escopo
variáveis em
função de
risco, facilidade de
medição e controle
Ajustes de escopo ___________________________________
auditorias da qualidade

___________________________________

75 
CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DE PRESERVAÇÃO ___________________________________
Considerando que a preservação não é uma atividade acumulativa, ou seja, o dano causado ___________________________________
em um equipamento pela não realização de uma rotina, ou uma execução mal realizada, esta
não é recuperada com a execução programada a seguir. Portanto, recomenda-se:

¾ Definir em contrato uma pontuação para a qualidade da preservação;


___________________________________
¾ Conforme pontuação recebida, aplicar o valor em uma tabela para valores de medições.
Exemplo: ___________________________________
1. Troca de etiquetas dos equipamentos preservados = 0 à 2 pontos
2.
3.
Qualidade da preservação realizada = 0 à 8 pontos
Calcula-se a média da pontuação obtida no período de medição pela fiscalização
___________________________________
4. Aplica-se sobre o valor fixo mensal da verba de preservação os resultados da tabela.

¾ Valor da Preservação na EAP = R$ 600.000,00


___________________________________
De 10 à 8 pontos 100% do valor mensal
¾ Nº de meses previstos para preservação = 6 meses
De 8 à 6 pontos 80% do valor mensal
De 6 à 4 pontos 60% do valor mensal
¾ Valor da parcela mensal = R$ 100.000,00 ___________________________________
¾ Pontuação no mês = 7 pontos (2 etiquetas + 5 qualidade)
De 4 à 2 pontos 40% do valor mensal
¾ Valor pago na medição do mês avaliado = R$ 80.000,00
De 2 à 0 pontos 20% do valor mensal
¾ Diferença não é paga ao final do contrato a título de ressarcimento

FVI – FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

FVI – FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM ___________________________________

Conteúdo da FVI:
___________________________________
Folha de registros de
FVI (Folha de Verificação do Item) especificação de projeto, dados
de equipamentos fornecidos,
___________________________________
ƒ Cabeçalho – Dados de Projeto dados de recebimento, inspeções
Seção
técnicas, de testes
registrosde dos dados de
certificação e
ƒ Campo I – Especificação do Item
projeto, quefuncionais.
Constitui-se
TAG,
Registroquede
objetiva posicionar o
no principal
é ainformações
posição registro
identificada
sobre o
___________________________________
doItem
itemcomissionável
comissionável
do Processo adquirido
deno projeto.
ƒ Campo II – Inspeção Técnica Comissionamento, aplicável
esteào

ƒ Campo III – Inspeção Mecânica


conforme
TODOS
equipamento
Comissionável,
projeto, sendo
Inspeção verificada sobre o Item
os itens comissionáveis
físico
Campos de preenchimento
especificado
no recebimento
no projeto e alocado na obra.
___________________________________
do mesmo no
obrigatório quelocal
tem de
comomontagem,
objetivo
Conjunto de verificações
caracterizando-se
prover por que
a rastreabilidade dastem
uma
ƒ Campo IV – Testes de Certificação Conjunto
como
informações
como
do item
de verificações
objetivo
verificação certificar
que
quanto
objetivo certificar
comissionável
item apresentado está
comissionável
que
que
certifica que
à liberação
tem
o item
que o item
montado
está
emem cada
o ___________________________________
comissionável
Conjunto
conforme de executa
verificações
ƒ Campo V – Testes Funcionais etapa doespecificação
conformidade com dede
o especificado.
Processo
individualmente
funcionais que temascomo
projeto. atividades
objetivo
Comissionamento, sendo
ƒ Assinaturas – Liberações rastreáveis
desejadas
avaliar para uma perfeita
a performance
essencial para a medição dos
operação futura
comissionável quando
do item
quando
serviços e avanço físico do
operando ___________________________________
emassociado
conjunto com aos osdemais
demais itens
itens
processo.
especificados no projeto.

76 
MALHA ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

MALHA ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

MALHA ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

77 
MALHA ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

ITEM COMISSIONÁVEL E MALHA ___________________________________


ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________
Qualquer componente ou equipamento que exerça uma função
unitária dentro de um processo ___________________________________
Não confundir
___________________________________
a função com
o item
___________________________________
MALHA ___________________________________
Conjunto de itens comissionáveis capaz de realizar uma função
dentro de um processo que não pode ser executada por nenhum ___________________________________
deles isoladamente

CCM – CERTIFICADO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
1 2
___________________________________
___________________________________

78 
TTAS – TERMO DE TRANSFERÊNCIA ___________________________________
E ACEITAÇÃO DE SISTEMAS
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

PROJETO BÁSICO ___________________________________

“RESOLUÇÃO Nº 361, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1991
___________________________________
Art. 3º ___________________________________
f)  definir  as  quantidades  e  os  custos  de  serviços  e 
fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte 
___________________________________
da  obra,  de  tal  forma  a  ensejar  a  determinação  do  custo  ___________________________________
global da obra com precisão de mais ou menos 15% (quinze 
por cento);”
___________________________________
CREA / CONFEA ___________________________________

___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

79 
PLANEJAMENTO DO COMISSIONAMENTO ___________________________________
___________________________________
O PLANEJAMENTO É UMA TRILHA ... ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
NÃO UM TRILHO.
___________________________________

PLANEJAMENTO VALE DINHEIRO… ___________________________________


___________________________________
Reduzir a incerteza reduz a
probabilidade de mudanças
___________________________________
Incerteza
___________________________________
___________________________________
Custo da O custo de mudanças tardias pode
Mudança
inviabilizar um empreendimento
___________________________________
t
___________________________________

CONCEITOS SOBRE PLANEJAMENTO ___________________________________


PLANEJAMENTO ___________________________________
Processo realizado com o objetivo de atingir um determinado resultado, de maneira efetiva,
otimizando o emprego dos recursos disponíveis.
___________________________________
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Processo de definição da estratégia mais adequada à obtenção de um resultado. Estabelece ___________________________________
objetivos e metas.

PLANEJAMENTO TÁTICO
___________________________________
Processo de definição dos meios necessários para atingir os objetivos e metas
estabelecidos pela estratégia. ___________________________________
PLANEJAMENTO OPERACIONAL ___________________________________
Processo de definição da forma de aplicar dos meios definidos no planejamento tático .

80 
Estratégico Tático Operacional
___________________________________
Projeto Certificação de
___________________________________
Contratação
Operabilidade
Suprimentos
TTI
Fabricação, Construção e Montagem
Saneamento de Pendências ___________________________________
Processo de Comissionamento
Manual de
Comissionamento
Gestão de Energias
___________________________________
Assistência Técnica de Fornecedores Garantia
Diretrizes Contratuais

Planejamento e Gestão do Processo


___________________________________
Acompanhamento do Cliente Participação do Cliente
Executivo
Gestão

Preservação Manutenção ___________________________________


Pré-Operação
Condicionamento Operação
& Partida
Operação
___________________________________

Engenharia
Assist. Téc.
Assistida
Documentação do Processo

Ferramenta Informatizada de Comissionamento

INICIAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ___________________________________


___________________________________
___________________________________
+
___________________________________
Portfólio Contrato Declaração
de Escopo
___________________________________
___________________________________
Plano do
Empreendimento
___________________________________

DECLARAÇÃO DE ESCOPO ___________________________________


“A Declaração de Escopo do projeto é a definição do ___________________________________
projeto – o que precisa ser realizado”.
PMBOK® Guide 2004 ___________________________________
A Declaração de Escopo deve incluir pelo menos: ___________________________________
• Caso de negócio
• Escopo positivo (o que deve ser realizado) ___________________________________
• Escopo negativo (o que não deve ser feito)
• Premissas ___________________________________
• Restrições
• Critérios de aceitação ESTRATÉGIA ___________________________________

81 
PLANO DO EMPREENDIMENTO ___________________________________
___________________________________
Plano de
Escopo
Plano de
Prazo
Plano de
Custo ___________________________________
___________________________________
Plano da Plano do Plano de
Qualidade Empreendimento Suprimentos
___________________________________
___________________________________
Plano de Plano de
Riscos Plano Comunicação
de RH ___________________________________

ESTRATÉGIA DE CONTRATAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Contrato / Declaração
de Escopo ___________________________________
ENGENHARIA
OPERAÇÃO
DO PROJETO ___________________________________
Plano do
Empreendimento
___________________________________
___________________________________
Modelo de Contratação
Estratégia de Implementação
Modelo de Organização ___________________________________

MODELO DE CONTRATAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Comissionamento faz parte
do escopo do Integrador.
EPC Cabe a ele decidir se
executa diretamente ou se
___________________________________
terceiriza a atividade

Anexo de Diretrizes ___________________________________


de Comissionamento
Comissionamento dentro do
contrato de Construção & ___________________________________
Montagem
Integração
do Operador ___________________________________
Comissionamento
Contrato de Serviços
contratado à parte
de Comissionamento ___________________________________

82 
MODELO DE CONTRATAÇÃO ___________________________________
Anexo de Diretrizes de Comissionamento ___________________________________
¾ Estabelece as condições para a execução do processo de Comissionamento
¾ Não trata de condições de contratação ___________________________________
¾ Não define procedimentos técnicos
¾ Organizado por entregas
¾ Centrado em torno de uma matriz de responsabilidades configurável ___________________________________
Contrato de Serviços de Comissionamento ___________________________________
¾ Estabelece as condições para a contratação de serviços de Comissionamento
¾ Estabelece as condições de execução do processo de Comissionamento
¾ Não define procedimentos técnicos ___________________________________
¾ Organizado por entregas
¾ Posiciona o Comissionador como elemento de gestão mais do que de execução
___________________________________
As diretrizes são organizadas na forma de um Anexo Contratual,
que deve ser consistente com os demais documentos do Contrato

MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Contratante Fiscalização não executiva

EPC ___________________________________
Responsável por todo o processo;
Contratada provavelmente duas equipes
___________________________________

Contratante Planejamento e fiscalização


___________________________________
Integração ___________________________________
Responsável por todo o processo,
do Operador
partilhando o planejamento e talvez
Contratada
delegando a execução; apoio à Contratante
em relação a outras contratadas
___________________________________

MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________

Equipe do Empreendimento
___________________________________
___________________________________
Estratégia Tática Aplicação

• Gerência do Empreendimento • Gerência do Empreendimento • Gerência do Empreendimento


___________________________________
• Coordenador de Integração • Coordenador de Integração • Coordenador de Integração
• Coordenador ou Gerente de • Coordenador ou Gerente de ___________________________________
Comissionamento Comissionamento
• Fiscais ___________________________________
___________________________________

83 
MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________

Equipe de Execução
___________________________________
___________________________________
Tática Aplicação

___________________________________
• Gerência do Contrato • Gerência do Contrato
• Gerente de Comissionamento • Gerente de Comissionamento ___________________________________
• Equipe de planejamento • Equipe de planejamento
• Equipe de engenharia de comissionamento • Equipe de programação e controle
• Equipe de engenharia de comissionamento
___________________________________
___________________________________

MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Perfil das equipes
9 Predominância de profissionais sênior ___________________________________
9 Elementos-chave com experiência em gestão de projetos
9 Componente de planejamento reforçado ___________________________________
9 Engenheiros de processo para a equipe de engenharia
9 Supervisores de preservação e condicionamento especialistas por ___________________________________
disciplinas
9 Supervisores de pré-operação & partida com perfil de operação ___________________________________
9 Supervisores e técnicos com registro profissional (CREA)
___________________________________

MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________


Equipe do Empreendimento
___________________________________
¾ Mobilizar o gerente ou coordenador o mais cedo possível,

¾ Selecionar profissional com experiência em gestão de projetos ou em planejamento ___________________________________


¾ Evitar a subordinação do responsável de Comissionamento à área de C&M

¾ Considerar a possibilidade de ter representante do Cliente na equipe ___________________________________


¾ Solicitar e avaliar os CV da equipe de execução o mais cedo possível, mesmo antes da
Autorização de Serviço ___________________________________
¾ Mobilizar equipe de campo a tempo de conhecer o projeto e participar do planejamento de gestão

¾ Aproveitamento de fiscais de C&M para as atividades de Preservação e de Condicionamento ___________________________________


normalmente é satisfatório

¾ Fiscais de Pré-Operação & Partida tem perfil de operadores mais do que de montadores
___________________________________
¾ Fiscais de PO&P assumem a supervisão de sistemas operacionais, não de disciplinas

84 
MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________
Equipe de Execução
___________________________________
¾ Mobilizar o gerente de Comissionamento junto com os demais gerentes que
compõem o núcleo da equipe da Contratada ___________________________________
¾ Evitar a subordinação do responsável de Comissionamento à área de C&M
___________________________________
¾ Mobilizar profissionais de planejamento e de engenharia de comissionamento
(ou de processo) imediatamente após o contrato
___________________________________
¾ Integração com as equipes de gestão de prazos e de riscos

¾ Integração com a equipe de projeto de engenharia ___________________________________


___________________________________

PLANEJAMENTO DA GESTÃO DO PROCESSO ___________________________________

Emissão 
Trabalho
conjunto com 
___________________________________
Reunião de Abertura 
da AS a Contratada de Comissionamento
___________________________________
60 a 180 dias ___________________________________
Manual de Comissionamento
9 cronograma mestre de comissionamento
9 matriz de responsabilidades
Emissão do Manual 
de Comissionamento ___________________________________
9 listas de itens comissionáveis
9 fluxogramas com identificação de sistemas ___________________________________
9 rede de precedência
9 lista de documentos de comissionamento
9 lista de documentos de engenharia para comissionamento ___________________________________
9 Organograma
9 EAP – Estrutura Analítica do Projeto
9 planos de mobilização, suprimentos e comunicação
9 plano de contingência / análise de riscos

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

85 
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________


___________________________________
SSOP 100.001.002
SSOP
100.004.002
SSOP
100.004.001 ___________________________________
SOP 100.004
SSOP 100.001.001
SOP 100.001 SSOP
100.004.003
SSOP
100.004.004 ___________________________________
SSOP SSOP 100.005.001
100.001.003
SOP100.005.001
SSOP 100.005
UNIDADE 100
SSOP 100.002.001
___________________________________
SSOP 100.003.001

SOP 100.002
___________________________________
SOP100.003.002
SSOP 100.003 SSOP 100.002.002
1 Unidade
5 SOPs
___________________________________
SSOP 100.003.003
15 SSOPs SSOP 100.003

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________


___________________________________
SSOP 100.001.002
SSOP SSOP
100.004.002 100.004.001
SSOP

SSOP 100.001.001
SOP 100.001 SSOP
SOP 100.004

SSOP P
200.001.002 SSOP 200.001.003
___________________________________
100.004.003 100.004.004 O 1
SS 1.00 SOP 200.001
00
0.
SSOP
100.001.003
SSOP 100.005.001

SOP100.005.001
SSOP 100.005
UNIDADE 100 SSOP 100.002.001
2 0
SSOP 200.001.005 SSOP 200.001.004 ___________________________________
SSOP 100.003.001

SSOP
SOP100.003.002
100.003
SOP 100.002

SSOP 100.002.002

UNIDADE 200 200.002.001


SSOP
___________________________________
SSOP 200.003.001

SSOP 200.003.003
SSOP 200.003.002

___________________________________
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003
SSOP 200.002.002

SSOP 200.002.003

SOP 200.003 SOP 200.002

2 Unidades
8 SOPs
___________________________________
27 SSOPs SSOP 200.003.004

86 
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________
___________________________________
SSOP 100.001.002

SSOP 300.003.001
SSOP SSOP
100.004.002 100.004.001

___________________________________

SSOP 300.002.001
SSOP 300.001.001

SSOP 300.002.002
SOP 100.004

SSOP 300.001.003
SSOP 100.001.001
SOP 100.001 SSOP SSOP
100.004.003 100.004.004

SOP
SSOP
100.001.003
SSOP 100.005.001

SOP100.005.001
SSOP 100.005
UNIDADE 100 SSOP 100.002.001
300.002
___________________________________
SSOP 100.003.001 SSOP

SSOP 300.003.002
200.001.002 SSOP 200.001.003

SOP 100.002
P SOP 300.001 UNIDADE 300 ___________________________________

SSOP 300.001.002
O 1
SSOP
SOP100.003.002
100.003 SSOP 100.002.002 SS .00 SOP 200.001
SSOP
01
0.0 300.002.003
20
SSOP 200.001.005 SSOP 200.001.004

___________________________________
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003

SOP 300.003
SSOP 200.002.001
SSOP 200.003.002 UNIDADE 200 SSOP 300.003.003
SSOP 200.003.001

SSOP 200.003.003
3 Unidades
12 SOPs
SSOP 300.004.001 ___________________________________
SSOP 200.002.002

SSOP 200.002.003
SOP 200.003 SOP 200.002
SSOP SOP 300.004
300.001.004 SSOP 300.004.002
39 SSOPs

SSOP 200.003.004

REDE DE PRECEDÊNCIA ___________________________________


___________________________________
REDE DE PRECEDÊNCIA DE PARTIDA
Seqüência na qual os sistemas e subsistemas operacionais de uma unidade
___________________________________
industrial devem entrar em funcionamento, de modo a assegurar que:
___________________________________
a) cada um seja testado nas condições mais realistas possíveis;
b) o processo do qual fazem parte seja ativado conforme suas ___________________________________
especificações;
c) a ativação da unidade industrial ocorra de forma controlada e segura. ___________________________________
___________________________________

REDE DE PRECEDÊNCIA ___________________________________


___________________________________
ENERGIZAÇÃO SEGURANÇA E CONTROLE UTILIDADES PROCESSO

DISTRIBUIÇÃO
ELÉTRICA SISTEMA.
SISTEMAS DE
CONTROLES
___________________________________
CAPACITAÇÃO
VAC SISTEMA DE
DE ÁGUA
PRODUÇÃO

SISTEMA DE
ÁGUA
___________________________________
ABASTECIMENTO OUTROS
REFRIGERADA SISTEMA DE ESD
DE COMBUSTÍVEL SISTEMAS
(INTERLOCKING
UTILIDADES

ENERGIA SISTEMA F&G


TEST)

___________________________________
PRIMÁRIA DETECÇÃO
ELÉTRICA
SISTEMA ÁGUA

SISTEMA F&G
COMBATE
SISTEMA DE
ÁGUA SALGADA
PRODUZIDA
(NÃO CRÍTICOS) ___________________________________
SUPRIMENTO
TEMPORÁRIO
ENERGIA
SECUNDÁRIA
OUTROS
SISTEMAS DE
SISTEMA DE
SISTEMA DE
FLUIDOS
___________________________________
PNEU / HID. ÁGUA POTÁVEL
SEGURANÇA CRÍTICOS

87 
REDE DE PRECEDÊNCIA ___________________________________
___________________________________
ENERGIA

SEGURANÇA
___________________________________
UTILIDADES
___________________________________
PROCESSO

CONTROLE ___________________________________
___________________________________
Meta: fazer funcionar o processo produtivo no
menor prazo possível, com segurança
___________________________________

REDE DE PRECEDÊNCIA ___________________________________

SSOP 100.001.002
___________________________________
SSOP SSOP
100.004.002 100.004.001
SSOP 300.003.001

INTEGRAÇÃO
SSOP 100.001.001
SOP 100.001
SOP 100.004

SSOP SSOP ___________________________________


SSOP 300.002.001
SSOP 300.001.001

100.004.003 100.004.004
SSOP 300.002.002

SSOP SSOP 100.005.001 SOP

___________________________________
100.001.003
SOP 100.005
SSOP 100.005.001 300.002
SSOP 300.001.003

UNIDADE 100 SSOP 100.002.001

SSOP 100.003.001 SSOP


200.001.002 SSOP 200.001.003
SSOP 300.003.002

SOP 100.002
UNIDADE 300
SOP 300.001
___________________________________
P
O 01
SOP SS 200.001
SSOP 300.001.002

SSOP 100.002.002
SSOP 100.003.002
SOP 100.003
01
.0 SSOP
0.0 300.002.003
20
SSOP 200.001.005 SSOP 200.001.004
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003

UNIDADE 200
SSOP 200.002.001
SOP 300.003
SSOP 300.003.003
___________________________________
3 Unidades
___________________________________
SSOP 200.003.001

SSOP 200.003.002

SSOP 200.003.003

SSOP 300.004.001
12 SOPs SOP 200.003 SOP 200.002
SSOP SOP 300.004
300.001.004 SSOP 300.004.002
39 SSOPs
SSOP 200.002.002

SSOP 200.002.003

SSOP 200.003.004

___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

88 
___________________________________
Concorrência: Licenças e Documentação pelo Cliente ___________________________________
• C&M do Posto de Combustíveis Aquisição de produtos pelo Cliente
Antecipação de Receitas
• Apresentar Divisão de SOP/SSOPs
• Rede de Precedência atendendo aos requisitos
Duas ilhas de combustíveis independentes ___________________________________
Serviços:
• Todos os combustíveis
• Gasolina
• Etanol
___________________________________
• Diesel
• GNV
• Loja de Conveniência
___________________________________
• Borracheiro
• Troca de Óleo
• Lava a Jato
___________________________________
___________________________________

PLANEJAMENTO EXECUTIVO ___________________________________


___________________________________
Trabalho
Reunião de
conjunto com o
Entrega do último
___________________________________
Cliente
Abertura de Sistema
Comissionamento Operacional
___________________________________
Trabalho
conjunto com a
Contratada ___________________________________
___________________________________
Duração indeterminada ___________________________________

PLANEJAMENTO EXECUTIVO ___________________________________

Atividades
___________________________________
¾ detalhamento progressivo do Planejamento de Gestão ___________________________________
¾ atualização constante da ferramenta de controle do processo
¾ programação e controle da produção ___________________________________
¾ controle de emissão de documentos
¾ controle do avanço físico / financeiro ___________________________________
¾ emissão de relatórios de acompanhamento
¾ coordenação da assistência técnica de fornecedores ___________________________________
¾ coordenação do treinamento
¾ coordenação do controle de energias ___________________________________
¾ gestão de pendências

89 
DOCUMENTAÇÃO ___________________________________
___________________________________
¾ pedidos / ordens de compra revisados ___________________________________
¾ procedimentos operacionais
¾ planos (treinamento, assistência técnica) ___________________________________
¾ listas (sobressalentes, consumíveis, ferramentas)
¾ prontuários de normas e regulamentos ___________________________________
¾ manuais de operação e de manutenção
¾ pastas de sistemas (data book)
___________________________________
___________________________________

DOCUMENTAÇÃO ___________________________________
Pasta de Sistema – conteúdo típico ___________________________________
¾ Fluxograma de Sistema (com identificação de SSOP)
___________________________________
¾ Fluxogramas de processo que contenham o SOP
¾ Lista de Itens Comissionáveis do SOP (por categorias)
¾ Lista de Malhas do SOP (por tipo)
___________________________________
¾ Lista de SOP predecessores e sucessores
¾ Coletânea de FVI (preenchidas e assinadas)
___________________________________
¾ Coletânea de FVM (preenchidas e assinadas)
¾ Certificados de Completação Mecânica dos SSOP (assinados)
___________________________________
¾ Registro do TAP
¾ Termos de Transferência e Aceitação provisório e definitivo (assinados)
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
___________________________________
Conjunto de ações realizadas com o objetivo de colocar os itens
comissionáveis em condições de iniciar seus testes de funcionamento. ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

90 
CONDICIONAMENTO ___________________________________

CONTEXTO DO COMISSIONAMENTO PARA ESTA FASE:


___________________________________
Os pontos básicos referem-se ao planejamento das atividades para:
• Garantia da operabilidade de forma estável e confiável
___________________________________
• Minimizar os problemas para que essa operabilidade seja atingida
no menor espaço de tempo possível ___________________________________
• Desempenho especificado
• Envolvimento de TODOS os participantes ___________________________________
• Fabricante
• Empresa de inspeção ___________________________________
• Integradora (EPC)
• Subcontratados ___________________________________
• Fiscalização

CONDICIONAMENTO ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

91 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

92 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
INSTRUMENTOS DE CAMPO ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

93 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ETAPAS DO CONDICIONAMENTO ___________________________________
• Teste de Aceitação de Fabricação (TAF);
• Preservação e preparação para transporte; ___________________________________
• Recebimento;
• Armazenamento; ___________________________________
• Preservação (anterior e posterior a montagem, Rotinas de Fiscalização);
• Condicionamento (Ensaios, testes e ações para preparação de operação). ___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
TESTES DE ACEITAÇÃO DE FÁBRICA (TAF) ___________________________________
• Teste Hidrostático;
• Teste de Funcionamento Mecânico e Desempenho; ___________________________________
• Teste de rigidez estrutural (“Pipe Load”);
• Teste de Desempenho do equipamento completo + ___________________________________
periféricos (String Test);
• Teste de Estanqueidade e Vazamento de Gás; ___________________________________
• Teste de Resposta ao Desbalanceamento (URT);
• Inspeção Final ___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRESERVAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA TRANSPORTE ___________________________________
Após a liberação do material, os equipamentos são preparados para transporte até a
obra, de acordo com as especificações do fabricante. ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

94 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
Recebimento ___________________________________
• Quantitativo
• Almoxarife ___________________________________
• Qualitativo.
• Inspetor ___________________________________

• Área específica
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
Recebimento
___________________________________
• Definir armazenamento
___________________________________
• Área específica para material
• Não conforme
___________________________________
• Segregado
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________

PRINCIPAIS TÓPICOS E ATIVIDADES DE RECEBIMENTO


___________________________________
• Análise de documentação do fornecedor (Data book)
• Inspeção de recebimento
___________________________________
• Tratamento de não-conformidades fabricação / recebimento
• Definição de local de armazenamento
___________________________________
• Início da preservação
• Registros na FVI, RIR e etiqueta de preservação
___________________________________
___________________________________

95 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________

PRINCIPAIS TÓPICOS E ATIVIDADES DE RECEBIMENTO


___________________________________
• Geralmente, o data book do equipamento chega a obra ainda com
pendências de documentação.
___________________________________
• Verificar os registros de fabricação, comparando os certificados /
relatórios ao discriminado no PIT (Plano de Inspeção e Testes).
___________________________________
• Verificar Inspeção de fabricação CLM – Comunicado de Liberação
de Material assinado pelo inspetor.
___________________________________
• Verificar se existem pendências de fabricação ainda não tratadas –
reproduzi-las no Relatório de Recebimento.
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
RIR (Relatório de Inspeção
de Recebimento) ___________________________________
• Dados
• Características técnicas ___________________________________
• Laudo

___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO ___________________________________
Unidade seladora montada invertida ___________________________________
___________________________________
___________________________________

96 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO ___________________________________
Quebra de “tubing” (montado em balanço)
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO ___________________________________
Válvulas de segurança transportadas soltas, fora
da vertical
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
CALIBRAÇÃO
• Procedimentos específicos
___________________________________
• Condições ambientais
• Controle dos padrões
___________________________________
• Envolve, no mínimo, um padrão
• Certificado de calibração ___________________________________
___________________________________

97 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
FIAÇÃO – TENSÃO APLICADA
___________________________________
• Gerador de alta tensão
• Leitura de corrente elétrica
• Defeito “PULSO DE CORRENTE”
___________________________________
o Roçamento em canto vivo
o Dobras demasiadas ___________________________________
o Cabos defeituosos
o Montagem ___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
___________________________________
FIAÇÃO - ISOLAÇÃO E CONTINUIDADE
Gerador de alta tensão
Leitura de resistência elétrica
___________________________________
Defeito “BAIXA RESISTÊNCIA DO ISOLAMENTO”
Perfuração do isolamento ___________________________________
Rompimento do isolamento
Dano na bobina ___________________________________
Dano de transporte

___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
MECÂNICOS (HIDROSTÁTICO)
___________________________________
• Resistência mecânica
• Classe ___________________________________
• Defeito “VAZAMENTO”

___________________________________
___________________________________

98 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO ___________________________________
Mecânico (Hidrostático e Pneumático)
Leitura de vazamento (Classe)
Válvula tipo
___________________________________
Fechada (NF) aberta (NA)
Atenção
___________________________________
Posicionadores (Esferas)
Sistema de medição ___________________________________
Defeito
“VAZAMENTO ACIMA DO PERMITIDO” ___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
TESTE DE MALHA ___________________________________
Definição (Malha aberta / fechada)
• Injeção de sinal (sensor) ___________________________________
• Leitura no painel (malha aberta)
• Leitura no painel + posicionamento
do elemento final (malha fechada)
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________

TESTE DE CERTIFICAÇÃO
___________________________________
TESTE DE MALHA
• Leitura na válvula (malha aberta)
___________________________________
• Injeção de sinal (no painel)
___________________________________
___________________________________

99 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
TESTE DE MALHA ___________________________________
Principais falhas detectadas no teste de malha:
• Ligações erradas
• Configurações erradas
___________________________________
• Endereço
• Parâmetros ___________________________________
• Calibrações erradas
• Defeitos elétricos ___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
MONTAGEM ___________________________________
• Realização de montagem (% andamento
físico)
• Aspectos técnicos de instrumentação
___________________________________
• Tratamento de Não-Conformidades
• Preservação pós montagem ___________________________________
• Registro
• Sistema próprio ___________________________________
• FVI (Inspeção mecânica)

___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
MONTAGEM ___________________________________
• Falhas de montagem
• Limite de bateria IN / TUB.
• Atendimento a detalhes típicos
___________________________________
• Danos
___________________________________
___________________________________
___________________________________

100 
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
MONTAGEM
Falhas de Montagem
___________________________________
• Montado e não protegido

___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
Etapas Condicionamento de Dutos Terrestres:
• Esvaziamento ___________________________________
• Pré - Secagem
• Limpeza Final ___________________________________
• Secagem
• Inertização ___________________________________
• Inspeção do revestimento externo após a cobertura
• Método de Atenuação de corrente ___________________________________
• Método DCVG


Sistema de proteção catódica
Restauração da faixa
___________________________________
• Montagem e instalação de complementos
• “De acordo do proprietário”

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


___________________________________
A Pré-Operação é composta pelo conjunto de atividades executadas
com o objetivo de realizar verificações e testes nas condições de
funcionamento do Subsistema (SSOP). ___________________________________
A Partida é caracterizada pela realização dos testes finais de
performance, estendendo-se até a comprovação do atendimento às ___________________________________
especificações de projeto.

As atividades de Pré-Operação & Partida são executadas sobre itens,


___________________________________
malhas, subsistemas e sistemas operacionais.
___________________________________
Em função das relações de dependência entre sistemas, as atividades
desta fase devem seguir a seqüência definida no cronograma de
comissionamento, que tem como referência básica a rede de ___________________________________
precedência de subsistemas e sistemas operacionais.

101 
PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________

PREPARAÇÃO DE EQUIPAMENTOS:
___________________________________
___________________________________
A preparação de equipamentos para TFs compreende, no mínimo, as
seguintes atividades:
• Retirada da preservação *;
___________________________________
• Aplicação do plano de raqueteamento;
• Instalação / remoção de itens ou acessórios temporários;
___________________________________
• Carregamento de consumíveis;
• Atendimento ao plano de Controle de Energias.
___________________________________
___________________________________
* Obs.: Substituir as rotinas de preservação por manutenção.

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


___________________________________
TESTES DE FUNCIONAMENTO:

Realizado na fase de Pré-Operação & Partida, trata-se de quaisquer


___________________________________
testes ou verificações realizados em um item comissionável, malha ou
subsistema com aplicação de energia, fluidos e / ou passagem de
___________________________________
produto, ou seja, em regime de trabalho.
___________________________________
Testes de Funcionamento = TF + TAP + TLD + ...
___________________________________
Substitui o antigo termo ___________________________________
“Teste à Quente”

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


TESTES FUNCIONAIS (TF): ___________________________________
Testes Funcionais consistem nos acionamentos de equipamentos e
instalações, alimentados pelas energias definitivas.
___________________________________
Os Testes Funcionais devem atestar a correta operação das ___________________________________
funcionalidades dos itens, conjuntos de itens, malhas, sistemas e
subsistemas operacionais. ___________________________________
Ex.: Testes de Intertravamento Lógico
___________________________________
Os testes de intertravamento lógico são executados para cada
subsistema, de modo a assegurar que todos os recursos e dispositivos
___________________________________
de intertravamento e segurança estejam em funcionamento adequado,
antes da liberação das instalações para a execução dos Testes de
Aceitação de Performance.

102 
PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________
TESTES FUNCIONAIS (TF): ___________________________________
Devem fazer parte dos Testes Funcionais pelo menos: ___________________________________
• Atuação dos dispositivos de segurança e controle;

• Movimentação em vazio de todos os atuadores mecânicos, hidráulicos e


___________________________________
pneumáticos;
___________________________________
• Rotação em vazio de motores e demais equipamentos dinâmicos;

• Atuação de disjuntores, relés e contatores; ___________________________________


___________________________________

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


TESTES FUNCIONAIS (TF): ___________________________________
Os Testes Funcionais devem ser realizados no sistema supervisório, a partir
da sala de controle, e somente serão considerados satisfatórios quando
___________________________________
todas as funções desse sistema tiverem sido avaliadas com sucesso.
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

Sala de controle.

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


TESTES DE ACEITAÇÃO DE PERFORMANCE (TAP) ___________________________________
Os Testes de Aceitação de Performance (TAP) têm como objetivo garantir que o
desempenho de cada subsistema operacional seja compatível com as
especificações e requisitos de projeto.
___________________________________
Os testes devem ser executados em condições de operação o mais próximo
possível das condições reais, utilizando fluido de processo especificado, quando ___________________________________
possível.
A liberação para execução dos TAP requer ao menos os seguintes itens:
___________________________________
• Registros dos Testes Funcionais dos componentes do Subsistema;
• Registro dos Testes de intertravamento lógico;
• Inexistência de pendências impeditivas.
___________________________________
Os resultados dos TAP devem ser registrados e comparados aos parâmetros de
projeto. Estes resultados poderão ser analisados conjuntamente pela fiscalização, ___________________________________
pela operação e, quando aplicável, por entidade classificadora / reguladora.
A aceitação dos resultados dos TAP é pré-requisito para a emissão de um Termo de
Transferência e Aceitação de Sistema (TTAS) para este sistema operacional.

103 
PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________
TESTES DE LONGA DURAÇÃO (TLD) ___________________________________
O teste de longa duração de um subsistema operacional consiste no
acompanhamento do funcionamento em operação normal durante um
período pré-definido contratualmente. Nestes testes é avaliada a
___________________________________
ocorrência de falhas relevantes pré-definidas em documentos contratuais.

No caso de ocorrência de falhas relevantes, após a correção das mesmas,


___________________________________
o período de duração do teste deve ser reiniciado.

TREINAMENTO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO:


___________________________________
Os treinamentos para qualificação dos profissionais das equipes de
operação e manutenção deverão ser previamente definidos no Plano de
___________________________________
Treinamento.

Os treinamentos teóricos deverão ser realizados previamente aos Testes


___________________________________
Funcionais e complementados com treinamento prático durante os Testes
de Aceitação de Performance.

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


___________________________________
TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS OPERACIONAIS (SOP):

Testado Ok!
___________________________________
Testado Ok!

SSOP
01.01
SSOP ___________________________________
01.02

SOP 01
___________________________________
Pendências
Testado Ok! não-
impeditivas!!
___________________________________
Testado Ok!
Pendências
___________________________________
SSOP TTAS-1 TTAS-2
saneadas
01.03

OPERAÇÃO ASSISTIDA ___________________________________

A Operação Assistida tem início a partir da transferência para o operador do


___________________________________
primeiro sistema operacional, e encerra-se depois de transcorrido um período pré-
estabelecido após o término da transferência do último sistema operacional. ___________________________________
Período contratual (ex.: 90 dias)
___________________________________
___________________________________
TTAS-1 TTAS-2

___________________________________
Esta atividade consiste no apoio às equipes de operação e manutenção por
especialistas das diversas competências necessárias ao funcionamento por
sistemas operacionais e pela instalação, colocados à disposição pela ___________________________________
Engenharia, dentro de condições de nível de serviços pré-estabelecidas.

104 
OPERAÇÃO ASSISTIDA ___________________________________
___________________________________
A conclusão da Operação Assistida em todos os SOPs
marca a conclusão do escopo do Comissionamento
___________________________________
___________________________________
ATENÇÃO !!!!
___________________________________
___________________________________
___________________________________
EQUIPE DE OPERAÇÃO ASSISTIDA EQUIPE DE SOLUÇÃO DE PENDÊNCIAS

CERTIFICAÇÃO DE OPERABILIDADE ___________________________________

Com o último TTAS-2 assinado, temos ?


___________________________________

Todos os SOP testados s/ pendências


___________________________________
___________________________________
Documentação Entregue

___________________________________
Operadores treinados
___________________________________
Sobressalentes, consumíveis,... transferidos
___________________________________

CERTIFICAÇÃO DE OPERABILIDADE ___________________________________

Com o último TTAS-2 assinado, temos ?


___________________________________
Interfaces externas estão prontas ___________________________________
(ex: fornecimento de energia elétrica) ?

___________________________________
O Sistema de Manutenção está operacional ?

___________________________________
A instalação cumpre todas as normas e
regulamentos?
___________________________________
Todas as estruturas de obra foram removidas ?
As equipes do empreendimento e contratadas já
foram desmobilizadas ?
___________________________________
As instalações estão prontas para o trabalho
normal ?

105 
TRANSFERÊNCIA DA INSTALAÇÃO ___________________________________
___________________________________
Uma vez atendidas as condições de operabilidade:
___________________________________
TTI = Termo de Transferência da Instalação
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O TTI oficializa a transferência de


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responsabilidade pelo patrimônio e
gerência das instalações, da ___________________________________
Engenharia para o Cliente.

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Engº Alexandre Guimarães ___________________________________
E-mail: amguimaraes.atnas@petrobras.com.br
Tel. 021 32293902 ___________________________________
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