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Processo de Comissionamento

em Instalações Industriais

Professor: Alexandre Guimarães


Capítulo 1 ‐ APRESENTAÇÃO
Bem vindo!
Você está iniciando o curso sobre Comissionamento em Instalações Industriais On e Offshore
oferecido pela FUNCEFET.
O termo “Comissionamento” pode despertar em você lembranças de longas experiências de
trabalho ou ser apenas um nome meio misterioso. Não se preocupe. Se você é um veterano
desta área, fique certo de que o curso trará conhecimentos novos e poderá até mesmo
surpreendê‐lo; se está sendo apresentado ao comissionamento agora, este nome estranho irá
adquirir um significado e perder o mistério. Mas para isso, sua participação é indispensável.
Não deixe de perguntar e de contribuir com sua vivência, pois a troca de conhecimentos entre
os presentes é importante para a consolidação dos conceitos que serão apresentados.
Ao final do curso teremos esclarecido o papel desta disciplina em um empreendimento e
apresentado uma metodologia para sua aplicação, desenvolvida por vários especialistas da
Petrobras e adotada como procedimento padronizado pela Engenharia da empresa. A
amplitude do tema e a limitação de tempo impedirão que os tópicos abordados sejam todos
discutidos no nível de detalhe que você provavelmente gostaria, mas os demais módulos do
programa existem para suprir essa demanda.

Bom curso!

ORGANIZAÇÃO
Com o crescente volume de novos investimentos no segmento de Oil&Gas, a falta de mão‐de‐
obra qualificada têm sido uma das principais dificuldades na implantação e desenvolvimento
de novos projetos. Especialmente na área de Engenharia Industrial, apresenta‐se uma carência
de engenheiros e técnicos qualificados que atendam ao perfil multidisciplinar necessário para
atuação neste segmento, tornando‐se desta forma indispensável à busca por uma
especialização profissional.
Este curso sobre o Processo de Comissionamento tem como objetivo atender a esta demanda
por qualificação de novos profissionais, que pretende proporcionar ao participante o
conhecimento multidisciplinar necessário dos conceitos e técnicas aplicadas ao Planejamento
e Gerenciamento de Comissionamento e Partida de Plantas Industriais, apresentando a
metodologia do processo e as ferramentas utilizadas para a execução das atividades de
Comissionamento, considerando os aspectos gerenciais, técnicos e de segurança de processo,
de forma clara e objetiva permitindo ao aluno o domínio do conhecimento teórico e das
melhoras práticas aplicadas a projetos industriais.
O método de condução das atividades em sala será conduzir um processo de conscientização
dos participantes sobre a importância do comissionamento para o sucesso do
empreendimento, apresentando os conceitos básicos do comissionamento, necessários para o
gerenciamento dessa área de conhecimento e os elementos básicos para o planejamento, a
coordenação e o controle do processo.

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EMENTA
1. Introdução ao Comissionamento
a. Conceitos do Processo
b. Principais Definições
2. Metodologia de Comissionamento
a. Etapas do Processo
b. Condições de Operabilidade
c. Gestão de Pendências
3. Engenharia, Planejamento e Controle do Processo
a. Manual do Comissionamento
b. Divisão de Sistemas e Sub‐Sistemas Operacionais
c. Rede de Precedência
d. EAP do Processo de Comissionamento
e. Cronogramas Master do Processo e de Atividades
4. Organização e Documentação do Processo
a. Estrutura Organizacional e Perfil Profissional
b. FVI – Folha de Verificação de Itens
c. FVM – Folha de Verificação de Malhas
d. Pastas de Trabalho
e. Pastas de Sistemas
5. Preservação de Equipamentos
a. Programação e Controle das Atividades
b. Medição dos Serviços de Preservação
6. Condicionamento
a. TAF – Teste de Aceitação de Fábrica
b. Inspeção de Recebimento
c. Inspeção de Completação Mecânica
d. Testes de Certificação
e. CCM – Certificação de Completação Mecânica de Sub‐Sistemas
7. Pré‐Operação & Partida
a. Testes de Funcionamento
b. TAP – Testes de Aceitação de Performance
c. Testes de Confiabilidade, Teste de Desempenho da Instalação.
8. Transferência de Sistemas Operacionais
a. TTAS – Termo de Transferência e Aceitação de Sistema – Provisório e Definitivo
b. Operação Assistida
c. TTI – Termo de Transferência de Instalação
9. Ferramentas de Gestão

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Plano de Aula ‐ COMISSIONAMENTO, PRÉ‐OPERAÇÃO E OPERAÇÃO ASSISTIDA
1ª AULA 2ª AULA 3ª AULA
Introdução ao Engenharia, Planejamento e
1º tempo Condicionamento
Comissionamento Controle do Processo
Intervalo
Introdução ao Engenharia, Planejamento e
2º tempo Pré‐Operação & Partida
Comissionamento Controle do Processo
Almoço
Metodologia de Organização e Transferência de
3º tempo
Comissionamento Documentação do Processo Sistemas Operacionais
Intervalo
Metodologia de Preservação de
4º tempo Ferramentas de Gestão
Comissionamento Equipamentos

CARGA HORÁRIA
30 horas‐aula

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Os participantes serão avaliados através trabalhos em sala de aula, onde a participação em
grupo será avaliada.

COORDENAÇÃO ACADÊMICA: PROF. RINALDO SODRÉ AGUIAR

DOCÊNCIA: PROF. ALEXANDRE DE MORAES GUIMARÃES


Engenheiro de Mecânico formado pela Universidade Gama Filho, com MBAs realizados na
Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ em Gestão Empresarial, Gestão de Negócios em Petróleo e
Gás e Gerência de Energia.
Atua há mais de 25 anos na área de projetos industriais e trabalha atualmente como Consultor
na Engenharia da PETROBRAS, responsável pelo Programa de Treinamentos em
Comissionamento das novas instalações, tendo participado na elaboração e implantação da
Metodologia de Comissionamento para aplicação em todos os empreendimentos da
Engenharia da PETROBRAS, enfocando o desenvolvimento do processo nas áreas de E&P,
Abastecimento (Refino) e Gás & Energia, atribuindo indicadores de desempenho, definição dos
critérios de planejamento do processo e apoio às equipes de fiscalização nas obras.
Participação em desenvolvimento de metodologias de Gestão de Projetos em
empreendimentos da Engenharia da PETROBRAS, enfocando as práticas de implementações,
controle de custos, escopos e prazos de execução.
Possui larga experiência acadêmica, tendo ministrado disciplinas no Curso de Graduação para
Tecnólogos em Petróleo e Gás pela Universidade Estácio de Sá, além de cursos específicos pelo
PROMINP, Instituto SENAI de Educação Superior (ISES), e Fundação Getúlio Vargas.

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CONTEXTO DO COMISSIONAMENTO
Em um fim de tarde qualquer do século XVII, três homens conversam à beira do cais de um
porto europeu. O comandante de um navio que deverá zarpar no dia seguinte para uma
viagem ao Oriente acerta os últimos detalhes com o armador e o mestre dos carpinteiros
navais. Ele passará vários meses no mar, e uma de suas poucas certezas é que este será um
tempo difícil em que terá de enfrentar situações imprevisíveis, que exigirão o máximo dele, de
sua tripulação e de seu equipamento. Em caso de problemas provavelmente não terá como
receber ajuda e deverá contar apenas com seus próprios recursos. Por isso, o comandante se
preocupa com todos os detalhes. Quer saber se o mestre verificou o navio por completo – o
cabrestante está engraxado? As velas de reserva estão no paiol? Os cabos de controle do leme
foram testados? Cobra do armador os alimentos, os remédios, as vestimentas, e não se
esquece das cartas de navegação, manuais náuticos, etc. Seus dois interlocutores são, em
última análise, os fiadores do sucesso da viagem, pois uma bomba de porão que não funcione
durante a tempestade pode significar a diferença entre a vida e a morte. Não por acaso,
ambos são muito experientes e conceituados em seus ofícios, e possuem grande
conhecimento das realidades e necessidades desse tipo de empreendimento. Não por acaso,
também, a relação entre esses três homens é marcada por uma grande confiança mútua. Só
assim os enormes riscos de tal viagem são trazidos a níveis menos insuportáveis e os
banqueiros de Antuérpia e da Liga Hanseática aceitam financiá‐la.
Se tudo estiver a contento o comandante dirá, em seu jargão naval, que o navio está
“comissionado”, ou seja, preparado para cumprir sua missão.
Em um final de tarde qualquer do século XXI, três homens conversam à beira do cais de um
porto europeu. O diretor de uma usina termelétrica que deverá entrar em operação comercial
no mês seguinte para alimentar todo o complexo portuário discute com um dos sócios da
empresa e com o gerente da construtora responsável pela implantação da usina. Ele aceitou
assumir o cargo por pelo menos três anos, e uma de suas poucas certezas é que este será um
tempo difícil em que terá de enfrentar situações imprevisíveis, que exigirão o máximo dele, de
sua equipe e de seu equipamento. Em caso de problemas, provavelmente não haverá tempo
de esperar por ajuda e terá de resolvê‐los com seus próprios recursos. Por isso, o diretor está
profundamente preocupado. Quer saber se a construtora atendeu a todos os requisitos
técnicos, pois até agora não recebeu evidências de que isso seja verdade. Cobra do sócio da
empresa as licenças, contratos de apoio operacional e outros recursos prometidos e ainda não
materializados. Seus dois interlocutores são, em última análise, os fiadores do sucesso da
operação da usina, pois um simples sensor defeituoso pode causar graves danos aos grupos
geradores e até acidentes fatais. Deveriam ser ambos muito experientes e conceituados em
seus ofícios e deveriam possuir grande conhecimento das realidades e necessidades deste tipo
de empreendimento. A relação entre os três homens deveria, também, ser marcada por uma
grande confiança mútua. Estas são condições básicas para que os riscos do empreendimento
sejam adequadamente administrados e os acionistas tenham uma razoável certeza de que seu
investimento dará o retorno previsto.
Mas não é o que acontece. Há controvérsias, desinformação, incerteza técnica, desconfiança e
acusações. A usina tem que partir, pois o cronograma já está atrasado, mas as condições
operacionais ainda são precárias. Por trás dos discursos, as equipes de campo sabem que
estão recebendo uma instalação industrial semi‐acabada, insegura, que ainda exigirá muito
esforço e tempo para ser colocada em ordem de marcha. A curva de subida em produção
prevista não será respeitada, os custos de operação & manutenção descolam do planejado, e é
melhor nem pensar no que vai acontecer com o fluxo de caixa e a taxa de retorno.
O que mudou? Por que o comandante do século XVII, apesar de todas as limitações da época,
estava comparativamente em melhores condições para iniciar sua missão do que o diretor do

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século XXI com seu aparato tecnológico? A resposta é complexa e transcende o escopo deste
artigo, mas um de seus componentes pode ser identificado nos cenários acima e será
brevemente comentado aqui: o Comissionamento.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
BENDIKSEN, T. e YOUNG, G. – Commissioning of Offshore Oil and Gas Projects – USA,
AuthorHouse, 2005
CONSTRUCTION BUILDING INSTITUTE – Planning for Start‐Up – USA, Texas University, 1998
HORSLEY, D. – Process Plant Commissioning – UK, Institution of Chemical Engineers, 1998
HARTER, K. – Power System Commissioning and Maintenance Practice – USA, Institute of
Electrical Engineers, 1998
PETROBRAS/ENGENHARIA/AG‐PIE – Manual de Gestão da Engenharia (MAGES), Volume II,
Capítulo 15 (Comissionamento e Transferência de Instalações), Rio de Janeiro, AG‐COM, 2011
U.S.ARMY – TBM5‐697 Commissioning of Mechanical Systems for C4ISR Facilities – USA,
Department of the Army, 2006
U.S. GENERAL SERVICES ADMINISTRATION / PUBLIC BUILDING SERVICE – The Building
Commissioning Guide – USA, GSA, 2005
WILKINSON, R.‐ Cx Then and Now – Apresentação feita no NE Chapter da Building
Commissioning Association, Nevada, USA, 2005

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Capítulo 2 – INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO
PROCESSO DE COMISSIONAMENTO E TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES
O processo de comissionamento é um conjunto estruturado de conhecimentos, práticas,
procedimentos e habilidades aplicáveis a um produto de engenharia (ativo) visando torná‐lo
operacional dentro dos requisitos de desempenho especificados
O objetivo central do processo de comissionamento é assegurar a transferência de um ativo
(instalação industrial, edificação, etc.) do responsável pela sua implantação para o usuário final
de forma rápida, ordenada e segura, certificando sua operabilidade em termos de
desempenho, confiabilidade e conformidade normativa.

ORIGEM DO TERMO
Em suas origens, o termo latino committere significava “confiar”, e por extensão “atribuir
cargo ou missão de confiança”. Passou para o idioma anglo‐saxão como “commissioning” e de
longa data adquiriu a conotação, no meio marinheiro, de “entregar um navio ao serviço ativo”,
indicando claramente o componente de confiança embutido neste ato. À medida que a
tecnologia naval avançava, a entrega dos navios foi ganhando características de uma atividade
específica, conhecida como Provas de Cais e Mar. Hoje, embarcações de alto conteúdo
tecnológico como, por exemplo, navios de combate exigem planejamento elaborado, tempo
considerável e muitos profissionais altamente qualificados para vencer essa etapa e para que
seus comandantes possam considerá‐los “prontos para cumprir sua missão”.
Esta evolução por muito tempo não teve correspondente claro em terra firme. A situação
começou a mudar apenas a partir dos grandes programas de engenharia posteriores à
Segunda Guerra Mundial, que exigiram novos padrões de segurança e de confiabilidade para
equipamentos complexos que deveriam operar corretamente na primeira vez em que fossem
acionados. Essa necessidade levou, por um lado, ao desenvolvimento dos conceitos da
Garantia da Qualidade hoje indispensáveis; por outro, induziu à adaptação das práticas do
comissionamento naval para as implantações de ativos industriais e a fabricação de
equipamentos sofisticados como aviões e satélites.
A transposição dessa metodologia não se fez, porém, de forma rápida ou inconteste. O
assunto manteve‐se restrito a setores de ponta, e somente a partir do final da década de 1980
surgem às primeiras iniciativas de normalização (ASHRAE Standard 1‐1989R e normas
NORSOK). A literatura especializada aparece no final dos anos 1990 (mantendo‐se até hoje
bastante reduzida) e a partir do ano 2000 tem‐se notícia da primeira legislação contemplando
o uso de técnicas de comissionamento (programa GBC / LEED para a construção civil, nos
Estados Unidos). Essa evolução, mesmo que significativa, está longe, porém, de significar
consolidação conceitual ou disseminação ampla no mercado. Não existe ainda um padrão
metodológico aceito pela maioria da indústria, e a aplicação prática do comissionamento, na
grande maioria dos casos, deixa muito a desejar. Nesse sentido, e respeitadas às proporções,
pode‐se estabelecer um paralelo entre o comissionamento, a Qualidade e a Gestão de
Projetos. Há cerca de trinta anos atrás, as duas últimas já tinham sua importância reconhecida,
havia normas ou boas práticas em uso, mas ainda não existiam padrões que nivelassem o
conhecimento e estabelecessem uma base comum para a sua aplicação. A família de normas
ISO 9000 e os guias metodológicos publicados por entidades como o PMI, o IPMA e o OGC
atingiram esse objetivo em ambas as áreas de conhecimento. O comissionamento carece ainda
de algo semelhante, embora esforços estejam sendo feitos nesse sentido e existam inclusive
estudos visando torná‐lo uma atividade passível de certificação por órgãos credenciados
(Sociedades Classificadoras, por exemplo).

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ABORDAGEM
O comissionamento, como já exposto, pode ser definido como um conjunto estruturado de
conhecimentos, práticas, procedimentos e habilidades, aplicável a produtos complexos de
engenharia com o objetivo de assegurar sua operabilidade e garantir sua transferência
ordenada e segura do construtor para o operador (ou da fase de construção e montagem para
a fase de operação estável). O comissionamento representa hoje, claramente, uma transição
de velhas práticas de implantação de ativos físicos em direção a novos conceitos que
enfatizam a operação comercial bem sucedida, e não apenas a obra encerrada, como o
verdadeiro fator crítico de sucesso de um empreendimento. O valor agregado pelo
comissionamento a um empreendimento já foi bem identificado por vários estudiosos do
assunto, assim como os ganhos econômicos proporcionados por sua aplicação correta,
conforme pode ser constatado pela leitura das referências sugeridas nesta apostila.
Porque, então, o comissionamento ainda é relativamente mal conhecido e mal aplicado? Para
entender isso, cabe traçar um perfil da situação típica da implantação de um ativo físico, tal
como ainda ocorre em boa parte dos empreendimentos. Verifica‐se nesses casos um
fenômeno que se resume em um ditado bem conhecido no mundo da engenharia: “Uma obra
não se termina, abandona‐se.” Essa percepção cínica, porém verdadeira, expressa a realidade
de um projeto mal planejado e mal gerenciado onde, após vários prazos e orçamentos
estourados, chega o momento em que é mais barato “deixar como está” e passar o problema
à frente para os futuros operadores / usuários do que concluir o escopo do empreendimento.
Declarar um ativo pronto nessas condições é uma falsa solução, acarretando uma
transferência de responsabilidades e custos para o operador / usuário, mascarando com isso
os verdadeiros custos e prazos e comprometendo o sucesso do empreendimento. A
observação mostra que em projetos conduzidos dessa maneira, o comissionamento é
efetuado segundo um roteiro relativamente padrão:
9 Início tardio e pouco planejado;
9 Entendido apenas como um conjunto de testes pré‐operacionais, o comissionamento
se torna um processo isolado do restante do empreendimento;
9 Subordinação às prioridades da Construção & Montagem (C&M);
9 Uso freqüente de conhecimento não‐estruturado;
9 Falta de integração com a operação subseqüente.
A equipe de comissionamento se vê, assim, diante de um contexto bastante desfavorável no
qual é cobrada pela solução de todos os problemas que aparecem durante os testes (muito
embora a grande maioria desses problemas não seja sua responsabilidade e as soluções
estejam fora de seu alcance), é pressionada para atender a prazos irreais e descumprir
procedimentos na tentativa de recuperar atrasos que não provocou, e recebe toda a descarga
de insatisfação do cliente e dos operadores apenas porque é a última a permanecer no ativo.
Sua capacidade de alterar a situação do ativo nesse estágio é pequena, sua participação nas
etapas anteriores do projeto (onde esta influência poderia ter sido mais produtiva) é reduzida
quando não inexistente, o valor financeiro atribuído ao seu trabalho não estimula maiores
atenções por parte dos responsáveis do projeto, e o comissionamento fica assim relegado a
um papel secundário, muito diverso daquele que tinha em suas origens.
Seria então o caso de afirmar que um bom comissionamento é a resposta para todos os males
que afligem os projetos industriais? Evidentemente, não! Porém há evidências que indicam o
comissionamento como uma das técnicas mais eficazes para assegurar uma transição suave
entre as fases de Construção & Montagem (C&M) e de Operação de um ativo, mitigando riscos

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e proporcionando uma entrada em serviço rápida e segura. De fato, o comissionamento tem
sido interpretado por vários especialistas como uma grande ação de garantia da qualidade.
Para entender essa capacidade do comissionamento, deve‐se voltar ao início e lembrar as
bases desta atividade: competência, experiência e confiança. Esperava‐se que os responsáveis
pela sua realização possuíssem:
9 Conhecimento, habilidades e atitude de alto nível em suas áreas de atividade (em
outras palavras, deviam ser líderes por competência);
9 Visão abrangente das necessidades e do funcionamento do empreendimento (visão de
negócio);
9 Credibilidade advinda da competência, da experiência e do comportamento
(autoridade moral).
Essas qualidades angariavam para esses profissionais o respeito das equipes e dos principais
interessados e, associadas às posições que ocupavam na hierarquia, asseguravam‐lhes
autonomia para exercer suas funções sem interferências, além de uma visão de conjunto que
era indispensável para que pudessem ter sucesso em sua atividade. Este quadro contrasta com
a situação comumente encontrada nos dias de hoje, e aponta um primeiro caminho para que o
comissionamento possa aumentar sua contribuição aos projetos atuais:
9 Nível de qualificação dos profissionais responsáveis por essa atividade;
9 Posicionamento adequado da atividade e de seus responsáveis na organização do
empreendimento.
O primeiro quesito pode ser atendido através da seleção de profissionais que possuam as
características citadas acima. Claro está que profissionais com este perfil são seniores, não se
encontram pelas esquinas, e custam relativamente caro. Por outro lado, não é preciso um
grande número deles; uma equipe de gestão de comissionamento normalmente não terá mais
do que cinco ou seis pessoas desse nível. O que deve ser entendido pelos responsáveis do
empreendimento é que o custo / benefício desta equipe é amplamente favorável, e não tê‐la é
sinônimo de problemas na fase crítica de transferência do ativo para o cliente / operador.
A posição do comissionamento na organização do projeto não é ponto pacífico, gerando
polêmicas entre clientes, construtores e comissionadores. Essa polêmica é alimentada por dois
pontos mal compreendidos: o método de trabalho do comissionamento e as relações que se
formam no ambiente do projeto entre construtores, comissionadores e cliente. Sem entrar em
detalhes, cabe notar que o método de trabalho do comissionamento difere conceitualmente
do método da C&M, e que a ação do comissionamento coloca‐o amiúde em desacordo com o
construtor e alinhado com os interesses do cliente. Essas constatações sugerem que a
subordinação usual do comissionamento à C&M merece reavaliação, de modo a não apenas
eliminar as causas de conflito observadas como também devolver ao comissionamento a
capacidade de integração que representa uma das maiores contribuições que esta disciplina
pode oferecer a um empreendimento.
Ter responsáveis com qualificação sênior, dotados de prestígio e qualidades de liderança,
posicionados na organização de modo a poder atuar com autoridade e autonomia, é, portanto
o primeiro passo para que o comissionamento possa produzir resultados significativos. Mas
não basta. São precisos metodologia, procedimentos e infraestrutura. Para avançar neste
terreno, é conveniente retornar à questão do método de trabalho apontada acima. Este
método pode ser definido por três elementos, a saber:
9 Visão Operacional – o ativo existe para efetuar operações de forma estável e confiável,
dentro de requisitos de desempenho especificados;

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9 Abordagem por Sistemas Operacionais – o ativo é composto por sistemas operacionais
interligados de forma lógica e que desempenham etapas delimitadas de um processo
e/ ou função conhecido;
9 Execução Progressiva Ascendente – as ações de campo são executadas seguindo uma
seqüência que se inicia nos componentes isoladamente até a instalação como um
todo, e cada passo desta seqüência só pode ser realizado se as ações precedentes
tiverem sido efetuadas com sucesso.
Este método pode ser desdobrado em metodologias diversas, ajustadas à natureza variada dos
empreendimentos. Todas, no entanto, devem partilhar algumas características comuns, tais
como:
9 Ter como objetivo assegurar a operabilidade do ativo
9 Ênfase em planejamento
9 Início de aplicação pelo menos na fase de projeto executivo do empreendimento
9 Emprego de técnicas de garantia da qualidade
9 Integração (não subordinação) com a C&M
9 Estímulo à participação do cliente / operador
9 Transferência gradual do ativo do construtor para o operador
O primeiro tópico traz um conceito aparentemente novo, mas que se alinha com a noção de
que o ativo é um instrumento a serviço de um negócio, e que o fator de sucesso é o negócio
bem sucedido. Assegurar a operabilidade significa fazer com que o ativo não apenas funcione
no sentido “eletro‐mecânico” do termo, mas que seja transferido ao cliente com todas as
condições necessárias à sua operação normal atendidas. Treinamento, sobressalentes,
contratos de apoio, licenças, etc. fazem parte da operabilidade de um ativo.
O planejamento é a essência do comissionamento. Muitas das atividades de campo típicas
desta área podem ser executadas por equipes de C&M ou mesmo de Operação & Manutenção
(O&M), mas o planejamento da entrada em serviço de um ativo é algo que deve ser feito por
profissionais especializados. É um grande equívoco achar que este planejamento cobre apenas
a fase final da C&M, por um período curto de tempo. Ao contrário, para que a fase de entrada
em operação de um ativo seja bem sucedida é necessário iniciar sua preparação muito antes,
ainda na fase de Projeto Executivo ou mesmo antes. É neste ponto que as informações de
engenharia começam a ser estruturadas de modo a atender não apenas às necessidades de
Suprimentos e C&M, mas também às de entrada em operação do ativo. O planejamento deve
ser consolidado em um Plano ou Manual, elaborado o mais cedo possível, e que defina como o
comissionamento será organizado, coordenado, executado e controlado. A partir daí o
planejamento evolui junto com o empreendimento, chegando ao nível de programação (folha
tarefa) no campo.
Em paralelo com o planejamento ocorre o desenvolvimento da documentação de apoio,
atividade chamada por alguns de “Engenharia de comissionamento”. Trata‐se da elaboração
de um conjunto de documentos definidores do universo de aplicação do comissionamento no
empreendimento, da definição das lógicas de processo e de partida do ativo, dos
procedimentos de execução das atividades de campo, dos registros dessas atividades e de
certificação dos resultados. Em especial, destacam‐se pela sua importância a Lista de Sistemas
Operacionais, a Rede de Precedência de Partida, os Certificados de Completação Mecânica e
os de Termos de Transferência e Aceitação. A Lista define como um ativo terá seu processo
dividido logicamente e quais os elementos que irão compor a seqüência de partida do mesmo;
a Rede estabelece esta seqüência; os Certificados indicam que os sistemas ou subsistemas

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operacionais encontram‐se aptos a iniciar seus testes funcionais; os Termos, finalmente,
marcam o final desses testes e indicam que os sistemas estão prontos para operação normal.
Esses documentos podem ter diversos títulos, mas seu conceito permanece o mesmo em
qualquer metodologia de comissionamento.
A gestão do comissionamento deve ser feita segundo o princípio da garantia da qualidade que
estabelece a relação procedimento aprovado / ação executada / resultado certificado /
registro efetuado. Outro princípio a ser respeitado é o da rastreabilidade das informações.
O histórico das ações efetuadas sobre cada item comissionável, subsistema e sistema deve ser
preservado e colocado à disposição do cliente / operador em formatos que permitam a
recuperação e uso das informações, especialmente pelas equipes de manutenção. Nesse
particular, deve ser ressaltado que as informações produzidas pelas ações de
comissionamento são entradas para os sistemas de gestão de manutenção dos ativos e devem
ser organizadas / formatadas com essa finalidade em vista. Ainda sob o ângulo da qualidade,
note‐se que não se aplica ao comissionamento o critério de amostragem. Se um determinado
tipo de item comissionável (classe de itens) deve ser submetido a um dado teste, então todos
os itens daquela classe serão testados. A aplicação destes conceitos com rigor é um dos
elementos básicos para dar ao comissionamento a componente de confiança que é a sua
essência.
Outro elemento básico para estabelecer a relação de confiança essencial é a participação do
cliente / operador. As metodologias de comissionamento atuais preconizam que o cliente /
operador acompanhe o planejamento desde o início, com oportunidade para opinar sobre
aspectos que afetarão a rotina futura de O&M como, por exemplo, a organização do ativo em
sistemas e subsistemas operacionais. Durante a fase de testes funcionais o acompanhamento
transforma‐se em participação ativa, pois o ideal é que os operadores realizem os testes de
desempenho (mantida a responsabilidade dos trabalhos com o construtor). Esse procedimento
atende a dois objetivos: corresponde à parte prática do treinamento dos operadores e
promove o comprometimento destes com os resultados do trabalho. As observações mostram
que dessa forma os atritos entre construtor e cliente / operador diminuem drasticamente e as
condições de operabilidade são mais facilmente atingidas. No entanto, as observações
mostram também que esse resultado exige quase sempre um esforço de comunicação e
negociação por parte dos responsáveis do comissionamento, no sentido de vencer resistências
e pré‐conceitos de ambos os lados.
A participação dos operadores também é indispensável para permitir a aplicação do princípio
da transferência gradual do ativo. Esse princípio estabelece que o cliente / operador aceite e
assuma a responsabilidade por cada sistema operacional à medida que os respectivos testes
de aceitação de desempenho / confiabilidade sejam executados com sucesso e as demais
condições de operabilidade correspondentes estejam atendidas. Dessa forma a transferência
se distribui ao longo de um intervalo de tempo, tornando‐se mais gerenciável para ambas as
partes.
Finalmente, cabe esclarecer um ponto básico que foi propositalmente deixado paro o final: a
Operabilidade. Em termos sucintos, este conceito pode ser descrito como a capacidade de um
ativo de atender a seus requisitos de desempenho especificados enquanto operando de forma
estável e confiável.
A operabilidade de um ativo é comprovada através do atendimento às seguintes condições:
1. Todos os sistemas operacionais do ativo estão transferidos para o operador, livres de
pendências;
2. O controle das energias utilizadas no ativo está inteiramente transferido para o
operador;

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3. As equipes de operação e de manutenção receberam todo o treinamento necessário
para guarnecer o ativo;
4. A documentação necessária à operação & manutenção do ativo está atualizada e
disponível para os usuários;
5. As dotações previstas de sobressalentes, ferramentas e consumíveis de processo estão
aprovisionadas;
6. O ativo está conforme a todas as normas e regulamentos aplicáveis;
7. As interfaces externas do ativo, necessárias ao seu funcionamento, estão operacionais;
8. O ativo dispõe de todas as licenças e contratos necessários ao seu funcionamento;
9. Os dispositivos e instalações temporárias de obra foram retirados, a área ocupada está
reconstituída e não há mais empreiteiras no perímetro do ativo;
10. O sistema de gestão de manutenção do ativo está operacional.
As responsabilidades pelo atendimento das condições de operabilidade listadas para um
empreendimento devem estar esclarecidas em contrato de forma clara antes do início das
atividades, detalhando‐as quando necessário em sub‐tarefas.
A certificação das condições de operabilidade atribuídas ao projeto corresponde ao fim do
escopo técnico do projeto, e conseqüentemente do processo de comissionamento, e permite
a transferência do ativo (conhecida como Transferência das Instalações) ao operador.
O processo de comissionamento opera na interface entre a operação de um empreendimento,
responsável por sua implantação, e os agentes executores do mesmo, conforme representado
pelo esquema abaixo, possuindo um caráter integrador e agregando a visão operacional à
gestão do empreendimento.

Figura 1
Processo de Comissionamento de um Empreendimento com
foco na Operabilidade da Instalação

Os responsáveis pela gestão e execução do processo de Comissionamento e Transferência de


Instalações, devem estar definidos dentro dos limites contratuais entre as partes, e o escopo
dos serviços necessários à realização do processo deve ser distribuído entre a equipe do
projeto, as contratadas e o operador de acordo com a estratégia de implantação definida para
o empreendimento.
O comandante do navio do século XVII teria dificuldades para entender os termos modernos
da lista acima, mas certamente concordaria com seu significado. Ela define os mesmos

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objetivos que ele perseguia quando se preparava para a longa viagem. Hoje, como ontem,
estes são os objetivos a atingir na implantação de um empreendimento, pois são os que
asseguram aos que recebem a missão de operá‐los que poderão fazê‐lo em segurança e com
eficácia. O gerente de projeto e o construtor são os fiadores modernos do sucesso, e o
comissionamento é um instrumento poderoso de que podem dispor para oferecer ao cliente a
operabilidade desejada. Sua aplicação correta em um empreendimento não irá garantir o
sucesso do negócio, mas dará uma grande contribuição neste sentido.

INÍCIO DO PROCESSO

O Front End Loading ou simplesmente FEL é um processo muito utilizado em projetos de mega
empreendimentos, tecnicamente denominados de projetos de capital. Estes projetos
requerem grandes investimentos e os processos FEL são utilizados com o objetivo de
minimizar os riscos de investimentos em projetos não viáveis e sem atratividade para a
organização. Normalmente o FEL é utilizado no setor industrial como, por exemplo, mineração,
energia e petroquímica onde os projetos são de alta complexidade e de altos custos.

FEL é um processo que visa esclarecer os objetivos empresariais e potencializar o alinhamento


estratégico entre as iniciativas (empreendimento, objeto ou trabalho a ser desenvolvido) e
estes objetivos, visando otimizar a produtividade através da eliminação de investimentos em
projetos não rentáveis e desalinhados com a estratégia do negócio. O FEL ajuda a definir bem
o escopo e gerar um planejamento detalhado que garanta o mínimo de retrabalho e mudanças
durante a fase de execução dos componentes (projetos, programas e outros trabalhos) do
portfólio ou carteira de projetos da organização.

Figura 2
Ciclo de vida do empreendimento segundo a
Metodologia FEL – Front End Loading

O FEL é dividido em três fases com pontos de análise e aprovação, chamados de gates, entre
estas fases. Estas fases são:

9 FEL I – corresponde à fase de análise do negócio, cujo objetivo é avaliar a atratividade


e oportunidade de investimento. Nesta fase os objetivos do projeto são alinhados aos
objetivos estratégicos da organização.

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9 FEL II – corresponde à fase de estudo de viabilidade técnica e econômica. Esta fase é
responsável em selecionar as alternativas (opções para desenvolver as iniciativas),
estratégia de contratação e seleção tecnológica.

9 FEL III – corresponde à fase de engenharia básica (primeira fase da implantação de um


projeto onde são revistos os trabalhos de engenharia preliminar que consiste em
estudos de viabilidade, lista de equipamentos, fluxogramas e layouts) e visa o
desenvolvimento do projeto básico e do planejamento da execução do projeto. Nesta
fase, o escopo é fechado através do detalhamento do produto.

9 FEL IV – implantação do projeto

9 FEL V – operação

Segundo a metodologia FEL, o processo de comissionamento se inicia na Fase III (projeto


básico do empreendimento) e se estende até o final da Fase IV (implantação), sendo o esforço
principal realizado nesta última fase, conforme mostrado na figura a seguir.

Figura 3
Posicionamento do comissionamento e transferência de
instalações em um empreendimento

Durante a Fase III o comissionamento atua de forma complementar, gerando pelo menos os
seguintes resultados:
9 Identificação e definição preliminar dos sistemas operacionais;
9 Definição preliminar da seqüência de partida do ativo;
9 Análise do projeto básico com vistas à operabilidade do ativo;
9 Definição da estratégia de contratação e execução do comissionamento na Fase IV

Na Fase IV o comissionamento exerce papel integrador no empreendimento, atuando nas


seguintes frentes:
9 Apoio ao projeto executivo para assegurar a funcionalidade e a mantenabilidade do
ativo;
9 Apoio aos suprimentos para assegurar que a aquisição de materiais e serviços
contemple os aspectos necessários de comissionamento;

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9 Apoio à gestão para assegurar que o planejamento incorpore todas as informações
relativas às atividades de comissionamento, em especial as de pré‐operação e partida
do ativo;
9 Apoio à construção & montagem para assegurar a integração entre as atividades desta
área e as do comissionamento;
9 Apoio ao operador para assegurar que as condições de operabilidade sob
responsabilidade dele sejam atendidas, e que os subsídios necessários ao
comissionamento, em especial à pré‐operação & partida, sejam colocados à disposição
conforme planejado;
9 Apoio às empresas contratadas para assegurar que suas responsabilidades em relação
ao comissionamento sejam entendidas e cumpridas.

As principais atividades de comissionamento na Fase IV são:


• Contratação:
o Definição da estratégia de contratação do comissionamento
• Gerenciais:
o Planejamento e Gestão
o Documentação
• Campo:
o Preservação
o Condicionamento
o Pré‐Operação & Partida
o Gestão de Pendências
o Operação Assistida

Estas atividades e seu encadeamento são mostrados na figura abaixo.

Figura 4
As atividades de comissionamento na Fase IV

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Nota‐se, de início, a duração preconizada para o processo de comissionamento. Ele se inicia
durante a fase de desenvolvimento do projeto de Engenharia (Executivo ou Básico) e se
estende até a completa entrega do ativo, bem após o encerramento da C&M. É o processo
mais longo do empreendimento, embora isso não signifique que seja o mais caro ou o maior
consumidor de recursos. Essa duração corresponde à conveniência de inserir no
empreendimento, o mais cedo possível, os conceitos, o planejamento e as informações que
servirão para atingir a meta da Operabilidade e, no outro extremo, de assegurar essa mesma
Operabilidade.

O Comissionamento verifica e registra o funcionamento e o desempenho de componentes


(itens), equipamentos e sistemas, identificando e solucionando as pendências, não
conformidades, defeitos e falhas, quando existirem, desde a fase de projeto até a
transferência das instalações ao operador.

A transferência de instalações do construtor para o operador deve ser ordenada e segura,


assegurando a confiabilidade operacional e a rastreabilidade das informações.

O eixo principal do processo é composto pelas atividades de Condicionamento, Preservação e


de Pré‐Operação & Partida, que conduzem à operação do ativo. Este eixo é balizado por
quatro documentos: Relatórios de Inspeção de Recebimento (RIR), Certificados de
Completação Mecânica (CCM), Teste de Aceitação de Performance (TAP) e Termos de
Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS), os quais marcam os limites de início e fim de
cada atividade.

A Transferência de Instalações se conclui com a emissão do Termo de Transferência de


Instalações (TTI).

Uma ação que precede o efetivo início do processo de comissionamento é a definição do seu
modo de execução. Dependendo da estratégia adotada para o empreendimento, este
processo poderá ser assumido, em todo ou em parte, pela própria equipe do empreendimento
ou contratado de diferentes formas e em diferentes momentos. Como diretrizes, cabe
ressaltar a conveniência de contratar a empresa responsável pelo comissionamento o mais
cedo possível, as prováveis dificuldades advindas da subordinação do comissionador ao
construtor / montador e a função de assessoria que esta empresa pode assumir junto à equipe
do empreendimento nos aspectos relativos à qualidade do produto (ativo físico). Como apoio à
contratação dos serviços de comissionamento foi elaborado um conjunto de Diretrizes
Contratuais, alinhado com a metodologia aqui apresentada e aplicável aos diversos tipos de
empreendimentos da Petrobras mediante a configuração de uma matriz de responsabilidades
e de alguns dados de entrada.

Outro ponto relevante é a terminologia. A multiplicidade de práticas de comissionamento traz


consigo uma variedade de nomenclaturas, o que evidentemente dificulta a transmissão do
conhecimento e o debate. Nomes diferentes para os mesmos conceitos e definições pouco
rigorosas exigiram que a construção da nova metodologia se iniciasse pela criação de um
glossário preciso para as várias etapas e atividades do comissionamento. Os termos utilizados
na metodologia aqui apresentada procuram respeitar o uso comum, evitam na medida do
possível expressões em inglês e buscam associações claras entre termos e significados. Este
glossário encontra‐se no Capítulo 2 desta apostila.

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Capítulo 2 – TERMINOLOGIA DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO
ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE FORNECEDORES
Assistência prestada pelo fornecedor, estabelecida contratualmente no momento da aquisição
do componente, que deverá ser executada mediante programação de atividades realizada pela
Contratada para a instalação e entrada em operação.

ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE ENGENHARIA


É a assistência executada pela empresa ou área de engenharia por solicitação do operador
após a transferência das instalações, ou seja, na conclusão do processo de comissionamento.
O escopo da Assistência Técnica não deverá ser contemplado no contrato de serviços, uma vez
que, conforme definição acima, os serviços de Assistência Técnica serão executados após o
encerramento do Empreendimento (Transferência das Instalações) e, portanto, não estarão
cobertos pelo contrato por conta do mesmo já ter sido encerrado.

ATIVIDADES DE PRESERVAÇÃO DEFINIDAS


Conjunto de atividades efetuadas sobre os itens comissionáveis visando mantê‐los em boas
condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o momento de
sua preparação para Partida (quando é substituída pela manutenção).
As atividades de preservação deverão ser exercidas de acordo com as recomendações dos
fabricantes sempre que estas existirem, ou conforme as melhores práticas reconhecidas dessa
atividade, sendo pré‐requisito para que a garantia do fabricante seja assegurada.
Havendo necessidade, as atividades de preservação podem iniciar durante a preparação para o
transporte entre o fornecedor e o canteiro de obras.

AUTORIZAÇÃO PARA TESTES DE FUNCIONAMENTO (ATF)


Documento emitido pela engenharia solicitando ao operador de uma unidade em operação
autorize o início da fase de Pré‐Operação & Partida de um subsistema operacional (SSOP),
sempre que os testes deste SSOP interferirem com o funcionamento ou a segurança daquela
unidade.

BLANK TEST
Teste efetuado sobre todas as malhas elétricas de uma instalação (potência, controle,
comunicação e dados), na fase de Condicionamento, com o objetivo de confirmar sua
continuidade através da injeção de sinal de baixa potência.

CERTIFICAÇÃO DA OPERABILIDADE
Aplicação da Lista de Verificação de Operabilidade ao ativo de modo a atestar que o mesmo se
encontra em condições de ser transferido para a operação.
A certificação da operabilidade deve ser efetuada pela engenharia responsável ou,
opcionalmente, por uma terceira parte.

CERTIFICADO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA (CCM)


Documento emitido pelo executante do Condicionamento de uma instalação atestando que
um SSOP atende aos quesitos da Lista de Verificação de Completação Mecânica e se encontra
apto a iniciar seus testes de funcionamento, não possuindo pendências impeditivas à
completação mecânica.
A aceitação de um CCM pela engenharia assinala o final da fase de Condicionamento para o
SSOP correspondente e, por conseguinte, a aceitação de todos os CCM previstos para a

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instalação (conforme a Lista de Sistemas Operacionais) marca o encerramento da etapa de
Condicionamento daquela instalação.

CERTIFICADOS DE TESTES E CALIBRAÇÕES


Documento que comprova a execução de um teste ou calibração dentro de parâmetros
previamente definidos.

CERTIFICADOS DE TESTES E CALIBRAÇÕES PREENCHIDOS


Registros da aplicação de procedimentos de teste a itens comissionáveis, preenchidos
conforme previsto no procedimento correspondente, contendo os resultados da aplicação do
procedimento e assinados pelo executante, pela área da Qualidade do executante e pela
fiscalização da engenharia contratada pelo operador.

CLASSE DE ITENS COMISSIONÁVEIS


Grupo de itens comissionáveis de um ativo que executam funções similares e que possuem
características técnicas semelhantes. Sinônimo de Família de Itens Comissionáveis.

COMISSIONAMENTO
Conjunto estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e habilidades aplicáveis de
forma integrada a uma instalação, visando torná‐la operacional, dentro dos requisitos de
desempenho desejados, tendo como objetivo central assegurar a transferência da instalação
do construtor para o operador de forma rápida, ordenada e segura, certificando sua
operabilidade em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações.

COMPLETAÇÃO MECÂNICA
Evento que assinala o final da fase de Condicionamento de um SSOP, caracterizado pela
emissão do respectivo Certificado.

COMPROVAÇÃO DO ATENDIMENTO AS ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO


Evidências obtidas através de testes que comprovam que os Sistemas Operacionais (SOPs)
operam de acordo com as especificações de projeto.

CONDICIONAMENTO
Conjunto de atividades realizadas em todos os itens comissionáveis e malhas da instalação,
com o objetivo de torná‐los aptos a iniciar seus testes de funcionamento.
O Condicionamento inclui, tipicamente, testes de aceitação em fábrica, inspeções estáticas
(recebimento, conformidade física, etc.), atendimento a normas reguladoras, aferições e
calibrações, testes de pressão, preparação de tubulações para receber fluidos, testes de
componentes elétricos desenergizados, e similares.

CONTRATO E SEUS ANEXOS


Documento formal acordado entre as partes (contratada e contratante) que define os
requisitos, premissas e restrições para a execução do escopo, sendo a principal fonte de
informação para o gerenciamento do contrato. Inclui a documentação técnica e
correspondências circulares trocadas na fase licitatória.

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DA PRESERVAÇÃO DEFINIDOS


Definição da sistemática para medição e pagamento das atividades de preservação no campo.

CRONOGRAMA DO EMPREENDIMENTO
Documento que mostra os marcos principais e as atividades que serão realizadas em escala de
tempo, sendo representado normalmente através de um Diagrama de Barras (também

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chamado Gráfico de Gantt) ou Diagrama de Rede. Também conhecido como Cronograma
Físico.

CRONOGRAMAS DO COMISSIONAMENTO
Documentos de planejamento e controle das atividades de comissionamento que contém
informações físicas e/ou financeiras relativas ao projeto, usado para elaboração de projeções e
análises que possam subsidiar a gerência do empreendimento na tomada de decisões.

DADOS DE FABRICANTES DE ITENS COMISSIONÁVEIS


Dados sobre as características e o desempenho dos itens comissionáveis, fornecidos por seus
fabricantes e necessários para identificá‐los, preservá‐los, condicioná‐los, mantê‐los, testá‐los
e colocá‐los em operação.

DEFINIÇÃO DE REPRESENTANTES DA ENGENHARIA, OPERAÇÃO E CONTRATADA(S)


Definição dos profissionais que representarão a Engenharia, o Operador a(s) Contratada(s)
para desenvolvimento do planejamento do comissionamento. Estas dados devem estar
inclusos no Plano de Comunicação do empreendimento.

DESMOBILIZAÇÃO DE PESSOAL
Encerramento das etapas do projeto e/ou das atividades com a devida desmobilização das
equipes

DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL E CONFORME OS REQUISITOS


Conjunto de documentos técnicos em conformidade com os requisitos do cliente e específicos
da Engenharia.

DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS ENVIADOS PARA A OPERAÇÃO


A partir do momento da transferência do último SOP pertencente à instalação, toda a
documentação de Engenharia deve estar atualizada (as‐built, relatórios de não‐conformidade,
documentação de Construção & Montagem, pastas de Sistemas, etc.).

EAP DO COMISSIONAMENTO
A Estrutura Analítica de Projeto (EAP) é o agrupamento de elementos do projeto orientados ao
resultado principal que organiza e define o escopo total do trabalho do projeto. Cada nível
descendente representa uma definição cada vez mais detalhada do trabalho do projeto, até o
nível que permita o gerenciamento e controle adequado do trabalho pelo empreendimento.
Este documento é acompanhamento do avanço das atividades e de controle de valores. Seu
modelo pode variar em função das práticas do usuário, mas deverá conter no mínimo a
mesma subdivisão de valores existente no contrato, e a distribuição das parcelas no tempo de
acordo com o Cronograma do Comissionamento.

EQUIPE DE COMISSIONAMENTO
São os técnicos e engenheiros da empresa de contratada para a execução das atividades de
comissionamento nos canteiros.

ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS DESMONTADAS E/OU REMOVIDAS


Andaimes, tapumes, contêineres, todas as estruturas e/ou objetos que não sejam necessários
à operação da instalação devem ser desmontados e/ou removidos após a conclusão da obra. A
instalação deve ser entregue em condições adequadas de limpeza, conforme acordado com o
cliente. É um dos requisitos para a Certificação da Operabilidade.

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FERRAMENTAS E MATERIAIS PARA APLICAÇÃO DAS ROTINAS AOS ITENS
Coletânea de equipamentos, ferramentas coletivas e individuais, materiais de aplicação e
consumíveis necessários para executar as rotinas de preservação ou de manutenção aos itens
que devam recebê‐las.

FERRAMENTA DE INTEGRAÇÃO E COMISSIONAMENTO (FIC)


Ferramenta de Integração & Comissionamento é um software da Petrobras que provê suporte
ao processo de planejamento e gestão do Comissionamento. Gerencia as informações dos
itens comissionáveis, contendo informações de identificação do item e histórico das atividades
de comissionamento a que foi submetido, inclusive a Preservação. Cada item comissionável é
identificado por um TAG e vinculado a um subsistema e sistema aos quais pertence e é
caracterizado por um conjunto padronizado de dados técnicos, de acordo com sua natureza.

FICHAS DE VERIFICAÇÃO
Formulários espelho dos registros de itens comissionáveis e de malhas da ferramenta de
controle do comissionamento, onde são registradas as ações de comissionamento e que
servem como evidência objetiva de sua execução.

FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM (FVI)


Formulário espelho dos registros de itens comissionáveis, onde são registradas as ações de
comissionamento efetuadas sobre cada item e que serve como evidência objetiva de sua
execução.

FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE MALHA (FVM)


Formulário espelho dos registros de malhas da ferramenta de controle do comissionamento,
onde são registradas as ações de comissionamento efetuadas sobre cada malha e que serve
como evidência objetiva de sua execução.

GESTÃO DE ENERGIAS
Conjunto de ações efetuadas durante as fases de Condicionamento e Pré‐Operação & Partida
com o objetivo de assegurar que todos os testes que envolvam o uso de energias sejam
executados dentro de condições adequadas de segurança.

GESTÃO DE PENDÊNCIAS
Conjunto de ações efetuadas durante a implantação física do ativo com o objetivo de
assegurar a identificação e o tratamento das pendências em tempo hábil, evitando
interferências sobre o andamento do trabalho.

ÍNDICE DE PERFORMANCE OPERACIONAL (IPO)


O indicador IPO mede o nível de operabilidade da instalação através da relação entre a
quantidade de produto entregue pela instalação e a capacidade de produção nominal de
projeto, decorridos um ano da entrega de cada instalação.

INSPEÇÃO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA


Aplicação da Lista de Verificação de Completação Mecânica a um SSOP de um ativo, com o
objetivo de atestar sua aptidão para início dos testes de funcionamento (Pré‐Operação &
Partida).

INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO
Verificação da conformidade quantitativa e das condições de entrega (por inspeção visual) dos
itens comissionáveis recebidos em seu local de aplicação.

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INSPEÇÕES DE NORMAS REGULADORAS
Inspeções executadas em atendimento às Normas Reguladoras Brasileiras (NR) do Ministério
do Trabalho.

ITEM COMISSIONÁVEL
Qualquer componente físico associado a uma função ou suporte de processo. O mesmo que
item “tagueado” no fluxograma de processo.

ITENS DE CONHECIMENTO
Pontos de atenção, boas práticas, ou lições aprendidas, que necessitam ser cadastradas de
forma a agregar valor a serem absorvidos e aplicáveis em empreendimentos futuros.

ITENS E EQUIPAMENTOS PRESERVADOS


Qualquer componente classificado como instrumento, equipamento, acessório, tubulação,
área ou loop de controle na função automação “tagueados”, que possa alterar qualquer
processo ou que esteja sujeito a Inspeção por entidade governamental ou certificadora, em
boas condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o
momento de sua preparação para Partida.

LIMPEZA DE TUBULAÇÕES
Ação realizada na fase de Condicionamento efetuada pela Construção & Montagem sobre uma
tubulação (ou trecho de tubulação) com o objetivo de retirar de seu interior os resíduos de
fabricação e montagem e eliminar a corrosão.

LISTA DE ITENS COMISSIONÁVEIS


Relação de todos os itens comissionáveis de um ativo, normalmente organizada por classes de
itens (itens tecnicamente similares).

LISTA DE PENDÊNCIAS
Relação de pendências e desvios decorrentes dos não atendimentos aos requisitos contratuais,
identificadas durante a execução de uma obra, contendo sua classificação, ações corretivas,
prazos de saneamento, responsáveis e status de resolução.
São identificados por meio da observação das atividades rotineiras, aplicação de LVs,
verificação dos RDO auditorias, dentre outros.
São classificadas como não‐impeditivas e impeditivas e necessitam de tratamento para o
atendimento da conformidade com os requisitos do contrato.
Deve estar consolidada em um único Sistema de Gestão de Pendências, acessível a todos s
envolvidos no processo.

LISTA DE SISTEMAS OPERACIONAIS


Relação estruturada de todos os sistemas e subsistemas operacionais que compõem a
instalação.

LISTAS DE ITENS COMISSIONÁVEIS, SOBRESSALENTES, CONSUMÍVEIS E SIMILARES


Relações de materiais a ser submetidos aos procedimentos de comissionamento,
sobressalentes de partida e de operação, consumíveis necessários à PO&P, e outras similares
que se façam necessárias para planejar, organizar e controlar a transferência do ativo.

LOOP TEST
Teste de funcionamento efetuado sobre uma malha elétrica, hidráulica ou pneumática.

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MALHA
Conjunto interligado de itens comissionáveis que deva sofrer atividades de comissionamento
como uma unidade funcional.

MANUAL DE COMISSIONAMENTO
Coletânea de documentos que estabelece como o processo de comissionamento deverá ser
organizado, coordenado, executado e controlado em um empreendimento.
Trata‐se de um documento contratual, elaborado pela contratada e aprovado pela fiscalização
da engenharia, cujo objetivo é estabelecer as condições de realização dos serviços de
comissionamento, em termos de organização, responsabilidades, procedimentos gerenciais,
gestão do tempo e dos recursos, entre outros.

MANUAL DE EQUIPAMENTO
Coletânea de documentos de especificação, operação e manutenção de um equipamento ou
componente, fornecida pelo seu fabricante.

MANUAL DE MANUTENÇÃO
Coletânea de documentos que estabelece como as atividades de manutenção de um ativo
devem ser planejadas, organizadas, executadas e controladas.

MANUAL DE OPERAÇÃO
Coletânea de documentos que estabelece como a operação de um ativo deve ser planejada,
organizada, executada e controlada.

MATRIZ DE RESPONSABILIDADES
Documento que relaciona os processos as atividades vinculados a cada integrante da força de
trabalho.
Nela deverá conter relação nominal de todos os membros da equipe e a distribuição dos seus
níveis de responsabilidade.

MEMORIAL DESCRITIVO (MD)


O memorial descritivo é o documento onde devem estar concentradas as informações geradas
por todas as disciplinas envolvidas no projeto. Este documento tem por objetivo apresentar
uma descrição geral do projeto e das instalações envolvidas.

NORMAS E REGULAMENTOS TÉCNICOS APLICÁVEIS


Conjunto de normas e regulamentos externos ou internos que se apliquem por força de lei ou
de contrato ao processo de comissionamento.

NORMAS TÉCNICAS
Documentos normativos estabelecidos por consenso e aprovado por um organismo
reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características
para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em
um dado contexto.

OPERABILIDADE
É a medida da qualidade da operação de uma instalação industrial, através do atendimento à
seus requisitos de desempenho especificados enquanto funcionando de forma estável e
confiável

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OPERAÇÃO ASSISTIDA
Atividade de apoio às equipes de operação e manutenção do operador após a transferência de
um SOP, com o objetivo de assegurar que o início da operação seja a continuação segura da
pré‐operação & partida.

OPERADOR
Proprietário da instalação, ou cliente final do ativo em implantação. Não deve ser confundido
com a atividade funcional de operar uma instalação. Não deve ser confundido com funcionário
da operação.

FUNCIONÁRIOS DA OPERAÇÃO TREINADOS


Qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção para executar atividades
de operação e manutenção nos Sistemas Operacionais testados.

ORIENTAÇÕES DE PRESERVAÇÃO DOS FORNECEDORES / FABRICANTES


Orientações passadas pelos fabricantes com as recomendações básicas para preservação de
equipamentos / itens. O atendimento a essas atividades é pré‐requisito para que a garantia do
fabricante seja assegurada.

PARTIDA
Conjunto de testes de desempenho e de confiabilidade aplicados aos SSOP e SOP de um ativo
com o objetivo de comprovar sua plena funcionalidade e avaliar seu desempenho em
condições reais.

PASTA DE SISTEMA
Coletânea ordenada de todos os documentos de comissionamento relativos a um dado
sistema ou subsistema operacional.

PASTA DE TRABALHO
Conjunto de documentos e informações necessários para orientar e apoiar a realização de uma
ou mais tarefas de campo, e que deve ser portada pelo respectivo executante.

PENDÊNCIA
Qualquer atividade pertencente ao escopo do projeto, não realizada conforme planejado ou
realizado de maneira não conforme.

PENDÊNCIAS SANADAS E ACEITAS


Pendências verificadas em conjunto com o operador devidamente resolvidas por parte do
executante.

PLANEJAMENTO DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM


Conjunto de documentos que definem como a C&M de um ativo deverá ser organizada,
coordenada, executada e controlada.

PLANEJAMENTO DE TREINAMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA


Atividade elaborada pelo responsável pelo processo de comissionamento para planejar,
organizar e controlar as atividades de treinamento de operação & manutenção, assistência
técnica de fornecedores e outras atividades similares.

PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO


Atividade que define as diretrizes para organização, coordenação, execução e controle das
atividades de comissionamento e gerencia sua aplicação ao longo de todo o processo.

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PLANEJAMENTO E GESTÃO DE TREINAMENTOS
Atividade de identificar as necessidades, planejar, coordenar e controlar a aplicação dos
treinamentos operacionais e de manutenção necessários ao funcionamento do ativo. O
responsável pelo comissionamento aplica diretamente os treinamentos relativos aos SSOP e
SOP, cabendo normalmente aos fabricantes os treinamentos dos itens comissionáveis.

PLANO DE DOCUMENTAÇÃO
Documento que descreve as atividades desenvolvidas nas etapas de execução e controle do
processo de gestão da documentação técnica de um empreendimento. Tem como objetivo
permitir maior agilidade na execução das atividades de documentação técnica e garantir sua
entrega ao operador, no padrão acordado.

PLANO DE GERENCIAMENTO DA INTEGRAÇÃO DO EMPREENDIMENTO


Documento formal que integra e coordena os demais planos do empreendimento (escopo,
prazo, custos, riscos, qualidade, etc.), em uma base sólida e coesa.

PLANO DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO


Documento que define como um empreendimento deverá ser planejado, organizado,
coordenado, executado e controlado de modo a atender ao respectivo documento contratual.

PLANO DE TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES


Documento formal que contém os requisitos para a transferência da instalação negociados
entre o operador e a engenharia contratada.

PRÉ‐OPERAÇÃO & PARTIDA


Conjunto de atividades de campo executadas sobre itens, malhas, subsistemas e sistemas com
o objetivo de levá‐los da Completação Mecânica até o estágio de operação plena.

PRESERVAÇÃO
Conjunto de atividades efetuadas sobre o material do ativo visando mantê‐lo em boas
condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o momento de
sua utilização.

PRESERVAÇÃO DE ITENS COMISSIONÁVEIS


Conjunto de atividades efetuadas sobre os itens comissionáveis do ativo com o objetivo de
mantê‐los nas condições em que foram liberados nas instalações dos fornecedores até o
momento da preparação para partida (início dos testes de funcionamento).

PROCEDIMENTOS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM


Roteiros descritivos da forma de execução das atividades de C&M, elaborados pela empresa
responsável por esta atividade e liberados para uso pela engenharia.

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ENERGIAS


Documentos de caráter orientador voltado para o controle de atividades que envolvam
energias perigosas, visando à segurança dos executantes dos testes, da instalação testada e do
meio ambiente.

PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE TESTES


Documento de caráter orientador voltado para execução de testes, que apresenta a
sistemática de execução e registro dos resultados dos testes nos itens, malhas, subsistemas e
sistemas.

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PROCEDIMENTOS DE PRESERVAÇÃO DEFINIDOS
Documento de caráter orientativo voltado para o processo de comissionamento, que
apresenta a sistemática de execução das atividades de preservação.
Os Procedimentos de preservação devem ser detalhados de forma a permitir a execução da
atividade de preservação de itens detalhando as ações de curto, médio e longo prazo, e
orientando o executante quanto ao acesso à documentação dos fabricantes.

PROCEDIMENTOS DE PRESERVAÇÃO LIBERADOS PARA USO


Roteiros descritivos da forma de execução das atividades de preservação, elaborados pela
empresa responsável por esta atividade e liberados para uso pela engenharia.

PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES DE CAMPO DE COMISSIONAMENTO


Conjunto de atividades relativas ao detalhamento do planejamento de comissionamento, com
o objetivo de atingir um grau de detalhamento adequado à realização das tarefas de campo de
preservação, manutenção, condicionamento e PO&P.

PROJETO DE ENGENHARIA (BÁSICO, FEED OU EXECUTIVO)


Conjunto de dados relativos ao projeto básico, ao FEED (Front End Engineering Design) ou ao
projeto executivo. Para o gerenciamento e fiscalização de contratos verificam‐se os requisitos
necessários para definição do produto a ser contratado, dependendo da natureza do contrato.
No processo de comissionamento são utilizadas as informações referentes ao projeto em
andamento, por exemplo, lista preliminar de sistemas operacionais, Rede de Precedência
preliminar e P&ID preliminares.

PRONTUÁRIOS DE NORMAS REGULADORAS


Compilação dos documentos e registros requeridos pelas Normas Reguladoras Brasileiras (NR)
ou outros regulamentos similares aplicáveis ao ativo, normalmente organizados por
equipamento ou por SOP de acordo com os requisitos das normas.

PT ASSINADAS PELA OPERAÇÃO


Permissões de Trabalho (PT) são autorizações, emitidas por escrito pelo operador, para
execução de trabalhos de manutenção, montagem, desmontagem, construção, inspeção e
reparo de instalações, equipamentos ou sistemas a serem realizados nos Empreendimentos.

REDE DE PRECEDÊNCIA DE PARTIDA DE SOP / SSOP


Diagrama que apresenta a seqüência de entrada em operação dos sistemas / subsistemas
operacionais do empreendimento, levando‐se em conta sua dependência funcional e a
seqüência lógica de partida.

REGISTROS DE EXECUÇÃO DAS ROTINAS


Conjunto de documentos contendo as evidências de aplicação das rotinas de preservação ou
de manutenção sobre os itens que devam recebê‐las, assim como os campos correspondentes
da Ferramenta de Integração & Comissionamento preenchidos.

SISTEMA DE PENDÊNCIAS
Sistema informatizado que provê suporte ao processo de identificação, classificação e
saneamento das pendências surgidas na implantação do ativo.

SISTEMA OPERACIONAL (SOP)


Conjunto integrado de itens comissionáveis e equipamentos, malhas capazes de efetuar uma
função produtiva ou de apoio ao processo, cujo funcionamento produz ou mantém uma
determinada situação, processo, utilidade, ou facilidade operacional em condição segura.

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SUBSISTEMA OPERACIONAL (SSOP)
Subconjunto de um SOP, capaz de efetuar a mesma etapa de processo com capacidade,
redundância ou funcionalidades reduzidas.

TERMO DE RESPONSABILIDADE OPERACIONAL (TRO)


Documento emitido pela engenharia executante que, uma vez assinado pela mesma e pelo
operador, transfere a responsabilidade pela operação de um Subsistema Operacional,
mantendo‐se as demais responsabilidades com a engenharia.

TERMO DE TRANSFERÊNCIA DA INSTALAÇÃO – TTI


Documento emitido pela engenharia executante onde se oficializa a transferência da
instalação, atestando o atendimento às condições de operabilidade colocadas sob sua
responsabilidade contrato de serviços do empreendimento e que, uma vez aceito pela
operação, marca a transferência do ativo para o operador, representado pela responsabilidade
sobre o patrimônio e a gerência da instalação passa a ser da operação, não eximindo terceiros
de suas responsabilidades contratuais.

TERMO DE TRANSFERÊNCIA E ACEITAÇÃO DE SISTEMAS – TTAS


O Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas é um documento emitido pela engenharia
executante para a operação, onde se oficializa a transferência de um Sistema Operacional
(bem como todos os documentos a ele correlacionados, inclusive as pastas de sistemas).
Este documento atesta a operabilidade do SOP em conformidade com os requisitos de
performance estabelecidos no projeto. A partir da assinatura deste termo toda
responsabilidade pela operação e manutenção do SOP passa a ser do operador.
Para que a unidade possa ser definitivamente transferida, é pré‐requisito que todos os SOPs
tenham sidos transferidos e todos os TTAS assinados.

TESTE DE ACEITAÇÃO DE PERFORMANCE – TAP


Testes que visam garantir que o desempenho de cada SSOP seja compatível com as
especificações e requisitos de projeto. Estes testes devem ser executados em condições de
operação as mais próximas possíveis das condições reais, utilizando fluido de processo
especificado, quando possível.
Nesta avaliação operacional de um SSOP, todas as suas funcionalidades são testadas em
conjunto e seu desempenho é medido e comparado com as referências especificadas, de
modo a comprovar sua capacidade em todas as condições previstas de operação.

TESTE DE ACEITAÇÃO EM FÁBRICA – TAF


Avaliação de funcionamento de um equipamento efetuada nas dependências de seu
fabricante ou em instalações de teste especializadas, com o objetivo de demonstrar sua
conformidade com as especificações contratadas e permitir sua liberação para entrega.

TESTE DE CERTIFICAÇÃO
Qualquer teste aplicado a um item comissionável ou malha durante a fase de
Condicionamento. Substitui o termo “Teste a Frio”.

TESTE DE CONFIABILIDADE
Teste efetuado sobre um SOP, durante a fase de Pré‐Operação & Partida, com o objetivo de
verificar sua estabilidade de funcionamento em condições normais de operação por um
período de tempo prolongado, que quando requerido, é realizado após o TAP.

25
TESTE DE FUNCIONAMENTO
Conjunto de testes realizados em um SSOP ou SOP durante a fase de Pré‐Operação e Partida,
iniciando‐se após a emissão do CCM e concluindo‐se na aprovação dos TAP aplicáveis.
Substitui o termo “Teste a Quente”.

TESTES DE MALHA
Verificações efetuadas sobre as malhas elétricas, de instrumentação, de telecom e de
tubulação com o objetivo de atestar sua funcionalidade.
As verificações de continuidade das malhas, realizadas na fase de Condicionamento, são
conhecidas como “blank test”, e as verificações de funcionamento, realizadas na fase de Pré‐
Operação & Partida, como “loop test”.

TESTES FUNCIONAIS
Teste realizado sobre itens comissionáveis ou malhas na fase de Pré‐Operação & Partida,
precedendo os Testes de Aceitação de Performance (TAP) do SSOP ou SOP e tendo como
objetivo atestar o correto funcionamento em vazio daquele item ou malha.

TRANSFERÊNCIA DE SISTEMA OPERACIONAL


Evento da entrega de um SOP à operação pela engenharia executante.

TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES
A transferência da instalação é um processo que visa ao encerramento da implementação de
empreendimento e compreende a transferência pela engenharia executante para o operador
da instalação (ativo) e da responsabilidade integral e única pela gestão da Instalação, sendo a
assinatura do Termo de Transferência de Instalações (TTI) o principal marco do processo.

TRATAMENTO DE PENDÊNCIAS
Execução das ações corretivas determinadas para cada pendência identificada.

TREINAMENTOS REGISTRADOS
Treinamentos devidamente registrados para Qualificação dos profissionais das equipes de
operação e manutenção.

26
Capítulo 3 – ETAPAS DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO
3.1 DOCUMENTAÇÃO
Esta atividade inclui a obtenção de todas as informações necessárias à preparação dos
documentos de apoio às atividades de campo, a elaboração destes documentos, a criação dos
registros das tarefas de campo, a compilação dos documentos de apoio fornecidos junto com
os itens comissionáveis e a elaboração dos documentos de entrega das instalações.
Configuram‐se elementos de entrada para elaboração da documentação do processo de
comissionamento os seguintes pacotes mínimos de informações:
9 Contrato e seus anexos
9 Projeto de Engenharia (Básico ou FEED ou Executivo)
9 Plano de Gestão do Empreendimento
9 Procedimentos de Construção e Montagem
9 Plano de documentação
9 Dados de fabricantes de itens comissionáveis

Durante o processo de preparação da documentação, os produtos (documentos) de saída,


produzidos pela empresa contratada e pela engenharia serão obtidos após o levantamento das
normas e procedimentos aplicáveis ao empreendimento, e compreende a elaboração, a
distribuição, a atualização e o arquivamento dos documentos necessários à realização e ao
registro das atividades de campo do comissionamento. Os tipos de documentos elaborados,
tipicamente, são:
9 Listas de itens comissionáveis, sobressalentes, consumíveis e similares
9 Lista de Sistemas e Subsistemas Operacionais
9 Rede de Precedência de Partida
9 Manuais de Operação e de Manutenção
9 Prontuários de normas reguladoras
9 Pastas de trabalho (coletâneas de documentos necessários à realização de uma
atividade de campo)
9 Pastas de sistemas (coletâneas dos registros e certificados emitidos para um dado
sistema operacional durante o processo de comissionamento).
9 Planejamento de treinamento e assistência técnica
9 Planos (de treinamento, de assistência técnica, etc);
9 Procedimentos (de testes de certificação, de testes funcionais, de testes de
desempenho, etc);
9 Registros (atestados de realização de testes);

A elaboração destes documentos depende de informações provenientes de duas fontes: a


empresa projetista de engenharia e os fornecedores de equipamentos. Sem o projeto
executivo das instalações e os manuais dos equipamentos (também conhecidos como “data
books”) não é possível preparar a maior parte dos documentos do comissionamento,
inviabilizando sua execução. A qualidade e a elaboração em tempo hábil destes documentos
depende, evidentemente, dos primeiros, e isto faz com que também no processo de

27
preparação da documentação seja necessário um planejamento integrado entre,
principalmente, as equipes de engenharia e de comissionamento. O exercício descrito no item
anterior para a integração dos planejamentos de comissionamento e de C&M deve estender‐
se à empresa de engenharia, e as necessidades de informações do comissionamento devem
ser claramente especificadas nos contratos de fornecimento de equipamentos. Como boa
prática neste sentido, cabe incluir no Manual de Comissionamento a lista de documentos de
engenharia necessários ao comissionamento e a partir daí iniciar a integração dos
planejamentos de emissão de documentos.

Outras atividades deste processo de preparação da documentação visam colaborar com as


áreas de engenharia e de suprimentos do empreendimento no sentido de reduzir as chances
de problemas no comissionamento do ativo, em uma típica ação de garantia da qualidade. A
colaboração com a engenharia se traduz pela participação em estudos como HAZOP e no uso
sistemático de maquetes eletrônicas para antecipar dificuldades operacionais das futuras
instalações. Sugestões para introdução de pequenas modificações no projeto executivo de
modo a facilitar os testes e a operação / manutenção das instalações também fazem parte
desta colaboração. Em relação aos suprimentos, a equipe de comissionamento deve ser
incluída no circuito de análise dos memoriais descritivos, convites, requisições de materiais, ou
similares de modo a sinalizar eventuais carências ou inconsistências em itens tais como
documentação de entrega, sobressalentes, serviços de assistência técnica, e outros
pertinentes ao campo do comissionamento.

Os registros dos testes são documentos de valor legal que comprovam a adequação de um
componente, equipamento ou sistema ao emprego a que se destinam. Acidentes ou falhas
graves podem ser investigados com base nesses registros, e apenas isso seria suficiente para
definir sua importância. Além disso, os registros são dados de entrada para o sistema de
gestão de manutenção do ativo, constituindo‐se nas primeiras informações sobre a vida útil de
cada item. A rastreabilidade das atividades executadas também depende da qualidade dos
registros.

Boa parte dos documentos produzidos pelo comissionamento, como prontuários, manuais e
pastas de sistemas fazem parte do escopo do ativo, ou seja, devem ser entregues ao cliente /
operador no momento da transferência das instalações. Essa entrega é uma das condições da
Operabilidade.

3.2 PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO

O comissionamento tem início por esta etapa, que se divide em duas sub‐etapas:
9 Planejamento de Gestão;
9 Planejamento Executivo.

A primeira corresponde ao início das atividades de comissionamento e tem como produto o


Manual de Comissionamento do empreendimento. Este documento define as estratégias e
procedimentos para planejar, organizar, coordenar, executar e controlar o comissionamento,
servindo como regra geral para a realização de todo o processo. Requer validação pelas
principais partes interessadas que estejam envolvidas ou sejam diretamente afetadas por este
processo.

O Manual do Comissionamento deve conter no mínimo os seguintes documentos típicos:


9 Matriz de Responsabilidades;
9 Cronograma Geral de Comissionamento;

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9 EAP (Estrutura Analítica do Projeto) de Comissionamento;
9 Lista de documentos de comissionamento;
9 Lista de sistemas e subsistemas;
9 Rede de Precedência;
9 Plano de Treinamento;
9 Plano de Assistência Técnica;
9 Plano de Comunicação;
9 Plano de Mobilização;
9 Plano de QSMS de Comissionamento;
9 Plano de Contingência de Comissionamento;
9 Plano de Preservação de Itens Comissionáveis;
9 Plano de Gestão e Controle de Energias.

O Manual de Comissionamento deverá abranger o escopo completo dos serviços, a ser


realizados pela contratada, fabricantes de equipamentos e/ou subcontratadas. A inter‐relação
entre a contratada e esses intervenientes, no que concerne ao comissionamento, também
deverá ser claramente explicitada no plano.

Uma vez elaborado e aceito, o Manual será a regra principal para o comissionamento, devendo
ser mantido atualizado em relação às condições de realização desse trabalho.

A fase executiva desta etapa consiste na aplicação do Manual de Comissionamento no


planejamento e gestão do empreendimento, com a elaboração / detalhamento / atualização
de todos os documentos necessários à gestão do comissionamento e o gerenciamento de todo
o processo.

Prever em contrato o prazo no qual a Contratada deverá apresentar no mínimo os seguintes


documentos típicos do Planejamento Executivo:
9 Estrutura Analítica do Projeto atualizada;
9 Lista final de itens comissionáveis;
9 Ferramenta de Integração & Comissionamento carregada e atualizada;
9 Registro do treinamento dos operadores e dos usuários na Ferramenta de Integração
& Comissionamento;
9 Folha de Verificação de Itens e Malhas;
9 Rede de Precedência detalhada e atualizada por sistema;
9 Conjunto de Fluxogramas de Processo (P&ID) com identificação dos sistemas
operacionais;
9 Conjunto de Fluxograma por Sistema Operacional;
9 Cronograma de Comissionamento detalhado por atividades sistemas e subsistemas, e
incluindo a confirmação do planejamento de emissão de documentos de
comissionamento;
9 Cronogramas com a programação de atividades por disciplina e por sistemas;

29
9 Certificado de Testes Funcionais;
9 Pedidos / ordens de compras revisados;
9 Lista de Malhas;
9 Lista NR‐13 e Dossiês NR‐13;
9 Lista de Assistência Técnica;
9 Tabelas de interface com a produção;
9 Controle de emissão de documentos de comissionamento;
9 Procedimentos de Comissionamento (Certificação e Funcionamento);
9 Pastas de sistemas e/ou subsistemas;
9 Listas de sobressalentes, de consumíveis e de ferramentas especiais;
9 Manuais de Operação e de Manutenção;
9 Disponibilizar dados para carregamento do Sistema de Gestão de Manutenção.

Um ponto central desta etapa (e de resto de todo o processo de comissionamento) é a


integração dos planejamentos de comissionamento e de C&M. Este último é normalmente
elaborado em uma seqüência direta, tendo como origem a data de abertura de um canteiro de
obras ou equivalente e prosseguindo até a conclusão do trabalho; o primeiro segue uma
seqüência inversa, começando na data desejada de entrada em operação comercial do ativo e
seguindo até a data de início do processo de comissionamento.

Atividades típicas desta etapa são:


9 programação e controle de atividades de campo,
9 gestão de pendências,
9 acompanhamento da implantação das interfaces externas ao ativo que afetam o
processo,
9 gestão do treinamento operacional,
9 gestão da assistência técnica de fornecedores e similares.

É freqüente que estes dois planejamentos não sejam inteiramente compatíveis em suas
versões iniciais, tornando‐se necessário um esforço conjunto, via de regra liderado pela equipe
de comissionamento, para integrá‐los. O resultado será um planejamento único para o
empreendimento onde as necessidades de partida do ativo serão levadas em conta pela C&M,
sem prejuízo das boas práticas desta disciplina. Cabe enfatizar a importância desta integração
para o sucesso do empreendimento. Sem um planejamento integrado retorna‐se à situação
em que o comissionamento fica refém da C&M, sem conseguir realizar sua missão, e a C&M
avança em direção ao fim da obra, mas não ao objetivo de negócio do operador.

3.3. PRESERVAÇÃO

Entende‐se por preservação o conjunto de tarefas realizadas com o propósito de manter os


itens comissionáveis nas condições em que foram entregues por seus fornecedores,
garantindo‐os em bom estado de conservação até a entrada em operação do ativo, evitando
gastos com reparos ou novas aquisições, permitindo uma partida rápida, ordenada e segura.

30
A etapa tem início após a conclusão dos testes de fabricação, desde a saída destes itens das
instalações do fornecedor (preservação de transporte) e prossegue durante os períodos de
recebimento e armazenagem no canteiro de obras e de C&M, até o começo dos testes
funcionais, sendo concluída com o início das rotinas de manutenção.

Envolve um conjunto de rotinas aplicáveis a cada tipo (classe) de item comissionável e técnicas
de preservação em campo. O término de aplicação da preservação a um item corresponde ao
início de aplicação das rotinas de manutenção previstas para o mesmo, o que implica na
preparação destas rotinas durante a fase de C&M. Também o sistema de gestão de
manutenção deve ser colocado em condições de uso a tempo de permitir a programação e o
registro das ações de manutenção do primeiro subsistema a iniciar seus testes funcionais.
Falhas na aplicação da preservação e da manutenção podem implicar na perda da garantia
contratual de um item.

Os procedimentos de preservação a serem empregados dependem do tipo do item


comissionável e das recomendações dos respectivos fornecedores e/ou fabricantes sempre
que estas existirem, ou conforme as melhores práticas já reconhecidas e aplicadas dessa
atividade.

Os procedimentos de preservação
deverão explicitar cada caso,
detalhando as ações para curto, médio
e longo prazo, além de especificar os
materiais a serem utilizados em cada
tipo de rotina de preservação (gerar
lista de material e insumos para
preservação).

As condições de preservação deverão


ser mantidas durante a montagem do item, ou refeitas imediatamente após o encerramento
desta. Medidas adicionais de proteção devem estar especificadas e as rotinas de preservação
aos itens já montados definida com o objetivo de identificar e reparar possíveis avarias.

Todas as atividades e rotinas da preservação deverão ser gerenciadas através de um programa


informatizado de controle e evidenciadas através de registros.

Faz‐se necessário realizar auditorias no processo de preservação e nas reais condições de


preservação dos itens. Os resultados destas auditorias devem servir como referencial para
medição, avaliação de desempenho e
eventuais ações corretivas a serem aplicadas
junto à contratada.

Quando detectada, a falta de preservação de


um item deve ser informada à empresa
responsável, que deverá tomar as devidas
ações corretivas.

Os procedimentos de Preservação devem


prever a progressiva passagem das rotinas de
preservação para as rotinas de Manutenção,
sendo que o carregamento dos dados no
sistema de Gestão de Manutenção da Operação já deverá estar executado nesta fase.

31
A emissão do Certificado de Completação Mecânica (CCM) de um sistema não interrompe a
emissão e execução das rotinas de preservação.

Seguem alguns exemplos de itens sujeitos as rotinas de preservação:


9 Mecânica
• Equipamentos Estáticos: Vaso, Torre, Permutador, Reator, Forno, Tanque,
Filtro, Esfera e outros.
• Equipamentos Dinâmicos: Máquinas, Bomba, Compressor, Turbina, Ventilador,
Exaustor, Misturador/Agitador, Guindaste, Ponte Rolante, e outros.
• Acessórios de Tubulação: Válvula Manual, Filtro de Y, junta de expansão,
Válvula de Retenção, Suporte de Mola, Purgador, e outros.
9 Elétrica
ƒ Equipamentos e Dispositivos Elétricos tais como: Painéis Elétricos,
Motores (CC ou CA), Transformadores (de corrente, potências ou de
iluminação), Barramentos, Reatores, Disjuntores, Baterias,
Carregadores de Bateria, Instrumentos (indicadores, medidores,
registradores), Relés, Retificadores, Luminárias de emergência,
Botoeiras dentre outros;
9 Instrumentação e Automação
ƒ Instrumentos e Componentes tais como: Válvulas (On/Off e de
controle, solenóides e de segurança PSV), Chaves de Nível, Vazão,
Temperatura, Pressão, Seletoras, Fim de Curso; Transmissores de
Nível, Vazão, Temperatura, Pressão, Disco de Ruptura, Chave Seletora;
Rotâmetros, Termômetros, Manômetros, Termopares, Analisadores,
Sensores, Sistemas de Controle e de Intertravamento, Cartões Lógicos,
Shelter dentre outros.
9 Segurança
ƒ Canhões monitores, Câmaras de monitoramento (CFTV), Detectores
de gases, Salvatagem, Extintores químicos, Sinalização náutica, dentre
outros.

Definição dos procedimentos e atividades de preservação


As tarefas de preservação e sua freqüência de execução variam conforme os tipos (classe) de
equipamentos ou componentes envolvidos e devem observar recomendações especiais de
fabricantes e requisitos específicos do cliente.

Os itens preservados devem ser identificados no campo por uma etiqueta indicando as datas
de execução e da próxima preservação, além da identificação do executante.

Os procedimentos de preservação devem definir a periodicidade da intervenção de


preservação, a quantidade de recursos, serviços, ferramentas, materiais e insumos necessários
para cada atividade de preservação.

Rotinas de Preservação
As rotinas de preservação são aplicadas em diversas etapas da fase construtiva do
empreendimento, iniciando‐se ainda no fabricante é concluindo‐se na transferência dos

32
equipamentos juntos com os SOPs ao término do escopo técnico, sendo que as atividades de
preservação passam a ser realizadas pela operação, pela gestão de manutenção dos
equipamentos.
9 Rotinas e transporte – Aplicadas no trajeto entre as instalações do fornecedor e o
canteiro de obra.
9 Rotinas de almoxarifado – Aplicadas durante o período em que o item permanece no
canteiro em local abrigado, fora das atividades de construção & montagem.
9 Rotinas de campo – Aplicadas a partir do momento em que o item é transferido do
local de armazenagem para o de montagem, sendo mantidas até o início dos testes de
funcionamento.
9 Rotinas de operação – Aplicadas durante o período de pré‐operação & partida.
9 Rotinas de hibernação – Rotinas especiais aplicáveis a itens que devam ser mantidos
em espera por períodos longos e (possivelmente) em condições desfavoráveis.
Procedimentos de preservação de transporte
9 Elaborado pelo fabricante ou respeitando suas recomendações;
9 Comentado pelo transportador ou pelo fabricante, conforme o caso;
9 Levam em conta os planos de embarque e de manobra de pesos (“rigging”);
9 Adequado às condições esperadas de transporte (modal, trajetos, clima, inspeções em
trânsito);
9 Levam em conta eventuais necessidades de hibernação do material (local e prazo
previstos para esta condição).
Observação: A correta execução deste procedimento é pré‐condição para a liberação do
transporte.
Procedimentos de preservação em canteiro
9 Elaborado pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as recomendações do
fabricante;
9 Comentado pela empresa contratante ou pelo comissionador, conforme o caso;
9 Identifica as rotinas de preservação aplicáveis a cada classe de itens comissionáveis, e
as respectivas freqüências de aplicação;
9 Define os materiais de preservação a serem utilizados;
9 Define a forma de identificação física dos itens preservados (etiquetas) e de registro
no campo da execução das rotinas.
Observação: A correta execução destes procedimentos é pré‐condição para a emissão do
Certificado de Completação Mecânica (CCM) e para a transferência de um SOP.

Programação e controle de preservações


A programação das atividades de preservação consiste em organizar no tempo as rotinas de
preservação de acordo com as recomendações dos fabricantes e boas práticas de engenharia.
A programação visa também nivelar os recursos e serviços necessários de forma a otimizar o
tempo e custo destas operações.

33
As responsabilidades pela preservação devem estar explicitadas na matriz de
responsabilidades, determinado quais envolvidos realizam cada atividade, sendo estas:
9 Fase de preparação para contratação de serviços
• Requerer que estejam incluídas as recomendações de preservação nas
contratações de equipamentos e materiais para as aquisições de
responsabilidade da contratante, assim como nas de responsabilidade das
contratadas;
• Estabelecer claramente as informações a serem transferidas para a
manutenção;
• Definir a metodologia de transferências das atividades de preservação para as
atividades de manutenção;
• Verificar se as recomendações de preservação constam de todas as minutas e
anexos dos contratos;
• Verificar, nas Requisições de Materiais (RM), se as recomendações de
preservação foram incluídas antes das contratações.
9 Fabricação e entrega
• Cabe ao setor responsável pela liberação de fábrica garantir que os itens sejam
preservados para transporte conforme as recomendações aplicáveis;
• Implementar a preservação para transporte conforme as recomendações
aplicáveis.
9 Construção & Montagem
• Verificar e registrar as condições de recebimento dos itens;
• Implementar a preservação conforme as recomendações aplicáveis a partir da
Inspeção de Recebimento;
• Preservar os itens não aceitos na Inspeção de Recebimentos enquanto
estiverem sob sua guarda;
• Fiscalizar e auditar os procedimentos e a execução da preservação pela
contratada.
9 Pré‐Operação & Partida
• Retirar o equipamento das condições de preservação e prepará‐lo para os
testes de funcionamento;
9 Transição para Manutenção
• Certificar a qualidade dos dados para carregamento no sistema de gestão de
manutenção do cliente;
• Colocar à disposição da Operação os dados certificados;
• Carregar os dados certificado no sistema de gestão de manutenção.

34
Critérios de medição dos serviços de preservação

Tipos de Formação do
Medição Vantagens Inconvenientes
contrato preço

Dificuldade de
Tarifas horárias Flexibilidade em
Preço RDO endossado medição e de
ou por quantidade e
unitário pelo fiscal controle da
atividade tempo
qualidade
Valor fixo para Transferência do Controle da
Preço Parcelas mensais
um dado risco e facilidade qualidade e
fechado fixas
escopo de medição ajustes de escopo
Transferência do
Parcelas mensais
Valor fixo para risco, facilidade de
Preço variáveis em
um dado medição e Ajustes de escopo
fechado função de
escopo controle da
auditorias
qualidade

Perfil da equipe de preservação de canteiro


9 Coordenador – técnico sênior com experiência mínima de cinco anos em Preservação e
formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação, tendo também
experiência em planejamento & controle.
9 Supervisores – técnicos plenos com pelo menos três anos de experiência na atividade
de Preservação, com formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação,
tendo a capacitação para organizar a equipe com um de cada especialidade.
9 Técnicos – formação em Mecânica, Eletricidade e Instrumentação.
9 Ajudantes – carpinteiros, lubrificadores e auxiliares de serviços gerais

3.4. CONDICIONAMENTO

Conjunto de tarefas, conhecidas coletivamente como Testes de Certificação, realizadas em


todos os itens comissionáveis e malhas da instalação, com o objetivo de certificar que os itens
comissionáveis e os subsistemas operacionais
encontram‐se aptos a iniciar seus testes
funcionais, na fase de Pré‐operação &
Partida, visando anteriormente a Certificação
de Completação Mecânica.

Esta fase desenvolve‐se durante a C&M, e


engloba também os Testes de Aceitação em
Fábrica dos equipamentos e sistemas
principais, sendo a conclusão das tarefas de
condicionamento organizada por subsistemas
operacionais (SSOP), e quando todos os itens
e malhas de um dado SSOP foram
submetidos satisfatoriamente a todas as tarefas previstas de condicionamento a primeira
condição para a emissão do Certificado de Completação Mecânica deste SSOP é atendida. A

35
emissão do CCM é condição necessária para declarar encerrada a atividade de
Condicionamento sobre um SSOP.

As demais condições para a declaração da Completação Mecânica de um SSOP são:


9 encerramento das atividades de montagem;
9 disponibilidade da documentação;
9 meios físicos e dos recursos humanos necessários para a execução da Pré‐operação &
Partida;
9 inexistência de pendências impeditivas ao início dos testes de funcionamento
previstos.

Esta fase engloba tipicamente as atividades:


9 teste de aceitação de fábrica (TAF);
9 inspeção de recebimento calibrações de válvulas e instrumentos;
9 inspeção física;
9 testes de malhas com injeção de sinais (“blank tests”);
9 limpeza e recomposição;
9 atendimento as normas regulatórias tais como NR‐10 e NR‐13, portarias do INMETRO,
entre outras;
9 aferição e calibração de instrumentos e de componentes elétricos;
9 testes estáticos de tubulações, componentes mecânicos e cabos elétricos, entre
outros.
9 testes hidrostáticos e de estanqueidade de tubulações;
9 testes de continuidade e de isolamento de cabos elétricos;
9 testes de válvulas;
9 testes de bancada, calibração e parametrização de componentes elétricos.

O Condicionamento se completa com


tarefas documentais, particularmente
ligadas à montagem de prontuários e à
compilação de documentos de fornecedores
com vistas à fase de testes.

A completação mecânica, por sua vez,


consiste em uma ação de verificação de
conformidade que atesta o final de todas as
tarefas de montagem, de todos os testes de
certificação e de todos os requisitos
documentais e organizacionais necessários
para que um subsistema seja declarado apto a iniciar seus testes funcionais.

Os dados necessários para a realização da fase de condicionamento, entre outros, são obtidos
em:
9 Procedimentos de execução de testes

36
9 Lista de Sistemas Operacionais
9 Cronograma do empreendimento
9 Listas de itens comissionáveis, sobressalentes, consumíveis e similares
9 EAP detalhada

E os registros do condicionamento são encontrados em:


9 Certificados de completação mecânica assinados
9 Certificados de Testes e Calibrações preenchidos
9 Pendências sanadas e aceitas
9 Informações atualizadas na FIC
9 Fichas de Verificação de Item e de Malha

Perfil da equipe de Condicionamento


9 Coordenador – Engenheiro com experiência mínima de cinco anos em
Comissionamento, com formação de base em Mecânica, Tubulações, Eletricidade ou
Instrumentação, além de experiência em planejamento & controle;
9 Supervisores – engenheiros ou técnicos com pelo menos três anos de experiência em
Preservação, com formação de base em Mecânica, Tubulações, Eletricidade ou
Instrumentação, tendo a capacitação para organizar a equipe com um de cada
especialidade.
9 Técnicos – formação em Mecânica, Tubulações, Eletricidade e Instrumentação.
9 Ajudantes – mecânicos, eletricistas e auxiliares de serviços gerais

Procedimentos de Condicionamento

São elaborados pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as recomendações do


fabricante, devendo ser comentados pela empresa contratante dos serviços ou pelo
comissionador, especificando os testes de certificação aplicáveis a cada família de itens
comissionáveis, e as respectivas condições de aplicação.

A correta execução destes procedimentos é pré‐condição para a emissão do Certificado de


Completação Mecânica.

O conteúdo típico dos procedimentos de condicionamento pode ser listado como abaixo:
9 Normas e regulamentos de referência (obrigatórios e eletivos), com transcrição dos
itens diretamente utilizados;
9 Lista de equipamentos, ferramentas e materiais necessários ao teste, juntamente com
as respectivas especificações;
9 Lista de documentos de apoio necessários ao teste;
9 Equipe necessária, incluindo suas qualificações;
9 Condições ambientais e de segurança necessárias ao teste;
9 Atividades predecessoras e interfaces necessárias ao teste;
9 Passo a passo de realização do teste, incluindo a forma de registrar seus resultados.

37
Procedimentos de TAF – Teste de Aceitação em Fábrica

Os Testes de Aceitação em Fábrica englobam as verificações finais de componentes /


equipamentos nas instalações dos fornecedores, tendo como objetivo atestar a sua
funcionalidade antes da liberação para embarque dos mesmos para o empreendimento.

Os critérios para a identificação e requisitos que determinam quais os itens a serem


submetidos à TAF é de responsabilidade do planejamento do Comissionamento e o
procedimento de teste é normalmente elaborado pelo fabricante, mas deve ser comentado
pelo comissionador.

Normalmente, os critérios que determinam a quais os item passarão por TAF são semelhantes
aos que determinam se um item comissionável é crítico, sendo alguns destes motivos:
9 Alta complexidade;
9 Importância crucial para o processo da instalação;
9 Exclusivo ou nova tecnologia;
9 Longo prazo de entrega;
9 Alto custo;
9 Logística complexa para entrega

O registro de um TAF faz parte do histórico do item e deve ser arquivado na Pasta de Sistema
respectiva.

Inspeções de Recebimento

É a verificação quantitativa e qualitativa, realizada por ocasião do recebimento dos itens


comissionáveis e módulos, quando de sua chegada ao local de aplicação e antes de sua
admissão nas áreas de armazenagem, tendo
como finalidade atestar sua conformidade
com a documentação contratual e de projeto,
bem como a ausência de avarias e as
condições especificadas de preservação.

Tipicamente verifica a conformidade com a


respectiva Ordem de Compra, a condição
física do material e dos documentos, não
tendo como atribuição verificar
funcionamento nem desempenho.
9 Inspeção quantitativa:
• Verificação da documentação técnica que acompanha o item, conforme
definido na Requisição de Material (RM);
• Verificação da entrega de todos os itens que constam no romaneio;
• Conferência dos sobressalentes e de ferramentas especiais conforme Lista de
Documentos (LD) de contrato.
9 Inspeção qualitativa:
• Verificação das condições de embalagem e de preservação;

38
• Verificação visual das condições do equipamento e verificação da existência de
avarias.

A Inspeção de Recebimento é registrada nas Folhas de Verificação de Itens (FVI) incluídos no


fornecimento, e as rotinas de preservação devem ser iniciadas a partir deste registro.

As pendências de recebimento devem ser registradas no Controle de Pendências para as ações


corretivas cabíveis, e os itens com pendências devem ser mantidos em local segregado até que
as mesmas tenham sido sanadas.

Atendimento a normas e regulamentos

Os procedimentos de condicionamento devem estar em conformidade com todas às Normas


Reguladoras (NR) do Ministério do Trabalho aplicáveis ao empreendimento, mas,
particularmente, devem atender obrigatoriamente em registros específicos as normas:
9 NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
9 NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão
9 NR 26 – Sinalização de Segurança

Além das normas NR, os procedimentos devem estar em conformidade com normas e
regulamentos de outras entidades que sejam adotadas no empreendimento (Sociedades
Classificadoras, ASME, ∙ASHRAE, etc), e explicitadas em contrato.

Procedimentos de certificação de tubulações e equipamentos

Os testes de pressão de tubulações e equipamentos deverão ser definidos em procedimentos


pela empresa contratada a serem comentados e aprovados pela fiscalização da empresa
contratante, sendo que a fiscalização acompanhará e testemunhará a execução de todos os
testes de pressão (hidrostáticos ou pneumáticos).

Estes testes têm como objetivo garantir a integridade estrutural das tubulações e
equipamentos quando submetidas às respectivas pressões de teste.

Os certificados dos testes deverão ser assinados por todas as partes envolvidas.
9 Testes hidrostáticos – realizados sobre trechos isobáricos de tubulações (linhas) com o
objetivo de atestar a resistência mecânica do conjunto montado;
9 Testes pneumáticos – utilizados em situações especiais onde um teste hidrostático
não possa ser realizado, e sob condições controladas;
9 Testes de estanqueidade – realizados após o final da montagem de uma linha, para a
verificação das condições de vedação da mesma. Podem ser aplicados em acessórios
de fechamento como portas de visita e similares;
9 Limpeza (“flushing”) – procedimentos que buscam assegurar a ausência de detritos,
contaminantes e corrosão no interior das tubulações montadas. A sopragem de
circuitos de vapor é um tipo específico de limpeza de tubulações;

Procedimentos para limpeza interna tubulações e equipamentos

Os métodos de limpeza interna de tubulações e equipamentos deverão ser definidos em


procedimentos pela empresa contratada a serem comentados e aprovados pela fiscalização da

39
empresa contratante, sendo que a limpeza deverá ser certificada através de atestado
específico.

Para casos específicos e previamente definidos em contrato pela fiscalização, as evidências


deverão ser certificadas por meio de registros com a utilização de Sistema de Circuito de
Controle de TV (CCTV), ou videoboroscopia.

Procedimentos de certificação para calibração de válvulas e instrumentos

Válvulas de segurança e alívio deverão ter sua calibração verificada antes da montagem
independentemente da existência de certificados de calibração emitidos pelo fabricante, em
conformidade com a NR‐13. As válvulas reprovadas na verificação de campo devem ser
reparadas ou substituídas conforme Procedimento Específico previamente aprovado pela
fiscalização.

Todos os instrumentos a serem instalados deverão ser aferidos antes da montagem, de acordo
com as normas aplicáveis. Cabe à fiscalização definir eventuais exceções a este critério, assim
como o tratamento a ser dado aos instrumentos integrantes de equipamentos ou conjuntos
montados (skids) que sejam entregues certificados pelos fabricantes.

Caso estes instrumentos tenham sido removidos ou sujeitos a ações que possam comprometer
sua calibração os mesmos deverão ser necessariamente aferidos.
9 Testes de válvulas – realizados sobre válvulas de segurança, de alívio de pressão, de
estanqueidade total e similares com o objetivo de atestar suas condições de operação;
9 Aferição – efetuada sobre os instrumentos de medição de temperatura, pressão,
vazão e nível com o objetivo de certificar sua calibração. Instrumentos não aprovados
devem ser calibrados.

Procedimentos de certificação de equipamentos mecânicos


9 Verificações de conformidade –
realizadas sobre equipamentos como
bombas, compressores, dosadores e
similares para atestar a conformidade
de aspectos como:
• Nivelamento e alinhamento
• Suportação e fixação
• Acessibilidade
• Elementos filtrantes, vedantes e isolantes
• Conexões
• Acessórios
• Limpeza

Procedimentos de certificação de componentes elétricos


9 Testes de cabeamento
• Testes de Isolamento – verificação da resistência de isolamento de cabos,
motores e outros componentes elétricos, tais como: todos os condutores e
cabos de potência, controle, intertravamento e comunicações, que deverão

40
ter sua condição de isolamento atestada após o seu lançamento no leito
conforme projeto.
• Testes de continuidade – confirmação de que os condutores elétricos estão
íntegros e conectados nos terminais corretos em ambas as extremidades, tais
como os condutores e cabos de potência, controle, intertravamento,
comunicações e aterramento, que deverão ter sua condição de continuidade
elétrica atestada. Os testes de continuidade deverão ser executados após a
realização dos testes de isolamento.
9 Testes de aterramento – verificação das condições de aterramento de todos os
equipamentos elétricos, que deverão estar conectados à terra conforme especificado,
tais como: equipamentos, tubulações e estruturas metálicas.
9 Sentido de rotação – verificação da correta conexão dos terminais dos motores
elétricos (sem operação dos mesmos);
9 Calibração / parametrização – ajuste dos parâmetros de operação de componentes
como relés e disjuntores
9 Transformadores – conferência da conformidade entre a polaridade de placa e da
polaridade real dos enrolamentos, existência de curto circuitos ou circuitos abertos;
9 Carga de baterias – verificação das condições de baterias recarregáveis;
9 Condições mecânicas – verificação do estado dos elementos mecânicos e do
funcionamento correto das partes móveis dos componentes.

Procedimento de testes de certificação em malhas de controle e comunicação

Simulação operacional – aplicada a malhas de potência e de controle através da simulação


de sinais, para verificação de seu funcionamento conforme especificado.
9 Testes com injeção de sinal (Blank tests)
• Na fase de Condicionamento, após a montagem e interligação de
equipamentos elétricos, todas as malhas de potência, aterramento, controle,
intertravamento e comunicações deverão ser testadas através da injeção de
sinal ou outra forma que garanta sua continuidade. O conjunto destas
atividades é denominado como blank test.
• Estes testes são aplicados conforme planejamento antecipado e após a
conclusão das malhas respectivas
do sistema a ser testado.
9 Testes de simulação (Loop Tests)
• Após a completação mecânica, ou
seja, somente na fase de Pré‐
Operação & Partida, todas as
malhas de potência, controle,
intertravamento e comunicações
deverão ter seu funcionamento simulado, desde as conexões ao processo dos
instrumentos e válvulas, incluindo os sistemas de controle e intertravamento,
passando pelo sistema supervisório.
• Esta simulação pode ser executada de diversas formas, tais como: simulação
de processo, simulação de variáveis, atuação nas válvulas e motores, e
simulação dinâmica através de uso de softwares para este fim.

41
Certificado de Completação Mecânica – CCM

A Completação Mecânica representa a transição entre as fases de Condicionamento e Pré‐


Operação & Partida, sendo caracterizada ao nível de sistema ou subsistema operacional.

Um sistema ou subsistema operacional receberá um Certificado de Completação Mecânica


(CCM) quando atendidas no mínimo as seguintes condições:
9 Todas as ações de Construção e Montagem previstas, incluindo a identificação dos
itens comissionáveis (tubulações, equipamentos, instrumentos, etc.) para este sistema
ou subsistema operacional terem sido concluídas e certificadas, sem pendências
impeditivas ao início da Pré‐Operação & Partida;
9 Todas as ações de condicionamento previstas para os itens comissionáveis deste
sistema ou subsistema terem sido executadas, certificadas e registradas na
Ferramenta de Integração & Comissionamento;
9 Os Registros e Certificados correspondentes às ações acima estarem assinados e
arquivados na Pasta de Sistema correspondente;
9 Os comprovantes de atendimento a requisitos legais estarem disponíveis e arquivados
na Pasta de Sistema;
9 Prontuários referentes a Normas Regulamentadoras aplicáveis estarem concluídos, tais
como NR‐10 e NR‐13, inclusive para materiais e equipamentos importados;
9 Documentação de projeto dos itens comissionáveis proveniente dos fabricantes deste
sistema ou subsistema.

A partir da emissão deste Certificado, ações de Construção & Montagem neste sistema ou
subsistema só poderão ser executadas mediante prévia autorização da fiscalização incluindo
saneamento de pendências não‐impeditivas.

Os componentes sujeitos a testes de certificação devem ser identificados por etiquetas, com
data e responsável pela execução dos serviços.

Caso ocorram novas ações de Construção & Montagem que afetem as atividades de
Condicionamento já efetuadas, um novo Certificado de Completação Mecânica deverá ser
emitido.

Certificados cancelados ou substituídos deverão ser mantidos na Pasta do Sistema, para fins de
rastreabilidade.

Os Certificados de Completação Mecânica deverão ser emitidos pela empresa contratada após
aplicação de Lista de Verificação (LV) pela fiscalização, sendo que o CCM não poderá ser
emitido caso existam pendências impeditivas ao prosseguimento do Processo de
Comissionamento.

42
3.5 PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA

A Pré‐operação & Partida é o conjunto de atividades efetuadas sobre itens comissionáveis,


malhas, SSOP e SOP com o objetivo de avaliar suas condições de funcionamento e de
desempenho e permitir a transferência dos SSOP / SOP para a operação.

A PO&P é organizada em torno dos SSOP / SOP e da Rede de Precedência de Partida e se inicia,
para cada SSOP, a partir do encerramento formal do condicionamento do mesmo, ou seja,
após a emissão do Certificado de Completação Mecânica – CCM.

Quando necessário, o início da Pré‐operação & Partida requer também a emissão da


Autorização de Testes Funcionais (ATF), o qual tem como pré‐requisito a existência do CCM do
SSOP correspondente assinado. A emissão do ATF consiste em uma autorização para entrada
em pré‐operação dos SSOPs em testes que apresentem interfaces críticas com outros SOPs /
SSOPs em operação contínua.

As atividades típicas de PO&P incluem:


9 testes de funcionamento em vazio de equipamentos dinâmicos;
9 testes de equipamentos elétricos com uso de energia;
9 testes de funcionamento de malhas;
9 testes de intertravamento lógico;
9 testes de desempenho

Os testes de desempenho avaliam as condições operacionais e o atendimento aos parâmetros


especificados de desempenho de SSOP e SOP nas condições mais próximas possíveis das
normais de operação, sendo consolidados nos Testes de Aceitação de Performance (TAP).

A realização satisfatória dos TAPs de todos os SSOP que compõem um SOP é a primeira
condição para que o respectivo Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS) seja
emitido e assinado, caracterizando o final da atividade de PO&P naquele SOP e sua
transferência para a operação.

Para permitir a partida mais rápida do ativo o TTAS é dividido em Provisório (TTAS 1) e
Definitivo (TTAS 2), sendo a diferença entre ambos a existência ou não de pendências
impeditivas à transferência final do ativo para a operação (pendências impeditivas à operação
normal do SOP, constatadas nos TAP, impedem a emissão do TTAS 1).

O conjunto de documentos e informações necessários à execução da fase de Pré‐Operação &


Partida, são entre outras:
9 Certificados de completação mecânica assinados
9 Autorizações para Teste de Funcionamento (ATF) quando aplicável
9 Lista de Sistemas Operacionais
9 Rede de Precedência de Partida
9 Manuais de Operação e de Manutenção
9 Cronograma do empreendimento
9 EAP detalhada
9 Procedimentos de execução de testes

43
9 Manuais de equipamentos

Sendo o conjunto de resultados desta etapa listada abaixo:


9 Operadores treinados
9 Teste de Aceitação de Performance (TAP)
9 Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS)
9 Itens de conhecimento para registros de lições aprendidas

Como mencionado anteriormente, as atividades de Pré‐Operação & Partida são executadas


sobre itens, malhas, sistemas e subsistemas operacionais (SOP e SSOP).

A PO&P é composta pelo conjunto de atividades executadas com o objetivo de realizar


verificações e testes nas condições de funcionamento do SOP, sendo a Partida dos SSOPs
caracterizada pela realização dos testes finais de performance (TAP), estendendo‐se até a
comprovação do atendimento às especificações de projeto.

A transição para o início e término da etapa de Partida deve ser negociada entre a empresa
contratada e a operação, com as condições definidas anteriormente em contrato.

Em função das relações de dependência entre sistemas, as atividades desta fase devem seguir
a seqüência definida no cronograma de comissionamento, que tem como referência básica a
rede de precedência de subsistemas e sistemas operacionais.

A seguir são descritas atividades típicas a serem desenvolvidas durante esta fase:

Preparação de Equipamentos

Após a emissão e assinatura do CCM para um determinado SSOP, são iniciadas as rotinas e
procedimentos necessários para colocar os equipamentos que pertencem ao respectivo SSOP
em condição de Testes de Funcionamento.

Quando a preparação implicar na interrupção das atividades de preservação, as atividades e os


registros de manutenção deverão ser iniciados.

A preparação compreende, no mínimo, as seguintes atividades:


9 Retirada da preservação;
9 Aplicação do plano de raqueteamento;
9 Instalação / remoção de itens ou acessórios temporários;
9 Carregamento de consumíveis;
9 Atendimento ao plano de Controle de Energias.

Uma vez preparados os equipamentos para a execução dos Testes de Funcionamento, deve ser
emitido o documento ATF (Autorização Para Testes de Funcionamento), que comunica as
partes envolvidas e autoriza o início das atividades em um SSOP e malhas Devido a
particularidades do projeto este documento pode ser não aplicável, entretanto a dispensa do
mesmo deve estar prevista em cláusula contratual.

44
Testes de intertravamento lógico

Os testes de intertravamento lógico são executados para cada SSOP, de modo a assegurar que
todos os recursos e dispositivos de intertravamento e segurança estejam em funcionamento
adequado, antes da liberação das instalações para a execução dos Testes Funcionais.

Testes funcionais

Testes funcionais consistem nos acionamentos de equipamentos e instalações, alimentados


pelas energias definitivas.

Os testes funcionais devem atestar a correta operação das funcionalidades dos itens, conjunto
de itens, malhas, sistemas e subsistemas operacionais. Devem fazer parte dos testes funcionais
pelo menos:
9 Atuação dos dispositivos de segurança e controle;
9 Movimentação em vazio de todos os atuadores mecânicos, hidráulicos e pneumáticos;
9 Rotação em vazio de motores e demais equipamentos dinâmicos;
9 Atuação de disjuntores, relés e contatores;

Os testes funcionais devem ser realizados no sistema supervisório, a partir da sala de controle,
e somente serão considerados satisfatórios quando todas as funções desse sistema tiverem
sido avaliadas com sucesso.

Teste de Aceitação de Performance (TAP)

Os Testes de Aceitação de Performance (TAP) têm como objetivo garantir que o desempenho
de cada SSOP seja compatível com as especificações e requisitos de projeto.

A liberação para execução dos Testes de Aceitação de Performance (TAP) requer, ao menos, os
seguintes itens:
9 Registros dos testes funcionais dos componentes do SSOP;
9 Registro dos testes de intertravamento lógico;
9 Inexistência de pendências impeditivas.

Estes testes devem ser executados em condições de operação o mais próximo possível das
condições reais, utilizando fluido de processo especificado, quando possível.

Os resultados dos TAP devem ser registrados e comparados aos parâmetros de projeto, os
quais poderão ser analisados conjuntamente pela fiscalização, pela operação e, quando
aplicável, por entidade classificadora / reguladora.

Uma vez concluídos satisfatoriamente os TAP1 (por exemplo, quando da conclusão e aceitação
dos testes com fluido seguro) para um determinado SSOP, o usuário final da instalação pode
optar por assumir a operação do mesmo para a execução dos TAP subseqüentes (com fluido
de processo, por exemplo). Para estes casos, recomenda‐se a utilização do documento Termo
de Responsabilidade Operacional (TRO), que transfere a responsabilidade operacional do
SSOP, mantendo a responsabilidade técnica com a empresa contratada. A assinatura deste
termo, entretanto, não exime a necessidade de assinatura dos Termos de Transferência e
Aceitação de Sistemas (TTAS) após a conclusão de todos os testes aplicáveis ao respectivo
SSOPs / SOP.

45
Teste de Longa Duração (TLD)

O teste de longa duração de um determinado SOP consiste no acompanhamento do


funcionamento em operação normal durante um período pré‐definido contratualmente.
Nestes testes é avaliada a ocorrência de falhas relevantes pré‐definidas em documentos
contratuais. No caso de ocorrência de falhas relevantes, após a correção das mesmas, o
período de duração do teste deve ser reiniciado.

Treinamento de operadores

Os treinamentos para qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção


deverão ser previamente definidos no Plano de Treinamento. Os treinamento teóricos deverão
ser realizados previamente aos Testes Funcionais e complementados com treinamento prático
durante os Testes de Aceitação de Performance.

Para a realização dos treinamentos, a empresa contratada deverá informar o operador


previamente, com a antecipação definida em contrato, a programação de testes de forma a
permitir ao usuário da instalação contratar ou prover operadores para o evento, bem como
serão necessários que os Manuais de Operação & Manutenção dos SOPs / SSOPs em questão
estejam prontos e aprovados pela Operação.

3.6. TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS OPERACIONAIS

Premissas

Durante FEL III do empreendimento, na elaboração dos documentos contratuais para a


contração de serviços em FEL IV, a empresa contratante deve determinar uma relação de
critérios para transferência e aceitação dos SOPs.

Estes critérios devem levar em consideração alguns dos seguintes aspectos:


9 Lista preliminar de SOPs, se possível com SSOP;
9 Rede de Precedência preliminar dos SOPs;
9 Definição dos critérios para a divisão dos SOPs em SSOPs;
9 Elaboração de Rede de Precedência preliminar de SSOPs, quando possível;
9 Definição prévia dos SSOPs que deverão ser previamente operados de modo a permitir
a continuidade dos testes, antes mesmo do SOP estar pronto para partida, e
conseqüentemente para a operação estável e segura;

Quando ocorrer em um empreendimento já em andamento, sem que as premissas acima


tenham sido efetivadas em FEL III do projeto, pode‐se restabelecer o planejamento e execução
das atividades e as condições necessárias que possibilitem realinhar o escopo do projeto, e
promover a correção do Processo de Comissionamento, visando atender às necessidades de
início de operação estável e segura pela operação, e às características construtivas e de testes.

Planejamento

Considerando que um SOP deve ser transferido quando o mesmo estiver operando de forma
estável e segura, após ter atingido a performance em todos os testes realizados, deve‐se o
planejamento de Pré‐Operação & Partida dos SOPs a partir da rede de precedência preliminar
previamente estabelecida.

46
A importância do planejamento de Pré‐operação & Partida dos SOPs é grande na medida em
que este permite à elaboração dos demais planos necessários tais como:
9 Plano de Mobilização de Operadores;
9 Plano de Treinamento dos Operadores;
9 Plano de Entrega de Manuais de O&M dos SOPs;
9 Plano de Testes de Aceitação de Performance (TAP).

Estes documentos deverão estar incluídos no Manual do Comissionamento

Fluxo de transferência de sistemas recomendável

A transferência de um SOP consiste na troca de responsabilidades entre a empresa contradata


e a contratante (usuário final responsável pela Operação do ativo), a partir da data de
assinatura do documento de transferência, as atividades de operação e manutenção passam a
ser de total responsabilidade da operação, assim como a guarda dos equipamentos,
ferramentas especiais, sobressalentes e documentação técnica.

Todavia, a transferência não exime a empresa contratada, seus fornecedores, subcontratados


e terceiros das responsabilidades contratuais e/ou civis.

Figura 5
Sistemática Recomendável para Transferência de SOP
Onde:
9 CCM = Certificado de Completação Mecânica
9 ATF = Autorização para Testes de Funcionamento
9 TAP = Testes de Aceitação de Performance
9 TTAS = Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas
9 TLD = Teste de Longa Duração

A assinatura do Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas Definitivo de um dado SOP


poderá ser efetuada a partir do momento em que este SOP tiver atendido aos seguintes
requisitos:
9 Testes de Aceitação de Performance, de todos os SSOP pertencentes ao SOP, tenham
sidos realizados e aceitos;
9 Não existam pendências de qualquer natureza atribuídas ao SOP;
9 Toda a documentação pertinente tenha sido fornecida e atualizada (as‐built);
9 Todos os sobressalentes contratuais e ferramentas especiais tenham sido transferidos
para a operação;
9 Todos os treinamentos acordados e contratados tenham sido fornecidos.

47
O Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS) é o documento que formaliza a
transferência da responsabilidade sobre um Sistema Operacional e pode ser dividido em duas
etapas:
9 Quando os Testes de Aceitação de Performance (TAP) dos SSOPs de um SOP tiverem
sido executados satisfatoriamente, porém existirem pendências não‐impeditivas de
qualquer natureza e/ou for previsto um teste de longa duração (TLD), será emitido um
Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Provisório (TTAS‐1). O TTAS‐1 deverá
conter obrigatoriamente a lista de pendências não‐impeditivas correspondente.
A emissão do TTAS‐1 caracteriza a transmissão da responsabilidade de operação e
manutenção para a Operação, mantendo‐se, porém a responsabilidade de solução das
pendências com a empresa contratante. A partir da emissão do TTAS‐1, inicia‐se a
etapa de Operação Assistida deste SOP.
9 O Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Definitivo (TTAS‐2) será emitido
após a solução de todas as pendências e, quando aplicável, a finalização do teste de
longa duração (TLD). O TTAS‐2 não encerra a as atividades de Operação Assistida do
SOP.

Recomenda‐se que a transferência de Sistemas Operacionais siga o fluxo conforme descrito na


Figura 4 anterior. Porém, existirão casos em que ocorrerá a necessidade de adequação deste
processo devido às especificidades de cada empreendimento. Para estes casos, é sugerida a
utilização de fluxos de transferência alternativos, conforme item a seguir.

Fluxos de transferência de sistemas alternativos

O objetivo deste item é apresentar alternativas para possibilitar o atendimento às


necessidades específicas de cada projeto.

Estes fluxos alternativos são resultado de características técnicas específicas dos projetos, e,
portanto conhecidas deste a elaboração do projeto executivo, podendo ser previsto com a
antecedência necessária durante a etapa de planejamento, além de ter feito parte da Matriz
de Responsabilidades presente no Plano de Transferência da Instalação contido nos
documentos contratuais.

A seguir serão apresentadas as possibilidades que podem ser aplicadas, conforme as


especificidades de cada empreendimento:

Especificidade 1

Caso o documento ATF não for aplicável ao processo, desde que acordado entre as partes em
documento contratual, e com as responsabilidades pela execução dos Testes de
Funcionamento esclarecidas na Matriz de Responsabilidades, o fluxo deve ser alterado
conforme Figura 5 abaixo.

Figura 6
Caso seja negociado entre as partes que o ATF não será aplicável

48
Especificidade 2

Quando houver a necessidade de que os SSOP sejam operados pelo usuário final (Operação)
antes da transferência e aceitação completa do SOP através de TTAS, deve ser utilizado o
documento Termo de Responsabilidade Operacional (TRO) para o mesmo, de forma a permitir
a continuidade dos Testes de Aceitação de Performance dos SSOPs do mesmo ou de outros
SOPs.

Este documento transfere a responsabilidade operacional do SSOP, mantendo a


responsabilidade técnica e manutenção do SSOP com a empresa contratada. Recomenda‐se a
utilização deste documento quando a operação optar por executar TAP2 e/ou TLD com o
acompanhamento da empresa contratada. Assim sendo, o fluxo deve ser alterado conforme
Figura 7 abaixo.

Figura 7
Caso o TRO seja necessário

Especificidade 3

Caso a Operação opte por assumir a operação & manutenção integral dos SOPs a partir da
conclusão satisfatória dos TAP1 (exemplo, após a conclusão dos testes com fluido seguro em
todos os SSOPs) e, desde que esta decisão esteja firmada em cláusula do contrato, o fluxo deve
ser alterado da seguinte forma:

Figura 8
Caso a Operação opte por assumir integralmente a
responsabilidade pelo SOP após TAP‐1

Neste caso específico, caberá à empresa contratada iniciar a Operação Assistida do SOP
mantendo as responsabilidades técnicas e pelo saneamento das pendências não‐impeditivas.

As pendências impeditivas, que porventura surgirem durante a execução do TAP‐2, deverão


ser solucionadas conforme as responsabilidades acordadas em contrato. O Termo de
Transferência e Aceitação Definitivo (TTAS‐2) só poderá ser assinado quando os requisitos
estabelecidos para TAP2 e/ou TLD forem comprovados.

49
IMPORTANTE: É permitido a empresa contratada adotar combinações entre as três
especificidades

Responsabilidades e composição mínima dos documentos de transferência de SOPs

O Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Provisório (TTAS‐1) é de responsabilidade da


empresa contratada, devendo ser assinado após a comprovação dos requisitos de
transferência de um SOP estabelecidos no contrato.

O TTAS‐1 deve conter minimamente os seguintes anexos, previamente acordados em


contrato:
9 Lista de Equipamentos – Lista contendo relação dos equipamentos pertencentes ao
SOP;
9 Lista de documentos – Lista contendo relação de:
• Documentos comprobatórios de treinamentos dos operadores;
• Procedimentos e Manuais de O&M do respectivo SOP;
• Relação de consumíveis, sobressalentes e ferramentas especiais pertencentes
ao SOP e igualmente transferidos.
9 Lista de pendências não impeditivas – Lista contendo relação de pendências não‐
impeditivas sob responsabilidade da empresa contratada;
9 Lista de TAPs aprovados – Lista contendo a relação dos TAPs de todos os SSOPs que
compõem os SOP aprovados.

O documento deve conter a informação sobre a responsabilidade da empresa contratada no


tratamento de todas as pendências contidas na lista anexada ao TTAS‐1, sendo que esta não
deverá ser alterada ou sofrer inclusões de novas pendências, exceto nos casos de realização de
testes previstos após a emissão do TTAS‐ 1, visando à emissão do TTAS‐2.

Na emissão do Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Definitivo (TTAS‐2), o mesmo


será assinado após a solução de todas as pendências de responsabilidade da empresa
contratada, listadas no TTAS‐1, e atendido aos demais itens mínimos estabelecidos em prévio
e comum acordo no contrato.

A assinatura destes documentos não exime a empresa contratada, seus fornecedores,


subcontratados e terceiros de responsabilidades contratuais e/ou civis quanto à garantia
funcional e técnica do projeto e sua execução.

Após a realização dos TAPs dos SSOPs que compõem o SOP, e a eventual inexistência de
pendências de qualquer natureza e atendimento integral aos demais itens mínimos definidos
em contrato, a transferência definitiva do SOP poderá ser feita diretamente através da
assinatura dos campos do TTAS‐1 e TTAS‐2 simultaneamente. Apesar de não ocorrer a
transferência provisória, todos os demais anexos, excetuando‐se a lista Ed pendências
inexistente, deverão estar anexos ao formulário e apresentados.

3.7 OPERAÇÃO ASSISTIDA

A operação assistida é a atividade de apoio da empresa contratada às equipes de operação e


manutenção, por especialistas das diversas competências necessárias ao funcionamento por
sistemas operacionais e pela instalação, após a transferência, mesmo que provisória (TTAS‐1)

50
de um SOP, com o objetivo de assegurar que o início da operação seja a continuação segura da
Pré‐Operação & Partida. O encerramento da Operação Assistida de cada SOP ocorre ao
término do prazo estabelecido em contrato.

Os dados necessários e documento de entrada nesta etapa são:


9 Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS)
9 Rede de Precedência de Partida
9 Cronograma do empreendimento
9 EAP detalhada

E o resultado esperado ao término do prazo das atividades de Operação Assistida de cada SOP
consiste em um SOP em operação normal.

As qualificações e as condições de nível de serviço devem ser definidas por meio de


instrumentos contratuais, de forma a garantir a continuidade operacional do sistema.

Deve‐se registrar que a Operação Assistida inicia‐se após a emissão do TTAS‐1, e portanto, até
a emissão do TTAS‐2 a empresa contratada deverá manter distintas as equipes de Operação
Assistida, que deve estar à disposição da Operação, e a equipe de solução de pendências.

A conclusão da Operação Assistida marca a conclusão do escopo do Comissionamento.

Orientações adicionais

A empresa contratada deve prestar os serviços de Operação Assistida durante os horários de


funcionamento do Sistema Operacional, em três níveis:
9 Através de atendimento remoto, com a colocação à disposição dos operadores de
correio eletrônico e número de telefone específicos para essa finalidade.
9 Através de atendimento local emergencial, através do comparecimento do especialista
à presença dos operadores quando solicitado.
9 Através de atendimento local programado através da presença do especialista durante
a realização de atividades ou operações específicas onde a necessidade de sua
participação seja previsível (desde que esta programação seja feita com antecedência
de, no mínimo, quarenta e oito horas).

3.8 TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÃOES

A Transferência da Instalação é o processo que visa ao encerramento da implementação de


empreendimento e compreende a transferência da instalação para o usuário final e da
responsabilidade integral e única pela gestão da Instalação, sendo a assinatura do Termo de
Transferência de Instalações (TTI) o principal marco do processo.

O processo se inicia após a transferência definitiva do último SOP e a conclusão do prazo de


Operação Assistida do mesmo, incluso também o início da desmobilização das equipes
envolvidas no projeto, remoção de Infra‐estruturas da instalação, entrega dos documentos
contratuais e demais documentação técnica para entrega ao Operador.

51
Planejamento da Transferência das Instalações

Compreende a etapa de definição dos requisitos, atribuições e responsabilidades para a


transferência da instalação, que devem ser estabelecidos em contrato.

Este planejamento deve abordar, no mínimo, os seguintes assuntos:


9 Rede de Precedência Preliminar de Sistemas Operacionais (SOP);
9 Critérios para aceitação de TAF (Testes de Aceitação no Fornecedor);
9 Treinamento das Equipes de Operação e Manutenção;
9 Critérios de aceitação de Testes de Performance a serem adotados;
9 Requisitos e prazos com relação à etapa de Operação Assistida pela empresa
contratada;
9 Transferência de sobressalentes e ferramentas especiais e utilização de consumíveis de
processo;
9 Definição das responsabilidades para transferência de dados para o Sistema de Gestão
de Manutenção da Operação;
9 Requisitos para transferência da documentação técnica e legal;
9 Requisitos para assistência técnica e manutenção da unidade após a Transferência das
Instalações.

Preparação para Transferência das Instalações

Quando todos os Sistemas Operacionais tiverem sido transferidos, ou seja, todos os TTAS‐2
assinados, e a Operação Assistida estiver concluída, a empresa contratada deve se preparar
para a conclusão do processo de transferência das instalações executando atividades como,
por exemplo:
9 Desmontagem e remoção de estruturas temporárias da obra como andaimes,
tapumes, contêineres, embalagens, alojamentos, etc., ou o gerenciamento destas
atividades quando a execução for de responsabilidade da empresa contratada. As
instalações também devem estar limpas, organizadas e prontas para o trabalho normal
da Operação;
9 Identificação e tratamento dos passivos ambientais;
9 Substituição da sistemática utilizada para o Controle de Energias;
9 Formatação da documentação técnica e legal para a entrega, atendendo aos requisitos
estabelecidos no Plano de Documentação;
9 Preparação para desmobilização das equipes envolvidas no projeto;
9 Verificar se os dados sobre itens comissionáveis foram transferidos para o Sistema de
Gestão de Manutenção da Operação durante a transferência dos SOPs.

Conclusão da Transferência das Instalações

A conclusão da Transferência das Instalações é a etapa que se caracteriza pela formalização da


aceitação das instalações pela empresa contratante, formalizado pela aceitação formal da
instalação através do Termo de Transferência da Instalação (TTI), que deverá ser assinado
pelas partes envolvidas.

52
Processo de Transferência da Documentação Técnica e Legal

Quando aplicável, os requisitos para transferência da documentação devem estar contidos no


Plano de Documentação do empreendimento.

Nos eventos de Transferência dos Sistemas Operacionais, devem ser transferidos os


documentos de projeto como, por exemplo, “as‐built”, “data‐books”, registros de Não‐
Conformidades, etc.

Os Manuais de Operação e Manutenção dos Sistemas deve estar entregues ao operador desde
antes do início da etapa da Pré‐Operação & Partida dos mesmos.

Documentos não transferidos

Recomenda‐se às empresas contratadas, responsáveis pela Construção e Montagem de um


ativo / instalação, manter, por um período de 5 (cinco) anos a partir da data de emissão do
Termo de Transferência da Instalação, todos os registros da qualidade gerados durante a Obra
e não transferidos.

3.9 GESTÃO DO CONTROLE DE ENERGIAS

Definição

Gestão do Controle de Energias deve ser adotada nos empreendimentos e visa garantir a
segurança entre a instalação existente em operação e os novos sistemas e subsistemas
operacionais que serão interligados a esta ao longo dos trabalhos de construção e montagem,
através do travamento mecânicos e/ou elétricos.

Este travamento deverá ser efetuado por meio de dispositivo mecânico apropriado para
garantir o isolamento das energias (correntes, multibloqueios, cadeados, raquetes, flanges
cegos, figura 8, trava disjuntor, etc.). As chaves dos cadeados e/ou travas utilizados neste
bloqueio, deverão ser guardados em local adequado que será trancado por um cadeado sob a
responsabilidade da empresa contratante definida em contrato de serviços. Além do
dispositivo de travamento, uma etiqueta padronizada deverá ser utilizada para fornecer dados
sobre o travamento.

A empresa contratada deverá elaborar matrizes de travamento e de Gestão do Controle de


Energias de acordo com padrão estabelecido em contrato e prover de um banco de dados
específico para o Controle de Energias.

Todo o processo deve estar bem detalhado em uma Análise Preliminar de Riscos – APR, que
deve ser elaborada antes do início das atividades e de preferência em conjunto com as
matrizes de travamento e de gestão de controle de energias.

Este controle deverá ser aplicado em todos os pontos onde ocorrerão novas interligações
mecânicas ou elétricas, aos sistemas já em operação ou que poderão antecipadamente serem
acionados e só poderá ser removido quando a gestão do controle de energia da instalação, for
transferido para o usuário final, responsável pela operação.

53
Os colaboradores envolvidos diretamente na execução de novas interligações nos
empreendimentos deverão utilizar seu cadeado individual de travamento, como dispositivo
mecânico de isolamento de energia pessoal.

Todo o material necessário para efetuar a Gestão de Energias deverá ser fornecido pela
empresa contratada, por tanto deverá constar como item contratual.

Plano de Gestão do Controle de Energias

O plano deverá ser elaborado pela empresa contratada especificando os objetivos e os


resultados esperados, além do nível de autoridade, responsáveis, métodos e meios
necessários para o isolamento e controle das fontes de energia, etc. Este plano deve ser
aprovado pela empresa contratante e deverá conter no mínimo o seguinte:
9 Todas as etapas necessárias para a parada ou intervenção, isolamento e bloqueio de
um equipamento ou sistema com fins de assegurar o controle das fontes de energia;
9 Todas as etapas necessárias para a colocação, e remoção de dispositivos de
travamento (cadeados, raquetes, figura 8, travas, correntes, etc.);
9 Exigências específicas para testes de verificação da eficácia dos dispositivos de
bloqueio, identificação, aviso e de outras medidas de controle de energia;
9 A indicação de um local específico para guarda das etiquetas, cadeados, correntes,
pinos, cintas e outros dispositivos capazes de bloquear máquinas e equipamentos de
fontes de energia, com a finalidade de mantê‐los disponíveis e em condições
adequadas de uso;
9 Todas as intervenções e isolamentos deverão ser planejadas e analisadas através da
APR, com a participação da das partes envolvidas no contrato e as áreas de QSMS,
utilizando‐se projetos, esquemas e diagramas atualizados e outros documentos que se
façam necessário. Na APR além das medidas mitigadoras dos riscos, devem estar bem
definidos e detalhados todos os equipamentos de proteção individual – EPI,
necessários para a realização segura das atividades;
9 Deverão ser identificados todos os pontos que serão bloqueados e quais os tipos de
bloqueio que serão utilizados.

Processo para a Gestão de Controle Energias

Treinamento e Comunicação
9 Deve existir um processo de comunicação e treinamento que garanta que os objetivos
e propósitos do Controle de Fontes de Energias sejam entendidos pelos empregados
que atuarão direta ou indiretamente aos trabalhos e que eles tenham os
conhecimentos necessários para aplicação dos procedimentos.
9 Todo responsável pelo isolamento deve receber treinamento no reconhecimento das
fontes de energias, o tipo e magnitude das fontes de energias existentes em seu local
de trabalho, os métodos e meios necessários para o isolamento e controle das fontes
de energias.
9 Todo empregado executante deve receber treinamento a respeito do Controle de
Fontes de Energias.
9 Todos os demais empregados cujo trabalho seja realizado na área onde os
procedimentos estabelecidos pelo Programa de Controle de Fontes de Energias são

54
empregados devem receber informação a respeito do Controle de Fontes de Energias
e a respeito da proibição de energizar máquinas ou equipamentos que estejam
isolados ou etiquetados.

Matrizes de Isolamento

A elaboração das Matrizes de Isolamento e Bloqueio é de responsabilidade da gerência de


C&M a que pertence o equipamento ou sistema. As matrizes devem ser previamente
elaboradas por empregados treinados. A matriz de isolamento é utilizada para orientar o
isolamento, bloqueio e aviso dos equipamentos ou sistemas nos quais é necessário realizar
intervenções.

Uma Matriz de Isolamento deve ser específica para o objetivo (serviço) nela descrito, e restrita
a um único equipamento ou sistema, perfeitamente identificado e delimitado.

Antes de ser utilizada, a matriz de isolamento deve ser analisada quanto a sua atualização e
existência de modificações (mudanças) realizadas no equipamento ou sistema.

Deve verificar a eficiência com que a energia foi isolada depois de concluído o isolamento e
bloqueio das fontes de energias pelo empregado autorizador responsável.

Dispositivos de isolamento de energia

Os dispositivos mecânicos de isolamento de energia e dispositivos de manobras são utilizados


para isolar as energias dos equipamentos ou sistemas.

Cada dispositivo de isolamento deve receber um dispositivo de bloqueio. O uso desses


dispositivos garante que os dispositivos mecânicos de isolamento de energia e de manobra
não sejam movimentados acidentalmente. Tais dispositivos devem ser instalados juntamente
com suas respectivas etiquetas.

Alguns dispositivos de isolamento não possuem recursos para instalação de dispositivos de


bloqueio. Nestes casos, podem ser instalados lacres metálicos, juntamente com sua respectiva
etiqueta.

Nota 1: Quando se utilizar raquetes, figura 8 e flange cego, não é necessária a instalação
de cadeado e corrente.

Nota 2: As exceções serão definidas após Análise de Riscos com equipe multidisciplinar e
com a aprovação do gestor da atividade onde devem ficar definidas ações que ofereçam
o mesmo grau de segurança que os dispositivos de isolamentos.

Etiqueta de Advertência

Etiquetas de advertência devem ser instaladas em todos os pontos de bloqueio e/ou


isolamento, sendo o modelo da etiqueta ser definido em procedimento específico.

Remoção de Bloqueios e Isolamentos

Antes da remoção dos dispositivos de bloqueio, a área de trabalho deve ser inspecionada por
responsável pelo isolamento e todos envolvidos diretamente ao bloqueio devem ser
informados.

55
A remoção dos dispositivos de bloqueio, aviso e isolamento, deve ser realizada apenas pelo
empregado responsável ou autorizado e os dispositivos mecânicos de isolamento serão
removidos pelo empregado executante.

Violação (remoção)

A violação do cadeado só poderá ser realizada após autorização do gestor do empreendimento


ou responsável designado. Fora do horário administrativo o coordenador responsável pelo
turno poderá autorizar a violação, mediante acompanhamento desta, comunicando
formalmente ao gestor ou responsável designado.

Responsabilidades

Ocorre a transferência de responsabilidade para o caso de bloqueios temporários, o nde o


responsável pelo isolamento ao concluir sua jornada, transfere a responsabilidade pelas
chaves, bem como todas as atividades pertinentes ao controle de energias em uso, ao seu
substituto correspondente, documentando este ato através de relatório.

São de responsabilidade dos gerentes de C&M as seguintes ações:


9 Designar os empregados revisores de sua gerência
9 Autorizar a remoção de cadeado de bloqueio em caso de perda ou extravio da chave.

Recomendações

Recomendações de bloqueio
9 Notificar pessoal afetado;
9 Bloqueio (desligamento) apropriado do equipamento;
9 Isolar todas as fontes de energia;
9 Aplicar os dispositivos de bloqueio e etiquetas de bloqueio;
9 Checar novamente todos os bloqueios das fontes de energia

Recomendações para remoção de bloqueios das fontes de energia


9 Assegurar que todas as ferramentas e itens tenham sido removidos;
9 Confirmar que todos os empregados estejam em local seguro;
9 Verificar se os controles estão neutros;
9 Remover os dispositivos de bloqueio/isolamento e reenergizar o equipamento;
9 Notificar todos os empregados afetados que os serviços foram completados.

Importância da Gestão e Controle de Energias para o Processo de Comissionamento

Considerando que o Processo de Comissionamento visa a transferência de uma


instalação de forma ordenada e segura da empresa construtora para a operação,
atendendo aos requisitos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de
informações, dentro do prazo contratual e sem pendências, a Gestão e Controle de
Energias tem papel fundamental, pois a prevenção de ocorrências, acidentes e falhas

56
poderão impactar significativamente os objetivos do processo e interferir na
operabilidade da instalação.

3.10 PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO CAPÍTULO


9 Contribuir para que a documentação contratual contenha definições claras de
responsabilidade sobre as condições de operabilidade do ativo e sobre a transferência
das instalações;
9 Contribuir para que o projeto básico do ativo inclua a visão operacional e de partida
das instalações;
9 Contribuir para que o planejamento de implantação do empreendimento incorpore
uma estratégia bem definida de partida e de transferência do ativo;
9 Contribuir para que as subcontratações realizadas incorporem requisitos consistentes
com a estratégia definida no planejamento e com as diretrizes estabelecidas;
9 Utilizar as diretrizes contidas no anexo contratual de comissionamento;
9 Contribuir para que o projeto executivo do ativo aprofunde e dê continuidade aos
aspectos de comissionamento presentes no projeto básico, e produza as informações
necessárias ao processo em tempo hábil e na qualidade desejada;
9 Assegurar que as empresas contratadas e que tenham envolvimento com o processo
de comissionamento sejam capacitadas para tal, dentro das diretrizes estabelecidas;
9 Assegurar a capacitação do pessoal‐chave envolvido no comissionamento do ativo;
9 Assegurar que a organização de trabalho seja adequada à realização do processo de
comissionamento;
9 Elaborar, durante o planejamento, os procedimentos de atividades de campo de
comissionamento para que sejam executados e registrados nas demais etapas do
processo;
9 Contribuir e incentivar a participação do usuário final (responsável pela operação) em
todas as fases do processo de comissionamento, particularmente na Pré‐Operação &
Partida;
9 Contribuir para que as interfaces externas ao ativo e que sejam necessárias ao seu
funcionamento estejam disponíveis em tempo hábil;
9 Transferir o ativo ao operador conforme contratado e respeitando as diretrizes
contratuais estabelecidas;
9 Assegurar a rastreabilidade dos documentos do processo de comissionamento;
9 Respeitar a rede de precedência de SOP e SSOP;
9 Atuar como processo integrador da implementação de empreendimentos,
colaborando com a consistência entre os planejamentos dos demais processos;
9 Coordenar o controle de energias perigosas em conjunto com o operador;
9 Utilizar as ferramentas AST – Análise de Segurança da Tarefa e/ou APR – Análise
Preliminar de Riscos para execução de tarefas no campo;
9 Atuar na gestão de pendências;
9 Apoiar a operação, visando à estabilidade e a segurança da subida em produção da
instalação.

57
Capítulo 4 – FERRAMENTAS OU SISTEMAS DE GESTÃO DO PROCESSO
O objetivo de uma ferramenta ou sistema de gestão do processo de comissionamento
é acompanhar e registrar as atividades, fornecendo meios para monitorar e extrair
informações para decisões gerenciais, atendendo os requisitos técnicos exigidos pelas
boas práticas de mercado e procedimentos estabelecidos em contratos para execução
das atividades de comissionamento de uma instalação.

Resumidamente:

“O objetivo central de qualquer ferramenta ou sistema de gestão do processo de


comissionamento é falar a mesma língua, trabalhando da mesma forma,
garantindo a qualidade dos empreendimentos e agindo de forma proativa.”
9 Falando a mesma língua tudo fica mais fácil e transparente para as partes envolvidas
no processo, minimizando as possíveis irregularidades, através da transparência no
processo de Comissionamento e da facilidade de utilização da ferramenta em todos os
projetos.
9 Ao trabalhar da mesma forma as informações tornam‐se padronizadas, fazendo com
que todos consigam analisar os dados da mesma forma, entendendo o projeto da
mesma maneira.
9 O ganho é comum para a todos, já que dessa forma será possível executar os projetos
de forma similar e com o mesmo tipo de documentação, gerando maior agilidade no
controle das obras.
9 Aplicando uma ferramenta ou sistema integrado de gestão para a condução do
Processo de Comissionamento, assegura‐se que a rastreabilidade com uma maior
qualidade na entrega dos empreendimentos.
9 Trata‐se da execução do processo de forma diferente, buscando gerir pela qualidade,
com melhoria contínua na compilação das lições aprendidas.
9 Ao seguir o processo e utilizar de forma adequada qualquer ferramenta, as ações de
trabalhar ficam mais proativas, podendo agir com base nas informações recebidas.

As principais características exigidas em um sistema de gestão para o processo de


comissionamento são:
9 Ser amigável e acessível à todos os usuários envolvidos nas atividades de C&M e
Comissionamento das instalações;
9 Atuar em ambiente web, com acesso via internet, permitindo aplicação durante testes
em fornecedores e sites de construções diferentes;
9 Permitir o controle de acesso, por usuário, projeto e contratos;
9 Perfis de acesso diferenciados dependendo das atribuições e funções de cada usuário
dentro do processo de comissionamento;
9 Ser “multi‐projetos”, ou seja, permitir aos gestores acesso simultâneo nos projetos que
o mesmo tiver acesso
9 Possibilitar a carga de dados, independente das ferramentas fonte, de forma direta e
sem interfaces intermediárias;

58
9 Permitir ampla rastreabilidade das informações e auditorias de processos;
9 Ser acessível e permitir diversas interfaces;
9 Permitir o controle de todas as fases do processo de comissionamento.
9 Permitir o cadastro e o planejamento de todas as atividades de comissionamento,
organizadas por item, disciplina e sistema;
9 Permitir o registro e a certificação dos resultados de todas as atividades;
9 Emitir relatórios de acompanhamento organizados por item, disciplina, sistema, etc.;
9 Ser compatível com sistemas de gestão de manutenção, de modo a permitir a
transferência simples de dados;
9 Permitir a operação remota no campo, através de equipamentos tipo PDA.

Atualmente são muitas as opções de sistemas e ferramentas de controle do processo


de comissionamento disponíveis. Estas opções variam conforme o entendimento de
cada fabricante de software e/ou da empresa desenvolvedora a respeito do processo,
sendo as opções de mercado conhecidas, entre outras:
9 SGCweb – PETROBRAS
9 FIC – Ferramenta de Integração & Comissionamento – PETROBRAS
9 HMS – Handover Management System – Forship Engenharia
9 SIGCOM – Sistema de Gestão do Comissionamento – Technotag
9 WinPCS – Windows Project Completion, Certification Tracking System

59
SLIDES DE AULA

___________________________________
___________________________________
___________________________________
Engenharia de Equipamentos Onshore e Offshore e
Engenharia de Inspeção e Manutenção da Indústria do Petróleo ___________________________________
PROCESSO DE COMISSIONAMENTO ___________________________________
EM INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
___________________________________

Professor: Engº Alexandre Guimarães


___________________________________
Turma 02 / 2012

OBJETIVO E RESULTADOS ESPERADOS ___________________________________


___________________________________
OBJETIVO ___________________________________
Apresentar os conceitos principais da área de conhecimento Comissionamento e
sua aplicação em empreendimentos industriais. ___________________________________
RESULTADOS ESPERADOS ___________________________________
Os participantes passam a dispor de uma ferramenta eficaz para assegurar a
transferência ordenada e segura das instalações industriais a seus operadores, ___________________________________
dentro das especificações estabelecidas.

___________________________________

PORQUE COMISSIONAR UMA INSTALAÇÃO ? ___________________________________


1. Comissionamento ou Condicionamento ? ___________________________________
2. Quando começa um empreendimento ?

DÚVIDAS ??? 3. Quando termina ? ___________________________________


4. E o Comissionamento ? Quando começa e
quando termina ?
___________________________________
5. Necessita de planejamento ?
RESPOSTA:
Garantir que o projeto vai:
6. Conhece empreendimento que terminou no
prazo ?
___________________________________
• Atender ao ESCOPO,
• dentro do PRAZO, 7. E no custo previsto ?
• no CUSTO previsto,
8. Encerra sem pendências ?
___________________________________
• e estará OPERACIONAL
conforme desejado.
9. Termina no prazo a qualquer custo ?

10. Entrega-se uma obra ou um ativo operacional ?


___________________________________

60
PORQUE COMISSIONAR UMA INSTALAÇÃO ? ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
Ele está operando ou
está operacional ? ___________________________________
___________________________________

REFLEXÃO ___________________________________
“Ao homem que não sabe aonde ___________________________________
vai, nenhum caminho lhe convém.”
Lucius Anneus Sêneca
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

REFLEXÃO ___________________________________
___________________________________
e agora ? ___________________________________
para onde eu vou ?
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

61
REFLEXÃO ___________________________________
___________________________________
___________________________________
“É importante ter metas, mas também é
___________________________________
fundamental planejar cuidadosamente
cada passo para atingi-las.” ___________________________________
Bernardinho ___________________________________
___________________________________

REFLEXÃO ___________________________________
___________________________________
Parece sempre faltar tempo para fazer certo da ___________________________________
primeira vez e sobrar para corrigir depois. ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

REFLEXÃO ___________________________________
INFLUÊNCIA X GASTOS ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

62
UM PEQUENO ACIDENTE ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

OUTRO PEQUENO ERRO !!!! ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

ESTE RESULTADO FOI EM XANGAI… ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
Teste pneumático em planta de GNL

63
ONDE TUDO COMEÇA ???? ___________________________________

Dica Importante !!!!


___________________________________
PLANEJAMENTO “Quando você achar que já planejou bastante....

CONHECIMENTO Planeje um pouco mais.”


___________________________________
INFORMAÇÃO
___________________________________
PREPARO DO
LOCAL
___________________________________
FUNDAÇÕES

ESTRUTURA INSTALAÇÕES
___________________________________
PAREDES TETOS
___________________________________
ACABAMENTOS

CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
MÉTODO – do grego methodos, “caminho para chegar a um fim” ___________________________________
METODOLOGIA – do grego methodos + logos, “o estudo ou ___________________________________
conhecimento do caminho”
___________________________________
COMISSIONAMENTO – tradução livre do inglês commissioning,
do latim committere (confiar), através de commissus e
commission, (cargo ou missão de confiança); por extensão, “ato
___________________________________
de atribuir tal cargo ou missão”; na terminologia naval, “ato de
entregar um navio ao serviço ativo” ___________________________________

CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
___________________________________
METODOLOGIA DE COMISSIONAMENTO
___________________________________
“O conhecimento do caminho para entregar
uma instalação ao serviço ativo.” ___________________________________
___________________________________
___________________________________

64
CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
Comissionar um navio....
É prepará-lo para a sua missão, ___________________________________
assegurando que todos os seus
equipamentos estão operacionais
e que todo o necessário para a
___________________________________
viagem está disponível a bordo
antes da partida. ___________________________________
___________________________________
Fonte: (Haasl, T., and K. Heinemeier. 2006.
"California Commissioning Guide: New Buildings” ___________________________________

CONCEITOS ___________________________________
“O conhecimento do caminho para entregar ___________________________________
uma instalação ao serviço ativo.”
___________________________________
___________________________________
Preparação do
Provas de Cais e Mar
navio ___________________________________
Migração de
conceitos
___________________________________
___________________________________
Empreendimentos
Obras simples
complexos

CONCEITOS ___________________________________
As atividades de Comissionamento são ___________________________________
SEMPRE REGISTRADAS.
Atividades realizadas e não registradas, são
atividades NÃO REALIZADAS. ___________________________________

Quem disse que


___________________________________
Comissionar é
a bomba de
uma relação de
esgoto foi
CONFIANÇA
testada ?@#&!
___________________________________
___________________________________
___________________________________

65
CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
Importância Percebida
___________________________________
• A Completação Mecânica não é o objetivo do projeto.

• O sucesso do projeto é a Operação Comercial. ___________________________________


• A Operação Comercial requer uma Partida planejada e bem
sucedida. ___________________________________
• Para um projeto de sucesso, deve-se planejar para uma partida
bem sucedida. ___________________________________
Fonte: Adaptado de “Planning for Start-Up”, Construction Industry Institute (CII)
___________________________________

CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
A Visão Atual

“Consistentemente a análise de custo mostra que é durante o ___________________________________


comissionamento que o potencial de perdas se manifestará.
Esta é a fase onde as falhas de projeto e os erros de construção
___________________________________
aparecerão (...). Este fato deveria ser o alerta para qualquer
___________________________________
equipe de gestão, que em termos de administração, tenha a
certeza que o foco no processo de comissionamento deve ser ___________________________________
dado desde o primeiro dia do projeto.”
___________________________________
Fonte: “Commissioning of Offshore Oil and Gas Projects”, Trond Bendiksen e Geoff Young

CONCEITOS ___________________________________
A Missão do Comissionamento ___________________________________
1. Assegurar uma partida rápida e eficiente para produção da planta;
2. Validar que a equipe de construção instalou de acordo com as especificações;
___________________________________
3. Assegurar que 100% dos testes mecânicos, elétricos e automatização foram feitos
antes da partida; ___________________________________
4. Esclarecer as responsabilidades sobre as atividades da equipe antes da
transferência;
___________________________________
5. Demonstrar e documentar que todos os Sistemas estão operacionais;
6. Ajustar ou modificar equipamentos para uma melhor operabilidade e manutenção;
7. Ser a ligação entre o término da fase de construção e o início da operação;
___________________________________
8. Registrar completamente todos os documentos de transferência;
9. Assegurar que a equipe de operação recebeu o treinamento apropriado durante o
___________________________________
período do projeto.
Fonte: Adaptado de Ross Francis, The End of the Beginning

66
CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
O Método do Comissionamento

Visão A instalação deve OPERAR de forma


___________________________________
Operacional integrada, estável e segura.
___________________________________
A instalação é um conjunto de
Hierarquia de SISTEMAS OPERACIONAIS que executam
Sistemas o processo desejado segundo uma ___________________________________
lógica definida.

O comissionamento se inicia ao nível


___________________________________
Avanço
de componentes, e segue uma
Progressivo
Ascendente
SEQÜÊNCIA LÓGICA na direção de
Subsistemas, Sistemas e Instalação.
___________________________________

CONCEITOS ___________________________________

Comissionamento Construção & Montagem


___________________________________

Visão Operacional Visão de Obra


___________________________________
___________________________________
Hierarquia de Hierarquia de
Sistemas Disciplinas
___________________________________
Avanço Progressivo Avanço Progressivo
Ascendente por Áreas ___________________________________
___________________________________
O Comissionamento atua na obra como elo entre
a C&M e a Operação

CONCEITOS ___________________________________

A instalação é entregue plenamente operacional


___________________________________

Início adiantado com Início tardio e com ___________________________________


ênfase em planejamento pouco planejamento
Conhecimento
A Prática Convencional do Mercado tácito e empírico
___________________________________
Conhecimento
estruturado
“Uma obra não é entregue,
abandona-se”
Processo
isolado ___________________________________
Comissionamento TESTES
___________________________________
Fabricação, Construção e Montagem

Suprimentos
Operação
___________________________________
Processo
integrador
Projeto de Engenharia

67
CONCEITOS ___________________________________
___________________________________
Enquanto isso...
Quanto tempo leva para construir um prédio de ___________________________________
15 andares?
Na China, seis dias. As fundações já estavam
feitas, mas o prédio fica em pé em menos de 48
___________________________________
horas. O resto do tempo foi usado para finalizar a
obra.
E os responsáveis pelo feito garantem que o
___________________________________
edifício é confortável, ambientalmente correto e,
claro, seguro. Ele tem nível 9 de segurança contra
terremotos, paredes a prova de som, com
___________________________________
isolamento térmico, a iluminação é toda de LED e
há um sistema que garante a circulação do ar, com ___________________________________
três níveis de purificação. O lixo produzido na obra?
Apenas 1% de tudo que foi usado. Os materiais são
quase todos pré-fabricados.

METODOLOGIA FEL – FRONT END LOADING ___________________________________

Geração Encerramento do
___________________________________
da idéia Portão Portão Portão Empreendimento
Partida
1 2 3
___________________________________
FEL I
FEL II FEL III
Identificação FEL IV FEL V
da
Oportunidade
Projeto
Conceitual
Projeto
Básico
Execução Encerramento
___________________________________
Ciclo de vida do empreendimento ___________________________________
COMISSIONAMENTO ___________________________________
Operação Comercial

Aprovação
do EVTEA
Aprovação
do EVTEA
Aprovação
do EVTEA
Transferência
___________________________________
das Instalações
Fase I Conceitual Básico

Configuração
do Ativo para
Operabilidade

OBJETIVO E RESULTADOS ESPERADOS ___________________________________


Definição: ___________________________________
O processo de comissionamento consiste de um conjunto
estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e ___________________________________
habilidades aplicáveis de forma integrada e seqüenciada em
uma instalação, visando torná-la operacional, dentro dos seus ___________________________________
requisitos de desempenho do projeto.

Objetivo:
___________________________________
O objetivo central do comissionamento é assegurar a
transferência da instalação do construtor para o operador de
___________________________________
forma rápida, ordenada e segura, certificando sua operabilidade
em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de ___________________________________
informações.

68
MACROFLUXO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO ___________________________________
Projeto Certificação de
___________________________________
Contratação

Operabilidade
sobre o Projeto
Comentários Suprimentos

Comentários sobre
os Itens Críticos
TTI
Fabricação, Construção e Montagem Transferência

Comentários
___________________________________
sobre C&M
Tratamento de Pendências

Processo de Comissionamento
Gestão do Controle de Energias
Assistência Técnica de Fornecedores Garantias
___________________________________
Manual do Comissionamento
Engenharia de
Comissionamento Planejamento e Gestão do Processo
___________________________________
Diretrizes Contratuais

Acompanhamento do Cliente Participação do Cliente


Campo Preservação Manutenção

CCM de SSOPs
Testes de Funcionamento
ATF - Testes Funcionais - Teste de Aceitação de Performance (TAP)
FVMs e Campo V das FVIs
___________________________________
TAF Condicionamento Pré-Operação Operação
& Partida
Inspeção de Transferência de SOPs ___________________________________

Assist. Téc.
Engenharia
Recebimento de Testes de Certificação Completação
Itens em Canteiro Preenchimento do Campo III e IV das FVIs Mecânica TTAS 1 TTAS 2
Treinamento
Manuais dos Operadores
de O&M Operação Assistida
Documentação do Processo Entrega de Data Books
Disponível para
Registros na Ferramenta ou Sistema de Gestão do Comissionamento SAP/PM

DEFINIÇÃO COMPLEMENTAR ___________________________________


OPERABILIDADE ___________________________________
É a medida da qualidade da operação de uma instalação industrial, através do
atendimento à seus requisitos de desempenho especificados enquanto funcionando de
forma estável e confiável. ___________________________________
Condições da Operabilidade:
1. Todos os sistemas estão entregues ao operador, livres de pendências; ___________________________________
2. A documentação necessária à operação e à manutenção está atualizada e disponível para o usuário;

3. As equipes de operação e manutenção estão treinadas; ___________________________________


4. As dotações de consumíveis, sobressalentes e ferramentas estão aprovisionadas;

5. As estruturas temporárias de obra foram retiradas, as instalações estão prontas para o trabalho
___________________________________
normal e o controle de energias está entregue ao operador;

6. O sistema de gestão de manutenção está operacional e disponível; ___________________________________


7. As interfaces externas ao processo industrial estão operacionais;

8. A unidade está conforme a todas as normas e regulamentos aplicáveis e possui todas as licenças e
contratos necessários.

O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA… ___________________________________


___________________________________
Perfil do profissional de campo para a execução das
atividades de Comissionamento ao longo do projeto ___________________________________
Pré-Operação
Condicionamento
& Partida ___________________________________
Disciplinas ___________________________________
Sistemas Operacionais ___________________________________
___________________________________

69
O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA… ___________________________________
___________________________________
O Perfil da Fiscalização
___________________________________
___________________________________
FRASE DO DIA:

“A FISCALIZAÇÃO DEVE IMPEDIR QUE ATRASOS NÃO OCORRAM.” ___________________________________


Autor: Melhor não falar
___________________________________
___________________________________

O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA… ___________________________________


___________________________________
O Perfil da Fiscalização

Missão:
Assegurar que as condições da Operabilidade sejam ___________________________________
atingidas

Foco: Nos resultados, “fiscalizando” os meios


___________________________________
___________________________________
Abordagem: Ênfase na orientação e na prevenção

• Ações preventivas sobre o planejamento, a organização ___________________________________


e a qualificação
Atuação:
• Ações corretivas sobre o progresso e a qualidade dos ___________________________________
resultados

HIERARQUIA DOS PROJETOS ___________________________________

UIE – Unidade de Implementação de Empreendimento


___________________________________

Empreendimento Contratos
___________________________________

TTI Instalação
___________________________________
___________________________________
COMISSIONAMENTO

TTAS SOPs – Sistemas Operacionais


ATIVIDADES DE

CCM / TAP SSOPs – Subsistemas Operacionais


___________________________________
___________________________________
FVI / FVM TAGs – Itens comissionáveis

PRESERVAÇÃO

70
SOP – SISTEMA OPERACIONAL ___________________________________
Conjunto de itens comissionáveis e malhas capaz de realizar ___________________________________
uma etapa de um processo industrial.

___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE HIDROGÊNIO

SSOP – SUBSISTEMA OPERACIONAL ___________________________________


Sub conjunto de um sistema operacional capaz de realizar ___________________________________
parte do processo.

___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE HIDROGÊNIO

TAG e ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
TAG é a posição identificada do item comissionável no projeto
Item comissionável é o equipamento físico especificado no projeto e alocado na obra

71
TAG e ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________
Quais dos itens abaixo são comissionáveis? Por que? ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

TAG e ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________

Componente Item comissionável? Porque?


___________________________________
Motor elétrico SIM – transfere energia ao processo

Tubulação SIM – spool montado; NÃO – parque de tubos


___________________________________
Disjuntor SIM – controla o fluxo de energia elétrica
___________________________________
Sensor de temperatura SIM – controla uma variável em um ponto do processo

Software SIM – controla a seqüência de ações do processo ___________________________________


Cabos elétricos SIM – cabo instalado; NÃO – bobinas de cabos

Prédio NÃO – é um sistema operacional


___________________________________
Aço NÃO – é matéria prima
___________________________________
Skid NÃO – é uma sub-montagem de itens comissionáveis

TAG e ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________


Lista de equipamentos ou itens ___________________________________
Itens críticos Itens não críticos ___________________________________
___________________________________
• Alta complexidade • Baixa complexidade ___________________________________
• Exclusivo ou nova tecnologia • largamente disponível no mercado
• Longo prazo de entrega
• Alto custo
• Entrega imediata
• Baixo custo
___________________________________
• Logística complexa para entrega • Encontrado no mercado nacional
• Número restrito de itens • Grande número de itens ___________________________________
• 100% de fiscalização de preservação • Fiscalização de preservação por amostragem

72
PRESERVAÇÃO ___________________________________
PREOCUPAÇÃO GERAL ___________________________________
___________________________________
$$$ !! ___________________________________
___________________________________
DESDE:
___________________________________
ATÉ:
___________________________________

PRESERVAÇÃO ___________________________________

Conjunto de ações realizadas com o objetivo de manter os


___________________________________
itens comissionáveis nas condições em que foram liberados
por seus fabricantes até a transferência para o cliente.
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

PRESERVAÇÃO – ROTINAS ___________________________________


___________________________________
Aplicadas no trajeto entre as instalações do fornecedor e o canteiro
Transporte
de obra.
___________________________________
Aplicadas durante o período em que o item permanece no canteiro
Almoxarifado
em local abrigado, fora das atividades de construção & montagem ___________________________________
Aplicadas a partir do momento em que o item é transferido do local
Campo de armazenagem para o de montagem, sendo mantidas até o início
dos testes de funcionamento
___________________________________
Operação Aplicadas durante o período de pré-operação & partida ___________________________________
Hibernação
Rotinas especiais aplicáveis a itens que devam ser mantidos em
espera por períodos longos e (possivelmente) em condições
___________________________________
desfavoráveis

73
PRESERVAÇÃO DE TRANSPORTE ___________________________________

Fluxo típico para uma entrega


___________________________________
Elaboração do
Aplicação do
___________________________________
procedimento de Inspeção de
procedimento Recebimento
preservação
___________________________________
transporte
___________________________________
___________________________________
Liberação do
procedimento
Liberação para
transporte
___________________________________

PRESERVAÇÃO DE TRANSPORTE ___________________________________

Procedimento
___________________________________
¾ Elaborado pelo fabricante ou respeitando suas recomendações;
___________________________________
¾ Comentado pelo transportador ou pelo fabricante, conforme o caso;

¾ Leva em conta os planos de embarque e de manobra de pesos (“rigging”);


___________________________________
¾ Adequado às condições esperadas de transporte (modal, trajetos, clima,
inspeções em trânsito); ___________________________________
¾ Leva em conta eventuais necessidades de hibernação do material (local e
prazo previstos para esta condição). ___________________________________

Atenção
___________________________________
A correta execução deste procedimento é pré-condição para a liberação do transporte

PRESERVAÇÃO DE CANTEIRO ___________________________________

Fluxo típico para um item comissionável


___________________________________
Elaboração dos
procedimentos de
Inspeção de Completação
___________________________________
Recebimento Mecânica
preservação de
canteiro
armazenagem,
___________________________________
montagem, pré-operação &
partida
condicionamento
___________________________________
Operação
___________________________________
Liberação do Início de Início de
procedimento de
almoxarifado
aplicação do Aplicação do aplicação do ___________________________________
procedimento de procedimento de procedimento de
almoxarifado campo operação

74
PRESERVAÇÃO DE CANTEIRO ___________________________________

Procedimento
___________________________________
¾ Elaborado pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as
recomendações do fabricante;
___________________________________
¾ Comentado pela Contratante ou pelo comissionador, conforme o caso;
___________________________________
¾ Identifica as rotinas de preservação aplicáveis a cada família de itens
comissionáveis, e as respectivas freqüências de aplicação;
___________________________________
¾ Define os materiais de preservação a serem utilizados;

¾ Define a forma de identificação física dos itens preservados (etiquetas) e de ___________________________________


registro no campo da execução das rotinas.

Atenção
___________________________________
A correta execução destes procedimentos é pré-condição para a emissão do
Certificado de Completação Mecânica e para a transferência de um SOP

PERFIL DA EQUIPE DE PRESERVAÇÃO DO CANTEIRO ___________________________________


___________________________________
9 Coordenador – técnico sênior com experiência mínima de cinco anos em
Preservação; formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação; ___________________________________
experiência em planejamento & controle.
___________________________________
9 Supervisores – técnicos plenos com pelo menos três anos de experiência
em Preservação; formação de base em Mecânica, Eletricidade ou
Instrumentação; se possível, organizar a equipe com um de cada
___________________________________
especialidade.
___________________________________
9 Técnicos – formação em Mecânica, Eletricidade e Instrumentação.
___________________________________
9 Ajudantes – carpinteiros, lubrificadores e auxiliares de serviços gerais

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DE PRESERVAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Tipos de Formação do
contrato preço
Medição Vantagens Inconvenientes
___________________________________
Dificuldade de
Tarifas horárias RDO endossado Flexibilidade em
Preço unitário medição e de controle
ou por atividade pelo fiscal quantidade e tempo
da qualidade ___________________________________
Transferência do
Valor fixo para Parcelas mensais Controle da qualidade
Preço fechado risco e facilidade de
um dado escopo fixas
medição
e ajustes de escopo
___________________________________
Parcelas mensais Transferência do
Preço fechado
Valor fixo para
um dado escopo
variáveis em
função de
risco, facilidade de
medição e controle
Ajustes de escopo ___________________________________
auditorias da qualidade

___________________________________

75
CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DE PRESERVAÇÃO ___________________________________
Considerando que a preservação não é uma atividade acumulativa, ou seja, o dano causado ___________________________________
em um equipamento pela não realização de uma rotina, ou uma execução mal realizada, esta
não é recuperada com a execução programada a seguir. Portanto, recomenda-se:

¾ Definir em contrato uma pontuação para a qualidade da preservação;


___________________________________
¾ Conforme pontuação recebida, aplicar o valor em uma tabela para valores de medições.
Exemplo: ___________________________________
1. Troca de etiquetas dos equipamentos preservados = 0 à 2 pontos
2.
3.
Qualidade da preservação realizada = 0 à 8 pontos
Calcula-se a média da pontuação obtida no período de medição pela fiscalização
___________________________________
4. Aplica-se sobre o valor fixo mensal da verba de preservação os resultados da tabela.

¾ Valor da Preservação na EAP = R$ 600.000,00


___________________________________
De 10 à 8 pontos 100% do valor mensal
¾ Nº de meses previstos para preservação = 6 meses
De 8 à 6 pontos 80% do valor mensal
De 6 à 4 pontos 60% do valor mensal
¾ Valor da parcela mensal = R$ 100.000,00 ___________________________________
¾ Pontuação no mês = 7 pontos (2 etiquetas + 5 qualidade)
De 4 à 2 pontos 40% do valor mensal
¾ Valor pago na medição do mês avaliado = R$ 80.000,00
De 2 à 0 pontos 20% do valor mensal
¾ Diferença não é paga ao final do contrato a título de ressarcimento

FVI – FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

FVI – FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM ___________________________________

Conteúdo da FVI:
___________________________________
Folha de registros de
FVI (Folha de Verificação do Item) especificação de projeto, dados
de equipamentos fornecidos,
___________________________________
ƒ Cabeçalho – Dados de Projeto dados de recebimento, inspeções
Seção
técnicas, de testes
registrosde dos
certificação
dados de e
ƒ Campo I – Especificação do Item
projeto, quefuncionais.
Constitui-se
TAG,
Registroquede
objetiva posicionar o
no principal
é ainformações
posição registro
identificada
sobre o
___________________________________
doItem
itemcomissionável
comissionável
do Processo adquirido
deno projeto.
ƒ Campo II – Inspeção Técnica Comissionamento, aplicável
esteào

ƒ Campo III – Inspeção Mecânica


conforme
TODOS
equipamento
Comissionável,
projeto, sendo
Inspeção verificada sobre o Item
os itens comissionáveis
físico
Campos de preenchimento
especificado
no recebimento
no projeto e alocado na obra.
___________________________________
do mesmo no
obrigatório quelocal
tem de
comomontagem,
objetivo
Conjunto de verificações
caracterizando-se
prover por que
a rastreabilidade dastem
uma
ƒ Campo IV – Testes de Certificação Conjunto
como
informações
como
do item
de verificações
objetivo
verificação certificar
que
quanto
objetivo certificar
comissionável
item apresentado está
comissionável
que
que
certifica que
à liberação
tem
o item
que o item
montado
está
emem cada
o ___________________________________
comissionável
Conjunto
conforme de executa
verificações
ƒ Campo V – Testes Funcionais etapa doespecificação
conformidade com dede
o especificado.
Processo
individualmente
funcionais que temascomo
projeto. atividades
objetivo
Comissionamento, sendo
ƒ Assinaturas – Liberações rastreáveis
desejadas
avaliar para uma perfeita
a performance
essencial para a medição dos
comissionável
operação futura
quando
do item
quando
serviços e avanço físico do
operando ___________________________________
emassociado
conjunto com aos osdemais
demais itens
itens
processo.
especificados no projeto.

76
MALHA ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

MALHA ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

MALHA ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

77
MALHA ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

ITEM COMISSIONÁVEL E MALHA ___________________________________


ITEM COMISSIONÁVEL ___________________________________
Qualquer componente ou equipamento que exerça uma função
unitária dentro de um processo ___________________________________
Não confundir
___________________________________
a função com
o item
___________________________________
MALHA ___________________________________
Conjunto de itens comissionáveis capaz de realizar uma função
dentro de um processo que não pode ser executada por nenhum ___________________________________
deles isoladamente

CCM – CERTIFICADO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
1 2
___________________________________
___________________________________

78
TTAS – TERMO DE TRANSFERÊNCIA ___________________________________
E ACEITAÇÃO DE SISTEMAS
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

PROJETO BÁSICO ___________________________________

“RESOLUÇÃO Nº 361, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1991


___________________________________
Art. 3º ___________________________________
f) definir as quantidades e os custos de serviços e
fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte
___________________________________
da obra, de tal forma a ensejar a determinação do custo ___________________________________
global da obra com precisão de mais ou menos 15% (quinze
por cento);”
___________________________________
CREA / CONFEA ___________________________________

___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

79
PLANEJAMENTO DO COMISSIONAMENTO ___________________________________
___________________________________
O PLANEJAMENTO É UMA TRILHA ... ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
NÃO UM TRILHO.
___________________________________

PLANEJAMENTO VALE DINHEIRO… ___________________________________


___________________________________
Reduzir a incerteza reduz a
probabilidade de mudanças
___________________________________
Incerteza
___________________________________
___________________________________
Custo da O custo de mudanças tardias pode
Mudança
inviabilizar um empreendimento
___________________________________
t
___________________________________

CONCEITOS SOBRE PLANEJAMENTO ___________________________________


PLANEJAMENTO ___________________________________
Processo realizado com o objetivo de atingir um determinado resultado, de maneira efetiva,
otimizando o emprego dos recursos disponíveis.
___________________________________
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Processo de definição da estratégia mais adequada à obtenção de um resultado. Estabelece ___________________________________
objetivos e metas.

PLANEJAMENTO TÁTICO
___________________________________
Processo de definição dos meios necessários para atingir os objetivos e metas
estabelecidos pela estratégia. ___________________________________
PLANEJAMENTO OPERACIONAL ___________________________________
Processo de definição da forma de aplicar dos meios definidos no planejamento tático .

80
Estratégico Tático Operacional
___________________________________
Projeto Certificação de
___________________________________
Contratação
Operabilidade
Suprimentos
TTI
Fabricação, Construção e Montagem
Saneamento de Pendências ___________________________________
Processo de Comissionamento
Manual de
Comissionamento
Gestão de Energias
___________________________________
Assistência Técnica de Fornecedores Garantia
Diretrizes Contratuais

Planejamento e Gestão do Processo


___________________________________
Acompanhamento do Cliente Participação do Cliente
Executivo
Gestão

Preservação Manutenção ___________________________________


Pré-Operação
Condicionamento Operação
& Partida
Operação
___________________________________

Engenharia
Assist. Téc.
Assistida
Documentação do Processo

Ferramenta Informatizada de Comissionamento

INICIAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ___________________________________


___________________________________
___________________________________
+
___________________________________
Portfólio Contrato Declaração
de Escopo
___________________________________
___________________________________
Plano do
Empreendimento
___________________________________

DECLARAÇÃO DE ESCOPO ___________________________________


“A Declaração de Escopo do projeto é a definição do ___________________________________
projeto – o que precisa ser realizado”.
PMBOK® Guide 2004 ___________________________________
A Declaração de Escopo deve incluir pelo menos: ___________________________________
• Caso de negócio
• Escopo positivo (o que deve ser realizado) ___________________________________
• Escopo negativo (o que não deve ser feito)
• Premissas ___________________________________
• Restrições
• Critérios de aceitação ESTRATÉGIA ___________________________________

81
PLANO DO EMPREENDIMENTO ___________________________________
___________________________________
Plano de
Escopo
Plano de
Prazo
Plano de
Custo ___________________________________
___________________________________
Plano da Plano do Plano de
Qualidade Empreendimento Suprimentos
___________________________________
___________________________________
Plano de Plano de
Riscos Plano Comunicação
de RH ___________________________________

ESTRATÉGIA DE CONTRATAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Contrato / Declaração
de Escopo ___________________________________
ENGENHARIA
OPERAÇÃO
DO PROJETO ___________________________________
Plano do
Empreendimento
___________________________________
___________________________________
Modelo de Contratação
Estratégia de Implementação
Modelo de Organização ___________________________________

MODELO DE CONTRATAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Comissionamento faz parte
do escopo do Integrador.
EPC Cabe a ele decidir se
executa diretamente ou se
___________________________________
terceiriza a atividade

Anexo de Diretrizes ___________________________________


de Comissionamento
Comissionamento dentro do
contrato de Construção & ___________________________________
Montagem
Integração
do Operador ___________________________________
Comissionamento
Contrato de Serviços
contratado à parte
de Comissionamento ___________________________________

82
MODELO DE CONTRATAÇÃO ___________________________________
Anexo de Diretrizes de Comissionamento ___________________________________
¾ Estabelece as condições para a execução do processo de Comissionamento
¾ Não trata de condições de contratação ___________________________________
¾ Não define procedimentos técnicos
¾ Organizado por entregas
¾ Centrado em torno de uma matriz de responsabilidades configurável ___________________________________
Contrato de Serviços de Comissionamento ___________________________________
¾ Estabelece as condições para a contratação de serviços de Comissionamento
¾ Estabelece as condições de execução do processo de Comissionamento
¾ Não define procedimentos técnicos ___________________________________
¾ Organizado por entregas
¾ Posiciona o Comissionador como elemento de gestão mais do que de execução
___________________________________
As diretrizes são organizadas na forma de um Anexo Contratual,
que deve ser consistente com os demais documentos do Contrato

MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Contratante Fiscalização não executiva

EPC ___________________________________
Responsável por todo o processo;
Contratada provavelmente duas equipes
___________________________________

Contratante Planejamento e fiscalização


___________________________________
Integração ___________________________________
Responsável por todo o processo,
do Operador
partilhando o planejamento e talvez
Contratada
delegando a execução; apoio à Contratante
em relação a outras contratadas
___________________________________

MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________

Equipe do Empreendimento
___________________________________
___________________________________
Estratégia Tática Aplicação

• Gerência do Empreendimento • Gerência do Empreendimento • Gerência do Empreendimento


___________________________________
• Coordenador de Integração • Coordenador de Integração • Coordenador de Integração
• Coordenador ou Gerente de • Coordenador ou Gerente de ___________________________________
Comissionamento Comissionamento
• Fiscais ___________________________________
___________________________________

83
MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________

Equipe de Execução
___________________________________
___________________________________
Tática Aplicação

___________________________________
• Gerência do Contrato • Gerência do Contrato
• Gerente de Comissionamento • Gerente de Comissionamento ___________________________________
• Equipe de planejamento • Equipe de planejamento
• Equipe de engenharia de comissionamento • Equipe de programação e controle
• Equipe de engenharia de comissionamento
___________________________________
___________________________________

MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________


___________________________________
Perfil das equipes
9 Predominância de profissionais sênior ___________________________________
9 Elementos-chave com experiência em gestão de projetos
9 Componente de planejamento reforçado ___________________________________
9 Engenheiros de processo para a equipe de engenharia
9 Supervisores de preservação e condicionamento especialistas por ___________________________________
disciplinas
9 Supervisores de pré-operação & partida com perfil de operação ___________________________________
9 Supervisores e técnicos com registro profissional (CREA)
___________________________________

MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________


Equipe do Empreendimento
___________________________________
¾ Mobilizar o gerente ou coordenador o mais cedo possível,

¾ Selecionar profissional com experiência em gestão de projetos ou em planejamento ___________________________________


¾ Evitar a subordinação do responsável de Comissionamento à área de C&M

¾ Considerar a possibilidade de ter representante do Cliente na equipe ___________________________________


¾ Solicitar e avaliar os CV da equipe de execução o mais cedo possível, mesmo antes da
Autorização de Serviço ___________________________________
¾ Mobilizar equipe de campo a tempo de conhecer o projeto e participar do planejamento de gestão

¾ Aproveitamento de fiscais de C&M para as atividades de Preservação e de Condicionamento ___________________________________


normalmente é satisfatório

¾ Fiscais de Pré-Operação & Partida tem perfil de operadores mais do que de montadores
___________________________________
¾ Fiscais de PO&P assumem a supervisão de sistemas operacionais, não de disciplinas

84
MODELO DE ORGANIZAÇÃO ___________________________________
Equipe de Execução
___________________________________
¾ Mobilizar o gerente de Comissionamento junto com os demais gerentes que
compõem o núcleo da equipe da Contratada ___________________________________
¾ Evitar a subordinação do responsável de Comissionamento à área de C&M
___________________________________
¾ Mobilizar profissionais de planejamento e de engenharia de comissionamento
(ou de processo) imediatamente após o contrato
___________________________________
¾ Integração com as equipes de gestão de prazos e de riscos

¾ Integração com a equipe de projeto de engenharia ___________________________________


___________________________________

PLANEJAMENTO DA GESTÃO DO PROCESSO ___________________________________

Emissão
Trabalho
conjunto com
___________________________________
Reunião de Abertura
da AS a Contratada de Comissionamento
___________________________________
60 a 180 dias ___________________________________
Manual de Comissionamento
9 cronograma mestre de comissionamento
9 matriz de responsabilidades
Emissão do Manual
de Comissionamento ___________________________________
9 listas de itens comissionáveis
9 fluxogramas com identificação de sistemas ___________________________________
9 rede de precedência
9 lista de documentos de comissionamento
9 lista de documentos de engenharia para comissionamento ___________________________________
9 Organograma
9 EAP – Estrutura Analítica do Projeto
9 planos de mobilização, suprimentos e comunicação
9 plano de contingência / análise de riscos

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________


___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

85
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________


___________________________________
SSOP 100.001.002
SSOP
100.004.002
SSOP
100.004.001 ___________________________________
SOP 100.004
SSOP 100.001.001
SOP 100.001 SSOP
100.004.003
SSOP
100.004.004 ___________________________________
SSOP SSOP 100.005.001
100.001.003
SOP100.005.001
SSOP 100.005
UNIDADE 100
SSOP 100.002.001
___________________________________
SSOP 100.003.001

SOP 100.002
___________________________________
SOP100.003.002
SSOP 100.003 SSOP 100.002.002
1 Unidade
5 SOPs
___________________________________
SSOP 100.003.003
15 SSOPs SSOP 100.003

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________


___________________________________
SSOP 100.001.002
SSOP SSOP
100.004.002 100.004.001
SSOP

SSOP 100.001.001
SOP 100.001 SSOP
SOP 100.004

SSOP P
200.001.002 SSOP 200.001.003
___________________________________
100.004.003 100.004.004 O 1
SS 1.00 SOP 200.001
00
0.
SSOP
100.001.003
SSOP 100.005.001

SOP100.005.001
SSOP 100.005
UNIDADE 100 SSOP 100.002.001
2 0
SSOP 200.001.005 SSOP 200.001.004 ___________________________________
SSOP 100.003.001

SSOP
SOP100.003.002
100.003
SOP 100.002

SSOP 100.002.002

UNIDADE 200 200.002.001


SSOP
___________________________________
SSOP 200.003.001

SSOP 200.003.003
SSOP 200.003.002

___________________________________
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003
SSOP 200.002.002

SSOP 200.002.003

SOP 200.003 SOP 200.002

2 Unidades
8 SOPs
___________________________________
27 SSOPs SSOP 200.003.004

86
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs ___________________________________
___________________________________
SSOP 100.001.002

SSOP 300.003.001
SSOP SSOP
100.004.002 100.004.001

___________________________________

SSOP 300.002.001
SSOP 300.001.001

SSOP 300.002.002
SOP 100.004

SSOP 300.001.003
SSOP 100.001.001
SOP 100.001 SSOP SSOP
100.004.003 100.004.004

SOP
SSOP
100.001.003
SSOP 100.005.001

SOP100.005.001
SSOP 100.005
UNIDADE 100 SSOP 100.002.001
300.002
___________________________________
SSOP 100.003.001 SSOP

SSOP 300.003.002
200.001.002 SSOP 200.001.003

SOP 100.002
P SOP 300.001 UNIDADE 300 ___________________________________

SSOP 300.001.002
O 1
SSOP
SOP100.003.002
100.003 SSOP 100.002.002 SS .00 SOP 200.001
SSOP
01
0.0 300.002.003
20
SSOP 200.001.005 SSOP 200.001.004

___________________________________
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003

SOP 300.003
SSOP 200.002.001
SSOP 200.003.002 UNIDADE 200 SSOP 300.003.003
SSOP 200.003.001

SSOP 200.003.003
3 Unidades
12 SOPs
SSOP 300.004.001 ___________________________________
SSOP 200.002.002

SSOP 200.002.003
SOP 200.003 SOP 200.002
SSOP SOP 300.004
300.001.004 SSOP 300.004.002
39 SSOPs

SSOP 200.003.004

REDE DE PRECEDÊNCIA ___________________________________


___________________________________
REDE DE PRECEDÊNCIA DE PARTIDA
Seqüência na qual os sistemas e subsistemas operacionais de uma unidade
___________________________________
industrial devem entrar em funcionamento, de modo a assegurar que:
___________________________________
a) cada um seja testado nas condições mais realistas possíveis;
b) o processo do qual fazem parte seja ativado conforme suas ___________________________________
especificações;
c) a ativação da unidade industrial ocorra de forma controlada e segura. ___________________________________
___________________________________

REDE DE PRECEDÊNCIA ___________________________________


___________________________________
ENERGIZAÇÃO SEGURANÇA E CONTROLE UTILIDADES PROCESSO

DISTRIBUIÇÃO
ELÉTRICA SISTEMA.
SISTEMAS DE
___________________________________
CONTROLES
CAPACITAÇÃO
VAC SISTEMA DE
DE ÁGUA
PRODUÇÃO

SISTEMA DE
ÁGUA
___________________________________
ABASTECIMENTO OUTROS
REFRIGERADA SISTEMA DE ESD
DE COMBUSTÍVEL SISTEMAS
(INTERLOCKING
UTILIDADES

ENERGIA SISTEMA F&G


TEST)

___________________________________
PRIMÁRIA DETECÇÃO
ELÉTRICA
SISTEMA ÁGUA

SISTEMA F&G
COMBATE
SISTEMA DE
ÁGUA SALGADA
PRODUZIDA
(NÃO CRÍTICOS) ___________________________________
SUPRIMENTO
TEMPORÁRIO
ENERGIA
SECUNDÁRIA
OUTROS
SISTEMAS DE
SISTEMA DE
SISTEMA DE
FLUIDOS
___________________________________
PNEU / HID. ÁGUA POTÁVEL
SEGURANÇA CRÍTICOS

87
REDE DE PRECEDÊNCIA ___________________________________
___________________________________
ENERGIA

SEGURANÇA
___________________________________
UTILIDADES
___________________________________
PROCESSO

CONTROLE ___________________________________
___________________________________
Meta: fazer funcionar o processo produtivo no
menor prazo possível, com segurança
___________________________________

REDE DE PRECEDÊNCIA ___________________________________

SSOP 100.001.002
___________________________________
SSOP SSOP
100.004.002 100.004.001
SSOP 300.003.001

INTEGRAÇÃO
SSOP 100.001.001
SOP 100.001
SOP 100.004

SSOP SSOP ___________________________________


SSOP 300.002.001
SSOP 300.001.001

100.004.003 100.004.004
SSOP 300.002.002

SSOP SSOP 100.005.001 SOP

___________________________________
100.001.003
SOP 100.005
SSOP 100.005.001 300.002
SSOP 300.001.003

UNIDADE 100 SSOP 100.002.001

SSOP 100.003.001 SSOP


200.001.002 SSOP 200.001.003
SSOP 300.003.002

SOP 100.002
UNIDADE 300
SOP 300.001
___________________________________
P
O 01
SOP SS 200.001
SSOP 300.001.002

SSOP 100.002.002
SSOP 100.003.002
SOP 100.003
01
.0 SSOP
0.0 300.002.003
20
SSOP 200.001.005 SSOP 200.001.004
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003

UNIDADE 200
SSOP 200.002.001
SOP 300.003
SSOP 300.003.003
___________________________________
3 Unidades
___________________________________
SSOP 200.003.001

SSOP 200.003.002

SSOP 200.003.003

SSOP 300.004.001
12 SOPs SOP 200.003 SOP 200.002
SSOP SOP 300.004
300.001.004 SSOP 300.004.002
39 SSOPs
SSOP 200.002.002

SSOP 200.002.003

SSOP 200.003.004

___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

88
___________________________________
Concorrência: Licenças e Documentação pelo Cliente ___________________________________
• C&M do Posto de Combustíveis Aquisição de produtos pelo Cliente
Antecipação de Receitas
• Apresentar Divisão de SOP/SSOPs
• Rede de Precedência atendendo aos requisitos
Duas ilhas de combustíveis independentes ___________________________________
Serviços:
• Todos os combustíveis
• Gasolina
• Etanol
___________________________________
• Diesel
• GNV
• Loja de Conveniência
___________________________________
• Borracheiro
• Troca de Óleo
• Lava a Jato
___________________________________
___________________________________

PLANEJAMENTO EXECUTIVO ___________________________________


___________________________________
Trabalho
Reunião de
conjunto com o
Entrega do último
___________________________________
Cliente
Abertura de Sistema
Comissionamento Operacional
___________________________________
Trabalho
conjunto com a
Contratada ___________________________________
___________________________________
Duração indeterminada ___________________________________

PLANEJAMENTO EXECUTIVO ___________________________________

Atividades
___________________________________
¾ detalhamento progressivo do Planejamento de Gestão ___________________________________
¾ atualização constante da ferramenta de controle do processo
¾ programação e controle da produção ___________________________________
¾ controle de emissão de documentos
¾ controle do avanço físico / financeiro ___________________________________
¾ emissão de relatórios de acompanhamento
¾ coordenação da assistência técnica de fornecedores ___________________________________
¾ coordenação do treinamento
¾ coordenação do controle de energias ___________________________________
¾ gestão de pendências

89
DOCUMENTAÇÃO ___________________________________
___________________________________
¾ pedidos / ordens de compra revisados ___________________________________
¾ procedimentos operacionais
¾ planos (treinamento, assistência técnica) ___________________________________
¾ listas (sobressalentes, consumíveis, ferramentas)
¾ prontuários de normas e regulamentos ___________________________________
¾ manuais de operação e de manutenção
¾ pastas de sistemas (data book)
___________________________________
___________________________________

DOCUMENTAÇÃO ___________________________________
Pasta de Sistema – conteúdo típico ___________________________________
¾ Fluxograma de Sistema (com identificação de SSOP)
___________________________________
¾ Fluxogramas de processo que contenham o SOP
¾ Lista de Itens Comissionáveis do SOP (por categorias)
¾ Lista de Malhas do SOP (por tipo)
___________________________________
¾ Lista de SOP predecessores e sucessores
¾ Coletânea de FVI (preenchidas e assinadas)
___________________________________
¾ Coletânea de FVM (preenchidas e assinadas)
¾ Certificados de Completação Mecânica dos SSOP (assinados)
___________________________________
¾ Registro do TAP
¾ Termos de Transferência e Aceitação provisório e definitivo (assinados)
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
___________________________________
Conjunto de ações realizadas com o objetivo de colocar os itens
comissionáveis em condições de iniciar seus testes de funcionamento. ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

90
CONDICIONAMENTO ___________________________________

CONTEXTO DO COMISSIONAMENTO PARA ESTA FASE:


___________________________________
Os pontos básicos referem-se ao planejamento das atividades para:
• Garantia da operabilidade de forma estável e confiável
___________________________________
• Minimizar os problemas para que essa operabilidade seja atingida
no menor espaço de tempo possível ___________________________________
• Desempenho especificado
• Envolvimento de TODOS os participantes ___________________________________
• Fabricante
• Empresa de inspeção ___________________________________
• Integradora (EPC)
• Subcontratados ___________________________________
• Fiscalização

CONDICIONAMENTO ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

91
CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

92
CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS: ___________________________________
INSTRUMENTOS DE CAMPO ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

93
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ETAPAS DO CONDICIONAMENTO ___________________________________
• Teste de Aceitação de Fabricação (TAF);
• Preservação e preparação para transporte; ___________________________________
• Recebimento;
• Armazenamento; ___________________________________
• Preservação (anterior e posterior a montagem, Rotinas de Fiscalização);
• Condicionamento (Ensaios, testes e ações para preparação de operação). ___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
TESTES DE ACEITAÇÃO DE FÁBRICA (TAF) ___________________________________
• Teste Hidrostático;
• Teste de Funcionamento Mecânico e Desempenho; ___________________________________
• Teste de rigidez estrutural (“Pipe Load”);
• Teste de Desempenho do equipamento completo + ___________________________________
periféricos (String Test);
• Teste de Estanqueidade e Vazamento de Gás; ___________________________________
• Teste de Resposta ao Desbalanceamento (URT);
• Inspeção Final ___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
PRESERVAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA TRANSPORTE ___________________________________
Após a liberação do material, os equipamentos são preparados para transporte até a
obra, de acordo com as especificações do fabricante. ___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

94
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
Recebimento ___________________________________
• Quantitativo
• Almoxarife ___________________________________
• Qualitativo.
• Inspetor ___________________________________

• Área específica
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
Recebimento
___________________________________
• Definir armazenamento
___________________________________
• Área específica para material
• Não conforme
___________________________________
• Segregado
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________

PRINCIPAIS TÓPICOS E ATIVIDADES DE RECEBIMENTO


___________________________________
• Análise de documentação do fornecedor (Data book)
• Inspeção de recebimento
___________________________________
• Tratamento de não-conformidades fabricação / recebimento
• Definição de local de armazenamento
___________________________________
• Início da preservação
• Registros na FVI, RIR e etiqueta de preservação
___________________________________
___________________________________

95
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________

PRINCIPAIS TÓPICOS E ATIVIDADES DE RECEBIMENTO


___________________________________
• Geralmente, o data book do equipamento chega a obra ainda com
pendências de documentação.
___________________________________
• Verificar os registros de fabricação, comparando os certificados /
relatórios ao discriminado no PIT (Plano de Inspeção e Testes).
___________________________________
• Verificar Inspeção de fabricação CLM – Comunicado de Liberação
de Material assinado pelo inspetor.
___________________________________
• Verificar se existem pendências de fabricação ainda não tratadas –
reproduzi-las no Relatório de Recebimento.
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
RIR (Relatório de Inspeção
de Recebimento) ___________________________________
• Dados
• Características técnicas ___________________________________
• Laudo

___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO ___________________________________
Unidade seladora montada invertida ___________________________________
___________________________________
___________________________________

96
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO ___________________________________
Quebra de “tubing” (montado em balanço)
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO ___________________________________
Válvulas de segurança transportadas soltas, fora
da vertical
___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
CALIBRAÇÃO
• Procedimentos específicos
___________________________________
• Condições ambientais
• Controle dos padrões
___________________________________
• Envolve, no mínimo, um padrão
• Certificado de calibração ___________________________________
___________________________________

97
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
FIAÇÃO – TENSÃO APLICADA
___________________________________
• Gerador de alta tensão
• Leitura de corrente elétrica
• Defeito “PULSO DE CORRENTE”
___________________________________
o Roçamento em canto vivo
o Dobras demasiadas ___________________________________
o Cabos defeituosos
o Montagem ___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
___________________________________
FIAÇÃO - ISOLAÇÃO E CONTINUIDADE
Gerador de alta tensão
Leitura de resistência elétrica
___________________________________
Defeito “BAIXA RESISTÊNCIA DO ISOLAMENTO”
Perfuração do isolamento ___________________________________
Rompimento do isolamento
Dano na bobina ___________________________________
Dano de transporte

___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
MECÂNICOS (HIDROSTÁTICO)
___________________________________
• Resistência mecânica
• Classe ___________________________________
• Defeito “VAZAMENTO”

___________________________________
___________________________________

98
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO ___________________________________
Mecânico (Hidrostático e Pneumático)
Leitura de vazamento (Classe)
Válvula tipo
___________________________________
Fechada (NF) aberta (NA)
Atenção
___________________________________
Posicionadores (Esferas)
Sistema de medição ___________________________________
Defeito
“VAZAMENTO ACIMA DO PERMITIDO” ___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
TESTE DE MALHA ___________________________________
Definição (Malha aberta / fechada)
• Injeção de sinal (sensor) ___________________________________
• Leitura no painel (malha aberta)
• Leitura no painel + posicionamento
do elemento final (malha fechada)
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________

TESTE DE CERTIFICAÇÃO
___________________________________
TESTE DE MALHA
• Leitura na válvula (malha aberta)
___________________________________
• Injeção de sinal (no painel)
___________________________________
___________________________________

99
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
TESTE DE CERTIFICAÇÃO
TESTE DE MALHA ___________________________________
Principais falhas detectadas no teste de malha:
• Ligações erradas
• Configurações erradas
___________________________________
• Endereço
• Parâmetros ___________________________________
• Calibrações erradas
• Defeitos elétricos ___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
MONTAGEM ___________________________________
• Realização de montagem (% andamento
físico)
• Aspectos técnicos de instrumentação
___________________________________
• Tratamento de Não-Conformidades
• Preservação pós montagem ___________________________________
• Registro
• Sistema próprio ___________________________________
• FVI (Inspeção mecânica)

___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
MONTAGEM ___________________________________
• Falhas de montagem
• Limite de bateria IN / TUB.
• Atendimento a detalhes típicos
___________________________________
• Danos
___________________________________
___________________________________
___________________________________

100
CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
___________________________________
MONTAGEM
Falhas de Montagem
___________________________________
• Montado e não protegido

___________________________________
___________________________________
___________________________________

CONDICIONAMENTO ___________________________________
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO: ___________________________________
Etapas Condicionamento de Dutos Terrestres:
• Esvaziamento ___________________________________
• Pré - Secagem
• Limpeza Final ___________________________________
• Secagem
• Inertização ___________________________________
• Inspeção do revestimento externo após a cobertura
• Método de Atenuação de corrente ___________________________________
• Método DCVG


Sistema de proteção catódica
Restauração da faixa
___________________________________
• Montagem e instalação de complementos
• “De acordo do proprietário”

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


___________________________________
A Pré-Operação é composta pelo conjunto de atividades executadas
com o objetivo de realizar verificações e testes nas condições de
funcionamento do Subsistema (SSOP). ___________________________________
A Partida é caracterizada pela realização dos testes finais de
performance, estendendo-se até a comprovação do atendimento às ___________________________________
especificações de projeto.

As atividades de Pré-Operação & Partida são executadas sobre itens,


___________________________________
malhas, subsistemas e sistemas operacionais.
___________________________________
Em função das relações de dependência entre sistemas, as atividades
desta fase devem seguir a seqüência definida no cronograma de
comissionamento, que tem como referência básica a rede de ___________________________________
precedência de subsistemas e sistemas operacionais.

101
PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________

PREPARAÇÃO DE EQUIPAMENTOS:
___________________________________
___________________________________
A preparação de equipamentos para TFs compreende, no mínimo, as
seguintes atividades:
• Retirada da preservação *;
___________________________________
• Aplicação do plano de raqueteamento;
• Instalação / remoção de itens ou acessórios temporários;
___________________________________
• Carregamento de consumíveis;
• Atendimento ao plano de Controle de Energias.
___________________________________
___________________________________
* Obs.: Substituir as rotinas de preservação por manutenção.

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


___________________________________
TESTES DE FUNCIONAMENTO:

Realizado na fase de Pré-Operação & Partida, trata-se de quaisquer


___________________________________
testes ou verificações realizados em um item comissionável, malha ou
subsistema com aplicação de energia, fluidos e / ou passagem de
___________________________________
produto, ou seja, em regime de trabalho.
___________________________________
Testes de Funcionamento = TF + TAP + TLD + ...
___________________________________
Substitui o antigo termo ___________________________________
“Teste à Quente”

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


TESTES FUNCIONAIS (TF): ___________________________________
Testes Funcionais consistem nos acionamentos de equipamentos e
instalações, alimentados pelas energias definitivas.
___________________________________
Os Testes Funcionais devem atestar a correta operação das ___________________________________
funcionalidades dos itens, conjuntos de itens, malhas, sistemas e
subsistemas operacionais. ___________________________________
Ex.: Testes de Intertravamento Lógico
___________________________________
Os testes de intertravamento lógico são executados para cada
subsistema, de modo a assegurar que todos os recursos e dispositivos
___________________________________
de intertravamento e segurança estejam em funcionamento adequado,
antes da liberação das instalações para a execução dos Testes de
Aceitação de Performance.

102
PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________
TESTES FUNCIONAIS (TF): ___________________________________
Devem fazer parte dos Testes Funcionais pelo menos: ___________________________________
• Atuação dos dispositivos de segurança e controle;

• Movimentação em vazio de todos os atuadores mecânicos, hidráulicos e


___________________________________
pneumáticos;
___________________________________
• Rotação em vazio de motores e demais equipamentos dinâmicos;

• Atuação de disjuntores, relés e contatores; ___________________________________


___________________________________

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


TESTES FUNCIONAIS (TF): ___________________________________
Os Testes Funcionais devem ser realizados no sistema supervisório, a partir
da sala de controle, e somente serão considerados satisfatórios quando
___________________________________
todas as funções desse sistema tiverem sido avaliadas com sucesso.
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________

Sala de controle.

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


TESTES DE ACEITAÇÃO DE PERFORMANCE (TAP) ___________________________________
Os Testes de Aceitação de Performance (TAP) têm como objetivo garantir que o
desempenho de cada subsistema operacional seja compatível com as
especificações e requisitos de projeto.
___________________________________
Os testes devem ser executados em condições de operação o mais próximo
possível das condições reais, utilizando fluido de processo especificado, quando ___________________________________
possível.
A liberação para execução dos TAP requer ao menos os seguintes itens:
___________________________________
• Registros dos Testes Funcionais dos componentes do Subsistema;
• Registro dos Testes de intertravamento lógico;
• Inexistência de pendências impeditivas.
___________________________________
Os resultados dos TAP devem ser registrados e comparados aos parâmetros de
projeto. Estes resultados poderão ser analisados conjuntamente pela fiscalização, ___________________________________
pela operação e, quando aplicável, por entidade classificadora / reguladora.
A aceitação dos resultados dos TAP é pré-requisito para a emissão de um Termo de
Transferência e Aceitação de Sistema (TTAS) para este sistema operacional.

103
PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________
TESTES DE LONGA DURAÇÃO (TLD) ___________________________________
O teste de longa duração de um subsistema operacional consiste no
acompanhamento do funcionamento em operação normal durante um
período pré-definido contratualmente. Nestes testes é avaliada a
___________________________________
ocorrência de falhas relevantes pré-definidas em documentos contratuais.

No caso de ocorrência de falhas relevantes, após a correção das mesmas,


___________________________________
o período de duração do teste deve ser reiniciado.

TREINAMENTO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO:


___________________________________
Os treinamentos para qualificação dos profissionais das equipes de
operação e manutenção deverão ser previamente definidos no Plano de
___________________________________
Treinamento.

Os treinamentos teóricos deverão ser realizados previamente aos Testes


___________________________________
Funcionais e complementados com treinamento prático durante os Testes
de Aceitação de Performance.

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs ___________________________________


___________________________________
TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS OPERACIONAIS (SOP):

Testado Ok!
___________________________________
Testado Ok!

SSOP
01.01
SSOP ___________________________________
01.02

SOP 01
___________________________________
Pendências
Testado Ok! não-
impeditivas!!
___________________________________
Testado Ok!
Pendências
___________________________________
SSOP TTAS-1 TTAS-2
saneadas
01.03

OPERAÇÃO ASSISTIDA ___________________________________

A Operação Assistida tem início a partir da transferência para o operador do


___________________________________
primeiro sistema operacional, e encerra-se depois de transcorrido um período pré-
estabelecido após o término da transferência do último sistema operacional. ___________________________________
Período contratual (ex.: 90 dias)
___________________________________
___________________________________
TTAS-1 TTAS-2

___________________________________
Esta atividade consiste no apoio às equipes de operação e manutenção por
especialistas das diversas competências necessárias ao funcionamento por
sistemas operacionais e pela instalação, colocados à disposição pela ___________________________________
Engenharia, dentro de condições de nível de serviços pré-estabelecidas.

104
OPERAÇÃO ASSISTIDA ___________________________________
___________________________________
A conclusão da Operação Assistida em todos os SOPs
marca a conclusão do escopo do Comissionamento
___________________________________
___________________________________
ATENÇÃO !!!!
___________________________________
___________________________________
___________________________________
EQUIPE DE OPERAÇÃO ASSISTIDA EQUIPE DE SOLUÇÃO DE PENDÊNCIAS

CERTIFICAÇÃO DE OPERABILIDADE ___________________________________

Com o último TTAS-2 assinado, temos ?


___________________________________

Todos os SOP testados s/ pendências


___________________________________
___________________________________
Documentação Entregue

___________________________________
Operadores treinados
___________________________________
Sobressalentes, consumíveis,... transferidos
___________________________________

CERTIFICAÇÃO DE OPERABILIDADE ___________________________________

Com o último TTAS-2 assinado, temos ?


___________________________________
Interfaces externas estão prontas ___________________________________
(ex: fornecimento de energia elétrica) ?

___________________________________
O Sistema de Manutenção está operacional ?

___________________________________
A instalação cumpre todas as normas e
regulamentos?
___________________________________
Todas as estruturas de obra foram removidas ?
As equipes do empreendimento e contratadas já
foram desmobilizadas ?
___________________________________
As instalações estão prontas para o trabalho
normal ?

105
TRANSFERÊNCIA DA INSTALAÇÃO ___________________________________
___________________________________
Uma vez atendidas as condições de operabilidade:
___________________________________
TTI = Termo de Transferência da Instalação
___________________________________

O TTI oficializa a transferência de


___________________________________
responsabilidade pelo patrimônio e
gerência das instalações, da ___________________________________
Engenharia para o Cliente.

___________________________________

___________________________________
___________________________________
___________________________________
Engº Alexandre Guimarães ___________________________________
E-mail: amguimaraes.atnas@petrobras.com.br
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