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Universidade Estadual do Ceará

Centro de Humanidades
Departamento de Letras Vernáculas
Curso de Letras – Português – Noturno
Sintaxe da Língua Portuguesa
Professor Haroldo Nascimento

Pronome relativo: uso e particularidades


entre norma culta e norma oral

Saulo de Araújo Lemos

Fortaleza
2013
1. Introdução

Este trabalho se propõe conceituar o pronome relativo na língua portuguesa


contemporânea, apresentando suas características de uso e descrevendo suas
particularidades gerais, certamente relacionadas aos usos adiante comentados. O foco na
situação atual dessa classe gramatical se mostra relevante como medida de como ela
vem utilizada, bem como índice, ainda que restrito, de como se verifica o uso corrente do
idioma.
Aqui há também uma atenção específica aos pormenores sintáticos do pronome
relativo. De fato, as últimas décadas, os compêndios gramaticais mais recentes e as
metodologias de ensino de cursos de letras e mesmo da escola fundamental e média no
Brasil parecem apontar o caráter extremamente oportuno de estudar as classes
gramaticais morfológicas de modo conjugado aos procedimentos sintáticos que os
empregam; tem-se, nesse sentido, a ascensão da chamada morfossintaxe.
Finalmente, este trabalho contrapõe as modalidades nomeadas “culta” e “oral” da língua
portuguesa, conforme a delimitação descrita acima. Nesse sentido, para esta investigação
se consultaram, respectivamente para cada vertente, a Nova gramática do português
contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, e a Gramática do português
contemporâneo. Cintra, e especialmente Cunha, são autores célebres no mercado
editorial de compêndios gramaticais escolares pautados na norma culta e em um
didatismo comercialmente vendável. Perini é o não menos notório linguista de atitude
intelectual engajada por uma transformação efetiva do português brasileiro e sua
compreensão, autor de vários livros nesse aspecto relevantes como o famoso O que é
preconceito linguístico.
Descarta-se qualquer hierarquização entre ambos os campos; o intuito, aqui, é abranger
aquelas que seriam as duas categorias básicas da língua a partir do modo como são
apresentadas e discutidas em dois manuais de gramáticas cujas propostas são,
evidentemente, bastante distintas.
2. Usos e particularidades do pronome relativo: a visão de Cunha e Cintra

Cintra e Cunha (2008, p. 356) conceituam pronome relativo como aquele elemento
vocabular que faz referência a um “termo anterior – o antecedente”. Nessa definição, bem
como em toda a apresentação das características dessa classe gramatical, o texto desses
autores é bastante sucinto.
O conjunto dos pronomes relativos em língua portuguesa é classificado por Cunha e
Cintra (2008, p. 357) como variáveis e invariáveis. No primeiro grupo, temos as locuções
pronominais relativas, de gênero masculino, o(s) qual(is), cujo(s) e quanto(s); no gênero
feminino dos variáveis, há a(s) qual(is), cuja(s) e quanta(s). como invariáveis, são
verificados que, quem e onde. Se o ponto de vista é o das chamadas formas simples, tal
classificação inclui: que, quem, cujo, quanto e onde, além da forma composta o qual. Um
fato que coube aos autores mencionar neste ponto de sua exposição é que o pronome
onde , quando antecedido das preposições a e de, é aglutinado a elas formando aonde e
donde (este, possivelmente, bem menos utilizado no português brasileiro contemporâneo
que o termo anterior).
Quanto ao quesito “natureza do antecedente”, é estabelecida a seguinte classificação:
esse termo pode ser um substantivo (“Dê-me o dinheiro que você me deve”), um pronome
(“É tu que dirás a resposta”), um adjetivo (“De ingênua que era, minha opinião se tornou
mais crítica”), um advérbio (“lá, aonde / A noite tem mais luz que o nosso dia” - Antero de
Quental) e, finalmente, uma oração (em geral, resumida pelo pronome demonstrativo o):
“tirara o primeiro lugar, o que não fora surpresa a ninguém”.
O ponto seguinte da apresentação de Cintra e Cunha toca diretamente o papel habitual
dos pronomes relativos na língua: a sua função sintática. É explicitado que esses
pronomes “assumem um duplo papel no período com representarem um determinado
antecedente e servirem de elo subordinante da oração que iniciam” (2008, p. 358). Como
é pontuado, isso ajuda a distinguir entre si, por exemplo, o pronome relativo e a conjunção
homônimos representados pela palavra que, já que no caso dos relativos sempre há o
desempenho de uma função sintática, ao contrário das conjunções.
Sintaticamente, o pronome relativo podem ser: sujeito (“na foto, John Lennon, que foi
um dos membros dos Beatles”), objeto direto (“ela necessitava de um amigo que a
compreendesse”), objeto indireto (“gosto daquela garota bonita de que tanto se fala”),
predicativo (“Não conheço quem fui no que hoje sou” - Fernando Pessoa – quem e que
são predicativos do sujeito oculto eu), adjunto adnominal (“havia um menino cuja mãe
ainda não chegara” - cuja é adj. adn. de mãe), complemento nominal (“Ele trabalhava com
a a habilidade de que era capaz” - de que é complemento nominal de capaz), adjunto
adverbial (“Ali era onde eu morava” - onde é adj. adv. relacionado a morava), agente da
passiva (“Ela é por quem meu amor é correspondido” - por quem é agente da passiva do
verbo corresponder). Nesse tópico, os autores enfatizam que cujo sempre atua como
adjunto adnominal, enquanto que onde, apenas como adjunto adverbial.
Em oposição à categoria anterior, tem-se os pronomes relativos sem antecedente.
Quem e onde podem, desse modo, ocorrer em orações sem que estejam
referencialmente ligados a um termo anterior, segundo Cintra e Cunha. Quanto a quem, é
o que se observa na seguintes orações: “Quem tem amor, e tem calma, / tem calma...
Não tem amor...” (A. Tavares); entretanto, no exemplo que eles fornecem para onde,
“Passeias onde não ando” (Fernando Pessoa), é difícil não ver em onde um adjunto
adverbial relacionado a ando. De todo modo esses seriam casos de “emprego absoluto”
dos pronomes relativos (2008, p. 360), em que haveria implicitamente para muitos
gramáticos (é o que comentam Cintra e Cunha) um antecedente interno, que seria
equivalente a aquele que (para quem) e no lugar em que (onde). Mas uma mera
abstração paradigmática poderia ser equivalente a um termo concreto, um antecedente
efetivo? A tese parece frágil. Outra não ocorrência do antecedente é verificada no uso do
relativo quanto, cujo antecedente “costuma ser omitido”: “Saibam quantos este meu verso
virem / Que te amo” (Oswald de Andrade). Embora se sugira ser esse um uso costumeiro,
ele parece mais restrito à norma padrão escrita.
Sobre os valores e empregos dos pronomes relativos, Cunha e Cintra produzem
cuidadosa lista. Cada parágrafo a seguir trata da situação de um pronome relativo ou
locução pronominal relativa específica.
Que é considerado pelos autores o “relativo básico” (2008, p. 360). É usado para se
referir a coisas ou pessoas, no singular e no plural, podendo iniciar orações restritivas
adjetivas e explicativas, como se observa em “o rapaz que estudava muito respondeu à
pergunta” e “o rapaz, que estudava muito, respondeu à pergunta”. Geralmente precedido
do demonstrativo o ou da palavra coisa ou equivalente, o relativo que pode expressar o
sentido de uma oração anterior: “Ela era muito bonita, o que lhe rendia frequentes
elogios”; “chegou tarde, fato que me deixou contrariado”. Às vezes, o que não tem
antecedente expresso: “a garota nem sabia que responder àquele pedido”.
No caso de qual e o qual, tem-se que nas orações adjetivas explicativas, o pronome
que, quando antecedido por substantivo, pode ser substituído por o qual e suas variações
no singular e no feminino: “o rapaz, o qual estudava muito, respondeu à pergunta”. Ao
lado dos casos em que essa possibilidade de substituição seja opcional e estilística, que e
o qual são diferentemente exigidos em certos casos: a) diante das preposições
monossilábicas a, com, de, em, e por, os autores consideram preferencial o uso de que,
embora a norma culta registre normalmente, com esses termos, o qual e suas variações,
como exceção única da preposição a: “a verdade é uma mentira a que deram
credibilidade”; “Helena é a mulher com quem quero me casar”; “professor de que não
guardei lembranças”; “ocasiões em que chorava” e “a maneira por que ela falava”. Diante
das demais preposições, o uso de o qual e variações seriam obrigatórios: “a mesa sobre a
qual estava o prato”; “dez minutos durante os quais ninguém falou”; “a casa ao lado da
qual havia um terreno baldio”; etc. O qual seria forma obrigatória como partitivo após
alguns pronomes indefinidos, numerais e superlativos: “eu tinha muitos colegas, alguns
dos quais eram realmente meus amigos”; “cinco garotas das quais quatro eram morenas,
e uma, loura”; etc. Qual, repetido simetricamente, é indefinido e equivale a “um...,
outro...”. Como no exemplo: “tenho duas primas, qual loura, qual morena”.
Quem, na língua contemporânea, é empregado apenas com referência a pessoa ou a
alguma coisa personificada: “feliz é quem tem amor”. Como pronome relativo referente a
antecedente explícito, equivale a o qual e é sempre antecedido de preposição: “o
professor a quem você se refere é meu irmão”. O que, entretanto, corresponderia a “sem
quem” e no português “antigo e médio” (Cunha; Cintra, 2008, p. 364), hoje ocorre
normalmente como sem o qual e suas variações. Quem também equivale a “um...,
outro...” em autores mais antigos, como Camões ou Odorico Mendes.
Cujo é tanto relativo como possessivo e equivale a do qual e suas flexões. É utilizado
somente como pronome adjetivo e concorda com a coisa possuída em gênero e número:
“homem cuja mulher é bonita; “mulher cujo homem é bonito”; homem cujas mulheres são
bonitas”; “mulher cujos homens são bonitos”.
Quanto, como um relativo simples, tem na qualidade de antecedente os pronomes
indefinidos tudo e todos(as), que podem ser omitidos(as). Isso torna-o indefinido: “em tudo
quanto olhei fiquei em parte” (Fernando Pessoa); “entre quantos te rodeiam, / tu não
enxergas teus pais” (Gonçalves Dias).
Onde, como se viu acima, desempenha normalmente a função de adjunto adverbial,
significando algo como “o lugar em que”, “no qual”. Segundo Cintra e Cunha mencionam
(2008, p. 365), em decorrência disso é chamado por alguns gramáticos “advérbio
relativo”: “Ainda não sei mesmo onde vou buscar as flores (Luandino Vieira). Uma
questão interessante destacada pelos autores é: o padrão culto que diz que onde = o
lugar em que e aonde = o lugar a que já não é obedecido na norma padrão bem como o
era de modo irregular por certos autores eruditos já não tão recentes: “Mas aonde te vias
agora, / Onde vais, esposo meu? (Machado de Assis).
Curioso é que a distribuição da matéria no livro em discussão é similar à observada em
outra gramática que, a contar pelas 37 edições desde o ano de sua publicação inicial
(1961), recebe acolhida atenciosa do mercado editorial brasileiro: a Moderna gramática
da língua portuguesa (2006), do membro da Academia Brasileira de Letras Evanildo
Bechara.
No entanto, o caráter sucinto da gramática de Cunha e Cintra sugere uma adaptação a
um tempo em que o estudo da língua é tratado basicamente como um saber instrumental,
meio para obtenção de certos fins, como aprovação em concursos públicos, sem um
prestígio direcionado a si próprio, à simples possibilidade de sua aprendizagem. Se isto é
o declínio ou uma fase transitório de transformação do estudo de língua portuguesa, é
necessário tempo e pesquisas aprofundadas para dizê-lo.
3. Usos e particularidades do pronome relativo: a visão de Perini

O livro de Mário Perini (2010) não possui uma seção específica ao estudo do pronome
relativo como categoria gramatical, diferentemente do caso a obra tratada no tópico
anterior. Privilegiando registros do português falado no país, Perini (apesar de tratar de
classe morfológicas básicas, como os nomes e alguns tipos de pronomes) se restringe a
explicar com brevidade que sequer aprova a expressão “pronome relativo”, preferindo em
seu lugar se referir genericamente aos “relativos”, que gerariam então o que, em termos
de oração, ele denomina “construção relativas”.

Perini, em todo caso, dedica um breve capítulo de seu livro ao que chama “orações
relativas adjetivas”. Segundo a descrição apresentada (2010, p. 189), as estruturas
oracionais relativas são “peculiares” e “fáceis de identificar”, compondo-se de um
“nominal” (acompanhado ou não de determinante e/ou modificador, seguido por um
“relativo (que, quem, onde)”, que por sua vez é “seguido de uma estrutura oracional
aparentemente incompleta”, em que do ponto de vista da norma culta falta um dos
complementos.

A estrutura citada (nominal + relativo + estrutura oracional incompleta) forma um


sintagma nominal, do qual um exemplo seria “a bobagem que o cara disse me deixou
irritado”. O termo “a bobagem que o cara disse” equivale a expressão nominal como “isto”
e funciona como sintagma nominal associado a “me deixou irritado”. Segundo Perini, “o
cara disse” seria uma oração se tivesse objeto; está incompleta porque o verbo dizer
exige um objeto, qu não está situado em seu lugar habitual, após o verbo. A tal estrutura o
linguista chama “estrutura relativa” (2010, p. 190).

A estrutura relativa, na explicação de Perini, conserta “defeitos” relativos à necessidade


de complementação específica do verbo, que ele chama “valência”. No caso abordado, “a
valência continua sendo realizada, mas de maneira sintaticamente diferente” (2010, p.
190). Assim, o receptor, ao ouvir a frase, compreende-a perfeitamente, apesar de sua
inadequação à norma culta. Por isso, Perini afirma que “não há incompletude semântica
na estrutura”.

Perini ressalta: se o complemento faltante é o fato pelo qual “o cara disse uma
bobagem”, valem para expressar isso as construções “o cara dizer a bobagem me deixou
irritado” ou “que o cara dissesse a bobagem me deixou irritado (norma culta); mas se o
complemento faltante não for o fato por completo, mas algum componente dele, como
especificamente a bobagem que foi dita ou o indivíduo que a disse, pode-se “singularizar
o SN através de uma estrutura relativa” (Perini, 2010, p, 190): “a bobagem que o cara
disse me deixou irritado” ou “o cara que disse a bobagem me deixou irritado”. Essas
possibilidades de variação de foco são assim descritas por Perini: as estruturas relativas
têm como função focalizar um dos elementos internos dessa oração – que então se diz
relativizado – a fim de fazer alguma afirmação sobre ele” (2010, 191).

O autor de O que é preconceito linguístico classifica a estrutura relativa no português


brasileiro conforme certas circunstâncias em que elas acontecem. Na primeira, a
preposição que acompanha o relativo é mantida; é caso de quando se tem de relativizar
um componente formado de “preposição + SN”. Uma frase culta como “meu vizinho ainda
chora por causa daquela modelo”, ao ser associada a uma ideia complementar, se torna
“aquela modelo que meu vizinho ainda chora por ela já mudou de cidade”. Outras
construções semelhantes seriam: “o funcionário que você conversou com ele não veio
trabalhar hoje”; “esse é um conselho que eu posso muito bem ficar sem ele”. No caso do
uso de algumas preposições, o pronome pode ser omitido: “essa é a mesa em que todo
mundo bota o chapéu em cima (dela)”.

Nos casos em que a preposição é omitida, vê-se construções como: “a garota que você
falou é aquela ali”. Se nesse caso de estrutura relativa a preposição aparecer, seria de
uma maneira como a seguinte: “a garota que você falou dela é essa aí?”. A dupla
possibilidade de complementação do verbo falar, “falar com” ou falar de” é restringida; na
frase “a garota que você falou é aquela ali”, tende a haver atribuição de sentido com a
regência “falar de”, falar sobre alguém, e não com esse alguém.

No caso de sintagmas adverbiais, eles também podem ser relativizados, como em “a


casa velha onde eu morei já foi demolida”, que se transforma em “a casa velha que eu
morei / que eu morei nela já foi demolida”. Das duas, a forma sem o pronome
preposicionado “nela” seria a mais comum (Perini, 2010, p. 193).

Por último, Perini comenta as “relativas livres”, nas quais o elemento nominal da
estrutura “nominal + relativo + oração fragmentária” não aparece; são compostas, então,
apenas pelo relativo mais a oração. São casos em que o relativo é quem, o que ou onde:
“quem conhece o Jacinto confia nele”; “quem você convidar eu vou receber de boa
vontade”; “eu sempre aceito o que você propõe”; “onde ela morava hoje é uma escola de
línguas”.
4. Considerações finais

As duas vertentes do português brasileiro confrontadas acima não deveriam ser


compreendidas em termos de soma ou sequer de subtração, mas de contraponto, de
dialética, com a ressalta de que neste caso a síntese hegeliana talvez não seja possível,
já que ao que se vê, uma não é assimilável ou redutível à outra, em nenhum dos casos.
A tendência descrita neste estudo sugere a atenção dada a uma perspectiva
metodológica comparativa, que possibilita uma visão conjunta da situação epistemológica
da língua e enceta um tanto possível como inevitável debate sobre potenciais
mobilizações associativas no estudo da linguagem, como por exemplo nos estudos que
associam a prática da leitura, inclusive de textos literários, à compreensão da gramática.
Isso, não em uma perspectiva mnemônica, e portanto antiquada, mas no horizonte de um
olhar crítico, amplamente relacional, que permita uma abertura conceitual a estudos
interdisciplinares, inclusive estimulando abordagens que aproximem discussões sobre
linguagem a outras áreas das ciências humanas.
As disparidades linguísticas entre escrita e fala, compõem, apesar de sua distância
mútua, a língua como um lugar: um espaço no qual se encontra a possibilidade de
convivência, da afirmação do heterogêneo como traço básico do humano; entretanto, o
mapeamento da diferença, focado nas particularidades linguísticas do português
brasileiro, mostra os aspectos mais negativos da heterogeneidade cultural brasileira,
sempre prestes a evocar as disparidades sociais, políticas e econômicas de nosso país. A
guerra entre fala e escrita, entretanto, pode se tornar armistício e comércio; paz e geração
de riqueza; no caso, riqueza cultural, a que realmente conta.
Referências bibliográficas

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática do português brasileiro. 37. ed. Rio de


Janeiro: Lucerna, 2006.
CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português
contemporâneo. 5 ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2008.
PERINI, Mário Alberto. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2010.

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