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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO

SANTO

DEA 07778
Instalações Hidráulicas e
Sanitárias Prediais
C
Curso: Engenharia
E h i Civil
Ci il

17/06/2013

Prof. Diogo Costa Buarque


diogo.buarque@gmail.com
g q g

1
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

o UNIDADE I – INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA

o UNIDADE II – INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE

o UNIDADE III – INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS


SANITÁRIOS
Á

o UNIDADE IV – INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS


PLUVIAIS

o UNIDADE V – INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DE COMBATE A


INCÊNDIO

2
CONTRATO DE TRABALHO!!!

o Aprendizado aluno-professor!
o Chamada obrigatória. Após, a saída é facultativa!
o Celular silencioso/vibracall durante as aulas e
desligado nas provas
o Atender celular somente fora da sala de aula
o Silêncio durante as aulas
o Sem vergonha de perguntar, discutir, questionar
ou contribuir
o Pergunta não feita, pode cair na prova!

3
AVALIAÇÕES

o Prova com data a ser definida;


o Matéria da prova: até a aula anterior
o Projeto no final do semestre
• Grupo de até 5 alunos;
• Edificação
Edifi ã a critério
ité i do
d grupo;
• Defesa do projeto (15min) e/ou prova sobre o
projeto;
o Prova substitutiva e Exame Final
o Exercícios complementares à nota

4
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
SANTO

UNIDADE I
Instalações
sta ações Prediais
ed a s de Água
gua
Fria (IPAF)

Prof. Diogo Costa Buarque

5
REFERÊNCIAS

o NBR 5626. 1998. Instalação Predial de Água Fria.

o MACINTYRE, Archibald Joseph. 2010. Instalações


Hidráulicas
d á l Prediais
d e Industriais.
d Editora
d Livros Técnicos
é e
Científicos S. A. (LTC), 4° Edição, 596p.

o CREDER, Hélio. 2006. Instalações Hidráulicas e Sanitárias.


Editora Livros Técnicos e Científicos S.
S A.
A (LTC),
(LTC) 66° Edição,
Edição
423p.

o CARVALHO JUNIOR, Roberto. 2013. Instalações Hidráulicas


e o Projeto de Arquitetura. Editora Blucher, 6° Edição,
342p.
6
CONTEÚDO DA UNIDADE

o Introdução e Objetivos
o Etapas de um projeto de instalação predial de água
fria
o Componentes principais
o ç
Sistemas de distribuição
o Reservatórios, estimativa de consumo e variáveis
hidráulicas
o Traçado das tubulações e dimensionamentos
o Materiais e recomendações gerais
o Desenvolvimento do projeto de instalações prediais
de água fria

7
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

o Água para consumo humano sempre foi preocupação de


todos
d os povos;
o Desde a antiguidade, as civilizações se fixaram próximas
de cursos d’água;
o Leonardo da Vinci (1452-1519): “cidade ideal” seria
circundada por canais para abastecimento de água e rede
de esgotos;
o U o de
Uso d água friaa potável
po á nos
o prédios
p d o é condição
o d ção
indispensável para atender as condições elementares de
habitabilidade, higiene e conforto;
o O abastecimento pode apresentar-se de modo deficiente,
insuficiente ou até inexistente;
o Há quem reduz custos sacrificando as instalações;
8
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Projetos de uma Instalação Predial de Água Fria devem atender as


Exigências e recomendações estabelecidas pela norma NBR
5626/1998:
o Preservar a potabilidade da água e garantir o fornecimento
contínuo
í de
d água
á e em quantidade
id d suficiente,
fi i amenizando
d ao
máximo os problemas decorrentes da interrupção do
funcionamento do sistema público de abastecimento;
o Respeitar os valores limites de pressões e velocidades no
sistema, assegurando-se dessa forma o bom funcionamento dos
componentes
p de uma instalação
ç e,, evitando-se assim,,
consequentes vazamentos e ruídos nas tubulações e aparelhos;
o Promover a economia de água e de energia e proporcionar
conforto aos usuários através de técnicas de distribuição e
reservação coerentes e adequadas, propiciando aos usuários boas
condições de higiene e saúde.

9
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

NBR 5626
Associação Brasileira de
Normas Técnicas

10
ETAPAS DE UM PROJETO DE IPAF

Tipo e ocupação do prédio;


Capacidade atual e futura;
Tipo do sistema de abastecimento;
CONCEPÇÃO DO
Pontos de utilização;
PROJETO
Traçado do sistema de distribuição;
(+ importante!)
Localização de reservatórios e aparelhos;
Materiais a serem utilizados.

Determinação de vazões;
Fundamentos básicos de hidráulica;
Determinação de diâmetros de canalizações
DIMENSIONAMENTO e volumes de reservatórios;
DO SISTEMA
Verificação de velocidades limites
(máximas);
Verificação de pressões limites (máx.
(máx e
min.).
11
ETAPAS DE UM PROJETO DE IPAF

O desenvolvimento
d l i do
d projeto
j das
d instalações
i l õ
prediais de água fria deve ser conduzido
concomitantemente e em conjunto (ou em
concomitantemente,
equipe de projeto), com os projetos de
arquitetura,
q , estruturas e de fundações
ç do
edifício, de modo que se consiga a mais perfeita
harmonia entre todas as exigências técnico-
econômicas
ô i envolvidas.
l id

12
ETAPAS DE UM PROJETO DE IPAF
ELEMENTOS DO PROJETO

o Memorial descritivo e justificativo, norma de execução,


especificações dos materiais e equipamentos a serem utilizados;

o Memorial de cálculo;

o Plantas,
Plantas esquemas hidráulicos,
hidráulicos desenhos isométricos e outros além
dos detalhes que se fizerem necessários ao perfeito entendimento
dos elementos projetados;

o Poderão ou não constar, dependendo de acordo prévio entre os


interessados as relações de materiais e equipamentos necessários
interessados,
à instalação e o orçamento do projeto.

13
COMPONENTES PRINCIPAIS DA IPAF

Registro de Gaveta

VR

Rede pública

14
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SISTEMA RS
SISTEMA SISTEMA INDIRETO
DIRETO MISTO POR
GRAVIDADE
RI+RS

Variáveis consideradas na escolha:


oQ
Qsa: vazão do sistema de abastecimento
SISTEMA INDIRETO
HIDROPNEUMÁTICO o Qpsd: vazão de pico do sistema de
distribuição
o Psa: pressão do sistema de abastecimento
o Ppc: pressão do ponto de consumo
o Número de pavimentos

15
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DIRETO

o A alimentação predial é feita diretamente da rede de


distribuição.
o Não utiliza reservatório: menor custo (Europa!)
o Supõe
S õ abastecimento
b t i t público
úbli com continuidade,
ti id d abundância
b dâ i e
pressão suficiente
o Cuidados especiais contra o refluxo: Válvula de retenção

Alimentação
Ali t ã
direta

Rede
pública
úbli
VR
16
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DIRETO


• VANTAGENS:  DESVANTAGENS:
Água de melhor qualidade  Falta de água no caso de
devido a presença de cloro interrupção no sistema de
residual na rede de distribuição;
ç ; abastecimento ou de distribuição;
ç ;
 Maior pressão disponível devido  Grandes variações de pressão ao
a pressão mínima de projeto em longo do dia - picos de maior ou de
redes de distribuição pública ser menor consumo na rede;
da ordem de 10 m.c.a.;  Pressões elevadas em prédios
 Menor custo da instalação, não situados nos pontos baixos da
havendo necessidade de cidade;
reservatórios,
tó i b
bombas,
b registros
i t  Limitação
Li it ã da d vazão,
ã nãoã havendo
h d a
de bóia, etc. possibilidade de instalação de
válvulas de descarga devido ao
pequeno
p q diâmetro das ligações
g ç
domiciliares empregadas pelos
serviços de abastecimento público;
 Possíveis golpe de aríete;
 Tem-se um aumento da reserva de
água no sistema público.
17
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO POR GRAVIDADE

o A alimentação
l ã d dos aparelhos,
lh d
das torneiras e peças d
da
instalação é feita por meio de reservatórios.
o Duas opções: (1) Apenas RS; (2) RI+RS

RS RS

RI 18
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO POR GRAVIDADE

o Pode-se
d construir 2 ou mais reservatórios
ó elevados,
l d cada
d um
atendendo 12 a 13 pavimentos

19
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO HIDROPNEUMÁTICO

A escolha por um sistema hidropneumático depende de inúmeros


fatores:
(1) aspectos arquitetônicos e estruturais;
(2) facilidade de execução e instalação das canalizações e
(3) localização do reservatório inferior.

Sistema
hidropneumático

Rede
pública

20
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO HIDROPNEUMÁTICO

Desliga a bomba

Liga a bomba

o Tipo varia com o fabricante,


mas o funcionamento varia
pouco!

o NBR 5626: a instalação


elevatória deve operar, no
máximo,
á seis vezes por
hora.
21
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO

• VANTAGENS:
VANTAGENS  DESVANTAGENS:
DESVANTAGENS
 Fornecimento de água de  Possível contaminação da água
forma contínua, pois em caso reservada devido à deposição de
de interrupções no lodo no fundo dos reservatórios e à
fornecimento, tem-se um introdução de materiais
volume de água assegurado no indesejáveis nos mesmos;
reservatório;  Menores p pressões,, no caso da
 Pequenas variações de pressão impossibilidade da elevação do
nos aparelhos ao longo do dia; reservatório;
 Permite a instalação
ç de válvula  Maior custo da instalação devido a
de descarga; necessidade
id d d de reservatórios,
ó i
registros de bóia e outros
 Golpe de ariete desprezível; acessórios.

22
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO MISTO


o Combinação do sistema direto e indireto por gravidade. Sistema
direto apenas abastece alguns pontos de utilização, como
torneira de jardim, torneiras de pias de cozinha e de tanques,
situados em ppavimento térreo.

23
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

o Tem-se como mais conveniente, para as condições médias


brasileiras, o sistema de distribuição indireta por gravidade,
admitindo
d iti d o sistema
i t misto
i t desde
d d que apenas algunsl pontos
t ded
utilização situados no pavimento térreo, sejam abastecidos no
sistema direto.

o A utilização dos sistemas de distribuição direta ou indireta


hidropneumática deve ser convenientemente justificada.

o Em geral segue-se o esquema para escolha:

24
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sistema de abastecimento
Continuidade de Tipo de sistema *
Qsa>Qpsd Psa>Ppc
fornecimento
Sim Sim SD
Sim Não SD – bomba
Sim Não Sim SI – G – RS
SI – G – RS+RI
Não Não
SI – H
Sim Sim SI – G – RS
SI – G – RS+RI
Sim Não
SI – H
Não
Não Sim SI – G – RS
SI – G – RS+RI
Não Não
SI – H
-Qsa: vazão do sistema de abastecimento
-Qpsd:
Qp vazão de ppico do sistema de distribuição
ç
-Psa: pressão do sistema de abastecimento
-Ppc: pressão do ponto de consumo
Verificar ainda a viabilidade técnica e econômica ! 25
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

Ramal predial
S b i t
Sub-sistema d alimentação
de li t ã Cavalete/hidrômetro
Alimentador predial

Reservatório inferior
Sub-sistema de reservação Estação elevatória
Reservatório superior

Barrilete
Coluna
Sub-sistema de distribuição interna
Ramal
Sub ramal
Sub-ramal

26
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

Reservatório Superior Extravasor


ou ladrão

Chave
Bóia Dreno

Barrilete

Coluna de Distribuição
Tubo de Recalque
Ramais de
Distribuição
Ramais de
Distribuição
Ramais de
Distribuição
Alimentador Predial Conjunto Moto-Bomba

Tubo de Sucção
Hidrômetro

Ramal Predial Reservatório Inferior


Cavalete

Rede Pública

27
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

o Rede pública de abastecimento: é o ponto de partida da IPAF,


embora não pertença a mesma.

o Ramal predial: também chamado de ramal externo, é a tubulação


entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial.

o Hidrômetro: aparelho instalado geralmente nas laterais dos


prédios, para medir o consumo de água. Finalidade do hidrômetro:
medir consumos e reduzir desperdícios de água.
água

o Alimentador predial: também chamado de ramal interno, é a


tubulação existente entre o hidrômetro e a entrada de água no
reservatório de acumulação.

o Extravasor: serve para avisar do não funcionamento da válvula de


bóia, dirigindo a descarga adequadamente. O extravasor também é
conhecido como “ladrão” ou “aviso”.

28
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

o Sistema de recalque: o sistema de recalque atua no sentido de


possibilitar o transporte de água do reservatório inferior para o
reservatório superior, mediante o fornecimento de energia ao
líquido. No sistema de recalque incluem-se a canalização de
sucção, o conjunto motor-bomba e a canalização de recalque.

o Reservatório Inferior: Reservatório intercalado entre o


alimentador predial e a instalação elevatória, destinada a reservar
água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória.
elevatória

o Reservatório Superior: reservatório ligado ao alimentador predial


ou à tubulação de recalque,
recalque destinado a alimentar a rede predial de
distribuição.

RESERVATÓRIOS
Os reservatórios de água potável constituem uma parte crítica da
instalação predial de água fria no que diz respeito à manutenção do
padrão de potabilidade.
29
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

o Colar ou barrilete: situa-se abaixo do reservatório superior e


acima de laje-teto do último pavimento. É dotado de registros de
gaveta que comandam toda distribuição de água. É aconselhável
que o barrilete seja executado com um pequeno aclive (0,5 %) em
direção ao reservatório.

o Coluna de água fria (CAF): é uma canalização vertical que parte


do barrilete e abastece os ramais de distribuição de água.

o Ramal: é a canalização compreendida entre a coluna e os sub-


ramais.

o Sub-ramal: é a canalização que conecta os ramais aos aparelhos


de utilização.

A relação completa dos constituintes de uma instalação predial de


água fria é apresentada na NBR-5626/98, item 3.
30
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

31
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

32
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

33
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

ramal

sub-ramais

2mm
32
PLANTA 32mm

BAIXA

DESENHO
ISOMÉTRICO
34
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF
Peças correspondentes ao isométrico
Nº Descrição Quant.
1
1 Tê de redução 90º soldável 50 x 32 mm 1
2 Adaptador soldável curto com bolsa e rosca 2
para registro 32 mm x 1”
3 Joelho 90º soldável 32 mm 1
32mm

4 Tê 90º soldável 32 mm 1
5 Tê de redução soldável 32 x 25 mm 1

32mm
6 Bucha de redução soldável curta 32 x 25 mm 2
7 Tê 90º soldável 25 mm 1
8 Adaptador soldável curto com bolsa e rosca 1
para registro 25 mm x ¾
¾”
9 Luva soldável e com rosca 25 mm x ¾” 1
10 Joelho 90º soldável 25 mm 1
11 Joelho 90º soldável com bucha de latão 25 mm 2
x ¾”
12 Joelho de redução 90º soldável, com bucha de 2
latão 25 mm x ½”
13 Registro de gaveta 1” 1
14 Registro de pressão para chuveiro ¾” 1
35
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

DIFERENTES FAIXAS DE CONSUMO EM


DIFERENTES UNIDADES
HABITACIONAIS

36
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA

o Reduzir
R d i didistorção
t ã gerada
d pelas
l
diferentes faixas de consumo que
existem entre unidades habitacionais
de um mesmo edifício;

o Traçado diferenciado das instalações


convencionais;

o Em vez de colunas de água


distribuídas em todas as áreas
hidráulicas, são consideradas colunas
de água centralizadas;

o A distribuição horizontal é feita em


cada apartamento, gerando a
necessidade de rebaixo de teto das
unidades habitacionais.

37
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA

38
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA

o Em
E muitos
it casos a definição
d fi i ã de
d adotar
d t esta
t solução
l ã esbarra
b na
decisão do construtor:
• necessita mais recursos;
• manter a sua forma de construir;
• não influencia na venda;
• esperar que o mercado adote o sistema, assim ele também o faz;

o Assim, a utilização acaba sendo forçada por Lei;

o A norma alemã DIN 1988


1988-2
2 prevê medição individual em edificações
com mais de uma família;

o Em Portugal, a norma NP 4001 (1991) – Contadores de água


potável fria;

o No Brasil e no mundo,, têm surgido


g diversas leis e normas;;

39
PARTES CONSTITUINTES DE UMA IPAF

MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA

o O pioneirismo
i i i no Brasil
B il fica
fi por conta
t do
d estado
t d de
d Pernambuco
P b
(1994)

• Beirando colapso de falta de água


• Em 1999, 1.700 edifícios com medição individual (40.000 Apts)
• Lei nº16759/2002
• O não cumprimento implica na não concessão do habite-se por
parte da prefeitura
• Lei nº12609/2004 para todo o Estado

o Estado de São Paulo: Lei nº 12.638/1998 (mais de 90% projetados)

o Município de Aracajú: Lei nº


n 2.879/2000

o Estado do Rio: Lei nº 3915/2002

o Município de Vitória: Lei nº 4857/99 e Decreto nº 10.414

40
MATERIAIS E COMPONENTES

oA norma apresenta algumas exigências e recomendações para


os materiais e componentes empregados nas instalações
prediais
di i de
d á
água f i
fria. E
Essas exigências
i ê i e recomendações
d õ
baseiam-se nas seguintes premissas:

• A potabilidade
t bilid d da
d água
á não
ã pode
d ser colocada
l d em risco
i pelos
l
materiais com os quais estará em contato permanente;
• O desempenho dos componentes não deve ser afetado pelas
conseqüências que as características particulares da água
imponham a eles, bem como pela ação do ambiente onde
acham-se inseridos.
• Os componentes devem ter desempenho adequado face às
solicitações a que são submetidos quando em uso.

o As instalações prediais de água fria devem ser projetadas,


executadas e usadas de modo a evitar ou minimizar problemas
de corrosão (materiais metálicos) ou degradação (materiais
plásticos).

41
MATERIAIS E COMPONENTES

MATERIAIS, DIÂMETROS E PRESSÕES

o NBR 5626: aço galvanizado, cobre, ferro fundido, PVC rígido, etc
o Os tubos e conexões mais empregados são os de aço
galvanizado
l i d e os de
d PVC rígido
í id (Temp.
(T máx
á 60o C);
C)

o Os tubos de aço galvanizado suportam pressões elevadas sendo


por isso muito empregado.
empregado O valor de referência que estabelece
o diâmetro comercial desses tubos é a medida do diâmetro
interno dos mesmos;

o Os tubos de PVC rígido são agrupados em três classes:


• classe 12 (6 kgf/cm2 ou 60 mca)
• classe 15 (7,5
(7 5 kgf/cm2 ou 75 mca)
• classe 20 (10 kgf/cm2 ou 100 mca)
o O diâmetro comercial dos tubos de PVC é a medida do diâmetro
externo dos mesmos.
42
MATERIAIS E COMPONENTES

MATERIAL PLÁSTICO

• VANTAGENS:
VANTAGENS  DESVANTAGENS:
DESVANTAGENS
 Baixos peso e custo relativo;  Baixa resistência à temperatura;
 Boa resistência química;  Baixa resistência à pressão;
 Baixo coeficiente de atrito;  Baixa resistência
ê mecânica;
â
 Baixa tendência a  Alto coeficiente de dilatação;
entupimento;  Baixa resistência física ao choque;
 Baixas condutividades elétrica  Baixa resistência físico ao fogo;
e térmica;
 Baixo custo de frete;
 Fácil instalação e manutenção;
 Segurança, quando protegido;

43
MATERIAIS E COMPONENTES

TUBULAÇÕES DE PVC RÍGIDO


(1) Soldáveis
 As juntas são soldadas a frio por meio do adesivo próprio,
 Dispensam o uso de ferramentas e equipamentos específicos;
 Leveza
L do
d material;
t i l
 Resistência a produtos químicos;
 Excelente durabilidade, não sofrendo corrosão.

44
MATERIAIS E COMPONENTES

TUBULAÇÕES DE PVC RÍGIDO


(2) Roscáveis:
– Obras onde seja necessário desmontagens da linha para
mudanças de projeto ou manutenções.
– Por terem maiores espessuras de paredes,
paredes apresentam
vantagens em instalações aparentes (externas), contra
eventuais choques ou impactos que possam ocorrer;
– O sistema Roscável facilita a desmontagem
g e o remanejamento
j
das instalações nos casos de redes provisórias;
– Possui excelente resistência química.

45
MATERIAIS E COMPONENTES

TUBULAÇÕES DE PVC RÍGIDO

o Aplicações ideais
- Locais onde valores da norma não sejam ultrapassados;
- Prédios baixos e sem válvulas de descarga interligadas.
interligadas
o Vantagens
- Leve e de fácil
á manuseio
- Alta resistência à corrosão
- Baixa condutividade térmica
- Menor
M perda
d de
d carga
- Menor custo.
o Desvantagens
- Baixa resistência ao calor
- Degradação por exposição aos raios UV
- Baixa
i resistência
i tê i mecânica
â i
- Produção de fumaça em gases tóxicos quando em combustão.
46
MATERIAIS E COMPONENTES

TUBULAÇÕES DE PVC RÍGIDO

47
MATERIAIS E COMPONENTES

TUBULAÇÕES DE AÇO CARBONO E COBRE

Vantagens
• Estabilidade dimensional
• Incombustibilidade
co bus b dade às temperaturas
e pe a u as usua
usuaiss
de incêndios em edificações
• Maior confiabilidade nos dados de
desempenho
p
• Durabilidade

Desvantagens
• Suscetibilidade à corrosão
• Dificuldade
ifi de montagem
• Acumulação de depósitos por corrosão, suspensões e precipitação
• Maior custo

48
MATERIAIS E COMPONENTES

TUBULAÇÕES DE AÇO CARBONO E COBRE

Os tubos de aço carbono são


galvanizados pelo processo de
imersão
e são a que
quente
eeem zinco
co
fundido;

Em sistema p
prediais de água
g
fria, geralmente utiliza-se os de
classe média, submetidos a
pressão de teste de 5000 KPa
(500 mca.); são fabricados em
barras de 6,00 m de
comprimento, rosqueados nas
extremidades
i e os diâmetros
iâ de
referência variando de ½” até 5”

49
MATERIAIS E COMPONENTES

TUBULAÇÕES DE AÇO CARBONO E COBRE

Os tubos de cobre, são


fabricados por extrusão e
denominados
de o ados “ tubos
ubos se
sem
costura";

Em sistema pprediais de água


g
fria, geralmente utiliza-se tubos
leves e extra-leves,
compreendendo as classes A, E e
I, com diâmetros nominais
externos entre 15 mm e 104 mm,
com pressões de serviço de 20,0
Kgf/cm2
f até
é 88 Kgf/cm2;
f

50
MATERIAIS E COMPONENTES

PRINCIPAIS PEÇAS E CONEXÕES

PRINCIPAIS PEÇAS E CONEXÕES Curva 90


90º
Curva 45º

Joelho Joelho Tê de redução


90º 45º Tê

Adaptadores Luva Niple Bucha de redução Joelho roscável51


MATERIAIS E COMPONENTES

Registros de Gaveta
o Válvula de bloqueio que funcionam
completamente abertos ou fechados;
o Pequena perda de carga quando
abertos;
o Instalados em ramais de alimentação,
barriletes, etc.
o Utilização do bloqueio para eventual
manutenção das peças. Válvula de
gaveta

Registro de Esfera

52
MATERIAIS E COMPONENTES

Registros de Pressão

o R
Registro
i t dde pressão
ã ou globo
l b - é instalado
i t l d
para controlar a vazão de água em
chuveiros, banheiras, lavatórios e duchas
higiênicas.
higiênicas
o Grande perda de carga

Registro de
pressão
(Deca)
As válvulas de globo
globo, quando
possuem a extremidade da haste
com formato afilado, chamam-se
válvulas de agulha e se prestam a
Válvula de uma regulagem fina da descargas.
agulha
53
MATERIAIS E COMPONENTES

Misturadores
 Instalado entre os registros de pressão de água fria e água
quente

54
MATERIAIS E COMPONENTES

Válvula de Retenção

o É muito
it utilizada
tili d nas ttubulações
b l õ que alimentam
li t os reservatórios
tó i
superiores de prédios, onde a água é bombeada. Quando a bomba
é desligada, a água que estava sendo bombeada para cima tende
a descer
descer. A válvula automaticamente segura o retorno desta água,
água
evitando assim que ela cause grande impacto na bomba.
o Provocam uma alta perda de carga, só devem ser usadas quando
f
forem de
d fato
f t imprescindíveis.
i i dí i
o Devem ser instaladas de tal modo que a ação da gravidade ajude
o fechamento da válvula.

Válvula de
retenção do tipo
portinhola

55
MATERIAIS E COMPONENTES

Válvula de Pé com Crivo

o Instalada na extremidade inicial da tubulação de


sucção de modo a impedir o retrocesso da água
quando o bombeamento é desligado. Por isso é
chamada de válvula unidirecional
unidirecional. Para o seu
melhor funcionamento faz-se necessário que a
tubulação de sucção, pelo menos seu trecho
inicial, esteja na vertical.

o Em instalações com bombas afogadas ou


submersas não há necessidade da válvula de pé,

pois as bombas permanecem automaticamente
escorvadas, mas normalmente o crivo não pode
ser dispensado.
dispensado

o Os crivos são dispositivos que evitam o acesso


d material
de t i l sólido
ólid grosseiro
i ou corpos estranhos
t h
ao interior da sucção
56
MATERIAIS E COMPONENTES

Válvulas Redutoras de Pressão

o Quando a pressão no interior da tubulação ultrapassa um


valor compatível com a resistência de uma mola calibrada
para uma certa ajustagem,
ajustagem ela se abre automaticamente,
automaticamente
permitindo a saída do fluido.
o Têm por finalidade regular a pressão a jusante da própria
válvula,
á mantendo-a dentro de limites pre-estabelecidos.

57
MATERIAIS E COMPONENTES

Válvulas Redutoras de Pressão


o Em prédios com mais de 40 metros de altura devem ser
adotadas válvulas redutoras de pressão nas colunas de água
fria. Cada coluna deve receber duas VRP em paralelo para que
quando uma deva sofrer manutenção,
manutenção a outra continue a
proteger o sistema de distribuição.

58
MATERIAIS E COMPONENTES

Válvulas Redutoras de Pressão

A limitação de pressões e velocidades de escoamento máximas


na rede buscam evitar problemas de emissão de ruídos e do
golpe de aríete.

59
MATERIAIS E COMPONENTES

Válvula de Descarga

A válvula de descarga é quem provoca a maior sobrepressão


em uma instalação de água fria, e não se recomenda a
utilização desta. Caso necessária, recomenda que se
di
dimensione
i uma coluna
l exclusiva
l i para atendê-las.
t dê l

o Atualmente são fabricados dois tipos de válvulas de


descargas que permitem minimizar o problema do golpe de
ariete por elas produzidas:
• Com
C f h
fechamentot gradativo:
d ti modifica-se
difi a manobra
b d
de
fechamento, fazendo-se com que o fluxo de água ocorra
paulatinamente durante o tempo de funcionamento da
válvula;
• Fechamento lento: aumenta-se o tempo de
funcionamento da válvula, havendo um acréscimo no
consumo.
60
MATERIAIS E COMPONENTES

Válvula de Descarga

61
MATERIAIS E COMPONENTES

Válvula de Descarga com Duplo Acionamento (2 estágios)

o Ecológica: economiza até 40% de água


Duas opções de descarga: 3 litros e completa (6 litros).
o A válvula limita o uso da água, mesmo mantendo o botão
pressionado.

3 litros
lit

6 litros 6 litros
3 litros
lit os (completa)
(completa)

62
MATERIAIS E COMPONENTES

Caixa Acoplada

o As caixas de descargas,
descargas principalmente as acopladas aos vasos,
vasos
tem sido muito empregadas em lugar de válvulas de descarga, por
apresentarem as seguintes vantagens:
 requerem diâmetros menores de tubulação;
 inexistência de problemas de pressões e;
 economia de construção.

63
MATERIAIS E COMPONENTES

Caixa Acoplada

64
MATERIAIS E COMPONENTES

Reservatórios

65
MATERIAIS E COMPONENTES

Reservatórios de Polietileno

o Polietileno de baixa, média e alta densidade.


oO peso proporcional do material facilita o transporte e a
armazenagem dos reservatórios. Em geral, os flanges já são feitos
na fábrica, reduzindo o tempo e os riscos na instalação. Outra
vantagem
t é o interior
i t i ded cores claras
l e a parede
d interna
i t li
lisa. C
Com
isso as sujeiras que eventualmente se incrustarem na superfície
interna podem ser facilmente identificadas e removidas.

o Pela grande capacidade de armazenamento de água, alguns


modelos podem ser empregados em edifícios altos. Porém, como
exigem a instalação de várias caixas em série, essa solução não é
comum.
comum

o Capacidade: de 310 a 6 mil litros


o Peso próprio: cerca de 20 kg para reservatório de 1 mil litros
66
MATERIAIS E COMPONENTES

Reservatórios de Polietileno

R
Recomendações
d õ

o Dependendo da marca e capacidade, só pode ser instalado com


base inteiramente apoiada;

o Pode ser instalado ao ar livre, mas necessita de amarração


especial
p para q
p que o vento não desestabilize o reservatório com
nível de água baixo

Fontes: Tigre,
Tigre Aqualimp,
Aqualimp Fibratec,
Fibratec Eternit e Tinabrás

67
MATERIAIS E COMPONENTES

Reservatórios de Fibra de Vidro


o Por causa da estrutura do material, a fibra de vidro permite
grandes reservatórios, de até 25 mil litros

o Por isso, podem ser previstos no projeto de edificações, até como


reserva para combate
b a incêndios;
i ê di

o No interior, o reservatório conta com camada protetora de raios


ultravioleta evitando a incidência de luz e o conseqüente
ultravioleta,
desenvolvimento de algas;

o Não impede que a água se aqueça


caso a caixa esteja exposta ao sol.
sol

o Capacidade: de 100 a 25 mil litros


o Peso: cerca de 20 kg para
reservatórios com 1 mil litros

68
MATERIAIS E COMPONENTES

Reservatórios de Fibra de Vidro


Recomendações:

o Deve ser instalado sobre base plana


o Necessita de amarração para ser instalado em ambientes externos
o Os furos para as conexões devem ser feitos no local com serras-
copo.
copo

Fonte: Fibratec

69
MATERIAIS E COMPONENTES

Reservatórios de Fibrocimento

o Outra matéria-prima
é tradicional das
caixas d'água brasileiras;

o Dos materiais mais usados no Brasil,


Brasil é o
que proporciona reservatórios mais
pesados;

o Com isso, a carga sobre a estrutura


aumenta, mas não há necessidade de
realizar uma amarração do reservatório
em instalações sobre a cobertura;

o Há dois tipos principais de compostos:


com e sem amianto.

o Capacidade: de 250 a 1 mil litros


o Peso: cerca de
d 130 kg
k para reservatórios
ó
com 1 mil litros
70
MATERIAIS E COMPONENTES

Reservatórios de Fibrocimento (Uso do Amianto)


Anfibólios: proibidos no mundo há duas décadas
Crisotila: ainda é utilizado no Brasil e em outros países.

71
MATERIAIS E COMPONENTES

Reservatórios de Fibrocimento

Recomendações

o Pela estrutura do material,, p


pode ser
instalado sobre vigas transversais.

o Não deve ser usado para o


armazenamento de outras substâncias,
substâncias
pois o material armazenado pode reagir
quimicamente com o fibrocimento e
prejudicar o desempenho do
reservatório.
reservatório

o Não necessita de amarração para a


colocação
ç em ambientes externos.

Fonte: Eternit

72
MATERIAIS E COMPONENTES

Reservatórios - Conexões

Interrompe o fluxo da água em


reservatórios ou caixas de
descarga, uma vez atingido o nível
d á
da água estipulado.
l d

73

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