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DISCIPLINA: MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE

NA – 11.1.8-01

PUBLICAÇÕES PARA PAIOL DE ARMAMENTO

TABELAS DE MANUTENÇÃO:
SGM-201 (4ª REVISÃO) - CAPÍTULO 1 E ANEXO "A" (NORMAS GERAIS SOBRE
ABASTECIMENTO E SÍMBOLO DE JURISDIÇÃO DO MATERIAL DA MB) (Dotação
sobressalentes);
SGM-303 (3ª REVISÃO) (NORMAS SOBRE GESTÃO DE MATERIAL-) (LVA) DSADOT-21-
099 (DOTAÇÃO DE EQP ÓPTICO ELETRÔNICOS E DE NAVEGAÇÃO TERRESTRE PARA
OS GRUPAMENTOS DE FUZILEIROS NAVAIS)
DSABOTEC-22-025 - (INSTRUÇÃO PARA OPERAÇÃO DO ÓCULOS DE VISÃO NOTURNA
PASSIVA (OVNP) - MODELO EL. OPNVG 5157).
DSABOTEC-21-074 (MANUTENÇÃOPREVENTIV A DE EQUIPAMENTOS ÓPTICOS
ELETRÔNICOS);
DSABOTEC-20-002 D-(DETALHAMENTO DO MATERIAL SOB JURISDIÇÃO TÉCNICA
DA DSAM.);
DSABOTEC-22-007 (ACIDENTES E INCIDENTES COM SUB MTR 9mm TAURUS);
DSABOTEC-22-011 (ACIDENTES E INCIDENTES COM SUB MTR 9mm TAURUS
ATUALIZAÇÃO);
DSABOTEC - 22-013 (ACIDENTES E INCIDENTES COM SUB MTR 9MM TAURUS)
(SOLUÇÃO)
DSAMARINST-30-15 A (CONTROLE DO MATERIAL DA JURISDIÇÃO DSAM);
DSAMARINST -20-06C (MANUTENÇÃO DE MATERIAL DA JÜRISDIÇÃO DA DSAM);
EMA 420 – NORMAS PARA LOGÍSTICA DE MATERIAL (NORMAN)

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- Providenciar e assegurar a utilização dos EPI durante todo o período de trabalho.


- Providenciar que todos os elementos das diversas seções de trabalho tomem conhecimento
das normas de segurança da sua respectiva seção;
- Providenciar planos de evacuação em caso de incêndio, explosões, tempestades etc.
- Providenciar a equipes de primeiros socorros e o seu constante adestramento.

Ganhos com a Segurança


- Redução de perdas em homem/hora.
- Melhoria na qualidade do serviço.
- Aumento da vida útil das máquinas e ferramentas.

Medidas gerais de segurança


Medidas referentes às condições e emprego do local
- O piso deve estar limpo e livre de óleo.
- As faixas de trânsito devem estar livres.
- As áreas perigosas devem ser marcadas assim como a zona de circulação dentro de uma
oficina.
- Arranjo físico do local de trabalho.
Medidas referentes às condições e emprego do material
- Material quente deve ser colocado fora do alcance casual dos homens.
- Ferramentas não devem ser conduzidas no bolso.
- Ferramentas com partes soltas ou frouxas não devem ser empregadas.
- Verificar se as tomadas e os fios dos aparelhos estão em boas condições antes de utilizá-los.

Medidas referentes aos cuidados e ações do pessoal


- O operário não deve carregar um peso excessivo.
- Devem se usar máscaras e exaustores nas operações de pintura, soldagem, etc.
- Devem se utilizar óculos nos trabalhos em que poeira, cavacos ou partículas finas possam
atingir os olhos do operador;
1. Eliminação do risco: Significa torná-lo definitivamente inexistente;
2. Neutralização do risco: Permite a existência do risco, porém de forma controlável;
3. Sinalização do risco: Medida a ser adotada quando não se pode eliminar ou neutralizar o
risco;
4. Higiene do trabalho (Limpeza e organização): A higiene do trabalho diz respeito à
prevenção e controle das causas das doenças profissionais e do trabalho.
Existem ao todo quatro tipos de riscos;
- risco químico
- risco biológico
- risco físico
a) ruído excessivo.
b)altas temperaturas.
c) baixas temperaturas
d) radiações ionizantes

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- referências;
- condições físicas e psicológicas.
* Na seleção de pessoal, devem ser realizados testes que comprovem as condições do
indivíduo.
* Na falta de atributos desejáveis, deve-se considerar a capacidade como também a vontade
individual de aprender.
* O treinamento e aperfeiçoamento do pessoal deve ser uma preocupação constante.

Cores dinâmicas
A) Generalidades:
As cores de uma oficina têm influência na produtividade, algumas cores acalmam e descansam,
outras, estimulam ou ainda irritam.
B) Objetivo das cores dinâmicas:
- aumentar a freqüência ao trabalho;
- manter boa produção (reduzindo o cansaço);
- diminuir os acidentes.
C) Aplicações das cores:
Significado e Emprego das Cores
- VERMELHO: de grande vitalidade e pouca visibilidade, é utilizado para indicar
equipamentos de proteção e combate a incêndio.
- AMARELO: alta visibilidade denota cuidado.
- LARANJA: sinal de alerta indicado para as partes móveis e perigosas das máquinas.
- VERDE: associado à prática médica.
D) Tubulações:
Devem ser:
- identificadas por faixas pintadas ao longo das tubulações ou por discos, ou por placas
pintadas ao longo das tubulações.
- pintadas na cor do teto; e.
- sentido de transporte.
E) Significado e Emprego das Tubulações:
- VERMELHO RUBRO - água para incêndio;
- AMARELO - gases não liquefeitos;
- VERDE - água potável;
- ALUMINIO - gases liquefeitos e combustíveis baixas viscosidade (gasolina);
- AZUL - ar comprimido;
- PRETO - inflamável e combustível alta viscosidade (óleo);
- LARANJA - ácidos;
- BRANCO - vapor;
- CINZA-CLARO - vácuo;
- CINZA-ESCURO - eletro dutos.

PREVENÇÃO DOS ACIDENTES


Causas:
O acidente seria composto por cinco fatores, que se seguem:
1. hereditariedade: decorre das características pessoais, da personalidade de cada um;
2.causa pessoal:decorrente dos conhecimentos, habilidades do momento que cada um está
atravessando;
3.causa mecânica:diz respeito às eventuais falhas mecânicas ou condições sob as quais o
trabalho é executado;
4. acidente: ocorre devido aos fatores acima;
5.lesão: resultado do acidente.
- Proporcionar condições de trabalho segura e saudáveis a todos os elementos;
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NORMAS BÁSICAS DE MANUTENÇÃO

Manutenção é uma atividade cuja execução é responsabilidade direta do comando. É dever


do comandante, sempre juízo da eficácia e da segurança visar economia em tudo quanto se refira a
serviços de manutenção, utilizando preferencialmente seus próprios recursos.
O COMIMSUP deverá ser mantido informado sobre a qualidade da manutenção que está
sendo executado em todos os escalões, o cumprimento dos prazos previstos para sua execução e o
nível de atendimento dos pedidos de sobressalentes.

PERÍODO DE MANUTENÇÃO
Período em que são executados, de forma planejada e programados, as ações de
manutenção necessárias a manter ou reconduzir os sistemas, equipamentos e componentes de um
meio naval ou de fuzileiros navais às suas condições operacionais ideais, de acordo com suas
especificações técnicas.

ELEMENTOS BÁSICOS DE UMA OFICINA


- Local
- Material
- Pessoal
*Considerações sobre o Local *

a) Fatores a serem considerados para escolha do local:


- proximidade de terminais ferroviários ou rodoviários;
- situação dos elementos apoiados;
- existência de áreas de estoque; e
- existência de área para teste do material reparado.
b) Fatores que determinam o espaço necessário de uma oficina:
- funções previstas;
- missão;
- volume de trabalho;
- meios (material e pessoal); e
- tempo de execução do trabalho.
c) Áreas necessárias para uma oficina:
- área para reparação;
- área para ferramentas;
- área para suprimentos;
- área para escritórios.

*Considerações sobre o material*


a) Classificação das máquinas e ferramentas;
- Comuns; possibilitam a execução de uma grande variedade de serviço;
- Especiais: executam apenas determinadas operações.
b) Cuidado com as ferramentas:
- utilização correta das ferramentas para cada tipo de serviço;
- limpeza e manutenção após utilização;
- controle do ferramental através da definição de responsabilidade;
- utilização de painéis para ferramentas com sistema de fichas.

*Consideração sobre pessoal*


- experiência;
- habilidade;
- conhecimentos básicos;
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CUIDADOS ESPECIAIS
- A todos aqueles que tenham sob sua responsabilidade o armamento, devem limpar e
inspecionar freqüente, os cilindros de gases e êmbolos das amas automáticas ou semi-automáticas;
- sempre que for usar um armamento, verificar se não há vestígios de antióxido, por não ser
estes lubrificantes;
- não usar escova de aço para limpar ou polir a alma do cano;
- não usar nenhum abrasivo para limpeza das câmaras;
- não utilizar lubrificantes em demasia, uma camada fina é suficiente. O óleo tem tendência
de reter sujeira que passa a agir como abrasivo;
- nas regiões em que a umidade e a temperaturas são elevadas, durante a estação chuvosa,
deve ser verificado diariamente e mantido lubrificado o armamento;
- nas regiões arenosas o vento joga areia sobre as superfícies cobertas de óleo. A areia
provoca incidentes de tiro e rápido desgaste do armamento. Em tais condições, o armamento deve
ser limpo diariamente e todas as partes que ficam expostas deverão ser mantidas secas;
- pequena porção de óleo lubrificante deve ser passada nas partes não expostas e que não
sejam atingidas pela areia;
- toda a vez que terminar um exercício no campo ou uma instrução de maneabilidade, o
armamento deve sofrer uma limpeza e lubrificações completas, a exemplo das realizadas após o tiro;
- não utilizar a graxa antióxido nas partes de madeira.
- sempre que houver vestígios de ferrugem esfregar o local afetado com uma bucha de
pano embebido em querosene ou utilizar uma escova de latão para removê-la, ou ainda, esponja de
aço (bom-bril);
- a poeira e sujeiras existentes nas superfícies metálicas, deverão ser retiradas esfregando-
se um pano seco, e depois, óleo lubrificantes apropriados ou substitutos regulamentares;
- nunca usar na aplicação de lubrificantes, panos ou estopas que tenham sido empregados
na limpeza;
FERRAMENTAL
OREA 115 - ferramenta para extrator;
OREA 92 – escovão do cilindro de gases;
OREA 82 - haste-prolonga da vareta de limpeza;
OREA 1150 – chave para massa de mira;
OREA 107 – chave para anel regulador de gases;
OREA 28 – chave de fenda de 7,0mm;
OREA 10 – toca pino 2,8mm;
CB 134 – calibrador de cano 7,57;
OREA 77 – raspador combinado para o regulador de gases
OREA 94 – Almotolia

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EMBALAGEM - preencher como tipo de embalagem que deseja receber o material


(O CAM irá fornecer somente as embalagens disponíveis).
Quantidade de embalagem – preencher com a quantidade de embalagens.
Conta corrente – preencher com a conta corrente que irá custear a RMC.
Caixa de economias – selecionar "sim", caso a RMC seja custeada por caixa de
economias (inciso 8.5.2).
Local de entrega – este campo estará previamente preenchido. Alterar se o local de
entrega for diferente do informado.
Finalidade - preencher com a finalidade a que se destina esta RMC.
Prioridade - preencher com a prioridade da RMC.
Condição de atendimento – preencher com a condição de atendimento da RMC.
Observação – preencher com as observações que facilitem o SABM na execução das
atividades de fornecimento e/ou controle do item. Para as "RM" relativas ao abastecimento de
viaturas nas bombas de combustíveis, recomenda-se que seja colocada placa da mesma.
Para itens de CLG (combustíveis, lubrificantes e graxas), gêneros e equipamentos
/equipagens, não existe necessidade de preencher a conta corrente e, o campo "caixa de economias"
deverá estar selecionado com a opção "não".
INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO
1) colocar o nome da OM solicitante;
2) indicar, como proposta, a data da assistência solicitada;
3) indicar o instrumento que sofrerá a perícia ou inspeção, reparo ou assunto da
assistência técnica;
4) indicar com um dos códigos abaixo o motivo da solicitação:
(P) perícia;
(I) inspeção;
(R) reparo;
(A) assistência técnica; e
(5) complementar este campo com dados referentes ao reparo necessário (se
disponíveis), peças avariadas, motivo da perícia ou da inspeção e outros dados julgados necessários
a uma melhor avaliação e planejamento da atividade pelo CMatFN.

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO PEDIDO DE SERVIÇO (PI)


CAMPO INSTRUÇÕES
1 Despacho do Comandante da OM solicitante.
2 Nome por extenso e código da OM solicitante.
a) Número seqüencial do PS da OM, utilizando quatro dígitos.
3
b) Recomenda-se o uso de livro de protocolo para registro dos PS emitidos.
4 Acordo EMA-420 - Normas para Logística de Material (NOMAN), Capítulo 3.
5 Se consta ou não do Programa Geral de Manutenção (PROGEM).
6 xxx
7 Especificar o serviço a ser executado e/ou anormalidades constatadas.
8 Causas prováveis, circunstâncias da avaria, bem como referências e relatórios, se houver.
9 xxx
10 xxx
Aposição de carimbo e assinatura do responsável pelas informações contidas nos campos 2 a 10,
11
inclusive.
12 A cargo do COMIMSUP.
13 A cargo do CRepSupEspCFN.

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03 Querosene de aviação (QAV-1/JP-5) LI


04 Óleo Diesel (Comum e MAR-C) LI
05A MF-40/MB TA
05B Bunker TA
06 Lubrificante LI
07 Álcool Hidratado LI
08 Graxa Kg
10 Gás Combustível Kg

LISTA DE COMBUSTÍVEIS DA MB
A) Óleo: PA-15 (Industrial LUBRAX);
B) Solventes; ALMON, DAKATTE, IMPAL;
C) Graxa: GRAFITTE

SISTEMA DE INFORMAÇES GERENCIAIS DO ABASTECIMENTO SINGRA


É o sistema de informações e de gerência de material que se destina a apoiar as fases
básicas das funções logísticas suprimento, transporte e manutenção relacionados ao abastecimento,
prevendo e provendo os recursos de informação (regras informações e tecnologia) necessários ao
desempenho das atividades técnicas e gerenciais de abastecimento.
REQUISIÇÃO DE MATERIAL:
Requisição de Material para Consumo
(RMC) – é o documento utilizado pelas OM para efetuarem solicitações de material no
SINGRA.
ACESSO AO SINGRA:
O acesso ao SINGRA requer o prévio cadastramento dos usuários, que deverá ser
solicitado a DAbM por mensagem.
SENHA:
Ao efetuar o cadastramento inicial dos usuários, a DAbM atribuirá a cada usuário uma
senha inicial, cabendo ao novo usuário efetuar a alteração da mesma tão logo acessar o SINGRAP.
Por medida de segurança, a senha deverá ser trocada periodicamente.
ASSINATURA ELETRÔNICA:
Para o SAbM, cada usuário cadastrado acessão SINGRA em nome de sua OM. Assim,
por exemplo, a emissão de uma Requisição de Material pelo usuário formaliza uma solicitação da
OM. Portanto, caso julgue pertinente, caberá à OM emitir instruções internas que regulem e
controlem as ações de seus usuários.
O acesso ao ambiente SINGRA/WEB é feito por intermédio da Intranet, através da
"Home Page" da DAbM, no endereço www.dabm.mb.
CANCELAMENTO A PEDIDO:
Compete à OM solicitar a DAbM que cancele o cadastramento de qualquer usuário que
não deva mais acessar o SINGRA, notadamente nos casos de desembarque. Caso este procedimento
não seja efetuado, usuário poderá continuar acessando o SINGRA em nome de sua antiga OM.

MODELO DE REQUISIÇÃO DE MATERIAL-SINGRA WEB E INSTRUÇÕES PARA


PREENCHIMENTO
A requisição de material deve ser preenchida, uma para cada item a ser requisitado, de
acordo com as seguintes instruções:
CAM – fornecedor - preencher como “código da área de material” da qual se deseja
requisitar o material, utilizando o botão de seleção.
PI - preencher com a parte identificadora (PI) do número de estoque brasileiro (NEB)
do item ao qual se deseja requisitar.
QUANTIDADE – preencher com a quantidade desejada.

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g) Controle das operações


O controle é feito:
- na formulação do banho;
- pela análise química dos banhos;
- pela inspeção visual da camada fosfatizada;
- pelo ensaio névoa salina (SALT SPRAY); e
- pela espessura média da camada de fosfato (5 a 8 mícron).

C) Processos finais
São os processos utilizados para a proteção do banho contra a corrosão.
Os processos são os seguintes:
- oleagem;
- pintura;
- secagem; e
- cura.
1 – Oleagem – pode ser feito empregando-se ferromede ou óleo lubrificante; a
natureza da peça determinará a seqüência a ser seguida.
As peças fixas internas seguirão a seguinte ordem:
- Oleagem com ferromede; e
- Secagem.
As peças fixas externas seguirão a seguinte ordem:
- Secagem;
- Pintura; e
- Cura.
As peças móveis internas seguirão a seguinte ordem:
- Oleagem com ferromede; e
- Oleagem com Lubrificantes (óleo leve de armamento ou opcionalmente
pode se utilizar o óleo motor SAE 20).
As peças móveis ficarão com um sistema eficiente de lubrificação uma vez que
o fosfato aplicado absorve o óleo como uma esponja atendendo as solicitações mecânicas de forma
flexível, além de apresentar uma excelente proteção anticorrosiva.
2) Pinturas - Após sofrerem a fosfatização, as peças externas são pintadas à pistola
de ar comprimido utilizando tinta base de polímeros sintéticos.
3) Secagem - Destina-se a eliminar a presença de umidade e de vapores voláteis
sobre as camadas fosfatizadas.
Obs.: Realizada utilizando uma mesa aquecedora.
4) Cura - Destina-se a promover uma reação entre a resina e o endurecedor
polimerizando-os.
Esta operação é realizada em uma estufa elétrica especial de controle térmico
automático a uma temperatura de 185ºC durante o tempo de uma hora.

3 – OUTRAS DEFINIÇÕES
a) FENOMENO QUÍMICO DA CORROSÃO - Ionização por troca de elétrons.
b) OXIDAÇÃO - Corrosão controlada.
c) PASSIVAÇÃO - Operação que tem por finalidade diminuir a acidez deixada pela solução
de fosfato diácido mangano, diminuindo assim a possibilidade de corrosão.

Os itens constantes da LISCOMB, encontram-se agrupados no SINGRA por tipos CLG,


conforme abaixo

TIPO DE CLG DESCRIÇÃO UF


01 GASOLINA Comum LI
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O processo consiste, essencialmente, na imersão das peças ferrosas, depois de


decapadas e desengorduradas, em uma solução fosfática apropriada, após o que tais peças são
passadas por lavagem a quente em água, secagem e acabamento (oleagem ou pintura).
A fosfatização, além de propiciar uma forte proteção antiferrugem ao material
ferroso fornece uma ótima “ancoragem” ao envernizamento ou pintura. Daí a razão do seu grande
emprego nas mais diferentes industrias (automobilística, utensílios domésticos, de maquinas e etc...).

b) Compostos químicos que constituem o banho


Produtos fosfáticos mais utilizados:
- fosfato diácido manganoso – Mn (H2PO4) 2 (Parko Lubrite 2); e
- fosfato diácido de zinco – Zn (H2PO4) 2 (Ferrosthat 70).

c) Propriedades dos revestimentos fosfáticos


- grande resistência aos agentes atmosféricos;
- localização de ferrugem;
- porosidade e capilaridade;
- penetração completa da solução fosfática nas reentrâncias e cavidades das
peças; e
- fixação de tinta.

d) Ciclo de trabalho para fosfatização


- desengraxe (Stripalene 102 – SOLUPAN) (Soda cáustica);
- lavagem;
- decapagem (Ácido muriático comercial 50%);
- lavagem;
- polimento com areia (esferas de vidro);
- desengraxe (Stripalene 102);
- lavagem a quente;
- fosfatização (Parko Lubrite 2) (Diácido manganoso) – 95ºC – 15 min;
- lavagem a quente;
- passivação (Dicromato de sódio e soda cáustica) – 60ºC;
- lavagem a quente;
- secagem (tabuleiro);
- oleamento (Ferromede, OLA ou SAE 20); e
- pintura (tinta a base de polímero sintético – tinta a base de nitrocelulose).

e) Condições de operação
- simples imersão;
- temperatura 95ºC; e
- tempo de imersão – 15 à 30min.

f) Defeitos e correções dos revestimentos fosfáticos


- a maior parte dos revestimentos fosfáticos mal sucedidos é devida a
desengorduramento e polimento da superfície do metal – base mal executado ou insuficiente. Estes
revestimentos apresentam manchas diversas e possuem pequeno valor protetor.
Para melhorá-los, deve-se proceder à retirada total ou parcial do revestimento
fosfático, mediante barrilamento ou jato de areia e repetir a fosfatização.
- Se o revestimento fosfático se apresenta recoberto por uma camada pulvulenta
branca acinzentada, é sinal de que o banho foi levado à ebulição, ou no banho existiam outros
objetos ou ainda, no banho existia uma grande quantidade de lama.
- correção: Escovar a peça.

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- Decapagem – destina-se a remover os óxidos de ferro das superfícies metálicas.


- Jateamento de areia – destina-se a retirar os resíduos não eliminados no desengraxe
e decapagem.
- Polimento – Destina-se a preparar a peça para melhor absorção do banho.

B) Processos Intermediários – são assim chamados, pois necessitam de um tratamento


posterior à sua aplicação.
São os seguintes:
1) Oxidação
a) Generalidades
Esta operação fornece as peças de ferro e aço uma cor preta azulada, como
normalmente se vê nas armas de fogo. Tem com finalidade:
- Proteger a peça contra corrosão além de fornecer um efeito decorativo pela
camada de oxido formada.
A proteção contra corrosão não é, normalmente como se julga, muito boa,
sendo por isso aconselhável que sejam as peças cobertas por uma camada de óleo fino para
dificultar a corrosão.
Várias são as soluções empregadas para essa oxidação entre elas temos a
utilização de soluções aquosas, cujos os constituintes são o hidróxido de sódio e o nitrato de sódio.
b) Seqüência das operações
- desengraxe alcalino, a quente (utiliza-se solução de soda cáustica);
- lavagem;
- decapagem emprego do acido muriático;
- lavagem;
- polimento;
- desengraxe alcalino (utiliza-se o SOLUPAN)
- banho de oxidação;
- lavagem a quente;
- secagem; e
- cobertura com óleo fino.

c) Condições de operação
- simples imersão;
- temperatura 130ºC a 135ºC; e
- tempo de imersão: 15 a 20 min.

d) Composição do Banho
- soda cáustica - 700g;
- nitrato de sódio – 250g
- água para completar – 1000cm3
Obs.: Produto utilizado, nome fantasia (EBONOL)

2) Fosfatização
a) Generalidades
A Fosfatização é um processo de proteção dos metais ferrosos. Ela atualmente
tem uma grande importância industrial, pois, além de conferir uma boa proteção a qualquer material
ferroso, leva vantagem no confronto com os processos comuns de proteção (revestimento
eletrolítico, oxidação e polimento), devido a sua simplicidade técnica e pelos seus resultados na:
- localização de ferrugem;
- fornecer um bom isolamento ao material fosfatizado;
- pela propriedade de facilitar a fixação de óleos ou tintas; e
- possuir um baixo custo de produção.
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- Agentes químicos produzidos pela estopilha e pela carga de projeção.


A corrosão pode ser definida como sendo uma tendência natural dos metais de retornarem
a sua condição original ou a certos compostos semelhantes a seus minérios.
Na reação com o meio ambiente à prata escurece, o ferro se oxida, o aço inoxidável perde
gradativamente o brilho metálico.
O exemplo mais comum ce corrosão é o enferrujamento do ferro. O Ferro é susceptível
ação da corrosão, pois sua superfície é quimicamente reativa.
A ferrugem é um composto formado pela oxidação do ferro em presença da umidade.
Dois tipos de ferrugem em geral são:
A vermelha e a Preta.
Normalmente a ferrugem preta não forma em condições ordinárias de temperatura e
pressão.
A ferrugem vermelha espalha-se ameaçadoramente a menos que seja removida e
substituída por uma cama de preservativo.
Nos seus primeiros dias a ferrugem pode surgir com uma coloração quase imperceptível.
Em seguida começa escurecer para o tom tinto amarelado ou avermelhado e progride até o
aparecimento de pequenas crateras.
Milhares de minúsculas crateras, de milímetros décimos de milímetros de profundidade,
serão percebidas a vista desarmada.
Formadas as cavidades a ferrugem progride rapidamente em torno da mesma e sede uma
casca de oxido de ferro, que é projetada sobre a superfície do metal.

2 – OXIDAÇÃO E FOSFATIZAÇÃO
A) Tratamentos superficiais dos metais – a oxidação e fosfatização são processos
industriais ligados ao campo da tecnologia dos tratamentos superficiais dos metais. Essa tecnologia
tem tido, modernamente, um amplo desenvolvimento a par da evolução cientifica e do interesse da
industria em manter em alto nível a qualidade dos artefatos metálicos. Qualquer processo industrial
que opera na superfície de um metal é assunto estudado por essa tecnologia. A pintura, a esmaltação,
a decapagem, a eletro deposição, o desengraxe, a jateação são exemplos comuns do campo
operacional dessa tecnologia.
B) A oxidação e fosfatização – a finalidade desses dois processos é dotar a superfície
metálica de uma proteção anticorrosiva sem descuidar do seu aspecto decorativo e de resistência ao
desgaste.
A fosfatização consiste na aplicação de uma camada de fosfato (normalmente de zinco ou
manganês) sobre uma superfície ferrosa emprestando-lhe as seguintes características:
- Proteção anticorrosiva;
- Resistência ao desgaste;
- Poder autolubrificante (peças móveis);
- Porosidade e capilaridade (ancoragens para tintas, absorção para óleos).
3 - PROCESSOS DE TRATAMENTO SUPERFICIAL
Os processos utilizados no tratamento superficial de peças metálicas ferrosas podem ser
divididos em:
- Preparatórios;
- Intermediários; e
- Finais.
A) Processos preparatórios – tem como objetivo preparar a peça limpando a superfície de
forma adequada com operações químicas ou mecânicas.
De acordo com o estado em que se encontra o material a ser tratado poderão ocorrer as
seguintes operações:
- Desengraxe – destina-se a remover as sujeiras de graxas e óleos que impregnam as
peças.
- Lavagem – destina-se a limpar a peça para o banho.
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1) Descalibramento da boca da arma – ocorre devido às forças laterais exercidas pelo


projétil ao abandonar a arma, bem como a ação dos gases no momento de escaparem pela
retaguarda do projétil.
Usualmente existe um progressivo descalibramento, precisamente na boca da arma, o
qual vai diminuindo até 1/3 do cumprimento do cano. O terço central do cano apresenta
normalmente pouco desgaste. Esta parte da arma é submetida a temperaturas e pressões médias e
sendo relativamente grossa e junto do corpo da arma, não esta sujeita às grandes vibrações que
persistem na boca da arma, conseqüentemente será exercida pequena ação mecânica.
2) Cobreamento das raias – Quando a camisa do projétil é formada de um metal leve,
uma parte dela é corroída e adere à superfície interna do cano, reduzindo o diâmetro real do mesmo.
No caso do metal ser cobre, esta adesão é chamada cobreamento.
Quando as camisas de cobre e níquel dos projéteis são usadas em fuzis e metralhadoras,
grande quantidade de material de que são confeccionadas essas camisas, fica acumulada no interior
do cano. Esse acumulo é conhecido com fuligem do metal, para distinguir dos produtos da corrosão
causada pela pólvora. Com a adoção das camisas de metal reforçadas, este inconveniente foi
grandemente reduzido ou eliminado.
A parte posterior do cano é a mais afetada pelo tiro continuo. Nesse ponto ocorrem as
maiores temperaturas e pressões e também a fuga inicial dos gases antes do projétil se achar
firmemente engasado nos sulcos das raias. Provavelmente, nem um assunto levantou mais
discussões a esse respeito do que a erosão. Muitas teorias apareceram e algum fundamento se achou
para todas elas. O fato de que a erosão ocorra em instantes de duração extremamente poucos, sob
condições de alta temperatura e pressão, tornou difícil distinguir os vários fatores que influenciam,
os processos.
3) Erosão da câmara – os principais fundamentos tendentes a explicar os processos da
erosão são:
a) Mecânico – quando a pressão da pólvora é produzida, o cano se dilata. Como esta
força é aplicada de repente, é possível que a ação sobre a superfície metálica e suas proximidade
seja maior que a calculada. Em vista disso o metal é submetido a um estado de super tensão e sua
conseqüente deformação plástica.
Esta supertensão pode causar a formação de pequenas fendas axiais, as quais
podem se ligar sob a ação do calor do metal adjacente.
b) Termal – a alta temperatura da chama da pólvora moderna, eleva a temperatura da
superfície interna do cano acima do ponto de fusão do metal. Neste estado pode o metal sofrer a
erosão por ação química ou abrasiva.
c) Química – A combustão da pólvora produz monóxido de carbono hidrogênio,
nitrogênio e outros gases. Alguns entram em combustão com o aço e altas temperaturas ocasionam,
o aparecimento de uma superfície endurecida, semelhante ao produto carbonizado ou nitrogenado.
Esta faixa endurecida é quebradiça e pode ser lascada com os tiros consecutivos.
A principal causa sofrida pelo metal é a sua fusão a temperaturas elevadas.
A fusão pode ser diminuída, conservando-se a temperatura do cano baixa. Foi
conseguido isto se empregando irradiadores na parte externa do cano, aumentando a superfície de
resfriamento. Infelizmente este processo não aumenta a radiação do cano até um ponto significativo,
por causa da taxa de calor no cano, em virtude de ser muito alta. Com idêntico objetivo, foi
experimentada uma camisa d´agua.
Contrariando as expectativas a temperatura exterior de um cano refrigerado a água,
ultrapassa o ponto de ebulição.
Quando o calor é emitido pelo cano a uma taxa maior do que é absorvido pela água
em circulação, a água próxima começa a ferver a altas temperaturas poderão aparecer a esta
superfície.
B) CORROSÃO – a corrosão tal como ela aparece na arma, é oriunda quase sempre de dois
grandes agentes:
- Umidade atmosférica e maresias; e
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DISCIPLINA: MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
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4) Folgas - Verificar se as armas que são exigidas regulagens de folga estão devidamente
reguladas e formular perguntas a esse respeito aos elementos que utilizam o material.
5) Estado da câmara - Verificar o seu estado através de calibradores específicos de cada
arma e registrar a sua leitura na ficha dentro dos limites aceitáveis do seu emprego.
6) Raiamento - Verificar a segurança e a precisão na realização do tiro lançar na ficha os
limites previstos no emprego dos diversos calibradores.
7) Usura - Em caso particular de verificação do estado de um cano onde se faz a leitura da
medida de penetrações (pela boca e cela câmara). Relatando o seu desgaste dentro do estabelecido,
lançando as medidas registradas.
8) Pressão do gatilho - Verificar a sua pressão através de pesos determinados pelas tabelas
existentes no respectivo manual e corrigir se for o caso. São provas realizadas nos revólveres e
pistolas para determinar a pressão exigida em libras ou gramas para mover o gatilho.
9) Alma - É a verificação visual do cano onde constatar podemos o seu estado quanto a
possíveis erosões e corrosões.
10) Cilindro de gases e êmbolo - Verificar o estado de conservação dos cilindros de gases,
quanto à limpeza, carbonização nos êmbolos e o modo correto de sanar estes problemas.
11) Molas - Verificar o estado de suas molas quanto à elasticidade e emprego devido
fazendo as necessárias correções.
12) Aparelho de pontaria - Verificar grosso modo o sistema de pontaria quanto ao seu
alinhamento e estado geral.

Fatores que determinam as inspeções são basicamente:


- Finalidade das inspeções;
- Tipos de inspeções;
- Fontes e informações técnicas;
- Pontos a observar na inspeção; e
- Conteúdo do relatório final.

3.7.0 – Assuntos que devem ser abordados no relatório final da inspeção


Os relatórios não possuem forma rígida, mas devem ser precisos no que se refira a:
- Finalidade da inspeção;
- Observações feitas;
- Sugestões ou ordens para correções; e
- Conclusões.
ESTUDO DIRIGIDO

EROSÃO, CORROSÃO, OXIDAÇÃO E FOSFATIZAÇÃO

1 – EROSÃO E CORROSÃO
A) EROSÃO - é o desgaste gradativo da superfície interna de um cano durante o disparo. É
por isso a causa de grandes dificuldades para uma arma automática. Com o elevado automatismo e
a grande cadência de tiro, a alma da arma se descalibra e como resultado ocorrem prejuízos na
precisão do tiro. A erosão é reconhecida por alterações nas dimensões da alma da arma.
Três alterações, cada uma característica de uma secção do cano, pode ser encontrada em
uma arma já usada:
- descalibramento da boca da arma;
- cobreamento das raias;
- erosão da câmara.
Destes, apenas o último é realmente erosão. Todos, entretanto, são fenômenos associados à
de formação comum.

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DISCIPLINA: MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
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- Relatório da última lnspeção; e


- Ficha histórico do armamento.

ORGANIZAÇÃO DA TURMA DE INSPEÇÃO


1) Turma de inspeção padrão:
- Equipe de armamento leve; e
- Equipe de Armamento Pesado.

2) Constituição de cada equipe:


- Um Inspetor: Mecânico de Armamento (SG); e
- Auxiliares: Ajudante de Mecânico (CB).

3.4.0 – Deveres do chefe da turma de inspeção (oficial de manutenção)


1) Antes da inspeção:
- Acionar todos os meios administrativos em pessoal e material;
- Informar a OM a ser inspecionada;
- Verificar o material, peças, sobressalentes e equipamentos a serem conduzidos;
- Supervisionar e fiscalizar a preparação pelas equipes;
- Levantar os pontos mais importantes para a inspeção com base em relatório anterior; e
- Rever manuais técnicos.
2) Durante a inspeção:
- Verificar o estado dos paióis e meios disponíveis;
- Supervisionar e fiscalizar o trabalho de sua equipe;
- Inspecionar, diretamente o material que bem desejar;
- Alterar procedimentos no caso de limitação de tempo ou pessoal; e
- Empenhar-se ao máximo para o êxito da inspeção.
3) Após a inspeção:
- Confeccionar o relatório final.

3.5.0 – Atribuições dos chefes de equipe de inspeção (SG)


1) Antes da inspeção:
- Reunir e estudar todas as publicações do material a ser inspecionado;
- Reunir todo o material necessário; e
- Organizar mementos de pontos a serem examinados, porém sem registrá-los.

2) Durante a inspeção:
- Inspecionar todo o material de sua área de atuação;
- Verificar se os lançamentos das cartas guias de lubrificação e ficha histórico estão
corretos;
- Preencher as fichas de inspeção, lançando as alterações, as providências e a solução final;
- Dar seu parecer ao chefe da turma de inspeção sobre providencias que devam ser tomadas
pela OM apoiada; e
- Prestar assistência técnica ao material em uso.

3.6.0 – Componentes a serem observados em uma inspeção


1) Estado geral - Devemos verificar o acabamento nas partes metálicas, pintura se existe
falhas, bolhas, fendas, etc... e finalmente a sua lubrificação se está correta, isto é, com o lubrificante
adequado ao material.
2) Segurança - Verificar a existência e a sua utilização através de perguntas aos elementos
da unidade, bem como, se está em bom estado de funcionamento.
3) Funcionamento - Verificar o carregamento, alimentação, extração, ejeção, disparo e
percussão, para tal o inspetor deverá dispor de cartucho de manejo.
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DISCIPLINA: MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
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3.1.0 – Finalidades das inspeções


1) Verificar se o trabalho de manutenção preventiva do material está efetivamente correto
evitando e corrigindo as suas falhas, antes de torná-lo inservível;
2) Fornecer instruções relativas à administração e a ação das unidades de manutenção;
3) Analisar as principais deficiências observadas na manutenção do material bélico;
4) Orientar a equipe de Manutenção quanto aos suprimentos necessários à manutenção do
material;
5) Avaliar a eficiência dos escalões de manutenção;
6) Confeccionar relatórios sobre o estado do material bélico distribuindo à tropa como um
meio de verificar os responsáveis pelo prematuro desgaste ou emprego inadequado do material, o
relatório é participado pela unidade de manutenção ao Comandante interessado.

3.2.0 – Tipos de inspeção


1) Inspeção de comando – é o nível de inspeção realizada pelos comandantes de GU, U ou
SU com a finalidade de verificar os seguintes aspectos:
- Estado geral do armamento;
- Existência e o grau de conservação de suas ferramentas e acessórios;
- Registro de tiro e manutenção;
- Estado dos paióis, meios disponíveis para a manutenção e segurança; e
- Grau de habilitação do pessoal de manutenção.

Obs.: - Podem ser previstas e inopinadas; e


- Os comandos podem requisitar pessoal especializado para assessorá-los.
2) Inspeção de manutenção preventiva – é o nível de inspeção realizado pelo pessoal
especializado da unidade, oficial de manutenção do armamento, mecânicos de armamento e
usuários de armamento, como parte integrante das manutenções periódicas de 1º escalão.
- Fichas, normas, planos, manuais técnicos específicos de cada material devem valer
como subsídios às inspeções; e
- A manutenção preventiva é à base da manutenção e a inspeção de manutenção é à base
da manutenção preventiva.
3) Inspeção técnica - é o tipo de inspeção realizada nas OM usuárias, pelo pessoal
altamente especializado das OM de apoio de manutenção com a finalidade de:
- Determinar as condições do material e as suas necessidades de manutenção e
suprimento; e
- Permitir o julgamento das condições de manutenção orgânica nas diversas OM.
As OM de apoio de manutenção devem realizar, também, inspeções técnicas em todo o
material recolhido às suas oficinas.
MM-DSAM
FICHA HISTÓRICO PARA ARMAMENTO PORTÁTIL
G7530-BR-264-6697
ARMA: PISTOLA CALIBRE: 9mm Nº DE SÉRIE: 01236
MODELO: M92 ANO DE FABRICAÇÃO: 1979 FABRICANTE: BERETTA
DATA Nº OM HISTÓRICO RESPONSÁVEL
NEB 1005-BR-250-3010 /
recebida do CRepSupEspCFN
03/03/97 01.234 através da remessa RM
005/97 – teve o cano
substituído
Fontes de informações técnicas:
- Manuais Técnicos;
- Boletins Técnicos;
- Cartas guias de lubrificação;
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DISCIPLINA: MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
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OBS.: Para os grupamentos é executado com o apoio do CRepSupEspCFN, complementado


pelo CETM e CAM.
Fonte de consulta. - FUZIMARINST nº 20-02B / EMA 420-B.

Responsabilidade direta pela execução da manutenção:


1º Escalão - Detentor ou usuário, no seu trato diário, cumprindo manutenção antes, durante e após
operações. Cabe aos mecânicos orgânicos das subunidades e da Unidade a supervisão e a execução
dessa manutenção.

Atribuições do mecânico de armamento:


- É o assistente técnico e representante imediato do Oficial de Manutenção;
- Escriturar todos os registros de manutenção realizados na OM;
- Executar os reparos e regulagem que se fizerem necessários dentro do escalão permitido.
(APOIOMARINST nº 30-07).

2.7.0 – Procedimentos que devem ser adotados na limpeza do armamento leve, antes, durante
e após o tiro:
1) Limpeza antes do tiro - São os seguintes às instruções para a preparação do armamento
antes do tiro, visando eliminar a ocorrência de incidentes de tiro e aumentar a segurança na sua
realização:
- Desmontar a arma dentro do escalão permitido;
- Verificar se as peças desmontadas possuem rebarbas ou morsas, principalmente nas
superfícies deslizantes;
- Realizar a limpeza do cano e câmara, que deverão permanecer rigorosamente limpos e
secos;
- Limpar as demais peças metálicas e aplicar leve camada de óleo (neutro) nas
superfícies deslizantes;
- Montar a arma e limpar toda a superfície externa deixando-a seca; e
- Realizar as regulagens permitidas, colocando-as rigorosamente em suas medidas,
deixando a arma desse modo, pronta para o tiro.
2) Limpeza durante do tiro - Realizar as seguintes operações:
- Limpar o cano e a câmara com um pedaço de estopa ou pano; e
- Limpar as partes móveis visando eliminar os resíduos de pólvora sem, contudo
proceder à desmontagem.
3) Limpeza após do tiro - Todo o cuidado é indispensável para a limpeza ao armamento
que realizou o tiro tendo em vista eliminar a ação dos resíduos de pólvora que serão em última
análise os elementos que irão iniciar um processo corrosivo e por certo tornará o armamento
utilizado inservível em curto prazo. Por esse motivo essa manutenção deve constituir ponto de
honra para os responsáveis pelo material e deve ser realizada no máximo 12 horas após a execução
do tiro:
- Desmontar a arma dentro do escalão permitido;
- Limpar as peças desmontadas com Óleo neutro para a limpeza do armamento; e
- Limpar o cano e a câmara com Solvente industrial utilizado na OM de forma a retirar
todos os resíduos de pólvora. Após essa limpeza o óleo remanescente que recobre as superfícies do
cano certamente ainda conterá resíduos. Deverá ser procedida então nova limpeza, utilizando-se
apenas pano e estopa limpos e de preferência secos. Após isso lubrificar o cano com Óleo PA-15
limpo. (A limpeza do armamento deverá ser realizada por três dias consecutivos - NOTA DO
DIGITADOR).
Obs.: Na falta de solvente industrial, pode-se usar querosene para retirar os resíduos de
pólvora e PA-15 para lubrificação.

3.0 - NORMAS PARA INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE


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DISCIPLINA: MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
NA – 11.1.8-01

2.1.0 – Diferença entre os tipos de manutenção quanto à natureza


Tipos de manutenção - A manutenção orgânica, a manutenção de campanha e a
manutenção de retaguarda.
A – Manutenção Orgânica - É o conjunto de operações de natureza preventiva,
realizadas no trato diário do material, através de cuidados no manuseio correto, nas verificações, na
limpeza e lubrificação compreendendo o 1º escalão de manutenção.
B – Manutenção de Campanha – é a categoria que compreende todas as atividades
realizadas por organizações militares de manutenção subordinadas às grandes unidades, visando
manter os equipamentos nas melhores condições possíveis. É realizada em instalações moveis e
semimóveis, e compreendem a manutenção apoio direto e a de apoio ao conjunto.
1) A manutenção de apoio direto é a realizada em apoio às organizações militares
usuárias ou detentoras do material, em complemento à respectiva manutenção orgânica.
2) A manutenção de apoio ao conjunto é realizada em apoio às próprias
organizações de manutenção, em complemento às respectivas possibilidades de manutenção.
C – Manutenção de retaguarda – É a categoria que compreende todas as atividades
realizadas em instalações altamente especializadas, dotadas de equipamentos sofisticados e
volumosos. Ex.: as fábricas, o arsenal do Exército, etc.

CLASSIFICAÇÃO DA MANUTENÇÃO

NATUREZA TIPO ESCALÃO AÇÃO BÁSICA OM ENCARREGADA


Preventiva Orgânica 1º Conservação Detentora do Material
2º OM MNT 2º Escalão
De Campanha Reparação
3º OM MNT 3º Escalão
Corretiva Fábricas, representantes
De retaguarda 4º Recuperação gerenciado pelo
CRESUMAR

Ações básicas de manutenção:


1) Conservação - á o conjunto de operações realizadas durante o trato diário com o
material através de cuidados com o manuseio, na verificação na limpeza e lubrificação.
2) Reparação - É a atividade que consiste em retornar o material ao estaco disponível de
uso pela substituição de peça ou por outra ação necessária incluindo soldagem, etc.
3) Recuperação - á a atividade que consiste em retornar o material ao estado de novo.

2.2.0 – As tarefas pertinentes a cada escalão são:


1) Manutenção de 1º Escalão – É a manutenção preventiva destinada à conservação do
material orgânico, executada pelo próprio homem ou pela guarnição da peça que utiliza ou opera o
material. (APOIOMARINST nº 30-07).
2) Manutenção de 2º Escalão – É aquela de natureza corretiva com a finalidade de manter
o armamento disponível com pequenas reparações consideradas correções preventivas.
(APOIOMARINST nº 30-07).
3) Manutenção de 3º Escalão – É aquela de natureza corretiva com a finalidade de
reparação do material para restabelecer suas condições de uso (APOIOMARINST nº 30-07).
4) Manutenção de 4º Escalão - É aquela de natureza corretiva, tipo de retaguarda, a
recuperação é a sua ação básica (APOIOMARINST nº 30-07).
1º Escalão - OM detentora do material e o próprio usuário;
2º Escalão - BtlLogFuzNav com o apoio do CRepSupEspCFN (no âmbito dá FFE);
3º Escalão – CRepSupEspCFN, e no que exceder a sua capacidade, será apoiado pela CETM e
CAM.
4º Escalão - Executado pelo fabricante ou representante, gerenciado pelo CRepSupEspCFN.

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DISCIPLINA: MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
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D – Quanto ao principio de funcionamento


1) As armas que utilizam a força muscular do atirador;
2) As armas que utilizam as pressões dos gases resultantes da queima de carga de
projeção:
I) Ação de gases sobre o êmbolo;
II) Ação de gases sobre o ferrolho; e
III) Curto recuo do cano.
3) armas que utilizam ação muscular do atirador, combinado a ação de uma corrente
sobre uma estopilha.

E – Quanto à refrigeração
1) Refrigerado a ar - quando é o próprio ar atmosférico que a resfria.
2) Refrigerada a água - quando possui um tubo chamado camisa d'água, que envolve o
cano e é cheio d'água. Essa água tem por finalidade refrigerar o cano. Ex.: Mtr .30M917Al.
3) Refrigeração a ar e água - quando o cano está em contato com o ar atmosférico, mas
que de quando em quando, recebe jatos d'água para ajudar seu resfriamento. Ex.: Mtr 7M945.

F – Quanto ao sentido de alimentação


1) Da direita para a esquerda;
2) Da esquerda para a direita;
3) De cima para baixo;
4) De baixo para cima; e
5) De trás para frente.

G - Quanto alimentação
1) Manual; e
2) Com carregador.
I) de pano (tipo Fita); e
II) Metálico:
- tipo lâmina;
- tipo cofre;
- tipo fita (de elos); e
- tipo especial (variam em função da arma: Ex.: Fz .30M1 do RV .45 M917 "SW").

H – Quanto ao raiamento
1) Alma raiada
I) Da esquerda para a direita; e
II) Da direita para a esquerda. Ex.: Pst .45 M911 A1.
2) Alma lisa
I – Quanto ao calibre - O armamento será de:
1) 0.30 pol ou 7.62mm;
2) 0.38 pol ou 9mm; TABELA DE CONVERSÃO
3) 0.45 pol ou 11.43mm; Pol/mm -x 25.40
4) 0.50 pol ou 12.7mm; Mm/Pol -x 0.0394
5) 2.36 pol ou 60mm; e
6) 3.5 pol ou 89mm.

2.0 - NORMAS GERAIS PARA A MANUTENÇÃO


Manutenção - é o conjunto de operações destinadas à conservação reparação ou recuperação
do material.

4-22
DISCIPLINA: MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
NA – 11.1.8-01

Compreende-se por armas leves, aquelas que possuem peso e volumes relativamente reduzidos,
podendo ser transportadas, geralmente por um homem, ou em fardos por mais de um, além de
possuírem calibre inferior a 0.60 pol. (15.24mm). Dai chamar-se armas leves todas as armas de fogo,
inclusive as automáticas com exceção dos Lança Rojões 2.36 e 3.5 pol., que é classificado como
arma leve apesar de possuir um calibre superior a 0.60 pol (15.24mm).
Durante o estudo de armamento leve usaremos certos termos técnicos que aqui são
definidos:
A) Calibre - É a medida do diâmetro entre dois cheios;
B) Raia - São sulcos helicoidais paralelos abertos na alma;
C) Cheios - São nervuras entre as ralas; e
D) Velocidade teórica de tiro – É o numero de disparos que pode ser feito por uma arma
em um minuto, não se levando em conta o tempo gasto na alimentação, na resolução de incidente de
tiro, etc., isto é, supõe-se que a arma e dotada de um carregador de capacidade infinita, bem como
que não haja incidente de tiro, não seja feita a pontaria, etc...
E) Alcance Máximo – É o maior alcance que se pode obter com a arma;
F) Alcance útil ou de utilização – é aquele em que se utiliza a arma aproveitando-se a
primeira parte da trajetória do projétil, onde apresenta melhores qualidades balísticas, isto é, tensão
na trajetória, menor dispersão, etc...;
G) Alcance de alça – é o maior alcance que pode ser registrado na alça de mira;
H) Cadência de tiro – é tipo de tiro que a arma pode fazer, isto é, semi-automático,
automático, intermitente ou continuo; e
I) Velocidade prática de tiro - É o número de disparos que pode ser feito por uma arma em
um minuto, levando-se em conta o tempo necessário à pontaria, à alimentação, à resolução de
incidentes, etc...

1.2.0

2 - Classificação do armamento leve


É classificado segundo suas características principais, em diferentes grupos:

A – Quanto ao tipo - O armamento pode ser:


1) De porte - Quando pelo seu pouco peso e dimensões reduzidas pode ser conduzido
em um coldre.
2) Portátil - Quando apesar de possui um peso relativo, pode ser conduzido por um só
homem, sendo, para facilidade e comodidade de transporte, dotado de uma bandoleira.
3) Não portátil – Quando, por seu grande volume e peso, só pode ser conduzido em
viaturas ou dividido em fardos, para serem transportados por vários homens.

B – Quanto ao emprego:
1) Individual - Quando se destina a proteção daquele que o conduz.
2) Coletivo - Quando se destina a ser utilizado em benefício de um grupo de homens ou
fração de tropa.

C – Quanto ao Funcionamento
1) De repetição – são aquelas em que o principio motor é a força muscular do atirador,
decorrendo dai a necessidade de se repetir à ação para cada disparo.
2) Semi-automática – são aquelas que realizam automaticamente todas as operações de
funcionamento com exceção do disparo.
3) Automática - são aquelas que realizam automaticamente todas as operações de
funcionamento.

1.3.0
3-22
DISCIPLINA: MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
NA – 11.1.8-01

NOTA DE AULA

Escola: Operações Anfíbias

Curso: Especial de Mecânico de Armamento Leve

Disciplina: Manutenção e Inspeção do Armamento Leve

Referencias Bibliográfica

BRASIL. Generalidades do Armamento Leve. M. Ex. Escola de Material Bélico NA. B1.01.

BRASIL. Generalidades de Manutenção e Inspeção do Armamento. M. Ex. Escola de


Material Bélico NA. B 501

BRASIL. Ministério da Marinha. APOIOMARINST nº 30-07. Instrução para Manutenção


do Armamento do CFN. CApCFN.

1.0 – DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO ARMAMENTO LEVE


1.1.0
1 – Definição do Armamento Leve
2-22
(Curso Especial de Mecânico de Armamento Leve)

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