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Material Digital do Professor

Matemática – 8º ano
1º bimestre – Sequência didática 1

Situações-problema com dízimas periódicas


Público-alvo: 8o ano
Duração: 2 aulas
Referência do Livro do Aluno: Capítulo 1

Relevância para a aprendizagem


Pertencentes ao conjunto dos racionais, as dízimas periódicas estão presentes em situações
cotidianas bastante corriqueiras, como pode ser visto nos problemas apresentados nesta sequência
didática. Com a impossibilidade de se trabalhar com valores que possuem uma infinidade de casas
decimais, é necessário recorrer a aproximações e análises de contexto para encontrar as melhores
soluções para cada problema. Esta sequência didática tem o objetivo de exemplificar e estudar alguns
arredondamentos necessários quando os números envolvidos são dízimas periódicas.

Objetivos de aprendizagem
• Encontrar frações geratrizes.
• Discutir aproximações para dízimas periódicas em diferentes contextos.

Material necessário
• calculadora
• papel
• lápis
• caderno

Objeto de conhecimento e habilidade (BNCC)


Objeto de conhecimento Habilidade
(EF08MA05) Reconhecer e utilizar procedimentos para a obtenção de uma fração
Dízimas periódicas: fração geratriz.
geratriz para uma dízima periódica.
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Matemática – 8º ano
1º bimestre – Sequência didática 1

Desenvolvimento
Aula 1 – Dízima periódica
Duração: 50 minutos
Local: sala de aula
Organização dos alunos: individual
Recursos e/ou material necessário: calculadora, lápis e caderno

Inicie a aula enunciando a seguinte situação-problema:

“Seis amigos foram jantar em um restaurante e combinaram que dividiriam o valor total em partes
iguais. Ao final do jantar pediram a conta e viram que o valor total era de R$ 250,00.” Pergunta-se:

Qual é o valor que cada um deles deve pagar?


Como resolver a situação de forma justa?
Peça aos alunos que reflitam juntos e procurem uma resolução para o problema, permitindo
o uso da calculadora. Verifique se chegaram à seguinte conclusão: o valor que cada um deve pagar,
250
em reais, seguindo o combinado de dividir a conta igualmente, é de = 41,666..., que é uma dízima
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periódica. No entanto, o sistema monetário brasileiro comumente só utiliza duas casas após a vírgula
para designar os centavos; nesse caso, pergunte a eles quanto cada amigo deve pagar: R$ 41,66 ou
R$ 41,67 ao final do jantar. Discuta com os alunos quais possibilidades podem ser apresentadas para
resolver essa questão.

Peça que multipliquem os 2 valores por 6 e observem a diferença. Multiplicando-se 41,66 por 6,
obtêm-se R$ 249,96, o que pode ser aceito pelo restaurante, ao mesmo tempo que, multiplicando-se 41,67
por 6, obtêm-se R$ 250,02, o que é bastante próximo do valor original. Um critério de decisão pode ser
elaborado observando qual das duas opções é mais próxima do valor da conta.

Questione os alunos também sobre a possibilidade de se pagar exatamente R$ 250,00. Peça


que cada um elabore uma resposta e, ao final, apresente diferentes ideias de resolução para toda a
turma. Por exemplo, é possível que 4 deles paguem R$ 41,67 e 2 paguem R$ 41,66, para inteirar o
valor da conta, ou alguém pode pagar os 4 centavos que faltam (pagando, assim, R$ 41,70) e os
208,30
5 amigos restantes pagarem exatamente = 41,66 reais.
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Para finalizar a aula, proponha que pensem sobre a dízima periódica estudada nessa situação-
problema. Ajude-os a observar que a parte inteira é 41 e a parte decimal é 0,666..., incentivando-os a
procurar frações que representem o mesmo valor. Duas representações da dízima 41,666... podem ser
dadas por:
2 125
41 + =
3 3
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1º bimestre – Sequência didática 1

Aula 2 – Ajude a costureira


Duração: 50 minutos
Local: sala de aula
Organização dos alunos: em duplas
Recursos e/ou material necessário: lápis e papel

Organize os alunos em duplas e, em seguida, enuncie a seguinte situação-problema:

Uma costureira comprou um pedaço de pano retangular com as medidas de comprimento


abaixo. Ela precisa dividi-lo em 3 tiras idênticas, cortando o pedaço de pano paralelamente à sua altura,
como ilustra a figura.

Avits Estúdio Gráfico/Arquivo da editora

• Se ela dispuser de uma fita métrica graduada em centímetros, qual será a medida de
comprimento da largura de cada tira?
Dê um tempo para os alunos debaterem e tentarem responder à pergunta, mas não permita
o uso da calculadora nesse momento. Peça que realizem a divisão de 500 por 3 (lembrando que
5 m = 500 cm) utilizando o algoritmo usual, conforme representado abaixo.

5 0 0 3

2 0 1 6 6, 6 6 ...

2 0

2 0

2 0

2
...

Em seguida, pergunte a quais conclusões eles chegaram para resolver o problema. É possível
que os alunos tenham obtido a medida de comprimento da largura de cada tira a partir da divisão de
5 m por 3, resultando em 1,6666... m. Pergunte a eles se esse cálculo seria exato se a medida estivesse
em centímetros e se utilizassem o cálculo anterior como recurso para a resposta. Incentive-os a
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levantar hipóteses e, se necessário, a retomar o raciocínio considerando a medida de 5 000 mm


(5 m = 5 000 mm), por exemplo. Conclua explicando aos alunos que utilizar esse raciocínio, além de
não resolver o problema originado com a dízima periódica, também poderia não ajudar a costureira,
pois nem toda fita métrica mede milímetros.

Desafie-os a apresentar duas soluções para o problema, levando em consideração as


características dessa situação. A primeira solução é: se a costureira cortar as 2 primeiras tiras com
medida de comprimento da largura de 1,66 m, sobrará 5 m – (2 × 1,66 m) = 1,68 m, relativa à última
tira (2 cm a mais em comparação às outras duas). A segunda solução é cortar as 2 primeiras tiras com
1,67 m de medida de comprimento da largura, deixando a última tira com 5 m – (2 × 1,67 m) = 1,66 m,
apenas 1 cm a menos do que as outras 2. Conclui-se, portanto, que, se o objetivo é obter tiras de
mesma medida de comprimento da largura, a segunda solução pode ser uma melhor aproximação.

Essa atividade mostra uma situação em que não é possível efetuar uma medição exata,
independentemente da precisão indicada pelos instrumentos (no caso da costureira, a fita métrica).

Aferição do objetivo de aprendizagem


Na segunda aula é importante que os alunos efetuem a divisão utilizando o algoritmo usual, a
fim de perceberem que o procedimento realmente continua indefinidamente. Caso ainda ocorram
questionamentos em relação à infinidade das casas decimais, proponha o cálculo de outras divisões
que resultam em dízimas periódicas e deixe que os próprios alunos percebam o caráter periódico que
elas possuem. Certifique-se de que compreenderam o objetivo do tema proposto.

Em ambas as aulas, é necessário observar se os alunos conseguem responder às perguntas


com argumentação matemática, sobretudo quando devem decidir sobre os arredondamentos.
Também é necessário verificar se compreenderam o conceito de dízima periódica.

Questões para auxiliar na aferição

1. Nove pessoas ganharam, juntas, R$ 1 milhão na loteria e desejam dividir o prêmio em partes iguais.
Qual valor deveria ser recebido por cada pessoa, se não houvesse restrição de 2 casas
decimais?
Encontre uma possibilidade plausível para resolver o problema.

2. Determine as frações geratrizes das dízimas periódicas abaixo:


0,777...
3,444...
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Gabarito das questões

1. a) R$ 111.111,111...
Um deles receberia R$ 111.111,12 e os outros 8 receberiam R$ 111.111,11.
7
2. a) 9
31
9

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