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Granulação

Sistemas de Corte

Rafael Fernandes
Conteúdo
Sistemas de Corte - Granulação ...................................................... 2

Granulação a Frio (Espaguete / Convencional)................................ 2

Sistema de Corte na Cabeça ........................................................... 4

Anel de água................................................................................ 4

Benefícios do sistema de corte por Anel de água .......................... 5

Imerso em água ........................................................................... 6

Sobre o autor

Rafael José Fernandes


Tecnólogo em produção com ênfase em plásticos pela UNESP e pós-graduado pela Unicamp.
Atualmente é coordenador técnico comercial na Wortex Máquinas, empresa especializada em linhas
de reciclagem de plásticos. Já participou diretamente de projetos de soluções em reciclagem, para
empresas do Brasil e do exterior, além de estar presente em diversas feiras do setor como a
Brasilplast, Fispal, etc. É professor convidado de extensão na Unicamp para disciplinas de Extrusão e
Reciclagem há dois anos.

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Sistemas de Corte - Granulação

A granulação trata-se do corte do material plástico em pequenos


pedaços, após sua passagem pelo processo de extrusão. A finalidade
desta etapa a dar ao material reciclado forma para que o mesmo seja
transportado e principalmente transformado em outros produtos
novamente.
É neste ponto que um fator de grande importância para todos os
processos de transformação tais como injeção, extrusão de filmes,
extrusão de chapas, etc., se faz presente: a regularidade na
granulometria.
A granulometria (medição do tamanho das partículas) do material
reciclado terá influência na alimentação dos equipamentos que o
utiliza, uma vez que as partículas menores tendem a descer primeiro
que as maiores e também fundir-se primeiro.
Existem duas variações no que tange ao processo de granulação: a
granulação a frio, popularmente conhecida como “corte espaguete”
ou “convencional” e o sistema de corte a quente, popularmente
conhecido como “corte na cabeça”.

Granulação a Frio (Espaguete / Convencional)

Na granulação a frio o polímero depois de plastificado, é resfriado e finalmente


cortado em pedaços. Estes pedaços são conhecidos como “pellets”. A etapa de
resfriar o material é de estrema importância, pois, a chegada do material frio no
granulador auxiliará na qualidade e granulometria do material.
Outro fator importante é a eliminação da água que fica presente externamente
no espaguete durante a etapa de resfriamento. O material plástico sai da
extrusora em forma de fios, daí a referência ao espaguete, e neste momento é
resfriado dentro de uma banheira com água. Alguns materiais, devido
características de processo e ou intrínsecas ao mesmo, podem arrastar água na
etapa de transição até o granulador, ficando o material úmido após o corte. Em
função disto, são colocados ventiladores ou sopradores para purgar a água
presente na superfície dos fios.
Vantagens: investimento inicial baixo, grande parte dos polímeros podem ser
cortados por este sistema inclusive o PET, não requer cuidados especiais com o
cabeçote.
Desvantagens: pedaços apresentam rebarbas de corte, estas rebarbas funcionam como cunhas,
fazendo com que deslizem com maior dificuldade que os granulados a quente. Apresenta perda de
material na partida do processo.

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Sistema de Corte na Cabeça

Anel de água

O polímero fundido que sai por meio dos orifícios calibrados da matriz frontal, é cortado por facas
rotativas, a força centrífuga do corte arremessa o material já em forma de grão para o anel de água
também rotativo, que é formado pela alta velocidade de entrada da água na câmara. A água tem a
função de esfriar o material granulado e transportá-lo até o canal de saída da câmara. Após, o
material cai em uma calha onde são separados os grãos da água em resfriamento. O material passa
então por uma tela separadora de materiais mais grossos e segue para a centrífuga.
A centrífuga trabalha com dupla troca de ar e junto com o sistema seguinte de transporte de grãos
até o silo de ensaque e/ou big-bag.
Uma bomba devolve a água de resfriamento ou uma parte dela para o cabeçote granulador, em um
circuito fechado, podendo ser utilizado um sistema de trocador de calor para reduzir a temperatura
da água e/ou uma parte da mesma seguir para uma torre de resfriamento.

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Benefícios do sistema de corte por Anel de água

- A possibilidade de ajuste de pressão pode aumentar em até 10 vezes a vida útil das facas;
- O layout de montagem permite a troca rápida das facas;
- O sistema não recebe grandes influências caso haja oscilação na saída da massa fundida da
extrusora (pulsação);
- Controle dos tamanhos dos grãos, podendo ajustá-los de acordo com a necessidade, alterando a
velocidade do corte, ou seja, maior velocidade das facas: menor o tamanho dos grãos, menor a
velocidade das facas: maior o tamanho dos grãos.

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Imerso em água

O esquema acima demonstra o fluxo do material fundido proveniente da extrusora e entrada no


sistema de corte imerso em água. O material é alimentado na extrusora que, processa o mesmo por
meio da rosca, passando por um sistema de troca-tela ou válvula de desvio e matriz de corte. Assim
que o polímero passa pela matriz, pelets são cortados pelas facas em rotação, acionadas por motor,
e solidificados pela água do processo que passa pela placa matriz através da câmara de corte. A água
aquecida ou resfriada, dependendo do tipo de material, transporta os pelets (grãos) para a secadora
centrífuga onde água e grãos são separados e os grãos secos são descarregados. A água retornando
ao tanque é então filtrada, pressurizada, resfriada, retornando assim para a câmara de corte e
sistema.
Apesar de manter uma maior uniformidade dos grãos em relação ao sistema de corte “anel de água”,
sua manutenção e operação é a de maior dificuldade.

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