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DIREITO CONSTITUCIONAL
SUMÁRIO
1. Direito Constitucional
2. Constituição
2.1 Classificação Dogmática das Constituições
2.2 Classificação da Constituição Federal Brasileira
2.3 Objeto
3. Aplicabilidade das Normas Constitucionais
4. Controle de Constitucionalidade
4.1 Fundamentos do Controle de Constitucionalidade
4.2 Inconstitucionalidade
4.3 Formas de Inconstitucionalidade
4.4 Distinção entre Ação de Inconstitucionalidade por Omissão e Mandado de Injunção
4.5 Sistema de Controle de Constitucionalidade
4.6 Sistema Brasileiro de Controle de Constitucionalidade
4.7 Critérios de Exercício de Controle de Constitucionalidade
4.8 Competência para propor Ação Direta de Constitucionalidade e Ação Declaratória de
Constitucionalidade
4.9 Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade
4.10 Eficácia da Sentença que decida a Inconstitucionalidade
4.11 Espécies de Ações de Inconstitucionalidade
5. Federalismo
5.1 União
5.2 Estados Federados
5.3 Municípios
5.4 Distrito Federal
6. Poder Constituinte
6.1 Poder Constituinte Originário
6.2 Poder Constituinte Derivado
1. DIREITO CONSTITUCIONAL
2. CONSTITUIÇÃO
Disposições permanentes
Disposições transitórias.
Os atos transitórios podem ser alterados seguindo-se o mesmo procedimento de alteração dos
dispositivos presentes no corpo da Constituição, por emenda constitucional.
Preâmbulo Constitucional
É a parte introdutória que contém a enunciação de certos princípios, os quais refletem a síntese da
posição ideológica do constituinte. O preâmbulo caracteriza-se como um importante elemento de
interpretação das normas constitucionais.
O preâmbulo é parte integrante da Constituição Federal, tendo em vista que sua redação foi objeto
de votação, assim como todos os artigos do texto constitucional.
Contudo, segundo entendimento do STJ, o preâmbulo não possui força normativa, não serve
como parâmetro do Controle de Constitucionalidade das Leis, tão pouco é de observância
obrigatória no âmbito das Constituições Estaduais.
Constituição formal: peculiar modo de existir do Estado, reduzido, sob forma escrita, a um
documento solenemente estabelecido pelo Poder Constituinte e somente modificável por
processos e formalidades especiais estabelecidos na própria constituição.
Constituição escrita: codificada e sistematizada num texto único, elaborado por um órgão
constituinte, encerrando todas as normas tidas como fundamentais sobre a estrutura do Estado, a
organização dos poderes constituídos, seu modo de exercício e limites de atuação e os direitos
fundamentais.
2.3 OBJETO
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CF/88. “Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no
mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da
República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. § 1º - A Constituição
não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado
de sítio. § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
membros. § 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. § 4º - Não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto
direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias
individuais. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada
não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”.
Todas as normas constitucionais têm eficácia no plano abstrato, isto é, independem de terem sido
regulamentadas.
Têm aplicabilidade direta, imediata e integral, mas o seu alcance poderá ser reduzido em
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razão da existência na própria norma de uma cláusula expressa de redutibilidade ou em
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razão dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade . Nas normas contidas há uma
redução de seu alcance.
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Normas infraconstitucionais são as normas legais e administrativas que estão dispostas abaixo
da Constituição.
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Exemplo: CF/88. “Art. 2. São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. “Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da
República Federativa do Brasil. § 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira,
o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
ter símbolos próprios”.
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CF/88. “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] XIII - é livre o
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a
lei estabelecer; [...]”.
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Cláusula expressa de redutibilidade: O legislador poderá contrariar ou excepcionar o que está
previsto na norma constitucional contida, pois há na própria norma uma cláusula de redutibilidade.
Exemplo: CF/88. Art.5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] LVIII - o
civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas
em lei;[...]”. A Lei n. 12.037, de 2009 (Identificação criminal do civilmente identificado) restringiu
aquela norma constitucional.
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Princípios da proporcionalidade e razoabilidade: Mesmo que não exista norma que contenha
uma cláusula expressa de redutibilidade, o legislador poderá reduzi-la baseado nos princípios da
proporcionalidade e razoabilidade. Exemplo: CF/88. Art. 5º [...]: LVII - ninguém será considerado
culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; [...]. O art. 59 da Lei n. 11.343,
de 2006 (Lei que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad)
determina que nos “crimes previstos nos artigos 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o réu não
poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim
reconhecido na sentença condenatória”.
4. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
4.2 INCONSTITUCIONALIDADE
Toda inconstitucionalidade deve ser excluída do ordenamento jurídico, porque representa uma
negação dele, e a inconstitucionalidade justifica o controle de normas e atos.
Desse modo, a conformidade com os ditames constitucionais vai além da atuação positiva, uma
vez que a omissão na aplicação das normas, quando determinado pela Constituição, constitui
conduta inconstitucional.
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CF/88. “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]VII - o direito de
greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; [...]”.
Art. 103. Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
O artigo 5º, inciso LXXI prescreve que: “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
de norma regulamentadora torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”.
A Lei 13.300/2016 veio disciplinar o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual
e coletivo. O artigo 2º diz que conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou
parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
O art. 12-H da Lei n. 9.868/99 que dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de
inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal estabelece que:
o
Art. 8 Lei 13.300: Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção
para:
Misto: realiza-se quando a constituição submete certas categorias de lei ao controle político e
outras ao controle jurisdicional.
O controle é jurisdicional e o exercício do controle por via de exceção e por ação direta de
inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade
Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do Poder Público (Art. 97).
Controle concentrado: é o tipo de controle feito apenas por um órgão, cuja função é
unicamente a de versar sobre a constitucionalidade de leis.
Admite-se a participação de pessoa estranha à causa para contribuir para a solução da lide
(amicus curiae).
De acordo com o artigo 103 da CF/88, e de acordo com a redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004, são competentes para propor ação direta de constitucionalidade e
ação direta de constitucionalidade:
Presidente da República;
Procurador-Geral da República;
A) Na via de exceção:
No que diz respeito ao caso concreto, a declaração surte efeitos ex tunc, no entanto a lei
contínua eficaz e aplicável, até que seja suspensa sua executoriedade pelo Senado.
O ato não revoga nem anula a lei, apenas lhe retira a eficácia, daí por diante ex nunc.
Tem por objeto a própria questão de inconstitucionalidade, isto é, visa banir do ordenamento
jurídico a lei ou o ato normativo estadual ou federal em tese atingidos pelo vício da
inconstitucionalidade.
Qualquer decisão que a decrete deverá ter eficácia erga omnes (genérica) e obrigatória.
A sentença faz coisa julgada material, que vincula as autoridades aplicadoras da lei, que não
poderão mais dar-lhe execução sob pena de arrastar a eficácia da coisa julgada, uma vez que
a declaração de inconstitucionalidade em tese visa precisamente atingir o efeito imediato de
retirar a aplicabilidade da lei.
A condenação tem efeito constitutivo da sentença que faz coisa julgada material erga omnes.
ADIN GENÉRICA:
Conceito: (art. 102, I, a, CF) banir do ordenamento jurídico a lei ou o ato normativo estadual ou
Federal, atingidos, em tese, pelo vício da inconstitucionalidade.
Autor da ação: pessoas listadas no art. 103. Justificar a propositura da ação – art. 103, IV, V, IX,
CF
Foro: STF.
Quorum de aprovação: maioria absoluta, ou seja, pelo menos 6 dos 11 ministros do STF devem
se manifestar pela inconstitucionalidade.
OBS:
1) Lei distrital pode ser objeto de ADIN, se tiver conteúdo estadual.
2) Municipal não pode.
3) Cabe também de emenda constitucional, cabe de medida provisória e cabe de lei distrital que
tenha conteúdo estadual.
Conceito: é uma ação em que se pede a intervenção federal. Pretende-se que a União faça
intervenção no Estado membro ou no Distrito Federal.
Conceito: é uma ação em que se pede a intervenção estadual. Pretende-se que o Estado faça
intervenção no município.
Conceito: utiliza-se quando se está diante de uma inconstitucionalidade por omissão. Há uma
norma constitucional de eficácia limitada não regulamentada.
Foro: STF.
Efeitos: STF vai dar ciência se a omissão for de um poder competente. STF vai mandar fazer em
30 dias se a omissão for de um órgão administrativo.
OBS: o prazo de 30 dias pode ser ampliado para um prazo razoável a critério do STF. A lei prevê
a possibilidade de medida cautelar em ADIN por omissão. Só é cabível contra norma de eficácia
limitada não regulamentada. O que se pede é a regulamentação. (Ver art. 12H da Lei 9.868)
ADECON OU ADC:
Conceito: há uma lei ou ato normativo federal inconstitucional e a União está perdendo no
Judiciário em razão dessa inconstitucionalidade.
Foro: STF.
OBS: A proposição de Ação Declaratória de Constitucionalidade só pode ser para lei federal
inconstitucional e são necessários processos judiciais sobre o tema, contra a União.
Conceito: Art. 102, §1. É utilizada usada quando órgão público violou preceito fundamental. Lei ou
ato normativo federal, estadual ou municipal, inclusive anterior à Constituição Federal de 1988.
Princípio da subsidiariedade: se houver algum mecanismo processual para sanar a lesão, não
pode ser adotada ADPF.
Foro: STF.
5. FEDERALISMO
O art. 19, da CF/88, apresenta vedações ao federalismo estabelecendo que: É vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Quer dizer que: É uma vedação constitucional que o Brasil não tenha uma religião oficial, pois é
um país laico, leigo ou não confessional.
Quer dizer que: Os documentos públicos gozam de presunção relativa de veracidade, não
podendo ser recusados em razão da origem (escrituras, certidões, entre outros).
Quer dizer que: Entre os entes federativos não podem estabelecer distinções ou preferências
entre brasileiros em razão de sua origem (Estados, Distrito Federal, ou município).
Art. 1º CF/88: “A Republica Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
FUNDAMENTOS”:
A Soberania.
A Cidadania.
A Dignidade da Pessoa Humana.
Os Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa.
O Pluralismo Político.
5.1 UNIÃO
Entes que detém a autonomia política e administrativa. Têm capacidade de elaborar suas próprias
constituições estaduais, observadas as diretrizes da CF.
5.3 MUNICÍPIOS
Entes detentores de autonomia política e administrativa. Têm capacidade de elaborar sua Lei
Orgânica Municipal.
A criação ou extinção de um município deverá ser feita por meio de lei estadual, dentro do período
determinado por lei complementar federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
apresentados e publicados na forma da lei, conforme preceitua o artigo 18 § 4º CF/88.
Ente detentor de autonomia política e administrativa. Tem capacidade de elaborar sua Lei
Orgânica - que possui status de Constituição - , e possui capacidade legislativa e administrativa,
com as mesmas competências legislativas atribuídas aos Estados e aos Municípios.
"XIV - Organizar e manter a polícia civil. A polícia militar e o corpo de bombeiros militar
do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio. "
O Distrito Federal não pode ser dividido em municípios (não tem eleições municipais).
OBS: Não confundir com ações afirmativas, ou discriminações positivas. Ações afirmativas são
ações realizadas pelo Estado para proteger grupos de pessoas prejudicadas historicamente.
Tratado internacional de combate ao racismo - Lei 12.288/10, art. 1, parágrafo único.
6. PODER CONSTITUINTE
O Poder Constituinte é aquele capaz de editar uma constituição, dar forma ao Estado e constituir
Poderes.
A titularidade do poder constituinte pertence ao povo, pois o Estado decorre da soberania popular,
cujo conceito é mais abrangente do que o de nação. Assim, a vontade constituinte é a vontade do
povo, expressa por meio de seus representantes.
Art. 14 - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei mediante:
I - Plebiscito;
II - Referendo;
III - Iniciativa Popular.
B) Que o Poder Constituinte originário institua um Poder Constituinte reformador; isto é, o agente
ou sujeito da reforma, é o poder constituinte originário, que, por esse método, atua em
segundo grau, de modo indireto, pela outorga de competência a um órgão constituído para,
em seu lugar, proceder às modificações na Constituição, que a realidade exige.
É o poder atribuído a um número determinado de pessoas que irão exercer o poder soberano em
nome de todos os demais integrantes de uma sociedade política. Será este poder, então, capaz de
estabelecer uma nova ordem constitucional, sendo assim responsável pelas leis fundamentais de
sua respectiva nação.
Poder Constituinte Originário Histórico – refere-se ao poder atribuído àqueles que pela
primeira vez elaboram a Constituição de um Estado, responsáveis por sua primeira forma
estrutural.
Poder Constituinte Originário Revolucionário – é todo o poder responsável pela criação
de constituições que se sobrepõem à primeira. É revolucionário todo o poder constituinte que
rompa com um poder constituinte previamente estabelecido em uma determinada nação
soberana.
O Poder Constituinte derivado está inserido na própria Constituição, pois decorre de uma regra
jurídica de autenticidade constitucional, portanto, conhece limitações constitucionais expressas e
implícitas e é passível de controle de constitucionalidade.
Condicionado porque seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto
da Constituição.
B) Poder Constituinte derivado decorrente: (Art. 11, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias)
7. PODER DE REVISÃO.
Como norma fundamental do Estado, a constituição, embora não deva estar sujeita a alterações
frequentes, pode e deve ser revista em circunstâncias especiais, a fim de enquadrar-se nas
exigências da evolução política e das aspirações sociais.
Emenda é o processo formal de mudanças das constituições rígidas, por meio de atuação de
certos órgãos, mediante determinadas formalidades, estabelecidas nas próprias constituições para
o exercício do poder reformador.
É a modificação de certos pontos, cuja estabilidade o legislador constituinte não considerou tão
grande como outros mais valiosos, se bem que submetida a obstáculos e formalidades mais
difíceis que os exigidos para a alteração das leis ordinárias.
Apresentada a proposta, ela será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, três quintos (3/5) dos votos dos membros
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de cada uma delas (art. 60, § 2º) .
Uma vez aprovada, a emenda será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser
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objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, § 5º) .
Não pode haver emenda à constituição na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou
de estado de sítio (art. 60, § 1º).
Além disso, não pode haver proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma
federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos Poderes e
proposta de restrição aos direitos e garantias individuais. Poderá a proposta de emenda ampliar
direitos e garantias individuais.
Satisfeitas todas estas condições, a proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos
dos respectivos membros.
A) Intervenção Federal:
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CF/88. “Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: [...]. § 2º - A proposta
será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros”.
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CF/88. “Art. 60. [...]. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”.
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CF/88. “Art.60. [...]. § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio”.
Medida de caráter excepcional e temporário que afasta a autonomia dos Estados, Distrito Federal
ou Municípios.
1 – quando houver coação contra o Poder Judiciário, para garantir seu livre exercício. Pode
ocorrer de ofício, ou seja, sem que haja necessidade de provocação ou pedido da parte
interessadas;
Partes
Tramitação
Caso isso não seja possível, o processo prossegue normalmente, sendo ouvida a autoridade
estadual e o Procurador-Geral da República. Depois o processo é levado a plenário.
Consequências jurídicas
Fundamentos legais
B) Estado de Defesa
O estado de defesa pode ser decretado pelo Presidente da República, em locais restritos, por
tempo determinado, visando a preservação ou o restabelecimento da ordem pública ou da paz
social ameaçadas por grave ou iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidade de
grandes proporções na natureza.
Fundamentos legais
C) Estado de Sítio
O Estado de Sítio é um instrumento que o Chefe de Estado pode utilizar em casos extremos:
Calamidade pública.
Esse instrumento tem por característica a suspensão temporária dos direito e garantias
constitucionais de cada cidadão e a submissão dos Poderes Legislativo e Judiciário ao poder
Executivo, assim, a fim de defender a ordem pública, o Poder Executivo assume todo o poder que
é normalmente distribuído em um regime democrático.
O Estado de Sítio é uma medida provisória, não pode ultrapassar o período de 30 dias, no
entanto, em casos de guerras, a medida pode ser prorrogada por todo o tempo que durar a guerra
ou a comoção externa.
Para decretar o Estado de Sítio, o chefe de Estado, após o respaldo do Conselho da República e o
Conselho de Defesa Nacional, solicita uma autorização do Congresso Nacional para efetivar o
decreto.
Em nenhum caso o Estado de Sítio pode interferir nos direitos à vida, à integridade pessoal, à
identidade pessoal, à capacidade civil, à cidadania, etc.
Fundamentos legais
Se em uma sessão legislativa, uma PEC for rejeitada - por votação insuficiente -, ou prejudicada –
quando perde o objeto -, somente poderá ser reapresentada na próxima sessão.
São partes da Constituição que não podem ser modificadas por emenda constitucional, visando a
redução de direitos. São as denominadas Cláusulas Pétreas.
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CF/88. “Art. 60. [...]. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”.
Vale ressaltar que por conta do artigo 60, § 3º, a Proposta de Ementa à Constituição Federal não
se submete a Sanção ou Veto do Presidente da República.
O Estado brasileiro é do tipo federado, integrado pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. Nos termos da Constituição, todos estes entes são dotados de autonomia política
(Constituição Federal, artigo 18).
Exemplo: competência da União para emitir moeda (CF, art. 21, VII).
Exemplo: compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte (CF, art. 22,
XI).
Importante: Deve-se observar que na competência legislativa somente a União vai legislar,
privativamente, sobre as matérias arroladas no artigo 22, como por exemplo, sobre
transporte.
Contudo, Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas no artigo 22.
O que não impede que os demais entes prestem serviço de transporte, isto é, possam
explorar o serviço de transporte, pois estes serviços enquadram-se na competência
administrativa de cada ente federado.
C) Competências Tributárias – são as que estabelecem o poder para instituir tributos de que
dispõem todos os entes federados, como uma das formas de manutenção da sua autonomia.
Clássico
Moderno
Horizontal
Vertical
C) Modelo Horizontal – as competências são outorgadas aos diferentes entes sem a existência
de subordinação na atuação do ente federado sobre a respectiva matéria.
Repartição horizontal: nos artigos 21, 22, 23, 25 30 e 32, § 1º - o ente federado exercerá
sua competência com plena autonomia, sem subordinação aos demais entes federados.
O critério adotado pelo Constituinte de 1988 foi que a competência deveria ser atribuída ao
ente federativo de acordo com o interesse nela predominante.
Ao Distrito Federal, em razão da vedação à sua divisão em municípios (CF, art.32), foram
atribuídas as competências de interesse predominantemente local (municipais) e regional
(estaduais).
C) Outorgou ao Distrito Federal as competências estaduais e municipais (CF, art. 32, § 1º);
F) Criou uma competência legislativa concorrente entre a União, os estados e o Distrito Federal
– competência legislativa concorrente (CF, art. 24).
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
2. No que diz respeito às competências do Distrito Federal pode-se afirmar, como regra, que a
Constituição Federal outorgou ao Distrito Federal as competências estaduais e municipais
(CF, art. 32, § 1º). Porém, não é correto dizer que todas as competências dos estados foram
repassadas ao Distrito Federal. Há exceções a essa regra. As exceções estão estabelecidas
nos incisos XIII e XIV do art. 21, segundo os quais compete à União organizar e manter o
Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a polícia civil, a polícia militar e o
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.
3. No que diz respeito à competência remanescente dos estados membros, como regra a
Constituição não enumerou expressamente a competência dos estados, reservando a eles as
competências que não lhes são vedadas em seu texto (CF, art. 25, § 1º). Porém, não é
correto afirmar que os estados-membros não possuem nenhuma competência enumerada na
Constituição. Há exceções a essa regra. Com efeito, a Constituição enumerou aos estados,
dentre outras, a competência para exploração do gás canalizado (CF, art. 25, § 2º), para a
criação de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões (CF, art. 25, § 3º),
para a modificação dos limites territoriais dos municípios (CF, art. 18, § 4º), bem assim para
organizar sua própria Justiça (CF, art. 125).
“A lei disporá sobre eleições para a Câmara territorial e sua competência deliberativa” (CF. Art.
33, §3º).
1. Estrutura
Legislativo municipal: Estrutura unicameral. É exercido pela Câmara dos Vereadores, que é
composta pelos Vereadores.
1.1 Representantes
Senadores: Elegem-se pelo sistema majoritário, assim o Senador que obter o maior número
de votos será eleito (CF. Art. 46).
1.3 Número
Deputados Distritais: Adota-se a mesma regra dos Estados (CF. Art. 32, §3º).
Mínimo de 9 e máximo de 21 nos Municípios de até 1 milhão de habitantes (CF. Art. 29,
IV, “a”).
1.4 Mandato:
O Senador é eleito para 2 legislaturas, 8 sessões legislativas e 16 períodos (CF. Art. 46, §1º
da CF).
O Senador é eleito com 2 suplentes, que assumirão o seu lugar no caso de afastamento (CF.
Art. 46, §3º).
Deputados Distritais: Vale a mesma regra dos Estados (CF. Art. 32, §3).
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2. Comissões Parlamentares
Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por
suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo.
“As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por
prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores”. (CF. Art. 58, § 3º).
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CF/88. Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e
temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no
ato de que resultar sua criação. § 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos
parlamentares que participam da respectiva Casa. § 2º - às comissões, em razão da matéria de
sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a
competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; II -
realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado
para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; IV - receber petições,
reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das
autoridades ou entidades públicas; V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VI
- apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre
eles emitir parecer. § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das
respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em
conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores. § 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional,
eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas
no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da
representação partidária.
b) sigilo bancário
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3. Funcionamento do Congresso Nacional (CF. Art. 57)
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CF/88. “Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de
fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. § 1º - As reuniões marcadas para
essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados,
domingos ou feriados. § 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do
projeto de lei de diretrizes orçamentárias. § 3º - Além de outros casos previstos nesta
Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços
comuns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da
República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em
sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de
seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. § 5º - A Mesa do
Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e
no Senado Federal. § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: I - pelo
Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção
federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a
posse do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; II - pelo Presidente da
República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento
da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante,
em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas
do Congresso Nacional. § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente
deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo,
vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. § 8º Havendo medidas
provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas
automaticamente incluídas na pauta da convocação.
Os parlamentares são imunes civil e penalmente por suas opiniões, palavras e votos no
exercício da atividade parlamentar. (Não cometem crimes contra a honra)
Deputados e Senadores tem essa proteção. Só podem ser presos em flagrante de crimes
inafiançáveis. Suspenso o processo e prescrição enquanto durar o mandato. Findo o
mandato, finda a proteção.
5. Tribunais de Contas
TCU – Auxilia o Congresso Nacional na fiscalização das contas públicas federais. (CF. Art.
70 ao 75, em especial o Art. 73).
Não podem ser criados novos tribunais de contas municipais (CF. Art. 31, § 4).
Nos município onde não houver TCM, as contas são julgadas pelo TCE.
A aprovação das contas pelo Tribunal de Contas não impede a investigação administrativa ou
judicial.
6. Espécies normativas
14
CF/88. “Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. §
1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a: a) nacionalidade,
cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e
processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia
de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais
e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II – que vise a detenção ou seqüestro de
bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III – reservada a lei complementar;
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou
veto do Presidente da República. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de
impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.§
3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a
edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do §
7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo,
as relações jurídicas delas decorrentes. § 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da
publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso
Nacional.§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
constitucionais.§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias
contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma
das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as
demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. § 7º Prorrogar-se-á uma
única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias,
contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso
Nacional.§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. § 9º
Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre
elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma
das Casas do Congresso Nacional.§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de
prazo. § 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. § 12.
Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-
se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto”.
As Medidas Provisórias que existiam até 11.09.2001 não têm prazo (é como se lei
fossem).
Decreto Legislativo
Só podem ser criados pelo Congresso Nacional, nas matérias de sua competência.
Resolução
16
Câmara dos Deputados (CF. Art. 51)
15
CF/88. “Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de
competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação
sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. § 2º - A delegação ao Presidente da República
terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de
seu exercício. § 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional,
este a fará em votação única, vedada qualquer emenda”.
16
CF/88. “Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços
de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da
República e os Ministros de Estado; II - proceder à tomada de contas do Presidente da República,
quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa; III - elaborar seu regimento interno; IV – dispor sobre sua organização,
funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de
seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os
parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; V - eleger membros do Conselho da
República, nos termos do art. 89, VII”.
17
Senado Federal (CF. Art. 52) , ou
17
CF/88. “Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente
e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de
Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma
natureza conexos com aqueles; II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os
membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; III -
aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: a) Magistrados, nos
casos estabelecidos nesta Constituição; b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados
pelo Presidente da República; c) Governador de Território; d) Presidente e diretores do banco
central; e) Procurador-Geral da República; f) titulares de outros cargos que a lei determinar; IV -
aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de
missão diplomática de caráter permanente; V - autorizar operações externas de natureza
financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios; VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da
dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII - dispor sobre
limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo
Poder Público federal; VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da
União em operações de crédito externo e interno; IX - estabelecer limites globais e condições para
o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; X - suspender a
execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo
Tribunal Federal; XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; XII - elaborar seu regimento
interno; XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias; XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. XV -
avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus
componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito
Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como
Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será
proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito
anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
1. Condições de elegibilidade:
Pleno exercício dos direitos políticos: Capacidade para votar e ser votado (CF. Art. 14, §3º,
II).
Filiação partidária: Deve ter filiação partidária um ano antes da eleição (CF. Art. 14, §3º, V).
Governador e Vice-Governador do Estado e do Distrito Federal: 30 anos (CF. Art. 14, §3º,
VI, “b”).
2. Realização da eleição:
Presidente e Vice-Presidente
É adotado o sistema majoritário de dois turnos (será eleito o candidato que obtiver a maioria
dos votos válidos. Caso não obtenha na primeira votação, será realizada nova).
No 1º turno (CF. Art. 77, §2º): Será eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de
votos, excluindo-se os brancos e nulos (votos válidos);
Vale a regra dos Estados, sendo assim adotado o sistema majoritário de dois turnos.
A eleição destes coincidirá com a do Governador e Vice-Governador do Estado (CF. Art. 32,
§2º).
Prefeito e Vice-Prefeito:
A eleição será realizada, mediante pleito direto e simultâneo em todo o país, no 1º domingo
de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as
regras do artigo 77 no caso de Municípios com mais de 200.000 eleitores. (CF. Art. 29, I e II).
Assim, nos municípios com mais de 200.000 eleitores, adota-se o sistema majoritário de dois
turnos (será eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos. Caso não obtenha na
primeira votação, será realizada nova) e nos municípios com menos de 200.000 eleitores,
adota-se o sistema majoritário simples (será eleito o candidato que obtiver o maior número de
votos).
3. Mandato:
É admitida a reeleição para um único período subsequente (CF. Art. 14, §5º).
É admitida a reeleição para um único período subsequente (CF. Art. 14, §5º).
Governador do Distrito Federal: Vale a regra para Governador do Estado (CF. Art. 32, §2º).
É admitida a reeleição para um único período subsequente (CF. Art. 14, §5).
Presidente:
Se a dupla vacância ocorrer nos primeiros 2 anos: Será realizada eleição 90 dias depois
de aberta a ultima vaga. Trata-se de eleição direta. Os eleitos completarão o período dos
antecessores (mandato-tampão – CF. Art. 81, §§1º e 2º).
Se a dupla vacância ocorrer no 2 últimos anos: Será realizada eleição 30 dias depois
da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. Trata-se de eleição indireta,
uma exceção à regra do artigo 14 da Constituição Federal. Os eleitos completarão o
período dos antecessores (mandato-tampão). (CF. Art. 81, §§1º e 2º).
Prefeito: Vale a mesma regra que para o Governador (CF. Art. 29, XIV).
Ministros de Estado:
18
Crime de responsabilidade (CF. Art. 50)
Nos casos de crime de responsabilidade sem conexão com o Presidente da República e nos
casos de crime comum, serão julgados no Supremo Tribunal Federal. Nos casos de crime de
responsabilidade conexos com o Presidente da República, serão julgados no Senado Federal
(art. 52, I da CF).
Conselho da República:
19
É órgão superior de consulta do Presidente da República (CF. Art. 89)
a) Intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio (CF. Art. 90, I);
b) Questões relevantes para a estabilidade da instituição democrática (CF. Art. 90, II).
“O Presidente poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando
constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério” (art. 90, §1º da CF).
18
CF/88. “Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões,
poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à
Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente
determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.[...] §
2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos
escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste
artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de
trinta dias, bem como a prestação de informações falsas”.
19
CF/88. “Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da
República, e dele participam: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos
Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - os líderes da maioria e da minoria na
Câmara dos Deputados; V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI - o Ministro
da Justiça; VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo
dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução”.
20
CF/88. “Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da
República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado
democrático, e dele participam como membros natos: I - o Vice-Presidente da República; II - o
Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - o Ministro da
Justiça; V - o Ministro de Estado da Defesa; VI - o Ministro das Relações Exteriores; VII - o
Ministro do Planejamento. VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
21
Competências do Conselho da Defesa Nacional: Art. 91 da CF .
Prerrogativas e imunidades:
Irresponsabilidade penal relativa: O Presidente não pode ser responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções, na vigência do mandato. Tal irresponsabilidade é
relativa apenas às infrações penais, não se lhes aplicando a responsabilidade civil,
administrativa ou tributária.
Imunidade formal em relação à prisão: O Presidente não poderá ser preso nas infrações
penais comuns, enquanto não sobrevier sentença condenatória.
A imunidade formal relativa à prisão não se estende a Governadores e nem aos Prefeitos.
O Prefeito não tem imunidade formal em relação ao processo. Assim, não há necessidade
de sujeição do processo contra o Prefeito à autorização da Câmara dos Vereadores.
Prerrogativa de foro: O Presidente só pode ser processado por crime comum no Supremo
Tribunal Federal e por crime de responsabilidade no Senado Federal.
O Governador só pode ser processado por crime comum no Superior Tribunal de Justiça e
no caso de crime de responsabilidade, depende da Constituição Estadual.
21
CF/88. “Art. 91. [...].§ 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional: I - opinar nas hipóteses de
declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição; II - opinar sobre a
decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; III - propor os
critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e
opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a
preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; IV - estudar, propor e
acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a
defesa do Estado democrático”.
Tendo em vista que o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções (art. 86, §4º da CF), pode-
se concluir que ele só pode ser responsabilizado por crime comum praticado durante o
mandato e em razão do exercício da função.
O Presidente da República não pode ser processado durante o mandato por infração
cometida antes do inicio do mandato ou por infração cometida durante, mas sem ligação com
a função. Trata-se da irresponsabilidade penal relativa.
A condenação leva a aplicação do tipo penal previsto. A perda do cargo ocorre por via reflexa,
em decorrência da suspensão temporária dos direitos políticos (CF. Art. 15, III).
O Presidente só pode ser preso por sentença condenatória (CF. Art. 86, §3º).
22
5.3 Impeachment (CF. Art. 86)
22
CF/88. “Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal,
nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. § 1º
- O Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nas infrações penais comuns, se recebida a
denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; II - nos crimes de responsabilidade,
após a instauração do processo pelo Senado Federal. § 2º - Se, decorrido o prazo de cento e
Punição:
Perde o cargo e fica inabilitado por 8 anos para as funções públicas. Ele pode continuar
votando, mas não pode ser votado.
Ao Poder Judiciário são conferidas garantias para assegurar a sua independência. Tais garantias
dividem-se em:
Garantias institucionais
I - Garantias institucionais:
São aquelas que garantem a independência do Poder Judiciário frente aos demais poderes. É
crime de responsabilidade do Presidente da República atentar contra o livre exercício do Poder
Judiciário (art. 85, II da CF).
São aquelas que garantem a independência e a imparcialidade dos membros do Poder Judiciário.
oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem
prejuízo do regular prosseguimento do processo. § 3º - Enquanto não sobrevier sentença
condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. § 4º -
O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções”.
Irredutibilidade de vencimentos (art. 95, III da CF): O Subsídio do magistrado não pode
ser reduzido, observado o artigo 37,X e XI, 39, §4º, 150, II e 153, §2º, I da Constituição
Federal (está sujeito a tributação).
Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério
(art. 95, parágrafo único, I da CF).
II - Órgãos de superposição:
A) Justiça Comum:
Justiça Federal: Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais (CF. Art. 106).
“Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal” (CF.
Art. 98, parágrafo único).
Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais Regionais Eleitorais, Juizes Eleitorais
e Juntas Eleitorais (art. 118 da CF). Haverá um TRE na capital de cada Estado e no Distrito
Federal (art. 120 da CF). Têm competência penal e civil.
Justiça Militar: Superior Tribunal Militar; Tribunais Militares e Juizes Militares instituídos por
lei. Só têm competência penal.
3. Quinto Constitucional:
A regra do quinto constitucional aplica-se ao Tribunal Regional Federal – Art. 107 I, Tribunais
dos Estados – CE , Tribunal Superior do Trabalho - Art. 111-A, I, da CF/88.
Segundo esta regra, um quinto dos lugares nesses Tribunais serão compostos por membros
do Ministério Público com mais de dez anos de carreira e de advogados de notório saber
jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos e efetiva atividade profissional (CF. Art.
94).
23
CF/88. “Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados
especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o
julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor
potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses
previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; II -
justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto,
com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar,
de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições
conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. § 1º Lei federal
disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. § 2º As custas e
emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
específicas da Justiça.
encaminhará ao Poder Executivo, que nos 20 dias subsequentes escolherá um dos três para
nomeação (CF. Art. 94, parágrafo único).
A regra do quinto constitucional não se aplica aos Tribunais superiores, com exceção do
Tribunal Superior do Trabalho (TST). São Tribunais Superiores o Superior Tribunal de Justiça
(STJ), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM).
Investidura (art. 101, parágrafo único da CF): O Presidente da República escolhe e indica o
candidato, devendo ser aprovado por maioria absoluta no Senado Federal (CF. Art. 52, III,
“a”). Após aprovação pelo Senado, será nomeado pelo Presidente da República (CF. Art. 84,
XV).
A posse será dada pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e acarretará a
vitaliciedade.
O CNJ integra a estrutura do Poder Judiciário tendo a natureza jurídica de órgão judicial.
Entretanto, as suas decisões são administrativas e não jurisdicionais.
O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, e, nas suas
ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo. Os demais membros do Conselho
serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal (CF. Art. 103B, § 2º).
Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao
Supremo Tribunal Federal (art. 103-B, § 3º da CF).
1/3 de juízes dos Tribunais Regionais Federais (CF. Art. 104, parágrafo único, I).
1/3 dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados (CF. Art. 104, parágrafo
único, I).
1/3: 1/6 de advogados e 1/6 de membros do Ministério Público Federal, estadual do
Distrito Federal e Territórios, alternadamente (CF. Art. 104, parágrafo único, II).
Justiça Trabalhista:
Justiça Eleitoral:
Justiça Militar
Assim que aprovado, será nomeado pelo Presidente da República (CF. Art. 84, XVI e
123).
5. Competências:
Compete a Justiça estadual tudo o que não for de competência das Justiças especiais ou
especializadas, nem da Justiça Federal.
6. Reserva de Plenário
Quer pela via de ação, quer pela via de exceção, somente pelo voto da maioria absoluta de seus
membros (ou do respectivo órgão especial – inciso XI do art. 93 da CF) os Tribunais poderão
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público (a constitucionalidade
pode ser reconhecida pelo órgão fracionário – Turma ou Câmara). É a chamada Cláusula de
Reserva de Plenário (art. 97 da CF).
Efeito vinculante: significa que deve ser obedecido por todo o poder judiciário; toda
administração pública direta e indireta nas esferas federal, estadual e municipal.
De acordo com o STF, o próprio STF e o Poder Legislativo não precisam obedecer à súmula
vinculante na sua função típica. Porém, nos demais casos, descumprida a súmula vinculante,
cabe reclamação no STF.
São mecanismos para restabelecer direitos ameaçados ou que foram violados. Estes direitos
estão previstos na Constituição Federal, dentro do Capítulo relativo aos Direitos e Garantias
Fundamentais.
São, por assim dizer, meios postos à disposição dos indivíduos e dos cidadãos para provocar a
intervenção das autoridades competentes visando corrigir ilegalidade ou abuso de poder em
prejuízo de direitos e interesses individuais.
Direito de petição;
Habeas corpus;
Mandado de Segurança;
Mandado de Injunção;
Habeas Data;
Ação Popular.
Para ingressar com Habeas Corpus não é necessário de advogado, e é possível a liminar mesmo
não havendo previsão legal. A natureza jurídica é de uma ação penal não condenatória de
natureza constitucional.
O Habeas Corpus possui gratuidade garantida na CF, vide art. 5º, LXXVII e prioridade sobre todas
as demais ações, inclusive as eleitorais.
Habeas Corpus preventivo é aquele que é usado antes do ato constritivo, ou seja, antes da
instauração de inquérito, antes da prisão etc. Ameaça. Pede-se um "salvo conduto" para o
juiz (decisão judicial). Exemplo: ameaçar prender alguém por um tipo penal que não existe.
Importante:
Súmula 693 do STF: “Não cabe 'habeas corpus' contra decisão condenatória a pena de
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a
única cominada.”
Súmula 694 do STF: “Não cabe 'habeas corpus' contra a imposição da pena de exclusão
de militar ou de perda de patente ou de função pública.”
Súmula 695: “Não cabe 'habeas corpus' quando já extinta a pena privativa de liberdade.”
Conceder-se-á "habeas-data":
b) para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
Visa ter acesso e retificar dados ou informações do impetrante que estão em um órgão
público ou de caráter público.
Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que
sejam ou possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou
entidade produtora ou depositária das informações.
Tem por finalidade proteger a esfera íntima dos indivíduos (pessoas físicas ou jurídicas),
possibilitando a obtenção e a retificação de dados e informações constantes de entidades
governamentais ou de caráter público. Exemplo: SPC, Serasa.
Exige a atuação de advogado, mas, é gratuita, na forma do artigo 5º, LXXVII da CF/88.
Protege direito líquido e certo – aquele que se comprova documentalmente ou com o simples
texto da CF e da lei – não há prova testemunhal e nem pericial. Só é possível uma produção
de prova – entrega de documento que está com a autoridade coautora.
É impetrado contra abuso cometido por uma autoridade pública ou alguém investido de tal
autoridade. Não é caso nem de habeas corpus nem habeas data.
Art. 5º, LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
Exemplo: em um concurso público consta no edital que quem for natural daquele Estado terá uma
pontuação diferenciada. Nesse caso há contrariedade ao art. 19, III, da CF.
24
Mandado de segurança coletivo (CF. Art. 5º, LXX e Art. 21 da Lei n. 12.016/09)
24
Lei n. 12.016/09. “Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido
político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos
É corporativo – apenas certo grupo de pessoas pode se utilizar dele. Ex: partido político com
representação no Congresso Nacional.
Art. 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Existe uma norma constitucional de eficácia limitada ainda não regulamentada impedindo o
exercício de um direito em caso concreto.
Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Só cidadão pode propor. Se um cidadão abandonar a ação, outro poderá assumir – não
havendo cidadão interessado, o Ministério Público irá assumir a ação.
Normalmente, quando cai, tem a ver com patrimônio público. Não tem foro de prerrogativa de
função em ação popular.
O Ministério Público não pode propor tal ação, mas pode assumir o andamento e dar
execução da decisão. Não tem foro de prerrogativa de função na ação popular.